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Notas de Aula de
HIDROLOGIA
Belo Horizonte
Agosto de 2012
Notas de Aula Hidrologia
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3
1.1 Ciclo Hidrológico ................................................................................................ 3
1.2 Balanço Hídrico ................................................................................................. 4
1.3 Métodos de Estudos de Hidrologia .................................................................... 5
1.4 Aplicações da Hidrologia ................................................................................... 6
1.5 Exercícios .......................................................................................................... 7
2 ESTATÍSTICA APLICADA À HIDROLOGIA ............................................................. 9
2.1 Período de Retorno e Risco Hidrológico ............................................................ 9
2.2 Estudos Estatísticos de Eventos ...................................................................... 10
2.2.1 Distribuição de Probabilidade Empírica..................................................... 11
2.2.2 Distribuição Normal ................................................................................... 11
2.2.3 Distribuição Log-Normal ............................................................................ 12
2.2.4 Distribuição Gumbel .................................................................................. 12
2.2.4 Distribuição Weibull (Mínimos) .................................................................. 13
2.3 Exercícios ........................................................................................................ 13
3 BACIAS HIDROGRÁFICAS ................................................................................... 19
3.1 Definições ........................................................................................................ 19
3.2 Classificação dos Cursos de Água .................................................................. 20
3.3 Características Físicas de Uma Bacia Hidrográfica ......................................... 21
3.3.1 Características Geométricas ..................................................................... 21
3.3.2 Características de Forma .......................................................................... 22
3.3.3 Características do Sistema de Drenagem ................................................. 22
3.3.4 Características de Relevo ......................................................................... 24
3.3.5 Características de Geologia, Solos e Cobertura Vegetal .......................... 26
3.4 Bacia Representativa e Experimental .............................................................. 26
3.5 Exercícios: ....................................................................................................... 27
4 PRECIPITAÇÃO..................................................................................................... 29
4.1 Introdução ........................................................................................................ 29
4.2 Principais Índices de Umidade......................................................................... 29
4.3 Formação de Precipitações e Tipos ................................................................ 30
4.4 Medição das Precipitações .............................................................................. 32
4.4.1 Grandezas Características ........................................................................ 32
4.4.2 Pluviometria .............................................................................................. 33
4.5 Processamento de Dados Pluviométricos ....................................................... 35
4.5.1 Preenchimento de Falhas ......................................................................... 35
4.5.2 Homogeneidade de Dados........................................................................ 35
4.5.3 Desagregação de Chuvas Diárias ............................................................. 37
4.6 Precipitação Média Sobre uma Área ............................................................... 38
4.7 Precipitações Máximas .................................................................................... 39
4.7.1 Relações I-D-F .......................................................................................... 39
4.7.2 Precipitação Máxima Provável (PMP) ....................................................... 40
4.8 Distribuição Espacial das Precipitações .......................................................... 40
4.9 Distribuição Temporal das Precipitações ......................................................... 41
4.10 Determinação da Precipitação Efetiva ........................................................... 42
4.11 Duração Crítica da Chuva.............................................................................. 44
4.12 Exercícios ...................................................................................................... 45
Notas de Aula Hidrologia
1 INTRODUÇÃO
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Notas de Aula Hidrologia
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Notas de Aula Hidrologia
∑ I − ∑ O = ∆S
Q ⋅ ∆t
D= Obs.: Deve-se proceder ao ajuste das unidades das grandezas.
A
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c) Drenagem:
c.1) estudo das características do lençol freático;
c.2) exame das condições de alimentação e de escoamento natural do
lençol: precipitação, bacia de contribuição e nível d’água dos cursos
naturais;
d) Irrigação:
d.1) problema de escolha do manancial;
d.2) estudo de evaporação e transpiração;
g) Controle de erosão:
g.1) análise de intensidade e freqüência das precipitações máximas,
determinação do coeficiente de escoamento superficial;
g.2) estudo da ação erosiva das águas e da proteção por meio de
vegetação e outros recursos;
i) Aproveitamento Hidroelétrico:
i.1) previsão de vazões máximas, mínimas e médias para o estudo
econômico e o dimensionamento das instalações;
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1.5 Exercícios
2) Em um certo trecho de rio, que drena uma área de 5,0 km2, a vazão média de
entrada, na seção de montante, foi de 50,0 l/s em março de 1980. A precipitação no
mês foi de 60 mm e as perdas por evaporação e transpiração totalizaram 135 mm.
Sabendo que o fluxo básico é constante ao longo do trecho, e que a variação do
armazenamento superficial não foi alterada, calcular a vazão média mensal na seção
de saída do trecho, considerando ainda que o armazenamento subterrâneo teve um
decréscimo de 80 mm.
3) Um córrego, cuja vazão média é 0,023 m³/s, foi represado por uma barragem
para irrigação. A área superficial do lago criado é de 100 hectares. Qual deverá ser a
precipitação mínima anual para atender com esse sistema a demanda de irrigação
de três agricultores que, em conjunto, utilizam 0,015 m³/s? Sabe-se que a
evaporação média estimada em Tanque Classe A é de 1.300 mm/ano e admita que
não haverá variação do armazenamento no lago ao final de 1 ano.
4) Para uma determinada bacia hidrográfica com área de drenagem igual a 5 km2,
a precipitação média anual é igual a 1500 mm enquanto as perdas por
evapotranspiração são de 900 mm. Admitindo-se que na bacia será implantado um
reservatório ocupando 20 % da área total com evaporação direta igual a 1050 mm
por ano, pede-se determinar as vazões média anual para antes e depois da
implantação do reservatório. Considere as mesmas condições de precipitação e
evapotranspiração (fora do lago) para ambas as situações.
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690
685
Cota (m)
680
675
670
665
0.00 0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00 3.50 4.00
6 3
Volume (10 m )
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1 1 1 1
TR = ⇒ p= TR = ⇒ p = 1−
p TR 1− p TR
m
Posição de plotagem de Weilbull: p = ;
n +1
m − 0,4
Posição de plotagem de Cunanne: p =
n + 0,2
Pode-se mostrar, ainda, que o período de retorno (TR) está relacionado com
o risco de um evento ser igualado ou superado pelo menos uma vez durante a sua
vida útil, também chamado de Risco Hidrológico (k)
Como p = P(X≥x), em termos estatísticos pode-se escrever:
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n
1
k = 1 − 1 − onde n é a vida útil da obra hidráulica.
TR
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1000
800
.
Vazão (m³/s)
600
400
200
0
1 10 100 1000 10000
Tempo de Recorrência (anos)
φ(z ) = 1 −
1
Seja: φ(z) = P(Z≤z) ∴
T
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s
onde y é a média dos logaritmos e y é o desvio padrão dos logaritmos.
Logo, conforme a distribuição normal, tem-se para a variável reduzida
ln(x i ) − y
zi = . Desta forma, tem-se: x LNi = exp(y + z i ⋅ s y )
sy
1 1 1 1
X Gi = β − ⋅ ln − ln1 − X Gi = β − ⋅ ln− ln
α TR i α TR i
1,2825
com os parâmetros: α = e β = x − 0,45 ⋅ s
s
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α= 1
0,46111365 ⋅ CV 4 + 0,02677388 ⋅ CV 3 + 0,42167671 ⋅ CV 2 +
+ 0,78088022 ⋅ CV + 0,00002065
β= X
− 0,022628 ⋅ CV 4 + 0,19278634 ⋅ CV 3 + 0,3682368 ⋅ CV 2 −
− 0,45152053 ⋅ CV + 0,9999
sx
cv =
x
2.3 Exercícios
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Distribuição de Probabilidade
1200
1000
800
.
Vazão (m³/s)
600
Valores Medidos
Distr. Normal
400
Distr. Log-Normal
Distr. Gumbel
200
0
1 10 100 1000 10000
Tempo de Recorrência (anos)
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Q Y G W
Média 0,012 -4,474 α= 510,6 5,30
Desv Pad 0,0025 0,2221 β= 0,0105 0,0127
CV 0,2152
0,018
Dados de Vazão
0,016
Distribuição Normal
Distribuição Log-Normal
0,014 Distribuição de Gumbel
Distribuição de Weibull
0,012
Vazão (m³/s)
0,010
0,008
0,006
0,004
0,002
0,000
1 10 100
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Ano 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
3
Q (m /s) 260 300 200 160 130 340 415 280 220 235
Q Y
Média = α=
Desv. Pad. = β=
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3 BACIAS HIDROGRÁFICAS
3.1 Definições
O ciclo hidrológico, como descrito no capítulo anterior, pode ser visto como
um sistema hidrológico fechado, já que a quantidade de água disponível não se
altera. Entretanto, na maioria dos seus estudos, o hidrólogo analisa subsistemas
abertos nos quais são efetuados balanços de água para avaliar as componentes do
ciclo hidrológico de uma região hidrologicamente determinada.
Dentre as regiões hidrológicas de maior importância prática para o hidrólogo
podem-se destacar as Bacias Hidrográficas ou Bacias de Drenagem, por causa da
simplicidade que oferecem na aplicação do balanço de água.
A Bacia Hidrográfica é uma área definida topograficamente, drenada por um
curso d’água ou um sistema conectado de cursos d’água, tal que toda vazão
efluente seja descarregada através de uma simples saída. (Viessman, Harbaugh,
Knapp)
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Notas de Aula Hidrologia
Cheia
Estiagem
NA do Lençol Freático
20
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P P
kc = , A = πr 2 → r = A ⇒ k c = 0,28
2πr π A
A
L A
kf = = L ⇒ kf =
L L L2
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LT
Dd =
A
A = 4l ⋅ L T
2l
l 4l A
l=
4L T
LT
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∑ Ei ⋅ A i
E=
A
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2
onde: S3 é a declividade equivalente (m/m); Li é o
∑ Li
S3 = comprimento de cada trecho de rio (m); e Si é a
L i
declividade de cada trecho de rio.
∑ S i
Altitude
Declividade S1
Declividade S2
Declividade S3
Triangulo de
área equivalente
Comprimento
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Matas de Capoeira................. 20 %
Forma usual de apresentação
do tipo de ocupação Cerrado.................................. 30 %
Campo.................................... 40 %
de uma bacia hidrográfica
Área Urbana........................... 10 %
100 %
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3.5 Exercícios:
Exutória
Esc 1:250.000
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Elevação Li Lacumulado Hi Si Li
(m) (km) Si
(km) (m) (m/m) Si
795 0
800 3,25
810 3,50
820 5,00
830 6,75
840 5,00
850 3,25
860 5,00
870 2,00
880 1,75
890 1,00
900 1,00
910 0,50
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Notas de Aula Hidrologia
4 PRECIPITAÇÃO
4.1 Introdução
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Notas de Aula Hidrologia
30
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31
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4.4.2 Pluviometria
33
Notas de Aula Hidrologia
Pluviômetro
Pluviógrafo
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1 n
a) Se (0,90 NX ≤ Ni ≤ 1,10 NX) ⇒ PX = ⋅ ∑ Pi
PX =
1 n
⋅∑ P
n i =1 i
n i=1
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Valores
Acumulados de
Precipitação da
Estação a ser θ2
Verificada Pi
Y
(mm)
θ1
Valores Acumulados de Precipitação da Estação
de Referência
X
(mm)
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tan θ 2
Pc = Pi + ⋅ (Po − Pi )
tan θ 1
Relação Fator
P24h/P1d 1,14
P12h/P24h 0,85
A tabela ao lado apresenta alguns fatores de
desagregação de chuva determinados no trabalho de P6h/P24h 0,72
Occhipinti e Santos (1966) P1h/P24h 0,42
P30min/P1h 0,74
P15min/P30min 0,70
P5min/P30min 0,34
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Notas de Aula Hidrologia
Até agora foi visto como se analisam os dados colhidos em um ponto isolado e
naturalmente é de se esperar que só sejam válidos para uma área relativamente
pequena ao redor do aparelho. Desta forma, para se determinar à precipitação
média em uma área qualquer, é necessário utilizar as observações das estações
dentro desta área e nas suas vizinhanças.
Seja uma área (bacia hidrográfica ou região) onde um evento de precipitação
(horária, diária, mensal ou anual) tenha sido registrado em várias estações
pluviométricas. A chuva média, ou equivalente, sobre essa área pode ser calculada
de duas maneiras:
n Ai
h c = ∑ hi
i =1 A
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Notas de Aula Hidrologia
n Ai
hc = ∑ hi
i =1 A
k ⋅ TR m
i=
(t + t 0 )n
onde: k, m, n e t0 são parâmetros a determinar.
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682,874 ⋅ TR 0,169
Belo Horizonte: i = ;
(t + 3,993 )0,671
5309,183 ⋅ TR 0,232
Sete Lagoas: i = ;
(t + 48,320 )1,056
6050,000 ⋅ TR 0,190
Uberlândia: i = ;
(t + 54,122)0,999
1715,786 ⋅ TR 0,201
Teófilo Otoni: i =
(t + 26,962)0,815
Essas equações foram obtidas da publicação “Equações de Chuvas Intensas
no Estado de Minas Gerais”, tendo sido editada pela COPASA/UFV.
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A
P = P0 ⋅ 1 − 0,10 ⋅ log
25
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100
90
80
1 2 3 4
70
% da Precipitação
60
50
40
30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
% da Duração da Chuva
Pe = 0 se P ≤ Ia
25.400
(P − Ia )2
com: S= − 254 e Ia = 0,2 ⋅ S
Pe = se P > Ia CN
P − Ia + S
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Notas de Aula Hidrologia
Grupos Hidrológicos:
Grupo A: solos arenosos com baixo teor de argila total, inferior a uns 8%, não
havendo rocha nem camadas argilosas, e nem mesmo densificadas, até a
profundidade de 1,5 m. O teor de húmus é muito baixo, não atingindo 1%.
Grupo B: Solos arenosos menos profundos que os do grupo A com menor teor de
argila total, porém ainda inferior a 15%. No caso de terras roxas, esse limite pode
subir a 20% graças à maior porosidade. Os dois teores de húmus podem subir,
respectivamente, a 1,2 a 1,5%. Não pode haver pedras e nem camadas argilosas
até 1,5 m, mas é quase sempre, presente camada mais danificada que a camada
superficial.
Grupo C: Solos barrentos com teor total de argila de 20 a 30%, mas sem camadas
argilosas impermeáveis ou contendo pedras até profundidades de 1,2 m. No caso de
terras roxas, esses dois limites máximos podem ser de 4% e 1,5 m. Nota-se que a
cerca de 60 cm de profundidade, camada mais densificada que no Grupo B, mas
ainda longe das condições de impermeabilidade.
Grupo D: Solos argilosos (30 – 40% de argila total) e ainda com camada densificada
a uns 50 cm de profundidade. Ou solos arenosos como B, mas com camada argilosa
quase impermeável, ou horizonte de seixos rolados.
Condições de Umidade
I II III
100 100 100
87 95 99 Condições de Umidade:
78 90 98
70 85 97
63 80 94 CNI – solo seco (estiagem antecedente);
57 75 91
CNII – solo normal;
51 70 87
45 65 83 CNIII – solo úmido (cheia antecedente).
40 60 79
35 55 75
31 50 70
27 45 65
23 40 60
19 35 55
15 30 50
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Notas de Aula Hidrologia
A duração crítica da chuva é aquela duração que resulta em maior valor para
a vazão de dimensionamento de estrutura hidráulica.
Em geral, adota-se o tempo de concentração da bacia como duração crítica
da chuva de uma pequena bacia (A < 5 km2) e duração igual a 24 h para bacias
maiores.
Além disso, pode-se ainda adotar o seguinte critério:
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Notas de Aula Hidrologia
4.12 Exercícios
Posto Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
A 189 269 148 136 87,4 0,0 17,4 0,0 0,5 197 242 259
B 316 338 75,1 2,0 0,0 0,0 0,5 72,2 199 250
C 213 285 66,5 198 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 231 210
10
8
Precipitação (mm)
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24
Tempo (h)
10
8
Precipitação (mm)
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24
Tempo (h)
45
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Notas de Aula Hidrologia
5) Dada uma bacia hidrográfica de forma circular, com 314,16 km² de área,
determinar a chuva média de um episódio pluvial pelo método das isoietas, sabendo
que o total precipitado na posição central da bacia foi de 100 mm e que o mapa de
isoietas é formado por círculos concêntricos de: 2, 4, 6, 8 e 10 km de raio,
correspondentes, respectivamente, a: 80, 60, 40, 20 e 0 mm.
6) A chuva máxima com duração igual a 25 min para um posto pluviográfico é igual
a 130 mm, considerando-se um tempo de retorno de 100 anos. Pede-se determinar
a chuva efetiva distribuída no tempo em intervalos de 5 min, para uma área igual a
30 km2, sabendo-se que o posto pluviográfico citado é a única fonte de dado de
precipitação existente. (Considerar CN = 45)
7) A bacia da figura a seguir é monitorada por cinco postos com relações i-d-f
definidas como a seguir. Pede-se determinar a chuva efetiva distribuída no tempo (5
blocos) para um evento máximo com duração igual a 4 h e período de retorno igual a
1.000 anos. Admita CN igual a 50 para os terrenos da bacia.
1591,192 ⋅ TR 0,196
iA =
(t + 23,239 )0,856
1200,000 ⋅ TR 0,215
iB =
(t + 23,151)0,765
1593,056 ⋅ TR 0,184
iC =
(t + 28,502)0,820
925,109 ⋅ TR 0,196
iD =
(t + 11,264 )0,761
1010,098 ⋅ TR 0,220
iE =
(t + 15,432)0,840
(*)
Bloco %P Pacumulada (mm) Pe acumulada (mm) Pe (mm)
5
o
(*) Obs.: Utilize a distribuição de Huff com probabilidade de 50% no 2 Quartil.
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Esc.:1:25.000
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5 ESCOAMENTO SUPERFICIAL
Vol. Escoado
C=
Vol. Pr ecipitado
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Superfície C Superfície C
Pavimento Superfícies Impermeáveis 0,90 - 0,95
asfalto 0,83 Terreno Estéril Montanhoso 0,80 - 0,90
concreto 0,88 Terreno Estéril Ondulado 0,60 - 0,80
calçadas 0,8 Terreno Estéril Plano 0,50-0,70
telhado 0,85 Prados, Campinas, 0,40 - 0,65
Grama, solo arenoso terrenos ondulados
plana (<2%) 0,08 Matas decíduas, 0,35 - 0,60
média (2 a 7%) 0,13 folhagem caduca
alta (> 7%) 0,18 Matas coníferas, 0,25 - 0,50
Grama, solo pesado folhagem permanente
plana (<2%) 0,15 Pomares 0,15 - 0,40
média (2 a 7%) 0,2 Terrenos Cultivados em zonas altas 0,15 - 0,40
alta (> 7%) 0,3 Terrenos Cultivados em vales 0,10 - 0,30
L
tc = (h)
v ⋅ 3,6
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medição direta;
medição da área e da velocidade;
medição do nível de água.
Q = ∑ qi = ∑ v i ⋅ A i
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Notas de Aula Hidrologia
Desta forma, a área (Ai) de cada faixa é dada pela seguinte fórmula:
d − di − 1
A i = i +1 ⋅ pi
2
v0,8
v = a ⋅n + b
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2,66
Q P = Q MD ⋅ 1 + 0,3
A
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Notas de Aula Hidrologia
Q = 0,278 ⋅ C ⋅ i ⋅ A
1
1−
Q = 0,278 ⋅ C ⋅ i ⋅ A n
56
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Notas de Aula Hidrologia
∆t tc
qu ∆t = (horas )
Pe 5
∆t
tp = + 0,6 ⋅ t c
2
qp
t d = 1,67 ⋅ t p
t
0,208 ⋅ A m 3
qp =
tp td
tp s ⋅ mm
59
Notas de Aula Hidrologia
5.7 Exercícios
Tabela 1 Tabela 2
Leitura da Régua (m) Q (m³/s) Leitura da Régua (m) Q (m³/s)
2,10 341 1,00
2,50 443 1,50
4,90 1853 4,30
7,00 4275 7,50
3,60 900 8,00
2,90 572
4,40 1438
6,40 3465
6,00 2948
4,00 1152
3,20 710
5,60 2520
Curva-Chave
8
5
Nível de Água (m)
0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
Vazão (m³/s)
60
Notas de Aula Hidrologia
di pi Ai Velocidade (m/s) qi
i 2 3
(m) (m) (m ) Pontual Média (m /s)
61
Notas de Aula Hidrologia
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Notas de Aula Hidrologia
5829,147 ⋅ T 0,192
i=
(t + 33,421)1,089
5) Determine a vazão de dimensionamento de uma canalização localizada a jusante
de uma bacia hidrográfica de 30 km2 de área de drenagem e que possui um rio
principal de 10 km de extensão e 1,23% de declividade média. Sabe-se que essa
bacia é monitorada por apenas uma estação pluviométrica cuja relação i-d-f está
apresentada a seguir. Estudos preliminares de geologia, uso e ocupação do solo
indicam um valor médio igual a 40 para o fator Curva Número (CN) válido para a
bacia.
1500,00 ⋅ T 0,200
i=
(t + 25,0)0,800
63
Notas de Aula Hidrologia
64
Notas de Aula Hidrologia
65
Notas de Aula Hidrologia
66
Notas de Aula Hidrologia
35
30
25
Vazão (m³/s)
20
15
10
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Porcentagem do tempo
Q r (t ) Q r (t )
y (t ) = =
Q MLT
67
Notas de Aula Hidrologia
C r = Vn − Va
VU = maior VUi
Diagrama de Rippl
68
Notas de Aula Hidrologia
2,3 ⋅ log 0
Q
Q1
Q n = Q 0 ⋅ e −a (tn − t 0 ) onde: a=
t1 − t 0
onde (Q0,t0) e (Q1,t1) são os pares dos valores iniciais e finais, respectivamente, da
vazão e do tempo, no período de estiagem.
A maior dificuldade na aplicação dessa metodologia está na fixação do início
do período de estiagem. Normalmente, adota-se o ponto de máxima curvatura no
ramo descendente da hidrógrafa.
6.5 Exercícios
69
Notas de Aula Hidrologia
Vazão (m³/s)
Mês
1984 1985 1986
Jan 23,3 16,4 27,4
Fev 19,8 16,8 21,4
Mar 21,1 20,4 30,6
Abr 12,6 16,9 14,5
Mai 14,7 13,6 11,6
Jun 10,4 10,0 9,11
Jul 9,10 9,54 8,21
Ago 8,48 7,83 7,22
Set 5,90 5,36 11,1
Out 8,05 14,0 12,8
Nov 9,03 10,6 29,1
Dez 17,6 10,9 29,9
i Q (m³/s) p (%)
1 30,6 2,7
2 29,9 5,4
Curva de Permanência de Vazões
3 29,1 8,1
4 10,8 35
27,4
5 23,3 13,5
6 21,4 16,2
7 21,1 18,9 30
8 20,4 21,6
9 19,8 24,3
10 17,6 27,0 25
11 16,9 29,7
12 16,8 32,4
20
Vazão (m³/s)
13 16,4 35,1
14 14,7 37,8
15 14,5 40,5
16 14 43,2 15
17 13,6 45,9
18 12,8 48,6
19 12,6 51,4 10
20 11,6 54,1
21 11,1 56,8
22 10,9 59,5 5
23 10,6 62,2
24 10,4 64,9
25 10 67,6 0
26 9,54 70,3 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
27 9,11 73,0 Porcentagem do tempo (%)
28 9,1 75,7
29 9,03 78,4
30 8,48 81,1
31 8,21 83,8
32 8,05 86,5
33 7,83 89,2
34 7,22 91,9
35 5,9 94,6
36 5,36 97,3
70
Notas de Aula Hidrologia
6 6
Mês Q (m³/s) V (x10 m³) Vac (x10 m³)
Diagrama de Rippl
1 28,4 76,1 76,1
1400
2 36 87,1 163,2
3 31 83,0 246,2
4 20,4 52,9 299,1
1200
5 5 13,4 312,5
6 3,7 9,6 322,0
7 1,2 3,2 325,3 1000
V o lu m e A c u m u la d o (x 1 0 6 m ³)
3) Um reservatório com volume útil de 150 hm3 é suficiente para regularizar a vazão
de 20 m³/s num rio que apresenta a sequência de vazões de um período crítico,
conforme apresentado na tabela a seguir? Considere o reservatório inicialmente
cheio, a evaporação local constante igual a 100 mm por mês e 200 km2 de área
superficial.
71
Notas de Aula Hidrologia
72
Notas de Aula Hidrologia
7.1 Definições
73
Notas de Aula Hidrologia
Método Racional;
Hidrograma Unitário.
74
Notas de Aula Hidrologia
dV
Qa = Q e +
dt
75
Notas de Aula Hidrologia
V = k ⋅ [x ⋅ Q a + (1 − x ) ⋅ Q e ]
Q ei+1 = C1 ⋅ Q ai + C 2 ⋅ Q ai+1 + C 3 ⋅ Q ei
k ⋅ x + ∆t − k ⋅ x + ∆t k − k ⋅ x − ∆t
C1 = 2 C2 = 2 C3 = 2
∆
k −k⋅x + t k −k⋅x + ∆t k − k ⋅ x + ∆t
2 2 2
cuja soma C1 + C2 + C3 = 1.
A expressão acima permite calcular a vazão afluente no fim de um período ∆t,
em função das vazões afluentes e da descarga efluente no início do período. O valor
assim obtido é utilizado como o inicial para o intervalo seguinte e, assim,
sucessivamente, são calculados os demais valores de Qe.
∑ Q a ⋅ Q e ⋅ (∑ Q e ⋅ V + ∑ Q a ⋅ V ) + ∑ Q e ⋅ ∑ Q a ⋅ V + ∑ Q a ⋅ ∑ Q e ⋅ V
2 2
k=
∑ Q a ⋅ ∑ Q e + (∑ Q a ⋅ Q e )
2 2 2
1 ∑ Q 2e ⋅ ∑ Q a ⋅ V + ∑ Q e ⋅ V ⋅ ∑ Q a ⋅ Q e
x= ⋅
∑ Q a ⋅ ∑ Q e + (∑ Q a ⋅ Q e )
2 2 2
k
76
Notas de Aula Hidrologia
a a
1 Tentativa 2 Tentativa
V V
x = x1 x = x2
k = tgθ
L
k=
v
∆t
2x < < 2 ⋅ (1 − x )
k
V Qe
Cota Vol Cota Volamort. Qe +
∆t 2
(m) (m3) (m) (m3) (m3/s) 3
(m /s)
⇒
Qe V
Qe
Q ai + Q ai+1 V Q ei
+ i −
2 ∆t 2
V Qe
+
∆t 2
78
Notas de Aula Hidrologia
7.6 Exercícios
t (min) 0 5 10 15 20 25 30 35 40
Qa (m³/s) 1,0 2,0 3,0 5,0 6,0 4,0 3,5 2,0 1,0
Qe (m³/s)
t (h) 0 1 2 3 4 5 6
Qa (m³/s) 1,00 6,00 22,0 42,0 58,0 62,0 55,0
Qe (m³/s)
t (h) 7 8 9 10 11 12 13
Qa (m³/s) 43,0 30,0 17,0 7,00 4,00 2,00 1,00
Qe (m³/s)
79
Notas de Aula Hidrologia
80
Notas de Aula Hidrologia
Tempo QA QB NA V V/Dt+Q/2
(h) (m³/s) (m³/s) (m) (m³) (m³/s)
0 0 0,0 705,00 0 -
0,50 6 0,2 705,10 5.220 3,0
1,00 20,00 2,3 705,51 26.388 15,8
1,50 40,00 8,2 706,19 70.976 43,5
2,00 55,00 15,6 706,83 135.069 82,8
2,50 50,00 20,3 707,18 197.256 119,7
3,00 38,00 22,6 707,34 237.847 143,4
3,50 25,00 23,5 707,40 253.066 152,3
4,00 12,00 23,0 707,37 244.535 147,3
4,50 5,00 21,6 707,27 219.736 132,9
5,00 0,00 19,7 707,14 187.072 113,8
81
Notas de Aula Hidrologia
60
Vazão Afluente
50
Vazão Efluente
40
Vazão (m³/s)
30
20
10
0
0 1 2 3 4 5
Tempo (h)
82
Notas de Aula Hidrologia
8 ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
VV
p=
VT
VVD
p ef =
VT
84
Notas de Aula Hidrologia
Artesiano, é aquele em que a água nele contida encontra-se confinado por camadas
impermeáveis e sujeita a uma pressão maior que a pressão atmosférica.
kρg kg
K= =
µ ν
Q = K ⋅ A = K ⋅ e ⋅ largura ⇒ T = K ⋅ e
∆V
S=
A
86
Notas de Aula Hidrologia
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Notas de Aula Hidrologia
REFERÊNCIAS
PINTO, Nelson L. de Sousa et al. Hidrologia básica. São Paulo: Edgard Blücher,
1976. 278p.
VILLELA, Swami M.; MATTOS, Arthur. Hidrologia aplicada. São Paulo: McGraw-
Hill, 1979.
88