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Departamento de Agronomia
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 1
1.1. NOTA INTRODUTÓRIA .................................................................................................... 1
1.2. DEFINIÇÃO E ORIGEM DAS ESTUFAS:......................................................................... 1
1.3. VANTAGENS DA ESTUFA: .............................................................................................. 1
1.4. GRAU DE UTILIZAÇÃO DA ESTUFA ............................................................................. 2
1.5. EFEITO ESTUFA ................................................................................................................ 2
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 55
ANEXOS ................................................................................................................................. 56
III
Índice de figuras
Figura 1.1 Rendimento em função do aperfeiçoamento do abrigo (com o consequente aumento
do investimento) 8 Semedo, 1988) ................................................................................................ 2
Figura 1.2 A luz incidente sobre uma estufa pode ser absorvida, refectida ou transmitida (Pedro
e Vicente, 1988) ............................................................................................................................. 3
Figura 4.1 Materiais de cobertura utilizados em estufas (espessuras usuais; 100 galgas =0,025
mm) (Matallana e Montero, 1989). ............................................................................................... 8
Figura 4.2 Materiais de cobertura utilizados em estufas (espessuras usuais; 100 galgas =0,025
mm) (Matallana e Montero, 1989). ............................................................................................... 9
Figura 4.3 Gráfico de temperaturas observadas em estufas com dois tipos de PE (Pedro e
Vicente, 1988) .............................................................................................................................. 12
Figura 4.4 Caracteristicas dos materiais plásticos (F-Fraca; ME-Media .............................................. 16
Figura 4.5 Simbologia utilizada e respectivos polimeros dos materiais plásticos ................................. 16
Figura 4.6 Simbologia utilizada na identificação e reciclagem dos materiais plásticos......................... 17
Figura 7.1 Formas de cobertura de estufas ............................................................................................. 28
Figura 7.2– Vantagens e inconvenientes dos diversas formas de cobertura de estufas (Pedro e
Vicente, 1988) .............................................................................................................................. 29
Figura 7.3 - Influencia da forma da estufa na luminosidade recebida (Semedo, C., 1988) ................... 30
Figura 7.4- Influencia da forma das estufas e sua orientação mais favorável (estufas seguidas e
coberturas em dente de serra) (Semedo, C., 1988). ..................................................................... 30
Figura 8.1 Estufa comercial de forma curva com cobertura de plástico e estrutura de metal
(Matallana e Montero, 1989). ...................................................................................................... 32
Figura 8.2 Estufa com estrutura de madeira não aparelhada (Semedo, 1988). ...................................... 32
Figura 8.3 Estufa com estrutura de madeira aparelhada (Semedo, 1988). ............................................. 33
Figura 8.4 Estufa com estrutura de madeira e arame tipo Parral- Almeria (Pedro e viecente,
1988). ........................................................................................................................................... 33
Figura 8.5 Estufa comercial com duas águas com cobertura de vidro e estrutura metálica
(Matallana e Montero, 1989). ...................................................................................................... 34
Figura 8.6 Estufa comercial com duas águas com cobertura de vidro e estrututa metálica
(Matallana e Montero, 1989). ...................................................................................................... 34
Figura 8.7 Tunel de forma semicilindrica e respectiva cobertura (Semedo, 1988) ................................ 35
Figura 8.8 Túnel em forma de arco abatido e respectiva cobertura (Semedo, 1988) ............................. 35
Figura 8.9 Fixação da cobertura do túnel com fio cruzado utilizando arcos com argola (Semedo,
1988) ............................................................................................................................................ 35
Figura 8.10 Parâmetros intervenientes na escolha de um modelo de estufa (Semedo, 1988). ............... 36
Figura 9.1– Formas de ventilação estática em diverso tipo de estufas (Semedo, 1988) ........................ 38
Figura 9.2– Funcionamento do Cooling–system (V-Ventiladores, P-Painel de cooling) ...................... 39
Figura 9.3 Posição do cooling–system na estufa (Semedo, 1988) ......................................................... 39
IV
Figura 9.4 Posição do cooling–system com comando automático (Semedo, 1988) .............................. 40
Figura 9.5 Arrefecimento de estufas por nebulização (Semedo, 1988) ................................................. 40
Figura 10.1 Aquecimento eléctrico de bancadas de enraizamento e viveiros em estufas
(Semedo, 1988) ............................................................................................................................ 51
Figura 10.2 Efeitos produzidos por corta-ventos impermeáveis e permeáveis nas zonas
protegidas por estes (Pedro e Vicente, 1988; Merino, 1991))...................................................... 52
Figura 10.3 Corta vento natural (sebe estratificada) (Merino, 1991) ..................................................... 53
Figura 10.4 Corta vento artificial de rede de malha de polipropileno .................................................... 53
Figura 10.5 Pormenor de um corta vento artificial de rede de malha de polipropileno ........................ 54
Figura 10.6 Determinação da distância a guardar entre estufas para evitar sombreamento entre
estas (Pedro e Vicente, 1988)....................................................................................................... 54
Índice de Tabelas
Tabela 1.1 Transparência de filmes para estufas ás radiações nocturnas (IR de 2500 a 25000
nm) emitidas pelo solo (Pedro e Vicente, 1988) ............................................................................ 3
Tabela 4.1 Transparência comparativa de diversos materiais utilizados em cobertura de estufas
(%) (Semedo, C., 1988). .............................................................................................................. 10
Tabela 4.2 Pesos e superfícies cobertas por filmes de PEBD e PVC transparentes em função da
sua espessura (Semedo, C., 1988). ............................................................................................... 10
Tabela 4.3 Principais características dos materiais plásticos e do vidro (Semedo, C., 1988). ............... 10
Tabela 4.4- Consumos mundiais de plástico (Dados de áreas (ha) ou quantidades (t) relativos ao
ano de 1992 .................................................................................................................................. 18
Tabela 5.1 Valores médios de cargas e sobrecargas em estufas (Semedo, 1988) .................................. 23
Índice de anexos
Anexo 1- Vista de um conjunto de estufas ............................................................................................ 56
Anexo 2- Gráfico psicométrico ............................................................................................................. 56
V
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objectivo dar aos alunos dos diversos cursos da UTAD em que
tipo de estufas existentes, respectivos materiais de cobertura e factores que influenciam a escolha
de um determinado tipo em detrimento de outro bem como algumas noções mais técnicas
relativas ao seu aquecimento, ventilação e factores climáticos mais importantes tendo em vista o
seu controlo ambiental. Não pretende ser exaustivo, apresentando-se apenas algumas notas de
-- - - -- -
Figura 1.1 Rendimento em função do aperfeiçoamento do abrigo (com o consequente
aumento do investimento) 8 Semedo, 1988)
É definido como a superfície útil ocupada pela cultura sobre a superfície total da estufa,
e deve ser o mais elevado possível.
Adoptam-se, em geral, valores da ordem de 0,6 a 0,75 ou 0,85 a 0,90, no caso da
utilização de bancadas (Mattallana, 1989).
O material deve apresentar boa transmissão à radiação solar e uma má transmissão, absorção
elevada à radiação terrestre
Radiação solar: U.V.(300-380nm), visível (380-760nm), PAR (400-700nm), I.V. (curtos
e médios com 760-2500nm)
Radiação terrestre: I.V. longos (2500-5000nm)
Radiação global: Radiação directa +Radiação difusa (representa no mínimo 20% da
global isto se o Sol estiver no zénite, tempo claro e se for Verão, se o Sol estiver encoberto
2
representará 100% da radiação global.
Figura 1.2 A luz incidente sobre uma estufa pode ser absorvida, refectida ou transmitida
(Pedro e Vicente, 1988)
Tabela 1.1 Transparência de filmes para estufas ás radiações nocturnas (IR de 2500 a
25000 nm) emitidas pelo solo (Pedro e Vicente, 1988)
3
. radiação (materiais opacos aos infravermelhos; favorecer a formação de uma fina
película de condensação na face interior da estufa; aumentar a superfície de cobertura em relação
à área do solo);
. renovação de ar: a estufa deve ser o mais estanque possível (plástico é preferível ao
vidro); abaixamento de temperatura é de 2-3 ºC.
4
→ Promover o arrefecimento em períodos quentes
2.4.1. ORIENTAÇÃO
Em terrenos terraceados, oferecendo aos ventos dominantes a sua maior face e reforçando
2.4.2. DIMENSÕES
5
- LARGURA: 3 A 12 m
- ALTURA NO FRECHAL ENTRE 1,8 A 2,2 m
- COMPRIMENTO ATÉ 50 m (facilitar controlo das pragas e do ambiente).
Excepcionalmente 100 m – floricultura
No caso dos Túneis:
- filmes de PE de 0,15-0,2 mm espessura
-Altura > 0,5 m; em geral 0,8-1 m e largura 0,7-1 m
- Comprimento indeterminado
- 1/2 m 3 de ar/m2 superfície
- estrutura em arcos de arame de 6 mm, colocados a 0,8-1,5 m de distancia e enterrados
cerca de 30 cm.
3. MATERIAIS DE COBERTURA
6
A condensação da água nas estufas de plástico e a sua queda sobre as plantas é maior do
que no vidro. Estas últimas têm maior sombreamento no seu interior devido à sua estrutura mais
pesada.
Uma Estufa de vidro é sempre muito mais cara do que estufa de plástico. Em Portugal a
produção não será mais rentável no vidro do que no plástico (em igualdade de condições) =>
logo a opção mais racional será o plástico.
Figura 4.1 Materiais de cobertura utilizados em estufas (espessuras usuais; 100 galgas
=0,025 mm) (Matallana e Montero, 1989).
-
<=> Transparência à luz:
O vidro e os materiais plásticos usados em agricultura têm propriedades muito
aproximadas quer quanto à quantidade, quer quanto à qualidade da luz transmitida.
O PE térmico, apesar de mais caro, deve ser preferido, dado que aumenta em cerca de 15
dias a precocidade das colheitas, dando lugar a aumentos de produção da ordem dos 20% e
reduzindo o fenómeno de inversão térmica.
Em geral todos os plásticos ardem, uns mais do que outros. O PE é talvez o que arde mais
dificilmente, enquanto o poliéster arde com bastante facilidade. Todos os plásticos se degradam
por acção dos raios UV e por oxidação dos adjuvantes, mas não apodrecem.
Figura 4.2 Materiais de cobertura utilizados em estufas (espessuras usuais; 100 galgas
=0,025 mm) (Matallana e Montero, 1989).
-
Tabela 4.1 Transparência comparativa de diversos materiais utilizados em cobertura de
estufas (%) (Semedo, C., 1988).
Tabela 4.2 Pesos e superfícies cobertas por filmes de PEBD e PVC transparentes em função
da sua espessura (Semedo, C., 1988).
Tabela 4.3 Principais características dos materiais plásticos e do vidro (Semedo, C., 1988).
10
4.3.1. PROPAGAÇÃO DO CALOR
I
CONDUÇÃO - Propagação do calor por agitação molecular, de um meio mais quente para um
meio mais frio
t1
q = K*S* t/e q
t2 < t 1
CONVECÇÃO - Através de um fluido que aquece por contacto com uma superfície mais
quente, circula e transmite esse calor a uma superfície mais fria
11
4.4. INVERSÃO TÉRMICA
Este fenómeno ocorre quando a temperatura sob abrigo (ti) desce abaixo da temperatura
exterior(te):ocorre quando as perdas por radiação são intensas, principalmente em noites claras.
É tanto maior quanto mais permeável for o material ás radiações IV longos (Possibilidade da ti
ser inferior em 2 a 3 °C em relação à Te).
É preocupante para te baixa (5°C ou inferior).Acontece com PE não térmico pois este é
permeável aos infravermelhos, cuja fuga se verifica principalmente em noites claras, sem
condensação no interior dos abrigos e no caso de plantas jovens.
Pode ser contrariado com o uso do PE térmico, arejamento suave do ambiente, utilização
de parede dupla pulverização de água na face externa do filme e o aquecimento interior.
Figura 4.3 Gráfico de temperaturas observadas em estufas com dois tipos de PE (Pedro e
Vicente, 1988)
Este procedimento serve para evitar a dissecação do solo, a formação de crosta superficial
e a perda de água por evaporação; promover o aquecimento do solo; evitar a proliferação de
ervas daninhas e evitar a contaminação de frutos que se formem junto ao solo.
Palhas, matos, caruma, etc., hoje substituídas por plásticos, que podem ser transparentes
(maior aquecimento do solo), negros (> efeito estufa, controlo ervas daninhas) ou fumados.
Vantagens:
- maior precocidade;
- economia (mondas, regas e outros amanhos);
12
- -- - - - -- - - - -
- aumento das produções (melhores condições culturais do solo;
- diminuição do perigo de orvalhos e geadas nocturnas;
- diminui a humidade relativa ambiente, diurna;
- mobilização mínima.
4.6.1. VIDRO
13
- -------- -
• Modificadores ópticos: pigmentos: negro de fumo, branco dióxido de titânio, vermelho
óxido de ferro, amarelo sulfureto de cádmio, laranja molibdato, azul/verde ftalocianinas
de cobre, etc.
• Agentes de espuma: produção de materiais celulares
COPOLÍMEROS EVA
- Têm interesse quer para cobertura quer para embalagem de produtos agrícolas frescos, semi-
preparados e congelados.
- Melhores propriedades ópticas e mecânicas e melhor efeito estufa que o P.E.
- Menos resistente ao rasgamento (não convêm usar em zonas ventosas).
POLICARBONATO (PC)
- Chapas semelhantes ao PMMA, com maior resistência ao choque e à temperatura, mas com
menor transparência.
FILMES FOTODEGRADÁVEIS
- Filmes de degradação rápida e controlada por acção da luz.
15
sector agrícola deve também ter consciência da necessidade de protecção ambiental e conjugar
esforços para a redução das quantidades de resíduos produzidas.
16
Figura 4.6 Simbologia utilizada na identificação e reciclagem dos materiais plásticos
17
filmes transparentes normalmente são utilizados durante um ou dois anos/campanhas, enquanto
que os filmes negros o são durante três.
- Os filmes fotodegradáveis entram em processo de autodestruição após um tempo determinado -
30 ou 100 dias - depois da sua colocação no solo (Semedo, 1988).
Tabela 4.4- Consumos mundiais de plástico (Dados de áreas (ha) ou quantidades (t)
relativos ao ano de 1992
País Estufas Pequenos Cobertura Mulching Silos Irrigação
túneis directa
360-540
Alemanha 5 700 ha 1 200 ha 35 000 t
ha
Bélgica 300 t 250 ha 2 600 ha 600 t 7 000 t
Bulgária 4 900 t 1 200 t 50 t 1 800 t 5 000 t
Checoslov 4 300 t 50 t 2 100 t
Egipto 2 600 t 8 900 t 590 t
Espanha 28 350 ha 17 100 ha 100 725 ha 5 000 t
Finlândia 2 700 t
10 000- 25 000-
França 7 500 t 8 000 ha 18 500 t
12 000 t 27 000 t
Grécia 9 900 t 3 600 t 30 t 900 t
Hungria 12 000 t 100 t 450 t 450 t 3 000 t
Índia 103 000 t
Irlanda 8 000 t
Itália 56 600 t 24 000 t 600 t 18 000 t 8 000 t
Japão 47 000 ha 55 000 ha 4 000 ha 155 000 ha
Marrocos 4 400 ha
México 2 320 t 1 670 t 7 000 t 1 400 t
Noruega 3 500 t
Polónia 2 000 ha 800 ha 3 500 ha
Portugal 4 800 t 50 t 4 200 t
R. Unido 1 000 t 200-500 t 3 200 t 800 t 21 800 t
Suécia 2 500 t
Fonte: Wide Width Film Working Group in Plasticulture (1993)
INCINERAÇÃO
Os restos de filmes e de sacos de fertilizantes não devem ser abandonados porque não se
decompõem e causam poluição visual.
18
Regra geral estes materiais acabam em aterros onde ocupam espaço; a energia investida
na sua produção fica perdida sem qualquer uso. Hoje em dia, dois terços destes materiais
continuam sem ser aproveitados.
A incineração destes produtos permite a utilização da energia neles contida, que pode ser
utilizada para a produção de calor e energia eléctrica. Na Alemanha, um projecto de recolha e
incineração destes desperdícios, de onde se espera obter 2,5% da energia eléctrica necessária
para o país.
Estas incineradoras necessitam para o seu funcionamento de um combustível fóssil.
Uma vez que o plástico é uma forma deste combustível, deixa de ser necessário utilizar petróleo
ou os seus derivados nestas centrais, até porque o plástico possui mais energia (43-44 MJ/kg)
que os combustíveis fósseis (42,3 MJ/kg). No entanto, continua a ser necessário o tratamento dos
gases resultantes da incineração.
Assim, a utilização, por incineração, da energia armazenada nos plásticos desperdiçados
é uma actividade proveitosa (Marten, 1988).
RECICLAGEM
HIDRÓLISE - Neste processo, pela acção de vapor de água, alta pressão e temperatura,
os constituintes primários são recuperados numa forma pura. Dentro dos materiais plásticos, os
19
poliuretanos, as poliamidas e os poliésteres são os que mais se adequam a este processo (Marten,
1988).
A reciclagem deve ser encarada apenas para plásticos seleccionados, limpos, não
degradados e com custos de recolha e transporte aceitáveis. Nas indústrias produtoras de plástico
os resíduos foram sempre reciclados. Os resíduos plásticos seleccionados e limpos, disponíveis
em quantidades suficientes e com composição química semelhante, são agora economicamente
interessantes como matéria-prima para reciclagem.
Os plásticos usados na agricultura não possuem as características para se enquadrarem
na classificação de “seleccionados, limpos e não degradados” e muito menos como material para
reciclagem. Para solucionar este problema desenvolveram-se máquinas (DBE System) que
limpam, escovam e enrolam o filme utilizado no “mulching”. Estas máquinas conseguem
remover a maior parte da terra e de resíduos vegetais existentes nos plásticos (Anónimo, 1992).
Existem já outras máquinas, em pequeno número, que retiram o plástico de túneis e abrigos.
Pela reciclagem dos plásticos podem obter-se outros produtos de uso agrícola: filmes,
painéis de divisão de estábulos, manjedouras, estrados (ripados) para animais, vedações, malhas,
vasos, silos, contentores, roldanas, tubos flexíveis para irrigação e drenagem.
Misturas de polietileno virgem e reciclado proveniente da agricultura podem ser usados
na produção de filmes transparentes para “mulching” (pela adição de estabilizadores UV) ou de
filmes opacos (negro de fumo) sendo possível, em alguns casos, garantir-lhes uma vida útil de
pelo menos cinco meses (Sanchez-Lopez et al, 1991).
21
degradação deste material, é-lhe adicionado normalmente resina natural. Após ensaios realizados
em estufas e ao ar livre em condições de humidade, verificou-se que a sua duração é cerca de
quatro meses (Anónimo, 1988).
6- Utilização de filmes fotodegradáveis: o desenvolvimento de plásticos com uma
durabilidade programada teve o objectivo de obter um filme para “mulching” que se desintegra
num número pré-determinado de dias após ter início a sua utilização. Da desintegração total
destes produtos, resulta CO2 e H2O e pequenas partículas que se podem dispersar facilmente no
solo. Esta técnica oferece uma alternativa na produção de filmes para “mulching” que, contribui
para o aumento da produtividade agrícola, e simultaneamente reduz a formação de resíduos
plásticos e a poluição dos solos (Sánches-Valdés et al, 1995).
No entanto existe a possibilidade de toxicidade para as plantas, atribuída aos indutores
de fotodegradabilidade presentes em certos tipos de plásticos, utilizados para “mulching”.
Durante o processo de degradação destes plásticos, o níquel e o ferro são libertados para o solo
(na forma de sais e/ou óxidos), podendo causar fenómenos de toxicidade ou ficar acumulado nas
culturas. Contudo, segundo resultados obtidos por Casalicchio et al, (1990), em que se simulou
60, 120 e 180 anos consecutivos de “mulching”, não foram encontrados valores significativos de
níquel no solo ou nas plantas. De facto, até se verificou, que a quantidade de níquel solúvel na
água diminuiu.
Um outro aspecto é a não total biodegradabilidade destes plásticos. A sucessiva
utilização desta técnica ao longo de vários anos pode provocar alterações nas características do
solo, pois a quantidade de resíduos que aí permanecem torna-se cada vez maior.
EFEITOS NEGATIVOS
Os musgos e algas aparecem geralmente nas coberturas viradas a Norte ou por
influência de sombra de árvores. O seu desenvolvimento origina:
• Diminuição da luminosidade de 10 a 30% em função do grau de ataque
• Diminuição do rendimento das culturas
• Eliminação do efeito precocidade
• Necessidade de mudar mais frequentemente a cobertura (maiores custos)
• Aumento dos riscos fitossanitários devido à humidade relativa mais elevada, resultado de
uma menor insolação
• Estiolamento das plantas
22
TRATAMENTO
H2O - Muito moroso; não garante o não reaparecimento após algum tempo
• PRODUTOS químicos ( pH 6,5-7,8); não podem conter cloro, enxofre, ácido sulfúrico ou
ácido clorídrico (alguns produtos comerciais hortiseptyl e désogerme)
APLICAÇÃO
• Em dias com insolação forte e com pouco vento
• cobertura deve ser molhada até começar ao limite de escoamento
Sobrecargas:
Climáticas: chuva, vento e outros agentes atmosféricos) e Funcionais: tutores, material de
aquecimento, rega e acessórios
MADEIRA
METAL
Vantagens:
- elevada durabilidade;
- permite estufas ligeiras, com o mínimo de sombreamento;
- permite formas mais convenientes, inclusive arredondadas.
Inconvenientes:
- custo inicial elevado;
- bom condutor (fuga de calor);
- atacado pela corrosão (problema resolvido com pintura ou galvanização)
- necessidade de utilização de filmes plásticos de grandes dimensões.
- Tubo galvanizado:
24
→ é basicamente para estruturas de vidro ou chapas de materiais plásticos semi-rígidos.
- Alumínio:
BETÃO
d) Em torre
25
-
plástico e com 4 a 5 m de base e 14 a 23 m de altura. São estufas caras, utilizadas praticamente
só em investigação.
6.2. ARREDONDADAS
a) Semicilíndricas
c) Semielípticas e ogivais
d) Insufladas
Não necessitam de estruturas de suporte e têm excelente luminosidade, mas têm como
principais inconvenientes serem caras e o facto de terem pequena renovação de ar.
Necessitam de cuidado e experiência para serem usadas com sucesso.
• Exigências climáticas
• Técnicas de produção
• Terreno disponível
26
-- -
• Capacidades financeiras
• Estratégias comerciais
Facilidade de montagem
27
Figura 7.1 Formas de cobertura de estufas
28
Figura 7.2 Vantagens e inconvenientes dos diversas formas de cobertura de estufas (Pedro
e Vicente, 1988)
29
7.2. INFLUÊNCIA DA FORMA DA ESTUFA NA PENETRAÇÃO DA LUZ
Figura 7.3 - Influencia da forma da estufa na luminosidade recebida (Semedo, C., 1988)
Figura 7.4- Influencia da forma das estufas e sua orientação mais favorável (estufas
seguidas e coberturas em dente de serra) (Semedo, C., 1988).
30
- - -- --
8. TIPOS DE ABRIGOS (ESTUFAS E TÚNEIS)
CLASSIFICAÇÃO DAS ESTUFAS
CONSOANTE A ESTRUTURA:
→ madeira;
→ metal;
→ mistas.
CONSOANTE A FORMA:
→rectilíneas:
- capela:
- 2 abas iguais
- 2 abas desiguais:
→ dente de serra
→ assimétrica com arejamento permanente
- de uma só aba
→ arredondadas:
- semicilíndricas
- arco abatido ou asa de cesto
- ogivais
- semielípticas
- insufladas
31
Figura 8.1 Estufa comercial de forma curva com cobertura de plástico e estrutura de metal
(Matallana e Montero, 1989).
Figura 8.2 Estufa com estrutura de madeira não aparelhada (Semedo, 1988).
32
Figura 8.3 Estufa com estrutura de madeira aparelhada (Semedo, 1988).
Figura 8.4 Estufa com estrutura de madeira e arame tipo Parral- Almeria (Pedro e
viecente, 1988).
33
Figura 8.5 Estufa comercial com duas águas com cobertura de vidro e estrutura metálica
(Matallana e Montero, 1989).
Figura 8.6 Estufa comercial com duas águas com cobertura de vidro e estrututa metálica
(Matallana e Montero, 1989).
34
Figura 8.7 Tunel de forma semicilindrica e respectiva cobertura (Semedo, 1988)
Figura 8.8 Túnel em forma de arco abatido e respectiva cobertura (Semedo, 1988)
Figura 8.9 Fixação da cobertura do túnel com fio cruzado utilizando arcos com argola
(Semedo, 1988)
35
Figura 8.10 Parâmetros intervenientes na escolha de um modelo de estufa (Semedo, 1988).
36
- - - - - - --- - - -- - - - - -
9. CLIMA, AREJAMENTO E VENTILAÇÃO
9.1. SISTEMAS DE VENTILAÇÃO
Quando a estufa tem aberturas, as trocas gasosas, entre o exterior e o interior, aparecem
espontaneamente por diferença de densidade (resultante da diferença de temperatura entre o
exterior e o interior, entre a face exposta ao sol e a ensombrada) ou por diferença de pressão
(devido ao vento).
Para condições naturais e para um dado tipo de estufa, a intensidade dessas trocas
depende da posição das aberturas, do seu número e da sua secção (grau de abertura).
A fórmula que se apresenta a seguir resume o que se disse anteriormente.
Q = mS2 g P
Q : débito de ar
S : secção de passagem
P : diferença de pressão entre interior e exterior
m : coeficiente que depende das características geométricas da cobertura
Na prática, são utilizados numerosos dispositivos mais ou menos perfeitos para ventilação
natural de estufas ou abrigos.
• Se forem abrigos temporários, durante a estação fria, onde o clima é ameno, pode ser usada
uma ventilação permanente:
- seja pela porosidade própria do material de cobertura
- seja por uma estanquecidade voluntariamente defeituosa
- seja ainda através de filmes perfurados, furos esses criados e multiplicados à medida
que a estação avança
37
topo (cumeeira) tendo em conta a direcção do vento)
Figura 9.1– Formas de ventilação estática em diverso tipo de estufas (Semedo, 1988)
40
10. AQUECIMENTO/ARREFECIMENTO
Q=KV(ti-te)
41
FILME BRANCO
Reflecte fortemente a luz solar, aquece pouco, aumenta a claridade.
42
A solução ideal consistiria na utilização de um écran selectivo permeável às PAR e com
capacidade de deter a radiação I.V. mas ainda não existe no mercado um écran com essas
características. Os que existem são não selectivos e reduzem a totalidade da radiação solar. Estes
écrans não devem impedir a ventilação e portanto devem ser permeáveis ao ar. Podem diferir em
função de:
• Forma de acção: reflexão ou absorção (menos eficaz porque cerca de metade da energia
absorvida é posteriormente enviada para as plantas.
• Localização: exterior ou interior (pior do ponto de vista térmico visto que, a energia
proveniente do écran é parcialmente captada pela parede da estufa o que irá aquecer o
ambiente da estufa
• Estrutura: écran continuo ou descontinuo
Se os écrans exteriores são preferíveis do ponto de vista energético, na prática a sua
utilização é mais complicada mecanicamente, por estarem sujeitos aos agentes atmosféricos. O
branqueamento das estufas com produtos de forte coeficiente de reflexão (caiação), utilizado
durante o período estival tem o inconveniente de não permitir qualquer adaptação às variações de
insolação e de ser necessário retirar essa pintura no final do Verão com produtos muitas vezes
corrosivos que acabam por danificar o material de cobertura.
Os écrans interiores são os mais utilizados. São, em geral, agrotêxteis tecidos, com
mistura de material plástico ou alumínio com a função de reflectir a radiação solar, ou filmes
“aluminizados” sobre uma ou duas faces.
Podem ser montados sobre dispositivos mecânicos automáticos e comandados por
células fotoeléctricas em função da ti.
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b) AUMENTO DA PERDA DE ENERGIA
• Se o ar que sai tem um teor em vapor de água (kg vapor / kg ar seco) maior do que o que
entra, o abaixamento da temperatura poderá ser superior, pois este aumento de humidade na
travessia da estufa exige a vaporização da água liquida, fenómeno que absorve muita energia
(2500KJ / kg vaporizado). Logo 1 kg de vapor retira da estufa cerca de 2500KJ.
• Se o ar que sai para além de ter mais vapor de água for também mais quente então, a descida
de temperatura no interior da estufa ainda será maior porque há um ganho suplementar de
1,84 KJ / kg de vapor e por ºC de diferença.
Daqui se depreende que é o calor de vaporização da água que está na base dos
procedimentos usuais de arrefecimento das estufas. Assim, o arrefecimento será regulado pela
intensidade:
- das trocas gasosas: ventilação natural ou forçada
- da vaporização natural ou artificial
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Esta pode ser fornecida por:
a) sulcos
b) mangueiras perfuradas
c) por aspersão ou microaspersão
d) gota-a-gota
1. CONSTITUIÇÃO DE “ECRANS”
Modificam as trocas de energia e matéria entre a planta e o meio
• Corta-ventos
• Cobertura do solo (paillage)
• Mantas térmicas (sem armação)
• Pequenos túneis, chassis
• Estufas, abrigos
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Ex. 20ºC e 70% de H.R. 10,3 g vapor/kg ar seco
10,3-7,6 = 2,7 g (de vapor condensado)
10ºC 7,6 g vapor/kg ar seco
Concentração ideal entre 1 000 e 2 000 ppm. Acima de 3 000 ppm é tóxico para as
plantas e para o Homem.
Reconhecendo a importância do CO2 no crescimento das plantas convirá fazer uma
breve abordagem sobre as variações de concentração deste gás dentro de uma estufa.
O teor de CO2 na atmosfera é de cerca de 0,03% (300 ppm) variando entre 0,02 e
0,04%. Contudo a concentração deste gás varia muito mais no interior de uma estufa. Verifica-se
que durante as primeiras horas da manhã de um dia descoberto, a concentração de CO2 no
interior da estufa é mais elevada do que na atmosfera. Com a elevação da intensidade luminosa
e, portanto, do processo de formação de compostos orgânicos dá-se uma rápida inflexão do CO2
que atinge níveis muito baixos (cerca de 200 ppm).
Este nível mantêm-se praticamente constante enquanto a intensidade luminosa não
começa a diminuir; a partir daí, verifica-se um aumento gradual da concentração de CO2, que
acaba por atingir novamente os níveis iniciais. Durante os períodos quentes, a elevada
temperatura que rapidamente se atinge na estufa obriga a abrir as janelas e, portanto, o nível de
CO2 que eventualmente diminuíra, volta ao normal.
Durante o Inverno a concentração é mais baixa nos dias encobertos do que nos dias de
céu limpo, pois naquelas condições as estufas têm que permanecer fechadas durante todo o dia e
o gás presente na estufa é utilizado pelas plantas sem ser reposto do exterior. Portanto, no
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Inverno importa não esquecer que entre os factores limitantes se encontra não apenas a luz mas
também a concentração de CO2, e que o nível deste elemento no interior de uma estufa depende
principalmente da energia solar e da temperatura exterior.
• Em período frio, a estufa, fechada, impede a influência regularizadora da atmosfera livre e
amplifica as variações de concentração no ar interior, devidas essencialmente ao metabolismo
das plantas. Ao final da noite o teor em CO2 é elevado e é tanto mais quanto mais elevada for
a temperatura nocturna (pode atingir os 500 ppm).
Durante o dia e com o desenrolar da actividade fotossintética, a concentração decresce
tanto mais rapidamente quanto mais intensa for a actividade fotossintética (grande intensidade
luminosa, regime térmico e hídrico satisfatórios) podendo atingir os 150 ppm, valor próximo do
ponto de compensação.
• Em período quente, a necessidade de ventilação para agir sobre outros factores (temperatura,
humidade do ar) tende a manter a concentração interna ao nível da concentração externa,
sendo no entanto impossível, com a ventilação, atingir valores superiores aos do exterior.
Convém não esquecer que, em ambiente protegido os processos fisiológicos assumem
ritmos de desenvolvimento mais intensos o que leva a que a concentração de CO2 na estufa seja
frequentemente insuficiente para as necessidades da planta, a ponto de se tornar um factor
limitante por isso em certas condições torna-se necessário proceder a uma distribuição
suplementar para atingir, pelo menos, o nível de 0,03% que é o normal na atmosfera mas
podendo ir até valores de 0,1%.
Um primeiro objectivo será manter na estufa um teor idêntico ao exterior (300 ppm).
Uma simples ventilação é suficiente mas, em períodos frios, o arrefecimento que a ventilação
provoca acarreta mais inconvenientes que as compensações que este enriquecimento traria. Na
prática, o enriquecimento visa um teor bastante mais elevado que é conseguido por
compensações específicas. Está estabelecido que para a maior parte das culturas os valores de
compensação estão compreendidos entre 600 e 1500 ppm, com algumas excepções como é o
caso do pepino (2000 ppm).
A ADUBAÇÃO CARBÓNICA pode ser efectuada com gás puro distribuído por
contentores apropriados e com gás quente obtido por combustão de substâncias geradoras de
CO2. O CO2 puro é comercializado no estado líquido em garrafas metálicas sob pressão e
volatiliza-se facilmente em CO2 gasoso. É um sistema muito simples que requer apenas uma
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válvula reguladora da pressão e um medidor de capacidade, podendo o gás ser canalizado para
qualquer parte por meio de tubos de plástico perfurados.
O método de combustão baseia-se principalmente no emprego de propano que se
volatiliza facilmente à temperatura e pressão normais de modo a realizar-se uma combustão
completa.A quantidade de gás necessário para obter um determinado nível varia em função do
tamanho e do tipo de estufa e da velocidade de renovação do ar. Na prática considera-se que o
propano liberta na sua combustão uma quantidade de CO2 equivalente a três vezes a própria
massa.
Outras fontes como sejam o petróleo de iluminação (a sua combustão origina muitas
impurezas, sobretudo sulfuretos), o álcool etílico puro ou misturas de propano e álcool (exigem
sistemas de regulação muito complexos), neve carbónica que é óptima geradora de CO2 mas que
tem o inconveniente de arrefecer a atmosfera, propano liquefeito que requer um equipamento
apropriado (queimador protegido de qualquer infiltração de água). Pode conseguir-se uma
automação do sistema introduzindo temporizadores ou células fotoeléctricas que regulam a
combustão em função da intensidade da luz.
Convém não esquecer que é necessário modificar convenientemente algumas operações
de cultivo quando se inicia a adubação carbónica. Assim, é necessário controlar o teor hídrico do
ar, que está directamente relacionado com a humidade do solo e, portanto, com a rega. É
necessário também verificar se a temperatura média diurna e nocturna é superior em cerca de 2-
5ºC relativamente à que existe em culturas de estufa comuns, de qualquer modo convém recordar
que ao fornecer CO2 com geradores, se produz também uma certa quantidade de energia
calorífica que contribui para elevar a temperatura do ar ambiente.
Outro aspecto que não deve ser descurado é a riqueza do solo em nutrientes. Como se
está a forçar a cultura ao fazer adubação carbónica convém actuar nas fertilizações quer ao nível
dos macro quer ao nível dos micronutrientes.
DÉBITO
D=A+V.n.C.(Ci-Ce)
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O controlo da concentração é feito por aparelhos da medição - O princípio baseia-se na
absorção da radiação I.V. longos pelo CO2.
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2. LAMPADAS FLUORESCENTES: as tubulares permitem atingir intensidades luminosas de
5000 lux e mais, com pouca produção de energia térmica, contrariamente às lâmpadas
incandescentes. Para uma iluminação equivalente, o seu consumo é menor.
As normais apresentam algumas desvantagens, entre as quais a sua fraca intensidade luminosa.
• CRESCIMENTO: folhas verdes com crescimento paralelo à superfície da lâmpada,
alongamento lateral dos caules, desenvolvimento de vários rebentos laterais, floração durante
muito tempo.
• GERMINAÇÃO: resposta pronta e uniforme
• FOTOPERIODO: ineficiente em plantas de dia longo
A relação área/volume ideal é da ordem dos 3,9 a 4,0 m3/m2, o que permite uma maior
inércia térmica e melhora a captação de energia luminosa (Matallana, 1989).
Segundo Pedro e Vicente (1988) esse valor deve ser de2,7 a 3,0 m3/m2.
A área das aberturas de ventilação deve ser de 10 a 25 % da área coberta a fim de permitir
uma ventilação eficiente (Veloso et al., s.d.; Mattallana & Montero, 1989).
Uma janela zenital ventila tanto como 2 ou 3 janelas laterais com a mesma superfície
(Cermeno, 1990). Em climas mediterrâneos é conveniente poder dispor do valor máximo.
Figura 10.2 Efeitos produzidos por corta-ventos impermeáveis e permeáveis nas zonas
protegidas por estes (Pedro e Vicente, 1988; Merino, 1991))
A altura normal dos corta-ventos é de 2,5 a 3 m, devendo estes ficar afastados 6 a 8 m das
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estufas, a fim de não as sombrearem. No caso de culturas fruteiras, a altura mínima é de 2x a
altura destas, sendo a orientação preferencial a perpendicular à direcção dos ventos dominantes.
O seu comprimento máximo não deve ultrapassar 24 x a sua altura (Merino, 1991).
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Figura 10.5 Pormenor de um corta vento artificial de rede de malha de polipropileno
No ábaco seguinte apresenta-se a sobra projectada pelo sol e produzida por um corpo
com 1 m de altura segundo a hora do dia e a latitude do lugar.
O cálculo refere-se ao solstício de Inverno (21 Dez) por ser o dia de menor altura solar,
e que projecta as maiores sombras do ano.
Exemplo de utilização: pretendem colocar-se 2 estufas de 16 m de largura e com uma
altura de cumeeira de 4 m cada, num lugar sobre o paralelo 46º. Neste caso a sombra projectada
ás 9h é de 16 m a partir do centro da estufa, pelo que a separação mínima entre as estufas deverá
ser de 8 m para evitar sombreamento entre estas.
Figura 10.6 Determinação da distância a guardar entre estufas para evitar sombreamento
entre estas (Pedro e Vicente, 1988)
ESTUFA ELÍPTICA
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a = 1/2 largura da estufa
b = altura da estufa
ESTUFA SEMICILINDRICA
V=r2/2*comprimento
Perímetro do arco
P=*largura
Nota: Atender a que é necessário mais um metro para fixação na terra bem como área
para os topos
BIBLIOGRAFIA
- ALPI, A. e TOGNONI, F. (1991). Cultivo en invernadero. Ediciones Mundi-Prensa. Madrid,
347 pp.
- CERMENO, Z. (1990). Estufas. Instalações e maneio. Litexa Editora, Lda. Lisboa, 355 pp.
- MATALLANA, A. e MONTERO, J. (1989). Invernaderos. Diseño, construcción y
ambientación. Ediciones Mundi-Prensa. Madrid, 159 pp.
- MERINO, D. (1991). Cortavientos en agricultura. Agroguias Mundi Prensa, 80 pp.
- NALLET, H. (1983) A intensificação da produção agrícola. Ulmeiro agricultura. 117 pp.
- PEDRO, F. e VICENTE, L. (1988). Aplicación de los plasticos en la agricultura. Ediciones
Mundi Prensa. Madrid, 571 pp.
- SEMEDO, C. (1969). A aplicação de plásticos na agricultura. Junta geral do distrito autónomo
do Funchal., 123 pp.
- SEMEDO, C. (1988). A intensificação da produção hortícola. Publicações Europa América,
Mem-Martins, 189 pp.
- VELOSO, S.; GARRIDO, J. e Bettencourt, J. (s.d.). Horticultura e floricultura. Editorial
Notícias. Lisboa, 179 pp.
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ANEXOS
Anexo 1- Vista de um conjunto de estufas
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