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ESCOLA ESTADUAL LÉA LEAL

DATA: / /

PROF: GEIVA DÓRIA

ALUNO (A) : GEOVANNA VITÓRIA DOS S. DA FONSECA

DISCIPLINA: CIÊNCIAS

1 – O que é Pampa?
Pampa é um bioma caracterizado pela vegetação de pequeno e médio porte que recobre
terrenos planos e suavemente ondulados na porção meridional da América do Sul,
compreendendo uma parte do estado brasileiro do Rio Grande do Sul. A própria palavra
pampa, que vem da língua indígena quíchua, designa as áreas de ocorrência do bioma, uma
vez que significa “plano” ou “planície”. Chamado também de campos sulinos ou campos do
Sul, o bioma Pampa dispõe uma grande biodiversidade, especialmente no que diz respeito ao
número de espécies que constitui a sua flora.

2 - Características do Pampa
O Pampa pode ser descrito como um tipo de pradaria da América do Sul, e por isso apresenta
características semelhantes aos campos de outras regiões de clima temperado do planeta.
Apresentamos abaixo os principais aspectos desse importante bioma.
→ Localização do Pampa
O Pampa é um bioma que ocorre exclusivamente no sul do subcontinente da América do Sul.
Ele se estende pela parcela mais meridional do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. No
território brasileiro, a área ocupada pelo Pampa é de 2% da superfície total do país, o
equivalente a 176.496 km². A cobertura do Pampa corresponde a 63% de toda a área do Rio
Grande do Sul, único estado brasileiro que abriga uma parte do bioma.

→ Clima do Pampa
"Nas áreas de ocorrência do Pampa, o clima predominante é o subtropical, que dispõe das
mesmas características do temperado úmido.

As temperaturas médias nessas regiões, como no Sul do Brasil, ficam entre 18 ºC e 20 ºC, mas
há uma amplitude térmica acentuada durante o ano. Os verões são muito quentes e os
invernos tendem a ser muito frios devido ao avanço da massa polar atlântica. Ainda na estação
fria, pode haver a ocorrência de geada e até mesmo neve em algumas localidades.

Outro aspecto importante do clima subtropical é o volume considerável de precipitação, uma


vez que as chuvas ocorrem de maneira uniforme durante todos os meses do ano.

→ Hidrografia do Pampa
Existe uma grande disponibilidade hídrica na região por onde o Pampa se estende, o que se
deve à presença de uma densa rede de drenagem, diversos lagos e reservas subterrâneas de
água. As águas compreendidas no bioma fazem parte de duas importantes bacias
hidrográficas: a bacia do Uruguai e a bacia do Atlântico Sul.

Entre os principais cursos d’água que banham o Pampa, estão os rios Uruguai — que recebe o
nome de rio da Prata quando encontra com o rio Paraguai na região de sua foz —, Ibicuí, Santa
Maria, Jacaí e Vacuí. Além disso, uma grande extensão do aquífero Guarani está localizada no
subsolo das áreas caracterizadas por esse bioma.

→ Relevo do Pampa
O Pampa recobre terrenos, em sua maioria, planos ou suavemente ondulados que
caracterizam, ao menos, quatro domínios geomorfológicos distintos do relevo sul-rio-
grandense. São eles:
- Planalto da campanha;

- Depressão central;

- Planalto sul-rio-grandense;

- Planície costeira.

As altitudes variam do nível do mar até pouco mais de 400 metros, encontrando terrenos de
maior elevação no interior da unidade do planalto sul-rio-grandense.

→ Vegetação do Pampa
"Assim como as pradarias, a vegetação dos Pampas é predominantemente campestre,
formada por plantas herbáceas, o que inclui as gramíneas, e espécies arbustivas. Em algumas
áreas desse bioma, é possível identificar a presença de matas ciliares, algumas árvores
decíduas e formações pioneiras, embora em menor quantidade.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a flora do Pampa


apresenta 1623 espécies diferentes de plantas, incluindo aquelas endêmicas, ou seja, típicas
do bioma, como o nhavandaí e o algarrobo. Assim, podemos encontrar no Pampa as seguintes
plantas:

Babosa-do-campo - trevo-nativo - brabas-de-bode - capim-forquilha - amendoim-nativo –


flechilhas - grama-tapete - angico-vermelho - cabelos-de-porco.

Degradação do Pampa
A degradação do Pampa está diretamente relacionada com a substituição da vegetação natural
desse bioma por monoculturas e pastagens. Em outras palavras, o avanço da atividade
agropecuária é um dos principais causadores dos problemas ambientais na região do Pampa,
especialmente quando se leva em consideração que parte dessa prática se desenvolve de
maneira extensiva e também com a utilização de fertilizantes e outros defensivos agrícolas
empregados nos cultivos.
Flora do Pampa
A vegetação é constituída por espécies herbáceas, com uma grande diversidade de gramíneas,
arbustos e árvores de pequeno porte. A paisagem é constituída principalmente por campos
naturais, apresentando regiões com matas restritas às margens dos locais onde o relevo é mais
acidentado.

Fauna do Pampa
A fauna é expressiva, com quase 500 espécies de aves, dentre elas a ema (Rhea americana), o
perdigão (Rynchotus rufescens), a perdiz (Nothura maculosa), o quer-quero (Vanellus
chilensis), o caminheiro-de-espora (Anthus correndera), o joão-de-barro (Furnarius rufus), o
sabiá-do-campo (Mimus saturninus) e o pica-pau do campo (Colaptes campestres). Também
ocorrem mais de 100 espécies de mamíferos terrestres, incluindo o veado-campeiro
(Ozotoceros bezoarticus), o graxaim (Pseudalopex gymnocercus), o zorrilho (Conepatus
chinga), o furão (Galictis cuja), o tatu-mulita (Dasypus hybridus), o preá (Cavia aperea) e várias
espécies de tuco-tucos (Ctenomys sp). O Pampa abriga um ecossistema muito rico, com muitas
espécies endêmicas tais como: Tuco-tuco (Ctenomys flamarioni), o beija-flor-de-barba-azul
(Heliomaster furcifer); o sapinho-de-barriga-vermelha (Melanophryniscus atroluteus) e
algumas ameaçadas de extinção tais como: o veado campeiro (Ozotocerus bezoarticus), o
cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus), o caboclinho-de-barriga-verde (Sporophila
hypoxantha) e o picapauzinho-chorão (Picoides mixtus) (Brasil, 2003)

Ema (Rhea americana)

A ema Rhea americana é um dos animais dos pampa e a maior, e mais pesada, espécie de ave
existente no Brasil, podendo alcançar 1,40 m. Apesar das suas grandes asas, não é comum vê-
la voar.

Tuco –Tuco (Ctenomys)

Esses roedores são uma espécie endêmica dos campos naturais do sul do Brasil que se
alimentam de gramíneas, folhas e frutos silvestres. Apesar de ser inofensivo, não é bem-vindo
nas propriedades rurais da região, onde pode aparecer devido à destruição do seu habit.

Sapinho-de-barriga-vermelha (Melanophryniscus atroluteus)


Os anfíbios do gênero Melanophryniscus costumam ser encontrados em ambientes de campos
com alagados temporários. No caso do sapinho-de-barriga-vermelha, especificamente, a
espécie ocorre no Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Uruguai.

Cobra-coral (Micrurus silviae)

Destaca-se a riqueza da diversidade dos Pampas quando o assunto são os répteis. Entre
lagartos e serpentes, e essa cobra é uma das espécies mais conhecidas.

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