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Recife – PE
2016
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................... 28
7 ÁREAS DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO .................................................... 32
7.1 Meio Físico ............................................................................................................ 32
7.2 Meio Biótico ........................................................................................................... 35
7.3 Meio Socioeconômico ............................................................................................ 39
8 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA....................................... 43
8.1 Meio Físico ............................................................................................................ 43
8.1.1 Clima e Condições Meteorológicas................................................................. 43
a) Precipitação ................................................................................................ 45
b) Temperatura do ar ...................................................................................... 46
c) Umidade relativa do ar ................................................................................ 47
d) Insolação .................................................................................................... 48
e) Vento .......................................................................................................... 49
8.1.2 Qualidade do Ar.............................................................................................. 50
8.1.3 Ruído e vibração ............................................................................................ 51
8.1.4 Geologia e Recursos Minerais ........................................................................ 55
a) Área de Influência Indireta .......................................................................... 55
b) Área de Influência Direta e Área Diretamente Afetada ................................ 64
8.1.5 Geomorfologia/Geotecnia ............................................................................... 72
8.1.6 Pedologia ....................................................................................................... 77
8.1.7 Susceptibilidade a Processos de Dinâmica Superficial ................................... 91
8.1.8 Recursos Hídricos Superficiais ..................................................................... 101
8.1.9 Recursos Hídricos Subterrâneos .................................................................. 138
8.2 Meio Biótico ......................................................................................................... 163
8.2.1 Unidades de Conservação............................................................................ 163
8.2.2 Ecossistemas Terrestres .............................................................................. 166
8.2.2.1 Metodologia e obtenção de dados ............................................................ 180
8.2.2.1.1 Vegetação ........................................................................................... 196
8.2.2.1.2 Fauna .................................................................................................. 206
a) Avifauna .................................................................................................... 206
b) Herpetofauna ............................................................................................ 208
c) Mastofauna ............................................................................................... 213
d) Quirópteros ............................................................................................... 227
8.2.2.2 Caracterização dos Ecossistemas Terrestres da AII ................................. 236
8.2.2.2.1 Vegetação - AII .................................................................................... 236
iii
8.2.2.2.2 Fauna - AII ........................................................................................... 242
a) Avifauna .................................................................................................... 242
b) Herpetofauna ............................................................................................ 248
c) Mastofauna ............................................................................................... 252
d) Quirópteros ............................................................................................... 256
8.2.2.3 Caracterização dos Ecossistemas Terrestres da AID e da ADA................ 260
8.2.2.3.1 Vegetação – ADA/AID ......................................................................... 260
8.2.2.3.2 Fauna – ADA/AID ................................................................................ 284
a) Avifauna .................................................................................................... 284
a1. Riqueza e Composição ............................................................................. 284
a2. Suficiência Amostral.................................................................................. 291
a3. Frequência Relativa .................................................................................. 292
a4. Dependência de Ambientes Florestais e Vulnerabilidade a Alterações
Ambientais ....................................................................................................... 293
a5. Espécies Indicadoras de Qualidade Ambiental, Endêmicas, Raras,
Ameaçadas de Extinção e de Interesse Econômico ......................................... 297
a6. Pressões sobre a Fauna ........................................................................... 299
a7. Síntese...................................................................................................... 300
a8. Registro Fotográfico .................................................................................. 301
b) Herpetofauna ............................................................................................ 309
b1. Riqueza e Composição ............................................................................. 309
b2. Suficiência Amostral.................................................................................. 315
b3. Frequência Relativa .................................................................................. 319
b4. Distribuição no ambiente ........................................................................... 320
b5. Dependência de Ambientes Florestais e Vulnerabilidade a Alterações
Ambientais ....................................................................................................... 322
b6. Espécies Indicadoras de Qualidade Ambiental, Endêmicas, Raras,
Ameaçadas de Extinção e de Interesse Econômico ......................................... 325
b7. Pressões sobre a Fauna ........................................................................... 327
b8. Síntese...................................................................................................... 328
b9. Registro Fotográfico .................................................................................. 329
c) Mastofauna ............................................................................................... 342
c1. Riqueza e Composição ............................................................................. 342
c2. Suficiência Amostral.................................................................................. 346
c3. Síntese...................................................................................................... 348
c1. Registro Fotogáfico ................................................................................... 357
d) Quirópteros ............................................................................................... 360
d1. Composição e diversidade de espécies .................................................... 360
iv
d2. Distribuição das espécies.......................................................................... 363
d3. Espécies de interesse econômico, invasoras e exóticas, raras, endêmicas e
ameaçadas de extinção ................................................................................... 364
d4. Importância Sanitária ................................................................................ 364
d5. Síntese...................................................................................................... 365
d6. Registros Fotográficos .............................................................................. 368
8.2.3 Ecossistemas Aquáticos ............................................................................... 373
8.2.3.1 Metodologia e Obtenção de Dados ........................................................... 385
a) Mamíferos aquáticos, herpetofauna, crustáceos e organismos planctônicos....
386
b) Macroinvertebrados bentônicos ................................................................ 387
c) Ictiofauna .................................................................................................. 393
d) Macrófitas aquáticas ................................................................................. 396
e) Recifes de Arenito ..................................................................................... 397
8.2.3.2 Caracterização da AII ................................................................................ 401
a) Organismos bentônicos - Zoobentos ......................................................... 401
b) Ictiofauna .................................................................................................. 409
c) Outros Organismos Aquáticos Relevantes ................................................ 419
d) Espécies indicadoras de qualidade ambiental ........................................... 421
e) Espécies de valor econômico e/ou científico ............................................. 422
f) Espécies raras, endêmicas e/ou ameaçadas de extinção ......................... 422
8.2.3.3 Caracterização da ADA/AID ...................................................................... 423
a) Zooplâncton .............................................................................................. 423
b) Macroinvertebrados bentônicos ................................................................ 431
c) Macrófitas Aquáticas ................................................................................. 442
d) Ictiofauna .................................................................................................. 443
e) Espécies de valor econômico e/ou cientifíco ............................................. 453
f) Recifes de Arenito ..................................................................................... 460
g) Considerações finais ................................................................................. 471
8.3 Meio Socioeconômico .......................................................................................... 473
8.3.1 Diagnóstico da AII ........................................................................................ 473
8.3.1.1 Diagnóstico Socioeconômico .................................................................... 473
8.3.1.2 Caracterização da Dinâmica Demográfica ................................................ 478
a) Distribuição Populacional por Município .................................................... 478
b) Taxas de Crescimento Populacional ......................................................... 479
c) Tendências Migracionais........................................................................... 481
d) Tendências de Crescimento das Áreas Urbana e Rural ............................ 482
8.3.1.3 Caracterização dos Equipamentos, da Infraestrutura e dos Serviços ........ 485
v
a) Saúde ....................................................................................................... 485
b) Educação .................................................................................................. 487
c) Sistema Viário ........................................................................................... 489
d) Energia Elétrica ......................................................................................... 490
e) Sistemas e Veículos de Comunicação ...................................................... 492
f) Infraestrutura de Saneamento ................................................................... 493
8.3.1.4 Plano Diretor dos Municípios da AII .......................................................... 502
8.3.1.5 Caracterização das Atividades Econômicas Urbanas e Rurais ................. 504
8.3.1.6 PIB e Receitas Municipais......................................................................... 509
8.3.1.7 Desemprego e Inatividade Municipal......................................................... 513
8.3.1.8 Caracterização da Qualidade de Vida ....................................................... 516
8.3.2 Diagnóstico da AID/ADA ............................................................................... 522
8.3.2.1 Caracterização Demográfica ..................................................................... 522
8.3.2.2 Uso e Ocupação do Solo .......................................................................... 534
8.3.2.3 Caracterização das Comunidades Afetadas.............................................. 540
8.3.2.3.1 Observações Preliminares ................................................................... 540
8.3.2.3.2 Inserção da Vila Aver-o-Mar no município ........................................... 542
8.3.2.3.3 Antecedentes....................................................................................... 546
8.3.2.3.4 Perfil socioeconômico da população da Vila Aver-o-Mar ..................... 547
a) Características gerais da população ......................................................... 548
a1. Dados gerais dos entrevistados e da população residente........................ 549
a2. Escolaridade ............................................................................................. 552
a3. Profissão das pessoas entrevistadas ........................................................ 553
a4. Condições de moradia .............................................................................. 555
b) Infraestrutura de serviços existente na comunidade .................................. 564
c) Principais atividades produtivas ................................................................ 569
c1. A importância da pesca no contexto local ................................................. 572
c2. Pescadores da vila Aver-o-Mar ................................................................. 574
c3. Atividades econômicas complementares à principal ................................. 577
d) Renda ....................................................................................................... 582
e) Organização.............................................................................................. 588
f) Aspirações dos entrevistados ................................................................... 590
g) Expectativas em relação ao empreendimento ........................................... 590
8.3.2.3.5 Perfil dos usuários do Píer Mariassu e imediações .............................. 592
8.3.2.4 Estrutura Produtiva e de Serviços ............................................................. 604
8.3.2.5 Infraestrutura, Equipamentos e Serviços Públicos .................................... 609
a) Caracterização dos Serviços Oferecidos à População .............................. 609
vi
b) Caracterização da Infraestrutura de Saúde ............................................... 627
c) Profissionais de saúde .............................................................................. 630
d) Programas de Saúde Pública .................................................................... 631
e) Doenças de Veiculação Hídrica ................................................................ 633
8.3.2.6 Educação .................................................................................................. 639
8.3.2.7 Saúde Pública ........................................................................................... 647
8.3.2.8 Comunidades Tradicionais ........................................................................ 653
8.4 Passivo Ambiental ............................................................................................... 654
vii
RELAÇÃO DE FIGURAS
viii
Figura 8.1.6.1 - Solos presentes na área de relevo mais ondulado. (a) Ponto GMP043
horizonte orgânico espesso; (b) Ponto GMP043 Argissolo amarelo..................................... 78
Figura 8.1.6.2 - Perfis realizados na área. (a) Ponto GMP064 Base do Morro do Abacaxi,
Argissolo amarelo com horizonte O apresentando textura argilo/arenosa e bem húmido; (b)
GMP072 topo do Morro do Bonito, Argilossolo vermelho/amarelo distrófico. ....................... 79
Figura 8.1.6.3 - Vista geral dos solos de mangue descritos na área de estudo. (a) Ponto
GMP030 margem direita do rio Mariassú; Ponto GMP024, nível raso de camada arenosa na
área de desembocadura do rio Mariassú. Destaque para o solo argiloso típico de mangue
sobre uma fina lâmina de areia. ........................................................................................... 80
Figura 8.1.6.4 - Vista geral das áreas de apicum e salgado identificado ao longo do rio
Mariassú, às margens da Rodovia Costa Dourada. (a) Ponto GMP073, apicum identificado
próximo a encosta do Morro do Bonito; (b) Ponto GMP077, vegetação evidenciando o nível
de salinidade de acordo com presença de vegetação localizada e por vezes isolada como
“ilhas” além de manchas brancas denunciando pontos com hipersalinidade no solo. .......... 81
Figura 8.1.6.5 - Neossolo Quartzarênico caracterizados na área do empreendimento. (a)
Ponto GMP023 horizonte O espesso com aproximadamente 0,42 metros; (b) Ponto GMP062
perfil levantado a 300 metros de distância do Ponto GMP023 ilustrando a diminuição da
espessura do horizonte O conforme ocorre o afastamento da área de praia. ...................... 82
Figura 8.1.6.6 - Gráfico para determinação do coeficiente de infiltração. (NBR 7229, 1993).
............................................................................................................................................ 85
Figura 8.1.6.7 - Metodologia para execução do Ensaio de absorção. (a) AB002 Abertura da
cova prismática 0,30 x 0,30 metros; (b) No mesmo ponto, preenchimento da cova até a altura
de 20 cm; (c) Cova prismática no ponto AB003; (d) Cobertura do fundo com 5 cm de brita
nº01; (e) Monitoramento do rebaixamento da água no ponto AB007. .................................. 86
Figura 8.1.6.8 - Sondagem a trado. (a) Furo 003 com 2,10 metros composto essencialmente
por areia fina a média até os 1,30metros iniciais sendo o restante composto por areia média
a grossa de coloração alaranjada; (b) Furo 002 descrição do material coletado; (c) Furo 005
com profundidade total de 5,00 metros alcançando essencialmente argila siltosa de coloração
avermelhada; (d) Detalhe do material observado no furo 005 no Morro do Abacaxi. ........... 87
Figura 8.1.7.1 - Ponto GMP039 estrada de acesso ao longo do Morro do Abacaxi. (a) Vista
geral da área afetada; (b). Destaque para as feições como sulcos localizados e o
escorregamento de parte do material; (c) Ponto GMP078, exemplo do processo gerado pela
quebra mecânica de raízes. ................................................................................................. 94
Figura 8.1.7.2 - Ponto GMP048 as margens do estuário do rio Formoso. (a) Queda de árvore
de obstruindo o acesso; (b) Detalhe de rolamento de bloco................................................. 95
Figura 8.1.7.3 – Faixa de praia no extremo NW nas imediações do local conhecido como
“Banho de Lama”. (a) Ponto GMP051, deslizamento de material e as setas vermelhas indicam
a direção e o acumulo do material na base da formação; (b) Detalhe mostra pontos localizados
onde há erosão restrita aos arenitos; (c) Incisões localizadas na base da formação cujo
processo é decorrente da variação de maré; (d) Ponto GMP047 mostra que os processos de
erosão apresentam baixa intensidade, principalmente nas porções com cotas mais altas e na
base nível de argila; (d) Incisões contínuas e mais profundas localizadas no Ponto GMP080,
visíveis apenas na baixa-mar, nas proximidades da região de desembocadura do rio Mariassú;
(e) A cerca de 50 metros do Ponto GMP080, os arenitos da Formação Suape não apresentam
indícios de erosão................................................................................................................ 96
Figura 8.1.7.4 – Ponto GMP052. (a) Depósito de talus; (b) Área desprotegida com estágio
inicial de erosão ................................................................................................................... 97
ix
Figura 8.1.7.5 – Ponto GMP027. (a) As setas verdes indicam as áreas com o processo de
erosão na fase inicial. Destaque para os depósitos decorrentes do deslizamento na base da
formação; (b) Estagio mais desenvolvido de erosão nos pontos indicados pelas setas verdes
e fraturas presentes indicadas pelas setas azuis ................................................................. 98
Figura 8.1.8.1 - Curso d’água efêmero por onde escoam as águas provenientes da drenagem
superficial de parte dos morros do Abacaxi e da Igreja. ..................................................... 105
Figura 8.1.8.2 – Trecho do curso d’água efêmero por onde escoam as águas provenientes da
drenagem superficial de parte dos morros do Abacaxi e da Igreja. .................................... 105
Figura 8.1.8.3 - Curso não-denominado tributário do rio Mariassú na adjacência da entrada da
área do empreendimento. .................................................................................................. 107
Figura 8.1.8.4 – Processo das seções batimétricas ........................................................... 109
Figura 8.1.8.5 – Perfis da batimetria nos pontos 01 e 02 ................................................... 111
Figura 8.1.8.6 – Perfis da batimetria nos pontos 03 e 04 ................................................... 112
Figura 8.1.8.7 – Perfis da batimetria nos pontos 05 e 06 ................................................... 113
Figura 8.1.8.8 – Perfis da batimetria no ponto 07............................................................... 114
Figura 8.1.8.9 – Procedimento para medição de vazão pelo emprego de flutuador ........... 115
Figura 8.1.8.10 – Instalação da régua limnimétrica ............................................................ 116
Figura 8.1.8.11 – Régua limnimétrica utilizada para o acompanhamento do nível da maré 116
Figura 8.1.8.12 - Velocidade das correntes geradas pela maré (maré enchente). ............. 119
Figura 8.1.8.13 - Velocidade das correntes geradas pela maré (maré vazante)................. 120
Figura 8.1.8.14 - Velocidade das correntes geradas pelas ondas. ..................................... 120
Figura 8.1.8.15 – Localização do perfil de sedimentos na desembocadura do rio Formoso
.......................................................................................................................................... 121
Figura 8.1.8.16 – Perfil de sedimentos na desembocadura do rio Formoso ....................... 122
Figura 8.1.8.17 - Amostragem realizada com auxilio da Garrafa Van Dorn. (a) Coleta realizada
em um dos pontos no rio Mariassú ilustrando a posição horizontal, adequada para o início do
procedimento; (b) Logo após a amostragem, a coleta é feita com o auxílio da mangueira lateral
(setas vermelhas) e separada (seta amarela). ................................................................... 126
Figura 8.1.8.18 - Parâmetros medidos in situ durante a amostragem. (a) Obtenção do
parâmetro OD no rio Formoso; (b) Leitura dos parâmetros de pH e temperatura no rio
Mariassú. ........................................................................................................................... 126
Figura 8.1.8.19 - Procedimento de preenchimento dos frascos correspondentes durante a
coleta. (a) Complementação dos frascos em até ¼ do volume total e na posição vertical; (b)
Acoplar bem a tampa e (c) imediatamente colocar numa caixa térmica; (d) Com o Kit referente
a uma amostragem completada, juntar todos os frascos e preparar para o transporte. ..... 127
Figura 8.1.8.20 - Comportamento da CE (Condução Elétrica) nos pontos amostrados. ..... 133
Figura 8.1.8.21 - Navegação recreativa desenvolvda no estuário ...................................... 135
Figura 8.1.8.22 - Navegação de turistas mediante a utilização de catamarãs .................... 136
Figura 8.1.8.23 – Catamarãs e barcos de pequeno porte utilizados para a navegação de
turistas ............................................................................................................................... 136
Figura 8.1.8.24 – Captura de carangueijo nas zonas de manguezal .................................. 137
Figura 8.1.9.1 - Procedimento de medição do nível estático. (a) Poço GPM001P localizado
nas proximidades do Pies do Mariassú; (b) e (c) GPM003P nos arredores do empreendimento,
d) GPM004P, na praia de Guadalupe. ............................................................................... 139
Figura 8.1.9.2 - Comportamento dos pontos de descarga natural do aquífero identificados e
monitorados. (a) Comportamento evidenciado no dia 09/04/2016; (b) Durante o cadastro dia
15/12/2015; (c) Posição em relação a cacimba GPM007 com regime de fluxo perene; (d)
x
Detalhe da Surgência perene cadastrada nas proximidades da cacimba GPM007 no dia
15/12/2016......................................................................................................................... 143
Figura 8.1.9.3 - Olhos d’água identificados e monitorados ao longo da praia estuarina
localizada ao longo da exposição das formações correspondentes a afloramentos da
Formação Suape, Bacia sedimentar Pernambuco. (a) Comportamento evidenciado no dia
16/12/2015, 0ocorrem na base da sequencia arenosa e topo da camada argilo-siltosa
representada por estruturas sedimentares bioturbada; (b) Detalhe do olho d’água seco
atestando a intermitência; (c) Situação no dia 06/04/2016; (d) Detalhe da foto anterior. .... 144
Figura 8.1.9.4 - Nascentes encontradas durante a visita de campo. (a) Nascente localizada
nas proximidades da Rodovia Costa Dourada; (b) Detalhe da dimensão do corpo de água; (c)
Nascente localizada no empreendimento; (d) Detalhe ilustrando que a região fica encharcada.
.......................................................................................................................................... 145
Figura 8.1.9.5 - Surgências ao longo de fraturas observadas ao longo da praia estuarina na
margem leste do rio Formoso. ........................................................................................... 147
Figura 8.1.9.6 - Metodologia de execução do teste de bombeamento aplicado ao poço
GPM004P. (a) Medidor apoiado no teto da casa da bomba com o sensor acionado durante o
momento da leitura; (b) Teste de vazão aplicando o método volumétrico; (c) Leitura do nível;
(d) Monitoramento do nível; (e) Mangueira acoplada ao cano de saída do poço e lançada a
110 metros do poço bombeado em um ponto para não haver recarga. ............................. 148
Figura 8.1.9.7 - Sequencia sedimentar com poços de captação em dois aquíferos distintos.
Características construtivas dos poços tubulares (1 - aquífero confinado) e das cacimbas (2 -
aquífero livre). .................................................................................................................... 149
Figura 8.1.9.8 - Situação do poço bombeado e do piezômetro durante o teste de aquifero.
.......................................................................................................................................... 149
Figura 8.1.9.9 – Variação da maré nos dias 07/04, 08/04 e 09/04/2016 ............................ 152
Figura 8.1.9.10 – Nível de rebaixamento e recuperação do poço ...................................... 153
Figura 8.1.9.11 - Monitoramento das cacimbas com comportamento perene. Olhos d’água nas
proximidades das cacimbas, os únicos perenes identificados na AID e ADA. (a) GPM007C;
(b) GPM009C..................................................................................................................... 155
Figura 8.1.9.12 - Sistema de avaliação do índice de vulnerabilidade com base em Foster et al,
2002. ................................................................................................................................. 158
Figura 8.2.2.1 - Praia de Guadalupe, AID, Aver-o-Mar, Sirinhaém, PE. ............................. 173
Figura 8.2.2.2 - Vegetação rasteira dominada pelo gênero pomea na Praia de Guadalupe,
AID. Localidade de Aver-o-Mar, Sirinhaém, PE. ................................................................ 173
Figura 8.2.2.3 - Vegetação herbácea nas dunas na praia de A-Ver-o-Mar, situada na AII, em
área imediatamente adjacente ao sítio proposto para o Projeto Condomínio Praia de
Guadalupe, Sirinhaém, PE................................................................................................. 174
Figura 8.2.2.4 - Dunas na praia de Aver-o-Mar, situada na AII, em área imediatamente
adjacente ao sítio proposto para o Projeto Condomínio Praia de Guadalupe, Sirinhaém, PE
.......................................................................................................................................... 174
Figura 8.2.2.5 - Inicio da formação vegetal do tipo escrube de restinga, na planície arenosa,
logo acima das dunas da praia de A-Ver-o-Mar, na AII da área de estudo. Ao fundo, morro do
Bonito, localizado na ADA. ................................................................................................ 175
Figura 8.2.2.6 - Formação vegetal do tipo escrube de restinga, nas planícies arenosas da AII
da área de estudo. Ao fundo, o início da Floresta de Restinga. ......................................... 176
Figura 8.2.2.7 - Floresta de restinga localizada na planície arenosa distante da praia, ponto
AID1 da área de estudo. .................................................................................................... 177
xi
Figura 8.2.2.8 - Floresta Ombrófila de Terras Baixas em estágio inicial de localizada na
encosta do morro da Igreja, na ADA da área proposta para o Projeto Condomínio Praia de
Guadalupe. ........................................................................................................................ 178
Figura 8.2.2.9 - Vegetação de restinga em áreas deprimidas, entre cordões arenosos e
mangue ao fundo, localizada na ADA da área proposta para o Projeto Condomínio Praia de
Guadalupe. ........................................................................................................................ 179
Figura 8.2.2.10 - Coqueiral, no ponto P1. ......................................................................... 181
Figura 8.2.2.11 - Floresta Ombrófila de Terras Baixas em estágio pioneiro a médio de
sucessão, no ponto P2. ..................................................................................................... 182
Figura 8.2.2.12 - Floresta Ombrófila de Terras Baixas em estágio inicial de sucessão, no ponto
P3 ...................................................................................................................................... 183
Figura 8.2.2.13 - Transição entre Floresta de Restinga e Floresta Ombrófila de Terras Baixas,
ponto 4............................................................................................................................... 184
Figura 8.2.2.14 - Floresta Ombrófila de Terras Baixas em estágio inicial de sucessão, no ponto
P5. ..................................................................................................................................... 185
Figura 8.2.2.15 - Floresta Ombrófila de Terras Baixas em estágio inicial de sucessão, no ponto
P5. ..................................................................................................................................... 185
Figura 8.2.2.16 - Floresta Ombrófila de Terras Baixas em estágio inicial de sucessão, no ponto
P5. ..................................................................................................................................... 186
Figura 8.2.2.17 - Floresta Ombrófila de Terras Baixas em estágio inicial de sucessão, no ponto
P5. ..................................................................................................................................... 186
Figura 8.2.2.18 - Floresta Ombrófila de Terras Baixas em estágio inicial de médio a avançado
de sucessão, no ponto P6.................................................................................................. 187
Figura 8.2.2.19 - Floresta Ombrófila de Terras Baixas em estágio inicial de sucessão, no ponto
P7. ..................................................................................................................................... 188
Figura 8.2.2.20 - Campo de Restinga, no ponto P8\P9. ..................................................... 189
Figura 8.2.2.21 - Campo de Restinga, com a espécie Dodonaea em primeiro plano no ponto
P8\P9. ................................................................................................................................ 189
Figura 8.2.2.22 - Brejo de restinga, no ponto P10. ............................................................. 190
Figura 8.2.2.23 - Floresta de Restinga, no ponto AID1. ..................................................... 191
Figura 8.2.2.24 - (A) Aráceas escandentes na Floresta de Restinga, ponto AID1. (B) Plântulas
em regeneração e serrapilheira na Floresta de Restinga, ponto AID1. .............................. 192
Figura 8.2.2.25 - Floresta de Restinga, no ponto AID2. ..................................................... 193
Figura 8.2.2.26 - Floresta de Restinga, no ponto AID2. ..................................................... 193
Figura 8.2.2.27 - Características da vegetação de um trecho do ponto AID-1 (Área de
Influência Direta), no entorno da área do empreendimento Projeto Condomínio Praia de
Guadalupe, município de Sirinhaém, PE............................................................................ 215
Figura 8.2.2.28 - Características da vegetação de um trecho do ponto AID-2 (Área de
Influência Direta), no entorno da área do empreendimento Projeto Condomínio Praia de
Guadalupe, município de Sirinhaém, PE............................................................................ 216
Figura 8.2.2.29 - Características da vegetação de um trecho do ponto P2, inserido na área
diretamente afetada pelo empreendimento Projeto Condomínio Praia de Guadalupe,
município de Sirinhaém, PE. .............................................................................................. 216
Figura 8.2.2.30 - Características da vegetação de um trecho do ponto P3, inserido na área
diretamente afetada pelo empreendimento Projeto Condomínio Praia de Guadalupe,
município de Sirinhaém, PE. .............................................................................................. 217
xii
Figura 8.2.2.31 - Características da vegetação de um trecho do ponto P5, inserido na área
diretamente afetada pelo empreendimento Projeto Condomínio Praia de Guadalupe,
município de Sirinhaém, PE. .............................................................................................. 217
Figura 8.2.2.32 - Características da vegetação de um trecho do ponto P7, inserido na área
diretamente afetada pelo empreendimento Projeto Condomínio Praia de Guadalupe,
município de Sirinhaém, PE. .............................................................................................. 218
Figura 8.2.2.33 - Características da vegetação de um trecho do ponto P6, inserido na área
diretamente afetada pelo empreendimento Projeto Condomínio Praia de Guadalupe,
município de Sirinhaém, PE. .............................................................................................. 218
Figura 8.2.2.34 - Características da vegetação de um trecho do ponto P4, inserido na área
diretamente afetada pelo empreendimento Projeto Condomínio Praia de Guadalupe,
município de Sirinhaém, PE. .............................................................................................. 219
Figura 8.2.2.35 - Características da vegetação de um trecho do ponto P8, inserido na área
diretamente afetada pelo empreendimento Projeto Condomínio Praia de Guadalupe,
município de Sirinhaém, PE. .............................................................................................. 219
Figura 8.2.2.36- Busca ativa durante horário noturno. ....................................................... 221
Figura 8.2.2.37 - Buscas ativas em uma das áreas amostrais. .......................................... 221
Figura 8.2.2.38- Armadilha modelo Tomahawk disposta em galho de arvore iscada com
abacaxi. ............................................................................................................................. 222
Figura 8.2.2.39- Armadilha modelo Tomahawk disposta em solo iscada com abacaxi; ..... 223
Figura 8.2.2.40 - Retirada de animal capturado em armadilha modelo Tomahawk. ........... 224
Figura 8.2.2.41 - Linha de armadilhas de interceptação e queda “pitfall”. .......................... 224
Figura 8.2.2.42 - Coleta de medidas biométricas dos animais capturados. ........................ 225
Figura 8.2.2.43 - Armadilha fotográfica disposta a poucos centímetros do solo, onde a sua
frente se encontra a isca para atrair um animal. ................................................................ 226
Figura 8.2.2.44 - Entrevista com residente local numa das áreas do entorno do
empreendimento ................................................................................................................ 227
Figura 8.2.2.45 - Área de armação de redes de neblina no fragmento de mata do P2.
Guadalupe-PE. .................................................................................................................. 229
Figura 8.2.2.46 - Ármação de redes na borda do fragmento AID1. Guadalupe-PE. Data:
09.02.2016......................................................................................................................... 229
Figura 8.2.2.47 - Identificação de abrigos na área do empreendimento. ........................... 231
Figura 8.2.2.48 - Busca de abrigos na zona da ADA do empreendimento ......................... 231
Figura 8.2.2.49 - Morfometria: Comprimento do antebraço com auxilio de paquímetro. ..... 232
Figura 8.2.2.50 - Análise de grau de ossificação das epífises. ........................................... 232
Figura 8.2.2.51 - Curva coletora de espécies do levantamento fitossociológico realizado nas
formações florestais nativas e antropizadas do Projeto Condomínio Praia de Guadalupe . 266
Figura 8.2.2.52 - Curva de rarefação de espécies por incremento no número de indivíduos
amostrados, para o levantamento fitossociológico realizado na área de intervenção do Projeto
Condomínio Praia de Guadalupe ....................................................................................... 267
Figura 8.2.2.53 - Distribuição das espécies entre as famílias registradas no levantamento
fitossociológico das formações florestais na ADA e na AID propostas para o Condomínio Praia
de Guadalupe. ................................................................................................................... 275
Figura 8.2.2.54 - Distribuição Percentual da altura (m) dos indivíduos levantados. ............ 276
Figura 8.2.2.55 - Distribuição Percentual do DAP (cm) dos indivíduos levantados ............ 276
Figura 8.2.2.56 - Distribuição Percentual da altura por classes de fitofisionomia ............... 278
Figura 8.2.2.57 – Classes de DAP por ponto de fitofisionomia........................................... 279
Figura 8.2.2.58 – índice de valor de importância por área por espécie .............................. 280
xiii
Figura 8.2.2.59 - Riqueza por espécies fitofisionomia ........................................................ 281
Figura 8.2.2.60 – Índice de Shannon (H’)........................................................................... 282
Figura 8.2.2.61 – 1 - Índice de Simpson (D) ....................................................................... 283
Figura 8.2.2.62 – Índice de Pielou (J) ................................................................................ 283
Figura 8.2.2.63- Distribuição dos registros das espécies de aves ao longo do período de
amostragem ....................................................................................................................... 291
Figura 8.2.2.64 - Frequência das espécies de aves registradas na AID e ADA do
empreendimento ................................................................................................................ 292
Figura 8.2.2.65 - Lista das quinze espécies de aves que apresentaram maior frequência de
registros durante os levantamentos realizados na AID e ADA do empreendimento ........... 293
Figura 8.2.2.66 - Distribuição das espécies de aves registradas na AID e ADA do
empreendimento em relação aos níveis de dependência de ambientes florestais (A) e de
vulnerabilidade a alterações ambientais (B) ....................................................................... 295
Figura 8.2.2.67 - Indivíduo de Egretta thula (garça branca-pequena) observado na AID do
empreendimento. ............................................................................................................... 301
Figura 8.2.2.68 - Espécime de acauã (Herpetotheres cachinnans) observado na ADA do
empreendimento ................................................................................................................ 301
Figura 8.2.2.69 - Espécime de maçarico-pintado (Actitis macularius) em mangezal da AID do
empreendimento. ............................................................................................................... 302
Figura 8.2.2.70 - Indivíduo de batuíra-de-bando (Charadrius semipalmatus) registrado na praia
de Guadalupe, junto à ADA do empreendimento. .............................................................. 302
Figura 8.2.2.71 - Espécime de coruja-buraqueira (Athene cunicularia), junto à praia de
Guadalupe. ........................................................................................................................ 303
Figura 8.2.2.72 - Indivíduo de beija-flor-de-barriga-branca (Amazilia leucogaster) registrado
na AID do empreendimento. .............................................................................................. 303
Figura 8.2.2.73 - Beija-flor-de-veste-preta (Anthracothorax nigricollis), registrado na AID do
empreendimento. ............................................................................................................... 304
Figura 8.2.2.74- Espécime de ariramba (Galbula ruficauda), fotografado na ADA do
empreendimento. ............................................................................................................... 304
Figura 8.2.2.75- Indivíduo de jandaia-verdadeira (Aratinga jandaya), registrada na ADA do
empreendimento. ............................................................................................................... 305
Figura 8.2.2.76- Indivíduo de choca-de-asa-vermelha (Thamnophilus torquatus) na AID do
empreendimento. ............................................................................................................... 305
Figura 8.2.2.77- Espécime de suiriri-cavaleiro (Machetornis rixosa), registrado na ADA do
empreendimento. ............................................................................................................... 306
Figura 8.2.2.78- Suiriri (Tyrannus melancholicus), registrado na AID do empreendimento. 306
Figura 8.2.2.79- Espécime de figuinha-do-mangue (Conirostrum bicolor), observado em
manguezal da AID do empreendimento. ............................................................................ 307
Figura 8.2.2.80- Indivíduo de saí-azul (Dacnis cayana) registrados na ADA do
empreendimento. ............................................................................................................... 307
Figura 8.2.2.81- Espécime de pintor-verdadeiro (Tangara fastuosa), registrado na ADA do
empreendimento. ............................................................................................................... 308
Figura 8.2.2.82 - Número de espécies de anfíbios e répteis (lagartos e serpentes) dentro das
famílias registradas na AID e ADA do empreendimento. ................................................... 309
Figura 8.2.2.83 - Contribuição relativa das famílias de anfíbios registradas durante a primeira
campanha de levantamento da herpetofauna terrestre da ADA e AID do empreendimento.
.......................................................................................................................................... 311
xiv
Figura 8.2.2.84 – Contribuição relativa das famílias de répteis registradas durante a primeira
campanha de levantamento da herpetofauna terrestre da ADA e AID do empreendimento.
.......................................................................................................................................... 314
Figura 8.2.2.85 – Relação entre o número total de indivíduos observados ou coletados durante
o levantamento por metodologia empregada e grupo estudado. ........................................ 316
Figura 8.2.2.86 - Curva de rarefação das espécies de anfíbios registradas através de Procura
Ativa (PA) por dia de amostragem na primeira campanha, com intervalos de confiança. .. 316
Figura 8.2.2.87- Curva de rarefação das espécies de anfíbios registradas com Armadilhas de
Interceptação e Queda (AIQ) por dia de amostragem na primeira campanha, com intervalos
de confiança. ..................................................................................................................... 317
Figura 8.2.2.88 – Curva de rarefação das espécies de répteis registradas através de Procura
Ativa (PA) por dia de amostragem na primeira campanha, com intervalos de confiança. .. 317
Figura 8.2.2.89 - Curva de rarefação das espécies de répteis registradas com Armadilhas de
Interceptação e Queda (AIQ) por dia de amostragem na primeira campanha, com intervalos
de confiança. ..................................................................................................................... 318
Figura 8.2.2.90 - Curva de rarefação das espécies de anfíbios registradas por dia de
amostragem na primeira campanha, com intervalos de confiança. .................................... 318
Figura 8.2.2.91– Curva de rarefação das espécies de répteis registradas por dia de
amostragem na primeira campanha, com intervalos de confiança. .................................... 319
Figura 8.2.2.92 - Lista das dez espécies da herpetofauna que apresentaram maior frequência
de registros utilizando a Procura Ativa durante os levantamentos realizados na AID e ADA do
empreendimento. ............................................................................................................... 319
Figura 8.2.2.93 – Lista de todas as espécies anotadas utilizando as Armadilhas de
Interceptação e Queda (AIQ) por ordem de frequência de registros durante os levantamentos
realizados na AID e ADA do empreendimento. .................................................................. 320
Figura 8.2.2.94 – Resultado da análise de similaridade entre os pontos amostrados na
primeira campanha de levantamento da herpetofauna realizado na ADA e AID do
empreendimento. ............................................................................................................... 322
Figura 8.2.2.95 – Distribuição das espécies de anfíbios e répteis registradas na AID e ADA do
empreendimento em relação aos níveis de dependência de ambientes florestais (A) e de
vulnerabilidade a alterações ambientais (B). ...................................................................... 323
Figura 8.2.2.96 – Indivíduo de Rhinella granulosa (sapo) observado na AID do
empreendimento. ............................................................................................................... 329
Figura 8.2.2.97 – Sapo cururu Rhinella jimi observado na AID do empreendimento, próximo
ao Pier de Mariassú. .......................................................................................................... 329
Figura 8.2.2.98 – A pererequinha-comum Dendropsophus minutus observada sobre uma folha
de Nymphaea sp. em brejo na AID do empreendimento. ................................................... 330
Figura 8.2.2.99 – Dendropsophus decipiens, pererequinha encontrada em área brejosa da
ADA do empreendimento ................................................................................................... 330
Figura 8.2.2.100 – Perereca-verde Hypsiboas albomarginatus registrada em brejo na AID do
empreendimento ................................................................................................................ 331
Figura 8.2.2.101 – Phyllomedusa nordestina, outra espécie de perereca-verde observada na
ADA do empreendimento ................................................................................................... 331
Figura 8.2.2.102 – A pequena rãzinha Adenomera aff. hylaedactyla registrada na ADA do
empreendimento ................................................................................................................ 332
Figura 8.2.2.103 – Rã-manteiga, Leptodactylus latrans, registrado na AID do empreendimento.
.......................................................................................................................................... 332
xv
Figura 8.2.2.104 – A rã Leptodactylus troglodytes, fotografada na ADA do empreendimento
.......................................................................................................................................... 333
Figura 8.2.2.105 – Jovem da grande rã-pimenta, Leptodactylus vastus, registrada na AID do
empreendimento. ............................................................................................................... 333
Figura 8.2.2.106 – Adulto da rã-pimenta, Leptodactylus vastus, na beira de sua toca,
registrado na AID do empreendimento. ............................................................................. 334
Figura 8.2.2.107 – Rã-cachorro, Physalaemus cuvieri, na AID do empreendimento. ......... 334
Figura 8.2.2.108 – Dermatonotus muelleri, rã encontrada na ADA do empreendimento .... 335
Figura 8.2.2.109 – Rã Elachistocleis cf. piauiensis encontrada na ADA do empreendimento
.......................................................................................................................................... 335
Figura 8.2.2.110 – Lagartixa-de-parede Hemidactylus mabouia encontrada na ADA do
empreendimento. ............................................................................................................... 336
Figura 8.2.2.111 – O lagartinho Cercosaura ocellata observado na ADA do empreendimento.
.......................................................................................................................................... 336
Figura 8.2.2.112– O calanguinho-de-rabo-azul Micrablepharus maximiliani comum na ADA do
empreendimento. ............................................................................................................... 337
Figura 8.2.2.113– Duas iguanas (Iguana iguana), fotografadas na ADA do empreendimento
.......................................................................................................................................... 337
Figura 8.2.2.114 – Calango (Mabuya nigropunctata), observada na ADA do empreendimento
.......................................................................................................................................... 338
Figura 8.2.2.115 – O miniaturizado lagarto Coleodactylus meridionalis, um dos menores do
mundo, observado na ADA do empreendimento................................................................ 338
Figura 8.2.2.116 – O calango-listrado, Ameivula ocellifera, fotografado na ADA do
empreendimento. ............................................................................................................... 339
Figura 8.2.2.117 – O calango Tropidurus hispidus nos muros da ADA do empreendimento
.......................................................................................................................................... 339
Figura 8.2.2.118 – Jiboia fotografada em um pé de caju na ADA do empreendimento. ..... 340
Figura 8.2.2.119 – Cobra-cipó, Chironius flavolineatus, encontrada na ADA do
empreendimento ................................................................................................................ 340
Figura 8.2.2.120 – Cobra-coral-falsa, Oxyrhopus trigeminus, da ADA do empreendimento.
.......................................................................................................................................... 341
Figura 8.2.2.121 – Cobra-preta, Pseudoboa nigra, encontrada na ADA do empreendimento
.......................................................................................................................................... 341
Figura 8.2.2.122 - Toca de tatu após ser vasculhada por caçador. Ponto P7. ................... 343
Figura 8.2.2.123 - Toca de tatu verdadeiro D. novemcinctus. ............................................ 343
Figura 8.2.2.124 - Registros evidenciando a presença de sagui C. jacchus na área do
empreendimento. ............................................................................................................... 345
Figura 8.2.2.125 - Curva cumulativa de espécies durante período amostral na área do
empreendimento. ............................................................................................................... 346
Figura 8.2.2.126- Indivíduo de raposa Cerdocyon thous capturado em armadilha fotográfica.
Ponto P10. ......................................................................................................................... 357
Figura 8.2.2.127 - Indivíduo de timbu D. albiventris capturado pela armadilha fotográfica.
Ponto P4 25L 0270452.9039888........................................................................................ 357
Figura 8.2.2.128 - Indivíduo de timbu D. albiventris capturado em armadilha Tomahawk. Ponto
P7 – 25L 0269940.9039398. .............................................................................................. 358
Figura 8.2.2.129 - Exemplar de ratazana Rattus rattus capturado em armadilha de
interceptação e queda. Pontos P10 – 2701800.9040180. .................................................. 358
xvi
Figura 8.2.2.130- Indivíduo de cuíca C. philander registrado no Ponto AID2 – 25L
0268846.9040237. ............................................................................................................. 359
Figura 8.2.2.131- Exemplar jovem de catita M. domestica capturado durante buscas ativas
noturnas no ponto P9 – 25L 2690590.9039432. ................................................................ 359
Figura 8.2.2.132. Guildas tróficas reportadas para a área de estudo dos morcegos. ......... 361
Figura 8.2.2.133 - Curva de acumulação de espécie aleatorizada do presente estudo. ..... 362
Figura 8.2.2.134 - Morcego hematófago se alimentando. .................................................. 362
Figura 8.2.2.135 - Desmodus rotundus se alimentando de sangue de um galo. ................ 363
Figura 8.2.2.136 – Morcego capturado na ADA do empreendimento, A. obscurus. Fonte: 368
Figura 8.2.2.137 - Morcego capturado na ADA do empreendimento, A. planirostris .......... 368
Figura 8.2.2.138 - Morcego capturado na ADA do empreendimento, C. perpicillata .......... 369
Figura 8.2.2.139 - Morcego capturado na ADA do empreendimento, D. cinerea................ 369
Figura 8.2.2.140 - Morcego capturado na ADA do empreendimento, G. soricina ............... 370
Figura 8.2.2.141 - Morcego capturado na ADA do empreendimento, M. molossus ............ 370
Figura 8.2.2.142 - Morcego capturado na ADA do empreendimento, P. hastatus .............. 371
Figura 8.2.2.143 - Morcego capturado na ADA do empreendimento, S. lilium; Fonte: ....... 371
Figura 8.2.2.144 - Morcego capturado na ADA do empreendimento, N. leporinus ............. 372
Figura 8.2.2.145 - Morcego capturado na ADA do empreendimento, P. discolor. .............. 372
Figura 8.2.3.1 – Manguezal do estuário do rio Formoso, próximo à cidade de Rio Formoso.
Coordenadas geográficas:8°39’44.52’’S/35°8’48.28’’O. ..................................................... 375
Figura 8.2.3.2 – Área de abrangência da Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais. . 377
Figura 8.2.3.3 – Formação de arenito presente na foz do rio Formoso.
Coordenadas:8°42’2.87’’S/35°4’37.17’’O. .......................................................................... 378
Figura 8.2.3.4 – Prado de fanerógamas na foz do rio Formoso. Coordenadas geográficas:
8°42’9.58’’S/35°4’48.54’’O. ................................................................................................ 379
Figura 8.2.3.5 – Habitações irregulares da cidade de Rio Formoso – PE. Coordenadas
geográficas:8°39’43.82’’S/35°8’51.50’’O. ........................................................................... 380
Figura 8.2.3.6 – Atracação indevida por barcos de turismo no prado de fanerógamas presente
na foz do rio Formoso. Coordenadas geográficas: 8°42’10.74’’S/35°4’48.60’’O. ................ 380
Figura 8.2.3.7 – Embarcações de turismo no píer do rio Mariassu. Coordenadas
geográficas:8°41’20.36’’S/35°6’17.47’’O. ........................................................................... 381
Figura 8.2.3.8 – Atividade recreativa nos recifes de arenito da foz do rio Formoso, próximos
ao restaurante Bora-Bora na Praia dos Carneiros. Coordenadas
geográficas:8°42’12.94’’S/35°4’42.03’’O. ........................................................................... 382
Figura 8.2.3.9 – Atividade recreativa nos recifes de arenito da foz do rio Formoso, próximos
ao restaurante Bora-Bora na Praia dos Carneiros. Coordenadas
geográficas:8°41’58.96’’S/35°4’34.81’’O. ........................................................................... 382
Figura 8.2.3.10 – Ambientes amostrados dentro da área do empreendimento: A-Maguezal
(8°40’51,9”S; 35°05’34,0”O); B-Ambiente recifal (8°41’52,7”S; 35°04’32,6”O); C-Prado de
fanerógamas (8°41’56,0”S; 35°04’57,9”O); D-Praia arenosa (8°41’54,4”S; 35°05’07,7”O). 389
Figura 8.2.3.11 – Amostradores utilizados na coleta de organismos dentro da área do
empreendimento: A- Amostrador cilíndrico com sedimento do prado de fanerógamas; B-
Quadrado de PVC 20x20cm; C- Amostrador cilíndrico com sedimento da praia arenosa. . 390
Figura 8.2.3.12 – Pesca de arrastão sendo realizada no estuário do rio Formoso no dia
27/12/15............................................................................................................................. 394
Figura 8.2.3.13 – Localização dos arrastos realizados pelos pescadores locais no estuário do
rio Formoso nas datas dos dias: 26 a 28\12\15 e 10 a 12\01\16. ....................................... 395
xvii
Figura 8.2.3.14 – Locais visitados dentro do estuário do rio Formoso para caracterização das
macrófitas aquáticas entre os dias 10 e 12 de janeiro de 2016. ......................................... 396
Figura 8.2.3.15 - Distribuição dos pontos amostrais e de observações dentro da área de
influência direta do empreendimento. ................................................................................ 397
Figura 8.2.3.16 - Ambientes amostrados dentro da área do empreendimento: A-Sítio 1
(8°42'9.65"S; 35° 4'40.98"O); B-Sítio 2 (8°42'5.42"S; 35° 4'38.72"O); C- Sítio 3 (8°42'0.10"S;
35° 4'36.07"O); D-Piscina natural (8°42'12.41"S; 35° 4'41.89"O); E-Sítio 5 (8°41'43.51"S, 35°
4'28.34"O); F- Quadrado lançado no Sítio 1 (8°42'9.65"S; 35° 4'40.98"O). ........................ 400
Figura 8.2.3.17 – Esquema demonstrando as tipologias encontradas nas formações de arenito
da região de Tamandaré. ................................................................................................... 417
Figura 8.2.3.18 – Crustacea encontrados na área do empreendimento Condominio Praia de
Guadalupe. A-Decapoda Brachyura (crustáceo de importância comercial); B. Decapoda
Anomura; C. ...................................................................................................................... 432
Figura 8.2.3.19 – Comunidade macrozoobentônica: Mollusca encontrados na área do
empreendimento Projeto Condomínio Praia de Guadalupe. A-Schinochiton striolatus; B.
Schinoplax sp.; C. Fissurelidae; D. Neritina virginea; E. Tricolia bella; F. Isellica globosa; G.
Fargoa sp.; H. Rissoina bryerea; I. Alaba incerta; J. Turbonilla sp. 1; K. Bithium varium; M.
Caecum sp. N. Tellina sp. O. Isognomon bicolor (espécie invasora).................................. 433
Figura 8.2.3.20 – Comunidade macrozoobentônica: Annelida encontrados na área do
empreendimento Projeto Condomínio Praia de Guadalupe. A. Polychaeta morfotipo 4; B.
Polychaeta morfotipo 13; C. Polychaeta Cirratulidae morfotipo 3; D. Polychaeta morfotipo 9;
E. Polychaeta morfotipo 17. ............................................................................................... 434
Figura 8.2.3.21 – Diversidade comparada (média, erro-padrão e desvio-padrão) entre os
quatro ambientes estudados na área de influencia do empreendimento condomínio Praia do
Guadalupe. ........................................................................................................................ 440
Figura 8.2.3.22 – Equitabilidade comparada (média, erro-padrão e desvio-padrão) entre os
quatro ambientes estudados na área de influencia do empreendimento condomínio Praia do
Guadalupe. ........................................................................................................................ 441
Figura 8.2.3.23 – Curva do coletor construída a partir dos dados de desembarque pesqueiro
no estuário do rio Formoso, entre dezembro/15 e janeiro/16. ............................................ 444
Figura 8.2.3.24 – As oito espécies de peixes mais abundantes no estuário do rio Formoso, de
acordo com os desembarques da pesca de arrastão em dezembro/15 e janeiro/16. A-
Conodon nobilis; B- Opisthonema oglinum; C- Eucinostomus melanopterus; D-Eugerres
brasilianus; E- Sphoeroides greeleyi; F-Harengula clupeola; G- Hyporhamphus roberti roberti;
H- Atherinella brasiliesis. ................................................................................................... 446
Figura 8.2.3.25 – Mapa da localização dos prados de fanerógamas presentes na foz do rio
Formoso. ........................................................................................................................... 452
Figura 8.2.3.26 – Pesca de arrastão realizada na foz do rio Formoso. .............................. 454
Figura 8.2.3.27 – Pesca recreativa realizada na foz do rio Mariassu. ................................ 454
Figura 8.2.3.28 – Extração do aratu Goniopsis cruentada pela pescadora Maria Lúcia na
microbacia do rio Mariassu. ............................................................................................... 455
Figura 8.2.3.29 – Pescadores utilizando linha e anzol para captura de peixes na região
intermediária do estuário do rio Formoso. .......................................................................... 455
Figura 8.2.3.30 – Acesso às áreas de extração de aratu no rio Mariassu a partir da cerca do
empreendimento. ............................................................................................................... 457
Figura 8.2.3.31 – Registro dos percursos realizados dentro do estuário do rio Formoso e áreas
adjacentes entre os dias 10 e 12 de janeiro de 2016. Trajetos: (A) pesca; (B) turismo ...... 459
xviii
Figura 8.2.3.32 - Categorias registradas durante a obtenção dos dados Sítio 1 (8°42'9.65"S;
35° 4'40.98"O): A-Coral vivo (CV) Sideratrea stellata; B- Coral vivo (CV) Favia gravida; C-
Coral branqueado (CBR); D-Macroalga (MA); E-Alga coralina (COR); F- Rocha (ROC). ... 461
Figura 8.2.3.33 - Categorias registradas durante a obtenção dos dados Sítio 3 (8°42'0.10"S;
35° 4'36.07"O): A-Esponja (ES); B- Palythoa (PAL); C- Zoantídeo (ZOO); D-Ouriço (OUR); E-
Outros (OUT); F- Sedimento (SED). .................................................................................. 462
Figura 8.2.3.34 - Ambientes amostrados dentro da área do empreendimento: A-Maguezal
(8°40’51,9”S; 35°05’34,0”O); B-Ambiente recifal (8°41’52,7”S; 35°04’32,6”O); C-Prado de
fanerógamas (8°41’56,0”S; 35°04’57,9”O); D-Praia arenosa (8°41’54,4”S; 35°05’07,7”O). 465
Figura 8.2.3.35 - Comparação entre a os dados de cobertura atual do recife da praia dos
Carneiros com os dados de cobertura das localidades inseridas na APA Costa dos Corais em
2004 publicados por Stainer e colaboradores (2015). ........................................................ 466
Figura 8.2.3.36 - A- Piscina natural (8°42'12.41"S; 35° 4'41.89"O); B- Piscina natural
(8°42'12.41"S; 35° 4'41.89"O); C- Aluguel de equipamento para mergulho livre; D- Isca usadas
para atrair pequenos peixes recifais; E-F-Pontos de pesca (8°41'38.17"S35° 4'11.36"O). . 469
Figura 8.2.3.37 - Ponto de ancoragem (8°41'49.96"S, 35° 4'32.63"O): A-Catamarã; B- A-
Catamarã; C-D- Turistas caminhando sobre o recife; E-F-Piscina natural. ........................ 470
Figura 8.3.1.1 - Evoluação da população total ................................................................... 478
Figura 8.3.1.2 - Taxas de crescimento anuais da AII. ....................................................... 480
Figura 8.3.1.3 - Evolução da população urbana. ............................................................... 482
Figura 8.3.1.4 - Porcentagem da população urbana e rural dos municípios da AII em 2010.
.......................................................................................................................................... 483
Figura 8.3.1.5 - População de Rio Formoso. ..................................................................... 483
Figura 8.3.1.6 - População de Tamandaré. ....................................................................... 484
Figura 8.3.1.7 - População de Sirinhaém. .......................................................................... 484
Figura 8.3.1.8 – Porcentagem de domicílios segundo as formas de esgotamento sanitário
.......................................................................................................................................... 496
Figura 8.3.1.9 – Porcentagem dos domicílios particulares permanentes segundo o destino do
lixo ..................................................................................................................................... 498
Figura 8.3.1.10 - Distribuição percentual do número de trabalhadores por sexo nos municípios
da AII. Fonte: Gráficos construídos com base em dados do Censo Demográfico 2010 ..... 508
Figura 8.3.1.11 - Distribuição do PIB por setor nos municípios da AII ............................... 510
Figura 8.3.1.12 - Taxa de pessoas economicamente inativas para os municípios da AII, nos
últimos três Censos Demográficos..................................................................................... 514
Figura 8.3.1.13 - Taxa de desemprego para os municípios da AII nos anos de 2000 e 2010.
.......................................................................................................................................... 515
Figura 8.3.1.14 - Faixas do IDHM ..................................................................................... 516
Figura 8.3.1.15 – Evolução anual entre 2005 e 2013 do IFDM e áreas de desenvolvimento
dos municípios da AII. Fonte: http://www.firjan.com.br/ifdm/ .............................................. 521
Figura 8.3.2.1 - População Residente na AID .................................................................... 522
Figura 8.3.2.2 - Distribuição de gênero na ADA. ................................................................ 524
Figura 8.3.2.3 - Estrutura etária de Sirinhaém.................................................................... 525
Figura 8.3.2.4 - Boletim da MDS com dados do Cadastro Único realizado no município de
Sirinhaém .......................................................................................................................... 530
Figura 8.3.2.5 - Representação de parte do município de Sirinhaém onde se visualiza a grande
quantidade de engenhos verificada na região. Fonte: Plano Diretor de Sirinhaém ............ 534
Figura 8.3.2.6 - Evolução do % de Urbanização Brasil x Sirinhaém. .................................. 535
Figura 8.3.2.7 - Total de habitantes no município de Sirinhaém e nos distritos (2010) ....... 543
xix
Figura 8.3.2.8 – Estado civil das pessoas entrevistadas na Vila Aver-o-Mar ...................... 550
Figura 8.3.2.9 – Local de nascimento das pessoas entrevistadas na Vila Aver-o-Mar ....... 551
Figura 8.3.2.10 – Grupos de profissões declaradas pelos entrevistadas na Vila Aver-o-Mar
.......................................................................................................................................... 554
Figura 8.3.2.11 – (A) Quadra de esportes, campo de futebol e (B) sede da Associação de
Moradores e Pescadores de Aver-o-Mar situadas em terrenos doados para a construção do
hotel escola do Sesc (Coordenadas: 25 L 2711053.65 / UTM 9041799.85). Fonte: Projetec,
2016 (Maria Lia Corrêa de Araújo em 3/5/2016) ................................................................ 557
Figura 8.3.2.12 – Clube Municipal de Aver-o-Mar demolido em 2012. Coordenadas: (25 L
271043.54 / UTM 9041656.31). Fonte: Projetec, 2016 (Autor: Glivio Coelho em 4/10/2012)
.......................................................................................................................................... 558
Figura 8.3.2.13 – Tipo de residência existente na vila Aver-o-Mar (Coordenadas: 25 L 0271260
/ UTM 9041893). Fonte: Projetec, 2016 (Autor: Glivio Coelho em 6/6/2016) ...................... 561
Figura 8.3.2.14 – Síntese das características predominantes dos domicílios da Vila Aver-o-
Mar .................................................................................................................................... 564
Figura 8.3.2.15 - Proporção de pessoas entrevistadas, segundo a avaliação das condições de
moradia e da comunidade.................................................................................................. 564
Figura 8.3.2.16 – Unidade de Saúde da Família localizada na vila Aver-o-Mar.................. 566
Figura 8.3.2.17 – Escala de avaliaçao dos (A) servicos de saúde e (B) educação disponíveis
na vila Aver-o-Mar, segundo a opinião das pessoas entrevistadas .................................... 567
Figura 8.3.2.18 – Escala de avaliação dos (A) servicos comunicação e (B) transporte
disponíveis na vila Aver-o-Mar, segundo a opinião das pessoas entrevistadas ................. 568
Figura 8.3.2.19 - Escala de avaliação da organização da vila Aver-o-Mar, segundo a opinião
das pessoas entrevistadas ................................................................................................ 568
Figura 8.3.2.20 - Escala de avaliação da qualidade da alimentação das famílias da vila Aver-
o-Mar, segundo a opinião das pessoas entrevistadas........................................................ 569
Figura 8.3.2.21 – Proporção de pessoas entrevistadas por tempo no exercício da ocupação
principal ............................................................................................................................. 571
Figura 8.3.2.22 - Pescadores consertando redes junto ao porto de Barra de Sirinhaém.
Coordenadas: 25 L 0274337 / UTM 9048035. Fonte: Projetec, 2016 (Autor: Glívio Coelho em
1/5/2016) ........................................................................................................................... 573
Figura 8.3.2.23 - Sede da Colônia de Pescadores de Barra do Sirinhaém......................... 574
Figura 8.3.2.24 - Proporção de pescadores por tipo de produto da pesca ......................... 576
Figura 8.3.2.25 – Pescadores de Aver-o-Mar.Coordenadas: 25 L 0272140 / UTM 9041066.
.......................................................................................................................................... 577
Figura 8.3.2.26 – (A) e (B) Criatório de animais e plantio existentes na Vila Aver-o-Mar ... 578
Figura 8.3.2.27 – (A) e (B) Bares instalados à beira mar da praia da Gamela.................... 579
Figura 8.3.2.28 – (A) e (B) Duas perspectivas do bar de Milúcia que funciona na praia de
Guadalupe, na proximidade do empreendimento.Coordenadas: 25 L 0270701 / UTM 9039866.
.......................................................................................................................................... 580
Figura 8.3.2.29 - Bar de Neco que funciona na praia de Guadalupe, próximo ao
empreendimento ................................................................................................................ 580
Figura 8.3.2.30 - Proporção de moradores de Aver-o-Mar, por classes de rendimento
provenientes de todas as fontes de renda declaradas ....................................................... 583
Figura 8.3.2.31 - Proporção de pescadores de Aver-o-Mar, por classes de rendimento
provenientes da atividade de pesca como principal atividade econômica (em salários mínimos)
.......................................................................................................................................... 584
xx
Figura 8.3.2.32 - Proporção de pessoas entrevistadas, segundo escala de avaliação dos
gastos familiares ................................................................................................................ 587
Figura 8.3.2.33 - Proporção de pessoas pesquisadas que declararam pertencer a algum tipo
de organização .................................................................................................................. 589
Figura 8.3.2.34 - Proporção de entrevistados por tempo de filiação em órgãos de
representação .................................................................................................................... 589
Figura 8.3.2.35 - Principais expectativas dos moradores da Vila Aver-o-Mar em relação ao
empreendimento ................................................................................................................ 591
Figura 8.3.2.36 - Catamarã utilizado para passeios turísticos a partir da praia da Gamela ou
do píer Mariassu. Fonte: Projetec, 2016 (Autor: Glívio Coelho em 24/5/2016. ................... 592
Figura 8.3.2.37 – Píer Mariassu em condições de uso. Fonte: Sérgio Falceti, disponível na
internet no endereço http://www.panoramio.com/photo/67663408 ..................................... 594
Figura 8.3.2.38 – Píer Mariassu em imagem registrada no dia 6/6/2016. Coordenadas: 25 L
0268655 / UTM 9039747. .................................................................................................. 594
Figura 8.3.2.39 – (A) Heliponto do CT Guadalupe e (B) Bar instalado na área do píer ...... 595
Figura 8.3.2.40 - Estacionamento construído no âmbito do complexo Heliponto-píer Mariassu
.......................................................................................................................................... 595
Figura 8.3.2.41 - Píer Mariassu, vendo-se as condições da estrada de acesso no trecho final
e parte do guarda corpo destruído. Coordenadas: 25 L 0268655 / UTM 9039747. ............ 595
Figura 8.3.2.42 – Local de origem dos entrevistados ........................................................ 601
Figura 8.3.2.43 – Proporção de pessoas entrevistadas, segundo a escala de avaliação da
infraestrutura e serviços disponíveis na área do píer Mariassu .......................................... 603
Figura 8.3.2.44 - Formas de abastecimento d'água de Sirinhaém. .................................... 609
Figura 8.3.2.45 - Domicílios particulares permanentes urbanos segundo o destino do lixo.
Fonte: IBGE – Censo Demográfico .................................................................................... 614
Figura 8.3.2.46 - Domicílios particulares permanentes rurais segundo o destino do lixo. Fonte:
IBGE – Censo Demográfico ............................................................................................... 615
Figura 8.3.2.47 – (A) e (B) Revitalização das calçadas da Rua Marquês de Olinda, Sirinhaém.
(C) Pavimentação em paralelepipedo nas ruas ladeirosas do município e (D) Material para
revitalização das calçadas. ................................................................................................ 618
Figura 8.3.2.48 - Frota de veículos .................................................................................... 620
Figura 8.3.2.49 - Domicílios particulares permanentes nos meio urbano e rural segundo a
existência de energia elétrica............................................................................................. 621
Figura 8.3.2.50 - Número de casos de dengue em Sirinhaém. .......................................... 635
Figura 8.3.2.51 - Evolução do Ideb para Sirinhaém entre 2009 e 2013 .............................. 645
Figura 8.3.2.52 - Número de nascidos vivos entre 1999 e 2008 em Sirinhaém .................. 647
Figura 8.3.2.53 - Taxa de mortalidade infantil entre 1991 e 2010 em Sirinhaém ................ 648
Figura 8.3.2.54 - Evolução do coeficiente de mortalidade devido decorrente de agressões.
Fonte: Gráfico gerado a partir de dados do SIM. ............................................................... 650
xxi
RELAÇÃO DE TABELAS
Tabela 8.1.3.1 - Nível de ruído aceitáveis de acordo com a lei pernambucana 12.789/05. .. 51
Tabela 8.1.3.2 – Medição dos níveis de ruído nos nove pontos distribuídos na área do
pretendido empreendimento ................................................................................................ 52
Tabela 8.1.6.1 - Classificações EMBRAPA .......................................................................... 77
Tabela 8.1.6.2 - Possíveis faixas de variação de coeficientes de infiltração. (NBR 7229, 1993).
............................................................................................................................................ 88
Tabela 8.1.6.3 - Valores levantados em campo. ................................................................. 89
Tabela 8.1.8.1- Parâmetros obtidos in situ e equipamento utilizado. .................................. 127
Tabela 8.1.8.2 - Métodos analíticos utilizados e limite de quantificação (LQ) dos parâmetros
de análise. ......................................................................................................................... 128
Tabela 8.1.8.3 - Resultados das análises físico-químicos realizados em fevereiro de 2016.
.......................................................................................................................................... 130
Tabela 8.1.9.1 - Poços cadastrados.................................................................................. 141
Tabela 8.1.9.2 – Cacimbas cadastradas ............................................................................ 141
Tabela 8.1.9.3 - Classificação da vulnerabilidade a partir dos índices. .............................. 159
Tabela 8.1.9.4 – Método GOD - Valores dos parâmetros G, O, D e valores do Índice de
Vulnerabilidade. ................................................................................................................. 160
Tabela 8.2.2.1 – Coordenadas dos pontos amostrais do levantamento de herpetofauna
realizado na ADA e AID do empreendimento, tipo de ambiente de cada ponto e método de
amostragem empregado. AIQ = Armadilha de Interceptação e Queda; PA = Procura Ativa.
.......................................................................................................................................... 211
Tabela 8.2.2.2 - Lista de espécies de aves com ocorrência potencial ou comprovada na AII
do empreendimento. .......................................................................................................... 244
Tabela 8.2.2.3 - Lista de espécies de anfíbios anuros com ocorrência potencial na AII do
empreendimento ................................................................................................................ 248
Tabela 8.2.2.4 - Lista das espécies de répteis com ocorrência potencial na AII do
empreendimento segundo o “Encarte 3: Análise da Unidade de Conservação” para a APA de
Guadalupe (CPRH, 2011). ................................................................................................. 250
Tabela 8.2.2.5 - Lista dos mamíferos terrestres não voadores da Mata Atlântica de
Pernambuco com destaque para as espécies registradas na área de influência do
empreendimento Projeto Condomínio Praia de Guadalupe, município de Sirinhaém, PE. . 253
Tabela 8.2.2.6 - Lista das espécies registradas para o Bioma Mata Atlântica, destas aquelas
registradas para o Estado de Pernambuco e para a região dos municípios litorâneos da Zona
da Mata Sul de Pernambuco.............................................................................................. 257
Tabela 8.2.2.7 - Dados de localização das parcelas amostrais do Levantamento
Fitossociológico na área de interferência do Projeto Condomínio Praia de Guadalupe...... 262
Tabela 8.2.2.8 - Caracterização ambiental das parcelas amostrais do Levantamento
Fitossociológico na área de interferência do Projeto Condomínio Praia de Guadalupe...... 263
Tabela 8.2.2.9 – Continuação Caracterização ambiental das parcelas amostrais do
Levantamento Fitossociológico na área de interferência do Projeto Condomínio Praia de
Guadalupe ......................................................................................................................... 264
Tabela 8.2.2.10 - Parâmetros fitossociológicos, de diversidade, volumétricos e estatísticos do
total das formações florestais amostradas. ........................................................................ 268
Tabela 8.2.2.11 - Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas no levantamento
fitossociológico das formações florestais inventariadas na área de interferência do Projeto
Condomínio Praia de Guadalupe ....................................................................................... 270
xxii
Conforme apresentado na Tabela 8.2.2.12 as 10 espécies mais importantes do levantamento
fitossiocológico realizado, somam um valor de importância (VI%) de 65,07%, enquanto que a
dominância relativa (DoR) do mesmo conjunto de espécies soma 79,88 % revelando uma alta
dominância na composição da estrutura horizontal das comunidades estudadas. ............. 274
Tabela 8.2.2.13 - Espécies de aves registradas durante a campanha de amostragem realizada
em janeiro de 2016 na ADA e AID do empreendimento. Guilda: ON - onívoro, FR - frugívoro,
GR - granívoro, IN - insetívoro, CA - carnívoro, DE - detritívoro, NE - nectarívoro e PI -
piscívoro; vulnerabilidade: B - baixa, M - média e A - alta; dependência - N - não-dependente,
D - semi-dependente e D - dependente; conservação: N - não ameaçada e VU - vulnerável
(pela lista nacional); e ocorrência: R - residente; VN - visitante sazonal, oriundo do hemisfério
Norte e E - espécie endêmica do Brasil. ............................................................................ 285
Tabela 8.2.2.14 – Lista de anfíbios registrados na ADA e AID do empreendimento. Legenda:
AIQ = Armadilha de Interceptação e Queda, EO = Encontro Ocasional, PA = Procura Ativa, V
= Vocalização. ................................................................................................................... 310
Tabela 8.2.2.15 – Lista de répteis terrestres registrados na ADA e AID do empreendimento.
Legenda: AIQ = Armadilha de Interceptação e Queda, EO = Encontro Ocasional, PA = Procura
Ativa, ET = Encontro por Terceiros. ................................................................................... 312
Tabela 8.2.2.16 – Número de indivíduos observados e o número de espécies registradas
durante este levantamento para cada grupo estudado. ..................................................... 315
Tabela 8.2.2.17 - Lista de espécies catalogadas na ADA e AID do empreendimento Projeto
Condomínio Praia de Guadalupe, município de Sirinhaém/PE. ......................................... 346
Tabela 8.2.2.18 - Lista de espécies capturadas nos pontos amostrais, com seus índices de
diversidade (H’) e riqueza (S). ........................................................................................... 348
Tabela 8.2.2.19 - Lista dos mamíferos terrestres da Mata Atlântica de Pernambuco com
destaque para as espécies registradas na área de influência do empreendimento Projeto
Condomínio Praia de Guadalupe, município de Sirinhaém, PE. ........................................ 351
Tabela 8.2.2.20. Lista das espécies de morcegos registradas na área do empreendimento
Projeto Condomínio Praia de Guadalupe/PE. Status: LC – menor preocupação ............... 361
Tabela 8.2.2.21 - Lista das espécies de morcegos registradas na Área Diretamente Afetada
(ADA) e na Área de Influência Direta (AID) do empreendimento Projeto Condomínio Praia de
Guadalupe, Sirinhaém/PE. Diversidade e equitabilidade para cada sítio amostral. ............ 364
Tabela 8.2.3.1 - Pontos de amostragem da comunidade macrozoobentônica na região do
empreendimento Projeto Condomínio Praia de Guadalupe, Sirinhaém, Pernambuco.
ADA=Área diretamente afetada, AID=Área influência direta, AII= Área influencia indireta. 388
Tabela 8.2.3.2 - Sítios de amostragem e observações do ambiente recifal na AID do
empreendimento Projeto Condomínio Praia de Guadalupe, Sirinhaém, Pernambuco........ 397
Tabela 8.2.3.3 - Grupos taxonômicos bentônicos registrados na área de influência do
empreendimento Projeto Condomínio Praia de Guadalupe. .............................................. 401
Tabela 8.2.3.4 - Lista de ocorrência das espécies de peixes do estuário do rio Formoso. A
última coluna indica a possível dependência das espécies com o ambiente recifal. .......... 411
Tabela 8.2.3.5 - Lista das espécies de peixes recifais registradas nos recifes de coral
presentes na linha de costa situada entre a foz do rio Formoso e a foz do rio Mamucaba,
Tamandaré. ....................................................................................................................... 414
Tabela 8.2.3.6 - Grupos taxonômicos zooplanctônicos registrados na área de influência do
empreendimento Projeto Condomínio Praia de Guadalupe. .............................................. 423
Tabela 8.2.3.7 - Grupos taxonômicos com valores absolutos de organismos coletados na área
de influência do empreendimento Projeto Condomínio Praia de Guadalupe em 9-12 de janeiro
de 2016. (r= réplicas). ........................................................................................................ 435
xxiii
Tabela 8.2.3.8 - Espécies de peixes capturadas por pescadores no estuário do rio Formoso,
a partir de arrastões de costa, durante dezembro/15 e janeiro/16...................................... 445
Tabela 8.2.3.9 - Espécies de peixes capturadas pelos pescadores no estuário do rio Formoso
a partir de arrastões de costa, durante dezembro/15 e janeiro/16...................................... 447
Tabela 8.2.3.10 - Sítios de amostragem da cobertura bentônica na AID do empreendimento
Projeto Condomínio Praia de Guadalupe, Sirinhaém, Pernambuco. .................................. 464
Tabela 8.2.3.11 - Comparação entre a cobertura atual do recife de Carneiros com a cobertura
encontrada no ano de 2004. .............................................................................................. 465
Tabela 8.3.1.1 - Composição setorial do VAB segundo os municípios da AII .................... 474
Tabela 8.3.1.2 – Principais produtos agrícolas cultivados nos munícipios da AII ............... 475
Tabela 8.3.1.3 – Ocupação dos estabelecimentos agrícolas da AII ................................... 475
Tabela 8.3.1.4 - Movimentos Sociais nos munícipios da AII............................................... 477
Tabela 8.3.1.5 – Número de estabelecimentos agropecuários com produtor proprietário por
forma de obtenção das terras ............................................................................................ 477
Tabela 8.3.1.6 - População dos munícipios da AII ............................................................. 478
Tabela 8.3.1.7- Taxa de crescimento populacional dos municípios da AII e dos munícipios
próximos a AII .................................................................................................................... 480
Tabela 8.3.1.8 - Origem dos habitantes da AII ................................................................... 481
Tabela 8.3.1.9 - Porcentagem da população urbana ......................................................... 482
Tabela 8.3.1.10 - Número de estabelecimentos de infraestrutura de saúde – 2014 ........... 485
Tabela 8.3.1.11 - Número de estabelecimentos de infraestrutura de saúde por tipo - 2014486
Tabela 8.3.1.12 - Número de leitos por município - 2014 ................................................... 486
Tabela 8.3.1.13 - Número de instituições por nível de ensino dos municípios da AII ......... 488
Tabela 8.3.1.14 - Principais rodovias e vias urbanas dos municípios da AII ...................... 489
Tabela 8.3.1.15- Domicílios particulares permanentes segundo a existência de energia elétrica
.......................................................................................................................................... 490
Tabela 8.3.1.16 - Consumidores de energia elétrica .......................................................... 491
Tabela 8.3.1.17 - Consumo de energia elétrica.................................................................. 491
Tabela 8.3.1.18 - Terminais telefônicos instalados e em serviço ....................................... 492
Tabela 8.3.1.19 - Agências de Correis e agências bancárias............................................. 492
Tabela 8.3.1.20 - Domicílios particulares permanentes por formas de abastecimento d'água
.......................................................................................................................................... 494
Tabela 8.3.1.21 - Domicílios permanentes por formas de esgotamento sanitário .............. 496
Tabela 8.3.1.22 – Domicílios particulares permanentes segundo o destino do lixo ............ 497
Tabela 8.3.1.23 - Estabelecimentos por setor de atividades .............................................. 506
Tabela 8.3.1.24 - Pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência,
por seção de atividade do trabalho principal (Quantidade e Porcentagem)........................ 506
Tabela 8.3.1.25 - Valor do rendimento nominal médio mensal........................................... 508
Tabela 8.3.1.26 - Produto Interno Bruto - PIB, a preços de mercado ................................. 509
Tabela 8.3.1.27 - Taxa de evolução do PIB ....................................................................... 509
Tabela 8.3.1.28 - Receitas correntes e receitas segundo a classificação da Lei nº 4.320/64
.......................................................................................................................................... 512
Tabela 8.3.1.29 - Contribuição das subcategorias das receitas ......................................... 512
Tabela 8.3.1.30 - Pessoas de 10 anos ou mais de idade, por condição de atividade e de
ocupação na semana de referência em 2010 .................................................................... 514
Tabela 8.3.1.31 - Pessoas com 10 anos ou mais de idade economicamente inativos na
semana de referência ........................................................................................................ 514
Tabela 8.3.1.32 – IDHM 2010 ............................................................................................ 516
xxiv
Tabela 8.3.1.33 - IDHM 2000 ............................................................................................. 517
Tabela 8.3.1.34 - Parâmetros de classificação do Índice de Exclusão Social - IES............ 518
Tabela 8.3.1.35 - Índice de Exclusão Social dos municípios da AII .................................... 518
Tabela 8.3.1.36 - Classificação do IFDM ........................................................................... 519
Tabela 8.3.2.1- População Residente na AID .................................................................... 522
Tabela 8.3.2.2- Evolução da Taxa de Urbanização da AID ................................................ 523
Tabela 8.3.2.3 - Evolução da Taxa de Urbanização para Brasil e Regiões ........................ 523
Tabela 8.3.2.4 - Taxas Geométricas de Crescimento Anual .............................................. 524
Tabela 8.3.2.5 - Taxas Geométricas de Crescimento Anual de Municípios do Litoral Sul
Pernambucano .................................................................................................................. 524
Tabela 8.3.2.6 - Pessoas com 10 anos ou mais segundo as classes de rendimento ......... 526
Tabela 8.3.2.7 - Taxa de pessoas extremamente pobres, pobres e vulneráveis à pobreza 527
Tabela 8.3.2.8 - Número de beneficiários dos programas de transferência de renda ......... 528
Tabela 8.3.2.9 – Taxa (%) de ocupação por setor para pessoas com 18 anos ou mais em 2000
.......................................................................................................................................... 531
Tabela 8.3.2.10 - Taxa (%) de ocupação por setor para pessoas com 18 anos ou mais em
2010 .................................................................................................................................. 531
Tabela 8.3.2.11 - Pessoas de 10 anos ou mais de idade, por alfabetização ...................... 532
Tabela 8.3.2.12- Matrícula inicial por dependência administrativa e nível escolar .............. 533
Tabela 8.3.2.13 - Condição do produtor em relação às terras, segundo os estabelecimentos
e a área. ............................................................................................................................ 536
Tabela 8.3.2.14 - Utilização das Terras............................................................................. 537
Tabela 8.3.2.15 - Produção agrícola das lavouras permanentes e temporárias. Fonte: IBGE,
Produção Agrícola Municipal ............................................................................................. 537
Tabela 8.3.2.16 - Características socioeconômicas do Distrito de Barra do Sirinhaém ...... 544
Tabela 8.3.2.17 - Total de pessoas pesquisadas na Vila Aver-o-Mar, por sexo ................. 550
Tabela 8.3.2.18 - Condição do entrevistado na família ...................................................... 551
Tabela 8.3.2.19 - Número de filhos, segundo declaração das pessoas entrevistadas........ 551
Tabela 8.3.2.20 - Número de parentes ou agregados, segundo declaração das pessoas
entrevistadas ..................................................................................................................... 552
Tabela 8.3.2.21 - Grau de escolaridade das pessoas entrevistadas na Vila Aver-o-Mar .... 553
Tabela 8.3.2.22 – Total de pessoas residentes nos domicílios pesquisados matriculadas em
unidades de ensino, segundo os entrevistados.................................................................. 553
Tabela 8.3.2.23 - Profissão declarada pelas pessoas entrevistados na Vila Aver-o-Mar.... 554
Tabela 8.3.2.24 - Condições de moradia no que se refere ao saneamento básico ............ 559
Tabela 8.3.2.25 - Condição da ocupação do domicílio ....................................................... 559
Tabela 8.3.2.26 - Padrão Construtivo do domicílio ............................................................. 560
Tabela 8.3.2.27 - Número respostas dadas pelos entrevistados, segundo a quantidade de
cômodos existentes no domicílio ....................................................................................... 560
Tabela 8.3.2.28 - Acesso ao serviço de abastecimento de água ....................................... 562
Tabela 8.3.2.29 – Existência de banheiro no domicílio ...................................................... 562
Tabela 8.3.2.30 - Forma de esgotamento sanitário predominante ..................................... 563
Tabela 8.3.2.31 - Acesso ao serviço de fornecimento de energia elétrica .......................... 563
Tabela 8.3.2.32 – Existência de telefonia fixa do domicílio ................................................ 563
Tabela 8.3.2.33 - Principal atividade econômica e/ou fonte de renda das pessoas
entrevistadas ..................................................................................................................... 571
Tabela 8.3.2.34 - Principais características das atividades de pesca, entre os pescadores da
Vila Aver-o-Mar que declararam ser a pesca a principal atividade econômica ................... 575
xxv
Tabela 8.3.2.35 - Quantidade de pescadores por tipo de produto das atividades de pesca576
Tabela 8.3.2.36 - Características da pesca como segunda atividade econômica............... 581
Tabela 8.3.2.37 – Classes de rendimento das famílias em quantidade de salários mínimos
.......................................................................................................................................... 583
Tabela 8.3.2.38 – Total de pessoas da família que possuem algum tipo de rendimento .... 584
Tabela 8.3.2.39 - Total de entrevistados que declararam participar de programas sociais e de
transferência de renda ....................................................................................................... 586
Tabela 8.3.2.40 - Aspirações de mudança em relação à situação atual ............................. 590
Tabela 8.3.2.41 - Perfil geral das pessoas que frequentam a área do píer ........................ 602
Tabela 8.3.2.42 - Número de empregados por grau de instrução no mercado formal, segundo
as atividades econômicas em 2006 ................................................................................... 606
Tabela 8.3.2.43 - Número de empregados por grau de instrução no mercado formal, segundo
as atividades econômicas em 2014 ................................................................................... 607
Tabela 8.3.2.44 - Número de empregados no mercado formal por atividades econômicas,
segundo o sexo ................................................................................................................. 607
Tabela 8.3.2.45 - Pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência,
por grandes grupos de ocupação no trabalho principal ...................................................... 608
Tabela 8.3.2.46 - Pessoas de 10 anos ou mais de idade ocupadas na semana de referência,
por posição na ocupação e categoria do emprego no trabalho principal ............................ 608
Tabela 8.3.2.47 - % da população em domicílios com água encanada .............................. 611
Tabela 8.3.2.48 – Domicílios particulares permanentes segundo o acesso ao esgotamento
sanitário ............................................................................................................................. 612
Tabela 8.3.2.49 - Domicílios particulares permanentes segundo o acesso ao esgotamento
sanitário nas áreas rurais e urbanas .................................................................................. 613
Tabela 8.3.2.50 - Principais vias no município de Sirinhaém ............................................. 619
Tabela 8.3.2.51 - Frota de veículos, por tipo ...................................................................... 620
Tabela 8.3.2.52 - Domicílios particulares permanentes segundo a existência de energia
elétrica em Sirinhaém ........................................................................................................ 621
Tabela 8.3.2.53 - Domicílios particulares permanentes que tinham energia elétrica segundo
sua origem ......................................................................................................................... 622
Tabela 8.3.2.54 - Quantidade de estações de telefonia móvel por entidade em Sirinhaém 623
Tabela 8.3.2.55 - Terminais telefônicos instalados e em serviços ...................................... 623
Tabela 8.3.2.56- Indicadores da infraestrutura de saúde pública de Sirinhaém. ................ 628
Tabela 8.3.2.57 - Número de estabelecimentos por tipo de prestador segundo tipo de
estabelecimento (Dez/2009) .............................................................................................. 628
Tabela 8.3.2.58 - Número de estabelecimentos por tipo de convênio segundo tipo de
atendimento prestado – Dez 2009 ..................................................................................... 628
Tabela 8.3.2.59- Número de leitos de internação existentes por tipo de prestador segundo
especialidade – Dez 2009 .................................................................................................. 629
Tabela 8.3.2.60 – Estabelecimentos por tipo e respectiva localização ............................... 629
Tabela 8.3.2.61 - Recursos Humanos (vínculos) segundo categorias selecionadas Dez-2009
.......................................................................................................................................... 630
Tabela 8.3.2.62 - Programas de saúde pública que atuam no Estado de Pernambuco ..... 631
Tabela 8.3.2.63- Incidência de doenças associadas ao saneamento básico por 100.000
habitantes para o período de 2012 .................................................................................... 633
Tabela 8.3.2.64 - Número de exames realizados para a verificação de esquistossomose e
número de resultados positivos e tratados ......................................................................... 634
Tabela 8.3.2.65- Total de pessoas por nível de educação. ................................................ 640
xxvi
Tabela 8.3.2.66 - Rede escolar no município de Sirinhaém ............................................... 640
Tabela 8.3.2.67 - Percentual de pessoas que não frequentavam escola de 10 a 17 anos de
idade. ................................................................................................................................. 641
Tabela 8.3.2.68 - Taxa de evasão escolar nos níveis fundamental e médio ...................... 641
Tabela 8.3.2.69 - Taxa de analfabetismo das pessoas de 10 a 17 anos de idade (%) ....... 641
Tabela 8.3.2.70 - Total de pessoas alfabetizadas por faixa etária ...................................... 642
Tabela 8.3.2.71 - Taxa de alfabetização das pessoas de 5 anos ou mais de idade, por grupos
de idade ............................................................................................................................. 642
Tabela 8.3.2.72- Matrícula inicial por dependência administrativa e nível escolar .............. 644
Tabela 8.3.2.73 - Ideb observado entre 2005 e 2013 e as Metas Projetadas para os próximos
anos................................................................................................................................... 646
Tabela 8.3.2.74 - Número de nascidos vivos entre 1999 e 2008 em Sirinhaém ................. 647
Tabela 8.3.2.75 - Taxa de mortalidade infantil entre 1991 e 2010 em Sirinhaém. .............. 648
Tabela 8.3.2.76 - Número de óbitos por faixa etária em Sirinhaém .................................... 649
Tabela 8.3.2.77 - Coeficiente de Mortalidade para algumas causas selecionadas (por 100.000
habitantes) ......................................................................................................................... 649
Tabela 8.3.2.78 - Doenças e agravos de notificação compulsória de 2012 a 2015 em
Sirinhaém .......................................................................................................................... 651
Tabela 8.3.2.79 - Cobertura Vacinal (%) por Tipo de Imunobiológico (Menores de 1 ano) . 652
xxvii
8.2 MEIO BIÓTICO
163
164
Áreas Prioritárias para Conservação
165
8.2.2 Ecossistemas Terrestres
166
Conforme JOLY et al. (1991), a floresta atlântica do sul e sudeste do Brasil
é composta por três formações distintas, todas situadas no bioma Mata Atlântica: as
matas das planícies litorâneas (restingas), as matas de encosta (floresta ombrófila) e
as matas de altitude (floresta ombrófila). Esta classificação pode ser estendida para
todos os domínios da floresta atlântica na costa brasileira.
Nas regiões sul e sudeste, com exceção do estado do Espírito Santo,
predomina a floresta de encosta e, na região nordeste, esta é substituída pela floresta
ombrófila de terras baixas (RIZZINI, 1979), onde as encostas variam até no máximo
100 metros de altitude. Dessa forma, do ponto de vista fitogeográfico, o bioma da
Floresta Atlântica ou Mata Atlântica, é composto por dois blocos distintos, um formado
pela região nordeste e outro, pela região sudeste/sul.
Segundo Veloso (IBGE, 1992) na sua publicação “Classificação da
Vegetação Brasileira Adaptada a um Sistema Universal” referência padrão para os
estudos e mapeamento fitogeográficos no Brasil, as formações florestais das terras
baixas são ocorrentes entre 5 e 100 m de altitude situadas entre os 4° de latitude N e
os 16° de latitude Sul; de 5 a 50 m quando localizados nas latitudes de 16° a 24° Sul;
e de 5 a 30 m nas latitudes de 24° a 32° Sul.
Disto posto, a Floresta Ombrófila das Terras Baixas é a formação vegetal
que ocorre em altitudes a partir de 5 metros, ou imediatamente superior à vegetação
típica dos ecossistemas costeiros, estes intrinsecamente associados às planícies
litorâneas: praia, dunas e restingas.
As planícies litorâneas são identificadas como uma zona geomorfológica
própria (IPT, 1981) e possuem sedimentos de origem marinha e continental,
depositados e retrabalhados a partir das regressões marinhas do período
Pleistocênico e principalmente do Holoceno (de 11.800 anos antes do presente)
(SUGUIO & MARTIN, 1990; SUGIO & TESSLER, 1992; SUGUIO 1999). Tais
sedimentos sofreram e sofrem diferentes intensidades de influência hídrica, sob
diferentes concentrações de águas fluviais e marinhas.
Alguns pontos pouco esclarecidos acerca das florestas sobre planícies
litorâneas, ou florestas de restinga, dizem respeito aos seus limites e particularidades
em relação à floresta que recobre as encostas, Floresta Ombrófila Densa, no caso
das principais formações do sudeste do Brasil e Floresta Ombrófila ou Atlântica das
Terras Baixas, no caso das principais formações nordestinas, até o ponto em que as
florestas de restinga não se constituiriam numa subunidade da floresta ombrófila.
167
Atualmente, os trabalhos têm indicado que as florestas de planície estariam
restritas aos terrenos holocenos, enquanto que os terrenos pleistocênicos (com solos
mais antigos e estruturados) seriam recobertos pela Floresta Ombrófila Densa das
Terras Baixas (NEGRELLE 1995; SILVA 1998). As planícies litorâneas de uma
mesma região, em função da proximidade geográfica, estão muitas vezes sujeitas a
um mesmo clima. Deste modo, os principais fatores determinantes das diferenças
florísticas, estruturais e de diversidade das formações vegetais de uma mesma
planície litorânea estão ligadas aos fatores fisiográficos predominantes, como a
topografia, o substrato e a idade dos depósitos sedimentares (ARAÚJO, 1987;
MANTOVANI, 1992).
A ocupação da vegetação dos diferentes estratos nas planícies litorâneas
é recente e constantemente associada a uma série de fatores limitantes como: alta
salinidade, oligotrofia, instabilidade do substrato e forte influência hídrica.
Os levantamentos florísticos realizados nas planícies litorâneas apontam
para uma similaridade florística com as florestas das encostas adjacentes. No entanto,
as florestas ocorrentes sobre as planícies costeiras possuem particularidades, como
espécies de florestas de altitude (REITZ, 1961), de cerrado (MANTOVANI, 1992) e
endemismos próprios.
As comunidades vegetais aí ocorrentes, distintas entre si na riqueza e
estrutura, encontram-se em um lento processo de sucessão ao longo do tempo
geológico (REITZ, 1961; RIZZINI, 1979). As características dos ‘estágios serais’, que
determinam diferentes unidades vegetacionais, são dependentes das características
ambientais atuais e pretéritas (SILVA, 1998), estando distribuídas na paisagem em
forma de mosaico.
A impressão geral que se tem da vegetação sobre as planícies litorâneas
como um todo, é que possui uma instalação muito recente na área, com a freqüente
presença de bromeliáceas e cactáceas terrestres (RIZZINI 1979). Para LÖEFGREN
1893, apud CRUZ (1974) a vegetação arbustiva-arbórea mais próxima do oceano
representaria “o resultado dos esforços da floresta para chegar até o litoral, sofrendo
com isso grandes adaptações ao novo meio” (CRUZ, 1974).
168
Revisão bibliográfica do termo Restinga
169
quais a condição do solo é muito diferente. Nos cordões a condição é de um solo mais
seco, que se alaga apenas em eventos mais drásticos de chuva e marés.
Por outro lado, os entre-cordões alagam com facilidade, criando ambientes
muito distintos. Além disso, nos entre cordões há um acúmulo mais rápido de material
orgânico no solo, pela simples posição mais baixa do terreno, muitas vezes formando
solos escuros e orgânicos nas camadas mais superficiais (AZEVEDO et al., 2014).
Um terceiro fator na definição do tipo de vegetação é a própria vegetação
que ao se estabelecer no solo de areia vai alterando as condições ambientais e
permitindo que outras plantas se estabeleçam (AZEVEDO et al., 2014).
Assim, o que se pode concluir de todos os estudos considerados até o
momento é que as restingas constituem uma vegetação estritamente ligada à planície
litorânea, de influência marinha e flúvio-marina.
O conceito de restinga na legislação brasileira corrobora esse
entendimento. De acordo com a resolução 07 de 23 de julho de 1996 do CONAMA,
"entende-se por vegetação de restinga o conjunto das comunidades vegetais,
fisionomicamente distintas, sob influência marinha e fluvio-marinha. Estas
comunidades, distribuídas em mosaico, ocorrem em áreas de grande diversidade
ecológica sendo consideradas comunidades edáficas por dependerem mais da
natureza do solo que do clima".
Já o Novo Código Florestal Brasileiro Lei No 12.651 (2012) define a restinga
considerando com uma APP - Área de Preservação Permanente, como “depósito
arenoso paralelo à linha da costa, de forma geralmente alongada, produzido por
processos de sedimentação, onde se encontram diferentes comunidades que
recebem influência marinha, com cobertura vegetal em mosaico, encontrada em
praias, cordões arenosos, dunas e depressões, apresentando, de acordo com o
estágio sucessional, estrato herbáceo, arbustivo e arbóreo, este último mais
interiorizado.”
As restingas são consideradas como um ecossistema associado ao bioma
Mata Atlântica e pertencem ao grupo das formações pioneiras com influência marinha.
Ocorrem nas áreas compreendidas entre as dunas interiores e a floresta
de terras baixas, revestindo as áreas litorâneas fora do alcance do mar. A restinga é
um tipo de vegetação mista composta por árvores, arbustos, epífitas, trepadeiras e,
170
em geral, caracteriza-se pela ocorrência de muitas bromélias terrestres e
samambaias.
A vegetação sobre a restinga é formada por mosaicos vegetacionais
distintos, e pode apresentar fisionomias diversas, refletindo condições de umidade e
fertilidade do solo (ARAÚJO & LACERDA 1987). A complexidade desses
ecossistemas aumenta na medida em que estão mais distantes do oceano, sendo a
composição florística determinada por fatores ambientais locais como a topografia, as
condições edáficas e a profundidade do lençol freático (ARAÚJO & LACERDA 1987,
MANTOVANI 2003).
A vegetação da restinga se caracteriza por folhas rijas e resistentes, caules
duros e retorcidos e raízes com forte poder de fixação, adaptações ao solo arenoso e
instável, aos fortes ventos, à maresia e à alta salinidade a que está sujeita. Nas
proximidades da praia aparecem arbustos de pequeno porte, de 1,5 a 2 m de altura.
Para o interior há árvores pequenas e, nos terraços marinhos, árvores que
chegam a atingir 15 m.
A importância ecológica da restinga se dá em virtude de uma série de
características que mostram um carácter de transição entre ecossistemas aquáticos,
semi-aquáticos e terrestres, entre os quais:
171
ocorrentes nas áreas urbanas da vila de Aver-o-Mar, área adjacente ao
empreendimento e que está parcialmente inclusa na sua AII.
Nota-se claramente a ocorrência de um perfil dos diferentes tipos de
vegetação associadas às zonas litorâneas. A praia de Guadalupe é relativamente
estreita (Figura 8.2.2.1) e apresenta baixa diversidade de espécies devido às
condições ecológicas estressantes que incidem sobre as praias e ao substrato
arenoso inconsolidado, com a presença de vegetação rasteira dominada pelo gênero
Ipomea (Figura 8.2.2.2); logo após a praia ocorrem dunas, notadamente ocorrentes
na AII, em áreas imediatamente contíguas à proposta para o Condomínio, com sua
vegetação herbácea e espécies de bromeliáceas e cactáceas (Figura 8.2.2.3 e Figura
8.2.2.4). Após a zona das dunas, uma grande planície arenosa se estabelece e
iniciam-se as diferentes fisionomias da restinga propriamente dita. Estas, situadas na
praia de Guadalupe e em regiões circunvizinhas, na AID, assim como no próprio
terreno planejado para a construção do Condomínio, ocorrem sob a forma de três
fisionomias distintas:
Escrube de restinga,
Floresta de restinga e,
Brejos de restinga.
172
Figura 8.2.2.1 - Praia de Guadalupe, AID, Aver-o-Mar, Sirinhaém, PE.
Fonte: Projetec, 2016 (Autora: Paula Pinto Guedes)
173
Figura 8.2.2.3 - Vegetação herbácea nas dunas na praia de
A-Ver-o-Mar, situada na AII, em área imediatamente
adjacente ao sítio proposto para o Projeto Condomínio
Praia de Guadalupe, Sirinhaém, PE.
Fonte: Projetec, 2016 (Autora: Paula Pinto Guedes)
174
Na fisionomia de escrube a vegetação é mais aberta, com ramos
predominantemente retorcidos, possuindo uma estrutura espacial em forma de
aglomerados ou moitas arbustivas, intercaladas com espaços abertos ou em
aglomerados contínuos com plantas de até 3m de altura. As poucas plantas epífitas
são representadas por liquens, samambaias, bromélias e orquídeas, já as trepadeiras
ou lianas ocorrem com mais abundância e diversidade e o estrato herbáceo também
é dominante (Figura 8.2.2.5 e Figura 8.2.2.6).
O solo é arenoso de origem marinha e seco, podendo acumular água da
chuva em determinadas épocas do ano. Possui uma camada fina de serrapilheira,
aumentada em volta das moitas formadas por arbustos e herbáceas.
175
Figura 8.2.2.6 - Formação vegetal do tipo escrube de
restinga, nas planícies arenosas da AII da área de estudo.
Ao fundo, o início da Floresta de Restinga.
Fonte: Projetec, 2016 (Autora: Paula Pinto Guedes)
176
Figura 8.2.2.7 - Floresta de restinga
localizada na planície arenosa distante da
praia, ponto AID1 da área de estudo.
Fonte: Projetec, 2016 (Autora: Paula Pinto Guedes)
177
Figura 8.2.2.8 - Floresta Ombrófila de Terras Baixas em estágio
inicial de localizada na encosta do morro da Igreja, na ADA da área
proposta para o Projeto Condomínio Praia de Guadalupe.
Fonte: Projetec, 2016 (Autora: Paula Pinto Guedes)
178
Figura 8.2.2.9 - Vegetação de restinga em áreas
deprimidas, entre cordões arenosos e mangue ao fundo,
localizada na ADA da área proposta para o Projeto
Condomínio Praia de Guadalupe.
Fonte: Projetec, 2016 (Autora: Paula Pinto Guedes)
179
8.2.2.1 Metodologia e obtenção de dados
180
menos preservadas e fortemente invadidas pela presença dos coqueirais (espécie
invasora na área), coqueirais “puros”, áreas de restinga herbácea e arbustiva, áreas
de restinga florestal, e áreas úmidas, com o intuito de fazer uma caracterização da
região de inserção do empreendimento contemplando o máximo de fitofisionomias
e/ou paisagens possível. Os pontos estão apresentados a seguir:
P1
P2
181
piperáceas (Piper arboreum e Piper marginatum), embaúbas (Cecropia sp.) e outras
espécies de pioneiras. Epífitas e cipós também podem ser observados.
Figura 8.2.2.11 - Floresta Ombrófila de Terras Baixas em estágio pioneiro a
médio de sucessão, no ponto P2.
P3
182
Figura 8.2.2.12 - Floresta Ombrófila de Terras Baixas em estágio inicial de
sucessão, no ponto P3
Fonte: Projetec, 2016 (Autor: Rafael Bandeira)
P4
183
Figura 8.2.2.13 - Transição entre Floresta de Restinga e Floresta Ombrófila de Terras
Baixas, ponto 4.
P5
184
Figura 8.2.2.14 - Floresta Ombrófila de Terras Baixas em estágio inicial de
sucessão, no ponto P5.
Fonte: Projetec, 2016 (Autora: Paula Pinto Guedes)
185
Figura 8.2.2.16 - Floresta Ombrófila de Terras Baixas em estágio inicial de
sucessão, no ponto P5.
Fonte: Projetec, 2016 (Autora: Paula Pinto Guedes)
186
P6
P7
Ponto situado nas encostas leste do morro do Abacaxi, entre este e o morro
da Igreja. A Floresta Ombrófila de Terras baixas se encontra em estágio inicial de
regeneração, com dossel muito aberto e presença extensiva de coqueiros. Apresenta,
no entanto, alguns pequenos fragmentos de vegetação ligeiramente mais densa, em
áreas de relevo íngreme e acidentado.
187
Figura 8.2.2.19 - Floresta Ombrófila de Terras Baixas
em estágio inicial de sucessão, no ponto P7.
P8/ P9
188
Figura 8.2.2.20 - Campo de Restinga, no ponto P8\P9.
Fonte: Projetec, 2016 (Autora: Paula Pinto Guedes)
189
P10
190
AID 1
191
A B
Figura 8.2.2.24 - (A) Aráceas escandentes na Floresta de Restinga, ponto AID1. (B) Plântulas em
regeneração e serrapilheira na Floresta de Restinga, ponto AID1.
Fonte: Projetec, 2016 (Autora: Paula Pinto Guedes)
AID 2
192
Figura 8.2.2.25 - Floresta de Restinga, no ponto AID2.
Fonte: Projetec, 2016 (Autora: Paula Pinto Guedes)
193
Metodologia para Mapeamento da Vegetação
Coqueiral;
Coqueiral com floresta ombrófila em estágio inicial de regeneração;
Coqueiral com floresta ombrófila em estágio inicial de regeneração e
frutíferas;
Coqueiral com restinga arbórea-arbustiva;
Coqueiral com restinga herbácea-arbustiva;
Floresta ombrófila (mata atlântica) em estágio inicial de regeneração;
Floresta ombrófila (mata atlântica) em estágio inicial de regeneração com
coqueiral;
Floresta ombrófila (mata atlântica) em estágio médio de regeneração;
Floresta ombrófila (mata atlântica) em estágio médio de regeneração com
coqueiral;
Restinga arbórea-arbustiva em estágio inicial de regeneração (floresta de
restinga);
Restinga arbórea-arbustiva em estágio médio de regeneração (floresta de
restinga);
Restinga herbáceo-arbustiva;
Restinga herbáceo-arbustiva com coqueiral;
Mangue;
Salgado/ Apicum;
Depressão Inundável;
Dunas;
Praia;
Edificações e Edificações com Coqueiral.
194
269.000 269.500 270.000 270.500
Pier
Rio
Limite municipal
AID1 Ed - Edificações
9.040.500
9.040.500
Rio Mar iassú
Cq - Coqueiral
8°40'30"S
ReAam ReAam CqFOi - Coqueiral com Floresta Ombrófila em estágio
8°40'30"S
inicial de regeneração
CqFOiFr - Coqueiral com Floresta Ombrófila em estágio
inicial de regeneração e Frutíferas
CqReAai - Coqueiral com Restinga Arbórea-arbustiva
S S
(Floresta de Restinga)
ReAam ReHa CqReHa - Coqueiral com Restinga Herbácea-arbustiva
FOi - Floresta Ombrófila (Mata Atlântica) em estágio
AID2 inicial de regeneração
FOiCq - Floresta Ombrófila (Mata Atlântica) em estágio
inicial de regeneração com Coqueiral
ReAam Cq P10
FOm - Floresta Ombrófila (Mata Atlântica) em estágio
médio de regeneração
FOmCq - Floresta Ombrófila (Mata Atlântica) em estágio
ReHaCq
médio de regeneração com Coqueiral
ReAai - Restinga Arbórea-arbustiva em estágio inicial de
ReHa regeneração (Floresta de Restinga)
M ReAam - Restinga Arbórea-arbustiva em estágio médio
S de regeneração (Floresta de Restinga)
9.040.000
9.040.000
ReHa - Restinga Herbácea-arbustiva
S
S CqReAai
P4
ReHaCq - Restinga Herbácea- arbustiva com Coqueiral
S - Apicum
M - Mangue
Dunas
S Dp - Depressão Inundável
Dunas - Dunas
Ed
FOi P - Praia
FOm
M
Dp MAPA DE LOCALIZAÇÃO
P3 35°15'W 35°10'W 35°5'W
P6
IPOJUCA
Cq P RIBEIRÃO
8°35'S
8°35'S
FOm FOm FOiCq SIRINHAÉM
GAMELEIRA
CqFOi
o
Dp
P5
8°40'S
8°40'S
P8 ReAai
RIO FORMOSO
i c
8°41'S
CqFOi
9.039.500
9.039.500
8°41'S
TAMANDARÉ
P9
8°45'S
8°45'S
FOiCq
ReHa
n t
CqFOiFr BARREIROS
P7 Ed
35°15'W 35°10'W 35°5'W
CqReHa CqFOi
CqFOi NM
NG
l â
a
CqReHa
a= 22° 19' 12'' W
ReAai Data: 18/12/2015
CqFOiFr
FOiCq Variação anual: 2' W
A t
P2 0 200 400
m
ReAai Projeção Universal Transversa de Mercator
R
Referencial Geodésico: SIRGAS 2000
i o
Fuso UTM: 25 Sul
Ed
n o
F o
Mapa elaborado com dados secundários e de autoria da
SIRINH
FOi
P1 Projetec. A saber: Mapeamento da linha de costa do Estado de
AÉM
r m
Pernambuco. SEMAS, 2014; Carta topográfia 1:25.000, DSG;
Base planimétrica IBGE 1:250.000; Base planimétrica
TAMAN M
DARÉ o s vetorizada sobre imagem Wordview-2. 06/08/2014, Projetec;
e a
o
P P Vegetação interpretada por imagem e complementada por
Cq
VEGETAÇÃO
9.039.000
9.039.000
DATA: ESCALA: TÉC. RESPONSÁVEL:
O c
16/08/2016 1:7.000 Gustavo Grillo Teixeira
Diagnóstico da AII
196
As espécies registradas na AII e as de possível ocorrência foram
caracterizadas quanto ao endemismo, raridade e grau de ameaça de extinção. Foram
ainda identificadas as espécies exóticas, exóticas invasoras, as de valor econômico e
alimentício, vulneráveis e de interesse científico.
Para a classificação das espécies levantadas quanto à origem e
endemismo, utilizou-se a Lista de Espécies da Flora do Brasil 2020 em construção
(JBRJ, 2016). Já a raridade seguiu a classificação proposta por Giulietti (2009), no
âmbito do projeto Plantas Raras do Brasil.
Todas as espécies levantadas apresentam valor científico, entretanto, no
presente estudo considerou-se aquelas que apresentam características particulares,
como endemismo e ameaça de extinção como as de maior interesse para a ciência.
Com relação aos graus de ameaça, foram utilizadas diferentes listas para
a classificação das espécies levantadas na AII, as quais são descritas a seguir:
197
Diagnóstico da Área de Influência Direta (AID) e Área Diretamente Afetada (ADA)
198
Os levantamentos contemplaram todos os ambientes presentes na AID e
na ADA do empreendimento. Com o intuito de se fazer uma caracterização da região
de inserção do empreendimento contemplando o máximo de fitofisionomias e/ou
paisagens possível, foram selecionados locais de amostragem com maior diversidade
de ambientes possível: áreas florestais mais preservadas, áreas florestais menos
preservadas e fortemente invadidas pela presença dos coqueirais (espécie invasora
na área), coqueirais “puros”, áreas de restinga herbácea e arbustiva, áreas de restinga
florestal e áreas úmidas.
As parcelas foram implantadas preferencialmente em locais afastados de
bordas, trilhas e clareiras, de forma a evitar interferências externas e permitir a
amostragem da vegetação em seu estado de conservação predominante. Procurou-
se distribuí-las o mais distante possível umas das outras, de forma a produzir uma
amostragem mais representativa, com maior riqueza e diversidade, e com maior
abrangência das formações vegetais da AID e ADA do empreendimento. Todas as
parcelas foram locadas sobre o mapa de vegetação e uso do solo, georreferenciado
através do sistema de georeeferenciamento global (GPS). Foram mensurados todos
os indivíduos arbóreos vivos ou mortos em pé, incluindo palmeiras e espécies
exóticas, quando existentes.
Visando a integração dos resultados obtidos no diagnóstico da vegetação
com o diagnóstico de fauna da AID do empreendimento, os levantamentos da
vegetação incluíram também os pontos amostrais indicados para os levantamentos
de fauna. Além desses, outras unidades amostrais foram adicionadas aos
levantamentos da vegetação, objetivando a cobertura de todas as formações vegetais
existentes ao longo do empreendimento e seu entorno.
A fim de captar a maior variabilidade possível das áreas de vegetação
natural inventariadas e garantir uma análise estatística confiável, foram utilizadas
unidades amostrais retangulares, com área fixa de 200m2 (0,02 ha), ou seja, 10 metros
de largura por 20 metros de comprimento.
A forma retangular com área de 200m2 facilita a instalação e mensuração
dos indivíduos arbóreos, e minimiza os erros amostrais inerentes de um inventário
florestal, conforme indicado pela literatura.
199
O critério de inclusão adotado nas formações florestais nativas e
antropizadas registradas na AID e ADA do empreendimento foi a mensuração de
todas as árvores com Diâmetro na Altura do Peito (DAP) igual ou superior a 5,0 cm
(DAP ≥ 5cm).
Coleta de dados
(1) fácil
(2) com restrição
200
(3) difícil
(1) de 0 a 5°
(2) de 6 a 15°
(3) de 16 a 30°
(4) superior a 30°
(1) pedregoso
(2) arenoso
(3) areno-argiloso
(4) argiloso
(1) arbóreo
(2) arbustivo
(3) herbáceo
(1) densa
(2) média
(3) rala
(1) ausente
(2) fina
(3) média
(4) espessa
201
Tipos predominantes de dossel da mata, nas seguintes categorias:
(1) Árvores
(2) Arbustos
(3) Subarbustos
(4) Parasitas
(5) Ervas
(6) Lianas
(7) Epífitas
(1) preservada
(2) pouco alterada
(3) muito alterada
202
Equipe de campo e materiais utilizados
Identificação botânica
203
Para o reconhecimento das espécies em campo, foram utilizados todos os
aspectos morfológicos disponíveis nas plantas, tais como: ramos, folhas, flores, frutos,
ritidoma, casca interna, exsudatos, cheiro, estípulas, domáceas, dentre outras.
Como nem todas as árvores foram identificadas até o nível específico,
embora tenham sido diferenciadas umas das outras, configurando tratar-se de
espécies distintas, utilizou-se o termo morfoespécie ou táxon para designá-las.
Nos casos em que não foi possível determinar a espécie do indivíduo, sua
identificação foi apresentada até o nível taxonômico de gênero (sp.1, sp.2,...), de
família (sp.1, sp.2,...) ou, então, como Indeterminada (sp.1, sp.2,...), nos casos em
que nem as famílias puderam ser determinadas devido a ausência de material em
estado reprodutivo. Na impossibilidade de coleta de amostra de alguns indivíduos
arbóreos, os mesmos foram agrupados e nomeados apenas como “Indeterminada”.
Distribuição diamétrica
Com base nos dados de DAP (diâmetro na altura do peito a 1,30 m do solo)
de cada um dos indivíduos arbóreos mensurados em todas as parcelas, foram
elaborados gráficos da distribuição diamétrica, determinada por classes de DAP com
amplitude de 5 cm, com limite inferior de 5 cm (Floresta Ombrófila) até a classe que
contêm o indivíduo com maior DAP.
Levantamento fitossociológico
204
Os seguintes parâmetros foram relacionados, conforme metodologia
proposta por MULLER-DOMBOIS& ELLENBERG (1974):
205
8.2.2.1.2 Fauna
a) Avifauna
206
Gravação/Playback: As gravações foram realizadas simultaneamente às
observações, com o emprego de equipamento próprio para esse tipo de
atividade (Gravador Zoom H4n e microfone unidirecional Senheiser
ME66). As espécies foram identificadas em campo ou, quando
necessário, a partir de comparações com gravações arquivadas.
Listas de Mackinnon
207
b) Herpetofauna
208
Para ampliar o conhecimento atual desses fragmentos e avaliar os impactos
ambientais gerados pelo empreendimento em foco, estudos sobre a composição
faunística são fundamentais para a compreensão da diversidade da área (SILVEIRA
et al., 2010), e, consequentemente, para o planejamento e tomada de decisões
sobre sua viabilidade e estratégias de desenvolvimento.
209
Procura Ativa
210
atividade (Gravador Zoom H4n e microfone unidirecional Senheiser ME66).
As espécies foram identificadas em campo ou, quando necessário, a partir
de comparações com gravações arquivadas.
Listas de Mackinnon
207
Tabela 8.2.2.1 – Coordenadas dos pontos amostrais do levantamento de herpetofauna realizado na
ADA e AID do empreendimento, tipo de ambiente de cada ponto e método de amostragem empregado.
AIQ = Armadilha de Interceptação e Queda; PA = Procura Ativa.
25 L 270462 m
ADA P1 15 m Coqueiral PA
E 9039166 m S
25 L 270395 m
ADA P2 20 m Mapa, estágio médio AIQ, PA
E 9039289 m S
25 L 270270 m
ADA P3 40 m Topo de morro, mata, estágio inicial a médio AIQ, PA
E 9039804 m S
25 L 270407 m
ADA P4 18 m Mata, estágio inicial PA
E 9039889 m S
25 L 269766 m Topo de morro, área aberta, com árvores
ADA P5 46 m AIQ, PA
E 9039624 m S esparsas
25 L 269689 m
ADA P6 30 m Mapa, estágio médio PA
E 9039653 m S
25 L 269420 m
ADA P8 5m Área aberta, solo exposto com vegetação esparsa PA
E 9039508 m S
25 L 269143 m
ADA P9 5m Área aberta, solo exposto com vegetação esparsa PA
E 9039439 m S
25 L 270225 m Pequena concentração de vegetação de restinga
ADA P10 AIQ, PA
E 9040223 m S em meio ao coqueiral
25 L 270789 m
AID AID1 8m Floresta de Restinga, estágio médio AIQ, PA
E 9040506 m S
25 L 270527 m
AID B1 5m Brejo, restinga, estágio médio. PA
E 9040502 m S
25 L 270474 m
ADA B2 14 m Brejo, coqueiral PA
E 9039745 m S
25 L 270328 m
AID Apicum 2m Apicum PA
E 9040687 m S
25 L 268685 m
AID Pier 6m Mangue PA
E 9039786 m S
211
capazes de saltar ou escalar suas paredes internas para saírem da armadilha, sendo
então coletados com sucesso. De qualquer forma, há espécies que, apesar do porte
pequeno, são capazes de saltar para fora dos baldes (como exemplo a rã-assobiadora
Leptodactylus fuscus) ou mesmo de escalar as paredes internas dos baldes como a
maioria dos hilídeos, não sendo adequadamente amostradas por este método.
Ressalta-se que nestes levantamentos foram utilizados 100 baldes e 75
cercas de lona plástica medindo aproximadamente de 50 cm de altura e 4 metros de
comprimento. Em pontos distintos, determinados em etapa anterior de
reconhecimento das áreas amostrais, instalou-se 5 linhas de armadilhas de queda
próximos aos pontos P2, P3, P5, P10 e AID1, cada uma delas composta por 5
estações estruturadas em estrela ou Y, conforme o esquema utilizado por JONES
(1981). Esta conformação consiste de um balde central e três baldes periféricos
conectados a ele pelas cercas de lona.
Deste modo, uma estação em estrela consta de quatro baldes e três cercas
de lona, sendo que entre duas cercas deve haver um ângulo de aproximadamente
120°, como mostra o esquema a seguir, que representa uma estação em vista superior
(B = baldes e C = cercas de lona):
4m C
120°
B
B C C B
212
c) Mastofauna
213
do empreendimento Projeto Condomínio Praia de Guadalupe, localizado no município
de Sirinhaém, litoral sul de Pernambuco.
214
Figura 8.2.2.27 - Características da vegetação de um
trecho do ponto AID-1 (Área de Influência Direta), no
entorno da área do empreendimento Projeto Condomínio
Praia de Guadalupe, município de Sirinhaém, PE.
215
Figura 8.2.2.28 - Características da vegetação de um trecho do ponto AID-2 (Área
de Influência Direta), no entorno da área do empreendimento Projeto Condomínio
Praia de Guadalupe, município de Sirinhaém, PE.
216
Figura 8.2.2.30 - Características da vegetação de um trecho do ponto P3, inserido na
área diretamente afetada pelo empreendimento Projeto Condomínio Praia de
Guadalupe, município de Sirinhaém, PE.
Fonte: Projetec, 2016 (Foto: Alexandre Malta).
217
Figura 8.2.2.32 - Características da vegetação de um trecho do ponto P7, inserido
na área diretamente afetada pelo empreendimento Projeto Condomínio Praia de
Guadalupe, município de Sirinhaém, PE.
Fonte: Projetec, 2016 (Foto: Alexandre Malta).
218
Figura 8.2.2.34 - Características da vegetação de um trecho do ponto P4, inserido
na área diretamente afetada pelo empreendimento Projeto Condomínio Praia de
Guadalupe, município de Sirinhaém, PE.
Fonte: Projetec, 2016 (Foto: Rafael Bandeira).
219
O inventário da mastofauna terrestre foi realizado durante o período de
09/02/2016 a 17/02/2016, por meio da obtenção de dados primários resultantes tanto
das buscas por Procura Ativa realizadas na ADA e AID do empreendimento, bem
como do emprego de armadilhas de contenção (modelo Tomahawk) e armadilhas
fotográficas Camtraps (modelo Bushnell Low-Glow). O levantamento foi
complementado por dados secundários provenientes de revisão bibliográfica e
entrevistas realizadas com os habitantes do entorno. Nas buscas ativas as
ocorrências das espécies eram consideradas com base em registros diretos por meio
de visualização, encontro de carcaças, vocalizações, pegadas, tocas, etc.
Procura Ativa
220
Figura 8.2.2.36- Busca ativa durante horário noturno.
Fonte: Projetec, 2016 (Foto: Rafael Bandeira).
221
Captura por Armadilhas Tomahawk
222
Figura 8.2.2.39- Armadilha modelo Tomahawk disposta em solo iscada com abacaxi;
Fonte: Projetec, 2016 (Foto: Alexandre Malta).
223
Figura 8.2.2.40 - Retirada de animal capturado em armadilha modelo Tomahawk.
224
Figura 8.2.2.42 - Coleta de medidas biométricas dos animais capturados.
Fonte: Projetec, 2016 (Foto: Rafael Bandeira).
225
Registro por câmeras traps
226
Figura 8.2.2.44 - Entrevista com residente local numa das áreas do entorno do
empreendimento
Fonte: Projetec, 2016 (Foto: Albérico Queiroz, 2016).
d) Quirópteros
227
Diagnóstico da Área de Influência Direta (AID) e Área Diretamente Afetada
(ADA)
228
Figura 8.2.2.45 - Área de armação de redes de neblina no fragmento de mata do P2. Guadalupe-PE.
Fonte: Projetec, 2016 (Foto: Fábio Soares)
Figura 8.2.2.46 - Ármação de redes na borda do fragmento AID1. Guadalupe-PE. Data: 09.02.2016.
Fonte: Projetec, 2016 (Foto: Rafael S. Bandeira)
229
A coleta dos dados primários foi feita por meio de três métodos, capturas
com redes de neblina em pontos pré-estabelecidos, busca ativa de abrigos diurnos e
entrevistas com moradores locais:
Redes de neblina
230
Figura 8.2.2.47 - Identificação de abrigos na área do empreendimento.
Fonte: Projetec, 2016 (Foto: Fábio Soares)
231
Posteriormente, os animais foram processados, tendo seus dados
biológicos e ecológicos anotados em fichas de campo. Os animais capturados foram
pesados, tiveram suas medidas morfométricas tomadas com auxílio de paquímetro
(Figura 8.2.2.67) e foram agrupados em duas classes etárias (adultos e jovens),
determinadas pela caracterização da pelagem (juvenil, felpuda e com coloração mais
clara), tamanho e grau de ossificação das epífises das falanges dos dedos da mão
(juvenil não completamente ossificada) (ANTHONY 1988) ().
232
classificação seguiu os critérios estabelecidos por REIS et al (2007). Após o
processamento, os indivíduos capturados foram soltos no mesmo local de captura.
A avaliação da riqueza de espécies foi considerada como a quantidade de
espécies capturadas. A abundância calculada pelo total de indivíduos capturados.
Para o cálculo do esforço de captura utilizou-se o preconizado por STRAUBE &
BIANCONI (2002), que consiste em multiplicar a área total das redes pelo número de
horas que as mesmas ficaram expostas (Esforço= comprimento da rede x largura da
rede x tempo de coleta x número de coletas x quantidade de redes).
Os índices de Diversidade e Equitatividade de SHANNON-WIENER foram
calculados usando o programa Past. Segundo URAMOTO et al. (2005), o número total
de indivíduos amostrados em uma determinada área e a análise quantitativa da
diversidade têm sido bastante empregados em estudos faunísticos, permitindo
caracterizar uma comunidade. A diversidade de Shannon mede o grau de incerteza
em prever a que espécie pertencerá um indivíduo escolhido, ao acaso, de uma
amostra com S espécies e N indivíduos. Quanto menor o valor do índice de Shannon,
menor o grau de incerteza e, portanto, a diversidade da amostra é baixa (Uramoto et
al. 2005). A diversidade é mais alta quanto maior o valor do índice. Já a equitabilidade
mede a distribuição de cada uma das espécies na composição total da comunidade
(MAGURRAN, 1988). A riqueza de espécies foi estimada através do programa
EstimateS 8.20 utilizando o índice Jacknife 1.
Nos mapas em sequência está exposta a localização dos pontos amostrais
de acordo com o tipo de armadilhas utilizadas nas campanhas de fauna.
233
234
235
8.2.2.2 Caracterização dos Ecossistemas Terrestres da AII
236
Extremamente heterogênea em sua composição, a Mata Atlântica estende-
se entre as latitudes 4º e 32ºS e cobre um amplo rol de zonas climáticas e formações
vegetacionais, de tropicais a subtropicais. A elevação vai do nível do mar até 2.900
m, com mudanças abruptas no tipo e profundidade dos solos e na temperatura média
do ar (MANTOVANI, 2003 apud TABARELLI et al., 2005). Variações longitudinais são
igualmente marcantes. Quanto mais interioranas, mais sazonais tornam-se as
florestas, com índices de pluviosidade caindo de 4.000 mm a 1.000 mm em algumas
áreas da Serra do Mar (MANTOVANI, 2003 apud TABARELLI et al., 2005). Várias
formações encontram-se associadas ao bioma, como mangues, restingas, formações
campestres de altitude e brejos (florestas úmidas resultantes de precipitação
orográfica em meio a formações semiáridas no nordeste brasileiro) (CÂMARA, 2003
apud TABARELLI et al., 2005).
A Mata Atlântica já passou por períodos de conexão com outras florestas
sul-americanas (e.g. Amazônia e florestas andinas) que resultaram em especiações
geográficas (SILVA et al., 2004). Consequentemente, a biota florestal é composta
tanto por espécies antigas (pré-Plioceno) quanto novas (Pleistoceno) (SILVA &
CASTELETI, 2003), e várias áreas de endemismo têm sido identificadas (SILVA et al.,
2004). Embora a extensão e a localização atual dessas áreas sejam controversas,
pelo menos cinco áreas de endemismos podem ser reconhecidas com base na
distribuição de vertebrados terrestres e plantas: Brejos Nordestinos, Pernambuco,
Bahia Central, Costa da Bahia e Serra do Mar, todas no Brasil (SILVA &
CASTELLETTI, 2003).
A Mata Atlântica é um dos 25 hotspots mundiais de biodiversidade, ou seja,
áreas que perderam pelo menos 70% de sua cobertura vegetal original, mas que,
juntas, abrigam mais de 60% de todas as espécies terrestres do planeta (TABARELLI
et al., 2005; GALINDO-LEAL & CÂMARA, 2005). Embora tenha sido em grande parte
destruída, ela ainda abriga mais de 8.000 espécies endêmicas de plantas vasculares,
anfíbios, répteis, aves e mamíferos (MYERS et al., 2000).
237
Com base na distribuição dos tipos de vegetação, estima-se que a Mata
Atlântica nordestina cobria uma área contínua de floresta com 76.938 km 2, ou 6,4%
da extensão da Mata Atlântica brasileira, distribuídas em cinco tipos vegetacionais: (1)
áreas de tensão ecológica (43,8%); (2) floresta estacional semidecidual (22,9%); (3)
floresta ombrófila aberta (20,5%); (4) floresta ombrófila densa (7,9%) e (5) formações
pioneiras (6,1%). Inseridas nestes cinco tipos classificam-se ainda outras tipologias
baseadas na altitude, as florestas de terras baixas (< 100 m de altitude), submontanas
(100-600 m) e montanas (>600 m) (IBGE, 1985; PORTO et al., 2004).
Conforme o Mapa de Vegetação do Brasil (IBGE, 2004b) verifica-se duas
tipologias vegetacionais existentes na AII: Vegetação secundária e Atividades
Agrícolas em área anteriormente recoberta por Floresta Ombrófila Densa (D) e
Formações Pioneiras com influência Fluvio-marinha (Pf).
O Atlas de Remanescentes Florestais da Mata Atlântica (SOS Mata
Atlantica, 2013) apontou a existência de vegetação nativa na AII do empreendimento
ocorrendo de forma fragmentada. Ao todo, segundo o mapeamento em questão,
foram identificados sete (07) fragmentos de vegetação nativa dentro dos limites da AII.
Destes, quatro (04) fragmentos foram classificados como vegetação de Mangue e três
(03) foram classificados como Mata, sendo a caracterização apresentada a seguir:
238
Já o Mapa de Vegetação do PROBIO (Ministério do Meio Ambiente, 2007)
aponta na AII a existência de áreas de Agricultura (Ac), localizadas no extremo
sudeste da AII; áreas de Agropecuária (Ag), nas porções centro-sul, centro e nas faces
leste e nordeste da AII; Formação pioneira com influência fluviomarinha (Pf), no
extremo sul e sudoeste e face sul e porção central da AII; e Corpos d'água (AG),
compreendido pelo estuário do rio Formoso, que atravessa a face sul e a porção
central e deságua no extremo sul e sudoeste da AII, e pelo Oceano Atlântico,
localizado nas adjacências de toda a face leste da AII.
A seguir são apresentadas as descrições das fitofisionomias encontradas
na AII do empreendimento:
239
Vegetação com Influência Marinha (Restingas)
240
Floresta Ombrófila Densa (Floresta Tropical Pluvial)
241
8.2.2.2.2 Fauna - AII
a) Avifauna
242
remanescentes indicam a presença de 156 espécies em Saltinho, 163 na Usina
Cucaú, 210 na Usina Trapiche e 173 na Fazenda Morim, em São José da Coroa
Grande (BIRDLIFE 2016).
Em trabalho publicado em 2007, RODRIGUES e colaboradores atualizam
os dados para a avifauna da Área de Proteção Ambiental de Guadalupe (Rodrigues
et al. 2007). Neste artigo apresentam uma lista contendo 242 espécies de aves,
registradas em estudos de campo realizados entre os anos de 1999 e 2002. A alta
diversidade de espécies registradas para a APA de Guadalupe, deve-se,
principalmente à grande diversidade de ambientes (praias manguezais, restingas e à
existência de alguns poucos remanescentes de Mata Atlântica em melhor estado de
conservação como aquele protegido pela Reserva Biológica de Saltinho e as matas
da Gia e do Pau Amarelo, onde ainda podem ser encontradas espécies
essencialmente florestais.
Para a porção leste (litorânea), onde está localizado o empreendimento a
quantidade de informações disponíveis sobre a avifauna é menor. Recentemente
foram publicadas, no site http://www.taxeus.com.br, três listas de espécies de aves
elaboradas em levantamentos rápidos de campo em localidades do município de
Sirinhaém, em ambientes com características similares àquelas identificadas na AII
do empreendimento, incluindo a própria praia de Guadalupe (ALBANO 2014,
PERIQUITO E DANTAS 2015, PERIQUITO 2015). A reunião desses registros totaliza
uma lista de 137 espécies de aves.
Embora a lista de espécies apresentada por RODRIGUES et al. (2007) seja
representativa da avifauna da APA de Guadalupe, dentro dos limites da AII do
empreendimento não são encontrados ambientes florestais em bom estado de
conservação como os referidos remanescentes florestais (Saltinho, Gia e Pau
Amarelo). Assim são relacionadas, como dados secundários para a AII do
empreendimento apenas aquelas espécies registradas por ALBANO (2014),
PERIQUITO e DANTAS (2015) e PERIQUITO (2015), nos limites da AII ou em suas
proximidades, dentro do município de Sirinhaém - PE (Tabela 8.2.2.2).
243
Tabela 8.2.2.2 - Lista de espécies de aves com ocorrência potencial ou comprovada na AII do
empreendimento.
244
Ordem Família Nome do Táxon Nome em Português
Crotophaga ani Linnaeus, 1758 anu-preto
Guira guira (Gmelin, 1788) anu-branco
Megascops choliba (Vieillot, 1817) corujinha-do-mato
Glaucidium brasilianum (Gmelin,
Strigiformes Strigidae caburé
1788)
Athene cunicularia (Molina, 1782) coruja-buraqueira
Antrostomus rufus (Boddaert, 1783) joão-corta-pau
Lurocalis semitorquatus (Gmelin,
tuju
1789)
Caprimulgiformes Caprimulgidae
Nyctidromus albicollis (Gmelin,
bacurau
1789)
Hydropsalis torquata (Gmelin, 1789) bacurau-tesoura
Glaucis hirsutus (Gmelin, 1788) balança-rabo-de-bico-torto
Phaethornis ruber (Linnaeus, 1758) rabo-branco-rubro
Phaethornis margarettae Ruschi,
rabo-branco-de-margarette
1972
Apodiformes
Trochilidae Chlorestes notata (Reich, 1793) beija-flor-de-garganta-azul
Amazilia leucogaster (Gmelin, 1788) beija-flor-de-barriga-branca
Heliothryx auritus (Gmelin, 1788) beija-flor-de-bochecha-azul
Anthracotorax nigricollis
Megaceryle torquata (Linnaeus,
martim-pescador-grande
1766)
Coraciiformes Alcedinidae
Chloroceryle americana (Gmelin,
martim-pescador-pequeno
1788)
Galbulidae Galbula ruficauda Cuvier, 1816 ariramba
Galbuliformes
Bucconidae Nystalus maculatus (Gmelin, 1788) rapazinho-dos-velhos
Pteroglossus inscriptus Swainson,
Ramphastidae araçari-de-bico-riscado
1822
picapauzinho-de-pintas-
Picumnus exilis (Lichtenstein, 1823)
amarelas
Piciformes Veniliornis passerinus (Linnaeus,
pica-pau-pequeno
Picidae 1766)
Colaptes melanochloros (Gmelin,
pica-pau-verde-barrado
1788)
Dryocopus lineatus (Linnaeus, 1766) pica-pau-de-banda-branca
Caracara plancus (Miller, 1777) carcará
245
Ordem Família Nome do Táxon Nome em Português
Cercomacroides laeta (Todd, 1920) chororó-didi
Dendrocincla taunayi Pinto, 1939 arapaçu-pardo-do-nordeste
Dendrocolaptidae
Dendroplex picus (Gmelin, 1788) arapaçu-de-bico-branco
Furnarius figulus (Lichtenstein,
casaca-de-couro-da-lama
Furnariidae 1823)
Synallaxis infuscata Pinto, 1950 tatac
Ceratopipra rubrocapilla (Temminck,
cabeça-encarnada
1821)
Pipridae Manacus manacus (Linnaeus, 1766) rendeira
Chiroxiphia pareola (Linnaeus,
tangará-príncipe
1766)
Schiffornis turdina (Wied, 1831) flautim-marrom
Tityridae Pachyramphus polychopterus
caneleiro-preto
(Vieillot, 1818)
Leptopogon amaurocephalus
cabeçudo
Tschudi, 1846
Tolmomyias poliocephalus
bico-chato-de-cabeça-cinza
(Taczanowski, 1884)
Tolmomyias flaviventris (Wied,
Rhynchocyclidae bico-chato-amarelo
1831)
Todirostrum cinereum (Linnaeus,
ferreirinho-relógio
1766)
Poecilotriccus fumifrons (Hartlaub,
ferreirinho-de-testa-parda
1853)
Zimmerius gracilipes (Sclater &
poiaeiro-de-pata-fina
Salvin, 1868)
Ornithion inerme Hartlaub, 1853 poiaeiro-de-sobrancelha
Camptostoma obsoletum
risadinha
(Temminck, 1824)
Elaenia flavogaster (Thunberg, guaracava-de-barriga-
1822) amarela
guaracava-de-topete-
Elaenia cristata Pelzeln, 1868
uniforme
Elaenia chiriquensis Lawrence, 1865 chibum
Myiopagis gaimardii (d'Orbigny,
maria-pechim
1839)
Capsiempis flaveola (Lichtenstein,
Tyrannidae marianinha-amarela
1823)
Myiarchus ferox (Gmelin, 1789) maria-cavaleira
Myiarchus tyrannulus (Statius maria-cavaleira-de-rabo-
Muller, 1776) enferrujado
Pitangus sulphuratus (Linnaeus,
bem-te-vi
1766)
Megarynchus pitangua (Linnaeus,
neinei
1766)
bentevizinho-de-penacho-
Myiozetetes similis (Spix, 1825)
vermelho
Tyrannus melancholicus Vieillot,
suiriri
1819
Myiophobus fasciatus (Statius
filipe
Muller, 1776)
Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789) pitiguari
Vireonidae
Vireo chivi (Vieillot, 1817) juruviara
Stelgidopteryx ruficollis (Vieillot,
andorinha-serradora
1817)
Hirundinidae Progne tapera (Vieillot, 1817) andorinha-do-campo
Hirundo rustica Linnaeus, 1758 andorinha-de-bando
246
Ordem Família Nome do Táxon Nome em Português
Troglodytes musculus Naumann,
corruíra
1823
Troglodytidae
Pheugopedius genibarbis
garrinchão-pai-avô
(Swainson, 1838)
Donacobius atricapilla (Linnaeus,
Donacobiidae japacanim
1766)
balança-rabo-de-chapéu-
Polioptilidae Polioptila plumbea (Gmelin, 1788)
preto
Turdidae Turdus leucomelas Vieillot, 1818 sabiá-branco
Mimus gilvus (Vieillot, 1807) sabiá-da-praia
Mimidae Mimus saturninus (Lichtenstein,
sabiá-do-campo
1823)
Basileuterus culicivorus (Deppe,
Parulidae pula-pula
1830)
Molothrus bonariensis (Gmelin,
Icteridae chupim
1789)
Tangara fastuosa (Lesson, 1831) pintor
Tangara cyanocephala (Statius
saíra-militar
Muller, 1776)
Tangara sayaca (Linnaeus, 1766) sanhaço-cinzento
Tangara palmarum (Wied, 1821) sanhaço-do-coqueiro
Tangara cayana (Linnaeus, 1766) saíra-amarela
Dacnis cayana saí-azul
Conirostrum bicolor (Vieillot, 1809) figuinha-do-mangue
Hemithraupis guira (Linnaeus, 1766) saíra-de-papo-preto
Thraupidae
Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766) tiziu
Tachyphonus rufus (Boddaert, 1783) pipira-preta
Ramphocelus bresilius (Linnaeus,
tiê-sangue
1766)
Cyanerpes cyaneus (Linnaeus,
saíra-beija-flor
1766)
Coereba flaveola (Linnaeus, 1758) cambacica
Sporophila nigricollis (Vieillot, 1823) baiano
Saltator maximus (Statius Muller,
tempera-viola
1776)
Euphonia violacea (Linnaeus, 1758) gaturamo
Fringillidae
Euphonia pectoralis (Latham, 1801) ferro-velho
Estrildidae Estrilda astrild (Linnaeus, 1758) bico-de-lacre
Passeridae Passer domesticus (Linnaeus, 1758) Pardal
247
b) Herpetofauna
Tabela 8.2.2.3 - Lista de espécies de anfíbios anuros com ocorrência potencial na AII do
empreendimento
Status
Nome do Táxon
IUCN/IBAMA
ORDEM ANURA
Família Bufonidae
Frostius pernambucensis (Bokermann, 1962) LC/LC
Rhinella jimi (Stevaux, 2002) LC/LC
Rhinella granulosa (Spix, 1824) LC/LC
Rhinella crucifer (Wied-Neuwied, 1821) LC/LC
Rhinella hoogmoedi Caramaschi & Pombal, 2006* LC/LC
Rhinella margaritifera (Laurenti, 1768) LC/LC
Família Craugastoridae
Pristimantis vinhai (Bokermann, 1975) LC/LC
Pristimantis sp. -
Família Cycloramphidae
Proceratophrys renalis (Miranda-Ribeiro, 1920) LC/LC
Proceratophrys cristiceps (Müller, 1883) LC/LC
Família Hemiphractidae
Gastrotheca fissipes (Boulenger, 1888) LC/LC
Família Hylidae
Agalychnis granulosa (Cruz, 1989) LC/VU
Dendropsophus branneri (Cochran, 1948) LC/LC
Dendropsophus decipiens (Lutz, 1925) LC/LC
Dendropsophus elegans (Wied-Neuwied, 1824) LC/LC
Dendropsophus minutus (Peters, 1872) LC/LC
248
Status
Nome do Táxon
IUCN/IBAMA
Dendropsophus haddadi (Bastos & Pombal, 1996) LC/LC
Dendropsophus sp. (grupo microcephalus) -
Hypsiboas albomarginatus (Spix, 1824) LC/LC
Hypsiboas atlanticus (Caramaschi & Velosa, 1996) LC/LC
Hypsiboas crepitans (Wied-Neuwied, 1824) LC/LC
Hypsiboas exastis (Caramaschi & Rodrigues, 2003) DD/LC
Hypsiboas faber (Wied-Neuwied, 1821) LC/LC
Hypsiboas freicanecae (Carnaval & Peixoto, 2004) DD/DD
Hypsiboas pardalis (Spix, 1824) LC/LC
Hypsiboas raniceps Cope, 1862 LC/LC
Hypsiboas semilineatus (Spix, 1824) LC/LC
Phyllodytes luteolus (Wied-Neuwied, 1824) LC/LC
Phyllodytes acuminatus Bokermann, 1966 LC/LC
Phyllomedusa nordestina Caramaschi, 2006 DD/LC
Scinax auratus (Wied-Neuwied,1821) LC/LC
Scinax eurydice (Bokermann, 1968) LC/LC
Scinax nebulosus (Spix, 1824) LC/LC
Scinax fuscovarius (A. Lutz, 1925) LC/LC
Scinax pachycrus (Miranda-Ribeiro, 1937) LC/LC
Scinax x-signatus (Spix, 1824) LC/LC
Trachycephalus mesophaeus (Hensel, 1867) LC/LC
Família Leptodactylidae
Adenomera aff. Hylaedactyla (Cope, 1868)** -
Leptodactylus fuscus (Schneider, 1799) LC/LC
Leptodactylus latrans (Steffen, 1815) LC/LC
Leptodactylus natalensis Lutz, 1930 LC/LC
Leptodactylus troglodytes Lutz, 1926 LC/LC
Leptodactylus vastus Lutz, 1930 LC/LC
Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826 LC/LC
Physalaemus aff. erikae (Cruz & Pimenta, 2004) -
Physalaemus kroyeri (Reinhardt & Lütken, 1862) LC/LC
Pseudopaludicola mystacalis (Cope, 1887) LC/LC
Família Microhylidae
Dermatonotus muelleri (Boettger, 1885) LC/LC
Família Ranidae
Lithobates palmipes (Spix, 1824) LC/LC
* De acordo com o código internacional de nomenclatura zoológica (ICZN, 1999), depois do nome da espécie, coloca-se o nome
do autor que o descreveu seguido de vírgula e data da publicação; se houve modificação em relação à descrição original de uma
espécie, autor e ano aparecem entre parênteses.
** Ver Fouquet et al. (2014).
Legendas: LC (Segura ou pouco preocupante; Least Concern, em inglês); CR (Criticamente em Perigo, Critically
Endangered); DD (Dados Insuficientes, Data Deficient); NA ou NE (Não avaliada, Not Evaluated).
Obs: Em relação à lista original, os nomes dos táxons foram atualizados e algumas correções taxonômicas e de
autoria foram feitas. Algumas sinonímias foram removidas.
249
Conforme Tabela 8.2.2.3, a espécie Agalychnis granulosa (família Hylidae)
era a única espécie de anfíbio registrada como criticamente ameaçada de extinção
(MACHADO, 2005; MMA, 2003). Atualmente, este status foi revisado, e a espécie é
agora classificada como vulnerável (VU) pelo critério B1ab (iii, iv) que reconhece que
a espécie foi verificada apenas em poucas localidades nos estados de Pernambuco e
Alagoas, tendo seu ambiente bastante fragmentado e hábitat que sofre continuo
declínio pela expansão urbana, agropecuária e pelas lavouras de cana-de-açúcar
(MMA, 2014). No entanto, não há registros para a APA de Guadalupe e as localidades
de ocorrência mais próximas são a Mata do Urubu e a RPPN Frei Caneca, município
de Jaqueira (MOURA et al., 2011).
Tabela 8.2.2.4 - Lista das espécies de répteis com ocorrência potencial na AII do empreendimento segundo o
“Encarte 3: Análise da Unidade de Conservação” para a APA de Guadalupe (CPRH, 2011).
Status
Nome do táxon
IUCN/IBAMA
ORDEM CROCODYLIA
Família Alligatoridae
Caiman latirostris (Daudin, 1802) LC/LC
ORDEM SQUAMATA
Família Amphisbaenidae
Amphisbaena aff. vermicularis (Wagler, 1824) -
Família Boidae
Boa constrictor Linnaeus, 1758 * NA/LC
Corallus hortulanus (Linnaeus, 1758) NA/LC
Epicrates cenchria (Linnaeus, 1758) NA/LC
Família Colubridae
Chironius carinatus (Linnaeus, 1758) LC/LC
Drymarchon corais (Boie, 1827) LC/LC
Erythrolamprus poecilogyrus (Wied-Neuwied, 1825) NA/LC
Lygophis lineatus (Linnaeus, 1758) NA/LC
Oxyrhopus trigeminus Duméril, Bibron & Duméril, 1854 NA/LC
Spilotes pullatus (Linnaeus, 1758) NA/LC
Tantilla melanocephala (Linnaeus, 1758) NA/LC
Família Dipsadidae
Philodryas olfersii (Lichtenstein, 1823) LC/LC
Philodryas nattereri Steindachner, 1870 NA/LC
Família Elapidae
Micrurus ibiboboca (Merrem, 1820) NA/DD
Família Gekkonidae
Hemidactylus mabouia (Moreau de Jonnès, 1818) NA/NA
Família Gymnophthalmidae
250
Status
Nome do táxon
IUCN/IBAMA
Anotosaura sp. nov. -
Família Iguanidae
Iguana iguana (Linnaeus, 1758) NA/LC
Family Phyllodactylidae
Gymnodactylus darwinii (Gray, 1845) NA/LC
Família Polychrotidae
Anolis fuscoauratus D’Orbigny, 1837 NA/LC
Anolis punctatus Daudin, 1802 NA/LC
Enyalius catenatus (Wied-neuwied, 1821) NA/LC
Polychrus marmoratus (Linnaeus, 1758) NA/LC
Família Scincidae
Mabuya heathi (Schmidt & Inger, 1951) NA/LC
Mabuya macrorhyncha Hoge, 1946 NA/LC
Família Sphaerodactylidae
Coleodactylus meridionalis (Boulenger, 1888) NA/LC
Família Teiidae
Ameiva ameiva (Linnaeus, 1758) NA/LC
Kentropyx calcarata Spix, 1825 NA/LC
Ameivula ocellifera (Spix, 1825) NA/LC
Salvator merianae (Duméril & bibron, 1839) NA/LC
Família Tropiduridae
Strobilurus torquatus Wiegmann, 1834 NA/LC
Tropidurus hispidus (Spix, 1825) NA/LC
Tropidurus sp. (grupo torquatus) -
Família Viperidae
Bothrops sp. -
Crotalus durissus Linnaeus, 1758 NA/LC
ORDEM TESTUDINES
Família Chelidae
Phrynops geoffroanus (Schweigger, 1812) NA/LC
Família Kinosternidae
Kinosternon scorpioides (Linnaeus, 1766) NT/LC
Legendas: LC (Segura ou pouco preocupante; Least Concern, em inglês); CR (Criticamente em Perigo, Critically
Endangered); DD (Dados Insuficientes, Data Deficient); NA ou NE (Não avaliada, Not Evaluated).
Obs: Em relação à lista original, os nomes dos táxons foram atualizados e algumas correções taxonômicas e de
autoria foram feitas. Algumas sinonímias foram removidas.
251
c) Mastofauna
252
Tabela 8.2.2.5 - Lista dos mamíferos terrestres não voadores da Mata Atlântica de Pernambuco com
destaque para as espécies registradas na área de influência do empreendimento Projeto Condomínio
Praia de Guadalupe, município de Sirinhaém, PE.
ORDEM ** Registro Registro
Nome Status
Família Local (AID; Literatura
vulgar IUCN/IBAMA/CITES
Espécie ADA) (AII)
ARTIODACTYLA
Cervidae
Mazama gouazoubira veado-catingueiro X LC/NA/NA
Mazama americana veado-mateiro X LC/NA/NA
Tayassuidae
Pecari tajacu caititu X LC/NA/NA
Pecari pecari queixada X NT/NA/CaII
CARNÍVORA
Canidae
Cerdocyon thous raposa X X LC/NA/CaII
Felidae
jaguatirica,
Leopardus pardalis X LC/VU/CaI
maracajá-açu
gato-do-mato,
Leopardus tigrinus X VU/VU/CaI
maracajá
Puma yagouaroundi raposa-de-gato X LC/NA/CaII
Suçuarana, onça
Puma concolor X LC/VU/CaII
parda, bodeira
Mephitidae
Conepatus semistriatus ticaca X LC/NA/NA
Mustelidae
Eira barbara papa-mel X LC/NA/CaIII
Galictis cuja furão X X LC/NA/NA
Lontra longicaudis lontra X DD/NA/CaI
Procyonidae
Nasua nasua quati X LC/NA/CaIII
Potos flavus jupará X LC/NA/CaIII
Procyon cancrivorus guará X X LC/NA/NA
CINGULATA
Dasypodidae
Cabassous unicinctus tatu-rabo-mole X LC/NA/NA
Dasypus novemcinctus tatu-verdadeiro X X LC/NA/NA
Dasypus septemcinctus tatuí X LC/NA/NA
Euphractus sexcinctus tatu peba X X LC/NA/NA
DIDELPHIMORPHIA
Didelphidae
Caluromys philander rato cachorro X X LC/NA/NA
Didelphis albiventris cassaco, timbu X X LC/NA/NA
253
ORDEM ** Registro Registro
Nome Status
Família Local (AID; Literatura
vulgar IUCN/IBAMA/CITES
Espécie ADA) (AII)
Didelphis aurita cassaco, timbu X LC/NA/NA
Gracilinanus agilis rato cachorro X LC/NA/NA
Marmosa murina rato cachorro X LC/NA/NA
Metachirus nudicaudatus rato cachorro X LC/NA/NA
Micoureus demerarae rato cachorro X LC/NA/NA
Monodelphis americana rato cachorro X LC/NA/NA
rato cachorro,
Monodelphis domestica X X LC/NA/NA
catita
LAGOMORPHA
Leporidae
Sylvilagus brasiliensis coelho-do-mato X X LC/NA/NA
PILOSA
Bradypodidae
Bradypus variegatus bicho-preguiça X LC/NA/CaII
Mymercophagidae
Tamandua tetradactyla tamanduá X LC/NA/NA
Cyclopes didactylus tamanduá-í X LC/NA/NA
PRIMATES
Atelidae
Alouatta belzebul guariba X LC/CR/CaII
Cebidae
Callithrix jacchus sagui, soim X X EN/EN/CaI
macaco-prego-
Sapajus flavius X EN/VU/NA
galego
Sapajus libidinosus macaco-prego X EN/VU/NA
Saimiri sp.┼ mico-de-cheiro X EN/EN/CaI
RODENTIA
Caviidae
Cavia aperea preá X LC/NA/NA
Hydrochoerus
capivara X LC/NA/NA
hydrochaeris
Cricetidae
Akodon cursor rato-silvestre X X LC/NA/NA
Hylaeamys laticeps rato X NT/NA/NA
Nectomys lasiurus rato-d’água X LC/NA/NA
Oecomys catherinae rato X LC/NA/NA
Oligoryzomys flavescens rato X LC/NA/NA
Oligoryzomys nigripes rato X LC/NA/NA
Oxymicterus dasythrichus rato X LC/NA/NA
Rhipidomys mastacalis rato X LC/NA/NA
Cuniculidae
254
ORDEM ** Registro Registro
Nome Status
Família Local (AID; Literatura
vulgar IUCN/IBAMA/CITES
Espécie ADA) (AII)
Cuniculus paca paca X LC/NA/CaIII
Dasyproctidae
Dasyprocta agouti cutia X LC/NA/NA
Echimyidae
Phyllomys pattoni rato X LC/NA/NA
Erethizontidae
Coendou sperattus cuandu-mirim X VU/VU/NA
ouriço, porco-
Coendou prehensilis X LC/NA/NA
espinho
Muridae
Mus musculus catita X LC/NA/NA
Rattus norvegicus ratazana, gabiru X LC/NA/NA
Rattus rattus ratazana, gabiru X X LC/NA/NA
Sciuridae
Guerlinguetus alphonsei esquilo X LC/NA/NA
Legendas: IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza): LC amplamente distribuídos
(ou pouco preocupante), EN em perigo, NT quase ameaçado, VU vulnerável, CR criticamente em
perigo; NA não disponível. CITES (Convention on the International Trade of Endangered Species of
Wild Fauna and Flora): CaI Cites Apêndice I (espécies ameaçadas de extinção); CaII Cites Apêndice II
(espécies que não estão em perigo de extinção, mas que pode tornar-se vítimas de comercio ilegal);
CaIII Cites Apêndice III (espécies protegidas e cujo comércio é controlado). ** Organização Taxonômica
segundo Wilson e Reeder (2005). ┼ espécie introduzida na REBIO Saltinho
255
d) Quirópteros
256
a partir dos resultados publicados em Marinho-Filho e Sazima (1998), complementado
por Monteiro da Cruz (2002), Sousa et al. (2004) Guerra et al. (2007), Gazarini e
Bernardi (2007), Silva (2007), Lira et al. (2009), Nobre (2009), Silva et al. (2010),
Dantas-Torres et al. (2009), Soares et al. (no prelo), conforme já reportado no item
relativo à metodologia.
Tabela 8.2.2.6 - Lista das espécies registradas para o Bioma Mata Atlântica, destas aquelas registradas
para o Estado de Pernambuco e para a região dos municípios litorâneos da Zona da Mata Sul de
Pernambuco.
Mata Estado de Zona da Mata
Família / Espécie
Atlântica Pernambuco Sul PE
Emballonuridae
Centronycteris maximiliani X X X
Diclidurus albus X X X
Diclidurus scutatus X
Peropteryx kappleri X X
Peropteryx leucoptera X X X
Peropteryx macrotis X X X
Rhynchonycteris naso X X X
Saccopteryx bilineata X X X
Saccopteryx leptura X X X
Noctilionidae
Noctilio albiventris X X
Noctiliio leporinus X X X
Phyllostomidae
Chrotopterus auritus X X X
Lonchorhina aurita X X X
Macrophyllum macrophyllum X X X
Mycronycteris brachyotis X
Mycronycteris hirsuta X
Mycronycteris megalotis X X X
Mycronycteris minuta X X X
Mycronycteris nicefori X
Mycronycteris sanborni X
Mycronycteris schimidtorum X X
Mycronycteris silvestris X
Mimon bennettii X
Mimon crenulatum X X
Phylloderma stenops X X X
Phyllostomus discolor X X X
Phyllostomus elongatus X X X
Phyllostomus hastatus X X X
Tonatia bidens X X
Tonatia brasiliense X X X
Tonatia saurophila X X X
257
Mata Estado de Zona da Mata
Família / Espécie
Atlântica Pernambuco Sul PE
Tonatia silvícola X X X
Trachops cirrhosus X X X
Lonchophylla bokermanni X
Lonchophylla mordax X X
Lyonycteris spurrelli X X
Xeronycteris vieirai X X
Anoura caudifer X
Anoura geoffroyi X X
Choeroniscus minor X X X
Glossophaga soricina X X X
Lichonycteris obscura X
Carollia brevicauda X X
Carollia perspicillata X X X
Rhynophylla pumilio X X X
Artibeus cinereus X X X
Artibeus concolor X
Artibeus fimbriatus X X X
Artibeus glaucus X
Artibeus jamaicensis X X X
Artibeus lituratus X X X
Artibeus obscurus X X X
Artibeus planirostris X X X
Chiroderma doriae X X X
Chiroderma villosum X X X
Platyrrhinus lineatus X X X
Platyrrhinus recifinus X X
Pygoderma bilabiatum X X
Sturnira lilium X X X
Sturnira tildae X
Uroderma bilobatum X
Uroderma magnirostris X
Vampyressa pusilla X
Vampyrodes caraccioli X
Desmodus rotundus X X X
Diaemus youngi X X X
Diphylla ecaudata X X X
Natalidae
Natalus stramineus X X
Furipteridae
Furipterus horrens X X
Thyropteridae
Thyroptera tricolor X
Thyroptera discifera X
Vespertilionidae
Eptesicus brasiliensis X
Eptesicus diminutus X
Eptesicus furinalis X X X
258
Mata Estado de Zona da Mata
Família / Espécie
Atlântica Pernambuco Sul PE
Eptesicus taddei X
Histiotus alienus X
Histiotus laephotis X
Histiotus Montanus X
Histiotus velatus X
Lasiurus borealis X
Lariurus cinereus X
Lasiurus ebenus X
Lasiurus ega X X
Lasiurus egregius X X X
Myotis albescens X
Myotis Levis X
Myotis nigricans X X X
Myotis riparius X X
Myotis ruber X X X
Myotis simus X
Rhogeessa túmida X X
Rhogeessa hussoni X
Molossidae
Cynomps planirostris X X X
Eumops auripendulus X X
Eumops bonariensis X
Eumops glaucinus X X X
Eumops hansae X
Eumops maurus X
Eumops perotis X
Molossops greenhalli X
Molossops matogrossensis X X
Molossops neglectus X
Molossops planirostris X
Molossops temminckii X X
Molossus ater X X X
Molossus molossus X X X
Nyctinomops aurispinosus X
Nyctinomops macrotis X
Nyctinomops laticaudatus X
Promops nasutus X
Tadarida brasiliensis X
Mormoopidae
Pteronotus davyi X X
Pteronotus gymnonotus X X
Pteronotus personatus X X
Fonte: Revisão de literatura dos trabalhos de Marinho-Filho e Sazima (1998), complementado por
Monteiro da Cruz (2002), Sousa et al. (2004) Guerra et al. (2007), Gazarini e Bernardi (2007), Silva
(2007), Lira et al. (2009), Nobre (2009), Silva et al. (2010), Dantas-Torres et al. (2009), Soares et al.
(no prelo).
259
8.2.2.3 Caracterização dos Ecossistemas Terrestres da AID e da ADA
260
261
Tabela 8.2.2.7 - Dados de localização das parcelas amostrais do Levantamento Fitossociológico na área de interferência do Projeto Condomínio Praia de
Guadalupe
262
Tabela 8.2.2.8 - Caracterização ambiental das parcelas amostrais do Levantamento Fitossociológico na área de interferência do Projeto Condomínio Praia
de Guadalupe
Textura
Situação Estrato
Parcela Pontos Fisionomia Sucessão Ambiente do Serrapilheira
fisiográfica Predominante
Solo
P5 Vegetação Inicial a
1 Encosta Arbóreo Seco Arenoso Espessa
Secundária Médio
P5 Vegetação
2 Inicial Encosta Herbáceo Seco Arenoso Fina
Secundária
P5 Vegetação
3 Inicial Encosta Árboreo Seco Arenoso Fina
Secundária
P5 Vegetação
4 Inicial Encosta Herbáceo Seco Arenoso Fina
Secundária
P4 Vegetação Inicial a
5 Planalto Arbóreo Seco Arenoso Média
Secundária Médio
P4 Vegetação Inicial a
6 Planalto Árboreo Seco Arenoso Média
Secundária Médio
P3 Vegetação
7 Inicial Encosta Arbóreo Seco Arenoso Fina
Secundária
P3 Vegetação Inicial a
8 Encosta Arbóreo Seco Arenoso Fina
Secundária Médio
P3 Vegetação Inicial a Encosta/ Fina a
9 Arbóreo Seco Arenoso
Secundária Médio Topo de morro Média
P3 Vegetação Inicial a Fina a
10 Encosta Arbóreo Seco Arenoso
Secundária Médio Média
P4 Vegetação Inicial a
11 Planalto Arbóreo Seco Arenoso Média
Secundária Médio
Vegetação Inicial a
12 Encosta Arbóreo Seco Arenoso Média
P2 Secundária Médio
P2 Vegetação
13 Inicial Encosta Arbóreo Seco Arenoso Média
Secundária
P5 Vegetação
14 Inicial Encosta Arbóreo Seco Arenoso Fina
Secundária
15 AID1 Restinga Médio Planície Arbóreo Seco Arenoso Espessa
16 AID2 Restinga Médio Planície Arbóreo Seco Arenoso Espessa
263
Textura
Situação Estrato
Parcela Pontos Fisionomia Sucessão Ambiente do Serrapilheira
fisiográfica Predominante
Solo
Vegetação Pioneiro a
17 P5 Encosta Herbáceo Seco Arenoso Fina
Secundária Inicial
Vegetação Inicial a
18 P7 Encosta Arbóreo Seco Arenoso Média
Secundária Médio
Vegetação Inicial a
19 P7 Encosta Arbóreo Seco Arenoso Fina
Secundária Médio
Vegetação
20 P5 Inicial Encosta Arbóreo Seco Arenoso Fina
Secundária
Vegetação Inicial a
21 P6 Encosta Arbóreo Seco Arenoso Fina
Secundária Médio
Vegetação Inicial a
22 P6 Encosta Arbóreo Seco Arenoso Média
Secundária Médio
Tabela 8.2.2.9 – Continuação Caracterização ambiental das parcelas amostrais do Levantamento Fitossociológico na área de interferência do Projeto
Condomínio Praia de Guadalupe
Abertura Infestação
Emergente
Parcela Árvores Arbustos Subarbustos Parasitas Ervas Lianas Epífitas do Por Subosque
Pontos s
Dossel Cipós
Com Ralo a
1 P5 Presentes Presentes Presentes Ausentes Presentes Presentes Ausentes Aberto Presentes
Infestação Médio
Com
2 P5 Presentes Presentes Presentes Ausentes Presentes Presentes Ausentes Aberto Presentes Infestação Ralo
Parcial
Sem
3 P5 Presentes Presentes Presentes Ausentes Presentes Presentes Ausentes Aberto Presentes
infestação
Ralo
Sem
4 P5 Presentes Presentes Presentes Ausentes Presentes Presentes Ausentes Aberto Presentes
infestação
Ralo
Sem
5 P4 Presentes Presentes Presentes Ausentes Presentes Presentes Ausentes Aberto Presentes
infestação
Médio
Sem
6 P4 Presentes Presentes Presentes Ausentes Presentes Presentes Ausentes Aberto Presentes
infestação
Médio
264
Abertura Infestação
Emergente
Parcela Árvores Arbustos Subarbustos Parasitas Ervas Lianas Epífitas do Por Subosque
Pontos s
Dossel Cipós
Sem
7 P3 Presentes Presentes Presentes Ausentes Presentes Presentes Ausentes Aberto Presentes
infestação
Ralo
Sem
8 P3 Presentes Presentes Presentes Ausentes Presentes Presentes Ausentes Aberto Presentes
infestação
Médio
Sem Ralo a
9 P3 Presentes Presentes Presentes Ausentes Presentes Presentes Ausentes Aberto Presentes
infestação Médio
Com
Parcialmente
10 P3 Presentes Presentes Presentes Ausentes Presentes Presentes Ausentes
Fechado
Presentes Infestação Ralo
Parcial
Sem
11 P4 Presentes Presentes Presentes Ausentes Presentes Presentes Ausentes Aberto Presentes
infestação
Médio
265
Representatividade da Amostragem
70
63 63
60 60
58 59 59
60 56 56
54
51 52
48
50
44
40 40
40
33
31
29
30 26
20
20 16
10
0
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
266
Destaca-se que a linha vermelha do gráfico é a média de todas as curvas
coletoras de espécies possíveis, construídas a partir da aleatorização da sequência
das amostras. As linhas azuis representam o intervalo de confiança de 95%, ou seja,
caso fossem amostradas outras parcelas na formação vegetal, a curva de rarefação
de espécies teria 95% de chance de estar nesse intervalo. Assim, a curva superior
representa a estimativa da diversidade máxima da comunidade e a curva azul inferior
a estimativa da diversidade mínima da comunidade amostrada.
A curva de rarefação de espécies por incremento no número de indivíduos
amostrados para o presente estudo (Figura 8.2.2.52) apresenta tendência à
estabilização com aproximadamente 70% dos indivíduos amostrados (317
indivíduos), onde já haviam sido registradas 82,5% das espécies (52 espécies) pelo
menos uma vez na amostragem.
Figura 8.2.2.52 - Curva de rarefação de espécies por incremento no número de indivíduos amostrados,
para o levantamento fitossociológico realizado na área de intervenção do Projeto Condomínio Praia de
Guadalupe
267
Com a finalidade de ordenar os resultados obtidos no levantamento
fitossociológico, a Tabela 8.2.2.10 apresenta a síntese dos principais parâmetros
fitossociológicos, de diversidade, volumétricos e estatísticos analisados na íntegra
para todos as parcelas de vegetação amostrada.
De acordo com a Tabela 8.2.2.10, foram registrados 453 indivíduos (1.029
por hectare) nas formações florestais inventariadas, pertencentes a 63 espécies e 41
famílias botânicas. A quantidade de espécies obtida pelo presente estudo foi 143
espécies/hectare.
O índice de diversidade de Shannon-Wiever nas formações florestais
inventariadas foi de 3,14 nats.ind-1, o índice de Simpson (C), que mede a
probabilidade de dois indivíduos selecionados ao acaso na amostra serem da mesma
espécie (BROWER & ZARR, 1984), foi de C = 0,91. O índice de equabilidade de Pielou
(J’), o qual representa a máxima diversidade, foi de J’ = 0,76, refletindo uma baixa
dominância entre as espécies.
Obs: No cálculo da altura média foram excluídos os indivíduos que apresentaram altura igual a zero.
Das 63 espécies consideradas 14 não foram identificadas ao nível de família.
Legenda: N: número de indivíduos; N/ha: número de indivíduos por hectare; AB/ha: área basal por
hectare (m2/ha); VT/ha: volume total por hectare (m 3/ha); H’: índice de diversidade de Shannon-Wiever;
C: índice de Simpson; J’: índice de equabilidade de Pielou.
268
Análise dos Resultados Gerais dos Parâmetros Fitossociológicos para
o conjunto de parcelas amostradas.
269
Tabela 8.2.2.11 - Parâmetros fitossociológicos das espécies encontradas no levantamento fitossociológico das formações florestais
inventariadas na área de interferência do Projeto Condomínio Praia de Guadalupe
Espécies Ni DA DR FA FR DoA DoR IVI IVC
Cocos nucifera L. 41 93 9,05 81,82 11,84 5,1771 37,5111 58,40 46,56
Tapirira guianensis Aubl. 113 257 24,94 68,18 9,87 3,0902 22,3902 57,20 47,33
Eschweilera ovata (Cambess.) Miers 49 111 10,82 45,45 6,58 0,5677 4,1130 21,51 14,93
Inga edulis Mart. 19 43 4,19 27,27 3,95 0,5654 4,0970 12,24 8,29
Vismia guianensis (Aubl.) Pers. 24 55 5,30 22,73 3,29 0,2386 1,7290 10,32 7,03
Bowdichia virgilioides Kunth 8 18 1,77 27,27 3,95 0,3044 2,2052 7,92 3,97
Cecropia pachystachya Trécul 7 16 1,55 27,27 3,95 0,3184 2,3070 7,80 3,85
Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill.Pera glabrata 10 23 2,21 18,18 2,63 0,3171 2,2979 7,14 4,51
Andira fraxinifolia Benth. 8 18 1,77 18,18 2,63 0,2742 1,9866 6,38 3,75
Anacardium occidentale L. 11 25 2,43 18,18 2,63 0,1723 1,2483 6,31 3,68
Cupania oblongifolia Mart. 15 34 3,31 9,09 1,32 0,1814 1,3141 5,94 4,63
Campomanesia dichotoma (O.Berg) Mattos 11 25 2,43 13,64 1,97 0,1238 0,8971 5,30 3,33
Inga sp. 10 23 2,21 4,55 0,66 0,1541 1,1164 3,98 3,32
Genipa americana L 8 18 1,77 9,09 1,32 0,1107 0,8024 3,88 2,57
Buchenavia tetraphylla (Aubl.) R.A.Howard 3 7 0,66 13,64 1,97 0,1330 0,9640 3,60 1,63
Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire et al. 10 23 2,21 4,55 0,66 0,0898 0,6504 3,52 2,86
Licania tomentosa (Benth.) Fritsch 4 9 0,88 13,64 1,97 0,0877 0,6355 3,49 1,52
Myrtaceae 8 18 1,77 9,09 1,32 0,0558 0,4047 3,49 2,17
Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand 4 9 0,88 13,64 1,97 0,0793 0,5744 3,43 1,46
Indeterminada 7 3 7 0,66 4,55 0,66 0,2815 2,0395 3,36 2,70
Byrsonima sericea DC. 4 9 0,88 13,64 1,97 0,0574 0,4159 3,27 1,30
Ocotea sp. 4 9 0,88 9,09 1,32 0,1300 0,9421 3,14 1,83
Fabaceae 6 14 1,32 4,55 0,66 0,1245 0,9021 2,88 2,23
Talisia esculenta (Cambess.) Radlk. 3 7 0,66 13,64 1,97 0,0338 0,2446 2,88 0,91
Ouratea fieldingiana(Gardner) Engl 5 11 1,10 9,09 1,32 0,0365 0,2642 2,68 1,37
Indeterminado 14 5 11 1,10 4,55 0,66 0,0987 0,7155 2,48 1,82
Miconia albicans (Sw.) Triana 3 7 0,66 9,09 1,32 0,0604 0,4378 2,42 1,10
Guapira 1 4 9 0,88 4,55 0,66 0,1150 0,8330 2,37 1,72
Casearia sp. 5 11 1,10 4,55 0,66 0,0736 0,5331 2,29 1,64
Curatella americana L. 3 7 0,66 9,09 1,32 0,0148 0,1073 2,09 0,77
Inga cayennensis Sagot ex Benth. 4 9 0,88 4,55 0,66 0,0476 0,3449 1,89 1,23
270
Espécies Ni DA DR FA FR DoA DoR IVI IVC
Byrsonima crassifolia (L.) Kunth 2 5 0,44 9,09 1,32 0,0144 0,1042 1,86 0,55
Tocoyena brasiliensis Mart. 2 5 0,44 9,09 1,32 0,0093 0,0673 1,82 0,51
Indeterminado 13 3 7 0,66 4,55 0,66 0,0605 0,4386 1,76 1,10
Andira nitida Mart. ex Benth 1 2 0,22 4,55 0,66 0,1042 0,7549 1,63 0,98
Hancornia speciosa Gomes 1 2 0,22 4,55 0,66 0,0861 0,6239 1,50 0,84
Euphobiacaeae 2 5 0,44 4,55 0,66 0,0474 0,3433 1,44 0,78
Indeterminada 8 1 2 0,22 4,55 0,66 0,0651 0,4717 1,35 0,69
Ocotea notata (Nees & Mart.) Mez 2 5 0,44 4,55 0,66 0,0325 0,2354 1,33 0,68
Indeterminada 1 2 5 0,44 4,55 0,66 0,0202 0,1461 1,25 0,59
Thyrsodium spruceanum Benth. 2 5 0,44 4,55 0,66 0,0146 0,1059 1,21 0,55
Siparuna sp. 2 5 0,44 4,55 0,66 0,0122 0,0887 1,19 0,53
Syzygium cumini (L.) Skeels 1 2 0,22 4,55 0,66 0,0294 0,2128 1,09 0,43
Luehea paniculata Mart. & Zucc. 1 2 0,22 4,55 0,66 0,0226 0,1639 1,04 0,38
Indeterminada 11 1 2 0,22 4,55 0,66 0,0168 0,1219 1,00 0,34
Indeterminado 6 1 2 0,22 4,55 0,66 0,0168 0,1219 1,00 0,34
Indeterminado 12 1 2 0,22 4,55 0,66 0,0152 0,1102 0,99 0,33
Indeterminada 3 1 2 0,22 4,55 0,66 0,0147 0,1064 0,99 0,33
Indeterminada 4 1 2 0,22 4,55 0,66 0,0142 0,1027 0,98 0,32
Indeterminada 10 1 2 0,22 4,55 0,66 0,0104 0,0755 0,95 0,30
Cordia sellowiana Cham. 1 2 0,22 4,55 0,66 0,0103 0,0745 0,95 0,30
Indeterminada 2 1 2 0,22 4,55 0,66 0,0092 0,0663 0,94 0,29
Indeterminada 5 1 2 0,22 4,55 0,66 0,0092 0,0663 0,94 0,29
Indeterminada 9 1 2 0,22 4,55 0,66 0,0076 0,0551 0,93 0,28
Cupania racemosa (Vell.) Radlk 1 2 0,22 4,55 0,66 0,0075 0,0545 0,93 0,28
Meliaceae 1 2 0,22 4,55 0,66 0,0057 0,0415 0,92 0,26
Annonaceae 1 2 0,22 4,55 0,66 0,0057 0,0415 0,92 0,26
Eugenia sp. 1 2 0,22 4,55 0,66 0,0052 0,0379 0,92 0,26
Psidium guineense Swartz. 1 2 0,22 4,55 0,66 0,0052 0,0374 0,92 0,26
Guatteria pogonopus Mart. 1 2 0,22 4,55 0,66 0,0051 0,0371 0,92 0,26
Myrcia1 1 2 0,22 4,55 0,66 0,0050 0,0365 0,92 0,26
Myrcia 2 1 2 0,22 4,55 0,66 0,0041 0,0295 0,91 0,25
Gustavia augusta L. 1 2 0,22 4,55 0,66 0,0003 0,0021 0,88 0,22
Obs: Das 63 espécies levantadas 14 são compostas por espécies indeterminadas ao nível de família
271
Ou seja, nas 10 espécies mais importantes classificadas segundo o IVI
(Índice de Valor de Importância) resultantes dos levantamentos fitossiocológicos
realizados, predominam espécies florestais, pioneiras e generalistas, além, da
principal espécie ocorrente em quase toda a área, a espécie exótica e invasora Cocos
nucifera, introduzida no Brasil há mais de 500 anos e muito comum no litoral
nordestino. A seguir se descreverá brevemente e em ordem decrescente cada uma
destas 10 espécies, para a elaboração de um panorama acerca das formações
vegetais da área.
Cocos nucifera é uma espécie trazida pelos portugueses em 1553,
proveniente do Cabo Verde, tendo o seu plantio inicial no estado da Bahia, espalhou-
se posteriormente pelo litoral nordestino. Com a chegada dos escravos de
Moçambique, onde o aproveitamento do leite de coco e a feitura de pratos com o fruto
já eram práticas comuns, é que se iniciou a criação dos pratos da tradicional culinária
afro-brasileira. É a única espécie classificada no gênero Cocos, podendo ser
considerada uma espécie invasora, com uma grande capacidade de sobrevivência e
dispersão natural, é tolerante a vários tipos de solo e à alta salinidade.
Tapirira guianensis, conhecida como copiúva, cupiúva, foi a segunda
espécie mais importante e também a de maior número de indivíduos verificados nessa
amostragem. Pertencente à família Anacardiaceae, é citada por LORENZI (1992)
como de ocorrência comum em "todo território brasileiro" e apesar de muito
característica da floresta ombrófila de terras baixas, pode ser encontrada em várias
formações secundárias, em várzeas e beira de rios.
272
Dentre as espécies arbóreas ocorrentes na Floresta Atlântica, Eschweilera
ovata (biriba, embiribeira) - Lecythidaceae, é de relevância tanto ecológica quanto
socioeconômica. A espécie é climácica, mas atua como pioneira antrópica na
ocupação de áreas degradadas e é considerada por MONTAGNINI et al. (1995), como
espécie chave em processos de restauração florestal, contribuindo para a reabilitação
do solo através do incremento de carbono e nitrogênio. Característica e exclusiva das
matas pluviais Atlântica e Amazônica, ela apresenta distribuição disjunta entre o leste
da Amazônia e o leste do Brasil (LORENZI, 1998; MORI e PRANCE, 1990). A espécie
é comum e pode ocorrer em densidades consideravelmente elevadas. MORI e
PRANCE (1983) estimaram 16 indivíduos por ha com DAP ≥ 10 cm em estudo
realizado no sul da Bahia, enquanto SOUZA et al. (1996) observaram 39,1 indivíduos
por hectare na mesma região.
Inga vera é uma espécie pioneira ou inicial de sucessão (LORENZI, 2002;
TOLEDO FILHO et al., 1997), característica e preferencial nas margens de rios, onde
muitas vezes é dominante em barrancos e em outros ecossistemas aquáticos. Em
geral, os ingás preferem nascer às margens dos rios, devido à grande quantidade de
sementes levadas e depositadas nas várzeas pelas enchentes. Ocorre quase que
exclusivamente em formações secundárias (capoeiras e capoeirões), sendo comuns
na floresta estacional semidecidual, na floresta ombrófila densa, principalmente nas
matas ciliares.
Vismia guianensis é uma espécie conhecida popularmente no Brasil como
lacre. É formada por árvores pioneiras pequenas a médias, de até 15 metros de altura
e 25 cm de diâmetro, tem seu hábitat preferencial em florestas tropicais de baixa
altitude. Sendo considerada muito frequente em florestas ombrófilas de terras baixas
(OLIVEIRA-FILHO et al., 2006).
Bowdichia virgilioides, conhecida vulgarmente com sucupira-preta é uma
espécie arbórea pertencente à família Fabaceae com ampla dispersão pelo Brasil. É
considerada uma planta pioneira, decídua, heliófita e xerófita, adaptada a terrenos
secos e pobres (BRANDÃO & FERREIRA, 1991; LORENZI, 1992
Cecropia pachystachya é uma espécie pioneira, especialmente ocorrente
nas bordas ou em clareiras daa áreas florestais, onde realiza os primeiros estágios de
regeneração da mata. Pioneira, cresce e se reproduz rapidamente, completando seu
ciclo e morrendo muitas vezes em menos de 10 anos.
273
Pera glabrata é uma árvore que apresenta ampla distribuição no Brasil. A
espécie é de importância para a conservação e recuperação de áreas degradadas,
pois está presente em áreas impactadas, produz e dispersa grande quantidade de
sementes e constitui-se em fonte alimentar para elevado número de espécies animais.
É uma planta perenifólia, heliófita, encontrada tanto em terrenos bem drenados de
topos de morros, como em matas ciliares. Apesar de pioneira, também é
frequentemente encontrada no interior da floresta primária densa.
O angelim ou Andira fraxinifolia é uma espécie de pequeno porte, de altura
que varia entre 6 e 12 metros, típica dos biomas da mata atlântica e cerrado. De
ocorrência restrita a capoeiras e formações secundárias, raramente é encontrada no
interior das florestas. Essa espécie prefere os solos mais úmidos. Suas flores são de
coloração rósea e os frutos são muito procurados por morcegos. A madeira do angelim
é dura, resistente e de grande durabilidade.
O cajueiro, Anacardium occidentale, é uma árvore originária da América do
Sul, em particular da região nordeste do Brasil, sendo largamente espalhada pela faixa
litorânea da zona tropical e subtropical do Brasil. Pode atingir entre 5 e 12 metros de
altura, apresentando uma copa proporcional ao seu tamanho, arredondada, chegando
a alcançar o solo. O seu tronco é tortuoso e ramificado. As folhas são grandes,
coriáceas, obovadas ou oblongas, de cor rosada quando jovens e verde
posteriormente, quando completamente formadas.
Conforme apresentado na Tabela 8.2.2.12 as 10 espécies mais importantes
do levantamento fitossiocológico realizado, somam um valor de importância (VI%) de
65,07%, enquanto que a dominância relativa (DoR) do mesmo conjunto de espécies
soma 79,88 % revelando uma alta dominância na composição da estrutura horizontal
das comunidades estudadas.
Esse resultado, de certo modo reflete a alta dominância relativa das duas
espécies mais comuns na área, o coco (Cocos nucifera) e o tapiriri (Tapirira
guianensis) que possuem valores de respectivamente, 37,5 e 22,4 na amostragem
estudada, ou seja, em termos de área basal o coco representa quase 40% da área de
todas as parcelas amostradas e o tapiriri 22% da área. Já em relação a frequência
relativa as duas espécies somadas compõe 21,7 da amostragem, enquanto que a
densidade relativa é de 34%, nesse caso a maior densidade é do tapiri com 25% (113
espécies) enquanto que o coco (41 espécies) possue 9% de densidade relativa.
274
Em termos de riqueza, as famílias com maior importância para o presente
estudo foram Fabaceae e Mirtácea com 7 espécies cada uma, seguidas por
Anacardiaceae e Sapindaceae com 3 espécies.
A Figura 8.2.2.53 apresenta a distribuição da riqueza de espécies entre as
famílias registradas nas formações florestais inventariadas na ADA e na AID do
Projeto Condomínio Praia de Guadalupe.
8
275
70,00%
60,00%
50,00%
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
0-6 6-12 12-18 18-24
Figura 8.2.2.54 - Distribuição Percentual da altura (m) dos indivíduos levantados.
Fonte: Projetec, 2016
70,00%
60,00%
50,00%
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
0-10 10-20 20-30 30-40 40-50
276
Como resultado têm-se que aproximadamente 60% dos indivíduos
levantados possuem alturas de 6 a 12 metros e e 10% até 6 metros, o que mostra um
percentual de 70% de ndivíduos com altura até 12 metros. Adicione-se a esse
resultado mais 29% de indivíduos com altura entre 12 a 18 metros, tem-se como
resultado final que 99% dos indvíduos possuem até 18 metros de altura. Por outro
lado, o intervalo de DAP entre 0 a 10 centímetros foi encontrado em 65% dos
indivíduos, somando-se a esse resultado os 22% de indvíduos com DAP entre 10 e
20 cm, têm-se que o conjunto de todas as 22 parcelas somadas apresentam 87% dos
indivíduos com DAPs até 20 cm. Estes resultados são muito relevantes e indicam que,
de modo geral, as espécies das comunidades florestais se encontram em processo
de sucessão secundária, predominantemente, em estágio inicial a médio.
277
contemplando o máximo de fitofisionomias e/ou paisagens possível. Os pontos
selecionados foram descritos no item 8.2.2.1, e serão analisados para caracterizar o
estágio de sucessão das comunidades, utilizando-se, com base em parâmetros
fitossociológicos como: diâmetro à altura do peito, altura densidade, dominância,
frequência, valor de importância e valor de cobertura, além do índice de diversidade
de Shannon, índice de Pielou e índice de Simpson considerando os critérios
estabelecidos na Resolução Conama n0 31 de 1994, que define vegetação primária
e secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração da Mata
Atlântica, a fim de orientar os procedimentos de licenciamento de atividades florestais
no Pernambuco.
Nesse sentido os pontos de amostragem correspondentes às
fitofisionomias P1 a P7 e AID (correspondente a agregação dos pontos AID1 e AID2)
encontram-se comparados nas Figura 8.2.2.56 e 8.2.2.57.
80,00%
70,00%
60,00%
50,00%
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
12-18
12-18
12-18
12-18
18-24
12-18
12-18
12-18
0-6
0-6
0-6
0-6
0-6
0-6
0-6
6-12
6-12
6-12
6-12
6-12
6-12
6-12
AID P2 P3 P4 P5 P6 P7
Figura 8.2.2.56 - Distribuição Percentual da altura por classes de fitofisionomia
Fonte: Projetec, 2016
278
Observando-se a Figura 8.2.2.56 têm-se que os pontos P7 e P3
apresentam os maiores percentuais de indivíduos com alturas entre 6 e 12 metros,
cerca de 72% e 70%, respectivamente. No entanto, o ponto P5 considerando os
intervalos de altura entre 0 a 6 e 6 a 12 possui cerca de 78% das espécies com até
12 metros de altura, assim como P6, P7 e P3 possuem percentuais semelhantes. Por
outro lado, P2, P4 e AID possuem maior percentual de árvores mais altas com alturas
percentuais de cerca de 49%, 38% e 30%, respectivamente.
A presença de espécies nos diferentes estratos é de fundamental
importância fitossociológica, pois uma espécie tem presença assegurada na estrutura
e dinâmica da floresta, quando se encontra representada em todos seus estratos
(LONGHI, 1987).
A Figura 8.2.2.57 apresenta uma comparação entre as classes de DAP
(Diâmetro à Altura do Peito) por ponto de amostragem, ou seja, pelo conjunto de
parcelas amostradas em cada fitofisinomia.
90,00%
80,00%
70,00%
60,00%
50,00%
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
10-20
10-20
20-30
30-40
10-20
20-30
20-30
30-40
10-20
20-30
10-20
20-30
30-40
10-20
20-30
30-40
40-50
10-20
20-30
30-40
0-10
0-10
0-10
0-10
0-10
0-10
0-10
AID P2 P3 P4 P5 P6 P7
279
Ao observar a Figura 8.2.2.57, verifica-se que em todas as parcelas os
valores de DAP até 10 cm foram dominantes sobre todos os demais valores. Verifica-
se, ainda que, em todos os pontos amostrados, o intervalo diamétrico entre 0-10 cm
foi acima de 50% das espécies amostradas, excluindo-se apenas o ponto AID, que
ficou em torno de 47-48%. O ponto AID também apresentou maior equilíbrio nas
outras distribuições diamétricas até 40 metros de DAP, todas em torno de 18%,
refletindo que a estrutura deste fragmento de floresta de restinga é ligeiramente mais
complexa que a dos pontos que apresentam algumas classes diamétricas quase
inexistentes.
O ponto P2 apresenta cerca de 55% de espécies com DAP entre 0-10 cm
e 36% entre 10-20 cm de DAP e nenhum espécime acima de 30 cm.
O ponto P3 apresentou mais de 60% das espécies com intervalo diamétrico
entre 0-10 cm; P4 e P5 mais de 70% das espécies com medidas entre 0 a 10 cm de
DAP.
Estes resultados são bem representativos da estrutura, bastante alterada e
degradada, destas formações florestais. Por outro lado, ainda que impactadas, P6 e
P7 demonstraram resultados estruturais comparativamente superiores com pouco
mais de 50% das espécies com medidas entre 0 a 10 cm de DAP e cerca de 48% de
DAPs maiores que 10 cm. Ressalta-se aqui o ponto P6 como o único detentor de
árvores com DAPs superiores a 40 centímetros.
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
AID P2 P3 P4 P5 P6 P7
280
Ainda para se vislumbrar um panorama estrutural das formações vegetais
da área avaliou-se os Índices de valor de importância das 5 espécies mais importantes
e representativas por ponto de amostragem. De acordo com a Figura 8.2.2.58, o coco
(Cocos nucifera) é a espécies mais evidenciada na maioria dos pontos.
No ponto P5, o coco representa 30% da amostra em termos de
importância; cerca de 23% em P7, e 21% em P4. O coco possui menor valor de
importância nos pontos AID, cerca de 1% e P6 com cerca de 17% de valor de
importância. Relevante também são os valores de importância do tapiriri (Tapirira
guianensis) em todos as fitofisinomias estudadas, e com maior importância nos pontos
P7, P6 e P4. Em P2, o Inga edulis e a Vismia guianensis foram as espécies com maior
valor de importância.
A Figura 8.2.2.59 apresenta a riqueza de espécies de cada fitofisinomia
estimada. A riqueza é composta pelo número de espécies de cada ponto.
40
35
30
25
20
15
10
0
AID P2 P3 P4 P5 P6 P7
Figura 8.2.2.59 - Riqueza por espécies fitofisionomia
Fonte: Pojetec, 2016
281
O Índice de Diversidade de Shanonn-Wiever é notadamente o mais usado
para indicar a diversidade das espécies de uma comunidade vegetal pelo fato de
combinar o número de espécies presentes e a densidade relativa da espécie em um
único valor. Este índice atinge seu máximo quando todas as espécies se encontram
regularmente distribuídas, ou seja, no máximo de homogeneidade estrutural de uma
formação vegetal.
3,000 2,815
2,565
2,500 2,377
2,060
2,000 1,838 1,827
1,500 1,408
1,000
0,500
0,000
AID P2 P3 P4 P5 P6 P7
282
1,000 0,95
0,89 0,86
0,900 0,79 0,82 0,79
0,800
0,67
0,700
0,600
0,500
0,400
0,300
0,200
0,100
0,000
AID P2 P3 P4 P5 P6 P7
1,000 0,925
0,900
0,767 0,797 0,781 0,781 0,793
0,800 0,724
0,700
0,600
0,500
0,400
0,300
0,200
0,100
0,000
AID P2 P3 P4 P5 P6 P7
283
8.2.2.3.2 Fauna – ADA/AID
a) Avifauna
284
Tabela 8.2.2.13 - Espécies de aves registradas durante a campanha de amostragem realizada em janeiro de 2016 na ADA e AID do empreendimento. Guilda:
ON - onívoro, FR - frugívoro, GR - granívoro, IN - insetívoro, CA - carnívoro, DE - detritívoro, NE - nectarívoro e PI - piscívoro; vulnerabilidade: B - baixa, M -
média e A - alta; dependência - N - não-dependente, D - semi-dependente e D - dependente; conservação: N - não ameaçada e VU - vulnerável (pela lista
nacional); e ocorrência: R - residente; VN - visitante sazonal, oriundo do hemisfério Norte e E - espécie endêmica do Brasil.
Ordem Família Nome do Táxon Nome em Português Guilda Vuln Depen Conserv Ocorrência
Dendrocygna viduata (Linnaeus, 1766) irerê ON B N N R
Anseriformes Anatidae
Amazonetta brasiliensis (Gmelin, 1789) ananaí ON B N N R
Butorides striata (Linnaeus, 1758) socozinho ON B N N R
Pelecaniformes Ardeidae Ardea alba Linnaeus, 1758 garça-branca ON B N N R
Egretta thula (Molina, 1782) garça-branca-pequena ON B N N R
Cathartes aura (Linnaeus, 1758) urubu-de-cabeça-vermelha DE B N N R
Cathartiformes Cathartidae Cathartes burrovianus Cassin, 1845 urubu-de-cabeça-amarela DE M N N R
Coragyps atratus (Bechstein, 1793) urubu DE B N N R
Gampsonyx swainsonii Vigors, 1825 gaviãozinho CA B N N R
Accipitriformes Accipitridae
Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) gavião-carijó CA B N N R
Rallus longirostris Boddaert, 1783 saracura-matraca ON A D N R
Aramides cajaneus (Statius Muller, 1776) saracura-três-potes ON A S N R
Laterallus viridis (Statius Muller, 1776) sanã-castanha ON B S N R
Gruiformes Rallidae
Laterallus exilis (Temminck, 1831) sanã-do-capim ON B N N R
Mustelirallus albicollis (Vieillot, 1819) sanã-carijó ON M N N R
Porphyrio martinicus (Linnaeus, 1766) frango-d'água-azul ON B N N R
Vanellus chilensis (Molina, 1782) quero-quero ON B N N R
Charadriidae Pluvialis squatarola (Linnaeus, 1758) batuiruçu-de-axila-preta ON M N N VN
Charadrius semipalmatus Bonaparte, 1825 batuíra-de-bando ON M N N VN
Charadriiformes
Tringa semipalmata (Gmelin, 1789) maçarico-de-asa-branca ON B N N VN
Scolopacidae
Tringa flavipes (Gmelin, 1789) maçarico-de-perna-amarela ON B N N VN
Jacanidae Jacana jacana (Linnaeus, 1766) jaçanã ON B N N R
Columbiformes Columbidae Columbina passerina (Linnaeus, 1758) rolinha-cinzenta GR B N N R
285
Ordem Família Nome do Táxon Nome em Português Guilda Vuln Depen Conserv Ocorrência
Columbina talpacoti (Temminck, 1810) rolinha GR B N N R
Columbina squammata (Lesson, 1831) fogo-apagou GR B N N R
Columba livia Gmelin, 1789 pombo-doméstico GR B N N R
Patagioenas cayennensis (Bonnaterre, 1792) pomba-galega GR M S N R
Leptotila verreauxi Bonaparte, 1855 juriti-pupu GR M S N R
Piaya cayana (Linnaeus, 1766) alma-de-gato ON B S N R
Crotophaga ani Linnaeus, 1758 anu-preto ON B N N R
Cuculiformes Cuculidae
Guira guira (Gmelin, 1788) anu-branco ON B N N R
Coccyzus melacoryphus Vieillot, 1817 papa-lagarta ON B S N R
Tytonidae Tyto furcata (Temminck, 1827) suindara CA B N N R
Megascops choliba (Vieillot, 1817) corujinha-do-mato IN B S N R
Strigiformes
Strigidae Glaucidium brasilianum (Gmelin, 1788) caburé CA B D N R
Athene cunicularia (Molina, 1782) coruja-buraqueira CA B N N R
Nyctibiidae Nyctibius griseus (Gmelin, 1789) urutau IN B S N R
Antrostomus rufus (Boddaert, 1783) joão-corta-pau IN B S N R
Caprimulgiformes Lurocalis semitorquatus (Gmelin, 1789) tuju IN M S N R
Caprimulgidae
Nyctidromus albicollis (Gmelin, 1789) bacurau IN B N N R
Hydropsalis torquata (Gmelin, 1789) bacurau-tesoura IN B S N R
Amazilia leucogaster (Gmelin, 1788) beija-flor-de-barriga-branca NE B S N R
Apodiformes Trochilidae
Anthracothorax nigricollis (Vieillot, 1817) beija-flor-de-veste-preta NE B S N R
Alcedinidae Megaceryle torquata (Linnaeus, 1766) martim-pescador-grande PI B N N R
Coraciiformes
Alcedinidae Chloroceryle americana (Gmelin, 1788) martim-pescador-pequeno PI B N N R
Galbulidae Galbula ruficauda Cuvier, 1816 ariramba IN B S N R
Galbuliformes
Bucconidae Nystalus maculatus (Gmelin, 1788) rapazinho-dos-velhos IN M S N R, E
Veniliornis passerinus (Linnaeus, 1766) pica-pau-pequeno IN B S N R
Piciformes Picidae Colaptes melanochloros (Gmelin, 1788) pica-pau-verde-barrado IN B S N R
Dryocopus lineatus (Linnaeus, 1766) pica-pau-de-banda-branca IN B S N R
286
Ordem Família Nome do Táxon Nome em Português Guilda Vuln Depen Conserv Ocorrência
Caracara plancus (Miller, 1777) carcará CA B N N R
Falconiformes Falconidae Milvago chimachima (Vieillot, 1816) carrapateiro CA B N N R
Herpetotheres cachinnans (Linnaeus, 1758) acauã CA B S N R
Diopsittaca nobilis (Linnaeus, 1758) maracanã-pequena FR M S N R
Aratinga jandaya (Gmelin, 1788) jandaia FR M S N R, E
Psittaciformes Psittacidae Eupsittula aurea (Gmelin, 1788) periquito-rei FR M S N R
Eupsittula cactorum (Kuhl, 1820) periquito-da-caatinga FR M S N R, E
Forpus xanthopterygius (Spix, 1824) tuim FR B N N R
Formicivora grisea (Boddaert, 1783) papa-formiga-pardo IN B S N R
Thamnophilidae
Thamnophilus torquatus Swainson, 1825 choca-de-asa-vermelha IN B N N R
Dendrocolaptidae Dendroplex picus (Gmelin, 1788) arapaçu-de-bico-branco IN B S N R
Tityridae Pachyramphus polychopterus (Vieillot, 1818) caneleiro-preto IN B S N R
Tolmomyias flaviventris (Wied, 1831) bico-chato-amarelo IN B S N R
Rhynchocyclidae
Todirostrum cinereum (Linnaeus, 1766) ferreirinho-relógio IN B S N R
Camptostoma obsoletum (Temminck, 1824) risadinha IN B N N R
Elaenia flavogaster (Thunberg, 1822) guaracava-de-barriga-amarela ON B S N R
Elaenia cristata Pelzeln, 1868 guaracava-de-topete-uniforme ON M N N R
Passeriformes Elaenia chiriquensis Lawrence, 1865 chibum ON B N N R
Myiarchus ferox (Gmelin, 1789) maria-cavaleira IN B S N R
Tyrannidae Myiarchus tyrannulus (Statius Muller, 1776) maria-cavaleira-de-rabo-enferrujado IN B S N R
Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766) bem-te-vi IN B N N R
Megarynchus pitangua (Linnaeus, 1766) neinei IN M S N R
Tyrannus melancholicus Vieillot, 1819 suiriri IN B N N R
Machetornis rixosa (Vieillot, 1819) suiriri-cavaleiro IN B N N R
Fluvicola nengeta (Linnaeus, 1766) lavadeira-mascarada IN B N N R
Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789) pitiguari IN B S N R
Vireonidae
Vireo chivi (Vieillot, 1817) juruviara IN B S N R
287
Ordem Família Nome do Táxon Nome em Português Guilda Vuln Depen Conserv Ocorrência
Stelgidopteryx ruficollis (Vieillot, 1817) andorinha-serradora IN B N N R
Hirundinidae
Progne tapera (Vieillot, 1817) andorinha-do-campo IN B N N R
Troglodytidae Troglodytes musculus Naumann, 1823 corruíra ON B N N R
Polioptilidae Polioptila plumbea (Gmelin, 1788) balança-rabo-de-chapéu-preto IN M S N R
Turdidae Turdus leucomelas Vieillot, 1818 sabiá-branco ON B S N R
Mimus gilvus (Vieillot, 1807) sabiá-da-praia ON B N N R
Mimidae
Mimus saturninus (Lichtenstein, 1823) sabiá-do-campo ON B N N R
Icteridae Molothrus bonariensis (Gmelin, 1789) chupim ON B N N R
Tangara fastuosa (Lesson, 1831) pintor-verdadeiro FR M D VU R, E
Tangara sayaca (Linnaeus, 1766) sanhaço-cinzento FR B S N R
Tangara palmarum (Wied, 1821) sanhaço-do-coqueiro FR B S N R
Tangara cayana (Linnaeus, 1766) saíra-amarela FR M N N R
Conirostrum bicolor (Vieillot, 1809) figuinha-do-mangue IN B S N R
Hemithraupis guira (Linnaeus, 1766) saíra-de-papo-preto ON B D N R
Thraupidae
Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766) tiziu GR B N N R
Tachyphonus rufus (Boddaert, 1783) pipira-preta FR B D N R
Cyanerpes cyaneus (Linnaeus, 1766) saíra-beija-flor FR B S N R
Dacnis cayana (Linnaeus, 1766) saí-azul FR B S N R
Coereba flaveola (Linnaeus, 1758) cambacica NE B S N R
Sporophila nigricollis (Vieillot, 1823) baiano GR B N N R
Fringillidae Euphonia violacea (Linnaeus, 1758) gaturamo FR B D N R
Estrildidae Estrilda astrild (Linnaeus, 1758) bico-de-lacre GR B N N R
Passeridae Passer domesticus (Linnaeus, 1758) pardal GR B N N R
288
Com base nos resultados obtidos, nos levantamentos realizados na ADA e
AID do empreendimento é possível identificar avifaunas com diferentes características
associadas aos ambientes de transição:
Praia/manguezal/apicum,
Restinga/floresta ombrófila, além daquela avifauna típica de
Ambientes antrópicos, como, por exemplo, os coqueirais (sem regeneração
de vegetação nativa) e vegetação peridomiciliar.
289
aves registradas durante o estudo têm sua ocorrência naquela paisagem, determinada
por esses ambientes, o que é previsível, visto que ambas fisionomias vegetais compõe
grande parte das áreas. Conforme já mencionado, é importante notar que a fauna
desses ambientes era composta por espécies tipicamente florestais, seja do sub-
bosque ou das bordas (copa e borda), que em grande parte desapareceram da ADA
e AID em decorrência do histórico de exploração antrópica. Embora alguns elementos
tenham sido eliminados da avifauna da área de estudo, como as espécies do sub-
bosque florestal, ainda são identificadas espécies típicas de ambientes de copa/borda
da Mata Atlântica, caso do pintor-verdadeiro (Tangara fastuosa).
Embora ocorram na área de estudo formações vegetais de restinga e de
floresta ombrófila em diferentes estados de conservação (ex. formações em estágios
inicial e médio de sucessão), não é possível, a partir de dados levantados, identificar
diferenças entre as avifaunas. Todas as espécies registradas nessas formações
florestais ocorrem tanto na restinga quanto na floresta ombrófila, tanto em formações
em estágio inicial de regeneração, quanto em formações que se encontram em
estágio médio. Isso se dá, principalmente, pela eliminação daquela paisagem, das
espécies exclusivas do sub-bosque florestal. Essas espécies quando ocorrem, estão
associadas, principalmente, aos ambientes em melhor estado de conservação
(estágios médio e avançado de regeneração), não ocorrendo em formações que se
encontram nos estágios pioneiro/inicial, em razão da estrutura dessas formações.
Em razão do histórico de exploração da área, os remanescentes de
vegetação nativa têm origem secundária, portanto, as espécies de aves que ocorrem
atualmente associadas a esses ambientes são decorrentes do processo de imigração.
Como as espécies do sub-bosque (muitos tinamídeos, tamnofilídeos,
dendrocolaptídeos, furnarídeos e tyranídeos, entre outros) apresentam baixa
capacidade de dispersão por ambientes não-florestais não conseguem recolonizar
essas áreas. Apenas espécies com maior capacidade de dispersão conseguem
realizar esse processo.
Por fim, identifica-se, ainda, aquela avifauna típica de ambientes
antropizados. Essa avifauna se distingue das demais, principalmente pela ausência
de várias das espécies que ocorrem nos outros ambientes. Se distingue, também,
pela ocorrência de poucas espécies exclusivas, típicas de ambientes antrópicos, caso
das espécies exóticas: pombo-doméstico (Columba livia), pardal (Passer domesticus)
e o bico-de-lacre (Estrilda astrid). No geral é composta por espécies de alta resiliência,
290
ampla distribuição geográfica e, que em alguns casos é beneficiada pelo processo de
antropização, ampliando sua distribuição com o avanço da ocupação humana.
Figura 8.2.2.63- Distribuição dos registros das espécies de aves ao longo do período de amostragem
80
70
No de Espécies (Lista de
60
Mackinnon)
50
40
30
20
10
0
Fonte: Projetec, 2016
291
pelas demais espécies de aves que foram registradas, exclusivamente, durante o
período dedicado à amostragem de cunho apenas qualitativo, ou seja, 29 espécies
(totalizando 100 espécies; ver Tabela 8.2.2.2).
Entende-se, entretanto, que os resultados obtidos constituem uma sólida
base de dados, que permite a caracterização da comunidade de aves das áreas sob
influência do empreendimento, assim como uma adequada avaliação de impactos
ambientais sobre essa comunidade.
90
80
Espécies (%)
70
60
50
40
30
20
10
0
Espécies
Figura 8.2.2.64 - Frequência das espécies de aves registradas na AID e ADA do empreendimento
292
Na Figura 8.2.2.65 são apresentadas as 15 espécies que apresentaram
maior frequência de registro nas listas elaboradas durante os levantamentos
realizados na área de estudo.
Tyrannus melancholicus
Tangara sayaca
Caracara plancus
Tangara cayana
Amazilia leucogaster
Coereba flaveola
Crotophaga ani
Turdus leucomelas
Troglodytes musculus
Elaenia flavogaster
Vireo chivi
Tangara palmarum
Columbina squammata
Cyclarhis gujanensis
Pitangus sulphuratus
0 20 40 60 80 100
Figura 8.2.2.65 - Lista das quinze espécies de aves que apresentaram maior frequência de registros
durante os levantamentos realizados na AID e ADA do empreendimento
Fonte: Projetec, 2016
293
As análises de (1) dependência de ambientes florestais e (2)
vulnerabilidade a alterações ambientais contribuem muito para a análise do estado de
conservação de uma comunidade de aves. A avifauna de regiões de Mata Atlântica,
como aquela onde se encontra inserido o empreendimento, se caracteriza pela
predominância de espécies de aves dependentes e semi-dependentes de florestas e
de alta e média vulnerabilidade a alterações ambientais.
O processo de antropização implica, necessariamente, em mudanças na
estrutura e composição da avifauna. Em formações de Mata Atlântica mais
comprometidas pela ação humana verifica-se a redução da participação de espécies
dependentes de ambientes florestais e de maior vulnerabilidade a alterações
ambientais (alta e média vulnerabilidade). Ou seja, as espécies ecologicamente mais
exigentes reduzem sua participação na comunidade em favor daquelas espécies mais
tolerantes, que apresentam maior resiliência. Quanto mais intensas são as
modificações impostas ao ambiente, mas severas são essas mudanças na avifauna.
Assim, com o objetivo de avaliar a atual composição da comunidade de
aves da ADA e AID do empreendimento foi realizada a classificação das espécies de
aves registradas quanto aos níveis de dependência de ambientes florestais e quanto
às categorias de vulnerabilidade a alterações ambientais propostas por STOTZ et al.
(1996). Os resultados dessas análises são apresentados na Figura 8.2.2.66.
294
6%
A
52% 42%
2%
17% B
81%
Figura 8.2.2.66 - Distribuição das espécies de aves registradas na AID e ADA do empreendimento em
relação aos níveis de dependência de ambientes florestais (A) e de vulnerabilidade a alterações
ambientais (B)
295
Conforme pode ser observado na Figura 8.2.2.66 a comunidade de aves
da AID e ADA do empreendimento é formada, predominantemente, por espécies de
aves que não exibem qualquer dependência de ambientes florestais. Este grupo
representa 52% do total de espécies registradas. Entre essas espécies estão espécies
amplamente distribuídas como o gavião-carijó (Rupornis magnirostris), o quero-quero
(Vanellus chilensis), a fogo-apagou (Columbina squammata), o risadinha
(Camptostoma obsoletum), o suiriri-cavaleiro (Machetornis rixosa) e o baiano
(Sporophila nigricollis).
Por outro lado, as espécies que apresentam alguma dependência de
ambientes florestais representam apenas 48% da avifauna, sendo 42% representados
por espécies semi-dependentes de ambientes florestais e apenas 8% consideradas
dependentes. Entre as espécies semi-dependentes podemos citar como exemplo, a
mãe-da-lua (Nyctibius griseus), o pica-pau-verde-barrado (Colaptes melanochloros),
a pomba-galega (Patagioenas cayennensis), o beija-flor-de-veste-preta
(Anthracothorax nigricollis), o caneleiro-preto (Pachyramphus polychopterus) e o saí-
azul (Dancis cayana). E como exemplo das espécies consideradas dependentes de
ambientes florestais citamos a saracura-matraca (Rallus longirostris), a caburé
(Glaucidium brasilianum), a saíra-de-papo-preto (Hemithraupis guira) e o pintor-
verdadeiro (Tangara fastuosa), espécie endêmica e ameaçada.
É importante destacar que mesmo as espécies consideradas dependentes
de ambientes florestais exibem grande capacidade de dispersão. Mesmo nos
ambientes que se encontram em estágio médio de regeneração, não foram
identificadas espécies de menor capacidade de dispersão, típicas do sub-bosque
florestal. Tal fato deve-se, muito provavelmente, à origem secundária desses
remanescentes. Ou seja, as espécies dependentes e semi-dependentes de ambientes
florestais que foram registradas na área são produto do processo de imigração,
portanto, têm, necessariamente, que apresentar uma maior capacidade de dispersão
por ambientes não-florestais.
Outra variável importante para a caracterização da comunidade é sua
composição quanto à vulnerabilidade a alterações ambientais. Naturalmente,
conforme mencionado, grande parte das espécies de aves de ambientes de Mata
Atlântica em bom estado de conservação apresentam média e alta vulnerabilidade a
alterações ambientais. Tal padrão deve-se ao fato de que a avifauna das florestas
tropicais é, de maneira geral, altamente especializada, em virtude da grande
296
diversidade de habitats e recursos, complexidade estrutural e produtividade desses
ambientes.
A grande maioria das espécies registradas são consideradas de baixa
vulnerabilidade, ou seja, são mais tolerantes às alterações ambientais promovidas
pelo homem. Este grupo de aves representa 81% do total de espécies. Entre essas
aves, predominam espécies de ampla distribuição e que não possuem qualquer
dependência de ambientes florestais, como a garça-branca-pequena (Egretta thula),
o frango-d'água-azul (Porphyrio martinicus), a rolinha (Columbina talpacoti) a coruja-
buraqueira (Athene cunicularia), suiriri (Tyrannus melancholicus).e o tiziu (Volatinia
jacarina). É neste grupo, também que se encontram espécies exóticas como a pomba-
doméstica (Columba livia), o bico-de-lacre (Estrilda astrild) e o pardal (Passer
domesticus), que não apenas exibem baixa vulnerabilidade como são beneficiadas
pelo processo de antropização.
Apenas 17% das espécies registradas apresentam média vulnerabilidade.
Muitas dessas espécies são semi-dependentes ou dependentes de ambientes
florestais. São espécies que, apesar de apresentarem uma maior capacidade de
exploração de ambientes abertos, só persistem na paisagem por ainda haver
remanescentes de formações de porte florestal, ainda que baixo e sob pressão de
atividades antrópicas.
Apenas duas das espécies registradas são consideradas por Stotz et al.
(1996) de alta vulnerabilidade a alterações ambientais, ou seja: saracura-matraca
(Rallus longirostris) e saracura-três-potes (Aramides cajaneus).
297
(Collar et al. 2016). Possui cerca de 30 cm. Como a maioria dos psitacídeos é uma
espécie frugívora. Registrada em toda a área de estudo, sempre em grupos de quatro
a oito indivíduos. Foram registrados ninhos em ocos escavados em troncos de
coqueiros mortos. Na ADA e AID do empreendimento é uma espécie relativamente
comum.
Periquito-da-caatinga (Eupsittula cactorum) - outra espécie de psitacídeo
que só ocorre no Brasil é considerada endêmica da Caatinga, entretanto, devido à
redução da Mata Atlântica e da fuga/soltura de animais de cativeiro é encontrada,
atualmente, em algumas regiões litorâneas do nordeste. O periquito-da-caatinga
possui duas subespécies: Eupsittula c. cactorum, que se distribui na porção meridional
da Caatinga, ao sul do São Francisco; e Eupsittula cactorum caixana, que de acordo
com COLLAR et al. (2016) ocorre desde o leste do Maranhão, oeste do Rio Grande
do Norte, oeste de Pernambuco e noroeste da Bahia. É um pouco menor do que a
Aratinga jandaya, medindo cerca de 25 cm de comprimento. Assim como a maioria
das espécies da família é frugívora. Na ADA e AID do empreendimento não é muito
comum.
Pintor-verdadeiro (Tangara fastuosa) – traupídeo monotípico endêmico do
Centro Pernambuco, é conhecido por sua enorme beleza. Sua distribuição abrange a
porção leste dos estados da Paraíba, Pernambuco e Alagoas (HILTY, 2016). Possui
cerca de 13 cm de comprimento. O pintor-verdadeiro, embora se alimente de
pequenos artrópodes, é uma espécie eminentemente frugívora, habita a copa dos
ambientes florestais da mata Atlântica, podendo, também, explorar recursos
dispersos. Embora tenha sido observada em cinco oportunidades distintas durante o
período de amostragem, pode ser considerada uma espécie pouco abundante na
área. Em todos os registros foram observados grupos pequenos, entre dois e quatro
indivíduos. Essa espécie é considerada vulnerável pela Lista Nacional de Espécies da
Fauna Ameaçadas de Extinção, em razão do declínio populacional decorrente,
principalmente, da perda de hábitats
Figuinha-do-mangue (Conirostrum bicolor) - é uma espécie de traupídeo
cuja ocorrência é restrita aos manguezais ocorrendo ao longo da costa atlântica da
América do Sul, desde o sul do Brasil até a Colômbia. Também entra pelo rio
Amazonas, onde ocorre associada às florestas de várzea. É uma espécie politípica,
com duas subespécies reconhecidas por HILTY (2016): Conirostrum b. bicolor
associada aos manguezais da costa da América do Sul, e Conirsotrum bicolor minus,
298
que se distribui pelas várzeas do rio Amazonas e de alguns afluentes. Possui cerca
de 11,5 cm de comprimento. Embora sua dieta seja mal conhecida acredita-se que
seja, principalmente, insetívoro, se alimentando de pequenos artrópodes. Na área de
estudo é encontrado apenas nos manguezais, onde é bastante comum e,
eventualmente, fazendo incursões em ambientes vizinhos.
A perda de hábitat e;
A caça.
299
a7. Síntese
300
a8. Registro Fotográfico
301
Figura 8.2.2.69 - Espécime de maçarico-pintado (Actitis macularius) em
mangezal da AID do empreendimento.
Fonte: Projetec, 2016 (Autor: Fernando M d’Horta).
302
Figura 8.2.2.71 - Espécime de coruja-buraqueira (Athene cunicularia), junto à
praia de Guadalupe.
Fonte: Projetec, 2016 (Autor: Fernando M d’Horta).
303
Figura 8.2.2.73 - Beija-flor-de-veste-preta (Anthracothorax nigricollis),
registrado na AID do empreendimento.
Fonte: Projetec, 2016 (Autor: Fernando M d’Horta).
304
Figura 8.2.2.75- Indivíduo de jandaia-verdadeira (Aratinga jandaya),
registrada na ADA do empreendimento.
Fonte: Projetec, 2016 (Autor: Fernando M d’Horta).
305
Figura 8.2.2.77- Espécime de suiriri-cavaleiro (Machetornis rixosa), registrado
na ADA do empreendimento.
Fonte: Projetec, 2016 (Autor: Fernando M d’Horta)
306
Figura 8.2.2.79- Espécime de figuinha-do-mangue (Conirostrum bicolor),
observado em manguezal da AID do empreendimento.
Fonte: Projetec, 2016 (Autor: Fernando M d’Horta)
307
Figura 8.2.2.81- Espécime de pintor-verdadeiro (Tangara fastuosa), registrado
na ADA do empreendimento.
Fonte: Projetec, 2016 (Autor: Fernando M d’Horta).
308
b) Herpetofauna
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Hylidae
Bufonidae
Colubridae
Dipsadidae
Iguanidae
Scincidae
Teiidae
Boidae
Viperidae
Sphaerodactylidae
Leptodactylidae
Gekkonidae
Microhylidae
Gymnophthalmidae
Tropiduridae
Figura 8.2.2.82 - Número de espécies de anfíbios e répteis (lagartos e serpentes) dentro das famílias
registradas na AID e ADA do empreendimento.
Anfíbios
309
espécies) e Microhylidae (2 espécies) (Figura 8.2.2.82). Nenhuma cecília (Ordem:
Gymnophiona) foi encontrada. A lista das espécies é apresentada na Tabela 8.2.2.14.
Tabela 8.2.2.14 – Lista de anfíbios registrados na ADA e AID do empreendimento. Legenda: AIQ = Armadilha
de Interceptação e Queda, EO = Encontro Ocasional, PA = Procura Ativa, V = Vocalização.
310
Assim, de uma maneira geral, pode-se concluir que as espécies de anuros
registradas no presente estudo são generalistas e apresentam ampla distribuição.
Considerando a especialização em relação ao habitat, as espécies mais generalistas
lidam melhor com alterações estruturais decorrentes dos processos de fragmentação.
Microhylidae Bufonidae
10% 10%
Leptodactylidae
35% Hylidae
45%
Figura 8.2.2.83 - Contribuição relativa das famílias de anfíbios registradas durante a primeira
campanha de levantamento da herpetofauna terrestre da ADA e AID do empreendimento.
Fonte: Projetec, 2016
311
o estado de Pernambuco. Porém são necessárias pesquisas adicionais,
bem como uma maior quantidade de exemplares para ratificar esta
informação. O material de museu esta em fase de identificação, se
confirmado, poderá ser uma forma endêmica da Mata Atlântica.
Répteis
Tabela 8.2.2.15 – Lista de répteis terrestres registrados na ADA e AID do empreendimento. Legenda:
AIQ = Armadilha de Interceptação e Queda, EO = Encontro Ocasional, PA = Procura Ativa, ET =
Encontro por Terceiros.
312
Família Espécie Nome comum Registro
Lagarto, teiú-açu,
Salvator merianae (Duméril & Bibron, 1839) tejo, teju, tejuaçu, PA, EO
tejuguaçu, tiú
Tropiduridae Tropidurus hispidus (Spix, 1825) Calango PA, EO
SERPENTES
Boidae Boa constrictor Linnaeus, 1758 Jiboia PA, ET
Colubridae Chironius flavolineatus Jan, 1863 Cobra-cipó PA
Oxyrhopus trigeminus Duméril, Bibron & Duméril,
Falsa-coral AIQ, PA
1854
Dipsadidae Philodryas olfersii (Lichtenstein, 1823) Cobra-verde EO
Pseudoboa nigra (Duméril, Bibron & Duméril, Muçurana, cobra-
PA
1854) preta
Viperidae Bothrops sp.** Jararaca ET
* Espécie introduzida, originária da África, sendo, possivelmente, trazida ao continente americano por meio de navios durante o
comércio de escravos (Vanzolini, 1968a, 1968b; Vanzolini et al., 1980).
** Espécie observada por terceiros, não identificada.
313
ao habitat. No entanto, um número muito maior de espécies é esperado para a região,
já que as serpentes são de difícil registro e dependem de um esforço amostral maior.
Boidae
7% 6% Colubridae
7% 6%
Dipsadidae
13% Gekkonidae
20%
Gymnophthalmidae
Iguanidae
7% Scincidae
Sphaerodactylidae
7% 7%
Teiidae
7%
13% Tropiduridae
Viperidae
Figura 8.2.2.84 – Contribuição relativa das famílias de répteis registradas durante a primeira campanha de
levantamento da herpetofauna terrestre da ADA e AID do empreendimento.
Fonte: Projetec, 2016
314
com solos úmidos e de baixa salinidade, com um maior esforço de coletas. Assim, são
esperadas para a região espécies dos gêneros Amphisbaena, Typhlops e
Leptotyphlops, presentes em outras áreas próximas (MOURA et al., 2014).
Nenhuma das espécies de répteis encontradas é considerada ameaçada ou
em risco de extinção (IUCN, 2015; MMA, 2014).
Tabela 8.2.2.16 – Número de indivíduos observados e o número de espécies registradas durante este
levantamento para cada grupo estudado.
Número de
Número de Número de
Grupo Pontos
indivíduos espécies
Amostrados
Anfíbios Anuros 301 20
Lagartos 60 9
12
Serpentes 5 6
Total 366 35
315
180
Número de espécimes
160
140
120
100
80
60
40
20
0
AIQ PA V EO PA AIQ EO PA EO
Anfíbios Lagartos Serpentes
Figura 8.2.2.85 – Relação entre o número total de indivíduos observados ou coletados durante o
levantamento por metodologia empregada e grupo estudado.
Legenda: AIQ = Armadilha de Interceptação e Queda; PA = Procura Ativa; V = registro de vocalização;
e EO = Encontro Ocasional.
Fonte: Projetec, 2016
25
Anfíbios - PA
número de espécies
20
S(est)
15
S(est) 95% CI Lower
10 Bound
S(est) 95% CI Upper
5 Bound
0
1 2 3 4 5 6 7
Figura 8.2.2.86 - Curva de rarefação das espécies de anfíbios registradas através de Procura Ativa
(PA) por dia de amostragem na primeira campanha, com intervalos de confiança.
316
10
9 Anfíbios - AIQ
8
7
nº de espécies
S(est)
6
5 S(est) 95% CI Lower
Bound
4
S(est) 95% CI Upper
3 Bound
2
1
0
1 2 3 4 5 6 7
Figura 8.2.2.87- Curva de rarefação das espécies de anfíbios registradas com Armadilhas de
Interceptação e Queda (AIQ) por dia de amostragem na primeira campanha, com intervalos de
confiança.
Fonte: Projetec, 2016
18
16 Rétpeis - PA
14
número de espécies
12 S(est)
10
S(est) 95% CI Lower
8 Bound
6 S(est) 95% CI Upper
Bound
4
0
1 2 3 4 5 6 7
Figura 8.2.2.88 – Curva de rarefação das espécies de répteis registradas através de Procura Ativa (PA)
por dia de amostragem na primeira campanha, com intervalos de confiança.
Fonte: Projetec, 2016
317
4,5
4 Répteis - AIQ
nº de espécies 3,5
3 S(est)
2,5
S(est) 95% CI Lower
2 Bound
1,5 S(est) 95% CI Upper
Bound
1
0,5
0
1 2 3 4 5 6 7
Figura 8.2.2.89 - Curva de rarefação das espécies de répteis registradas com Armadilhas de
Interceptação e Queda (AIQ) por dia de amostragem na primeira campanha, com intervalos de
confiança.
Fonte: Projetec, 2016
25
Anfíbios
20
nº de espécies
15 S(est)
0
1 2 3 4 5 6 7
Dias
Figura 8.2.2.90 - Curva de rarefação das espécies de anfíbios registradas por dia de amostragem na
primeira campanha, com intervalos de confiança.
Fonte: Projetec, 2016
318
18
16 Répteis
14
nº de espécies 12 S(est)
10
S(est) 95% CI Lower
8 Bound
6 S(est) 95% CI Upper
Bound
4
0
1 2 3 4 5 6 7
Figura 8.2.2.91– Curva de rarefação das espécies de répteis registradas por dia de amostragem na
primeira campanha, com intervalos de confiança.
Fonte: Projetec, 2016
Leptodactylus latrans
Phyllomedusa nordestina
Rhinella granulosa
Hemidactylus mabouia
Ameivula ocellifera
Scinax x-signatus
Scinax sp. (grupo catharinae)
Adenomera aff. hylaedactyla
Leptodactylus vastus
Coleodactylus meridionalis
0 5 10 15 20 25 30
Número de espécimes observados
Figura 8.2.2.92 - Lista das dez espécies da herpetofauna que apresentaram maior frequência de
registros utilizando a Procura Ativa durante os levantamentos realizados na AID e ADA do
empreendimento.
Fonte: Projetec, 2016
319
Já a Figura 8.2.2.93 relaciona todas as nove espécies registradas
utilizando-se as Armadilhas de Interceptação e Queda ordenadas por frequência de
registros neste levantamento.
Rhinella granulosa
Coleodactylus meridionalis
Micrablepharus maximiliani
Leptodactylus troglodytes
Ameivula ocellifera
Physalaemus cuvieri
Dermatonotus muelleri
0 20 40 60 80 100
Figura 8.2.2.93 – Lista de todas as espécies anotadas utilizando as Armadilhas de Interceptação e
Queda (AIQ) por ordem de frequência de registros durante os levantamentos realizados na AID e ADA
do empreendimento.
Fonte: Projetec, 2016
320
e a segunda na AID do empreendimento; e duas áreas de influência do mangue (Pier
e Apicum).
Esta análise foi baseada apenas na presença ou ausência de todas as
espécies registradas durante a campanha de levantamento. O diagrama resultante da
análise (Figura 8.2.2.94) ilustra as seguintes situações:
321
Figura 8.2.2.94 – Resultado da análise de similaridade entre os pontos amostrados na primeira
campanha de levantamento da herpetofauna realizado na ADA e AID do empreendimento.
Fonte: Projetec, 2016
322
A 17%
34%
49%
B 23%
54%
23%
Figura 8.2.2.95 – Distribuição das espécies de anfíbios e répteis registradas na AID e ADA do
empreendimento em relação aos níveis de dependência de ambientes florestais (A) e de
vulnerabilidade a alterações ambientais (B).
323
Já aquelas que apresentam alguma dependência (semi-dependentes a
dependentes) de ambientes florestais representam 51% da herpetofauna, sendo 34%
consideradas semi-dependentes e 17% consideradas dependentes de ambientes
florestais. Entre aquelas semi-dependentes citamos como exemplo, a rã-pimenta
(Leptodactylus vastus), o teiú (Salvator merianae), e a cobra-verde (Philodryas
olfersii). Como espécies que podem ser consideradas dependentes de ambientes
florestais temos os diminutos Scinax sp. (grupo catharinae) e Coleodactylus
meridionalis.
Quanto ao aspecto da vulnerabilidade a alterações ambientais (Figura
8.2.2.95 -B), boa parte das espécies registradas podem ser consideradas de baixa a
média vulnerabilidade, de modo a serem mais tolerantes às alterações ambientais
perpetradas pelo homem. Este grupo representa 77% do total de espécies
encontradas. Entre elas, predominam espécies de ampla distribuição e que não
possuem qualquer dependência de ambientes florestais como a perereca-de-banheiro
Scinax x-signatus, a rã-assoviadora Leptodactylus fuscus, a rã-manteiga
Leptodactylus latrans, o sapo-cachorro Physalaemus cuvieri, o teiú Salvator merianae,
o calango Tropidurus hispidus ou mesmo a serpente Oxyrhopus trigeminus; espécies
resilientes às alterações ambientais. Neste agrupamento também se encontra a
espécie exótica de lagartixa-de-parede, Hemidactylus mabouia, que além de exibir
baixa vulnerabilidade é também beneficiada pela ação antrópica.
Apenas 23% das espécies registradas na ADA e AID do empreendimento
foram aqui consideradas de alta vulnerabilidade e que, apesar de apresentarem uma
distribuição que abrange ambientes abertos, só persistem na paisagem mais
preservada, como exemplo, boa parte das serpentes, e os animais que dependem,
por exemplo, de uma serapilheira mais densa, como o pequeno Coleodactylus
meridionalis.
324
b6. Espécies Indicadoras de Qualidade Ambiental,
Endêmicas, Raras, Ameaçadas de Extinção e de Interesse
Econômico
325
ampliada para o Estado de Pernambuco; Mata de Tejipió, Recife (OLIVEIRA &
MOURA, 2013; SALES et al., 2014); sendo, portanto, o segundo registro conhecido
para o estado.
Ainda, conforme mencionado anteriormente, a rãzinha Elachistocleis cf.
piauiensis, e a pererequinha Scinax sp. (grupo catharinae), se confirmadas, podem se
tratar de registros novos para o estado de Pernambuco.
Pelo que se levantou durante o levantamento parece não haver nenhum
interesse econômico da população local em relação aos anfíbios e répteis terrestres
registrados na ADA e AID do empreendimento.
326
b7. Pressões sobre a Fauna
327
b8. Síntese
328
b9. Registro Fotográfico
329
Figura 8.2.2.98 – A pererequinha-comum Dendropsophus minutus observada
sobre uma folha de Nymphaea sp. em brejo na AID do empreendimento.
Fonte: Projetec, 2016 (Autor: J. Cassimiro, 2016).
330
Figura 8.2.2.100 – Perereca-verde Hypsiboas albomarginatus registrada em
brejo na AID do empreendimento
Fonte: Projetec, 2016 (Autor: J. Cassimiro, 2016).
331
Figura 8.2.2.102 – A pequena rãzinha Adenomera aff. hylaedactyla
registrada na ADA do empreendimento
Fonte: Projetec, 2016 (Autor: J. Cassimiro, 2016)
332
Figura 8.2.2.104 – A rã Leptodactylus troglodytes, fotografada na ADA do
empreendimento
Fonte: Projetec, 2016 (Autor: J. Cassimiro, 2016).
333
Figura 8.2.2.106 – Adulto da rã-pimenta, Leptodactylus vastus, na beira de
sua toca, registrado na AID do empreendimento.
Fonte: Projetec, 2016 (Autor: J. Cassimiro, 2016).
334
Figura 8.2.2.108 – Dermatonotus muelleri, rã encontrada na ADA do
empreendimento
Fonte: Projetec, 2016 (Autor: J. Cassimiro, 2016).
335
Figura 8.2.2.110 – Lagartixa-de-parede Hemidactylus mabouia encontrada
na ADA do empreendimento.
Fonte: Projetec, 2016 (Autor: J. Cassimiro, 2016).
336
Figura 8.2.2.112– O calanguinho-de-rabo-azul Micrablepharus maximiliani
comum na ADA do empreendimento.
Fonte: Projetec, 2016 (Autor: J. Cassimiro, 2016).
337
Figura 8.2.2.114 – Calango (Mabuya nigropunctata), observada na ADA do
empreendimento
Fonte: Projetec, 2016 (Autor: J. Cassimiro, 2016).
338
Figura 8.2.2.116 – O calango-listrado, Ameivula ocellifera, fotografado na
ADA do empreendimento.
Fonte: Projetec, 2016 (Autor: J. Cassimiro, 2016).
339
Figura 8.2.2.118 – Jiboia fotografada em um pé de caju na ADA do
empreendimento.
Fonte: Projetec, 2016 (Autor: J. Cassimiro, 2016).
340
Figura 8.2.2.120 – Cobra-coral-falsa, Oxyrhopus trigeminus, da ADA do
empreendimento.
Fonte: Projetec, 2016 (Autor: J. Cassimiro, 2016).
341
c) Mastofauna
342
Figura 8.2.2.122 - Toca de tatu após ser vasculhada por caçador. Ponto P7.
Fonte: Projetec, 2016 (Foto: Rafael Bandeira).
343
alimentares nesse tipo de ambiente. Na lista da IUCN o guachelo consta na lista da
IUCN como situação pouco preocupante ou LC (Least concern).
O sagui Callithrix jacchus foi a espécie mais representativa em todos os
pontos amostrais, sua ocorrência foi confirmada não só por relato de residentes locais,
como também por meio de visualizações diretas, vocalização, vestígios e carcaça de
indivíduo morto (Figura 8.2.2.124).
344
A B
C
D
345
c2. Suficiência Amostral
10
9
8
7
6
No. de espécies
5
4
3
2
1
0
Tabela 8.2.2.17 - Lista de espécies catalogadas na ADA e AID do empreendimento Projeto Condomínio
Praia de Guadalupe, município de Sirinhaém/PE.
Nome Tipo de
Classificação Coordenadas Status
vulgar registro
CARNIVORA
Canidae
25L 0270502.9040552
25L 0269989.9039328
25L 0270503.9039784
Cerdocyon thous raposa vi, fo, ent LC
25L 0270483.9040742
25L 0270441.9040714
25L 0269000.9039506
Mustelidae
Galictis vittata furão ent LC
Procionidae
guará,
Procyon cancrivorous guachelo, ent LC
guaxinim
CINGULATA
Dasypodidae
tatu- 25L 0270259.9039604
Dasypus novenmcinctus ve, ent LC
verdadeiro 25L 0270180.9039689
346
Nome Tipo de
Classificação Coordenadas Status
vulgar registro
25L 0269691.9039672
Euphractus sexcinctus tatu-peba ent LC
DIDELPHIMORPHIA
Didelphidae
Caluromys philander cuica ca 25L 0268846.9040237 LC
25L 0269940.9039398
timbu,
Didelphis albiventris ca, ent, fo 25L 0270276.9039272 LC
cassaco
25L 0270452.9039888
Monodelphis domestica caitita vi 25L 2690590.9039432 LC
LAGOMORPHA
Leporidae
Sylvilagus brasiliensis coelho ent LC
PILOSA
Myrmecophagidae
tamanduá-
Tamandua tetradactyla ent LC
mirim
PRIMATES
Cebidae
25L 0270776.9040502,
25L 0268846.9040237,
25L 0269793.9039531,
25L 0270180.9039689,
sagui, soim, vi, ent, ve,
Callithrix jacchus 25L 0269940.9039398, LC
mico vo
25L 0270276.9039272,
25L 0269691.9039672,
25L 0270452.9039888,
25L 0269000.9039506
RODENTIA
Caviidae
Cavia aperea preá ent LC
Hydrochoerus hydrochaeris capivara ent LC
Cricetidae
Akodon sp. rato ca 25L 0270483.9040742 LC
Dasyproctidae
Dasyprocta prymnolopha cutia ent LC
Muridae
25L 0270483.9040742
Rattus rattus rato ca LC
25L 2701800.9040180
Legenda: ca captura; ent entrevista; ve vestígio; vi visual; fo fotografia; vo vocal
LC: pouco preocupante
Para cada ponto amostral, a Riqueza (S) foi calcula pelo índice Chao-1 e a
Diversidade de espécies (H) calculada pelo índice de Shannon.
O total de riqueza de espécies capturadas foi de apenas quatro (sendo dois
marsupiais e dois roedores), indo de 0 em alguns pontos amostrais como P3, P6 e P5
até duas no ponto P10, onde a diversidade de espécies só variou no ponto P10
registrando 0,6931 e sua equitabilidade atingindo 1 (Tabela 8.2.2.18).
347
Tabela 8.2.2.18 - Lista de espécies capturadas nos pontos amostrais, com seus índices de diversidade
(H’) e riqueza (S).
CLASSIFICAÇÃO P2 P3 P5 P6 P7 P10 AID 1 AID 2
Didelphidae
Didelphis albiventris 1 0 0 0 3 0 0 0
Caluromys philander 0 0 0 0 0 0 0 1
Cricetidae
Akodon cursor 0 0 0 0 0 1 0 0
Muridae
Rattus rattus 0 0 0 0 0 1 1 0
Total 1 0 0 0 3 2 1 1
Shannon-Wiener 0 0 0 0 0 0,6931 0 0
Equitabilidade 0 0 0 0 0 1 0 0
c3. Síntese
348
A lista previamente catalogada mostra uma pequena variedade
mastofaunistica, principalmente se tratando das espécies de grande e médio porte,
uma vez que alguns representantes relativamente comuns e presentes até mesmo em
pequenos fragmentos que compõem a mata atlântica pernambucana não foram
evidenciados, como por ex. capivara Hydrochoerus hydrochaeris, guaxinim Procyon
cancrivorous, quati Nasua nasua, preguiça Bradypus variegatus, tamanduá-mirim
Tamandua tetradactyla e cutia Dasyprocta prymnolopha. (FERNANDES, 2003;
ROSAS-RIBEIRO, 2004; NORMANDE, 2004), ou seja, das 16 registradas no presente
estudo, oito foram confirmadas, sendo que uma é exótica (ou sinantrópica), no caso
da ratazana Rattus rattus, onde esta espécie foi registrada em dois pontos amostrais
tanto na AID como na ADA. ASFORA e MENDES PONTES (2009) obtiveram 15
espécies de pequenos mamíferos em 12 fragmentos de Mata Atlântica em
Pernambuco e mesmo com um esforço amostral maior ressaltam que as populações
desses grupos são relativamente baixas na área de estudo.
Todas as espécies registradas no local do empreendimento, inclusive as
por relato, estão na lista da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN)
como “least concern” ou pouco preocupante. Contudo, vale ressaltar a ausência de
outras espécies neste local, que são relativamente comuns em alguns fragmentos de
mata atlântica no CEPE, como por ex.: a preguiça Bradypus variegatus, quati Nasua
nasua e papa-mel Eira barbara, espécies estas que nem mesmo foram citados nas
entrevistas, o que demonstra o alto grau de degradação da região, fato que ocasionou
a provável extinção local destas espécies.
A maioria dos registros foram obtidos dentro da Área Diretamente Afetada
(ADA) pelo projeto, tanto por meio de buscas ativas como capturas. Isso demonstra
que algumas manchas de florestas dentro deste perímetro funcionam como últimos
redutos para as espécies nativas.
Como resultado das entrevistas, capturas, buscas ativas, registros por
armadilhas fotográficas e revisão de literatura, foi construída uma lista de espécies,
ocorrentes na área estudada e descritas na literatura para a Floresta Atlântica de
Pernambuco (Tabela 8.2.2.19).
Dentre as espécies que fazem parte da cultura popular, tanto na medicina
caseira como também na caça de subsistência na Floresta Atlântica, podemos citar:
o tatu-peba Euphractus sexcinctus; o tatu-verdadeiro Dasypus novemcinctus; e o
tamanduá-mirim Tamandua tetradactyla; enquanto outros são comercializados ou
349
usados como animais de estimação, p. ex. sagüi Callithrix jacchus (COSTA NETO,
2009). De acordo com BODMER et al. (1997) espécies de grande porte como
capivaras são mais vulneráveis à pressão de caça. Observa-se ainda que mesmo a
caça de subsistência, se realizada de maneira exaustiva, pode levar a extinção
espécies locais (VIEIRA et al., 2005).
Concluindo-se, o ambiente estudado sofre com o processo de
fragmentação com consequente perda de biodiversidade, nesta situação, sugere-se o
manejo de paisagem, pois contribuiria para ampliar a conectividade dos habitats, a
maior prioridade em áreas altamente fragmentadas como a Floresta Atlântica (COSTA
et al., 2005). A existência, criação e manejo de corredores de biodiversidade que
possam conectar fragmentos mais conservados são importantes para a manutenção
das populações de mamíferos por razões genéticas, demográficas e ecológicas,
principalmente por ampliar o fornecimento e o acesso aos recursos de alimentação,
proteção e abrigo (ARESKOUG, 2001; LUCKETT et al., 2004; PIRES et al., 2002).
Propõe-se, portanto, a criação de corredores, o enriquecimento dos
fragmentos mais relevantes e que apresentam melhor estado de conservação por
meio do reflorestamento de espécies nativas e o controle de espécies exóticas no
interior da área, tais medidas poderiam restaurar o ambiente fazendo com que se
aproximasse cada vez mais da condição de ambiente natural. Diagnósticos de flora
podem indicar quais espécies deveriam ser reflorestadas para manter populações de
espécies frutíferas e outras de interesse para conservação.
350
Tabela 8.2.2.19 - Lista dos mamíferos terrestres da Mata Atlântica de Pernambuco com destaque para
as espécies registradas na área de influência do empreendimento Projeto Condomínio Praia de
Guadalupe, município de Sirinhaém, PE.
ORDEM **
Registro Status
Família Nome vulgar Registro
Literatura IUCN/IBAMA/CITES
Espécie Local
ARTIODACTYLA
Cervidae
Mazama gouazoubira veado X LC/NA/NA
Tayassuidae
Pecari tajacu caititu X LC/NA/NA
Pecari pecari queixada X NT/NA/CaII
CARNÍVORA
Canidae
Cerdocyon thous raposa X X LC/NA/CaII
Felidae
Leopardus pardalis jaguatirica X LC/VU/CaI
Leopardus tigrinus gato-do-mato X VU/VU/CaI
Puma yagouaroundi gato-mourisco X LC/NA/CaII
Mephitidae
gambá,
Conepatus semistriatus X LC/NA/NA
cangambá
Mustelidae
Eira barbara irara, papa-mel X LC/NA/CaIII
Galictis cuja furão X LC/NA/NA
Galictis vittata furão X X LC/NA/CaIII
Lontra longicaudis lontra X DD/NA/CaI
Procyonidae
Nasua nasua quati X LC/NA/CaIII
Potos flavus jupará X LC/NA/CaIII
Procyon cancrivorus guará X X LC/NA/NA
CINGULATA
Dasypodidae
Cabassous unicinctus tatu-rabo-mole X LC/NA/NA
Dasypus novemcinctus tatu-verdadeiro X X LC/NA/NA
Dasypus septemcinctus tatuí X LC/NA/NA
Euphractus sexcinctus tatu peba X X LC/NA/NA
DIDELPHIMORPHIA
Didelphidae
Caluromys philander rato cachorro X X LC/NA/NA
Didelphis albiventris cassaco, timbu X X LC/NA/NA
Didelphis aurita cassaco, timbu X LC/NA/NA
Gracilinanus agilis rato cachorro X LC/NA/NA
Marmosa murina rato cachorro X LC/NA/NA
351
ORDEM **
Registro Status
Família Nome vulgar Registro
Literatura IUCN/IBAMA/CITES
Espécie Local
Metachirus nudicaudatus rato cachorro X LC/NA/NA
Micoureus demerarae rato cachorro X LC/NA/NA
Monodelphis americana rato cachorro X LC/NA/NA
rato cachorro,
Monodelphis domestica X X LC/NA/NA
catita
LAGOMORPHA
Leporidae
coelho-do-
Sylvilagus brasiliensis X X LC/NA/NA
mato
PILOSA
Bradypodidae
Bradypus variegatus bicho-preguiça X X LC/NA/CaII
Mymercophagidae
Tamandua tetradactyla tamanduá X LC/NA/NA
Cyclopes didactylus tamanduá-í X LC/NA/NA
PRIMATES
Atelidae
Alouatta belzebul guariba X LC/CR/CaII
Cebidae
Callithrix jacchus sagui, soim X X EN/EN/CaI
macaco-prego-
Sapajus flavius X EN/VU/NA
galego
Sapajus libidinosus macaco-prego X EN/VU/NA
Saimiri sp.┼ mico-de-cheiro X EN/EN/CaI
RODENTIA
Caviidae
Cavia aperea preá X LC/NA/NA
Hydrochoerus hydrochaeris capivara X LC/NA/NA
Cricetidae
Akodon cursor rato-silvestre X X LC/NA/NA
Hylaeamys laticeps rato X NT/NA/NA
Nectomys lasiurus rato-d’água X LC/NA/NA
Oecomys catherinae rato X LC/NA/NA
Oligoryzomys flavescens rato X LC/NA/NA
Oligoryzomys nigripes rato X LC/NA/NA
Oxymicterus dasythrichus rato X LC/NA/NA
Rhipidomys mastacalis rato X LC/NA/NA
Cuniculidae
Cuniculus paca paca X LC/NA/CaIII
Dasyproctidae
Dasyprocta agouti cutia X LC/NA/NA
352
ORDEM **
Registro Status
Família Nome vulgar Registro
Literatura IUCN/IBAMA/CITES
Espécie Local
Echimyidae
Phyllomys pattoni rato X LC/NA/NA
Erethizontidae
Coendou sperattus cuandu-mirim X VU/VU/NA
ouriço, porco-
Coendou prehensilis X LC/NA/NA
espinho
Muridae
Mus musculus X LC/NA/NA
Rattus norvegicus X LC/NA/NA
Rattus rattus X X LC/NA/NA
Sciuridae
Guerlinguetus alphonsei esquilo X LC/NA/NA
LEGENDAS: IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza): LC amplamente distribuídos
(ou pouco preocupante), EN em perigo, NT quase ameaçado, VU vulnerável, CR criticamente em
perigo; NA não disponível. CITES (Convention on the International Trade of Endangered Species of
Wild Fauna and Flora): CaI Cites Apêndice I (espécies ameaçadas de extinção); CaII Cites Apêndice II
(espécies que não estão em perigo de extinção, mas que pode tornar-se vítimas de comercio ilegal);
CaIII Cites Apêndice III (espécies protegidas e cujo comércio é controlado). ** Organização Taxonômica
segundo Wilson e Reeder (2005). ┼ espécie introduzida na REBIO Saltinho.
353
Espécie de porte médio apresenta coloração acinzentada com alguns pontos
avermelhados ou castanhos, possui uma máscara negra em torno dos olhos e a cauda
com anéis negros. É comum em quase todo Brasil. São escansoriais, principalmente
terrestres, possui hábitos noturnos e são onívoros, forrageiam próximo a rios, lagos,
etc.
354
Espécie de porte médio, comum em quase todo Brasil, possui dorso pardo-amarelado
salpicado com marrom-escuro, habita principalmente áreas abertas. São terrestres,
hábitos noturnos e herbívoros.
355
Espécie de médio porte, comum em quase todo Brasil, coloração laranja-
avermelhada, cauda vestigial nua. São terrestres e herbívoros (frutos, sementes,
raízes).
356
c1. Registro Fotogáfico
357
Figura 8.2.2.128 - Indivíduo de timbu D. albiventris capturado em armadilha Tomahawk.
Ponto P7 – 25L 0269940.9039398.
Fonte: Projetec, 2016 (Foto: Rafael Bandeira).
358
Figura 8.2.2.130- Indivíduo de cuíca C. philander registrado no Ponto AID2 – 25L
0268846.9040237.
Fonte: Projetec, 2016 (Foto: Alexandre Malta).
359
d) Quirópteros
360
entanto, foi feito um registro fotográfico enquanto um indivíduo de D. rotundus se
prepara para se alimentar em uma das aves (Figura 8.2.2.134 e Figura 8.2.2.135).
Tabela 8.2.2.20. Lista das espécies de morcegos registradas na área do empreendimento Projeto
Condomínio Praia de Guadalupe/PE. Status: LC – menor preocupação
130
120
110
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Figura 8.2.2.132. Guildas tróficas reportadas para a área de estudo dos morcegos.
Fonte: Projetec, 2016
361
Figura 8.2.2.133 - Curva de acumulação de espécie aleatorizada do presente estudo.
Fonte: Projetec, 2016
362
Figura 8.2.2.135 - Desmodus rotundus se alimentando de sangue de um galo.
Fonte: Projetec, 2016 (Foto: Alexandre Malta)
363
Tabela 8.2.2.21 - Lista das espécies de morcegos registradas na Área Diretamente Afetada (ADA) e
na Área de Influência Direta (AID) do empreendimento Projeto Condomínio Praia de Guadalupe,
Sirinhaém/PE. Diversidade e equitabilidade para cada sítio amostral.
O baixo sucesso amostral do sítio P8/P9 pode ser atribuído ao fato de ser
uma área aberta, formada por gramíneas e árvores frutíferas bastante espaçadas.
Apenas uma espécie, comum para todos os outros sítios, foi registrada.
364
como transmissores e possíveis reservatórios naturais de agentes patogênicos para
animais domésticos e seres humanos (ALMEIDA et al., 1994; DANTAS-TORRES,
2008). Doenças como a Raiva, Histoplasmose, Leishmaniose, Coronavirose, Doença
de Chagas, Leptospirose e Rickettisiose foram reportadas para o Brasil.
Estas doenças podem ser transmitidas aos seres humanos, direta ou
indiretamente, assim como a outros animais de sangue quente (BREDT et al, 1998).
No contexto da saúde pública o monitoramento de colônias desses mamíferos é de
extrema importância, visto a capacidade de deslocamento dessas e a transmissão e
veiculação de diversas doenças. Muitos microquirópteros percorrem um raio de 10 a
15 km do abrigo, podendo algumas espécies percorrer mais de 80 km por noite
(PERACCHI et al. 2011).
Dentre as doenças mais preocupantes, destaca-se a raiva, que pode ser
transmitida pelo morcego Desmodus rotundus, espécie hematófaga registrada em um
ponto da ADA do empreendimento e de elevada importância para a saúde pública, já
que é considerada uma de suas maiores transmissoras (KOTAIT et al. 2007).
Nesse sentido é importante que esses animais sejam monitorados, visto
que, após a supressão de vegetação da ADA, esses animais podem procurar recurso
alimentar e abrigo nas zonas urbanas adjacentes, povoados próximos e nos
condôminos do empreendimento. Segundo SCHNEIDER (2001), surtos de raiva têm
sido reportados após o desmatamento de áreas na Amazônia. Esse cenário poderá
ser semelhante para a zona do empreendimento, caso medidas mitigadora não sejam
devidamente tomadas. Surtos de ataques oriundos dessa espécie de morcego
hematófago têm sido registrados frequentemente em várias regiões no Brasil, em
áreas urbanas e rurais (GONÇALVES et al. 2002; FERRAZ et al. 2007, MENDES et
al. 2009).
d5. Síntese
365
família, que voa em estratos mais baixos da floresta (STRAUBE e BIANCONI, 2002).
Morcegos das famílias Molossidae e Emballonuridae costumam utilizar o estrato mais
alto da floresta (GREGORIN e TADDEI 2003), sendo pouco representativos em
inventários que utilizem o metódo.
A diversidade de morcegos foi baixa quando comparada com outras
localidades ficando distante do esperado para a região Neotropical, onde, segundo
PEDRO e TADDEI (1997), é estimada em torno de 2,0. Os valores reportados aqui
estão bem abaixo do reportado por SOARES et al. (no prelo) (H= 2.19) em ambiente
costeiro também localizado em Sirinhaém. Porém, a riqueza de espécies (S= 13) ficou
próxima a reportada por Soares et al. (no prelo), onde foram capturadas 15 espécies
em área de manguezal.
Até o momento, são conhecidas 35 espécies de morcegos associadas a
ambientes costeiros (NOGUEIRA et al. 2011). Portanto, foram registradas cerca de
37% das espécies de morcegos conhecidas para esse ecossistema costeiro na área
do Projeto Condominío Praia de Guadalupe.
Espécies comumente capturadas em estudos da quiropterofauna como
Artibeus lituratus, Platyrrhinus lineatus e Myotis lavali não foram capturadas durante a
primeira campanha de levantamento.
Morcegos frugívoros costumam ser os mais diversos em estudos
quiropterológicos, não sendo diferente no presente estudo, onde esta guilda
representou cerca de 86% do total de capturas. A predominância de morcegos
frugívoros em ambientes costeiros também foi observada por CRUZ et al., (2007),
LOURENÇO et al., (2010), ANDRADE et al., (2008) e SOARES et al. (no prelo) no
Brasil.
A abundância de C. perspicillata no presente estudo, também têm sido
observada em outras áreas costeiras (LUZ et al 2009; Luz et al. 2011), inclusive no
município de Sirinhaém. Esta espécie é amplamente distribuída no Brasil, ocorrendo
em quase todo o território. Carollia perspicillata consome principalmente frutos de
Piper, espécie de arbusto comumente encontrada em bordas de fragmentos, o que
explica a alta taxa de captura deste morcego. Ademais, C. perspicillata ocorre em
todos os biomas brasileiros.
Não foram registradas espécies ameaçadas de extinção, raras e ou
endêmicas na ADA - Área Diretamente Afetada, ou na AID Área de Influência Direta.
366
Todas as espécies reportadas aqui, são comumente capturadas em inventários da
quiropterofauna no Brasil.
A diversidade de espécies foi baixa para todos os sítios, o que pode ser
reflexo da antropização de toda a área de estudo. Mesmo no melhor sítio amostral da
ADA, o sítio P6, onde foi observada melhor estrutura da vegetação, havendo formação
de dossel mais contínuo, presença de epífitas e lianas, além de apresentar maior
estratificação vertical em detrimento de outras áreas, a diversidade foi baixa.
Entretanto, ressalta-se que, um maior esforço de captura em período distinto ao desta
campanha, poderia ampliar a riqueza das espécies, com a captura de espécies não
reportadas até o momento.
Ressalta-se, contudo, que toda a área de influência, apesar de fragmentada
e de sofrer com a pressão antrópica, é importante para a manutenção das espécies
de morcegos, pois ainda oferece recursos importantes para a fauna local, podendo
atuar como sítio de alimentação, reprodução e abrigo, além de servir como trampolins
ecológicos para espécies em buscar de outras áreas. Desta maneira, recomenda-se
que sejam mantidas áreas de cobertura vegetal mais densa (eg. Sítio P6) a fim de
manter a diversidade local de quirópteros e auxiliar o fluxo gênico.
367
d6. Registros Fotográficos
368
Figura 8.2.2.138 - Morcego capturado na ADA do empreendimento, C.
perpicillata
Fonte: Projetec, 2016 (Autor: Fabio Soares)
369
Figura 8.2.2.140 - Morcego capturado na ADA do empreendimento, G.
soricina
Fonte: Projetec, 2016 (Autor: Fabio Soares)
370
Figura 8.2.2.142 - Morcego capturado na ADA do empreendimento, P.
hastatus
Fonte: Projetec, 2016 (Autor: Fabio Soares)
371
Figura 8.2.2.144 - Morcego capturado na ADA do empreendimento, N.
leporinus
Fonte: Projetec, 2016 (Autor: Fabio Soares)
372
8.2.3 Ecossistemas Aquáticos
373
água remanescente no substrato, após a preamar de sizígia, aliada a uma baixa
pluviosidade. No Brasil, o termo popular indígena é frequentemente utilizado
tecnicamente e pesquisadores e legisladores também adotaram a alta salinidade
como uma característica dos apicuns.
Por outro lado, o Novo Código Florestal Brasileiro distingue os termos
apicum e salgado de acordo com as seguintes definições:
374
Figura 8.2.3.1 – Manguezal do estuário do rio Formoso, próximo à cidade de Rio
Formoso. Coordenadas geográficas:8°39’44.52’’S/35°8’48.28’’O.
375
de Pernambuco. Foi constituída como uma Unidade de Conservação estadual de uso
sustentável e possui território continental e marítimo. Os limites marítimos da APA de
Guadalupe se sobrepõem em parte com a Área de Proteção Ambiental Costa dos
Corais (APACC), que abrange os Estados de Alagoas e Pernambuco (Figura 8.2.3.2).
Criada em outubro de 1997, é a maior unidade de conservação federal marinha do
Brasil e possui mais de 400 mil ha de área e cerca de 120 km de extensão, nos quais
estão inseridos recifes coralígenos e de arenito, praias, mangues e prado de
fanerógamas. É uma unidade de uso sustentável que busca atender os objetivos de
conservação/preservação ambiental, com usos direto (pesca) e indireto (turismo e
pesquisa) dos recursos naturais (PEREIRA; FEITOSA; CHAVES, 2014).
Os recifes de arenito presentes na APA Costa dos Corais desempenham
um papel de grande importância na proteção do litoral e servem de substrato para
uma elevada gama de organismos bentônicos, favorecendo a biodiversidade. Recifes
de arenito são rochas sedimentares cimentadas por carbonato de cálcio, que se
apresentam de forma alongada e estreita e se dispõem em linhas paralelas à costa
(Figura 8.2.3.3). Essas rochas têm ocorrência restrita às regiões tropicais e
subtropicais ou ao cinturão de clima quente. Devido ao isolamento geográfico e às
condições ambientais, diversas espécies da fauna coralínea da APA Costa dos Corais
são endêmicas da região.
376
Figura 8.2.3.2 – Área de abrangência da Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais.
Fonte: www.icmbio.gov.br.
377
Figura 8.2.3.3 – Formação de arenito presente na foz do rio Formoso.
Coordenadas:8°42’2.87’’S/35°4’37.17’’O.
378
Figura 8.2.3.4 – Prado de fanerógamas na foz do rio Formoso. Coordenadas geográficas:
8°42’9.58’’S/35°4’48.54’’O.
379
Figura 8.2.3.5 – Habitações irregulares da cidade de Rio Formoso – PE. Coordenadas
geográficas:8°39’43.82’’S/35°8’51.50’’O.
Fonte: Projetec, 2016 (autor: Jonata Arruda).
380
Figura 8.2.3.7 – Embarcações de turismo no píer do rio Mariassu. Coordenadas
geográficas:8°41’20.36’’S/35°6’17.47’’O.
Fonte: Projetec, 2016 (autor: Jonata Arruda).
381
Figura 8.2.3.8 – Atividade recreativa nos recifes de arenito da foz do rio Formoso, próximos ao
restaurante Bora-Bora na Praia dos Carneiros. Coordenadas geográficas:8°42’12.94’’S/35°4’42.03’’O.
Fonte: Projetec, 2016 (autor: Jonata Arruda).
Figura 8.2.3.9 – Atividade recreativa nos recifes de arenito da foz do rio Formoso, próximos ao
restaurante Bora-Bora na Praia dos Carneiros. Coordenadas geográficas:8°41’58.96’’S/35°4’34.81’’O.
Fonte: Projetec, 2016 (autor: Jonata Arruda).
382
Os recifes de corais, inseridos na Área de influência direta (AID) deste
estudo, pertencem à praia dos Carneiros, imediatamente adjacente à praia de
Guadalupe, área que tem forte tradição turística e de pesca artesanal. Agregam uma
grande biodiversidade sendo importantes para o ciclo de vida de muitas espécies,
além de ter relevância socioeconômica para as populações costeiras (LEÃO et al,
2015). Constituem-se em importantes e altamente diversificados ecossistemas.
Por deterem uma grande variedade de plantas e animais são considerados
como o mais diverso habitat marinho do mundo, possuindo grande importância
econômica, pois representam a fonte de alimento e renda para muitas comunidades.
Segundo o MMA, uma em cada quatro espécies marinhas vive nos recifes, incluindo
65% dos peixes.
No Brasil, os recifes de coral se distribuem por aproximadamente 3 mil km
de costa, do Maranhão ao Sul da Bahia, representando as únicas formações recifais
do Atlântico Sul. Nessa área existem unidades de conservação federais, estaduais e
municipais que protegem uma parcela significativa desses ambientes.
No entanto, os recifes estão sob a influência de inúmeros impactos
antrópicos, com destaque para pesca predatória, a poluição orgânica e o turismo
descontrolado, e impactos naturais, como o aquecimento global. Todos com
consequências, muitas vezes irreversíveis (FERREIRA; MAIDA, 2006).
A elevação da temperatura da superfície do mar é um dos fatores
investigados no que diz respeito às mudanças climáticas globais. O aumento da
temperatura das águas superficiais provoca o estresse dos corais a ponto de
expelirem as algas que os habitam (as zooxantelas), deixando-os “branqueados”, de
modo que ocorre o “branqueamento” dos corais, pela perda da simbiose entre eles e
suas algas fotossintetizantes. Estas últimas produzem componentes orgânicos que
servem de alimento para os corais e, em contrapartida, o coral provê abrigo para as
algas (PEREIRA; FEITOSA; CHAVES, 2014).
No Brasil há vários registros de ocorrência de branqueamento dos corais
(MIGOTTO, 1997; CASTRO; PIRES, 1999; DUTRA, 2000; COSTA et al., 2001,
COSTA et al., 2004; FERREIRA; MAIDA, 2006; LEÃO et al., 2008; KELMO; ATRILL,
2013). A avaliação da situação dos ecossistemas coralinos do Brasil, face aos
impactos antrópicos e às mudanças climáticas é uma das metas da Rede de
Monitoramento de Habitats Bentônicos Costeiros (ReBentos).
383
Na Praia dos Carneiros, o último levantamento do estado de conservação
dos recifes foi realizado em 2004 por STEINER e colaboradores (2015). Dessa forma,
é essencial a presente avaliação, como forma de reconhecer as alterações neste
ambiente recifal atuantes nestes últimos onze anos, e criar novas estratégias diante
da possível instalação de novos empreendimentos na região.
384
8.2.3.1 Metodologia e Obtenção de Dados
385
Os dados secundários foram utilizados para a Área de Influência Indireta
(AII) e itens específicos da AID. Para a AII foram obtidos com a finalidade de
caracterizar os ecossistemas aquáticos, de modo a permitir a identificação de um
panorama ambiental mais amplo de onde os possíveis impactos serão gerados, no
caso a ADA e AID. Estes registros foram publicados em artigos científicos de
periódicos nacionais. Tais artigos se referem, em sua grande maioria, a estudos
desenvolvidos em sistemas estuarinos localizados na região adjacente aos municípios
de Rio Formoso, Sirinhaém e Tamandaré e complementam os resultados obtidos a
partir dos dados primários.
Os dados secundários relativos ao estudo dos recifes de corais abrangem
a APA Costas dos Corais que esta parcialmente inserida na Área de Influência Indireta
(AII).
386
b) Macroinvertebrados bentônicos
387
Tabela 8.2.3.1 - Pontos de amostragem da comunidade macrozoobentônica na região do
empreendimento Projeto Condomínio Praia de Guadalupe, Sirinhaém, Pernambuco. ADA=Área
diretamente afetada, AID=Área influência direta, AII= Área influencia indireta.
Ambientes amostrados
Pontos/
(zona entre marés) Empreendimento Referências geográficas
Réplicas
1 (três réplicas)
Mangue Transecto 2 (três réplicas)
ADA 8°40’51,9”S 35°05’34,0”O
(Figura 1A) 1 3 (três réplicas)
1 (três réplicas)
Recife de
Transecto 2 (três réplicas)
Arenito 8°41’52,7”S 35°04’32,6”O
2 3 (três réplicas) AID
(Figura 1B)
Prado de
1 (três réplicas)
Fanerógamas Transecto
2 (três réplicas) AID 8°41’56,0”S 35°04’57,9”O
(Figura 1C) 3
3 (três réplicas)
1 (três réplicas)
Praia arenosa
Transecto 2 (três réplicas)
(Figura 1D) AID 8°41’54,4”S 35°05’07,7”O
4 3 (três réplicas)
388
A B
C D
Figura 8.2.3.10 – Ambientes amostrados dentro da área do empreendimento: A-Maguezal
(8°40’51,9”S; 35°05’34,0”O); B-Ambiente recifal (8°41’52,7”S; 35°04’32,6”O); C-Prado de fanerógamas
(8°41’56,0”S; 35°04’57,9”O); D-Praia arenosa (8°41’54,4”S; 35°05’07,7”O).
Fonte: Projetec, 2016 (autor: Jonata Arruda).
389
A B C
Figura 8.2.3.11 – Amostradores utilizados na coleta de organismos dentro da área do empreendimento:
A- Amostrador cilíndrico com sedimento do prado de fanerógamas; B- Quadrado de PVC 20x20cm; C-
Amostrador cilíndrico com sedimento da praia arenosa.
Fonte: Projetec, 2016 (autor: Jonata Arruda).
390
Frequência de Ocorrencia (%)
Cálculo do Índice do Shannon (H’) é dado pela formula: H’=-Σ Pi log2 (Pi),
onde Pi=porcentagem de importância da espécie i na amostra. A diversidade de
Shannon é estimada em bits.indivíduos-1 (bits.ind-1) e classificação como:
<1.0 bits.ind-1 (Diversidade muito baixa)
Entre 1.0 e 2.0 bits.ind-1 (Diversidade baixa)
Entre 2.0 e 3.0 bits.ind-1 (Diversidade média)
Entre 3.0 e 4.0 bits.ind-1 (Diversidade alta)
>4.0 bits.ind-1 (Diversidade muito alta)
391
Índice de Equitabilidade de Pielou (J’)
𝑯′
𝑱′ =
𝑳𝒐𝒈𝟐𝑺
392
c) Ictiofauna
393
Figura 8.2.3.12 – Pesca de arrastão sendo realizada no estuário do rio Formoso no dia 27/12/15.
Fonte: Projetec, 2016 (autora: Jonata Arruda).
394
Figura 8.2.3.13 – Localização dos arrastos realizados pelos pescadores locais no estuário do rio
Formoso nas datas dos dias: 26 a 28\12\15 e 10 a 12\01\16.
Fonte; Projetec, 2016
395
Figura 8.2.3.14 – Locais visitados dentro do estuário do rio Formoso para caracterização das macrófitas
aquáticas entre os dias 10 e 12 de janeiro de 2016.
Fonte; Projetec, 2016.
d) Macrófitas aquáticas
396
e) Recifes de Arenito
Figura 8.2.3.15 - Distribuição dos pontos amostrais e de observações dentro da área de influência
direta do empreendimento.
Fonte: Projetec, 2016 (Modificado da Imagem Google Earth, fevereiro de 2016)
397
Localização Referências geográficas
Ponto de ancoragem 8°41'49.96"S 35° 4'32.63"O
Ponto de pesca 8°41'38.17"S 35° 4'11.36"O
Legenda: AID=Área influencia direta.
Para obtenção dos dados, foi empregado do método PIT (Point Intercept
Transect – Transecto de Pontos) na região entre marés em direção ao infralitoral. Essa
técnica é recomendada pelo protocolo do ReBentos para avaliação da cobertura
recifal e monitoramento das mudanças climáticas a partir de comunidades bentônicas
(LEÃO et al, 2015). Também é utilizado para avaliar o tipo de cobertura dos recifes
com o auxilio de uma trena graduada (Figura 2C, D, E).
Dessa forma, ao longo de 60 m de linha, identifica-se a cada 10 cm os
elementos que ocorrem sob a linha do transecto completando 600 pontos. Foram
levantados seis sítios (réplicas) e em cada sítio foram registrados 600 pontos que
produziram 3.600 pontos por recife (600 pontos X 6 sítios = 3.600 pontos). Em cada
ponto da linha do transecto, anotou-se, em formulário de campo, o tipo de cobertura
do recife usando os códigos indicados a seguir:
398
considerados como recruta de coral apenas as colônias com diâmetro igual ou menor
que 2 cm. Os quadrados foram lançados ao longo dos transectos a cada 2 metros ao
longo dos 60 metros do transectos, completando um total de 30 quadrados por sítio.
399
A B
C D
E F
400
8.2.3.2 Caracterização da AII
401
ZOOBENTOS Táxon Autor Referência Observação
Nematoda Spilophorella Filipjev, 1917 Santos, 2010
Nematoda Filitonchus Platt, 1982 Santos, 2010
Wieser &
Nematoda Gomphionema Santos, 2010
Hopper, 1966
Nematoda Nannolaimus Cobb, 1920 Santos, 2010
Nematoda Cyatholaimus Bastian, 1865 Santos, 2010
Micoletzky,
Nematoda Longicyatholaimus Santos, 2010
1924
(Hopper,
Nematoda Marylynnia Santos, 2010
1972)
Nematoda Nannolaimoides Ott, 1972 Santos, 2010
Micoletzky,
Nematoda Paracanthonchus Santos, 2010
1924
Nematoda Pomponema Cobb, 1917 Santos, 2010
Nematoda Cheironchus Cobb, 1917 Santos, 2010
Nematoda Halichoanolaimus de Man, 1886 Santos, 2010
Nematoda Latronema Wieser, 1954 Santos, 2010
Nematoda Synonchiella Cobb, 1933 Santos, 2010
Nematoda Acanthopharynx Marion, 1870 Santos, 2010
Nematoda Catanema Cobb, 1920 Santos, 2010
Nematoda Desmodora de Man, 1889 Santos, 2010
Nematoda Eubostrichus Certes, 1899 Santos, 2010
Nematoda Metachromadora Filipjev, 1918 Santos, 2010
Nematoda Spirinia Gerlach, 1963 Santos, 2010
Allen &
Nematoda Dracograllus Noffsinger, Santos, 2010
1978
Lorenzen,
Nematoda Calomicrolaimus Santos, 2010
1976
Nematoda Deontolaimus de Man, 1880 Santos, 2010
Nematoda Tricoma Cobb, 1894 Santos, 2010
Chitwood,
Nematoda Xyalidae Santos, 2010
1951
Nematoda Daptonema Cobb, 1920 Santos, 2010
Nematoda Promonhystera Wieser, 1956 Santos, 2010
Nematoda Pseudosterenia Wieser, 1956 Santos, 2010
Micoletzky,
Nematoda Steirenia Santos, 2010
1922
Nematoda Theristus Bastian, 1865 Santos, 2010
Nematoda Trichotheristus Wieser, 1956 Santos, 2010
Ditlevsen,
Nematoda Parasphaerolaimus Santos, 2010
1919
Nematoda Desmolaimus de Man, 1880 Santos, 2010
Nematoda Metalinhomoeus de Man, 1907 Santos, 2010
Nematoda Terschellingia de Man, 1888 Santos, 2010
Nematoda Parodontophora Timm, 1963 Santos, 2010
402
ZOOBENTOS Táxon Autor Referência Observação
Nematoda Southerniella Allgén, 1932 Santos, 2010
Nematoda Comesoma Bastian, 1865 Santos, 2010
Ditlevsen,
Nematoda Dorylaimopsis Santos, 2010
1918
Nematoda Sabatieria Rouville, 1903 Santos, 2010
Nematoda Setosabatieria Platt, 1985 Santos, 2010
Hartman,
Polychaeta Aparaonis Santos, 2010
1965
Hartman,
Polychaeta Aedicira Santos, 2010
1957
Malmgren,
Polychaeta Prionospio Santos, 2010
1867
Polychaeta Cirratulidae Carus, 1863 Santos, 2010
Malmgren,
Polychaeta Sigalionidae Santos, 2010
1867
Hartman,
Polychaeta Alikunhia Santos, 2010
1959
Polychaeta Proceraea Ehlers, 1864 Santos, 2010
Quatrefages,
Polychaeta Brania Santos, 2010
1866
Nogueira, San
Polychaeta Sphaerosyllis annulata Martín & Santos, 2010
Fukuda, 2004
Hartmann-
Polychaeta S. centroamericana Schröder, Santos, 2010
1959
Polychaeta Parapionosyllis Fauvel, 1923 Santos, 2010
Polychaeta Syllides Grube, 1850 Santos, 2010
Polychaeta Eudontosyllis Knox, 1960 Santos, 2010
Malmgren,
Polychaeta Pionosyllis Santos, 2010
1867
Hartmann-
Polychaeta Plakosyllis Schröder, Santos, 2010
1956
Hartman,
Polychaeta Braniella Santos, 2010
1965
Polychaeta Terebellidae Santos, 2010
Polychaeta Meganerilla Boaden, 1961 Santos, 2010
Remane,
Polychaeta Mesonerilla Santos, 2010
1949
Polychaeta Nerilla Schmidt, 1848 Santos, 2010
Kersteuer,
Polychaeta Psamoriedlia Santos, 2010
1966
Polychaeta Thalassochaetus Ax, 1954 Santos, 2010
Endêmica da América
Cnidaria Bunodossoma cangicum Corrêa, 1964 Gomes, 2002
do Sul
(Duchassaing
Cnidaria Anthopleura krebsi & Michelotti, Gomes, 2002
1860)
Cnidaria Anthopleura cascai Corrêa, 1964 Gomes, 2002 Endêmica do Brasil
403
ZOOBENTOS Táxon Autor Referência Observação
Psamanthus
Cnidaria Rosso, 1984 Gomes, 2002
caraguaensis
Linnaeus,
Cnidaria Millepora alcicornis Costa, 2013
1758
Cnidaria Millepora brasiliensis Verrill, 1868 Costa, 2013
(Mc Murruch,
Cnidaria Actinia Bermudensis Gomes, 2002
1889)
Cnidaria Bellactis ilkalyseae Dube, 1983 Gomes, 2002
(Duchassaing
Cnidaria Carijoa riisei & Michelotti, Perez, 2002
1860)
(Linnaeus,
Cnidaria Agaricia agaricities Mayal et al., 2002
1758)
Rathbum,
Cnidaria Porites branneri Mayal et al., 2002
1887
(Linnaeus,
Cnidaria Montastrea cavernosa Mayal et al., 2002
1758)
Cnidaria Favia gravida Verril 1868 Mayal et al., 2002 Endêmica do Brasil
Vaughan,
Cnidaria Astrangia braziliensis Mayal et al., 2002
1906
(Milne,
Cnidaria Phyllangia americana Edwards & Mayal et al., 2002
Haime, 1850)
Cnidaria Mussismilia harthii Verril 1868 Mayal et al., 2002
Cnidaria Mussusmilia hispida (Verril 1902) Mayal et al., 2002
Cnidaria Scolymia wellsi Laborel, 1967 Mayal et al., 2002
(Duchassaing
Cnidaria Palythoa caribeorum & Michelotti, Costa, 2013
1860)
Cnidaria Zoanthus sociathus (Ellis, 1768) Costa, 2013
Hajdu et al
Porifera Geodia corticostylifera Santos et al. 2002
1992
Porifera Geodia papyridea Hechtel, 1976 Santos et al. 2002
Porifera Cliona cf. celata Grant, 1826 Santos et al. 2002
Ridley &
Porifera Placospongia intermedia Santos et al. 2002
Dendy, 1887
(Duch & Mich,
Porifera Anthosimella varians Santos et al. 2002
1864)
(Duch & Mich,
Porifera Spirastrella coccinea Santos et al. 2002
1864)
(Duch & Mich,
Porifera Agelas dispar Santos et al. 2002
1864)
(Smhidt,
Porifera Agelas clathrodes Santos et al. 2002
1870)
(De
Porifera Echinoclathtria helwigi laubenfels, Santos et al. 2002
1936)
(Duch & Mich,
Porifera Ectyoplasia ferox Santos et al. 2002
1864)
(Duch & Mich,
Porifera Tedania ignis Santos et al. 2002
1864)
(Duch & Mich,
Porifera Mycale angulosa Santos et al. 2002
1864)
404
ZOOBENTOS Táxon Autor Referência Observação
George
Porifera Axinella corrugata Santos et al. 2002
&Wilson, 1919
Halichondria
Porifera Hechtel, 1969 Santos et al. 2002
magniculosa
(De
Porifera Topsentia ophiraphidites laubenfels, Santos et al. 2002
1954)
Porifera Haliclona sp. Santos et al. 2002
Wiedenmayer,
Porifera Niphates amorpha Santos et al. 2002
1977
(Duch & Mich,
Porifera Amphimedon viridis Santos et al. 2002
1864)
Porifera Oceanapia sp. Santos et al. 2002
(Duch & Mich,
Porifera Ircinia felix Santos et al. 2002
1864)
Porifera Dysidea sp. Santos et al. 2002
Porifera Pseudoceratina crassa (Htatt, 1875) Santos et al. 2002
Crustacea Gonodactylus bredini (Manning) Coelho et al, 2002
Gonodactylus
Crustacea (Manning) Coelho et al, 2002
lacunatatus
Crustacea Pseudosquilla ciliata (Frabricius) Coelho et al, 2002
Crustacea Pseudosquilla oculata (Brullé) Coelho et al, 2002
Crustacea Lysiosquilla scabricauda (Lamarck) Coelho et al, 2002
Crustacea Metapenaeopsis goodei (Smith) Coelho et al, 2002
Perez-
Crustacea M. martinella Coelho et al, 2002
Farfante
Perez-
Crustacea Farfantepenaeus notialis Coelho et al, 2002
Farfante
Perez-
Crustacea Farfantepenaeus subtilis Coelho et al, 2002 Ameaçada
Farfante
Crustacea Litopenaeus schmitti Burkenroad Coelho et al, 2002 Ameaçada
Crustacea Xiphopenaeus kroyeri Heller Coelho et al, 2002
Crustacea Sicyonia parri (Burkenroad) Coelho et al, 2002
Crustacea Sicyonia typica (Boeck) Coelho et al, 2002
Macrobrachium
Crustacea (Wiegmann) Coelho et al, 2002
acanthurus
Crustacea Macrobrachium carcinus L Coelho et al, 2002 Ameaçada
Nematonpalaemon
Crustacea (Holthuis) Coelho et al, 2002
schmitti
Crustacea Periclimenis americanus (Kingsley) Coelho et al, 2002
Exhippolysmata
Crustacea (Holthuis) Coelho et al, 2002
aplophoroides
Crustacea Scylarus americanus (Smith) Coelho et al, 2002
Crustacea Scylarus chacei (Holthuis) Coelho et al, 2002
Crustacea Panulirus argus (Latreille) Coelho et al, 2002
Crustacea Panulirus laevicauda (Latreille) Coelho et al, 2002
Cryptodromiopsis
Crustacea (Stimpson) Coelho et al, 2002
antilensis
405
ZOOBENTOS Táxon Autor Referência Observação
Crustacea Dromia erythropus (Edwards) Coelho et al, 2002
Crustacea Menippe nodifrons Stimpson Coelho et al, 2002
Crustacea Panopeus harttii Smith Coelho et al, 2002
Edwardisium (Milne
Crustacea Coelho et al, 2002
spinimanus Edwards)
Crustacea Paractaea rufopunctata Stimpson Coelho et al, 2002
Crustacea Platypodiella spectabilis (Herbst) Coelho et al, 2002
Crustacea Pilumnus dasypodus Kingsley Coelho et al, 2002
Crustacea Melybia thalamita Stimpson Coelho et al, 2002
Crustacea Micropanope nuttingi (Rathbun) Coelho et al, 2002
Crustacea Calappa galoides Stimpson Coelho et al, 2002
Crustacea Calappa ocellata Holthuis Coelho et al, 2002
Crustacea Calappa sulcata Rathbun Coelho et al, 2002
Crustacea Areneus cribrarius (Lamarck) Coelho et al, 2002
Crustacea Callinectes danai Smith Coelho et al, 2002 Comestível
Crustacea Callinectes exasperatus (Gerstaecker) Coelho et al, 2002
Crustacea Callinectes ornatus Ordway Coelho et al, 2002
Crustacea Cronius tumidulus (Stimpson) Coelho et al, 2002
Crustacea Acantonys dissimulatus Coelho Coelho et al, 2002
Crustacea Epialtoides rostratus Coelho Coelho et al, 2002
Crustacea Mocosoa crebripunctata Stimpson Coelho et al, 2002
Crustacea Podochela algicola (Stebbing) Coelho et al, 2002
Stenorhynchus
Crustacea (Herbst) Coelho et al, 2002
seticornis
Aepinus (Milne
Crustacea Coelho et al, 2002
septemspinosus Edwards)
Milne
Crustacea Collodes inermis Coelho et al, 2002
Edwards
Milne
Crustacea Inachoides forceps Coelho et al, 2002
Edwards
Crustacea Leptopisa setirostris Stimpson Coelho et al, 2002
Macrocoeloma
Crustacea Miers Coelho et al, 2002
concavum
Crustacea Macrocoeloma eutheca (Stimpson) Coelho et al, 2002
Macrocoeloma
Crustacea (Stimpson) Coelho et al, 2002
laevigatum
Macrocoeloma
Crustacea (Latreille) Coelho et al, 2002
trispinosum
Crustacea Microphrys bicornutus (Latreille) Coelho et al, 2002
Crustacea Microphrys interruptus Rathbun Coelho et al, 2002
Crustacea Mithraculus coryphe (Herbst) Coelho et al, 2002
Milne
Crustacea Mithraculus forceps Coelho et al, 2002
Edwards
Crustacea Mithrax braziliensis Rathbun Coelho et al, 2002
Crustacea Mithrax hispidus (Herbst) Coelho et al, 2002
406
ZOOBENTOS Táxon Autor Referência Observação
Crustacea Mithrax hemphilli Rathbun Coelho et al, 2002
Crustacea Nemausa acuticornis (Stimpson) Coelho et al, 2002
Crustacea Thoe aspera Rathbun Coelho et al, 2002
Crustacea Libinia ferreirae Brito Capello Coelho et al, 2002
Milne
Crustacea Pelia rotunda Coelho et al, 2002
Edwards
Crustacea Picroceroides tubulares Miers Coelho et al, 2002
Crustacea Pitho lherminieri (Schramm) Coelho et al, 2002
Crustacea Tyche potiguara Garth Coelho et al, 2002
Milne
Crustacea Ebalia stimpsonii Coelho et al, 2002
Edwards
Crustacea Lithadia conica (Coelho) Coelho et al, 2002
Crustacea Lithadia vertiginosa (Coelho) Coelho et al, 2002
Crustacea Speloeophorus elevatus Rathbun Coelho et al, 2002
Crustacea Iliacantha sparsa Stimpson Coelho et al, 2002
Persephona
Crustacea Rathbun Coelho et al, 2002
lichtensteinii
Ameaçada;
Crustacea Cardisoma guanhumi (Latreille) Coelho et al, 2002
comestível
Crustacea Plagusia depressa (Frabricius) Coelho et al, 2002
(Milne
Crustacea Aratus pisonii Coelho et al, 2002 Comestível
Edwards)
Crustacea Ocypode quadrata (Frabricius) Coelho et al, 2002
Ameaçada;
Crustacea Ucides cordatus (Linnaeus) Coelho et al, 2002
comestível
Crustacea Austinixa aidae (Righi) Coelho et al, 2002
Crustacea Zaops ostreum (Say) Coelho et al, 2002
Crustacea Challichirus major (Say) Coelho et al, 2002
Crustacea Upogebia noronhesis Fausto Filho Coelho et al, 2002
Gomes
Crustacea Upogebia omissa Coelho et al, 2002
Correa
Crustacea Albunea paretii Guérin Coelho et al, 2002
Crustacea Clibanarius vittatus (Bosc) Coelho et al, 2002
(Milne
Crustacea Dardanus venosus Coelho et al, 2002
Edwards)
Forest & Saint
Crustacea Isocheles sawayai Coelho et al, 2002
Laurent
Crustacea Petrochirus diogenes (L.) Coelho et al, 2002
Megalobrachium
Crustacea (Rathbun) Coelho et al, 2002
roseum
Megalobrachium
Crustacea (Say) Coelho et al, 2002
soriatum
Crustacea Minyocerus augustus (Dana) Coelho et al, 2002
Milne
Crustacea Pachycheles ackleyanus Coelho et al, 2002
Edwards
Crustacea Petrolisthes amoenus (Guérin) Coelho et al, 2002
Crustacea Petrolisthes armatus (Gibbes) Coelho et al, 2002
407
ZOOBENTOS Táxon Autor Referência Observação
Crustacea Petrolisthes galathinus (Bosc) Coelho et al, 2002
Crustacea Porcellana sayana (Leach) Coelho et al, 2002
Crustacea Munida angulata Benedict Coelho et al, 2002
Crustacea Munida spnifrons Henderson Coelho et al, 2002
Crustacea Excirolana carangis (Van Name) Coelho et al, 2002
(Loyola &
Crustacea Sphaeromopsis mourei Coelho et al, 2002
Silva)
Crustacea Synidotea marplatensis Giambiagi Coelho et al, 2002
Progebiophilus
Crustacea (Hay) Coelho et al, 2002
upogebiae
Crustacea Ampithoe kava Miers Coelho et al, 2002
Crustacea Ampithoe ramondi Audoin Coelho et al, 2002
Crustacea Hyale grimaldi Chevreaux Coelho et al, 2002
Crustacea Leucothoe spinicarpa (Abilgard) Coelho et al, 2002
Crustacea Lysianassa ceratina Walker Coelho et al, 2002
Crustacea Lysianassa cinghalensis Stebbing Coelho et al, 2002
Crustacea Lysianassa plumosa Boeck Coelho et al, 2002
Crustacea Elasmopus rapax Costa Coelho et al, 2002
Crustacea Maera quadrimana (Dana) Coelho et al, 2002
Orchestoidea
Crustacea (Dana) Coelho et al, 2002
brasiliensis
Crustacea Acartia lilljeborghii Giesbrecht Coelho et al, 2002
Fonte: Gomes, 2002; Perez, 2002; Mayal et al., 2002; Santos et al. 2002; Coelho et al, 2002; Tenório
et al., 2002; Tommasi et al. 2002; Santos, 2010; Dias et al, 2013; Costa, 2013.
408
b) Ictiofauna
409
Pernambuco, essa porcentagem é ainda maior, como encontrado no estuário do rio
Formoso por Paiva et al. (2009). Tal predominância também foi relatada nos demais
estuários do estado e deve-se ao grande número desses ambientes, sendo 17
estuários no total, que ocorrem numa linha de costa relativamente estreita, de
somente 187 quilômetros.
No estuário do rio Formoso, a pequena dimensão da bacia de drenagem e
alta influência das marés possibilitam uma permeabilidade ainda maior do ambiente
marinho e dos organismos associados na região continental.
A conexão entre a zona costeira e o ambiente estuarino também é
evidenciada pelos diversos registros de espécies de peixes recifais dentro do estuário.
Dentre as 77 espécies encontradas por Paiva et al. (2009) no estuário do rio Formoso,
51,3% são migrantes marinhas que habitam regiões de recife de coral. Isso
demonstra que a ictiofauna do estuário do rio Formoso é diretamente influenciada pela
fauna das zonas costeiras e recifais que ocorrem entre os municípios de Sirinhaém e
Tamandaré, sobretudo pela formação de arenito presente na Praia dos Carneiros, que
constitui o ambiente recifal mais próximo do estuário em questão. Pode-se afirmar que
a região estuarina do rio Formoso desempenha um importante papel para o
desenvolvimento, proteção e reprodução de diversas espécies de peixes, inclusive de
outros ecossistemas.
410
Tabela 8.2.3.4 - Lista de ocorrência das espécies de peixes do estuário do rio Formoso. A última coluna
indica a possível dependência das espécies com o ambiente recifal.
PAIVA E DEPENDÊNCIA
PAIVA ET
ESPÉCIE / AUTOR ARAUJO, DO AMBIENTE
AL., 2009
2010 RECIFAL
Acanthurus chirurgus X X
Achirus declivis X X
Achirus lineatus X X
Albula vulpes X X X
Anchoa tricolor X X
Anchovia clupeoides X X
Antennarius striatus X X X
Archosargus probatocephalus X X
Archosargus rhomboidalis X X
Atherinella brasiliensis X X
Bairdiella ronchus X
Bathygobius soporator X X
Carangoides bartholomaei X X X
Carangoides crysos X X X
Caranx latusAgassiz, X X X
Centropomus parallelus X X
Centropomus pectinatus X X
Centropomus undecimalis X X X
Cetengraulis edentulus X X
Chaetodipterus faber X X X
Chloroscombrus chrysurus X X
Citharichthys arenaceus X X X
Citharichthys spilopterus X X
Ctenogobius smaragdus X X
Cyclichthys antillarum X X X
Cynoscion leiarchus X X
Dactylopterus volitans X X X
Dasyatis guttata X
Diapterus auratus X
Diapterus rhombeus X X
Dormitator maculatus X X
Eleotris pisonis X X
Elops saurus X X
Epinephelus itajara X X X
Etropus crossotus X X
Eucinostomus argenteus X X
Eucinostomus gula X X X
Eucinostomus lefroyi X X X
Eucinostomus melanopterus X X X
Eugerres brasilianus X X
Fistularia petimba X X X
411
PAIVA E DEPENDÊNCIA
PAIVA ET
ESPÉCIE / AUTOR ARAUJO, DO AMBIENTE
AL., 2009
2010 RECIFAL
Genyatremus luteus X
Gerres cinereus X X
Gobionellus oceanicus X X
Gobionellus stomatus X X
Guavina guavina X
Gymnothorax funebris X X
Gymnothorax ocellatus X X
Haemulon parra X X X
Harengula clupeola X X X
Hemiramphus balao X X X
Hippocampus reidi X X
Hirundichthys affinis X
Histrio histrio X X X
Hyporhamphus roberti X X
Hyporhamphus unifasciatus X X X
Labrisomus nuchipinnis X X
Lactophrys trigonus X X X
Lactophrys triqueter X X
Lagocephalus laevigatus X
Lile piquitinga X
Lobotes surinamensis X X
Lutjanus analis X X
Lutjanus cyanopterus X X
Lutjanus griseus X X X
Lutjanus jocu X X X
Lutjanus synagris X X X
Lycengraulis grossidens X X
Megalops atlanticus X X
Menticirrhus americanus X X
Microdesmus bahianus X
Micropogonias furnieri X X
Mugil curema X X X
Mugil liza X X
Mugil trichodon X
Mycteroperca bonaci X X
Odontesthes bonariensis X
Ogcocephalus vespertilio X X X
Oligoplites palometa X X
Oligoplites saurus X X X
Opisthonema oglinum X X
Paralichthys brasiliensis X X X
Phtheirichthys lineatus X
412
PAIVA E DEPENDÊNCIA
PAIVA ET
ESPÉCIE / AUTOR ARAUJO, DO AMBIENTE
AL., 2009
2010 RECIFAL
Platanichthys platana X
Poecilia vivipara X X
Polydactylus virginicus X X
Pomadasys corvinaeformis X X X
Pomadasys crocro X
Prionotus alipionis X X
Pseudupeneus maculatus X X X
Rhinosardinia amazonica X X
Rypticus saponaceus X X X
Sciades herzbergii X
Sciades proops X
Scomberomorus brasiliensis X X X
Scomberomorus cavalla X X X
Scomberomorus regalis X X
Scorpaena isthmensis X X
Scorpaena plumieri X X
Selene vomer X X X
Sparisoma amplum X X X
Sparisoma radians X X X
Sphoeroides greeleyi X X X
Sphoeroides nephelus X X
Sphoeroides spengleri X
Sphoeroides testudineus X X
Sphyraena barracuda X X X
Sphyraena guachancho X X
Stegastes fuscus X X X
Stellifer brasiliensis X
Stellifer rastrifer X
Strongylura timucu X X X
Symphurus plagusia X X
Symphurus tessellatus X X
Synodus foetens X X X
Thalassophryne nattereri X X
Trachinotus carolinus X X
Trachinotus falcatus X X
Trichiurus lepturus X
Tylosurus acus X
TOTAL 121 77 64
Fonte: Paiva e Araújo, 2010; Paiva et al., 2009.
413
Ictiofauna característica dos Recifes de Arenito
Tabela 8.2.3.5 - Lista das espécies de peixes recifais registradas nos recifes de coral presentes na
linha de costa situada entre a foz do rio Formoso e a foz do rio Mamucaba, Tamandaré.
Ferreira
Ferreira et
Família Nome científico e Maida Nome popular
al. (1995)
(2006)
1 Dasyatidae Dasyatis americana x raia-manteiga
2 Myliobatidae Aetobatis narinari x raia-chita
3 Clupeidae Harengula clupeola x sardinha-cascuda
Gymnothorax funebris x moréia
Gymnothorax moringa x moréia
4 Muraenidae
Gymnothorax vicinus x moréia
Muraena pavonina x moréia
5 Ophichthidae Myrichthys ocellatus x muriongo
Synodus foetens x lagarto
6 Synodontidae
Synodus intermedius x -
7 Ogcocephalidae Ogcocephalus vespertilio x morcego
8 Hemiramphidae Hemiramphus brasiliensis x agulha preta
Holocentrus ascensionis x x mariquita
9 Holocentridae
Myripristis jacobus x mariquita-defogo
10 Aulostomidae Aulostomus maculatus x trombeta
11 Fistulariidae Fistularia tabacaria x peixe-cachimbo
12 Syngnathidae Hippocampus redi x cavalo marinho
13 Scorpaenidae Scorpaena plumieri x beatriz
14 Triglidae Prionotus sp. x cabrinha
15 Dactylopteridae Dactylopterus volitans x voador de fundo
Rypticus saponaceus x sabão
Pseudogramma gregoryi x -
Alphestes afer x -
16 Serranidae Cephalopholis fulva x x piraúna
Epinephelus adscencionis x x gato
Epinephelus itajara x x mero
Serranus cf flavicentris x -
414
Ferreira
Ferreira et
Família Nome científico e Maida Nome popular
al. (1995)
(2006)
17 Grammidae Gramma loreto x grama loreto
Apogon americanus x olhão
18 Apogonidae
Phaeoptyx pigmentaria x olhão
Caranx latus x guarajuba
19 Carangidae
Caranx bartholomaei x xaréu
Lutjanus analis x cioba
Lutjanus apodus x -
Lutjanus cyanopterus x -
20 Lutjanidae
Lutjanus jocu x x dentão
Lutjanus synagris x -
Ocyurus chrysurus x goiúba
Ulaema lefroyi x carapicu
21 Gerreidae
Eucinostomus gula x carapeba
Haemulon aurolineatum x x xira
Haemulon chrysargyreum x xira
Haemulon macrostomum x biquara
Haemulon parra x x xira
22 Haemulidae Haemulon plumieri x xira
Haemulon sp x xira
Anisostremus moricandi x -
Anisotremus surinamensis x x pirambú
Anisotremus virginicus x x salema
Equetus acuminatus x submarino
23 Scianidae Equetus lanceolatus x -
Odontoscion dentex x -
Pseudupeneus maculatus x x saramonete
24 Mullidae
Mulloidichthys martinicus x -
25 Pempheridae Pempheris schomburrgki x x piaba-do-mar
26 Kyphosidae Kyphosus sp x -
27 Ephippidae Chaetodipterus faber x enxada
28 Chaetodontidae Chaetodon striatus x x borboleta, anjo
29 Pomacanthidae Pomacanthus paru x x paru
Stegastes fuscus x castanheta
Stegastes variabilis x donzela
30 Pomacentridae Abdefduf saxatilis x saberé
Microspathodon chrysurus x x fluorescente
Chromis multilineata x -
Mugil curema x curimã
31 Mugilidae
Mugil lisa x tainha
Sphyraena barracuda x barracuda
32 Sphyraenidae
Sphyraena guachancho x bicuda
33 Labridae Bodianus rufus x x rufus
415
Ferreira
Ferreira et
Família Nome científico e Maida Nome popular
al. (1995)
(2006)
Halichoeres poeyi x budião
Halichoeres cf radiatus x budião azul
Halichoeres maculipinna x budião
Halichoeres bivittatus x budião
Doranotus megalepis x -
Sparisoma axillare x bobó, papagaio
Sparisoma frondosus x bobó, papagaio
Sparisoma rubripinne x bobó, papagaio
Sparisoma chrysopterum x bobó, papagaio
Sparisoma viride x x bobó, papagaio
34 Scaridae Sparisoma atomarium x bobó, papagaio
Sparisoma radians x budião batata
Scarus guacamaia x bico-verde
Scarus coelestinus x bico-verde
Scarus sp. x bico-verde
Scarus zelindae x -
Malacoctenus delalandei x -
35 Labrisomidae
Labrisomus nuchipinnis x macaco
Ophioblennius atlanticus x macaco
Scartella cristata x -
36 Blenniidae
Entomacrodus vomerinus x -
Parablennius pilicornis x -
Bathygobius soporator x -
Coryphopterus x -
37 Gobiidae glaucofraenum
Elacatinus figaro x -
Gobiosoma sp. x neon
Acanthurus coeruleus x x cirurgião azul
38 Acanthuridae Acanthurus bahianus x x cirurgião
Acanthurus chirurgus x cirurgião
39 Bothidae Bothus lunatus x soia
Alutera scriptus x -
40 Balistidae
Cantherhines pullus x -
Acanthostracion polygonius x peixe cofre
41 Ostraciidae Acanthostracion x peixe cofre
quadricornis
Sphoeroides testudineus x baiacú
42 Tetraodontidae Sphoeroides spengleri x baiacú
Canthigaster rostrata x baiacú
43 Diodontidae Diodon hystrix x baiacú-de-espinho
TOTAL 103 23
Fonte: Ferreira et al., 1995; Ferreira e Maida, 2006.
416
A espécie mais comum nos recifes foi a castanheta Stegastes fuscus,
seguida da donzela Stegastes variabilis e do budião Halichoeres poeyi.
Na Figura 8.2.3.17 está representada a estruturação espacial da
comunidade de peixes (FERREIRA et al., 1995), com grupos de espécies associados
aos diferentes icrohabitats que compõem o ambiente recifal.
417
cardumes mistos que percorrem a área se alimentando e se protegendo da predação,
utilizando a cobertura vegetal.
Já nas áreas de substrato mais consolidado e com pouca rugosidade (Área
2A), predominam juvenis de peixes herbívoros (Acanthuridae e Scaridae).
Nas áreas de topo do recife (Área 3), ocorrem juvenis e adultos da família
Pomacentridae (principalmente Stegastes fuscus e S. variabilis e alguns juvenis de
Microspadon chrysurus) que defendem o território contra invasões de outros
herbívoros.
A crista recifal traseira (2B) esteve dominada pela família
Pomacentridae, com altas densidades de S.fuscus adultos. Devido a grande
abundância, os territórios dos Pomacentrideos se sobrepõem nesta área e a
competição por espaço é intensificada. Bandos de exemplares adultos e juvenis das
famílias Labridae, Scaridae e Acanthuridae, de 10 a 30 indivíduos sucedem em pastar
nestes territórios.
Na Área 4, que representa a crista recifal frontal, dominam indivíduos de
Stegastes fuscus e Ophioblennius atlanticus. As Áreas 5 e 6 são aquelas de maior
diversidade, devido também à maior diversidade de habitats, com a maioria das
famílias representadas, como Lutjanidae (Lutjanus jocu e L. apodus), Serranidae
(Cephalopholis fulva e Epinephelus adscencionis) e Haemulidae, com diversas
espécies de Haemulon e Anisotremus e cardumes de peixes herbívoros,
principalmente Scaridae e Acanthuridae.
Na região coberta por algas calcáreas (Área 7) também ocorreu um
predomínio de Stegastes fuscus. As cavernas e locas, presentes na Área 8, foram
dominadas pela família Holocentridae (Holocentrus adscencionis e Myripristis
jacobus), Pempheridae (Pempheris schomburgki), Serranidae, Grammidae (Gramma
loreto), Apogonidae (Apogon americanus) Lutjanidae, Haemulidae e Acanthuridae.
Vale ressaltar que este levantamento foi realizado entre os anos de 1994 e 1995.
Em levantamos mais recentes apenas nas formações de arenito da praia
de Tamandaré, Ferreira e Maida (2006) registraram 23 espécies, a partir de mergulhos
autônomos entre os anos de 2002 e 2003 (Tabela 5). Em análise comparativa as
demais regiões de recife de coral monitoradas no Brasil, a região de Tamandaré foi a
4ª mais rica, perdendo em número de espécies apenas para Atol das Rocas (RN),
Maracajaú (RN) e Maragogi (AL). Deve-se considerar, no entanto, que tais
amostragens foram realizadas dentro da Zona de Preservação da Vida Marinha
418
(ZPVM) da APA Costa dos Corais, onde não é permitida nenhuma atividade antrópica,
exceto pesquisa autorizada, desde 1995. Nesta área o ambiente permanece o mais
preservado possível, representando o mais alto grau de preservação da Unidade de
Conservação.
Répteis
Ordem Testudines
419
Não há registro na literatura científica sobre a ocorrência de tartarugas
marinhas no estuário do rio Formoso, entretanto, alguns pescadores locais afirmaram
já ter encontrado ninhos de tartaruga nas imediações do Pontal de Guadalupe-PE,
além de indivíduos adultos em momentos de desova e atividade alimentar dentro do
estuário. Tal ocorrência não pode ser descartada, dada a curta distância em relação
às praias de desovas já registradas, como o litoral de Ipojuca, e pela ocorrência de
indivíduos nas proximidades, como em Sirinhaém.
Mamíferos
Ordem Sirenia
Ordem Cetacea
420
Acredita-se que esta espécie ocorra desde o Estado de Santa Catarina até
o mar do Caribe, entretanto, a presença da espécie na região não é reconhecida pelos
moradores locais. Para o estado de Alagoas, os registros desta espécie estão restritos
a um esqueleto encontrado na praia de Pajuçara e um único avistamento no Porto de
Maceió (Borobia et al, 1991).
Faltam levantamentos detalhados sobre a ocorrência da espécie dentro da
área do empreendimento, entretanto, os níveis elevados de ruído dentro do estuário
do rio Formoso devido ao movimento das embarcações levam a crer que a ocorrência
da espécie na área é pouco provável, já que a poluição sonora causa alterações no
comportamento de populações de mamíferos marinhos, sobretudo dos cetáceos, que
utilizam o som para navegar, encontrar e capturar suas presas e localizar parceiros e
predadores (ICMBio, 2011).
421
e) Espécies de valor econômico e/ou científico
422
8.2.3.3 Caracterização da ADA/AID
a) Zooplâncton
423
Zooplancton Táxon Autor Referência
Crustacea Monstrilloida Lima, 2012
Crustacea Paracalanus indicus Wolfenden, 1905 Lima, 2012
Crustacea Paracalanus sp. (Copepodito) Lima, 2012
Crustacea Parvocalanus crassirostris (Dahl F., 1894) Lima, 2012
(Giesbrecht,
Crustacea Subeucalanus pileatus Lima, 2012
1888)
Crustacea Pseudodiaptomus acutus (Dahl F., 1894) Lima, 2012
Crustacea Pseudodiaptomus marshi Wright S., 1936 Lima, 2012
Crustacea Pseudodiaptomus richardi (Dahl F., 1894) Lima, 2012
Crustacea Pseudodiaptomus trihamatus Wright S., 1937 Lima, 2012
Crustacea Temora turbinata (Dana, 1849) Lima, 2012
Crustacea Calanopia americana Dahl F., 1894 Lima, 2012
Crustacea Labidocera nerii (Krøyer, 1849) Lima, 2012
Crustacea Acartia lilljeborgi Giesbrecht, 1889 Lima, 2012
Crustacea Oithona oswaldocruzi Oliveira, 1945 Lima, 2012
Crustacea Oithona hebes Giesbrecht, 1891 Lima, 2012
Crustacea Oithona oculata Farran, 1913 Lima, 2012
Crustacea Microsetella norvegica (Boeck, 1865) Lima, 2012
Crustacea Clytemnestra rostrata (Brady, 1883) Lima, 2012
Crustacea Eudactylopus sp. Lima, 2012
Crustacea Metis jousseaumi (Richard, 1892) Lima, 2012
Crustacea Corycaeus amazonicus Dahl, F., 1894 Lima, 2012
Crustacea Corycaeus giebrechti Dahl F., 1894 Lima, 2012
Crustacea Longipedia sp. (náuplio) Lima, 2012
Crustacea Tigriopus sp. Lima, 2012
Crustacea Cirripedia (Cypris) Lima, 2012
Crustacea Cirripedia (Náuplio) Lima, 2012
Crustacea Lucifer faxoni Borradaile, 1915 Lima, 2012
Crustacea Lucifer (Protozoea) Lima, 2012
Crustacea Lucifer (mysis) Lima, 2012
Crustacea Brachyura (Zoea) Lima, 2012
Crustacea Brachyura (Megalopa) Lima, 2012
Crustacea Porcellanidae(Zoea) Lima, 2012
Crustacea Mysidacea (Protozoea) Lima, 2012
Crustacea Mysidacea (mysis) Lima, 2012
Crustacea Isopoda Lima, 2012
Crustacea Amphipoda Lima, 2012
Crustacea Cumacea Lima, 2012
Crustacea Ostracoda Lima, 2012
Chaetognatha Sagitta sp. Lima, 2012
Ascidea Ascidea (Larva) Lima, 2012
424
Zooplancton Táxon Autor Referência
Chordata Teleostei (Ovo) Lima, 2012
Chordata Teleostei (larva) Lima, 2012
Chordata Teleostei (juvenil) Lima, 2012
Quatrefages,
Polychaeta Brania Santos, 2010
1866
Nogueira, San
Polychaeta Sphaerosyllis annulata Martín & Fukuda, Santos, 2010
2004
Hartmann-
Polychaeta S. centroamericana Santos, 2010
Schröder, 1959
Polychaeta Parapionosyllis Fauvel, 1923 Santos, 2010
Polychaeta Syllides Grube, 1850 Santos, 2010
Polychaeta Eudontosyllis Knox, 1960 Santos, 2010
Polychaeta Pionosyllis Malmgren, 1867 Santos, 2010
Hartmann-
Polychaeta Plakosyllis Santos, 2010
Schröder, 1956
Polychaeta Braniella Hartman, 1965 Santos, 2010
Polychaeta Terebellidae Santos, 2010
Polychaeta Meganerilla Boaden, 1961 Santos, 2010
Polychaeta Mesonerilla Remane, 1949 Santos, 2010
Polychaeta Nerilla Schmidt, 1848 Santos, 2010
Polychaeta Psamoriedlia Kersteuer, 1966 Santos, 2010
Polychaeta Thalassochaetus Ax, 1954 Santos, 2010
Cnidaria Bunodossoma cangicum Corrêa, 1964 Gomes, 2002
(Duchassaing &
Cnidaria Anthopleura krebsi Gomes, 2002
Michelotti, 1860)
Cnidaria Anthopleura cascai Corrêa, 1964 Gomes, 2002
Cnidaria Psamanthus caraguaensis Rosso, 1984 Gomes, 2002
Cnidaria Millepora alcicornis Linnaeus, 1758 Costa, 2013
Cnidaria Millepora brasiliensis Verrill, 1868 Costa, 2013
(Mc Murruch,
Cnidaria Actinia Bermudensis Gomes, 2002
1889)
Cnidaria Bellactis ilkalyseae Dube, 1983 Gomes, 2002
(Duchassaing &
Cnidaria Carijoa riisei Perez, 2002
Michelotti, 1860)
Cnidaria Agaricia agaricities (Linnaeus, 1758) Mayal et al., 2002
Cnidaria Porites branneri Rathbum, 1887 Mayal et al., 2002
Cnidaria Montastrea cavernosa (Linnaeus, 1758) Mayal et al., 2002
Cnidaria Favia gravida Verril 1868 Mayal et al., 2002
Cnidaria Astrangia braziliensis Vaughan, 1906 Mayal et al., 2002
(Milne, Edwards
Cnidaria Phyllangia americana Mayal et al., 2002
& Haime, 1850)
Cnidaria Mussismilia harthii Verril 1868 Mayal et al., 2002
Cnidaria Mussusmilia hispida (Verril 1902) Mayal et al., 2002
425
Zooplancton Táxon Autor Referência
Cnidaria Scolymia wellsi Laborel, 1967 Mayal et al., 2002
(Duchassaing &
Cnidaria Palythoa caribeorum Costa, 2013
Michelotti, 1860)
Cnidaria Zoanthus sociathus (Ellis, 1768) Costa, 2013
Porifera Geodia corticostylifera Hajdu et al 1992 Santos et al. 2002
Porifera Geodia papyridea Hechtel, 1976 Santos et al. 2002
Porifera Cliona cf. celata Grant, 1826 Santos et al. 2002
Ridley & Dendy,
Porifera Placospongia intermedia Santos et al. 2002
1887
(Duch & Mich,
Porifera Anthosimella varians Santos et al. 2002
1864)
(Duch & Mich,
Porifera Spirastrella coccinea Santos et al. 2002
1864)
(Duch & Mich,
Porifera Agelas dispar Santos et al. 2002
1864)
Porifera Agelas clathrodes (Smhidt, 1870) Santos et al. 2002
(De laubenfels,
Porifera Echinoclathtria helwigi Santos et al. 2002
1936)
(Duch & Mich,
Porifera Ectyoplasia ferox Santos et al. 2002
1864)
(Duch & Mich,
Porifera Tedania ignis Santos et al. 2002
1864)
(Duch & Mich,
Porifera Mycale angulosa Santos et al. 2002
1864)
George &Wilson,
Porifera Axinella corrugata Santos et al. 2002
1919
Porifera Halichondria magniculosa Hechtel, 1969 Santos et al. 2002
(De laubenfels,
Porifera Topsentia ophiraphidites Santos et al. 2002
1954)
Porifera Haliclona sp. Santos et al. 2002
Wiedenmayer,
Porifera Niphates amorpha Santos et al. 2002
1977
(Duch & Mich,
Porifera Amphimedon viridis Santos et al. 2002
1864)
Porifera Oceanapia sp. Santos et al. 2002
(Duch & Mich,
Porifera Ircinia felix Santos et al. 2002
1864)
Porifera Dysidea sp. Santos et al. 2002
Porifera Pseudoceratina crassa (Htatt, 1875) Santos et al. 2002
Crustacea Gonodactylus bredini (Manning) Coelho et al, 2002
Crustacea Gonodactylus lacunatatus (Manning) Coelho et al, 2002
Crustacea Pseudosquilla ciliata (Frabricius) Coelho et al, 2002
Crustacea Pseudosquilla oculata (Brullé) Coelho et al, 2002
Crustacea Lysiosquilla scabricauda (Lamarck) Coelho et al, 2002
Crustacea Metapenaeopsis goodei (Smith) Coelho et al, 2002
Crustacea M. martinella Perez-Farfante Coelho et al, 2002
Crustacea Farfantepenaeus notialis Perez-Farfante Coelho et al, 2002
Crustacea Farfantepenaeus subtilis Perez-Farfante Coelho et al, 2002
426
Zooplancton Táxon Autor Referência
Crustacea Litopenaeus schmitti Burkenroad Coelho et al, 2002
Crustacea Xiphopenaeus kroyeri Heller Coelho et al, 2002
Crustacea Sicyonia parri (Burkenroad) Coelho et al, 2002
Crustacea Sicyonia typica (Boeck) Coelho et al, 2002
Crustacea Macrobrachium acanthurus (Wiegmann) Coelho et al, 2002
Crustacea Macrobrachium carcinus L Coelho et al, 2002
Crustacea Nematonpalaemon schmitti (Holthuis) Coelho et al, 2002
Crustacea Periclimenis americanus (Kingsley) Coelho et al, 2002
Crustacea Exhippolysmata aplophoroides (Holthuis) Coelho et al, 2002
Crustacea Scylarus americanus (Smith) Coelho et al, 2002
Crustacea Scylarus chacei (Holthuis) Coelho et al, 2002
Crustacea Panulirus argus (Latreille) Coelho et al, 2002
Crustacea Panulirus laevicauda (Latreille) Coelho et al, 2002
Crustacea Cryptodromiopsis antilensis (Stimpson) Coelho et al, 2002
Crustacea Dromia erythropus (Edwards) Coelho et al, 2002
Crustacea Menippe nodifrons Stimpson Coelho et al, 2002
Crustacea Panopeus harttii Smith Coelho et al, 2002
Crustacea Edwardisium spinimanus (Milne Edwards) Coelho et al, 2002
Crustacea Paractaea rufopunctata Stimpson Coelho et al, 2002
Crustacea Platypodiella spectabilis (Herbst) Coelho et al, 2002
Crustacea Pilumnus dasypodus Kingsley Coelho et al, 2002
Crustacea Melybia thalamita Stimpson Coelho et al, 2002
Crustacea Micropanope nuttingi (Rathbun) Coelho et al, 2002
Crustacea Calappa galoides Stimpson Coelho et al, 2002
Crustacea Calappa ocellata Holthuis Coelho et al, 2002
Crustacea Calappa sulcata Rathbun Coelho et al, 2002
Crustacea Areneus cribrarius (Lamarck) Coelho et al, 2002
Crustacea Callinectes danai Smith Coelho et al, 2002
Crustacea Callinectes exasperatus (Gerstaecker) Coelho et al, 2002
Crustacea Callinectes ornatus Ordway Coelho et al, 2002
Crustacea Cronius tumidulus (Stimpson) Coelho et al, 2002
Crustacea Acantonys dissimulatus Coelho Coelho et al, 2002
Crustacea Epialtoides rostratus Coelho Coelho et al, 2002
Crustacea Mocosoa crebripunctata Stimpson Coelho et al, 2002
Crustacea Podochela algicola (Stebbing) Coelho et al, 2002
Crustacea Stenorhynchus seticornis (Herbst) Coelho et al, 2002
Crustacea Aepinus septemspinosus (Milne Edwards) Coelho et al, 2002
Crustacea Collodes inermis Milne Edwards Coelho et al, 2002
Crustacea Inachoides forceps Milne Edwards Coelho et al, 2002
Crustacea Leptopisa setirostris Stimpson Coelho et al, 2002
427
Zooplancton Táxon Autor Referência
Crustacea Macrocoeloma concavum Miers Coelho et al, 2002
Crustacea Macrocoeloma eutheca (Stimpson) Coelho et al, 2002
Crustacea Macrocoeloma laevigatum (Stimpson) Coelho et al, 2002
Crustacea Macrocoeloma trispinosum (Latreille) Coelho et al, 2002
Crustacea Microphrys bicornutus (Latreille) Coelho et al, 2002
Crustacea Microphrys interruptus Rathbun Coelho et al, 2002
Crustacea Mithraculus coryphe (Herbst) Coelho et al, 2002
Crustacea Mithraculus forceps Milne Edwards Coelho et al, 2002
Crustacea Mithrax braziliensis Rathbun Coelho et al, 2002
Crustacea Mithrax hispidus (Herbst) Coelho et al, 2002
Crustacea Mithrax hemphilli Rathbun Coelho et al, 2002
Crustacea Nemausa acuticornis (Stimpson) Coelho et al, 2002
Crustacea Thoe aspera Rathbun Coelho et al, 2002
Crustacea Libinia ferreirae Brito Capello Coelho et al, 2002
Crustacea Pelia rotunda Milne Edwards Coelho et al, 2002
Crustacea Picroceroides tubulares Miers Coelho et al, 2002
Crustacea Pitho lherminieri (Schramm) Coelho et al, 2002
Crustacea Tyche potiguara Garth Coelho et al, 2002
Crustacea Ebalia stimpsonii Milne Edwards Coelho et al, 2002
Crustacea Lithadia conica (Coelho) Coelho et al, 2002
Crustacea Lithadia vertiginosa (Coelho) Coelho et al, 2002
Crustacea Speloeophorus elevatus Rathbun Coelho et al, 2002
Crustacea Iliacantha sparsa Stimpson Coelho et al, 2002
Crustacea Persephona lichtensteinii Rathbun Coelho et al, 2002
Crustacea Cardisoma guanhumi (Latreille) Coelho et al, 2002
Crustacea Plagusia depressa (Frabricius) Coelho et al, 2002
Crustacea Aratus pisonii (Milne Edwards) Coelho et al, 2002
Crustacea Ocypode quadrata (Frabricius) Coelho et al, 2002
Crustacea Ucides cordatus (Linnaeus) Coelho et al, 2002
Crustacea Austinixa aidae (Righi) Coelho et al, 2002
Crustacea Zaops ostreum (Say) Coelho et al, 2002
Crustacea Challichirus major (Say) Coelho et al, 2002
Crustacea Upogebia noronhesis Fausto Filho Coelho et al, 2002
Crustacea Upogebia omissa Gomes Correa Coelho et al, 2002
Crustacea Albunea paretii Guérin Coelho et al, 2002
Crustacea Clibanarius vittatus (Bosc) Coelho et al, 2002
Crustacea Dardanus venosus (Milne Edwards) Coelho et al, 2002
Forest & Saint
Crustacea Isocheles sawayai Coelho et al, 2002
Laurent
Crustacea Petrochirus diogenes (L.) Coelho et al, 2002
Crustacea Megalobrachium roseum (Rathbun) Coelho et al, 2002
428
Zooplancton Táxon Autor Referência
Crustacea Megalobrachium soriatum (Say) Coelho et al, 2002
Crustacea Minyocerus augustus (Dana) Coelho et al, 2002
Crustacea Pachycheles ackleyanus Milne Edwards Coelho et al, 2002
Crustacea Petrolisthes amoenus (Guérin) Coelho et al, 2002
Crustacea Petrolisthes armatus (Gibbes) Coelho et al, 2002
Crustacea Petrolisthes galathinus (Bosc) Coelho et al, 2002
Crustacea Porcellana sayana (Leach) Coelho et al, 2002
Crustacea Munida angulata Benedict Coelho et al, 2002
Crustacea Munida spnifrons Henderson Coelho et al, 2002
Crustacea Excirolana carangis (Van Name) Coelho et al, 2002
Crustacea Sphaeromopsis mourei (Loyola & Silva) Coelho et al, 2002
Crustacea Synidotea marplatensis Giambiagi Coelho et al, 2002
Crustacea Progebiophilus upogebiae (Hay) Coelho et al, 2002
Crustacea Ampithoe kava Miers Coelho et al, 2002
Crustacea Ampithoe ramondi Audoin Coelho et al, 2002
Crustacea Hyale grimaldi Chevreaux Coelho et al, 2002
Crustacea Leucothoe spinicarpa (Abilgard) Coelho et al, 2002
Crustacea Lysianassa ceratina Walker Coelho et al, 2002
Crustacea Lysianassa cinghalensis Stebbing Coelho et al, 2002
Crustacea Lysianassa plumosa Boeck Coelho et al, 2002
Crustacea Elasmopus rapax Costa Coelho et al, 2002
Crustacea Maera quadrimana (Dana) Coelho et al, 2002
Crustacea Orchestoidea brasiliensis (Dana) Coelho et al, 2002
Crustacea Acartia lilljeborghii Giesbrecht Coelho et al, 2002
Fonte: Lima (2012)
429
náuplios de Cirripedia e zoea de Brachyura com ampla distribuição na área, chegando
a dominar em determinadas épocas do ciclo reprodutivo.
A densidade do mesozooplâncton foi muito elevada, principalmente no
período noturno, podendo ser explicada pela migração de organismos que buscam se
alimentar durante as horas de redução na luminosidade para evitar predação.
Segundo Lima, os valores de diversidade encontrados variaram de baixos
a médios, como esperado para um ambiente estuarino, onde predominam poucas
espécies. A equitabilidade foi alta, demonstrando que comunidade se encontra
equilibrada neste ambiente instável.
Em geral, as variações constantes de fatores físico-químicos fazem com
que, nestes locais, poucas espécies consigam sobreviver, levando a uma
uniformidade da composição planctônica (DAY JR. et al., 1989). Os resultados são
similares àqueles encontrados por MELO et al. (2008), CAVALCANTI et al. (2008) e
SANTOS et al. (2009) em estuários do litoral de Pernambuco.
A dominância das espécies de Copepoda Acartia lilljeborgi, Parvocalanus
crassirostris e Pseudiaptomus acutus nas amostras coletadas se deve ao grande
sucesso adaptativo apresentado por estas espécies, sendo sua presença
constantemente citada em regiões estuarinas do Nordeste (NEUMANN-LEITÃO,
1994-1995; PESSOA, 2009). Entretanto, determinadas espécies neríticas e oceânicas
como Subeucalanus pileatus e Microsetella norvegica também puderam ser
encontradas na área, o que pode ser explicado pela forte entrada de águas marinhas
durante o período de maré alta.
430
b) Macroinvertebrados bentônicos
431
As Figura 8.2.3.18 a Figura 8.2.3.20 apresentam alguns exemplares das
comunidades de crustáceos, moluscos e anelídeos na área do empreendimento.
432
Figura 8.2.3.19 – Comunidade macrozoobentônica: Mollusca encontrados na área do
empreendimento Projeto Condomínio Praia de Guadalupe. A-Schinochiton striolatus; B. Schinoplax sp.;
C. Fissurelidae; D. Neritina virginea; E. Tricolia bella; F. Isellica globosa; G. Fargoa sp.; H. Rissoina
bryerea; I. Alaba incerta; J. Turbonilla sp. 1; K. Bithium varium; M. Caecum sp. N. Tellina sp. O.
Isognomon bicolor (espécie invasora).
Fonte: Projetec, 2016 (autor: Jonata Arruda).
433
Figura 8.2.3.20 – Comunidade macrozoobentônica: Annelida encontrados na área do empreendimento
Projeto Condomínio Praia de Guadalupe. A. Polychaeta morfotipo 4; B. Polychaeta morfotipo 13; C.
Polychaeta Cirratulidae morfotipo 3; D. Polychaeta morfotipo 9; E. Polychaeta morfotipo 17.
Fonte: Projetec, 2016 (autor: Jonata Arruda).
434
Tabela 8.2.3.7 - Grupos taxonômicos com valores absolutos de organismos coletados na área de influência do empreendimento Projeto Condomínio
Praia de Guadalupe em 9-12 de janeiro de 2016. (r= réplicas).
MANGUE (ADA) RECIFE (AID) PRADO (AID) PRAIA (AID)
Ambientes
Transecto 1 Transecto 2 Transecto 3 Transecto 4
r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3
Táxons
Annelida Oligochaeta (Turbifidae) 3 1 1 2
Annelida Polychaeta 1 1 1 2
Annelida Polychaeta 2 1
Annelida Polychaeta 3 1 1 1 1 3
Annelida Polychaeta 4 2 1 2 1 2 3 3 1 3
Annelida Polychaeta 5 1
Annelida Polychaeta 6 1
Annelida Polychaeta 7 2 2
Annelida Polychaeta 8 1
Annelida Polychaeta 9 1 1
Annelida Polychaeta 10 1
Annelida Polychaeta 11 3
Annelida Polychaeta 12 2 1
Annelida Polychaeta 13 6
Annelida Polychaeta 14 1
Annelida Polychaeta 15 1 4 9 6
Annelida Polychaeta 16 2 1 3
Annelida Polychaeta 17 1 1
435
MANGUE (ADA) RECIFE (AID) PRADO (AID) PRAIA (AID)
Ambientes
Transecto 1 Transecto 2 Transecto 3 Transecto 4
r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3
Táxons
Annelida Polychaeta 18 1
Bryozoa 3
Crustacea Amphipoda 2 4
Crustacea Cirripedia 10 10 8
Crustacea Isopoda 6 3 4 3
Crustacea Ostracoda 1 1
Crustacea Stomatopoda 9
Ecnoder. Ophiuroide 2
436
MANGUE (ADA) RECIFE (AID) PRADO (AID) PRAIA (AID)
Ambientes
Transecto 1 Transecto 2 Transecto 3 Transecto 4
r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3
Táxons
Mollusca Anachis sp. 1
Mollusca Galeomatidae 2
437
MANGUE (ADA) RECIFE (AID) PRADO (AID) PRAIA (AID)
Ambientes
Transecto 1 Transecto 2 Transecto 3 Transecto 4
r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3
Táxons
Mollusca Ischnochiton striolatus 1 4 1 2
438
MANGUE (ADA) RECIFE (AID) PRADO (AID) PRAIA (AID)
Ambientes
Transecto 1 Transecto 2 Transecto 3 Transecto 4
r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3 r1 r2 r3
Táxons
Mollusca Tricolia afins 1 1 1 2 3 2 4 3 9
Mollusca Vermetidae 8 5
Nematoda Nematoda 2 2 2 4 2 4 4 4 5 5 3 6 2 2 1 4
nº Taxa/amostras 1 1 1 1 2 4 4 6 2 6 7 12 14 14 13 7 6 7 17 17 7 14 14 5 14 4 13 7 4 5 11 9 10 12 13 11
nº individuos/amostras 1 1 2 1 5 5 8 19 9 62 55 78 53 91 136 45 46 32 82 33 16 56 84 8 68 5 69 13 8 8 41 28 34 56 49 55
N° total de espécies 93
439
Distribuição das espécies
440
Figura 8.2.3.22 – Equitabilidade comparada (média, erro-padrão e desvio-padrão)
entre os quatro ambientes estudados na área de influencia do empreendimento
condomínio Praia do Guadalupe.
Espécies invasoras
441
Espécies Indicadoras de qualidade ambiental passíveis de utilização
para monitoramento da qualidade ambiental dos ecossistemas
aquáticos
c) Macrófitas Aquáticas
442
ciclos de alagamento e salinidade, o que representa um fator de estresse para a vida
vegetal.
Durante os levantamentos realizados em campo, não foi registrada a
ocorrência de espécies de macrófitas aquáticas nos trechos superiores e médio do
estuário do rio Formoso, bem como nos salgados e apicuns inseridos nas ADA e AID.
d) Ictiofauna
443
Figura 8.2.3.23 – Curva do coletor construída a partir dos dados de desembarque
pesqueiro no estuário do rio Formoso, entre dezembro/15 e janeiro/16.
444
Tabela 8.2.3.8 - Espécies de peixes capturadas por pescadores no estuário do rio Formoso, a partir de
arrastões de costa, durante dezembro/15 e janeiro/16.
N°
Família Espécies Hábito alimentar Recifal
d indivíduos
HERB X
Acanthuridae Acanthurus chirurgus 1
HERB X
Acanthurus bahianus 4
Albula vulpes CARN 1 X
Albulidae 16
Ariidae Sciades herzbergii 1 CARN 2
Atherinopsidae Atherinella brasiliesis 29 ONÍV
PISCIV X
Carangidae Carangoides bartholomaei 21
CARN 2 X
Caranx latus 16
CARN 2
Oligoplites cf. palometa 10
Selene vômer CARN 2 X
3
Centropomidae Centropomus undecimalis 3 CARN 2
Cupleidae Harengula clupeola 555 PLANC
Opisthonema oglinum 1098 PLANC
Platanichthys platana 1 PLANC
Cynoglossidae Symphurus tessellatus 1 CARN 1
Dasyatidae Dasyatis americana 2 CARN 2
CARN 1 X
Diodontidae Diodon holacanthus 1
Engraulidae Cetengraulis edentulus 18 PLANC
Lycengraulis grossidens 5 CARN 2
ONÍV X
Ephipidae Chaetodipterus faber 8
Eucinostomus melanopterus ONÍV X
Gerreidae 80
Eugerres brasilianus 46 ONÍV
Haemulidae Conodon nobilis 36 CARN 1
Hemiramphidae Hyporhamphus roberti roberti 32 ONÍV
CARN 2 X
Lutjanidae Lutjanus apodus 11
CARN 2 X
Lutjanus cyanopterus 3
Lutjanus sinagris CARN 2 X
73
Mugil curema ILIOF X
Mugilidae 25
CARN 1 X
Ogcocephalidae Ogcocephalus vespertilio 2
Paralichthydae Citharichthys arenaceus 2 CARN 2
Citharichthys spilopterus 10 CARN 2
HERB X
Scaridae Sparisoma amplum 3
Scorpaenidae Scorpaena isthmensis 1 HERB
Archosargus sp. HERB X
Sparidae 1
PISCIV X
Sphyraenidae Sphyraena barracuda 1
CARN 2 X
Synodontidae Synodus foentes 1
CARN 1 X
Tetraodontidae Sphoeroides greeleyi 35
Sphoeroides spengleri 3 CARN 1
TOTAL 37 espécies 2158 ind. - 19 espécies
Obs. HERB= herbívora; CARN 1= carnívora de 1ª ordem; CARN 2 = carnívora de 2ª ordem; ONÍV=
onívora; PISCIV= piscívora; PLANC=planctívora; ILIO=iliófaga.
445
A B
C D
E F
Figura 8.2.3.24 – As oito espécies de peixes mais abundantes no estuário do rio Formoso, de acordo
com os desembarques da pesca de arrastão em dezembro/15 e janeiro/16. A- Conodon nobilis; B-
Opisthonema oglinum; C- Eucinostomus melanopterus; D-Eugerres brasilianus; E- Sphoeroides
greeleyi; F-Harengula clupeola; G- Hyporhamphus roberti roberti; H- Atherinella brasiliesis.
446
Tabela 8.2.3.9 - Espécies de peixes capturadas pelos pescadores no estuário do rio Formoso a partir de arrastões de costa, durante dezembro/15 e
janeiro/16.
Arrastos N° de
Indivíduos
Espécies
A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 A10 A11 A12 A13 A14 A15 A16 A17 A18 A19 A20 A21 A22 A23 A24 A25 A26 A27 por
espécie
A. bahianus 4 4
A. chirurgus 1 1
A. vulpes 1 9 5 1 16
Archosargus
1 1
sp.
A. brasiliesis 14 15 29
C. bartholomaei 1 6 1 2 1 7 1 2 21
C. latus 4 11 1 16
C. undecimalis 2 1 3
C. edentulus 1 17 18
C. faber 1 5 2 8
C. arenaceus 2 2
C. spilopterus 1 1 1 1 5 1 10
C.nobilis 1 1 34 36
D. americana 2 2
D.holacanthus 1 1
E.
2 3 2 26 3 1 9 8 11 2 1 2 2 5 2 1 80
melanopterus
E. brasilianus 4 7 1 3 1 8 2 1 2 5 4 5 3 46
H. clupeola 3 5 3 1 540 3 555
H. roberti
31 1 32
roberti
L. apodus 4 1 1 5 11
L. cyanopterus 2 1 3
L. sinagris 1 1 1 2 45 10 9 1 3 73
447
Arrastos N° de
Indivíduos
Espécies
A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 A10 A11 A12 A13 A14 A15 A16 A17 A18 A19 A20 A21 A22 A23 A24 A25 A26 A27 por
espécie
L. grossidens 4 1 5
M. curema 2 3 7 1 1 1 1 1 8 25
O. vespertilio 1 1 2
O. cf. palometa 1 2 2 1 1 1 2 10
O. oglinum 2 8 141 410 500 2 15 3 12 3 1 1 1098
P. platana 1 1
S. herzbergii 1 1
S. isthmensis 1 1
S. vomer 2 1 3
S. amplum 2 1 3
Sp. greeleyi 2 2 2 3 2 8 7 4 1 1 2 1 35
S. spengleri 1 1 1 3
S. barracuda 1 1
S. tessellatus 1 1
S. foentes 1 1
N° de
indivíduos por 5 17 8 8 16 16 15 5 18 177 13 89 618 457 532 10 7 48 12 20 23 14 4 4 2 15 5 2158
arrasto
Índice de
Shannon-
Winer (H')
0.50 1.76 1.73 1.32 1.44 1.06 1.17 0.95 2.25 0.70 0.79 1.37 0.53 0.50 0.33 1.36 1.28 2.03 1.63 1.44 1.37 1.25 1.04 1.39 0.69 1.29 1.05 2.01
Índice de
Pielou (J')
0.72 0.84 0.97 0.95 0.80 0.77 0.84 0.86 0.98 0.39 0.72 0.66 0.27 0.24 0.14 0.84 0.92 0.88 0.91 0.74 0.76 0.90 0.95 1.00 1.00 0.80 0.96 0.61
448
A alta ocorrência de espécies raras também é responsável pelos baixos
valores dos índices de diversidade encontrados, tanto para os arrastos quando
medidos separadamente (H’ variando entre 0.5 e 1.7), quanto para a diversidade geral
resultante da totalidade de arrastos (H=2.01). Tais valores estão em consonância com
aqueles encontrados por Paiva et al. (2009) no estuário inferior do rio Formoso (AID
do empreendimento em questão) que encontrou valores de H’ entre 0.5 e 2.7.
Da mesma forma, os valores medianos de equitabilidade apontam para
uma comunidade onde as espécies estão distribuídas de forma desigual em termos
de abundância. Pode-se afirmar que tal desigualdade é natural de sistemas
complexos como estuários, onde há uma alta diversidade funcional e assim as
espécies tendem a apresentar diferentes densidades. Como exemplo, temos a
dominância de indivíduos da família Clupeidae em diversos arrastos, o que é fato
recorrente já que estas espécies tendem a formar grandes cardumes (FIGUEIREDO
& MENEZES, 1978).
As espécies mais abundantes nos arrastos foram Opisthonema oglinum
(sardinha), Harengula clupeola (sardinha), Eucinostomus melanopterus (carapicu),
Lutjanus sinagris (ariocó), que juntas representaram 83% do total capturado. Essa
dominância também foi verificada por Paiva et al. (2009), que encontrou altas
densidades de H. clupeola, E. melanopterus e L. synagris na zona estuarina do rio
Formoso.
As espécies mais abundantes do estuário do rio Formoso estão distribuídas
entre Engraulidae, Clupeidae e Gerreidae, três das cinco famílias mais representativas
dos estuários brasileiros (ALVES & SOARES-FILHO 1996, ARAÚJO et al. 1998,
BARLETTA et al. 2003). O predomínio destas três famílias deve-se, possivelmente,
ao fato das espécies de Engraulidae e Clupeidae formarem cardumes (FIGUEIREDO
&MENEZES 1978) e de exemplares jovens de Gerreidae serem abundantes em certas
épocas do ano em sistemas estuarinos (MENEZES e FIGUEIREDO 1980).
O predomínio de representantes da família Cluepeidae também foi
identificado por Castro (2005), que encontrou altas densidades de ovos e larvas desta
família no estuário do rio Formoso. Estas espécies marinhas são consideradas
estuarinas dependentes, uma vez que desovam dentro de lagoas ou áreas
influenciadas pelo estuário.
449
A presença constante e em alta densidade de Engraulidae e Clupeidae
constitui um fator de grande importância para a teia trófica no estuário do rio Formoso
e áreas adjacentes, uma vez que estas famílias compõem a base da cadeia alimentar
nestes ambientes por serem indivíduos de pequeno porte que sustentam a redes
energéticas dos grandes predadores. Por outro lado, altas dominâncias destas
espécies podem indicar um possível deplecionamento nas populações das espécies
carnívoras, em função da sobrepesca, já que a grande maioria delas são de maior
interesse econômico pesqueiro.
Das 37 espécies de peixe capturadas pela pesca de arrasto no estuário do
rio Formoso, 19 apresentam algum tipo de conexão com os recifes de coral, ou seja,
há uma grande interdependência entre esses ecossistemas e os peixes
desempenham um importante papel na troca de energia e matéria entre os dois
ambientes. Paiva et al. (2009) também encontrou uma grande participação de
espécies recifais na ictiofauna estuarina, onde 74,4% das 78 espécies coletadas eram
migrantes marinhas (dependentes, visitantes e com ecofase trófica).
Como exemplo temos Lutjanus synagris, a quarta espécie mais capturada
durante o acompanhamento dos arrastões de costa, e que se destaca como um dos
mais importantes recursos pesqueiros locais. Os indivíduos jovens vivem em áreas
rasas, visitando rios e estuários em busca de alimento, enquanto que os adultos
procuram águas mais profundas e geralmente fora da costa onde costumam desovar
(SALE, 1991). Geralmente repousam em áreas de recifes durante o dia e dispersam-
se à noite para se alimentar em áreas adjacentes (LOWE-McCONNELL, 1999). Por
serem espécies carnívoras, que ocupam o topo da cadeia alimentar, são fundamentais
para a regulação dos níveis tróficos inferiores dentro do estuário.
Outra espécie recifal muito frequente nas capturas por arrasto foi a
Eucinostomus melanopterus, localmente conhecida como carapicu. Chaves e Otto
(1999) verificaram que a espécie permanece no estuário e dele se alimenta durante a
fase juvenil, abandonando-os na época reprodutiva, para desovar no mar.
Normalmente os adultos não retornam ao estuário e assim apenas os jovens nele
ingressam (ALBERET E DESFSSEN, 1988).
O baiacu Sphoeroides greeleyi também constitui uma espécie recifal muito
frequente no estuário do rio Formoso, como já apontado por Paiva et al. (2009). A
mesma espécie também foi observada utilizando os prados de fanerógamas
450
presentes no referido estuário como área de alimentação/refúgio (FERREIRA et al.,
2010). Por se alimentarem essencialmente de invertebrados bentônicos, mais
abundantes na região estuarina do que nas áreas de recife, é comum a ocorrência
destes indivíduos dentro do estuário.
Essa amplitude espacial de ocorrência indica que muitas espécies de
peixes que habitam os recifes se deslocam a partir de corredores que vão dos recifes
até os estuários, sobretudo nas fases juvenis. Garantir a continuidade e conectividade
entre esses mesohabitats é fundamental para a manutenção das populações destas
espécies e da integridade do estuário como um todo.
Outro ambiente importante no contexto da AID são os prados de
fanerógamas (Figura 8.2.3.25), que também representam locais de elevada
importância para a manutenção das populações de peixes e demais organismos
aquáticos. Estudos conduzidos neste tipo de mesohabitats encontraram uma riqueza
de 25 espécies de peixes que utilizam este ambiente para alimentação e refúgio
(Pereira et al., 2010). As famílias Tetraodontidae e Lutjanidae estiveram entra as
quatro mais abundantes nos prados de fanerógamas, resultado este, semelhante ao
encontrado durante os arrastos dos pescadores. Estas famílias são essencialmente
constituídas por espécies recifais, o que reforça a importante conexão que existe entre
o estuário e a região costeira e a elevada complexidade ecológica que sustenta a
dinâmica destes organismos.
451
Figura 8.2.3.25 – Mapa da localização dos prados de fanerógamas presentes na foz do rio Formoso.
Fonte: Adaptado de Pereira et at. (2010).
Áreas de alimentação
452
planctívoras (77%) (Tabela 8.2.3.8). No entanto, este resultado pode estar sendo
influenciado pela preferência dos pescadores pelas espécies de sardinha, todas
consideradas planctívoras. Dessa forma, a captura proposital de grandes cardumes
pode ter gerado resultados tendenciosos. Também deve-se considerar que as
amostragens realizadas por PAIVA et al. (2009) abrangeram as regiões superiores do
estuário do rio Formoso, região que está fora da AID do empreendimento e que não
foram consideradas nos levantamentos primários. Devido ao maior percentual de
argila e silte nos trechos superiores do estuário, conforme verificado pelo diagnóstico
do meio fisíco, é esperada uma maior biomassa de crustáceos e moluscos nesta
região, e consequentemente uma maior participação peixes carnívoros que
consomem estes itens alimentares.
Apesar da dominância de espécies planctívoras, também foi verificada uma
grande ocorrência de indívuduos carnívoros, como Lutjanus sinagris e também de
espécies onívoras, como Eucinostomus melanopterus e Eugerres brasilianus, o que
também foi verificado por PEREIRA et al. (2010) nos prados de fanerógamas inseridos
na foz do rio Formoso. Isso demonstra que a dinâmica trófica no estuário do rio
Formoso tende a ser bastente complexa e muitas vezes estratificada entre os diversos
microhabitats presentes.
453
Para capturar peixes são utilizados vários apetrechos, sendo os mais
comuns as redes de caceia (ou espera), camboa e arrasto, tarrafa, linha de mão e
trêsmalho. Na pesca de crustáceos, são utilizados instrumentos como o jereré, o
espeto, a vara e o puçá. Diferentes tipos de foice, além da coleta manual, permitem a
extração seletiva de mariscos, sururus, ostras e outros moluscos (SILVA et al., 2014).
454
Figura 8.2.3.28 – Extração do aratu Goniopsis cruentada
pela pescadora Maria Lúcia na microbacia do rio
Mariassu.
455
As espécies de peixe de maior importância para economia local segundo
os pescadores é a carapeba (Eugerres brasilianus), o camurim (Centropomus spp.),
a tainha (Mugil spp.), o xaréu-amarelo (Carangoides bartholomaei), o xaréu (Caranx
latus) e as sardinhas (Opisthonema oglinum e Harengula clupeola). A pesca no trecho
inferior do estuário (AID do empreendimento) é realizada de forma pontual e muitas
vezes tem caráter recreativo, uma vez que o movimento de embarcações de turismo
é grande e dificulta a colocada de redes ou realização de arrastos. Esse fato foi
corroborado em campo durante o monitoramento das embarcações dentro do
estuário, que em grande maioria estavam relacionadas aos passeios de turismoFigura
8.2.3.27).
A pesca no aratu (Goniopsis cruentada) parece ser a atividade extrativista
realizada com maior periodicidade dentro da ADA e AID do empreedimento. A
pescadora Carmem Lúcia dos Santos, de 53 anos, reside no Pontal de Guadalupe
desde a infância e é uma das principais extrativistas da região (Figura 8.2.3.28).
Durante o acompanhamento de suas atividades no estuário do rio Mariassu, foi
possível verificar que os trajetos realizados por ela e demais pescadoras locais se
sobrepõem com os limites do empreedimento, o que possivelmente pode gerar
conflitos pelo uso do espaço. O acesso às áreas de extração do aratu é realizado por
uma abertura na cerca que delimita o terreno do empreendimento.
456
Figura 8.2.3.30 – Acesso às áreas de extração de aratu no rio Mariassu
a partir da cerca do empreendimento.
Fonte: Projetec, 2016 (autor: Jonata Arruda).
457
A
458
B
Figura 8.2.3.31 – Registro dos percursos realizados dentro do estuário do rio Formoso e áreas
adjacentes entre os dias 10 e 12 de janeiro de 2016. Trajetos: (A) pesca; (B) turismo
459
f) Recifes de Arenito
460
A B
C D
E F
Figura 8.2.3.32 - Categorias registradas durante a obtenção dos dados Sítio 1 (8°42'9.65"S; 35°
4'40.98"O): A-Coral vivo (CV) Sideratrea stellata; B- Coral vivo (CV) Favia gravida; C- Coral
branqueado (CBR); D-Macroalga (MA); E-Alga coralina (COR); F- Rocha (ROC).
Fonte: Projetec, 2016 (Autor: Jonata Arruda)
461
A B
C D
E F
Figura 8.2.3.33 - Categorias registradas durante a obtenção dos dados Sítio 3 (8°42'0.10"S; 35°
4'36.07"O): A-Esponja (ES); B- Palythoa (PAL); C- Zoantídeo (ZOO); D-Ouriço (OUR); E-Outros
(OUT); F- Sedimento (SED).
Fonte: Projetec, 2016 (Autor: Jonata Arruda)
462
Porcentagem de cobertura do recife da Praias dos Carneiros
463
e neste sítio os recrutas de corais somaram-se 1392 recrutas/m2 (Tabela
8.2.3.10).
Sítio 6, predominância da categoria alga filamentosa (26,00%), seguida da
categoria Macroalga (25,3%) e alga coralínea incrustrante (25,2%). As
demais categorias ocorreram em percentuais baixos (<10%). Na categoria
coral vivo foi registrada apenas a espécie Siderastrea stellata (2,83%) e
neste sitio os recrutas de corais somaram-se 1008 recrutas/m2 (Tabela
8.2.3.10).
CV CBR CMR MA AF COR CNB ES PAL ZOO OUT OUR SED ROC
Sítio 1% 1.2 0.0 0.0 19.2 15.7 9.0 8.2 0.7 0.7 0.2 24.3 2.8 10.0 8.2
Sítio 2% 1.0 0.0 0.0 22.5 12.5 3.2 11.2 0.3 0.0 5.0 28.7 1.5 10.0 4.2
Sítio 3% 2.7 0.3 0.0 30.2 21.0 4.3 1.0 5.8 0.0 0.8 10.5 6.5 13.5 3.3
Sítio 4% 4.0 1.0 0.2 37.8 21.8 3.8 0.0 0.8 0.0 0.3 0.0 6.0 18.2 6.0
Sítio 5% 4.7 0.7 0.0 18.7 44.0 5.2 0.0 3.0 6.3 4.3 0.5 2.7 5.8 4.2
Sítio 6% 2.8 1.5 0.0 25.3 26.0 25.2 0.5 2.8 0.0 0.0 0.0 4.3 3.8 7.7
Carneiros 2.72 0.58 0.03 25.61 23.50 8.44 3.47 2.25 1.17 1.78 10.67 3.97 10.22 5.58
464
Fitobentos Sem cobertura Zoobentos
26,36
57,76
15,88
Tabela 8.2.3.11 - Comparação entre a cobertura atual do recife de Carneiros com a cobertura
encontrada no ano de 2004.
465
No contexto da APA Costas dos Corais, dados mostram que o recife da
Praia dos Carneiros permanece com estrutura semelhante àquela encontrada em
2004, não se relacionando com nenhuma outra área da APA (Figura 8.2.3.35).
Figura 8.2.3.35 - Comparação entre a os dados de cobertura atual do recife da praia dos Carneiros
com os dados de cobertura das localidades inseridas na APA Costa dos Corais em 2004 publicados
por Stainer e colaboradores (2015).
Fonte: Projetec, 2016 (Autor: Jonata Arruda)
Uso do recife
Piscina natural
466
tamanho médio de 10-20 cm de diâmetro, sendo que alguns destes apresentavam-se
com branqueamento forte. Adicionalmente, constatou-se a presença de corais moles
e peixes recifais.
Este é o principal ponto de visitas turísticas no recife de arenito da Praia
dos Carneiros. Os visitantes fazem mergulhos subaquático e/ou aproveitam o local
para o banho de mar (Figura 8.2.3.36 - A-B). Contabilizou-se cerca de 40 pessoas
usando a área ao mesmo tempo durante 1h de observação no horário das 10 às 11
do dia 25 de janeiro de 2016. Atrelado ao uso da piscina há uma iniciativa comercial
local que oferece o aluguel de equipamento de mergulho livre aos visitantes pelo preço
de R$ 10,00/hora (Figura 8.2.3.36 - C). Estes também oferecem iscas a base de
camarão para que os visitantes da piscina possam atrair pequenos peixes recifais
durante a observação (Figura 8.2.3.36 - D).
Não há nenhum tipo de controle de acesso a este local, fato que revela o
uso inadequado do local, sendo urgente uma inciativa de proteção especificamente
neste ponto dada a alta densidade dos corais.
A principal agressão aos organismos é o pisoteio, a grande quantidade de
pessoas e a contaminação por dejetos trazidos pelos visitantes.
Ponto de Pesca
467
8.2.3.37 - A-B). No local contabilizou-se cerca de dois catamarãs ao mesmo tempo
trazendo cerca de 100 pessoas, durante 1h de observação no horário das 11 às 12
do dia 24 de janeiro de 2016. Os visitantes aproveitam o local principalmente para o
banho de mar.
Não há nenhum tipo de controle de acesso a este local sendo necessária
uma inciativa de proteção neste ponto, dada alta densidade de recrutas de corais. É
um local de alto risco para segurança dos usuários de diferentes faixas etárias dadas
às dificuldades de acesso, resultando em pequenos acidentes, geralmente quedas e
escoriações (Figura 8.2.3.37 - C-D).
468
A B
C D
E F
Figura 8.2.3.36 - A- Piscina natural (8°42'12.41"S; 35° 4'41.89"O); B- Piscina natural (8°42'12.41"S;
35° 4'41.89"O); C- Aluguel de equipamento para mergulho livre; D- Isca usadas para atrair pequenos
peixes recifais; E-F-Pontos de pesca (8°41'38.17"S35° 4'11.36"O).
Fonte: Projetec, 2016 (Autor: Jonata Arruda)
469
A B
C D
E F
470
g) Considerações finais
471
Estes fatores deverão ser considerados na avaliação dos impactos
ambientais e na proposição de programas de monitoramento relativos ao
empreendimento em foco.
O aumento do contingente atraído pelo empreendimento deve vir
acompanhado de programas de educação ambiental e monitoramento das áreas
vulneráveis de forma a garantir a manutenção das mesmas como parte do atrativo
ambiental oferecido pelo empreendimento.
No aspecto da educação ambiental, particularmente interessante seria a a
divulgação e alerta de que alguns organismos bentônicos usados na culinária local,
como o caranguejo Ucides cordatos, não deveriam ser consumidos durante o período
do defeso, como forma de desencorajar a sobreexplotação.
Propõe-se que o monitoramento das comunidades bentônicas seja
realizado como forma de facilitar o acompanhamento das possíveis alterações
ambientais, e que ao longo do tempo, caso não sejam constadas alterações, que este
possa atuar como facilitador para certificação de empreendimento com
responsabilidade ambiental.
Em suma, o presente estudo identificou a presença de uma espécie
invasora, espécies com risco de sobrexplotação e bioindicadores de qualidade da
água. Quanto as algas marinhas, verificou-se que estas correspondem à metade do
percentual total do recife da Praia dos Carneiros
Verificou-se que a composição taxonômica na área do empreendimento
está coerente com os padrões encontrados em estuários tropicais e em outros recifes
da APA costa dos Corais. Além disso, costatou-se que O percentual de cobertura
recifal é semelhante ao padrão pretérito desta mesma localidade.
Pelo exposto, conclui-se que os potenciais impactos locais sobre a
biodiversidade áquatica, podem ser mitigados por planos e programas desenvolvidos
para o empreendimento. Dessa forma, este pode conviver em harmonia com os
recursos naturais na medida que seja observado como principal premissa a promoção
do manejo adequado.
472