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Edimar
Monteiro
CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do
Trabalhador) Conhecimentos Específicos
- Eixo Temático 4 - Segurança e Saúde
do Trabalhador e da Trabalhadora - 2024
Autor:
(Pós-Edital)
André Rocha, Edimar Natali
Monteiro, Felipe Canella, Stefan
Fantini
18 de Janeiro de 2024
SUMÁRIO
FUNDAMENTOS DE HIGIENE OCUPACIONAL – AGENTES FÍSICOS ......................................................... 2
1.2 Vibrações................................................................................................................................................ 12
1.3.2 Frio................................................................................................................................................... 24
2 QUESTÕES ......................................................................................................................................... 32
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Nesse tipo de conteúdo, que é mais conceitual, é primordial que resolva todas as
questões no curso da aula, bem como as questões propostas, uma vez que muitos
conceitos serão apresentados nos comentários das questões, de modo a otimizar o
conteúdo da aula.
prof.edimarmonteiro
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1 AGENTES FÍSICOS
A higiene ocupacional é um ramo da ciência que estuda a interação entre o homem e o ambiente, abordando
aspectos da influência das condições ambientais sobre a saúde e a segurança dos trabalhadores.
Para você ter uma ideia, em um curso de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho a higiene
ocupacional é a área de conhecimento com maior carga horária. Assim, o conteúdo é muito extenso.
Nessa parte da aula, vou abordar apenas os fundamentos explorados pelas bancas ao longo dos anos.
Ademais, uma abordagem mais aprofundada do assunto é dispensada no estudo das Normas de Higiene
Ocupacional da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho – Fundacentro.
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As ondas sonoras são produzidas por deformações provocadas pela diferença de pressão em um meio
elástico: sólido, líquido ou gasoso, sendo imprescindível a existência deste meio para sua propagação. Assim,
frise-se que, por ser uma onda mecânica, o som não se propaga no vácuo.
Denomina-se movimento periódico aquele que se repete em intervalos regulares ou iguais de tempo. Esse
deslocamento periódico de um lado para o outro (relativamente a um ponto médio de equilíbrio) em uma
mesma trajetória, caracteriza o movimento oscilatório ou vibratório.
Oscilações de sistemas materiais que ocorrem no ar resultam em variações de pressão atmosférica. Quando
tais oscilações estimulam o aparelho auditivo são denominadas vibrações sonoras. Em resumo, o som é uma
sensação auditiva provocada por variações de pressão geradas por uma fonte de vibração. Trata-se de um
movimento ondulatório caracterizado por uma intensidade, uma frequência e uma velocidade de
propagação.
Adicionalmente, o som é considerado uma onda mecânica longitudinal tridimensional provocada por uma
variação rápida da pressão, capaz de sensibilizar o aparelho auditivo. É uma onda mecânica pois está
relacionada às vibrações (ondas mecânicas) que se propagam em um meio material elástico1 (sólido, líquido
ou gasoso). Sempre que ouvimos um som, existe um corpo material que vibra, produzindo esse som!
É uma onda longitudinal porque se propaga em uma direção paralela à direção da vibração2. Por exemplo,
para produzirmos a "fala", a passagem do ar faz com que as cordas vocais vibrem para frente e para trás,
produzindo regiões de compressão e refração do ar. Essas regiões deslocam-se na mesma direção da
vibração das condas vocais. Por fim, é uma onda tridimensional porque se propaga em todas as dimensões,
ou seja, consegue se propagar nas três direções do espaço, simultaneamente.
Por sua vez, o ruído é uma interpretação subjetiva e desagradável do som. Na higiene ocupacional
costuma-se denominar barulho ou ruído todo som que seja indesejável, errático. Para a OIT (Art. 3º da
Convenção n.º 148), o termo "ruído" compreende qualquer som que possa provocar uma perda de audição
ou ser nocivo à saúde ou contenha qualquer outro tipo de perigo.
1
Ou deformável, ao contrário das ondas eletromagnéticas (radiações) que não necessitam de meio
material para se propagar, ou seja, podem se propagar no vácuo.
2
Ao contrário, a luz, por exemplo, é uma onda transversal, pois se propaga na direção perpendicular a
fonte, ou seja, os raios de luz se propagam em um ângulo de 90 em relação ao bulbo da lâmpada.
4
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O som é uma sensação auditiva provocada por variações de pressão geradas por uma
fonte de vibração, sendo classificado como uma onda mecânica longitudinal
tridimensional. Por sua vez, o ruído é uma interpretação subjetiva e desagradável do
som.
O ruído é o agente físico que mais provoca problemas à saúde dos trabalhadores, uma vez que está presente,
e em elevada intensidade em praticamente todos os processos produtivos de todos os ramos de atividade
econômica.
A principal forma de acometimento à saúde dos trabalhadores se dá através da Perda Auditiva Induzida por
Ruído - PAIR3, entretanto, estudos veem mostrando evidências de que a exposição prolongada ao ruído
também está associada a hipertensão em algumas classes de trabalhadores. Inclusive, atualmente o ruído é
legalmente reconhecido como fator de risco (fator etiológico) para a hipertensão arterial, através do Decreto
n.° 3.048/99 (Regulamento da Previdência Social).
De forma resumida, a PAIR é caracterizada pela diminuição da acuidade auditiva do trabalhador por
exposição continuada a níveis elevados de pressão sonora (ruído), e tem como principal característica a
progressão gradual da redução da acuidade auditiva e a irreversibilidade do quadro clínico.
Colocando de outra forma, entende-se por perda auditiva por níveis de pressão sonora elevados as
alterações dos limiares auditivos, do tipo neurossensorial, decorrentes da exposição ocupacional
sistemática a níveis de pressão sonora elevados, que tem como características principais a irreversibilidade
e a progressão gradual com o tempo de exposição ao risco.
A PAIR não pode ser confundida com o trauma acústico, este último corresponde a perda auditiva súbita
decorrente da exposição a uma pressão sonora intensa como, por exemplo, uma explosão que culmina na
ruptura do tímpano.
Além da PAIR e do trauma acústico, que são alterações graves e irreversíveis no aparelho auditivo, o ruído
está associado a interferência na comunicação oral nas bandas de oitava4 representadas pelas frequências
de 500, 1000 e 2000 Hz. Adicionalmente, destaque-se que são ainda reconhecidas como possíveis
consequências da exposição ocupacional ao ruído consequências:
3
Atualmente existem outras definições para esse grupo de doenças.
4
A banda de oitava é composta pelas oito faixas de frequência: 31,5; 63; 125; 250; 500; 1000; 2000;
4000; 8000 e 16000 Hz.
5
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E como nosso organismo capta e decodifica o som? O pavilhão auditivo capta as vibrações, canalizando-as
para o conduto auditivo e para o tímpano. Ao se chocarem com a membrana timpânica, a pressão e a
descompressão alternadas do ar provocam o deslocamento do tímpano para dentro e para fora do ouvido
médio, fazendo-o vibrar na mesma frequência da onda.
Desse modo, a membrana timpânica transforma as vibrações sonoras em vibrações mecânicas, que são
transmitidas aos ossículos (martelo, bigorna e estribo), que por sua vez as ampliam e intensificam,
conduzindo-as ao ouvido interno, onde são convertidas em sinais elétricos. O nervo auditivo leva esses sinais
até o encéfalo que os decodifica, resultando em sensação auditiva. E resumo, o ouvido humano é dividido
em externo, médio e interno, com seus respectivos "componentes" anatômicos6:
membrana timpânica
martelo
Divisão do aparelho ouvido médio
auditivo humano bigorna
estribo
5
Disponível em: <Ouvido - Orelha - externo, média e interna - Audição - InfoEscola>. Acesso em 07,
dez., 2021.
6
Existem outros, só trouxe os mais comuns.
6
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Para que as ondas sonoras estimulem o aparelho auditivo do ser humano devem ser preenchidas as
seguintes características:
a) Frequência: número de vibrações por unidade de tempo, ou ainda o número de repetições das
flutuações de pressão ou ciclos/segundo ou número de ciclo/segundo (1ciclo/segundo = 1HZ). É
determinada pela contagem do número de frentes de onda que passam por um certo ponto em um
determinado tempo. Deve situar-se entre 20 e 20.000 Hz. Frequências sonoras inferiores a 20 Hz são
chamados de infrassom, ao passo que as frequências superiores a 20.000 Hz (20 kHz) de ultrassom.
Em ambos os casos, não são captadas pelo aparelho auditivo.
b) Nível de pressão sonora: é dado em Pascal (Pa) que equivale a um Newton por Metro Quadrado
(N/m²) e deve atingir um valor mínimo denominado limiar de audibilidade, admitido pela comunidade
científica como sendo 2 X 10-5 N/m², valor este convencionado como zero dB (zero Decibel). Níveis
de pressão sonora entre 2 X 10-5 N/m² e 200 N/m² estão dentro da faixa audível. Valores de pressão
abaixo de 2 X 10-5 N/m² estão abaixo do limiar auditivo, não podendo ser "ouvidos", ao passo que
valores acima de 200 N/m² são extremamente danosos ao ouvido humano, provocando dor imediata.
Por isso, esse limite superior é chamado de limiar de dor.
O nível de pressão sonora que provoca dor (200 N/m², limiar da dor) corresponde a 10 7 vezes o nível de
pressão sonora mínimo capaz de sensibilizar a membrana timpânica humana (2 X 10-5 N/m², limiar de
audibilidade). Dessa forma, seria inviável projetar um sistema de mensuração capaz de operar em uma faixa
tão ampla de valores.
Como solução a esse problema, utiliza-se uma escala em Decibel (dB), que corresponde a décima parte de
um Bel (0,1 Bel), que, frise-se, não é uma umidade de medida, mas uma relação adimensional que pode ser
definida pela seguinte equação logarítmica:
𝑃
𝐿 = 20 log ( )
𝑃0
7
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Em que:
𝐿 = nível de pressão sonora (dB);
𝑃 = pressão sonora encontrada no ambiente (Pa);
𝑃0 = pressão sonora de referência (2 X 10-5 Pa, limiar de audibilidade)
É justamente com base na intensidade dos níveis de pressão sonora em dB que a NR 15 determina os Limites
de Tolerância (LT) para o ruído. Não obstante a determinação do LT para o ruído pela NR 15, frise-se que
considerando a qualidade dos dados estatísticos relativos à exposição ocupacional ao ruído em suas variadas
frequências, não é possível definir com precisão a fronteira do ambiente salubre com o insalubre para o
trabalhador. Sendo assim, os LT definidos pela NR 15 são apenas valores estimados, não garantindo a
segurança de todos os trabalhadores.
Além da frequência e do nível de pressão sonora, duas outras variáveis são importantes na análise do ruído
ocupacional, tais sejam:
Agora, entrando em um campo mais objetivo do estudo da acústica, destaque-se que o dB não é uma
quantidade linear! Representa um valor de uma escala logarítmica de base 10. Isso implica que as operações
matemáticas com o Decibel não são lineares. Por exemplo, a soma de 100 dB + 95 dB não é igual a 195 dB!
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Para que você entenda como essa soma deve ser realizada, vamos utilizar, inicialmente, o método gráfico
para adição de níveis de pressão sonora, tal como mostra a Figura 1.5.
Imagine que uma empresa adquira dois equipamentos para seu processo produtivo, uma politriz e uma
lixadeira. Segundo os manuais dos respectivos fabricantes, a politriz emite 95 dB de ruído e a lixadeira 100
dB. No caso de esses equipamentos serem ligados lado a lado, qual será o nível de pressão sonora próximo
a eles?
Primeiramente, devemos determinar a diferença linear entre os dois níveis de pressão sonora a serem
somados, que é 100 - 95 = 5 dB. Essa diferença deve ser identificada no eixo horizontal do gráfico, traçando-
se uma linha vertical para cima até "tocar" a curva logarítmica (linha vermelha vertical).
Em seguida, traça-se uma linha horizontal até o eixo vertical esquerdo (linha vermelha horizontal), que define
o nível de pressão sonora, em dB(A), a ser adicionado ao maior valor entre os níveis somados. Assim,
obtemos o seguinte nível resultante L = 100 + 1,2 = 101,2 dB(A). Simples, não é?
Agora quero que perceba uma coisa no gráfico. As bancas cobram isso sem fornecê-lo, então... Decore isso!
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Não obstante a existência do método gráfico, mais simples, para a adição de níveis de pressão sonora,
também é possível a soma logarítmica através da seguinte equação:
Em que:
𝐿𝑇 = nível de pressão a ser somado ao equipamento de maior nível
𝐿1 = nível de pressão sonora da fonte 1;
𝐿𝑛 = nível de pressão sonora da fonte 𝑛 (enésima fonte);
Deixando para traz os conceitos relacionados ao nível de pressão sonora e passando agora a tratar dos
aspectos relacionados à frequência, o ruído pode ser classificado em: (a) contínuo, (b) intermitente e (c) de
impacto:
O ruído é contínuo quando a variação do nível de pressão sonora atinge 3 dB durante um período superior
a 15 minutos. É intermitente quando o nível de pressão sonora varia até 3 dB em períodos inferiores a 15
minutos e superiores a 0,2 segundo. É de impacto quando não se enquadrar nas condições anteriores.
Não obstante essa definição majoritariamente adotada pela doutrina, você verá no estudo da NR 15 (caso
haja previsão no edital de sua prova) que ela estabelece definições diferentes. Na verdade, para fins de
higiene ocupacional os ruídos contínuo e intermitente são avaliados em conjunto.
Para fechar o assunto, vamos tratar das medidas de controle do ruído. Como vimos, a higiene ocupacional
estabelece a seguinte hierarquia das medidas de controle: (1) na fonte do fator de risco, (2) na transmissão
(entre a fonte e o receptor) e (3) no receptor (trabalhador). São exemplos:
• Eliminação da fonte;
• Seleção de máquinas ou equipamentos menos ruidosos;
• Manutenção: elaboração de planos de manutenção preventiva e corretiva como por
Controle do
exemplo, balanceamento periódico de máquinas rotativas e lubrificação de
risco na
rolamentos;
fonte
• Modificação das fontes geradoras: Instalação de silenciadores em sistemas de ar
comprimido, compressores, bicos de saída de ar, válvulas pneumáticas, condutores
de sistemas de ventilação etc.; utilização de bases rígidas na montagem de máquinas
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No caso dos protetores auriculares, os manuais dos fabricantes fornecem os valores do Nível de Redução de
Ruído do Protetor - 𝑵𝑹𝑹𝒔𝒇𝒑𝒓𝒐𝒕𝒆𝒕𝒐𝒓 , do inglês Noise Reduction Rating. Esses valores garantem um nível de
proteção estatístico de 84%. Vamos a um exemplo!
Imagine que um trabalhador realiza suas atividades em um ambiente cujo Nível de Exposição Normalizado -
NEN7 obtido pelo avaliador foi de 95 dB(A). Observou-se, durante a avaliação, que foi fornecido ao
trabalhador um protetor auricular tipo plug de inserção pré-moldado, com o devido Certificado de
Aprovação - CA, cuja capacidade de atenuação é de 𝑁𝑅𝑅𝑠𝑓𝑝𝑟𝑜𝑡𝑒𝑡𝑜𝑟 = 15 dB. Pergunta-se, qual o valor efetivo
de nível de pressão sonora a que esse trabalhador está exposto?
A resposta é simples 95 - 15 = 80 dB(A)! Mas professor, o senhor não disse que as operações em dB não são
lineares. Ocorre que aqui estamos subtraindo nível de atenuação, e não nível de pressão sonora!
O mesmo é válido para capacidade de atenuação de isolantes acústicos, chamada de Classe de Transmissão
Acústica (STC - do inglês Sound Transmission Class). Assim, se existe uma máquina que emite 100 dB(A) do
lado de uma parede com STC = 20 dB, o nível de ruído que irá ser transmitido ao outro lado será de 100 - 20
= 80 dB(A). Nesse caso, as operações também são lineares!
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Nível de Exposição Normalizado (NEN): nível de exposição, convertido para uma jornada padrão
de 8 horas diárias, para fins de comparação com o limite de exposição.
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Agora, veja como outros conhecimentos a respeito do ruído (acústica) já foram explorados pelas bancas:
1.2 Vibrações
De acordo com o Manual de Aposentadoria Especial da Previdência Social, entende-se por vibração ou
trepidação qualquer movimento que o corpo executa em torno de um ponto fixo, podendo ser um
movimento regular ou irregular (quando não segue nenhum padrão determinado). Colocando de outra
forma, trata-se de um movimento oscilatório de um corpo devido a forças desequilibradas de componentes
rotativos e movimentos alternados de uma máquina ou equipamento.
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Por sua vez, a Convenção n.° 148 da Organização Internacional do Trabalho – OIT estabelece que o termo
“vibrações” compreende toda vibração transmitida ao organismo humano por estruturas sólidas e que seja
nociva à saúde ou contenha qualquer outro tipo de perigo.
A vibração pode afetar o corpo inteiro, caso em que é denominada vibração de corpo inteiro – VCI. A VCI
ocorre quando há uma vibração dos pés (posição em pé) ou do assento (posição sentada). A vibração pode
ainda afetar apenas uma parte do corpo. Nesse caso, a higiene ocupacional tem especial interesse nas
vibrações em mãos e braços – VMB.
As VCI caracterizam-se pela ocorrência em baixa frequência e alta amplitude (faixa de 1 a 80 Hz, mais
especificamente de 1 a 20 Hz) e são típicas das atividades de transporte, especialmente com veículos pesados
(caminhões, tratores etc.).
Por sua vez, as VMB ou de extremidades ocorrem na faixa de 6,3 a 1250 Hz e são típicas de trabalhos com
ferramentas manuais como politrizes, lixadeiras, furadeiras, britadeiras etc.
As metodologias e procedimentos de avaliação das VCI e VMB são especificadas, respectivamente, pelas
NHOs 09 e 10 da Fundacentro. Em ambos os casos, existem três variáveis fundamentais que caracterizam
ou estão envolvidas na avaliação das vibrações:
a) direção medida em três eixos (direções): a natureza vetorial da vibração requer a avaliação em três
direções ortogonais: x, y e z, seja no caso das VCI (Figura 1.8a), seja no caso das VMB (Figura 1.8b);
b) magnitude: expressa pela raiz média quadrática da resultante obtida (√𝑎𝑥2 + 𝑎𝑦2 + 𝑎𝑧2 ), dada em
m/s², em que 𝑎𝑥 , 𝑎𝑦 e 𝑎𝑧 correspondem, respectivamente, as acelerações resultantes nas direções x,
y e z;
c) frequência: medida através de bandas de oitava, dada em Hz (Hertz).
(a) (b)
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Figura 1.8: (a) eixos ortogonais para caracterização das VCI, (b) eixos ortogonais para caracterização das
VMB.
No caso das VCI, seja na posição em pé, deitado ou sentado, o eixo "z" refere-se às vibrações no sentido
longitudinal à coluna vertebral, e os eixos "x" e "y" as vibrações nas direções transversais (frontal-traseira e
laterais, respectivamente). Nossa estrutura óssea tem maior resistência aos esforços no sentido longitudinal
da coluna vertebral (eixo "z") e menor resistência nas direções perpendiculares a esses eixos, ou seja, nas
direções dos eixos "x" e "y". Por isso, as vibrações nos sentidos transversais ("x" e "y") têm maior "peso" no
resultado final, ou seja, na determinação da vibração resultante.
Por sua vez, na determinada da vibração resultante para os casos de exposição a VMB, não há maior "peso"
em nenhuma direção ("x", "y" ou "z").
Trataremos dos limites de tolerância (LT) e níveis de ação (NA) para as VCI e VMB no estudo das NHOs 09 e
10, respectivamente, além da NR 15. Por ora, atente-se ao mapa mental que segue, que traz esses valores
de forma resumida. Observe os parâmetros utilizados para a caracterização das VCI e VMB.
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No tocante a implicância da exposição às vibrações a saúde dos trabalhadores, frise-se que os principais
efeitos ao organismo do trabalhador podem ser de ordem vascular, neurológica, osteoarticular e muscular.
Os principais problemas são artroses nos cotovelos e problemas motores (formigamento e
adormecimento). Os primeiros sintomas experimentados por trabalhadores expostos a vibrações são
formigamento ou adormecimento leve.
Vamos fechar o estudo do agente vibração com as medidas de proteção, como de praxe.
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1.3.1 Calor
O calor é uma condição de risco de natureza física presente em muitos ambientes de trabalho. Quando um
trabalhador labora próximo a uma fonte artificial de calor, ou mesmo exposto a luz solar (fonte natural), seu
organismo passa a ter dificuldade em manter o equilíbrio homeotérimco8, experimentando um aumento na
sua temperatura9 corporal.
Se ele permanece por um longo período exposto a essa condição, poderá experimentar uma sobrecarga
térmica10, que ocorre quando a taxa de ganho de calor (calor gerado pelo metabolismo + calor transmitido
pelo meio ambiente de trabalho para o organismo) é maior do que a taxa de dissipação de calor (para o
8
Equilíbrio homeotérmico: é a capacidade do organismo de manter a temperatura central do corpo
constante.
9
Temperatura: é o estado de agitação das partículas de um corpo, caracterizando seu estado térmico.
Quanto mais agitadas estiverem essas moléculas, maior será sua temperatura. Quando menos agitadas
essas moléculas, menor será sua temperatura.
10
Sobrecarga térmica: é a quantidade de energia que o organismo deve dissipar para atingir o
equilíbrio térmico. Esta energia interna é a combinação do calor gerado pelo metabolismo e da atividade
física.
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meio). Quanto mais pesada a atividade realizada e mais elevada a temperatura ambiente, maior será a
tendência de elevação da temperatura corporal.
Para manter a temperatura interna constante, o organismo se utiliza de certos mecanismos, tais como a
inibição da termogênese, vasodilatação periférica e sudorese, que consistem em processos fisiológicos que
acelerem a perda de calor para o ambiente.
Esses mecanismos são acionados pelo organismo para evitar que o calor possa produzir reações que vão
desde a desidratação progressiva, câimbras, exaustão, até o choque térmico.
E como é avaliada a sobrecarga térmica durante a exposição ocupacional dos trabalhadores em ambientes
quentes? Essa avaliação envolve tanto variáveis ambientais (externas) como internas (metabolismo).
O metabolismo, que é variável interna ou variável fisiológica, é determinada com base em estimativas da
taxa metabólica para diferentes tipos de atividades realizadas em uma combinação de condições (sentado,
em pé, em movimento, trabalho leve, pesado etc.). Conheceremos essas taxas no estudo da NR 15 e NHO
06.
Por hora, destaque-se que a taxa metabólica está associada a produção interna de calor, ao passo que as
variáveis externas vão determinar a perda de calor para o ambiente ou o ganho de calor pelo organismo.
Obviamente que, para atividades pesadas, em que a taxa de produção de calor interno (taxa metabólica) é
elevada, é desejável que as variáveis externas sejam propícias a facilitar a troca de calor do corpo com o
ambiente, de forma a facilitar a perda de calor para a manutenção da temperatura corporal dentro da
normalidade.
E qual é essa "normalidade" professor? Em regra, a temperatura central normal média de um adulto situa-
se entre 𝟑𝟔, 𝟕 ℃ e 𝟑𝟕, 𝟐 ℃. A temperatura dos tecidos internos (temperatura corporal central) tende a
permanecer praticamente constante, com variações fisiologias de ±𝟎, 𝟔 ℃.
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Isso ocorre principalmente quando o trabalhador é não aclimatizado. Por aclimatização, entenda a
adaptação fisiológica decorrente de exposições sucessivas e graduais ao calor que visa reduzir a sobrecarga
fisiológica causada pelo estresse térmico.
A aclimatização – que deverá ser precedida de um plano de aclimatização elaborado por médico, em função
das condições ambientais, individuais e da taxa de metabolismo relativo à rotina de trabalho – requer a
realização de atividades físicas e exposições sucessivas e graduais ao calor, para que de forma progressiva o
trabalhador atinja as condições de sobrecarga térmica similares àquelas previstas para a sua rotina normal
de trabalho.
Uma vez aclimatizado, o trabalhador torna-se menos suscetível aos efeitos da sobrecarga fisiológica ao
calor, uma vez que a temperatura do núcleo do corpo (núcleo termorregulador) pode aumentar em até 1
°C.
Como vimos, a sobrecarga térmica é resultante de duas parcelas: uma externa (ambiental), oriunda das
trocas térmicas com o ambiente, e outra interna (metabólica), resultante da atividade física que o indivíduo
exerce. As trocas térmicas podem ser divididas em secas e úmidas:
1) Trocas secas:
a) condução: a troca térmica que ocorre entre dois corpos de temperaturas diferentes quando
em contato, ou que ocorre dentro de um corpo cujas extremidades encontram-se a diferentes
temperaturas. No caso do trabalhador, essas trocas são geralmente pequenas, ocorrendo por
contato do corpo com ferramentas e superfícies;
b) convecção: é a troca térmica que ocorre entre um corpo e um fluido, ocorrendo
movimentação do último por diferença de densidade provocada pelo aumento da
temperatura. No caso do trabalhador, essa troca ocorre com o ar à sua volta; e
c) radiação: é a troca térmica entre dois corpos através da natureza eletromagnética que
caracteriza a onda de calor. Corresponde a maior parcela de ganho de calor no caso de
exposição ao calor ocupacional. As trocas por radiação entre o trabalhador e seu entorno,
quando há fontes radiantes severas (fornos, por exemplo), são as mais importantes no
balanço térmico e podem corresponder a 60% ou mais das trocas.
2) Trocas úmidas:
a) condensação: é proveniente da mudança do estado gasoso de vapor de água contido no ar
para o estado líquido; e
b) evaporação: é a proveniente da mudança do estado líquido da água para o estado gasoso
(vapor). É o principal mecanismo de perda de calor pelo trabalhador e ocorre quando o suor
evapora de seu corpo. Caso não haja evaporação do suor, devido a vestimentas inadequadas,
por exemplo, esse principal mecanismo fica comprometido. Apesar de se ser o principal
mecanismo de troca térmica, não é capaz, isoladamente, de liberar todo calor recebido pelo
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A avaliação da exposição ocupacional ao calor pode ser realizada com base em parâmetros ambientais e
fisiológicos. Esses critérios são estabelecidos através de índices, medidos ou calculados, que geram um único
valor ou número que integra os efeitos dos parâmetros básicos de um ambiente quente no ser humano. Os
índices de avaliação da exposição ocupacional ao calor podem ser classificados em índices de conforto e
sobrecarga térmica, sendo, os principais:
No Brasil, por força do Anexo n.° 3 da NR 15, adota-se o Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo -
IBUTG para a avaliação da exposição ocupacional ao calor, a fim de identificar e/ou prevenir possíveis
ocorrências de sobrecarga térmica.
A ideia por traz da criação desse índice, bem como a dos demais, é de que para avaliar a sobrecarga térmica
que pode estar ocorrendo numa exposição ocupacional tem-se que conhecer as trocas térmicas envolvidas.
Entretanto, a medição direta dessas taxas de troca é difícil ou pouco prática na maioria dos casos. Portanto,
na prática, avaliam-se alguns parâmetros existentes no ambiente de trabalho, em seguida, calcula-se, através
de uma equação, um determinado índice.
Para se chegar ao valor do índice de sobrecarga térmica (IBUTG, no caso) utilizam-se sensores que
mensuram, de forma direta ou indireta, as variáveis acima citadas. são eles, de acordo com a NHO 06 da
Fundacentro:
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Apesar de pequena, as radiações infravermelha e ultravioleta exercem influência na leitura indicada pelos
termômetros de bulbo seco ou bulbo úmido, por isso, inclusive, os medidores mais modernos vêm com uma
barreira de proteção contra radiação, com mostrado na Figura 1.9, que mostra um medidor eletrônico, mais
utilizado atualmente:
No tocante a montagem do equipamento para a condução das avaliações, deve-se observar que a altura de
montagem dos equipamentos deve coincidir com a região mais atingida do corpo. Quando esta não for
definida, o conjunto deve ser montado à altura do tórax do trabalhador exposto.
Vale destacar que os valores obtidos pelos três termômetros que compõem o equipamento não são usados
em todos os casos, isso, pois, a determinação do IBUTG é diferente a depender da existência ou não de carga
solar no ambiente de trabalho. Estudaremos a aplicação dessas equações nas aulas de NR 15 e NHO 06, por
hora, apenas as conheça:
a) para ambientes internos (cobertos, sem exposição à carga solar) ou para ambientes externos sem
carga solar direta:
𝑰𝑩𝑼𝑻𝑮 = 𝟎, 𝟕 𝒕𝒃𝒏 + 𝟎, 𝟑 𝒕𝒈
20
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Nessas Equações:
𝑡𝑏𝑛 = temperatura de bulbo úmido natural em ℃;
𝑡𝑔 = temperatura de globo em ℃.
𝑡𝑏𝑠 = temperatura de bulbo seco (temperatura do ar) em ℃.
a) para ambientes internos (cobertos, sem exposição à carga solar) ou para ambientes externos sem
carga solar direta: leva em consideração a temperatura de bulbo úmido natural (tbn) com 70% de
peso no resultado e a temperatura de globo (tg) com 30% de peso no resultado e, não leva em
consideração a temperatura de bulbo seco (tbs), ou seja, a tbs não influencia no cálculo do IBUTG em
ambientes cobertos, sem incidência de carga solar (Guarde isso!);
b) para ambientes externos com carga solar direta: leva em consideração a temperatura de bulbo
úmido natural (tbn) com 70% de peso no resultado, a temperatura de globo (tg) com 20% de peso no
resultado e a temperatura de bulbo seco (tbs), com 10% de peso no resultado.
Agora, veja esse mapa metal com um resumo das principais informações:
temperatura do ar
É composto pelos
velocidade do ar
seguintes
parâmetros
carga radiante do ambiente
ambinetais:
umidade relativa do ar
Importante notar que a umidade relativa do ar e a sua velocidade, apesar de exercerem influência na
determinação do IBUTG não são grandezas medidas diretamente, mas de forma indireta através do
termômetro de bulbo úmido (tbn).
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Entretanto, para fins de proposição de medidas de controle pode ser interessante que o higienista
ocupacional determine o valor dessas grandezas. Sendo assim, pode obter o valor da umidade relativa do ar
de forma indireta, para isso pode obter a temperatura de bulbo seco e temperatura de bulbo úmido e se
valer do auxílio de tabelas ou gráficos psicrométricos (cartas psicométricas, Figura 1.10a), através do
cruzamento dessas informações nos referidos gráficos. Pode, ainda, de forma mais prática valer-se se
medidores eletrônicos que permitem a obtenção de forma direta da umidade relativa do ar como é o caso
dos psicrômetros digitais.
Adicionalmente, pode ser necessário determinar a velocidade do ar, para isso, pode se valer de
equipamentos denominados anemômetros, que podem ser de paletas (Figura 1.10b) ou de elementos
termosenssíveis.
(a) (b)
Figura 1.10: (a) carta psicométrica para obtenção da umidade relativa do ar de forma indireta; (b)
anemômetro de paletas.
No tocante às medidas de controle a serem adotadas para esse agente físico, a NHO 06 as divide em
preventivas e corretivas:
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Apesar de existir uma série de EPIs previstos na NR 06 para a proteção contra o calor, a NHO 06 não elenca
as vestimentas como medidas de controle eficazes11. Isso ocorre porque, conforme a Norma, as vestimentas
podem influenciar nas trocas de calor entre o organismo e o meio, dificultando, em alguns casos, a taxa
de troca e contribuindo para o aumento da sobrecarga térmica.
11
Na verdade, muitas vestimentas protegem o trabalhador contra queimaduras por contato direto com
partes aquecidas e da incidência direta do calor radiante. Entretanto, dificultam a evaporação do suor,
reduzindo a capacidade de dissipação de calor por evaporação, além de reduzir a circulação do ar na
pele, o que reduz a perda de calor por convecção.
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(CESPE-CEBRASPE / TJ-AM) Julgue os itens a seguir, que tratam de equipamentos de medição no contexto
de higiene e medicina do trabalho.
O psicrômetro é o instrumento indicado para se determinar a quantidade de vapor na atmosfera.
Comentários: a proposição está CERTA.
(FGV / FUNSAÚDE-CE) A aclimatação é uma medida de controle para atenuar os efeitos da exposição do
trabalhador à/ao
(A) radiação. (B) calor. (C) ruído. (D) fumo. (E) vibração.
Comentários: a alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Veremos a seguir que a aclimatação
também é aplicada como medida de controle ao frio.
1.3.2 Frio
De acordo com a OIT, um ambiente frio é definido por condições que causam perdas de calor corporal
maiores que o normal, entendendo-se por normal as condições termoneutras. Alguns estudiosos do tema12
arriscam maior grau de objetividade, definindo ambiente frio como aquele no qual a temperatura ambiente
esteja abaixo de 𝟏𝟖 a 𝟐𝟎 ℃.
O desconforto térmico pelo frio surge quando o balanço corporal de calor não pode ser mantido como
consequência de um inadequado ajuste entre a atividade (produção de calor metabólico), vestimentas e
demais condições ambientais como umidade e velocidade do vento.
Uma vez inseridos nesses ambientes, os trabalhadores devem estar protegidos da exposição ao frio de forma
a evitar que a temperatura interna do corpo caia abaixo de 36 °C (trinta e seis graus centígrados), uma vez
que isso poderá resultar em redução da atividade mental, redução da capacidade de tomar decisões
racionais, ou perda da consciência, com risco de morte.
No tocante às variáveis que influenciam na exposição ocupacional ao frio, a umidade e a velocidade do vento
são aspectos que devem ser levados em consideração, juntamente com a temperatura, pois tais condições
físicas podem agravar os efeitos do frio. A água aumenta de 25 a 30 vezes a condutibilidade de calor, o que
significa que o trabalhador, em tempo úmido, pode perder de 25 a 30 vezes mais calor do corpo do que se
estivesse em condições normais. O vento aumenta a suscetibilidade do indivíduo à hipotermia devido à sua
capacidade de causar perda de calor por convecção e evaporação. Este efeito é denominado de “fator de
resfriamento pelo vento”.
12
HOLMÉR, I; GRANBERG, P. O; DAHLSTROM, G. Cold enviroments and cold work. In: Stelman JM
(ed.), Encyclopedia of occupational health and safety geneva: ILO. 1988. pp. 4229 – 4248.
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E como o organismo responde a exposição ocupacional ao frio? Pois bem, na tentativa de manter o corpo
aquecido durante uma exposição prolongada ao frio, o organismo, através do centro regulador, ativa dois
mecanismos principais:
a) vasoconstrição periférica: é o processo de contração das fibras musculares dos vasos sanguíneos
periféricos. Ocorre para evitar a perda excessiva de calor e manter a temperatura do sangue que
chega ao cérebro. Entretanto, pode comprometer o fluxo circulatório para algumas regiões como
nariz, orelha e dedos, com risco de necrose; e
b) tremores: tremores por frio são caracterizados por contrações involuntárias das fibras superficiais de
modo a aumentar a produção interna de calor.
Obviamente que a exposição continuada ao frio, sem compensação, dá origem ao estresse térmico pelo frio,
cujas reações avançam com o tempo de exposição e a intensidade. O estresse é um conjunto de reações
orgânicas a fatores de ordens diversas (físicos, químicos, emocional, infeccioso, etc.) capazes de perturbar o
equilíbrio do organismo (homeostase). O frio é um dos agentes físicos capazes de causar o estresse do
organismo humano.
Além do estresse térmico e da hipotermia, o frio pode causar doenças reumáticas e respiratórias. Além disso,
pode acarretar o enregelamento de membros – especialmente membros periféricos como dedos, nariz e
orelhas – podendo levar a gangrena e à amputação. Na contramão do que é preconizado pela ACGHI, que
estabelece padrões objetivos para avaliação da exposição ocupacional ao frio, no Brasil, a avaliação desse
agente é apenas qualitativa, ou seja, baseada em parâmetros subjetivos, uma vez que a NR 15, em seu
Anexo n.° 09 estabelece apenas que “as atividades ou operações executadas no interior de câmaras
frigoríficas, ou em locais que apresentem condições similares, que exponham os trabalhadores ao frio,
sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada
no local de trabalho".
Por radiação, entenda qualquer dos processos físicos de emissão e propagação de energia, seja por
intermédio de fenômenos ondulatórios, seja por meio de partículas dotadas de energia cinética. Pode ser
definida, ainda, como a energia que se propaga de um ponto a outro no espaço ou em um meio material.
A depender da quantidade de energia, a radiação pode ser descrita como ionizante e não ionizante, segundo
o resultado de sua interação com a matéria. Quando a energia é superior à energia de ligação dos elétrons
de um átomo com o seu núcleo, suficiente para remover elétrons de seus orbitais, é chamada de ionizante,
quando não, é denominada não ionizante. Veja outras definições acerca do que vem a ser radiação ionizante:
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Energia Nuclear - emitidos por materiais radioativos e raios X de aceleradores de elétrons e máxima de
CNEN raios X) com energia superior a 12,4 eV (elétrons-volt), correspondendo a um
comprimento de onda inferior a, aproximadamente, 100 nm (cem nanômetros).
Radiação ionizante é qualquer partícula ou radiação eletromagnética que, ao
ACGIH
interagir com a matéria, ioniza seus átomos ou moléculas.
A interação das radiações ionizantes com a matéria consiste na transferência de energia da radiação para o
meio irradiado, levando a alterações físicas, químicas e, em caso de matéria viva, alterações bioquímicas e
fisiológicas. Isso implica que ao interagir com a matéria sobre a qual incide, ela é capaz retirar elétrons de
seus átomos (processo de ionização) e modificar as moléculas (inclusive geneticamente13), sendo uma fonte
importante de neoplasias (câncer) relacionadas ao trabalho.
Além da quantidade de energia, a radiação ionizante se diferencia da não ionizante pelo seu comprimento
de onda. As radiações ionizantes caracterizam-se por apresentar comprimentos de onda inferiores a 100
nm (cem nanômetros), ou seja, inferiores a 100 x 10-9 m. Quanto menor o comprimento de onda maior a
capacidade de penetração na matéria (no tecido humano) sobre a qual incide, provocando maior dano. Veja
a divisão do espectro eletromagnético, através da Figura 1.11, proposto pela ACGIH, para classificar as
radiações em ionizantes e não ionizantes.
13
A modificação genética da molécula é a fase inicial do surgimento de cânceres de diversos tipos.
26
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Em função da quantidade de massa, carga elétrica e do comprimento de onda com que se propagam, as
radiações ionizantes podem ser classificadas em partículas (possuem massa) ou em eletromagnéticas (não
possuem massa):
a) partículas alfa (𝜶): possuem valores de massa e carga elétrica relativamente grandes e podem ser
facilmente detidas por uma folha de papel ou poucos centímetros de ar. Em geral, não conseguem
ultrapassar as camadas externas de células mortas da pele de uma pessoa, sendo assim, basicamente
inofensivas. Podem, ocasionalmente, provocar lesões graves quando penetram no organismo através
de um ferimento ou aspiração;
b) partículas beta (𝜷): resultam de desintegrações nucleares e possuem um poder de penetração maior
que a das partículas alfa, podendo penetrar cerca de um centímetro nos tecidos, ocasionando danos
à pele, mas não aos órgãos internos, a não ser que sejam ingeridas ou aspiradas; e
c) radiações gama (𝜸) e raios-X: são ondas eletromagnéticas, não possuem massa, nem carga elétrica.
A diferença entre elas é a origem - a radiação gama (𝛾) é emitida a partir do núcleo dos átomos
ionizados ou excitados (originam-se no interior dos núcleos dos átomos); enquanto os raios-X são
produzidos na acomodação dos elétrons de átomos ionizados ou excitados, ou seja, originam-se no
decaimento de elétrons (da energia liberada pela mudança no nível de camadas eletrônicas). O poder
de penetração dessas radiações, especialmente das radiações gama (𝛾), é muito maior que os das
partículas alfa (𝛼) e beta (𝛽), podendo atravessar vários centímetros de uma parede de chumbo.
Especialmente, os raiso-X podem agir sobre as células sexuais, podendo ser repassadas aos
descendentes.
Alguns fatores são determinantes para a exposição ocupacional às radiações ionizantes, que podem levar
a uma menor ou maior absorção de dose pelos tecidos expostos (organismo), são eles: quantidade de
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proteção contra a fonte de radiação, tempo de exposição, distância da fonte de radiação, potência do
equipamento irradiante, entre outros.
Em relação a distância da fonte, inclusive, destaque-se que a intensidade da radiação (ou dose recebida, D)
decai seguindo o princípio do inverso do quadrado da distância, assim como ocorre com qualquer outra
energia que se propaga na forma de onda, a exemplo do ruído.
1
𝐷=
𝑑2
Em que 𝐷 é a dose recebida e 𝑑 é a distância, em metros, que o trabalhador fica da fonte de radiação. Assim,
por exemplo, a cada 2 m que o indivíduo de afasta da fonte, a dose experimentada decai a ¼.
Especificamente no caso das radiações ionizantes, vou deixar para abordar as questões relacionadas às
medidas de proteção em um tópico específico, denominado "Princípios de proteção radiológica", uma vez
que esse assunto é bastante explorado pelas bancas, antes disso, porém, vamos ao estudo das radiações não
ionizantes.
(CESPE-CEBRASPE / SEDF) Tendo em vista que as radiações eletromagnéticas, suas propriedades e suas
interações com a matéria estão na origem de uma série de processos físicos fundamentais para a
compreensão da natureza, julgue o item seguinte.
O espectro de comprimento de onda das radiações eletromagnéticas pode variar desde ondas com
comprimento de centenas de metros, como as ondas de rádio, até ondas com comprimentos menores do
que o núcleo atômico, como a radiação gama.
Comentários: a proposição está CERTA. Observe a extensa gama de comprimentos de onda na Figura 1.11.
As radiações não ionizantes possuem energia relativamente baixa em comparação com as radiações
ionizantes, além de maiores comprimentos de onda (superiores a 100 nm) o que também contribuir para
redução da capacidade de penetração nos tecidos humanos.
Como vimos, a divisão do espectro eletromagnético mostrado na Figura 1.11 estabelece uma vasta gama de
radiações não ionizantes, dentre elas as sub-radiofrequências, as radiofrequências, as micro-ondas, a
radiação infravermelha, a luz visível, as ultravioletas e os lasers.
Entretanto, o Anexo n.° 7 da NR 15 considera, para os fins de exposição ocupacional, que são legalmente
reconhecidas como radiações não ionizantes àquelas oriundas de campos eletromagnéticos pertencentes
aos espectros das micro-ondas (comprimentos de onda entre 1 m e 1 mm), das radiações ultravioletas
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(comprimentos de onda entre 400 e 100 nm, excluindo a luz negra) e os lasers (comprimentos de onda entre
1 mm e 140 nm). Veja essa classificação na forma de um mapa mental:
Campos estáticos
Campos elétricos
Frequências extremamente baixas (ELF) e sub-radiofrequências
Campos estáticos
Campos
Radiações não magnéticos
Frequências extremamente baixas (ELF) e sub-radiofrequências
ionizantes
Frequênias extremamente baixas (ELF) e sub-frequências
Radiofrequências
Campos Infravermelho
eletromagnéticos, Micro-ondas (1 mm - 760 nm)
no espectro das: (1 m - 1 mm) luz visível UV-A (luz negra)
Radiação óptica (760 - 400 nm) (400 - 315 nm)
(1 mm - 100 nm) Ultravioleta UV-B
(400 - 100 nm) (315 - 280 nm)
Lasers UV-C
(1 mm - 140 nm) (280 - 100 nm)
Essas radiações apresentam interesse do ponto de vista ambiental e ocupacional porque os seus efeitos
sobre a saúde são potencialmente importantes. Estudos têm mostrado que entre os efeitos da exposição de
longo prazo aos campos eletromagnéticos estão a hipertensão arterial, alterações no sistema nervoso
central, cardiovascular, endócrino e distúrbios menstruais.
As radiações pertencentes ao espectro das micro-ondas podem ser produzidas em estações de radar,
radiotransmissão, telefonia e em alguns processos industriais e medicinais. Estudos têm mostrado que o
efeito mais acentuado é o térmico (aumento de temperatura dos tecidos) e que, quanto maior a frequência
e maiores a potência e o tempo de exposição, maior o risco de lesões internas, devido às facilidades com que
as ondas penetram no organismo. A exposição às micro-ondas também tem sido associada a elevação da
pressão arterial (hipertensão).
As radiações ultravioletas podem ser de origem natural ou artificial. Em geral, são pouco penetrantes e
apresentam efeitos sempre superficiais, podendo, após longo período de exposição, causar câncer de pele.
Pode-se observar que as faixas denominadas eritérmicas (UV-B) e germicidas (UV-C) são as que apresentam
maiores riscos potenciais. Essas faixas são emitidas em operações como solda elétrica, metais em fusão,
maçaricos operados em altas temperaturas, lâmpadas germicidas e outras.
As radiações ultravioletas (UVA, UVB e UVC) ainda estão presentes, em menor quantidade, na irradiação
solar. Entretanto há de se destacar que a maior parte da radiação UV emitida pelo sol é absorvida
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pela atmosfera terrestre. Quase totalidade (99%) dos raios ultravioletas que efetivamente chegam à
superfície da Terra são do tipo UV-A. A radiação UV-B é parcialmente absorvida pelo ozônio da atmosfera e
sua parcela que chega à Terra é responsável por danos à pele. Já a radiação UV-C é totalmente absorvida
pelo oxigênio e o ozônio da atmosfera.
Entre os efeitos danosos das radiações ultravioletas, destaca-se a ceratite actínica (olhos avermelhados), que
se manifesta horas depois da exposição nos processos de solda, quando não adotadas as medidas de
proteção adequadas. Além desse efeito, a exposição ocupacional à radiação ultravioleta não coerente (UV),
com comprimentos de onda entre 180 nm (cento e oitenta nanômetros) e 400 nm (quatrocentos
nanômetros) está associada a efeitos agudos adversos à saúde, como eritemas, fotoconjuntivite e
fotoqueratites.
A radiação laser (luz laser) é rigorosamente monocromática, paralela (colimada) e coerente (mesma fase).
O diâmetro do feixe luminoso é pequeno, porém conduz grandes quantidades de energia. A duração dos
impulsos e a energia transportada dependem do tipo de equipamento gerador. O laser portátil é formado
por feixes laser de alta potência (da ordem de megawatts) e de extremamente curta duração (30 a 40
microssegundos). No laser contínuo, todos os feixes laser tem duração superior a 0,1 s. Sua potência vai,
geralmente, de alguns miliwatts a vários kilowatts14.
Os Lasers podem ser compostos de radiações em qualquer faixa dentro da gama UV, e consistem na
amplificação da luz por emissão de radiação estimulada. A diferença é que a luz emitida nessa condição
apresenta as seguintes características15:
• Coerência: ao contrário das fontes luminosas comuns (que possuem radiações luminosas com
comprimentos de ondas distintos), o feixe de luz laser possui ondas eletromagnéticas com mesmo
(ou estreito) comprimento de onda em plano de vibração, as quais se propagam em fase constante.
• Monocromática: o feixe de luz laser não é composto de amplo espectro de cores, mas sim de cor
única (único ou estreito comprimento de onda), dependendo do tipo e frequência de emissão.
• Colimação/não divergência: as ondas que compõem o feixe laser se propagam de modo paralelo ou
quase paralelo, tendo pequena ou desprezível dispersão ou divergência na distância percorrida.
A radiação laser, direta ou indireta, pode afetar especialmente os olhos e a pele, ainda que a potência seja
baixa. O laser é muito aplicado na indústria para cortar, soldar ou perfurar metais com alta precisão, ou para
localizar falhas estruturais. É utilizada, ainda, em quase todos as especialidades médicas, na informática, nas
telecomunicações e em diversas pesquisas científicas.
14
MENDES, R (organizador). Patologia do Trabalho. 3. Ed. São Paulo: Atheneu, 2013.
15
PEREIRA, A. D. Tratado de segurança e saúde ocupacional: aspectos técnicos e jurídicos, NR 13
a 15, volume 3. 2. ed. São Paulo: saraiva, 2015, pp. 217-218.
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As radiações infravermelhas podem ter origem natural ou artificial e são, assim como as ultravioletas, pouco
penetrantes no tecido humano, causando, basicamente aquecimento superficial da pele. Apesar de não
serem classificadas como radiações não ionizantes pela NR 15, para efeitos de insalubridade, a exposição às
radiações infravermelhas de grande magnitude podem resultar em queimaduras graves.
A avaliação da exposição ocupacional às radiações não ionizantes ocorre de forma qualitativa, de modo
que a simples exposição do trabalhador a essas faixas de frequências previstas no Anexo n.° 7 da NR 15, sem
a devida proteção, já é suficiente para caracterizar a nocividade da exposição.
No tocante às medidas de controle, destacam-se aqueles de controle do risco na fonte (proteção coletiva):
Como medida de proteção individual, deve-se fornecer os EPIs adequados a cada atividade de modo a
complementar às medidas de proteção coletiva. Para os trabalhos com solda, por exemplo, é mandatório o
uso de máscaras próprias para exposição à radiação ultravioleta. A NR 06, prevê os seguintes EPIs para
proteção contra radiações não ionizantes:
• óculos para proteção dos olhos contra luminosidade intensa, radiação ultravioleta e radiação
infravermelha;
• protetor facial para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;
• protetor facial para proteção da face contra radiação infravermelha e radiação ultravioleta;
• máscara de solda para proteção dos olhos e face contra impactos de partículas volantes, radiação
ultravioleta, radiação infravermelha e luminosidade intensa;
• vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem radiativa.
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2 QUESTÕES
01 (CESGRANRIO / TRANSPETRO / 2023) Uma nova fábrica está sendo construída, e o gerente industrial
planeja iniciar sua produção com apenas quatro equipamentos. Cada equipamento em funcionamento
produz um nível de pressão sonora de 70 dB (informações do fabricante), e a estratégia de produção dessa
fábrica consiste em operar com dois equipamentos no primeiro turno (das 6 às 14h) e com os quatro
equipamentos no segundo turno (das 14h às 22h).
Após uma análise detalhada, o engenheiro de segurança do trabalho verificou que, durante o primeiro
turno, as máquinas produziriam, aproximadamente,
(A) 70 dB, e, no segundo, 140 dB, e o limite de tolerância seria ultrapassado somente no segundo turno.
(B) 100 dB, e, no segundo, 140 dB, e o limite de tolerância seria ultrapassado nos dois turnos.
(C) 140 dB, e, no segundo, 280 dB, e o limite de tolerância seria ultrapassado nos dois turnos.
(D) 73 dB, e, no segundo, 73 dB, e o limite de tolerância não seria ultrapassado em nenhum dos turnos.
(E) 73 dB, e, no segundo, 76 dB, e o limite de tolerância não seria ultrapassado em nenhum dos turnos.
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(B) F = instalação das máquinas sobre suportes antivibrantes; T = modificação no ritmo de funcionamento da
máquina; MPI = exame audiométrico anual; MA = uso de protetores auriculares.
03 (INSTITUTO AOCP / CODEBA / 2023) Em relação aos efeitos auditivos do ruído, é correto afirmar que
(A) a surdez permanente por trauma sonoro é devida à destruição das células sensoriais do órgão de Benz.
(B) a partir de 85 db(A) o ruído causa extremo desconforto, sendo proibida a exposição a níveis de ruído
acima de 90 dB(A) para indivíduos que não estejam adequadamente protegidos.
(C) o ouvido humano não é capaz de ouvir sons na faixa de 150 a 180 Hertz.
(D) o ouvido humano não é capaz de ouvir sons na faixa de 30 a 100 Hertz.
(E) a perda de audição, resultante de exposição a níveis elevados de ruído, pode ser temporária ou
permanente.
04 (VUNESP / UNICAMP / 2023) Um operador de gamagrafia durante quatro anos teve as seguintes doses
anuais em mSievert: 20, 15, 10 e 30. A máxima dose permitida para o próximo ano será:
(A) 20 mSv. (B) 25 mSv. (C) 50 mSv. (D) 15 mSv. (E) 10 mSv.
05 (VUNESP / UNICAMP / 2023) As radiações não ionizantes (RNI) não têm energia suficiente para ionizar
as moléculas, porém algumas delas chegam com energia muito próximo das radiações ionizantes. A RNI
que está mais próximo das radiações ionizantes é a
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(E) Micro-ondas.
06 (FUNDATEC / ELETROCAR / 2023) Nas atividades laborais com temperaturas extremas de calor, uma
medida de controle coletivo eficiente para a exposição à sobrecarga térmica do “calor radiante” é:
07 (VUNESP / UNICAMP / 2023) Qual das alternativas representa somente índices de sobrecarga térmica?
08 (AMEOSC / PREFEITURA / 2023) Os locais de trabalho, pela própria natureza da atividade desenvolvida
e pelas características de organização, relações interpessoais, manipulação ou exposição a agentes físicos,
químicos, biológicos, situações de deficiência ergonômica ou riscos de acidentes, podem comprometer a
saúde e a segurança do trabalhador em curto, médio e longo prazo, provocando lesões imediatas, doenças
ou a morte.
Fonte: https://bvsms.saude.gov.br/saude-e-seguranca-no-trabalho.
Dentre as opções citadas abaixo, assinale a alternativa que caracterize os riscos do tipo físicos, nos locais
de trabalho.
(A) São identificados pelo grande número de substâncias que podem contaminar o ambiente de trabalho e
provocar danos à integridade física e mental dos trabalhadores, a exemplo de poeiras, fumos, névoas,
neblinas, gases, vapores, substâncias, compostos entre outros.
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(B) Estão associados ao contato do homem com vírus, bactérias, protozoários, fungos, parasitas, bacilos e
outras espécies de microrganismos.
(C) Estão ligados à execução de tarefas, à organização e às relações de trabalho, ao esforço físico intenso,
levantamento e transporte manual de peso, mobiliário inadequado, posturas incorretas, controle rígido de
tempo para produtividade, imposição de ritmos excessivos, trabalho em turno e noturno, jornadas de
trabalho prolongadas, monotonia, repetitividade e situações causadoras de estresse.
(D) São representados por fatores ou agentes existentes no ambiente de trabalho que podem afetar a saúde
dos trabalhadores, como: ruídos, vibrações, radiações, frio, calor, pressões anormais e umidade.
09 (FUNDATEC / PREF. PORTO ALEGRE-RS / 2023) De acordo com a Conferência Americana de Higienistas
Industriais Governamentais (sigla em inglês ACGIH), a quantidade de carga de calor a que o trabalhador
pode estar exposto, resultante da combinação das contribuições da taxa metabólica relacionada ao
trabalho exercido e dos fatores ambientais (isto é, temperatura, umidade e velocidade do ar e calor
radiante) e das vestimentas exigidas para o trabalho é chamada de:
(A) Hipotermia. (B) Hipertermia. (C) Desidratação. (D) Cãibras de calor. (E) Sobrecarga térmica.
10 (MS CONCURSOS / PREF. PATROCÍNIO-MG / 2023) O ruído é o agente físico que constitui um dos
maiores riscos potenciais para saúde dos trabalhadores das indústrias como em outras atividades laborais.
Sobre as doenças ocupacionais adquiridas pelo ruído, assinale a alternativa INCORRETA.
(C) O ruído de impacto trata-se do pico de energia acústica de duração inferior a um segundo.
(D) A intensidade de um som é determinada pela intensidade de movimentos das fibras basilares.
11 (COPESE UFPI / UFPI / 2023) A vibração é considerada um agente insalubre, segundo a NR 15. Por ser
um agente específico de algumas atividades laborais e ignorada por trabalhadores, podem ser
imperceptíveis os impactos causados à saúde devido à exposição acentuada e sem controle. Na construção
civil, nas operações de determinadas máquinas e ferramentas (como compactadores, marteletes e
rompedores de concreto), e até mesmo na operação de veículos pesados, têm-se atividades em que existe
a exposição ao agente vibração. A opção que aponta danos causados pelo agente descrito acima
CORRETAMENTE é:
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12 (UFJ / UFJ / 2023) Sobre a dose recebida pelo trabalhador na exposição à radiação, marque a alternativa
INCORRETA.
(A) em relação à exposição ocupacional ao calor, deve-se considerar que o Índice de Bulbo Úmido
Termômetro de Globo sofre influência da temperatura do ar, do calor radiante, da umidade relativa do ar e
sua velocidade, assim como contribuições pontuais de micro-ondas, mas não leva em conta a vestimenta do
trabalhador.
(B) os trabalhadores devem estar protegidos da exposição ao frio de forma a evitar que a temperatura interna
do corpo caia abaixo de 36 ºC (trinta e seis graus centígrados), pois isso poderá resultar em redução da
atividade mental, redução da capacidade de tomar decisões racionais, ou perda da consciência, com risco de
morte.
(C) na avaliação da exposição à vibração de corpo inteiro em veículos autopropelidos, deve-se usar um
sistema ortogonal de medição fixado no centro de massa da estrutura do veículo, afixado firmemente, de
forma tal que os acelerômetros não se movimentem durante o ciclo de trabalho em avaliação.
(D) ao medir a intensidade da exposição à radiação ultravioleta, que é uma radiação coerente, ou seja, é
formada por ondas eletromagnéticas de mesma frequência e direção que mantêm uma relação de fase
constante entre si, é necessário certificar-se da inexistência de agentes fotossensibilizantes no ambiente.
(E) no caso do ruído, o limite de tolerância será excedido quando a dose for maior que 100% (cem por cento),
conforme leitura em dosímetro ajustado para um nível de critério de 85 dB(A), para 8 horas, e incremento de
dose igual a 0,5 dB (meio decibel).
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(A) Condução (B) Convecção (C) Evaporação (D) Flutuação (E) Irradiação
15 (SELECON / AMAZUL / 2022) Os diplomas legais estabelecem dois grupos para radiações: um ionizante
e outro não ionizante. Um tipo de radiação ionizante é/são:
(A) as micro-ondas
(B) as ultravioletas
III - Raios X têm energia suficiente para ionizar os átomos e para modificar a estrutura atômica da substância
sobre a qual incidem.
(1) Micro-ondas
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( ) Radiação de origem natural ou artificial, pouco penetrante e efeitos sempre superficiais. Pode causar
câncer de pele.
18 (IESES / MSGÁS / 2021) O espectro sonoro é a faixa de frequências em que existem ondas sonoras,
sejam elas audíveis ou não. De maneira geral, alguns sons são considerados inaudíveis, (ex. infrassons e
ultrassons) por estarem situados fora de um espectro dentro do qual são chamados de sons audíveis. De
acordo com a citação acima, assinale a alternativa correta, no que diz respeito à quais limites de
Frequência (Hz) estariam localizados os sons inaudíveis pelo homem:
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21 (FGV / FUNSAÚDE-CE / 2021) Radiações ionizantes são aquelas que produzem a ionização do átomo,
isto é, a radiação é capaz de subdividi-lo em duas partículas carregadas (íons). Sobe essas radiações, analise
as afirmativas a seguir.
II. A radiação alfa é inofensiva, pois possui um poder de penetração no tecido humano muito pequeno.
III. A radiação do tipo beta é bastante penetrante em comparação a todos os demais tipos de radiação.
(A) I, somente. (B) II, somente. (C) III, somente. (D) I e III, somente. (E) II e III, somente.
22 (VUNESP / PREF. VÁRZEA PAULISTA-SP / 2021) Alguns fenômenos físicos que, de acordo com suas
características, podem causar danos à saúde do ser humano ocorrem associados a processos produtivos,
constituindo área de atuação da Higiene do Trabalho. Assim, é correto afirmar que
(A) os limites de exposição ocupacional definidos para a radiação ultravioleta referem-se à radiação
ultravioleta não coerente (UV) com comprimentos de onda entre 180 (cento e oitenta) e 400 nm
(quatrocentos nanometros) e representam condições nas quais, acredita-se, a maioria dos trabalhadores
saudáveis possa ser repetidamente exposta sem efeitos agudos adversos à saúde, tais como eritemas e
fotoqueratites.
(B) por causa da relevância do efeito térmico, a radiação infravermelha é tratada, na Higiene do Trabalho,
juntamente com o agente ambiental calor, sendo necessário, entretanto, destacar o setor do espectro
denominado de infravermelho distante, que corresponde à faixa mais distante da radiação visível e que, em
situações específicas, podem ter efeito ionizante.
(C) em relação às microondas, o efeito mais estudado sobre o organismo humano é o térmico mas, em relação
aos efeitos dos campos elétricos e magnéticos, as pessoas expostas podem sofrer de pressão sanguínea
baixa, taquicardia eventual, perda de tecido ósseo e alterações hormonais para exposições severas.
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23 (FGV / FUNSAÚDE-CE / 2021) A figura a seguir mostra dois equipamentos bastante utilizados para
realizar medições na higiene ocupacional e na segurança do trabalho.
24 (INSTITUTO AOCP / ITEP / 2021) Em relação aos riscos ocupacionais tratados pela Higiene Ocupacional,
assinale a alternativa correta.
(B) Exposições a agentes biológicos abaixo de limite de tolerância definido pela NR-15 são consideradas
seguras.
(C) As pressões anormais são uma forma de energia e são classificadas como agentes físicos.
(D) Os limites de tolerância para agentes químicos são válidos para absorção através da pele.
(E) O ultrassom é um agente físico que possui frequência superior a 20.000 db(A).
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(A) na medida em que há um aumento de calor ambiental, há uma reação no organismo humano no sentido
de adaptar-se, consistindo em processos fisiológicos que acelerem a perda de calor para o ambiente, entre
os quais incluem-se a vasoconstrição periférica e a sudorese, que é influenciada pela umidade relativa do ar.
(B) dependendo da suscetibilidade do trabalhador ao calor, é possível promover sua rápida aclimatação para
o trabalho em condições de sobrecarga térmica, mediante a realização de atividades físicas em condições
ambientais semelhantes àquelas nas quais se dará a atividade de trabalho, fazendo com que a temperatura
do núcleo do corpo aumente um ou dois graus centígrados e diminua a sobrecarga fisiológica por calor.
(C) o Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo (IBUTG) sofre influência da temperatura do ar, do calor
radiante, da velocidade do ar e da umidade do ar, não levando em consideração integralmente todas as
interações de uma pessoa com o ambiente e tampouco consegue levar em conta condições especiais, como
o aquecimento por fontes de microondas e radiofrequência.
(D) a determinação do Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo (IBUTG) em locais de trabalho sem
exposição direta à radiação solar, mas com fontes de calor dispersas pelo ambiente, envolve medições da
temperatura de bulbo úmido natural, da temperatura de globo e da temperatura de bulbo seco.
(E) por conta da multiplicidade dos fatores envolvidos, como o ambiente, o tipo de atividade realizada, as
características das vestimentas, o calor metabólico e os tipos de fontes, o gerenciamento da exposição
ocupacional ao calor desconsidera as suscetibilidades individuais, posto que a sobrecarga fisiológica pouco
varia de pessoa para pessoa em condições idênticas de sobrecarga térmica.
(A) foi no 12o Encontro de Higienistas Ocupacionais da Europa, ocorrido em Estocolmo, em 1983, que se
passou a contar com um Sistema de Classificação de Danos Osteomusculares Induzidos por Vibração,
estabelecendo de forma objetiva uma relação entre dose – resposta para esse tipo de agravo à saúde dos
trabalhadores.
(B) as vibrações na faixa de 1 (um) a 1 000 (um mil) Hertz atuam em diferentes regiões do corpo humano, em
função das características específicas que apresentam, sendo que, de maneira geral, as vibrações na faixa de
100 (cem) a 1 000 (um mil) Hertz provocam enjoo e náuseas, agindo sobre o sistema digestório.
(C) em face da inexistência de suscetibilidades individuais quanto aos efeitos da vibração no organismo
humano, pode-se afirmar que a adoção de ferramentas com características antivibratórias e de práticas
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adequadas de trabalho, associadas aos limites de exposição ocupacional à vibração são suficientes para a
garantia de condições de trabalho seguras no tocante à vibração.
(D) a avaliação da exposição ocupacional à vibração deve ser feita para a direção resultante dos vetores
identificados nos eixos x, y e z, considerando que a principal direção da exposição à vibração situa-se no plano
onde se dá o acoplamento da mão do operador com a manopla da ferramenta.
(E) a avaliação da exposição ocupacional à vibração de corpo inteiro deverá ser feita utilizando-se sistemas
de medição que permitam a determinação da aceleração resultante de exposição normalizada (aren) e do
valor da dose de vibração resultante (VDVR), parâmetros representativos da exposição diária do trabalhador.
(A) uma das formas de prevenir a sobrecarga fisiológica por calor do trabalhador é promover sua aclimatação,
que consiste na adaptação rápida a uma sobrecarga térmica semelhante àquela que encontrará no ambiente
de trabalho.
(B) em condições ideais, a livre movimentação do ar fresco e seco sobre a superfície da pele maximiza a
eliminação de calor por condução e radiação que, eventualmente, pode contar com o reforço da sudorese
no processo de troca térmica.
(C) o Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo (IBUTG) é um índice utilizado para a avaliação da
exposição ocupacional ao calor que leva em consideração a temperatura do ar, o calor radiante, a velocidade
do ar e a umidade relativa do ar.
(D) aumentos prolongados na temperatura do núcleo do corpo e exposições moderadas a algum tipo de
sobrecarga térmica, mesmo que não sejam severas, estão associados a doenças como distúrbios do sono,
aumento da frequência cardíaca e implicam, para temperatura do núcleo do corpo superiores a 38,5 ºC, risco
de aborto.
(E) em situações complexas, com diferentes fontes de calor, pode-se promover uma avaliação simplificada
com auxílio do IBUTG, que consegue resgatar a influência do aquecimento provocado por fontes de
microondas ou de rádiofrequência na carga térmica do ambiente de trabalho.
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(A) deve-se entender potência sonora como a variação dinâmica na pressão atmosférica que possui
características que a tornam detectável pelo ouvido humano, sendo medida em Newton/m2, unidade de
potência chamada Pascal.
(B) na perda auditiva por exposição sistemática a níveis de pressão sonora elevados, ocorrem alterações nos
limiares auditivos, do tipo sensorioneural, que têm como características principais a irreversibilidade e a
progressão gradual com o tempo de exposição ao risco.
(D) os níveis de ruído de impacto deverão ser avaliados em decibels (dB), com medidor de nível de pressão
sonora operando em circuito de compensação “A” e circuito de resposta lenta (Slow), posicionados próximos
ao ouvido do trabalhador.
(E) o nível de audibilidade é definido como o nível de pressão sonora do som padrão (NPS a 3 000 Hertz)
necessário para que um número significativo de indivíduos escutem o som padrão e o desconhecido com a
mesma intensidade, estabelecendo uma relação linear entre nível de pressão sonora e audibilidade.
29 (CONSULPLAN / FSERJ / 2020) A avaliação da exposição ocupacional à vibração de corpo inteiro deve
ser feita utilizando sistemas de medição que permitam a determinação da aceleração resultante de
exposição normalizada (aren) e do Valor da Dose de Vibração Resultante (VDVR), parâmetros
representativos da exposição diária do trabalhador. O nível de ação para a avaliação da exposição
ocupacional diária à vibração de corpo inteiro corresponde a um valor da aceleração resultante de
exposição normalizada (aren) de 0,5 m/s², ou ao Valor da Dose de Vibração Resultante (VDVR) de 9,1
m/s1,75. O limite de exposição ocupacional diária à vibração de corpo inteiro corresponde ao valor da
aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de:
(A) 1,0 m/s² (B) 1,1 m/s² (C) 1,2 m/s² (D) 1,3 m/s²
(A) Cósmica (B) Infravermelha (C) Nuclear (D) Mononuclear (E) Solar
31 (VUNESP / PREF. VALINHOS-SP / 2019) Em relação aos riscos ambientais, é correto afirmar que
(A) faz-se necessária potência acima de 100 mil watts para provocar variações de pressão intensas, capazes
de ir além do limiar da dor, que, para a maioria dos indivíduos, situa-se entre 140 e 150 dB(A).
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(B) é praticamente inexistente a possibilidade das partículas beta penetrarem através da pele íntegra do
indivíduo em função de sua massa e energia, representada por uma dupla carga positiva.
(C) de acordo com a Norma de Higiene Ocupacional 09, da Fundacentro, o nível de ação para a exposição
ocupacional diária à vibração de corpo inteiro corresponde a um valor da aceleração resultante de exposição
normalizada (aren) de 0,5 m/s2 e ao valor da dose de vibração resultante (VDVR) de 9,1 m/s1,75.
(D) a radiação com comprimento de onda inferior a 200 nm (duzentos nanômetros), que é utilizada por sua
ação germicida, é muito fracamente absorvida pelo ar, fazendo com que as faixas de radiações ultravioletas
se tornem mais perigosas.
(E) no tocante às radiações ionizantes, o organismo humano possui mecanismo sensorial que lhe permite
detectá-las rapidamente, de maneira que se reduz drasticamente a possibilidade de inadvertidamente
ocorrerem exposições significativas, que impliquem risco ao trabalhador exposto.
32 (UECE / PREF. SOBRAL-CE / 2019) Decibelímetro é um instrumento de medida que mede o nível de
33 (VUNESP / PREF. VALINHOS-SP / 2019) A exposição ocupacional aos agentes físicos é área de estudo da
Higiene do Trabalho, sendo que
(A) os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis, com decibelímetro operando
no circuito de ponderação “A” e circuito de resposta rápida (fast), com as leituras feitas próximas ao ouvido
do trabalhador e de forma tal que estejam isentas de interferências.
(B) na avaliação da exposição ao calor, o cálculo do IBUTG – Índice de Bulbo Úmido-Termômetro de Globo
para ambientes em carga solar deve considerar a temperatura de bulbo seco, enquanto nos ambientes
externos isso não se faz necessário.
(C) a exposição ocupacional à radiação ultravioleta não coerente (UV), com comprimentos de onda entre 180
nm (cento e oitenta nanômetros) e 400 nm (quatrocentos nanômetros) está associada a efeitos agudos
adversos à saúde, como eritemas, fotoconjuntivite e fotoqueratites.
(D) a preocupação em relação à exposição ocupacional às radiações infravermelhas reside nas faixas
eritemáticas e germicidas, que são aquelas que apresentam maiores riscos potenciais e são geradas em
operações com solda elétrica, metais em fusão e maçaricos, estando também presente na irradiação solar.
(E) a aceleração de uma manopla deve ser determinada na direção do braço, entrada da vibração no corpo,
a partir de dispositivo instalado no ponto central da superfície de contato da ferramenta com a palma da mão
do operador, que irá determinar o tempo de contato com a superfície vibrante e as forças de preensão
exercidas na palma da mão.
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34 (OBJETIVA CONCURSOS / PREF. CHAPECÓ-SC / 2019) Assinalar a alternativa que preenche a lacuna
abaixo CORRETAMENTE:
35 (OBJETIVA CONCURSOS / PREF. CHAPECÓ-SC / 2019) Em relação aos efeitos do calor no organismo,
assinalar a alternativa CORRETA:
(C) Causa o enregelamento dos membros que poderá levar à gangrena e à amputação.
(B) Frequência (f): é definida como o nº. de repetições das flutuações de pressão ou ciclos/segundo ou nº.
de ciclo/segundo (1ciclo/segundo = 1HZ).
(C) Comprimento de onda é a distância entre dois picos sucessivos de ondas com amplitudes similares.
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(B) O som é originado por uma vibração sonora (cordas de um violão). Quando essa vibração estimula o
aparelho auditivo = vibração sonora.
(C) São todas as flutuações de pressão que produzem a sensação de audição quando atingem o ouvido
humano.
(D) A determinação dos efeitos dos Riscos Ambientais deve estar embasada na Natureza do Risco, na
Concentração do Risco, na Intensidade do Risco e no Tempo de Exposição ao Risco”.
39 (ESAF / TEM-AFT / 2006) Analise as proposições sobre acústica e a seguir, assinale a opção correta.
I – Define-se som como energia na forma de ondas mecânicas longitudinais audíveis que se propagam através
de meio elástico
III – O que diferencia o ruído do barulho é o caráter subjetivo deste, notadamente desagradável ao ouvido
humano.
IV - O sistema auditivo humano divide-se didaticamente em três partes, quais sejam: epicraniana,
mesocraniana e intracraniana
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2.1.1 Gabarito
01 E 21 B
02 A 22 A
03 E 23 B
04 B 24 C
05 B 25 C
06 D 26 E
07 B 27 C
08 D 28 B
09 E 29 B
10 B 30 B
11 B 31 C
12 B 32 D
13 B 33 C
14 B 34 D
15 D 35 B
16 E 36 A
17 E 37 E
18 B 38 D
19 A 39 A
20 B
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3 QUESTÕES COMENTADAS
01 (CESGRANRIO / TRANSPETRO / 2023) Uma nova fábrica está sendo construída, e o gerente industrial
planeja iniciar sua produção com apenas quatro equipamentos. Cada equipamento em funcionamento
produz um nível de pressão sonora de 70 dB (informações do fabricante), e a estratégia de produção dessa
fábrica consiste em operar com dois equipamentos no primeiro turno (das 6 às 14h) e com os quatro
equipamentos no segundo turno (das 14h às 22h).
Após uma análise detalhada, o engenheiro de segurança do trabalho verificou que, durante o primeiro
turno, as máquinas produziriam, aproximadamente,
(A) 70 dB, e, no segundo, 140 dB, e o limite de tolerância seria ultrapassado somente no segundo turno.
(B) 100 dB, e, no segundo, 140 dB, e o limite de tolerância seria ultrapassado nos dois turnos.
(C) 140 dB, e, no segundo, 280 dB, e o limite de tolerância seria ultrapassado nos dois turnos.
(D) 73 dB, e, no segundo, 73 dB, e o limite de tolerância não seria ultrapassado em nenhum dos turnos.
(E) 73 dB, e, no segundo, 76 dB, e o limite de tolerância não seria ultrapassado em nenhum dos turnos.
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Tendo essa regra de adição como base, com o funcionamento de apenas duas máquinas no primeiro turno,
cada uma emitindo 70 dB, a operação conjunta emitirá um nível de pressão sonora de 70 + 3 = 73 dB.
No segundo turno, temos o seguinte. Somamos de duas a duas, para reduzir para duas máquinas e, por fim,
somamos o resultado das duas, obtendo o resultado equipamento para uma única máquina.
Logo, no segundo turno, quando da operação das 4 máquinas conjuntamente, o nível de pressão sonora
emitido será de 76 dB.
Em nenhum dos turnos, o limite de tolerância, que é de 85 dB será ultrapassado, pelo que a alternativa E
está correta e é o gabarito da questão.
(B) F = instalação das máquinas sobre suportes antivibrantes; T = modificação no ritmo de funcionamento da
máquina; MPI = exame audiométrico anual; MA = uso de protetores auriculares.
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instalação das máquinas sobre suportes antivibrantes = controle do risco na fonte (F)
03 (INSTITUTO AOCP / CODEBA / 2023) Em relação aos efeitos auditivos do ruído, é correto afirmar que
(A) a surdez permanente por trauma sonoro é devida à destruição das células sensoriais do órgão de Benz.
(B) a partir de 85 db(A) o ruído causa extremo desconforto, sendo proibida a exposição a níveis de ruído
acima de 90 dB(A) para indivíduos que não estejam adequadamente protegidos.
(C) o ouvido humano não é capaz de ouvir sons na faixa de 150 a 180 Hertz.
(D) o ouvido humano não é capaz de ouvir sons na faixa de 30 a 100 Hertz.
(E) a perda de audição, resultante de exposição a níveis elevados de ruído, pode ser temporária ou
permanente.
A alternativa A está incorreta. “a surdez permanente por trauma sonoro (exposição prolongada a níveis de
pressão sonora elevados) é devida à destruição das células sensoriais do órgão de Benz.”
A alternativa B está incorreta. “a partir de 85 db(A) o ruído causa extremo desconforto, sendo proibida a
exposição a níveis de ruído acima de 90 dB(A) (115 dB(A)) para indivíduos que não estejam adequadamente
protegidos.”
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“Para que as ondas sonoras estimulem o aparelho auditivo do ser humano devem ser preenchidas as
seguintes características:
a) Frequência: número de vibrações por unidade de tempo, ou ainda o número de repetições das
flutuações de pressão ou ciclos/segundo ou número de ciclo/segundo (1ciclo/segundo = 1HZ). É
determinada pela contagem do número de frentes de onda que passam por um certo ponto em um
determinado tempo. Deve situar-se entre 20 e 20.000 Hz. Frequências sonoras inferiores a 20 Hz são
chamados de infrassom, ao passo que as frequências superiores a 20.000 Hz (20 kHz) de ultrassom.
Em ambos os casos, não são captadas pelo aparelho auditivo.
b) Nível de pressão sonora: é dado em Pascal (Pa) que equivale a um Newton por Metro Quadrado
(N/m²) e deve atingir um valor mínimo denominado limiar de audibilidade, admitido pela comunidade
científica como sendo 2 X 10-5 N/m², valor este convencionado como zero dB (zero Decibel). Níveis
de pressão sonora entre 2 X 10-5 N/m² e 200 N/m² estão dentro da faixa audível. Valores de pressão
abaixo de 2 X 10-5 N/m² estão abaixo do limiar auditivo, não podendo ser "ouvidos", ao passo que
valores acima de 200 N/m² são extremamente danosos ao ouvido humano, provocando dor imediata.
Por isso, esse limite superior é chamado de limiar de dor.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Quem nunca foi em uma boate e ficou a noite toda
ouvindo som auto e no outro dia estava com o limiar de audibilidade alterado. Este é um exemplo de perda
temporária!
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“[...] a PAIR é caracterizada pela diminuição da acuidade auditiva do trabalhador por exposição continuada
a níveis elevados de pressão sonora (ruído), e tem como principal característica a progressão gradual da
redução da acuidade auditiva e a irreversibilidade do quadro clínico.
Colocando de outra forma, entende-se por perda auditiva por níveis de pressão sonora elevados as
alterações dos limiares auditivos, do tipo neurossensorial, decorrentes da exposição ocupacional
sistemática a níveis de pressão sonora elevados, que tem como características principais a irreversibilidade
e a progressão gradual com o tempo de exposição ao risco.”
04 (VUNESP / UNICAMP / 2023) Um operador de gamagrafia durante quatro anos teve as seguintes doses
anuais em mSievert: 20, 15, 10 e 30. A máxima dose permitida para o próximo ano será:
(A) 20 mSv. (B) 25 mSv. (C) 50 mSv. (D) 15 mSv. (E) 10 mSv.
Comentários: inicialmente você deve lembrar que o Limite de Tolerância para a radiação ionizante é de20
mSv de média aritmética nos últimos 5 anos, desde que, em nenhum deles, a dose exceda 50 mSV.
Pois bem, nos últimos 4 anos, a soma das doses foi de: 20 + 15 + 10 + 30 = 75 mSV.
Para que a média fique em 20 mSV, a dose máxima no quinto ano (D5) deverá ser de:
20+15+10+30+𝐷5 75+𝐷5
= 20 → = 20 → 75 + 𝐷5 = 100 → 𝐷5 = 100 − 75 = 25 mSV
5 5
05 (VUNESP / UNICAMP / 2023) As radiações não ionizantes (RNI) não têm energia suficiente para ionizar
as moléculas, porém algumas delas chegam com energia muito próximo das radiações ionizantes. A RNI
que está mais próximo das radiações ionizantes é a
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(E) Micro-ondas.
Veja que a radiação não ionizante que possui comprimento de onda mais próximo das ionizantes é a
ultravioleta do tipo UVC (180 nm). Logo, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.
06 (FUNDATEC / ELETROCAR / 2023) Nas atividades laborais com temperaturas extremas de calor, uma
medida de controle coletivo eficiente para a exposição à sobrecarga térmica do “calor radiante” é:
Comentários: as três primeiras alternativas de fato são medidas de controle contra o calor, mas não a
componente do calor radiante mas sim devido às trocas térmicas por convecção e evaporação.
Para o controle do calor radiante (por radiação) a medida eficaz é, sem dúvida, a utilização de “barreiras
refletoras de alumínio polido ou aço inoxidável”, pelo que a alternativa D está correta e é o gabarito da
questão.
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07 (VUNESP / UNICAMP / 2023) Qual das alternativas representa somente índices de sobrecarga térmica?
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Comentários: vimos que “a avaliação da exposição ocupacional ao calor pode ser realizada com base em
parâmetros ambientais e fisiológicos. Esses critérios são estabelecidos através de índices, medidos ou
calculados, que geram um único valor ou número que integra os efeitos dos parâmetros básicos de um
ambiente quente no ser humano. Os índices de avaliação da exposição ocupacional ao calor podem ser
classificados em índices de conforto e sobrecarga térmica, sendo, os principais:
No Brasil, por força do Anexo n.º 3 da NR 15, adota-se o Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo -
IBUTG para a avaliação da exposição ocupacional ao calor, a fim de identificar e/ou prevenir possíveis
ocorrências de sobrecarga térmica.”
Nesse caso, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Termômetro de Globo e Úmido (TGU) e
Índice Termômetro de Globo e Úmido (ITGU) se referem ao mesmo índice de sobrecarga térmica.
08 (AMEOSC / PREFEITURA / 2023) Os locais de trabalho, pela própria natureza da atividade desenvolvida
e pelas características de organização, relações interpessoais, manipulação ou exposição a agentes físicos,
químicos, biológicos, situações de deficiência ergonômica ou riscos de acidentes, podem comprometer a
saúde e a segurança do trabalhador em curto, médio e longo prazo, provocando lesões imediatas, doenças
ou a morte.
Fonte: https://bvsms.saude.gov.br/saude-e-seguranca-no-trabalho.
Dentre as opções citadas abaixo, assinale a alternativa que caracterize os riscos do tipo físicos, nos locais
de trabalho.
(A) São identificados pelo grande número de substâncias que podem contaminar o ambiente de trabalho e
provocar danos à integridade física e mental dos trabalhadores, a exemplo de poeiras, fumos, névoas,
neblinas, gases, vapores, substâncias, compostos entre outros.
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(B) Estão associados ao contato do homem com vírus, bactérias, protozoários, fungos, parasitas, bacilos e
outras espécies de microrganismos.
(C) Estão ligados à execução de tarefas, à organização e às relações de trabalho, ao esforço físico intenso,
levantamento e transporte manual de peso, mobiliário inadequado, posturas incorretas, controle rígido de
tempo para produtividade, imposição de ritmos excessivos, trabalho em turno e noturno, jornadas de
trabalho prolongadas, monotonia, repetitividade e situações causadoras de estresse.
(D) São representados por fatores ou agentes existentes no ambiente de trabalho que podem afetar a saúde
dos trabalhadores, como: ruídos, vibrações, radiações, frio, calor, pressões anormais e umidade.
09 (FUNDATEC / PREF. PORTO ALEGRE-RS / 2023) De acordo com a Conferência Americana de Higienistas
Industriais Governamentais (sigla em inglês ACGIH), a quantidade de carga de calor a que o trabalhador
pode estar exposto, resultante da combinação das contribuições da taxa metabólica relacionada ao
trabalho exercido e dos fatores ambientais (isto é, temperatura, umidade e velocidade do ar e calor
radiante) e das vestimentas exigidas para o trabalho é chamada de:
(A) Hipotermia. (B) Hipertermia. (C) Desidratação. (D) Cãibras de calor. (E) Sobrecarga térmica.
Comentários: moleza, não? Sobrecarga térmica é a quantidade de energia que o organismo deve dissipar
para atingir o equilíbrio térmico. Esta energia interna é a combinação do calor gerado pelo metabolismo e
da atividade física. Ou seja, é a parte de calor gerado pelo metabolismo, pelo exercício físico, mais o calor
recebido do ambiente de trabalho em função dos fatores ambientais (temperatura, umidade e velocidade
do ar e calor radiante).
10 (MS CONCURSOS / PREF. PATROCÍNIO-MG / 2023) O ruído é o agente físico que constitui um dos
maiores riscos potenciais para saúde dos trabalhadores das indústrias como em outras atividades laborais.
Sobre as doenças ocupacionais adquiridas pelo ruído, assinale a alternativa INCORRETA.
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(C) O ruído de impacto trata-se do pico de energia acústica de duração inferior a um segundo.
(D) A intensidade de um som é determinada pela intensidade de movimentos das fibras basilares.
A alternativa A está correta. Recorde as definições de ruído contínuo e intermitente conforme a literatura
técnica.
A alternativa C está correta. Como veremos no estudo da NR 15, “[...] entende-se por ruído de impacto
aquele que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos
superiores a 1 (um) segundo.”
A alternativa D está correta. A membrana basilar percorre toda a extensão da cóclea e apresenta fibras de
diferentes tamanhos, que vibram de acordo com a frequência do som captado, como se fossem as cordas de
uma harpa. Logicamente que quanto maior a amplitude de vibração dessas membranas, maior a intensidade
percebida do som.
11 (COPESE UFPI / UFPI / 2023) A vibração é considerada um agente insalubre, segundo a NR 15. Por ser
um agente específico de algumas atividades laborais e ignorada por trabalhadores, podem ser
imperceptíveis os impactos causados à saúde devido à exposição acentuada e sem controle. Na construção
civil, nas operações de determinadas máquinas e ferramentas (como compactadores, marteletes e
rompedores de concreto), e até mesmo na operação de veículos pesados, têm-se atividades em que existe
a exposição ao agente vibração. A opção que aponta danos causados pelo agente descrito acima
CORRETAMENTE é:
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Comentários: vimos que “no tocante a implicância da exposição às vibrações a saúde dos trabalhadores,
frise-se que os principais efeitos ao organismo do trabalhador podem ser de ordem vascular, neurológica,
osteoarticular e muscular. Os principais problemas são artroses nos cotovelos e problemas motores
(formigamento e adormecimento). Os primeiros sintomas experimentados por trabalhadores expostos a
vibrações são formigamento ou adormecimento leve.”
12 (UFJ / UFJ / 2023) Sobre a dose recebida pelo trabalhador na exposição à radiação, marque a alternativa
INCORRETA.
A alternativa A está correta. De fato, quando maior o tempo de exposição à fonte de radiação, maior será a
dose recebida.
A alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão. A blindagem é a medida de proteção mais importante
e eficaz. A blindagem com placas de chumbo, inclusive, é o método mais empregado.
A alternativa D está correta. Vimos que “alguns fatores são determinantes para a exposição ocupacional às
radiações ionizantes, que podem levar a uma menor ou maior absorção de dose pelos tecidos expostos
(organismo), são eles: quantidade de proteção contra a fonte de radiação, tempo de exposição, distância
da fonte de radiação, potência do equipamento irradiante, entre outros.
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Em relação a distância da fonte, inclusive, destaque-se que a intensidade da radiação (ou dose recebida, D)
decai seguindo o princípio do inverso do quadrado da distância, assim como qualquer outra energia que se
propaga na forma de onda, a exemplo do ruído.
1
𝐷=
𝑑2
Em que 𝐷 é a dose recebida e 𝑑 é a distância, em metros, que o trabalhador fica da fonte de radiação. Assim,
por exemplo, a cada 2 m que o indivíduo de afasta da fonte, a dose experimentada decai a ¼.
(A) em relação à exposição ocupacional ao calor, deve-se considerar que o Índice de Bulbo Úmido
Termômetro de Globo sofre influência da temperatura do ar, do calor radiante, da umidade relativa do ar e
sua velocidade, assim como contribuições pontuais de micro-ondas, mas não leva em conta a vestimenta do
trabalhador.
(B) os trabalhadores devem estar protegidos da exposição ao frio de forma a evitar que a temperatura interna
do corpo caia abaixo de 36 ºC (trinta e seis graus centígrados), pois isso poderá resultar em redução da
atividade mental, redução da capacidade de tomar decisões racionais, ou perda da consciência, com risco de
morte.
(C) na avaliação da exposição à vibração de corpo inteiro em veículos autopropelidos, deve-se usar um
sistema ortogonal de medição fixado no centro de massa da estrutura do veículo, afixado firmemente, de
forma tal que os acelerômetros não se movimentem durante o ciclo de trabalho em avaliação.
(D) ao medir a intensidade da exposição à radiação ultravioleta, que é uma radiação coerente, ou seja, é
formada por ondas eletromagnéticas de mesma frequência e direção que mantêm uma relação de fase
constante entre si, é necessário certificar-se da inexistência de agentes fotossensibilizantes no ambiente.
(E) no caso do ruído, o limite de tolerância será excedido quando a dose for maior que 100% (cem por cento),
conforme leitura em dosímetro ajustado para um nível de critério de 85 dB(A), para 8 horas, e incremento de
dose igual a 0,5 dB (meio decibel).
A alternativa A está incorreta. “em relação à exposição ocupacional ao calor, deve-se considerar que o Índice
de Bulbo Úmido Termômetro de Globo sofre influência da temperatura do ar, do calor radiante, da umidade
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relativa do ar e sua velocidade, assim como contribuições pontuais de micro-ondas, mas não leva em conta
a vestimenta do trabalhador.”
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Vimos que “de acordo com a OIT, um ambiente frio
é definido por condições que causam perdas de calor corporal maiores que o normal, entendendo-se por
normal as condições termoneutras. Alguns estudiosos do tema16 arriscam maior grau de objetividade,
definindo ambiente frio como aquele no qual a temperatura ambiente esteja abaixo de 𝟏𝟖 a 𝟐𝟎 ℃.
O desconforto térmico pelo frio surge quando o balanço corporal de calor não pode ser mantido como
consequência de um inadequado ajuste entre a atividade (produção de calor metabólico), vestimentas e
demais condições ambientais como umidade e velocidade do vento.
Uma vez inseridos nesses ambientes, os trabalhadores devem estar protegidos da exposição ao frio de
forma a evitar que a temperatura interna do corpo caia abaixo de 36 °C (trinta e seis graus centígrados),
uma vez que isso poderá resultar em redução da atividade mental, redução da capacidade de tomar
decisões racionais, ou perda da consciência, com risco de morte.”
A alternativa C está incorreta. Nada disso, na avaliação da exposição ocupacional às VCI me veículos
autopropelidos (caminhões, tratores, ônibus etc.), o sistema ortogonal de medição (acelerômetro
tridimensional) deve ser fixado no assento do trabalhador. Nada de centro de massa do veículo!
A alternativa D está incorreta. A radiação ultravioleta é difusa e não coerente. Apenas o laser tem essa
característica de radiação coerente!
A alternativa E está incorreta. “no caso do ruído, o limite de tolerância será excedido quando a dose for maior
que 100% (cem por cento), conforme leitura em dosímetro ajustado para um nível de critério de 85 dB(A),
para 8 horas, e incremento de dose igual a 0,5 dB (meio decibel).”
16
HOLMÉR, I; GRANBERG, P. O; DAHLSTROM, G. Cold enviroments and cold work. In: Stelman JM
(ed.), Encyclopedia of occupational health and safety geneva: ILO. 1988. pp. 4229 – 4248.
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Veremos esses critérios no estudo do Anexo n.° 1 da NR 15 e da NHO 01 da Fundacentro. Não há esse
“incremento” trazido pela banca, pura invenção!
(A) Condução (B) Convecção (C) Evaporação (D) Flutuação (E) Irradiação
Comentários: vimos que “(...) a sobrecarga térmica é resultante de duas parcelas: uma externa (ambiental),
oriunda das trocas térmicas com o ambiente, e outra interna (metabólica), resultante da atividade física que
o indivíduo exerce. As trocas térmicas podem ser divididas em secas e úmidas:
1) Trocas secas:
a) condução: a troca térmica que ocorre entre dois corpos de temperaturas diferentes quando
em contato, ou que ocorre dentro de um corpo cujas extremidades encontram-se a diferentes
temperaturas. No caso do trabalhador, essas trocas são geralmente pequenas, ocorrendo por
contato do corpo com ferramentas e superfícies;
b) convecção: é a troca térmica que ocorre entre um corpo e um fluido, ocorrendo
movimentação do último por diferença de densidade provocada pelo aumento da
temperatura. No caso do trabalhador, essa troca ocorre com o ar à sua volta; e
c) radiação: é a troca térmica entre dois corpos através da natureza eletromagnética que
caracteriza a onda de calor. Corresponde a maior parcela de ganho de calor no caso de
exposição ao calor ocupacional. As trocas por radiação entre o trabalhador e seu entorno,
quando há fontes radiantes severas (fornos, por exemplo), são as mais importantes no
balanço térmico e podem corresponder a 60% ou mais das trocas.
2) Trocas úmidas:
a) condensação: é proveniente da mudança do estado gasoso de vapor de água contido no ar
para o estado líquido; e
b) evaporação: é a proveniente da mudança do estado líquido da água para o estado gasoso
(vapor). É o principal mecanismo de perda de calor pelo trabalhador e ocorre quando o suor
evapora de seu corpo. Caso não haja evaporação do suor, devido a vestimentas inadequadas,
por exemplo, esse principal mecanismo fica comprometido. Apear de se ser o principal
mecanismo de troca térmica, não é capaz, isoladamente, de liberar todo calor recebido pelo
trabalhador por meio de condução, convecção e radiação de modo a evitar a sobrecarga
térmica.”
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Veja que a banca traz as características de uma troca térmica por convecção, pelo que a alternativa B está
correta e é o gabarito da questão.
15 (SELECON / AMAZUL / 2022) Os diplomas legais estabelecem dois grupos para radiações: um ionizante
e outro não ionizante. Um tipo de radiação ionizante é/são:
(A) as micro-ondas
(B) as ultravioletas
Comentários: vimos que “em função da quantidade de massa, carga elétrica e do comprimento de onda com
que se propagam, as radiações ionizantes podem ser classificadas em partículas (possuem massa) ou em
eletromagnéticas (não possuem massa):
a) partículas alfa (𝜶): possuem valores de massa e carga elétrica relativamente grandes e podem ser
facilmente detidas por uma folha de papel ou poucos centímetros de ar. Em geral, não conseguem
ultrapassar as camadas externas de células mortas da pele de uma pessoa, sendo assim, basicamente
inofensivas. Podem, ocasionalmente, provocar lesões graves quando penetram no organismo através
de um ferimento ou aspiração;
b) partículas beta (𝜷): resultam de desintegrações nucleares e possuem um poder de penetração maior
que a das partículas alfa, podendo penetrar cerca de um centímetro nos tecidos, ocasionando danos
à pele, mas não aos órgãos internos, a não ser que sejam ingeridas ou aspiradas;
c) radiações gama (𝜸) e raios-X: são ondas eletromagnéticas, não possuem massa, nem carga elétrica.
A diferença entre elas é a origem - a radiação gama (𝛾) é emitida a partir do núcleo dos átomos
ionizados ou excitados (originam-se no interior dos núcleos dos átomos); enquanto os raios-X são
produzidos na acomodação dos elétrons de átomos ionizados ou excitados, ou seja, originam-se no
decaimento de elétrons (da energia liberada pela mudança no nível de camadas eletrônicas). O poder
de penetração dessas radiações, especialmente das radiações gama (𝛾), é muito maior que os das
partículas alfa (𝛼) e beta (𝛽), podendo atravessar vários centímetros de uma parede de chumbo.
Especialmente os raiso-X podem agir sobre as células sexuais, podendo ser repassadas aos
descendentes.
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Nesse caso a alternativa D está correta e é o gabarito da questão. As demais alternativas trazem exemplos
de radiações não-ionizantes.
III - Raios X têm energia suficiente para ionizar os átomos e para modificar a estrutura atômica da substância
sobre a qual incidem.
A afirmativa I é falsa. Raios-X não são feixes de elétrons, mas resultantes da liberação de energia ocorrida
pelo processo de decaimento (mudança de nível de camadas eletrônicas) dos elétrons.
Vimos que “em função da quantidade de massa, carga elétrica e do comprimento de onda com que se
propagam, as radiações ionizantes podem ser classificadas em partículas (possuem massa) ou em
eletromagnéticas (não possuem massa):
a) partículas alfa (𝜶): possuem valores de massa e carga elétrica relativamente grandes e podem ser
facilmente detidas por uma folha de papel ou poucos centímetros de ar. Em geral, não conseguem
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ultrapassar as camadas externas de células mortas da pele de uma pessoa, sendo assim, basicamente
inofensivas. Podem, ocasionalmente, provocar lesões graves quando penetram no organismo através
de um ferimento ou aspiração;
b) partículas beta (𝜷): resultam de desintegrações nucleares e possuem um poder de penetração maior
que a das partículas alfa, podendo penetrar cerca de um centímetro nos tecidos, ocasionando danos
à pele, mas não aos órgãos internos, a não ser que sejam ingeridas ou aspiradas;
c) radiações gama (𝜸) e raios-X: são ondas eletromagnéticas, não possuem massa, nem carga elétrica.
A diferença entre elas é a origem - a radiação gama (𝛾) é emitida a partir do núcleo dos átomos
ionizados ou excitados (originam-se no interior dos núcleos dos átomos); enquanto os raios-X são
produzidos na acomodação dos elétrons de átomos ionizados ou excitados, ou seja, originam-se no
decaimento de elétrons (da energia liberada pela mudança no nível de camadas eletrônicas). O poder
de penetração dessas radiações, especialmente das radiações gama (𝛾), é muito maior que os das
partículas alfa (𝛼) e beta (𝛽), podendo atravessar vários centímetros de uma parede de chumbo.
Especialmente os raiso-X podem agir sobre as células sexuais, podendo ser repassadas aos
descendentes.”
A afirmativa III é verdadeira. Não só os raios-x, mas todas as radiações ionizante “têm energia suficiente
para ionizar os átomos e para modificar a estrutura atômica da substância sobre a qual incidem.”
(1) Micro-ondas
( ) Radiação de origem natural ou artificial, pouco penetrante e efeitos sempre superficiais. Pode causar
câncer de pele.
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(3) Radiação ultravioleta: Radiação de origem natural ou artificial, pouco penetrante e efeitos sempre
superficiais. Pode causar câncer de pele.
(4) Radiação laser: Feixe de luz direcional altamente concentrado em um único comprimento de onda.
(2) Radiação infravermelha: Radiação de origem natural ou artificial, pouco penetrante e causa,
basicamente, o aquecimento superficial da pele.
18 (IESES / MSGÁS / 2021) O espectro sonoro é a faixa de frequências em que existem ondas sonoras,
sejam elas audíveis ou não. De maneira geral, alguns sons são considerados inaudíveis, (ex. infrassons e
ultrassons) por estarem situados fora de um espectro dentro do qual são chamados de sons audíveis. De
acordo com a citação acima, assinale a alternativa correta, no que diz respeito à quais limites de
Frequência (Hz) estariam localizados os sons inaudíveis pelo homem:
Comentários: como vimos, a “frequência corresponde ao número de vibrações por unidade de tempo, ou
ainda o número de repetições das flutuações de pressão ou ciclos/segundo ou número de ciclo/segundo
(1ciclo/segundo = 1HZ). É determinada pela contagem do número de frentes de onda que passam por um
certo ponto em um determinado tempo. Deve situar-se entre 20 e 20.000 Hz. Frequências sonoras inferiores
a 20 Hz são chamados de infrassom, ao passo que as frequências superiores a 20.000 Hz (20 kHz) de
ultrassom. Em ambos os casos, não são captadas pelo aparelho auditivo.
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Comentários: vimos que “o ruído é o agente físico que mais provoca problemas à saúde dos trabalhadores,
uma vez que está presente, e em elevada intensidade, em praticamente todos os processos produtivos de
todos os ramos de atividade econômica.
A principal forma de acometimento à saúde dos trabalhadores se dá através da Perda Auditiva Induzida por
Ruído - PAIR17, entretanto, estudos veem mostrando evidências de que a exposição prolongada ao ruído
também está associada a hipertensão em algumas classes de trabalhadores. Inclusive, atualmente o ruído é
legalmente reconhecido como fator de risco (fator etiológico) para a hipertensão arterial, através do Decreto
n.° 3.048/99 (Regulamento da Previdência Social).
De forma resumida, a PAIR é caracterizada pela diminuição da acuidade auditiva do trabalhador por
exposição continuada a níveis elevados de pressão sonora (ruído), e tem como principal característica a
progressão gradual da redução da acuidade auditiva e a irreversibilidade do quadro clínico.
17
Atualmente existem outras definições para esse grupo de doenças.
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Colocando de outra forma, entende-se por perda auditiva por níveis de pressão sonora elevados as
alterações dos limiares auditivos, do tipo neurossensorial, decorrentes da exposição ocupacional
sistemática a níveis de pressão sonora elevados, que tem como características principais a irreversibilidade
e a progressão gradual com o tempo de exposição ao risco.
A PAIR não pode ser confundida com o trauma acústico, este último corresponde a perda auditiva súbita
decorrente da exposição a uma pressão sonora intensa como, por exemplo, uma explosão que culmina na
ruptura do tímpano.
Além da PAIR e do trauma acústico, que são alterações graves e irreversíveis no aparelho auditivo, o ruído
está associado a interferência na comunicação oral nas bandas de oitava18 representadas pelas frequências
de 500, 1000 e 2000 Hz.
Adicionalmente, destaque-se que são ainda reconhecidas como possíveis consequências da exposição
ocupacional ao ruído consequências:
Logo, as duas afirmativas são verdadeiras, pelo que a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.
Comentários: como vimos o “nível de pressão sonora: é dado em Pascal (Pa) que equivale a um Newton
por Metro Quadrado (N/m²) e deve atingir um valor mínimo denominado limiar de audibilidade, admitido
pela comunidade científica como sendo 2 X 10-5 N/m², valor este convencionado como zero dB (zero
Decibel). Níveis de pressão sonora entre 2 X 10-5 N/m² e 200 N/m² estão dentro da faixa audível. Valores de
pressão abaixo de 2 X 10-5 N/m² estão abaixo do limiar auditivo, não podendo ser "ouvidos", ao passo que
valores acima de 200 N/m² são extremamente danosos ao ouvido humano, provocando dor imediata. Por
isso, esse limite superior é chamado de limiar de dor.
Não vá confundir a umidade de medida com a escala em Decibel (dB)! Logo, a alternativa B está correta e é
o gabarito da questão.
18
A banda de oitava é composta pelas oito faixas de frequência: 31,5; 63; 125; 250; 500; 1000; 2000;
4000; 8000 e 16000 Hz.
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21 (FGV / FUNSAÚDE-CE / 2021) Radiações ionizantes são aquelas que produzem a ionização do átomo,
isto é, a radiação é capaz de subdividi-lo em duas partículas carregadas (íons). Sobe essas radiações, analise
as afirmativas a seguir.
II. A radiação alfa é inofensiva, pois possui um poder de penetração no tecido humano muito pequeno.
III. A radiação do tipo beta é bastante penetrante em comparação a todos os demais tipos de radiação.
(A) I, somente. (B) II, somente. (C) III, somente. (D) I e III, somente. (E) II e III, somente.
A afirmativa I é falsa. Como vimos, as radiações X e gama, que são de origem eletromagnéticas, são mais
penetrantes em relação as radiações alfa e beta, que possuem massa.
“Em função da quantidade de massa, carga elétrica e do comprimento de onda com que se propagam, as
radiações ionizantes podem ser classificadas em partículas (possuem massa) ou em eletromagnéticas (não
possuem massa):
a) partículas alfa (𝜶): possuem valores de massa e carga elétrica relativamente grandes e podem ser
facilmente detidas por uma folha de papel ou poucos centímetros de ar. Em geral, não conseguem
ultrapassar as camadas externas de células mortas da pele de uma pessoa, sendo assim, basicamente
inofensivas. Podem, ocasionalmente, provocar lesões graves quando penetram no organismo através
de um ferimento ou aspiração;
b) partículas beta (𝜷): resultam de desintegrações nucleares e possuem um poder de penetração maior
que a das partículas alfa, podendo penetrar cerca de um centímetro nos tecidos, ocasionando danos
à pele, mas não aos órgãos internos, a não ser que sejam ingeridas ou aspiradas;
c) radiações gama (𝜸) e raios-X: são ondas eletromagnéticas, não possuem massa, nem carga elétrica.
A diferença entre elas é a origem - a radiação gama (𝛾) é emitida a partir do núcleo dos átomos
ionizados ou excitados (originam-se no interior dos núcleos dos átomos); enquanto os raios-X são
produzidos na acomodação dos elétrons de átomos ionizados ou excitados, ou seja, originam-se no
decaimento de elétrons (da energia liberada pela mudança no nível de camadas eletrônicas). O poder
de penetração dessas radiações, especialmente das radiações gama (𝛾), é muito maior que os das
partículas alfa (𝛼) e beta (𝛽), podendo atravessar vários centímetros de uma parede de chumbo.
Especialmente os raiso-X podem agir sobre as células sexuais, podendo ser repassadas aos
descendentes.
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A afirmativa II é verdadeira. De fato, como não conseguem ultrapassar a camada externas das células da
pele, são basicamente inofensivas à saúde humana. Vide comentário anterior.
22 (VUNESP / PREF. VÁRZEA PAULISTA-SP / 2021) Alguns fenômenos físicos que, de acordo com suas
características, podem causar danos à saúde do ser humano ocorrem associados a processos produtivos,
constituindo área de atuação da Higiene do Trabalho. Assim, é correto afirmar que
(A) os limites de exposição ocupacional definidos para a radiação ultravioleta referem-se à radiação
ultravioleta não coerente (UV) com comprimentos de onda entre 180 (cento e oitenta) e 400 nm
(quatrocentos nanometros) e representam condições nas quais, acredita-se, a maioria dos trabalhadores
saudáveis possa ser repetidamente exposta sem efeitos agudos adversos à saúde, tais como eritemas e
fotoqueratites.
(B) por causa da relevância do efeito térmico, a radiação infravermelha é tratada, na Higiene do Trabalho,
juntamente com o agente ambiental calor, sendo necessário, entretanto, destacar o setor do espectro
denominado de infravermelho distante, que corresponde à faixa mais distante da radiação visível e que, em
situações específicas, podem ter efeito ionizante.
(C) em relação às microondas, o efeito mais estudado sobre o organismo humano é o térmico mas, em relação
aos efeitos dos campos elétricos e magnéticos, as pessoas expostas podem sofrer de pressão sanguínea
baixa, taquicardia eventual, perda de tecido ósseo e alterações hormonais para exposições severas.
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A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Vimos que “as radiações ultravioletas podem ser de
origem natural ou artificial. Em geral, são pouco penetrantes e apresentam efeitos sempre superficiais,
podendo, após longo período de exposição, causar câncer de pele.
Pode-se observar que as faixas denominadas eritérmicas (UV-B) e germicidas (UV-C) são as que apresentam
maiores riscos potenciais. Essas faixas são emitidas em operações como solda elétrica, metais em fusão,
maçaricos operados em altas temperaturas, lâmpadas germicidas e outras.
As radiações ultravioletas (UVA, UVB e UVC) ainda estão presentes, em menor quantidade, na irradiação
solar. Entretanto há de se destacar que a maior parte da radiação UV emitida pelo sol é absorvida
pela atmosfera terrestre. A quase totalidade (99%) dos raios ultravioleta que efetivamente chegam a
superfície da Terra são do tipo UV-A. A radiação UV-B é parcialmente absorvida pelo ozônio da atmosfera e
sua parcela que chega à Terra é responsável por danos à pele. Já a radiação UV-C é totalmente absorvida
pelo oxigênio e o ozônio da atmosfera.
Entre os efeitos danosos das radiações ultravioletas, destaca-se a ceratite actínica (olhos avermelhados), que
se manifesta horas depois da exposição nos processos de solda, quando não adotadas as medidas de
proteção adequadas. Além desse efeito, a exposição ocupacional à radiação ultravioleta não coerente (UV),
com comprimentos de onda entre 180 nm (cento e oitenta nanômetros) e 400 nm (quatrocentos
nanômetros) está associada a efeitos agudos adversos à saúde, como eritemas, fotoconjuntivite e
fotoqueratites.”
Observe ainda que a banca traz o conceito de limite de tolerância estabelecido pela higiene ocupacional: “(...)
condições nas quais, acredita-se, a maioria dos trabalhadores saudáveis possa ser repetidamente exposta
sem efeitos agudos adversos à saúde, tais como eritemas e fotoqueratites.”
A alternativa B está incorreta. Não há falar, em nenhuma hipótese, que o espectro infravermelho pode ter
“efeito ionizante”. Além disso, destaque-se que apesar de provocar aquecimento superficial da pele a
radiação infravermelha não é tratada da mesma forma que o agente calor.
“As radiações infravermelhas podem ter origem natural ou artificial e são, assim como as ultravioletas,
pouco penetrantes no tecido humano, causando, basicamente aquecimento superficial da pele. Apesar de
não serem classificadas como radiações não ionizantes pela NR 15, para efeitos de insalubridade, a exposição
às radiações infravermelhas de grande magnitude podem resultar em queimaduras graves.”
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A alternativa C está incorreta. Confesso que não consegui rastrear de onde a banca retirou essas informações
para formular a alternativa, mas tem um erro grosseiro nela: “em relação às microondas, o efeito mais
estudado sobre o organismo humano é o térmico mas, em relação aos efeitos dos campos elétricos e
magnéticos, as pessoas expostas podem sofrer de pressão sanguínea baixa (alta, hipertensão), taquicardia
eventual, perda de tecido ósseo e alterações hormonais para exposições severas.”
Como vimos, “(...) estudos têm mostrado que entre os efeitos da exposição de longo prazo aos campos
eletromagnéticos estão a hipertensão arterial, alterações no sistema nervoso central, cardiovascular,
endócrino e distúrbios menstruais.
As radiações pertencentes ao espectro das micro-ondas podem ser produzidas em estações de radar,
radiotransmissão, telefonia e em alguns processos industriais e medicinais. Estudos têm mostrado que o
efeito mais acentuado é o térmico (aumento de temperatura dos tecidos) e que, quanto maior a frequência
e maiores a potência e o tempo de exposição, maior o risco de lesões internas, devido às facilidades com que
as ondas penetram no organismo. A exposição às micro-ondas também tem sido associada a elevação da
pressão arterial (hipertensão).”
A alternativa D está incorreta. “na avaliação da exposição ocupacional ao calor, o Índice de Bulbo Úmido-
Termômetro de Globo se caracteriza como um índice primário em relação à temperatura do ar, umidade
relativa do ar, velocidade do ar e calor radiante e, como índice secundário para fontes especiais como
microondas e radiofreqüência.”
Frise-se que o IBUTG, principalmente através da temperatura de globo, é capaz de avaliar os efeitos das
radiações térmicas nos espectros infravermelho e ultravioleta, que são as principais componentes do calor
radiante, mas não avaliam, mesmo de forma secundária, as radiações nos espectros das micro-ondas e
radiofrequência.
23 (FGV / FUNSAÚDE-CE / 2021) A figura a seguir mostra dois equipamentos bastante utilizados para
realizar medições na higiene ocupacional e na segurança do trabalho.
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Comentários: o aparelho (1) é um anemômetro, utilizado para medidas a velocidade do ar (do vento) e sua
direção, ao passo que o aparelho (2) é um luxímetro, utilizado para medir a intensidade luminosa no
ambiente.
24 (INSTITUTO AOCP / ITEP / 2021) Em relação aos riscos ocupacionais tratados pela Higiene Ocupacional,
assinale a alternativa correta.
(B) Exposições a agentes biológicos abaixo de limite de tolerância definido pela NR-15 são consideradas
seguras.
(C) As pressões anormais são uma forma de energia e são classificadas como agentes físicos.
(D) Os limites de tolerância para agentes químicos são válidos para absorção através da pele.
(E) O ultrassom é um agente físico que possui frequência superior a 20.000 db(A).
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A alternativa A está incorreta. As radiações que compõe o espectro das micro-ondas pertencem ao grupo
das radiações não ionizantes.
A alternativa B está incorreta. Frise-se que não existe limite de tolerância por agentes biológicos. Para esses
agentes a exposição é avaliada qualitativamente.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. De fato, as pressão anormais, sejam as sobrepressões
ou subpressões, são formas de energia (energia de pressão) e por isso são classificadas como agentes físicos.
A alternativa D está incorreta. Não mesmo! Veremos na aula de agentes químicos que os limites de tolerância
estabelecidos no Anexo 11 da NR 15 e aqueles estabelecidos pela ACGIH são válidos apenas pela exposição
através das vias respiratórias.
A alternativa E está incorreta. “O ultrassom é um agente físico que possui frequência superior a 20.000 db(A)
(Hz).”
Lembre-se de que a escala em decibel (dB0 é usada para nível de pressão sonora e não para frequência!
(A) na medida em que há um aumento de calor ambiental, há uma reação no organismo humano no sentido
de adaptar-se, consistindo em processos fisiológicos que acelerem a perda de calor para o ambiente, entre
os quais incluem-se a vasoconstrição periférica e a sudorese, que é influenciada pela umidade relativa do ar.
(B) dependendo da suscetibilidade do trabalhador ao calor, é possível promover sua rápida aclimatação para
o trabalho em condições de sobrecarga térmica, mediante a realização de atividades físicas em condições
ambientais semelhantes àquelas nas quais se dará a atividade de trabalho, fazendo com que a temperatura
do núcleo do corpo aumente um ou dois graus centígrados e diminua a sobrecarga fisiológica por calor.
(C) o Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo (IBUTG) sofre influência da temperatura do ar, do calor
radiante, da velocidade do ar e da umidade do ar, não levando em consideração integralmente todas as
interações de uma pessoa com o ambiente e tampouco consegue levar em conta condições especiais, como
o aquecimento por fontes de microondas e radiofrequência.
(D) a determinação do Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo (IBUTG) em locais de trabalho sem
exposição direta à radiação solar, mas com fontes de calor dispersas pelo ambiente, envolve medições da
temperatura de bulbo úmido natural, da temperatura de globo e da temperatura de bulbo seco.
(E) por conta da multiplicidade dos fatores envolvidos, como o ambiente, o tipo de atividade realizada, as
características das vestimentas, o calor metabólico e os tipos de fontes, o gerenciamento da exposição
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ocupacional ao calor desconsidera as suscetibilidades individuais, posto que a sobrecarga fisiológica pouco
varia de pessoa para pessoa em condições idênticas de sobrecarga térmica.
A alternativa A está incorreta. “na medida em que há um aumento de calor ambiental, há uma reação no
organismo humano no sentido de adaptar-se, consistindo em processos fisiológicos que acelerem a perda de
calor para o ambiente, entre os quais incluem-se a vasoconstrição (vasodilatação) periférica e a sudorese,
que é influenciada pela umidade relativa do ar”.
A respeito desse assunto, vale recordar que “o calor é uma condição de risco de natureza física presente em
muitos ambientes de trabalho. Quando um trabalhador labora próximo a uma fonte artificial de calor, ou
mesmo exposto a luz solar (fonte natural), seu organismo passa a ter dificuldade em manter o equilíbrio
homeotérimco19, fazendo com que a sua temperatura20 corporal aumente.
Se ele permanece por um longo período exposto a essa condição, poderá experimentar uma sobrecarga
térmica21, que ocorre quando a taxa de produção de calor (calor gerado pelo metabolismo + calor
transmitido pelo meio para o organismo) é maior do que a taxa de dissipação de calor (para o meio).
Para manter a temperatura interna constante, o organismo se utiliza de certos mecanismos, tais como a
vasodilatação periférica22 e a sudorese23, que consistem em processos fisiológicos que acelerem a perda de
calor para o ambiente. Isso, pois, o calor pode produzir reações que vão desde a desidratação progressiva,
câimbras, exaustão, até o choque térmico. Pessoas não aclimatizadas, isto é, não adaptadas a ambientes
mais quentes, são as mais suscetíveis a essas reações.”
19
Equilíbrio homeotérmico: é a capacidade do organismo de manter a temperatura central do corpo
constante.
20
Temperatura: é o estado de agitação das partículas de um corpo, caracterizando seu estado térmico.
Quanto mais agitadas estiverem essas moléculas, maior será sua temperatura. Quando menos agitadas
essas moléculas, menor será sua temperatura.
21
Sobrecarga térmica: é a quantidade de energia que o organismo deve dissipar para atingir o
equilíbrio térmico. Esta energia interna é a combinação do calor gerado pelo metabolismo e da atividade
física.
22
Vasodilatação: intensa dilatação dos vasos cutâneos, podendo aumentar a transferência de calor
para a pele, através do sangue, em até 8 vezes.
23
Sudorese: acentuada elevação na velocidade de perda de calor através da evaporação, quando a
temperatura corporal ultrapassa o nível crítico de 37 °C. É altamente influenciada pela umidade relativa
do ar.
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fazendo com que a temperatura do núcleo do corpo aumente um ou dois graus centígrados (1 °C) e diminua
a sobrecarga fisiológica por calor.”
“O metabolismo, que é variável interna ou variável fisiológica, é determinada com base em estimativas da
taxa metabólica para diferentes tipos de atividades realizadas em uma combinação de condições (sentado,
em pé, em movimento, trabalho leve, pesado etc.). Conheceremos essas taxas no estudo da NR 15 e NHO
06.
Por hora, destaque-se que a taxa metabólica está associada a produção interna de calor, ao passo que as
variáveis externas vão determinar a perda de calor para o ambiente ou o ganho de calor pelo organismo.
Obviamente que, para atividades pesadas, em que a taxa de produção de calor interno (taxa metabólica) é
elevada, é desejável que as variáveis externas sejam propícias a facilitar a troca de calor do corpo com o
ambiente, de forma a facilitar a perda de calor para a manutenção da temperatura corporal dentro da
normalidade.
E qual é essa "normalidade" professor? Em regra, a temperatura central normal média de um adulto situa-
se entre 𝟑𝟔, 𝟕 ℃ e 𝟑𝟕, 𝟐 ℃. A temperatura dos tecidos internos (temperatura corporal central) tende a
permanecer praticamente constante, com variações fisiologias de ±𝟎, 𝟔 ℃.
Isso ocorre principalmente quando o trabalhador é não aclimatizado. Por aclimatização, entenda a
adaptação fisiológica decorrente de exposições sucessivas e graduais ao calor que visa reduzir a sobrecarga
fisiológica causada pelo estresse térmico.
A aclimatização – que deverá ser precedida de um plano de aclimatização elaborado por médico, em função
das condições ambientais, individuais e da taxa de metabolismo relativo à rotina de trabalho – requer a
realização de atividades físicas e exposições sucessivas e graduais ao calor, para que de forma progressiva o
trabalhador atinja as condições de sobrecarga térmica similares àquelas previstas para a sua rotina normal
de trabalho.
Uma vez aclimatizado, o trabalhador torna-se menos suscetível aos efeitos da sobrecarga fisiológica ao
calor, uma vez que a temperatura do núcleo do corpo (núcleo termorregulador) por aumentar em até 1
°C.”
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Vimos que "no Brasil, por força do Anexo n.º 3 da NR
15, adota-se o Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo - IBUTG para a avaliação da exposição
ocupacional ao calor, a fim de identificar e/ou prevenir possíveis ocorrências de sobrecarga térmica.
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A ideia por traz da criação desse índice, bem como a dos demais, é de que para avaliar a sobrecarga térmica
que pode estar ocorrendo numa exposição ocupacional tem-se que conhecer as trocas térmicas envolvidas.
Entretanto, a medição direta dessas taxas de troca é difícil ou pouco prática na maioria dos casos. Portanto,
na prática, avaliam-se alguns parâmetros existentes no ambiente de trabalho, em seguida, calcula-se, através
de uma equação, um determinado índice.
A alternativa D está incorreta. “a determinação do Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo (IBUTG)
em locais de trabalho sem exposição direta à radiação solar, mas com fontes de calor dispersas pelo
ambiente, envolve medições da temperatura de bulbo úmido natural, da temperatura de globo e da
temperatura de bulbo seco.”
Como vimos, "(...) a determinação do IBUTG é diferente a depender da existência ou não de carga solar no
ambiente de trabalho. Estudaremos a aplicação dessas equações nas aulas de NR 15 e NHO 06, por hora,
apenas as conheça:
c) para ambientes internos (cobertos, sem exposição à carga solar) ou para ambientes externos sem
carga solar direta:
𝑰𝑩𝑼𝑻𝑮 = 𝟎, 𝟕 𝒕𝒃𝒏 + 𝟎, 𝟑 𝒕𝒈
Nessas Equações:
𝑡𝑏𝑛 = temperatura de bulbo úmido natural em ℃;
𝑡𝑔 = temperatura de globo em ℃.
𝑡𝑏𝑠 = temperatura de bulbo seco (temperatura do ar) em ℃.
24
Considera-se carga solar direta quando não há nenhuma interposição entre a radiação solar e o
trabalhador exposto, por exemplo, a presença de barreiras como: nuvens, anteparos, telhas de vidro
etc.
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a) para ambientes internos (cobertos, sem exposição à carga solar) ou para ambientes externos sem
carga solar direta: leva em consideração a temperatura de bulbo úmido natural (tbn) com 70% de
peso no resultado e a temperatura de globo (tg) com 30% de peso no resultado e, NÃO leva em
consideração a temperatura de bulbo seco (tbs), ou seja, a tbs não influencia no cálculo do IBUTG em
ambientes cobertos, sem incidência de carga solar (GUARDE ISSO!);
b) para ambientes externos com carga solar direta: leva em consideração a temperatura de bulbo
úmido natural (tbn) com 70% de peso no resultado, a temperatura de globo (tg) com 20% de peso no
resultado e a temperatura de bulbo seco (tbs), com 10% de peso no resultado.
A alternativa E está incorreta. Hão há falar em desconsiderar as suscetibilidades individuais, vide comentário
da alternativa B.
(A) foi no 12o Encontro de Higienistas Ocupacionais da Europa, ocorrido em Estocolmo, em 1983, que se
passou a contar com um Sistema de Classificação de Danos Osteomusculares Induzidos por Vibração,
estabelecendo de forma objetiva uma relação entre dose – resposta para esse tipo de agravo à saúde dos
trabalhadores.
(B) as vibrações na faixa de 1 (um) a 1 000 (um mil) Hertz atuam em diferentes regiões do corpo humano, em
função das características específicas que apresentam, sendo que, de maneira geral, as vibrações na faixa de
100 (cem) a 1 000 (um mil) Hertz provocam enjoo e náuseas, agindo sobre o sistema digestório.
(C) em face da inexistência de suscetibilidades individuais quanto aos efeitos da vibração no organismo
humano, pode-se afirmar que a adoção de ferramentas com características antivibratórias e de práticas
adequadas de trabalho, associadas aos limites de exposição ocupacional à vibração são suficientes para a
garantia de condições de trabalho seguras no tocante à vibração.
(D) a avaliação da exposição ocupacional à vibração deve ser feita para a direção resultante dos vetores
identificados nos eixos x, y e z, considerando que a principal direção da exposição à vibração situa-se no plano
onde se dá o acoplamento da mão do operador com a manopla da ferramenta.
(E) a avaliação da exposição ocupacional à vibração de corpo inteiro deverá ser feita utilizando-se sistemas
de medição que permitam a determinação da aceleração resultante de exposição normalizada (aren) e do
valor da dose de vibração resultante (VDVR), parâmetros representativos da exposição diária do trabalhador.
A alternativa A está incorreta. Que questão maldosa, veja o erro: “foi no 12o Encontro de Higienistas
Ocupacionais da Europa, ocorrido em Estocolmo, em 1983, que se passou a contar com um Sistema de
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Classificação de Danos Osteomusculares (para Dedos Branco) Induzidos por Vibração, estabelecendo de
forma objetiva uma relação entre dose – resposta para esse tipo de agravo à saúde dos trabalhadores.”
Por curiosidade, a síndrome os “dedos brancos”, conhecida atualmente como doença ou síndrome de
Raynold consiste em uma desordem vascular desencadeada nas extremidades dos dedos sendo provocada
principalmente vibrações excessivas e frios. Em resumo, os dedos ficam esbranquiçados devido a falta de
irrigação sanguínea.
O que se estabeleceu na referida convenção foram os valores de exposição diária à vibrações que estavam
associados ao surgimento desses sintomas.
A alternativa B está incorreta. Afirmativa tirada da cabeça do avaliador, só para confundir. Não possui
nenhum embasamento teórico! Aliás, muitas questões VUNESP trazem alternativas como essa.
A alternativa C está incorreta. Muito pelo contrário, a inexistência de suscetibilidades individuais é que não
garantes condições 100 % seguras para exposição às vibrações. Nesse sentido, a alternativa estaria correta
da seguintes forma:
“em face da inexistência (existência) de suscetibilidades individuais quanto aos efeitos da vibração no
organismo humano, pode-se afirmar que a (mesmo com a) adoção de ferramentas com características
antivibratórias e de práticas adequadas de trabalho, associadas aos limites de exposição ocupacional à
vibração (não) são suficientes para a garantia de condições de trabalho seguras no tocante à vibração.”
A alternativa D está incorreta. Não mesmo, como vimos, no caso da avaliação da exposição ocupacional as
vibrações em mãos e braços (VMB) não há direção principal, ambas (x, y e z) têm o mesmo peso, recorde-se:
“No caso das VCI, seja na posição em pé, deitado ou sentado, o eixo "z" refere-se às vibrações no sentido
longitudinal à coluna vertebral, e os eixos "x" e "y" as vibrações nas direções transversais (frontal-traseira e
laterais, respectivamente). Nossa estrutura óssea tem maior resistência aos esforços no sentido longitudinal
da coluna vertebral (eixo "z") e menor resistência nas direções perpendiculares a esses eixos, ou seja, nas
direções dos eixos "x" e "y". Por isso, as vibrações nos sentidos transversais ("x" e "y") têm maior "peso" no
resultado final, ou seja, na determinação da vibração resultante.
Por sua vez, na determinada da vibração resultante para os casos de exposição a VMB, não há maior "peso"
em nenhuma direção ("x", "y" ou "z").”
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Sobre esses parâmetros, vale recordar o mapa mental
que segue.
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(A) uma das formas de prevenir a sobrecarga fisiológica por calor do trabalhador é promover sua aclimatação,
que consiste na adaptação rápida a uma sobrecarga térmica semelhante àquela que encontrará no ambiente
de trabalho.
(B) em condições ideais, a livre movimentação do ar fresco e seco sobre a superfície da pele maximiza a
eliminação de calor por condução e radiação que, eventualmente, pode contar com o reforço da sudorese
no processo de troca térmica.
(C) o Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo (IBUTG) é um índice utilizado para a avaliação da
exposição ocupacional ao calor que leva em consideração a temperatura do ar, o calor radiante, a velocidade
do ar e a umidade relativa do ar.
(D) aumentos prolongados na temperatura do núcleo do corpo e exposições moderadas a algum tipo de
sobrecarga térmica, mesmo que não sejam severas, estão associados a doenças como distúrbios do sono,
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aumento da frequência cardíaca e implicam, para temperatura do núcleo do corpo superiores a 38,5 ºC, risco
de aborto.
(E) em situações complexas, com diferentes fontes de calor, pode-se promover uma avaliação simplificada
com auxílio do IBUTG, que consegue resgatar a influência do aquecimento provocado por fontes de
microondas ou de rádiofrequência na carga térmica do ambiente de trabalho.
A alternativa A está incorreta. O erro da questão é sugerir a aclimatação rápida! Como vimos, o processo de
aclimatação prevê exposição graduais a níveis de calor até se alcançar o nível real de trabalho, recorde-se:
“(...) por aclimatização, entenda a adaptação fisiológica decorrente de exposições sucessivas e graduais ao
calor que visa reduzir a sobrecarga fisiológica causada pelo estresse térmico.
A aclimatização – que deverá ser precedida de um plano de aclimatização elaborado por médico, em função
das condições ambientais, individuais e da taxa de metabolismo relativo à rotina de trabalho – requer a
realização de atividades físicas e exposições sucessivas e graduais ao calor, para que de forma progressiva o
trabalhador atinja as condições de sobrecarga térmica similares àquelas previstas para a sua rotina normal
de trabalho.
Uma vez aclimatizado, o trabalhador torna-se menos suscetível aos efeitos da sobrecarga fisiológica ao
calor, uma vez que a temperatura do núcleo do corpo (núcleo termorregulador) por aumentar em até 1
°C.”
A alternativa B está incorreta. “em condições ideais, a livre movimentação do ar fresco e seco sobre a
superfície da pele maximiza a eliminação de calor por condução e radiação que, eventualmente, pode contar
com o reforço da sudorese no processo de troca térmica.”
Não há falar que a incidência de ar fresco e seco contribuem para troca térmica por radiação, mas tão
somente por convecção. Eventualmente, de fato, essa troca térmica pode contar com o reforço da sudorese
no processo de troca térmica, visto que o organismo pode aumentar a taxa de transferência de calor por
evaporação quando o ar seco e fresco potencializa a evaporação do suor originado da sudorese.
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A alternativa D está incorreta. Viu? Mais uma invenção da cabeça do avaliador, típico da VUNESP! Mas como
você tem percebido, esse tipo de questão você faz por eliminação, procura a correta e ignora essas
pegadinhas.
A alternativa E está incorreta. Mais uma fez frise-se que o IBUTG não a influências das micro-ondas e
radiofrequências na troca térmica entre o trabalhador e o ambiente.
(A) deve-se entender potência sonora como a variação dinâmica na pressão atmosférica que possui
características que a tornam detectável pelo ouvido humano, sendo medida em Newton/m2, unidade de
potência chamada Pascal.
(B) na perda auditiva por exposição sistemática a níveis de pressão sonora elevados, ocorrem alterações nos
limiares auditivos, do tipo sensorioneural, que têm como características principais a irreversibilidade e a
progressão gradual com o tempo de exposição ao risco.
(D) os níveis de ruído de impacto deverão ser avaliados em decibels (dB), com medidor de nível de pressão
sonora operando em circuito de compensação “A” e circuito de resposta lenta (Slow), posicionados próximos
ao ouvido do trabalhador.
(E) o nível de audibilidade é definido como o nível de pressão sonora do som padrão (NPS a 3 000 Hertz)
necessário para que um número significativo de indivíduos escutem o som padrão e o desconhecido com a
mesma intensidade, estabelecendo uma relação linear entre nível de pressão sonora e audibilidade.
A alternativa A está incorreta. Potência sonora é medida em Watts (W) e não em Pascal, que é a unidade de
medida de nível de pressão sonora (NPS), não vá confundir isso!
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Como vimos, “(...) a PAIR é caracterizada pela
diminuição da acuidade auditiva do trabalhador por exposição continuada a níveis elevados de pressão
sonora (ruído), e tem como principal característica a progressão gradual da redução da acuidade auditiva e
a irreversibilidade do quadro clínico.
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Colocando de outra forma, entende-se por perda auditiva por níveis de pressão sonora elevados as
alterações dos limiares auditivos, do tipo neurossensorial, decorrentes da exposição ocupacional
sistemática a níveis de pressão sonora elevados, que tem como características principais a irreversibilidade
e a progressão gradual com o tempo de exposição ao risco.”
“(...) Grupos de Exposição Similar - GES: também chamados de Grupos homogêneos de Exposição - GHO,
correspondem a um grupo de trabalhadores que experimentam exposição semelhante, de forma que o
resultado fornecido pela avaliação da exposição de parte do grupo seja representativo da exposição de todos
os trabalhadores que compõem o mesmo grupo. Identificando-se corretamente esse grupo, a avaliação não
precisa ser realizada com todos os trabalhadores, mas apenas com um ou mais trabalhadores cuja exposição
seja "típica" de cada grupo considerado. Trata-se do resultado da definição da amostra (amostragem).”
A alternativa D está incorreta. “os níveis de ruído de impacto deverão ser avaliados em decibels (dB), com
medidor de nível de pressão sonora operando em circuito de compensação “A” (“C”) e circuito de resposta
lenta (Slow) (rápida, FAST), posicionados próximos ao ouvido do trabalhador.”
“(...) Nível de pressão sonora: é dado em Pascal (Pa) que equivale a um Newton por Metro Quadrado (N/m²)
e deve atingir um valor mínimo denominado limiar de audibilidade, admitido pela comunidade científica
como sendo 2 X 10-5 N/m², valor este convencionado como zero dB (zero Decibel). Níveis de pressão sonora
entre 2 X 10-5 N/m² e 200 N/m² estão dentro da faixa audível. Valores de pressão abaixo de 2 X 10 -5 N/m²
estão abaixo do limiar auditivo, não podendo ser "ouvidos", ao passo que valores acima de 200 N/m² são
extremamente danosos ao ouvido humano, provocando dor imediata. Por isso, esse limite superior é
chamado de limiar de dor.
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29 (CONSULPLAN / FSERJ / 2020) A avaliação da exposição ocupacional à vibração de corpo inteiro deve
ser feita utilizando sistemas de medição que permitam a determinação da aceleração resultante de
exposição normalizada (aren) e do Valor da Dose de Vibração Resultante (VDVR), parâmetros
representativos da exposição diária do trabalhador. O nível de ação para a avaliação da exposição
ocupacional diária à vibração de corpo inteiro corresponde a um valor da aceleração resultante de
exposição normalizada (aren) de 0,5 m/s², ou ao Valor da Dose de Vibração Resultante (VDVR) de 9,1
m/s1,75. O limite de exposição ocupacional diária à vibração de corpo inteiro corresponde ao valor da
aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de:
(A) 1,0 m/s² (B) 1,1 m/s² (C) 1,2 m/s² (D) 1,3 m/s²
Comentários: sobre os LT e NA para exposição ocupacional às vibrações, vele recordar esse importante mapa
mental.
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(A) Cósmica (B) Infravermelha (C) Nuclear (D) Mononuclear (E) Solar
Comentários: nas operações de soldagem, em geral, evidencia-se a emissão de radiações não ionizantes nos
espectros infravermelho e ultravioleta. Logo, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.
31 (VUNESP / PREF. VALINHOS-SP / 2019) Em relação aos riscos ambientais, é correto afirmar que
(A) faz-se necessária potência acima de 100 mil watts para provocar variações de pressão intensas, capazes
de ir além do limiar da dor, que, para a maioria dos indivíduos, situa-se entre 140 e 150 dB(A).
(B) é praticamente inexistente a possibilidade das partículas beta penetrarem através da pele íntegra do
==358a55==
indivíduo em função de sua massa e energia, representada por uma dupla carga positiva.
(C) de acordo com a Norma de Higiene Ocupacional 09, da Fundacentro, o nível de ação para a exposição
ocupacional diária à vibração de corpo inteiro corresponde a um valor da aceleração resultante de exposição
normalizada (aren) de 0,5 m/s2 e ao valor da dose de vibração resultante (VDVR) de 9,1 m/s1,75.
(D) a radiação com comprimento de onda inferior a 200 nm (duzentos nanômetros), que é utilizada por sua
ação germicida, é muito fracamente absorvida pelo ar, fazendo com que as faixas de radiações ultravioletas
se tornem mais perigosas.
(E) no tocante às radiações ionizantes, o organismo humano possui mecanismo sensorial que lhe permite
detectá-las rapidamente, de maneira que se reduz drasticamente a possibilidade de inadvertidamente
ocorrerem exposições significativas, que impliquem risco ao trabalhador exposto.
A alternativa A está incorreta. De fato, o limiar da dor é alcançado quando se níveis de pressão sonora
atingem a zona auditiva do trabalhador com valores acima de 140 dB(A), entretanto, não é correto afirmar
que esses níveis são alcançados somente com potências sonoras acima de 100 mil Watts, isso porque há
ainda que se considerar a distância entre a fonte geradora e a zona auditiva do trabalhador. Caso ele esteja
próximo a fonte, potência bem menores podem provocar esses valores de NPS.
A alternativa B está incorreta. Não mesmo, as partículas beta tem energia suficiente para penetrar alguns
centímetros nos tecidos humanos, recorde-se:
“’Em função da quantidade de massa, carga elétrica e do comprimento de onda com que se propagam, as
radiações ionizantes podem ser classificadas em partículas (possuem massa) ou em eletromagnéticas (não
possuem massa):
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a) partículas alfa (𝜶): possuem valores de massa e carga elétrica relativamente grandes e podem ser
facilmente detidas por uma folha de papel ou poucos centímetros de ar. Em geral, não conseguem
ultrapassar as camadas externas de células mortas da pele de uma pessoa, sendo assim, basicamente
inofensivas. Podem, ocasionalmente, provocar lesões graves quando penetram no organismo através
de um ferimento ou aspiração;
b) partículas beta (𝜷): resultam de desintegrações nucleares e possuem um poder de penetração maior
que a das partículas alfa, podendo penetrar cerca de um centímetro nos tecidos, ocasionando danos
à pele, mas não aos órgãos internos, a não ser que sejam ingeridas ou aspiradas;
c) radiações gama (𝜸) e raios-X: são ondas eletromagnéticas, não possuem massa, nem carga elétrica.
A diferença entre elas é a origem - a radiação gama (𝛾) é emitida a partir do núcleo dos átomos
ionizados ou excitados (originam-se no interior dos núcleos dos átomos); enquanto os raios-X são
produzidos na acomodação dos elétrons de átomos ionizados ou excitados, ou seja, originam-se no
decaimento de elétrons (da energia liberada pela mudança no nível de camadas eletrônicas). O poder
de penetração dessas radiações, especialmente das radiações gama (𝛾), é muito maior que os das
partículas alfa (𝛼) e beta (𝛽), podendo atravessar vários centímetros de uma parede de chumbo.
Especialmente os raiso-X podem agir sobre as células sexuais, podendo ser repassadas aos
descendentes.”
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Ainda vamos estudar a NHR 09, mas já tratei desses
indicadores no seguinte mapa mental:
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A alternativa D está incorreta. Como vimos. “as radiações ultravioletas podem ser de origem natural ou
artificial. Em geral, são pouco penetrantes e apresentam efeitos sempre superficiais, podendo, após longo
período de exposição, causar câncer de pele.
Pode-se observar que as faixas denominadas eritérmicas (UV-B) e germicidas (UV-C) são as que apresentam
maiores riscos potenciais. Essas faixas são emitidas em operações como solda elétrica, metais em fusão,
maçaricos operados em altas temperaturas, lâmpadas germicidas e outras.
As radiações ultravioletas (UVA, UVB e UVC) ainda estão presentes, em menor quantidade, na irradiação
solar. Entretanto há de se destacar que a maior parte da radiação UV emitida pelo sol é absorvida
pela atmosfera terrestre. A quase totalidade (99%) dos raios ultravioleta que efetivamente chegam a
superfície da Terra são do tipo UV-A. A radiação UV-B é parcialmente absorvida
pelo ozônio da atmosfera e sua parcela que chega à Terra é responsável por danos à pele. Já a radiação
UV-C é totalmente absorvida pelo oxigênio e o ozônio da atmosfera.
Entre os efeitos danosos das radiações ultravioletas, destaca-se a ceratite actínica (olhos avermelhados), que
se manifesta horas depois da exposição nos processos de solda, quando não adotadas as medidas de
proteção adequadas. Além desse efeito a exposição ocupacional à radiação ultravioleta não coerente (UV),
com comprimentos de onda entre 180 nm (cento e oitenta nanômetros) e 400 nm (quatrocentos
nanômetros) está associada a efeitos agudos adversos à saúde, como eritemas, fotoconjuntivite e
fotoqueratites.”
De fato, a radiação UVC com comprimento de onda inferior a 200 nm (entre 100 e 200 nm) tem ação
germicida, entretanto, ela é completamente absorvida pelo oxigênio e pelo ozônio da atmosfera, assim, só
risco se advir de fontes artificial, mas não da irradiação solar.
A alternativa E está incorreta. Não há falar em mecanismo sensorial no corpo humano para detectar radiação
ionizante! Deve-se utilizar equipamentos de monitoração radiológica apropriados.
32 (UECE / PREF. SOBRAL-CE / 2019) Decibelímetro é um instrumento de medida que mede o nível de
Comentários: o decibelímetro é o instrumento destinado a medição do nível de pressão sonora, pelo que a
alternativa D está correta e é o gabarito da questão.
33 (VUNESP / PREF. VALINHOS-SP / 2019) A exposição ocupacional aos agentes físicos é área de estudo da
Higiene do Trabalho, sendo que
(A) os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis, com decibelímetro operando
no circuito de ponderação “A” e circuito de resposta rápida (fast), com as leituras feitas próximas ao ouvido
do trabalhador e de forma tal que estejam isentas de interferências.
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(B) na avaliação da exposição ao calor, o cálculo do IBUTG – Índice de Bulbo Úmido-Termômetro de Globo
para ambientes em carga solar deve considerar a temperatura de bulbo seco, enquanto nos ambientes
externos isso não se faz necessário.
(C) a exposição ocupacional à radiação ultravioleta não coerente (UV), com comprimentos de onda entre 180
nm (cento e oitenta nanômetros) e 400 nm (quatrocentos nanômetros) está associada a efeitos agudos
adversos à saúde, como eritemas, fotoconjuntivite e fotoqueratites.
(D) a preocupação em relação à exposição ocupacional às radiações infravermelhas reside nas faixas
eritemáticas e germicidas, que são aquelas que apresentam maiores riscos potenciais e são geradas em
operações com solda elétrica, metais em fusão e maçaricos, estando também presente na irradiação solar.
(E) a aceleração de uma manopla deve ser determinada na direção do braço, entrada da vibração no corpo,
a partir de dispositivo instalado no ponto central da superfície de contato da ferramenta com a palma da mão
do operador, que irá determinar o tempo de contato com a superfície vibrante e as forças de preensão
exercidas na palma da mão.
A alternativa A está incorreta. “os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis,
com decibelímetro operando no circuito de ponderação “A” e circuito de resposta rápida (fast) (lenta, Slow),
com as leituras feitas próximas ao ouvido do trabalhador e de forma tal que estejam isentas de
interferências.”
A alternativa B está incorreta. “na avaliação da exposição ao calor, o cálculo do IBUTG – Índice de Bulbo
Úmido-Termômetro de Globo para ambientes em carga solar deve considerar a temperatura de bulbo seco,
enquanto nos ambientes externos (internos) isso não se faz necessário.”
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Vimos que “as radiações ultravioletas podem ser de
origem natural ou artificial. Em geral, são pouco penetrantes e apresentam efeitos sempre superficiais,
podendo, após longo período de exposição, causar câncer de pele.
Pode-se observar que as faixas denominadas eritérmicas (UV-B) e germicidas (UV-C) são as que apresentam
maiores riscos potenciais. Essas faixas são emitidas em operações como solda elétrica, metais em fusão,
maçaricos operados em altas temperaturas, lâmpadas germicidas e outras.
As radiações ultravioletas (UVA, UVB e UVC) ainda estão presentes, em menor quantidade, na irradiação
solar. Entretanto há de se destacar que a maior parte da radiação UV emitida pelo sol é absorvida
pela atmosfera terrestre. A quase totalidade (99%) dos raios ultravioleta que efetivamente chegam a
superfície da Terra são do tipo UV-A. A radiação UV-B é parcialmente absorvida pelo ozônio da atmosfera e
sua parcela que chega à Terra é responsável por danos à pele. Já a radiação UV-C é totalmente absorvida
pelo oxigênio e o ozônio da atmosfera.
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Entre os efeitos danosos das radiações ultravioletas, destaca-se a ceratite actínica (olhos avermelhados), que
se manifesta horas depois da exposição nos processos de solda, quando não adotadas as medidas de
proteção adequadas. Além desse efeito a exposição ocupacional à radiação ultravioleta não coerente (UV),
com comprimentos de onda entre 180 nm (cento e oitenta nanômetros) e 400 nm (quatrocentos
nanômetros) está associada a efeitos agudos adversos à saúde, como eritemas, fotoconjuntivite e
fotoqueratites.”
A alternativa E está incorreta. Não mesmo! Lembre-se que tanto as VMB quanto as VCI devem ser
determinadas em função dos três eixos ortogonais “x”, “y”, e “z”.
34 (OBJETIVA CONCURSOS / PREF. CHAPECÓ-SC / 2019) Assinalar a alternativa que preenche a lacuna
abaixo CORRETAMENTE:
Comentários: vimos que “de acordo com o Manual de Aposentadoria Especial da Previdência Social,
entende-se por vibração ou trepidação qualquer movimento que o corpo executa em torno de um ponto
fixo, podendo ser um movimento regular ou irregular (quando não segue nenhum padrão determinado).
Colocando de outra forma, trata-se de um movimento oscilatório de um corpo devido a forças
desequilibradas de componentes rotativos e movimentos alternados de uma máquina ou equipamento.
Por sua vez, a Convenção n.° 148 da Organização Internacional do Trabalho – OIT estabelece que o termo
“vibrações” compreende toda vibração transmitida ao organismo humano por estruturas sólidas e que seja
nociva à saúde ou contenha qualquer outro tipo de perigo.”
35 (OBJETIVA CONCURSOS / PREF. CHAPECÓ-SC / 2019) Em relação aos efeitos do calor no organismo,
assinalar a alternativa CORRETA:
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(C) Causa o enregelamento dos membros que poderá levar à gangrena e à amputação.
“Para manter a temperatura interna constante, o organismo se utiliza de certos mecanismos, tais como a
inibição da termogênese, vasodilatação periférica e sudorese, que consistem em processos fisiológicos que
acelerem a perda de calor para o ambiente.
Logo, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Os demais efeitos são resultados da exposição
ao frio.
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Veja que o enunciado da questão afirma que o NPS foi reduzido em 3 dB quando uma das máquinas foi
desligada. Sendo assim, as duas só podem emitir o mesmo NPS, pelo que a alternativa A está correta e é o
gabarito da questão.
(B) Frequência (f): é definida como o nº. de repetições das flutuações de pressão ou ciclos/segundo ou nº.
de ciclo/segundo (1ciclo/segundo = 1HZ).
(C) Comprimento de onda é a distância entre dois picos sucessivos de ondas com amplitudes similares.
A alternativa A está correta. De fato, a amplitude da onda sonora é o deslocamento máximo em relação a
posição de equilíbrio.
Como vimos, “além da frequência e do nível de pressão sonora, duas outras variáveis são importantes na
análise do ruído ocupacional, tais sejam:
A alternativa B está correta. Como vimos, a “frequência é o número de vibrações por unidade de tempo, ou
ainda o número de repetições das flutuações de pressão ou ciclos/segundo ou número de ciclo/segundo
(1ciclo/segundo = 1HZ). É determinada pela contagem do número de frentes de onda que passam por um
certo ponto em um determinado tempo. Deve situar-se entre 20 e 20.000 Hz. Frequências sonoras inferiores
a 20 Hz são chamados de infrassom, ao passo que as frequências superiores a 20.000 Hz (20 kHz) de
ultrassom. Em ambos os casos, não são captadas pelo aparelho auditivo.”
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A alternativa C está correta. De fato, o comprimento de onda se refere a distância entre dois picos sucessivos
de ondas com amplitudes similares. Veja o comentário da alternativa A.
A alternativa E está incorreta e é o gabarito da questão. A sensação auditiva, ou faixa audível, situa-se entre
20 e 20 kHz, vide comentário da alternativa B.
(B) O som é originado por uma vibração sonora (cordas de um violão). Quando essa vibração estimula o
aparelho auditivo = vibração sonora.
(C) São todas as flutuações de pressão que produzem a sensação de audição quando atingem o ouvido
humano.
(D) A determinação dos efeitos dos Riscos Ambientais deve estar embasada na Natureza do Risco, na
Concentração do Risco, na Intensidade do Risco e no Tempo de Exposição ao Risco”.
A alternativa A está incorreta. “O som se caracteriza por flutuações de pressão em um meio desconhecido
(elástico)”. São os meios elásticos: líquidos, gasosos ou sólidos.
A alternativa B está incorreta. “O som é originado por uma vibração sonora (mecânica) (cordas de um violão).
Quando essa vibração estimula o aparelho auditivo = vibração sonora.”
A alternativa C está incorreta. Não! Somente aquelas na faixa de frequência audível, entre 20 Hz e 20.000 Hz.
A alternativa D esta correta e é o gabarito da questão. Prefeito! Essas são as bases para determinação de
qualquer risco ambiental.
39 (ESAF / TEM-AFT / 2006) Analise as proposições sobre acústica e a seguir, assinale a opção correta.
I – Define-se som como energia na forma de ondas mecânicas longitudinais audíveis que se propagam através
de meio elástico
III – O que diferencia o ruído do barulho é o caráter subjetivo deste, notadamente desagradável ao ouvido
humano.
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IV - O sistema auditivo humano divide-se didaticamente em três partes, quais sejam: epicraniana,
mesocraniana e intracraniana
"(...) o som é considerado uma onda mecânica longitudinal tridimensional provocada por uma variação
rápida da pressão, capaz de sensibilizar o aparelho auditivo. É uma onda mecânica pois está relacionada às
vibrações (ondas mecânicas) que se propagam em um meio material elástico25 (sólido, líquido ou gasoso).
Sempre que ouvimos um som, existe um corpo material que vibra, produzindo esse som!
É uma onda longitudinal porque se propaga em uma direção paralela à direção da vibração26. Por exemplo,
para produzirmos a "fala", a passagem do ar faz com que as cordas vocais vibrem para frente e para trás,
produzindo regiões de compressão e refração do ar. Essas regiões deslocam-se na mesma direção da
vibração das condas vocais. Por fim, é uma onda tridimensional porque se propaga em todas as dimensões,
ou seja, consegue se propagar nas três direções do espaço, simultaneamente."
"(...) Para que as ondas sonoras estimulem o aparelho auditivo do ser humano devem ser preenchidas as
seguintes características:
a) Frequência: número de vibrações por unidade de tempo, ou ainda o número de repetições das
flutuações de pressão ou ciclos/segundo ou número de ciclo/segundo (1ciclo/segundo = 1HZ). É
determinada pela contagem do número de frentes de onda que passam por um certo ponto em um
determinado tempo. Deve situar-se entre 20 e 20.000 Hz. Frequências sonoras inferiores a 20 Hz são
25
Ou deformável, ao contrário das ondas eletromagnéticas (radiações) que não necessitam de meio
material para se propagar, ou seja, podem se propagar no vácuo.
26
Ao contrário, a luz, por exemplo, é uma onda transversal, pois se propaga na direção perpendicular a
fonte, ou seja, os raios de luz se propagam em um ângulo de 90 em relação ao bulbo da lâmpada.
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chamados de infrassom, ao passo que as frequências superiores a 20.000 Hz (20 kHz) de ultrassom.
Em ambos os casos, não são captadas pelo aparelho auditivo.
b) Nível de pressão sonora: é dado em Pascal (Pa) que equivale a um Newton por Metro Quadrado
(N/m²) e deve atingir um valor mínimo denominado limiar de audibilidade, admitido pela comunidade
científica como sendo 2 X 10-5 N/m², valor este convencionado como zero dB (zero Decibel). Níveis
de pressão sonora entre 2 X 10-5 N/m² e 200 N/m² estão dentro da faixa audível. Valores de pressão
abaixo de 2 X 10-5 N/m² estão abaixo do limiar auditivo, não podendo ser "ouvidos", ao passo que
valores acima de 200 N/m² são extremamente danosos ao ouvido humano, provocando dor imediata.
Por isso, esse limite superior é chamado de limiar de dor.
A afirmativa III está incorreta. "oscilações de sistemas materiais que ocorrem no ar podem resultam em
variações de pressão atmosférica. Quando tais oscilações estimulam o aparelho auditivo são denominadas
vibrações sonoras. Em resumo, o som é uma sensação auditiva provocada por variações de pressão geradas
por uma fonte de vibração. Trata-se de um movimento ondulatório caracterizado por uma intensidade,
uma frequência e uma velocidade de propagação.
(...)
Por sua vez, o ruído é uma interpretação subjetiva e desagradável do som. Na higiene ocupacional
costuma-se denominar barulho ou ruído todo som que seja indesejável, errático. Para a OIT (Art. 3º da
Convenção n.º 148), o termo "ruído" compreende qualquer som que possa provocar uma perda de audição
ou ser nocivo à saúde ou contenha qualquer outro tipo de perigo.
O som é uma sensação auditiva provocada por variações de pressão geradas por uma
fonte de vibração, sendo classificado como uma onda mecânica longitudinal
tridimensional. Por sua vez, o ruído é uma interpretação subjetiva e desagradável do
som.
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No caso, o avaliar considerou ruído e barulho como diferentes mas, na verdade, são termos sinônimos.
A afirmativa IV está correta. A banca utilizou uma divisão mais técnica (da área de saúde) em que a região
epicraniana equivale ao ouvido externo, a região mesocraniana ao ouvido médio e a região intracraniana ao
ouvido interno.
"Em resumo, o ouvido humano é dividido em externo, médio e interno, com seus respectivos "componentes"
anatômicos27:
membrana timpânica
martelo
Divisão do aparelho ouvido médio
auditivo humano bigorna
estribo
27
Existem outros, só trouxe os mais comuns.
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