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Aula 17 - Prof.

Edimar
Monteiro
CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do
Trabalhador) Conhecimentos Específicos
- Eixo Temático 4 - Segurança e Saúde
do Trabalhador e da Trabalhadora - 2024
Autor:
(Pós-Edital)
André Rocha, Edimar Natali
Monteiro, Felipe Canella, Stefan
Fantini

19 de Fevereiro de 2024
André Rocha, Edimar Natali Monteiro, Felipe Canella, Stefan Fantini
Aula 17 - Prof. Edimar Monteiro

SUMÁRIO
ACIDENTE DO TRABALHO – INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES ................................................ 2

1 INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES .......................................................................................... 3

1.1 Introdução ................................................................................................................................................. 4

1.2 Aspectos a serem considerados na investigação/análise de acidentes ................................................... 6

1.2.1 Informações gerais ............................................................................................................................ 6

1.2.2 Classificação do acidente quanto ao tipo e/ou espécie ................................................................... 7

1.2.3 Classificação do acidente quanto à gravidade ................................................................................ 9

1.2.4 Causas do acidente ......................................................................................................................... 10

1.2.4.1 Fator pessoal de insegurança ....................................................................................................... 13

1.2.4.2 Ato inseguro .................................................................................................................................. 14

1.2.4.3 Condição insegura ........................................................................................................................ 17

1.2.4.4 Negligência, imprudência e imperícia .......................................................................................... 21

1.2.5 Consequências do acidente ............................................................................................................. 22

1.3 Técnicas de investigação e análise de acidentes ................................................................................... 25

1.3.1 Análise por Árvore de Causas – AAC ............................................................................................. 25

2 QUESTÕES ......................................................................................................................................... 28

2.1 Questões sobre investigação de acidentes............................................................................................. 28

2.1.1 Gabarito ............................................................................................................................................. 46

3 QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................................................. 47

3.1 Questões comentadas sobre investigação de acidentes ........................................................................ 47

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ACIDENTE DO TRABALHO – INVESTIGAÇÃO E


ANÁLISE DE ACIDENTES
Olá, amigo(a) estrategista!!! Sou o Prof. Edimar Natali Monteiro.

Nessa aula, trataremos dos aspectos principais envolvendo os procedimentos de investigação e análise de
acidentes do trabalho.

Fica o contato para eventuais dúvidas:

prof.edimarmonteiro

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1 INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES


As principais fontes utilizadas nessa aula são:

• NBR 14280: Cadastro de Acidente do Trabalho – Procedimento e classificação.


• Guia de Análise de Acidentes de Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (2001).

Sem mais, vamos ao conteúdo!

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1.1 Introdução

Se você chegou nessa aula, já conhece, em certa medida, a definição técnica do termo acidente do trabalho:
ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho, de que
resulte ou possa resultar lesão pessoal.

Na investigação/análise de um acidente do trabalho, o profissional deverá analisar uma série de aspectos


para que possa chegar à elucidação do ocorrido. Mas o que vem a ser a investigação/análise do acidente de
trabalho?

A investigação/análise do acidente do trabalho consiste no estudo do fato ocorrido para


a pesquisa de causas, circunstâncias e consequências.

Assim, a investigação/análise do acidente do trabalho levará a elucidação dos seguintes aspectos: suas
causas, circunstâncias e consequências. Ressalte-se, desde já, que a investigação/análise jamais terá por
objetivo apontar “culpados” mas sim buscar tais elucidações com a finalidade de implementar medidas de
controle para evitar que venham a se repetir.

Nas abordagens para investigação e análise de acidentes do trabalho o(s) profissional(is) deve(m); além da
análise das condições ambientais do trabalho (análise do ambiente), verificação de medidas de proteção
etc.; conversar com o acidentado, verificar se ele está com algum tipo de problema, dentro ou fora da
empresa e tentar entender, a partir do relato dele, o que aconteceu para que o acidente tenha ocorrido.

Por exemplo, em seu Anexo B, a NBR 14280 propõe um modelo de relatório de investigação e análise de
acidentes que deve conter, entre outros aspectos:

a) informações gerais: estabelecimento, setor, local do acidente, tipo de atividade em que ocorreu o
acidente, equipamentos abrangidos, extensão dos danos, descrição dos acidente, identificação do(s)
acidentado(s);
b) classificação do acidente: pessoal, impessoal, com ou sem lesão, típico, de trajeto ou doença
ocupacional;
c) causas do acidente: agente do acidente (agente), fonte da lesão, fator pessoal de insegurança, ato
inseguro ou condição ambiente de insegurança (condição ambiente);
d) consequências do acidente: lesão pessoal, natureza da lesão, localização da lesão, lesão imediata ou
mediata (tardia), doença do trabalho, doença profissional, lesão com ou sem afastamento,
incapacidade total ou parcial, morte.
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O referido relatório, inclusive, deve incluir elementos essenciais para levantamentos de estatísticas, bem
como, para a investigação e análise de acidentes, tais sejam:

a) espécie de acidente impessoal (espécie);


b) tipo de acidente pessoal (tipo);
c) agente do acidente (tipo);
d) fonte da lesão;
e) fator pessoal de insegurança (fator pessoal);
f) ato inseguro;
g) condição ambiente de insegurança (condição ambiente);
h) natureza da lesão;
i) localização da lesão; e
j) prejuízo material.

Nas seções a seguir, trataremos desses elementos essenciais, bem como das principais informações que
devem ser inseridas no relatório de investigação/análise de acidentes.

Agora, veja como esses conhecimentos já foram explorados pelas bancas:

(CESGRANRIO / PETROBRÁS) Segundo a NBR 14280:2001 (Cadastro de acidente do trabalho –


procedimento e classificação), alguns elementos são considerados essenciais para estatística e análise de
acidentes. NÃO é um desses elementos o(a)
(A) prejuízo material
(B) agente do acidente
(C) fator impessoal de segurança
(D) espécie de acidente impessoal
(E) condição ambiente de insegurança
Comentários: nesse caso, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Seria “fator pessoal de
insegurança”!
(FGV / CAE-RN) Qual das definições abaixo melhor qualifica os termos Investigação e Análise de acidentes
do trabalho?
(A) Investigação de acidentes é identificar as causas do acidente.
(B) Análise de acidentes é identificar com que ocorreu o acidente.
(C) Investigação de acidentes é identificar por que ocorreu o acidente.
(D) Análise de acidentes é identificar as causas do acidente.
(E) Análise de acidentes é identificar como ocorreu o acidente.
Comentários: vimos que “a investigação/análise do acidente do trabalho consiste no estudo do fato
ocorrido para a pesquisa de causas, circunstâncias e consequências".

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Nesse caso, a alternativa D é a que melhor qualifica os termos investigação e análise do acidente, pelo que
está correta e é o gabarito da questão.

1.2 Aspectos a serem considerados na investigação/análise de


acidentes

1.2.1 Informações gerais

Nas informações gerais devem ser apresentados aspectos como:

a) estabelecimento: identificação do estabelecimento;


b) setor: colocar a sigla ou código do Setor onde o acidentado se encontrava trabalhando no momento
do acidente, com indicação de subsetor, se for desejado.
Em fábricas e demais concentrações humanas em que se realizem trabalhos variados em território
limitado, entende-se por Setor os diversos subórgãos ou grupos de subórgãos que se dediquem a
trabalhos com finalidades determinadas, tais como: operação, manutenção, suprimento,
administração, serviços gerais. Em serviços realizados em território extenso, caracterizado por
grandes distâncias entre as diversas áreas de trabalho, poderá entender-se, preferencialmente, por
Setor, cada grupo de empregados que trabalhe separadamente.
c) data: registrar, apenas, o dia do mês em que ocorreu o acidente (o mês e o ano já devem estar
consignados na parte superior do formulário);
d) identificação (nome) do acidentado: registrar o nome ou matrícula do acidentado (por extenso
apenas o nome pelo qual o acidentado é mais conhecido);
e) descrição suscinta do acidente: descrever sucintamente o acidente, deixando bem claro: o que fazia
o acidentado (tipo de atividade1) no momento do acidente e o agente do acidente ou a fonte da lesão
(essa última, na falta de agente). É interessante assinalar também a postura do acidentado: em pé,
sentado, deitado, acocorado;
f) equipamentos abrangidos: se houver, indicar ferramenta/equipamento danificado e, se for o caso,
características do veículo envolvido no acidente.

(CESPE-CEBRASPE / SERPRO) Julgue o item seguinte, referentes à NBR 14280:2001, que trata de cadastro
de acidente do trabalho.
Considere a seguinte situação hipotética.
Paulo, que trabalha de 8 às 12 e de 14 às 18 horas em uma indústria metalúrgica, desfruta do horário de
descanso de 12 às 14 horas para almoço e descanso na própria indústria, em determinado dia de trabalho,

1
Exemplo de atividades: Abrindo, acendendo, andando, atarraxando, baixando, batendo, capinando,
carregando, conduzindo, cortando, correndo, desmontando, empilhando, empurrando, esmerilando,
galgando, levantando, lubrificando, operando, puxando, soldando, torneando.
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às 13 horas, sofreu uma queda durante seu deslocamento no salão do refeitório, tendo ficado incapacitado
para o trabalho por alguns dias, devido a uma luxação em seu braço direito.
Nessa situação, a despeito de Paulo ter-se lesionado no local de trabalho, essa ocorrência não será
considerada acidente de trabalho, pois, independentemente do local onde for desfrutado, o horário de
descanso não será considerado horário de exercício do trabalho.
Comentários: será considerada acidente do trabalho sim! Guarde bem isso: o acidente sofrido nas
dependências da organização, ainda que no horário de descanso ou almoço, será considerado acidente do
trabalho.

1.2.2 Classificação do acidente quanto ao tipo e/ou espécie

Uma das etapas da investigação/análise do acidente é classificá-lo corretamente. De acordo com a NBR
14.280, o acidente do trabalho pode ser classificado como pessoal ou impessoal.

a) acidente pessoal: acidente cuja caracterização depende de existir acidentado;


a) acidente impessoal: acidente cuja caracterização independe de existir acidentado, não podendo ser
considerado como causador direto de lesão pessoal2;

Na caracterização do acidente pessoal deve-se identificar o acidentado que é a vítima do acidente. Assim,
em havendo acidentado, deve-se identificar o tipo de acidente pessoal:

a) acidente com lesão: ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o
exercício do trabalho, de que resulte lesão pessoal;
b) acidente sem lesão: acidente que não causa lesão pessoal.

São exemplos de tipos acidentes pessoais:

• impacto de pessoa contra objeto parado ou em movimento;


• impacto sofrido por pessoa de objeto que cai ou objeto em outras formas de movimento;
• queda de pessoa com diferença de nível (queda de altura);
• queda de pessoa em mesmo nível (escorregão tec.);
• aprisionamento em, sob ou entre objetos em movimento convergente, como calandra ou moenda,
ou de encaixe; um objeto parado e outro em movimento etc.;
• atrito, abrasão, perfuração ou corte;
• reação do corpo a seus movimento como no caso de movimento involuntário (escorregão sem queda)
ou voluntário;
• esforço excessivo ao erguer um objeto, empurrar ou puxar um objeto etc.;
• exposição a energia elétrica (baixa ou alta tensão);

2
Há sempre um acidente pessoal entre o acidente impessoal e a lesão.
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• contato com objeto ou substância a temperatura muito alta ou muito baixa;


• exposição à temperatura ambiente elevada ou baixa;
• inalação, ingestão ou absorção, por contato, de substância cáustica, tóxica ou nociva;
• imersão;
• exposição à radiação não ionizante;
• exposição à radiação ionizante;
• exposição ao ruído;
• exposição à pressão ambiente anormal (alta ou baixa);
• exposição à poluição;
• ação de seres vivos (animais, homem e vegetais).

Por sua vez, na classificação da espécie de acidente impessoal é necessário considerar-se que, muitas vezes,
um acidente impessoal gera outro acidente impessoal, que, por sua vez, pode gerar outro acidente impessoal
e assim por diante, sendo cada um desses acidentes impessoais capaz de gerar um ou mais acidentes
pessoais.

Exemplo: um galpão que armazena inflamáveis, atingido por um raio (primeiro acidente impessoal)
incendeia-se (segundo acidente impessoal) e, em virtude desse incêndio, cai a rede elétrica externa (terceiro
acidente impessoal), atingindo alguém (acidente pessoal), que sofre choque elétrico (lesão pessoal).

Nesse sentido, define-se o termo “espécie de acidente impessoal (espécie)” como a caracterização da
ocorrência de acidente impessoal de que resultou ou poderia ter resultado acidente pessoal. E o termo
“acidente inicial” como o acidente impessoal desencadeador de um ou mais acidentes.

Deve ficar claro que o acidente impessoal não pode ser considerado causador direto da lesão pessoal, pois,
há, sempre, entre ele e a lesão um acidente pessoal intermediário, como mostrados nos exemplos do Quadro
a seguir.

Acidente impessoal Acidente pessoal


Lesão pessoal
(acidente inicial) (intermediário)
Queda de objeto Impacto sofrido por pessoa Fratura
Explosão de caldeira Contato com objeto ou substância a temperatura elevada Queimadura
(vapor)
Explosão de caldeira Impacto sofrido por pessoa (de fragmento da caldeira) Fratura
Explosão de caldeira Nenhum Nenhum
Inundação Imersão Afogamento
Inundação Picada de cobra Envenenamento
Inundação Contato com condutor elétrico Choque elétrico

Para fechar o subtópico, destaque-se que na classificação do acidente, deve-se, ainda, informar a ocorrência
de acidente de trajeto, assim entendido o acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para
o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de
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propriedade do empregado, desde que não haja interrupção ou alteração de percurso por motivo alheio
ao trabalho.

Entende-se como percurso o trajeto da residência ou do local de refeição para o trabalho ou desde para
aqueles, independentemente do meio de locomoção, sem alteração ou interrupção por motivo pessoal, do
percurso do empregado. Não havendo limite de prazo para que o empregado atinja o local de residência,
refeição ou de trabalho, deve ser observado o tempo necessário compatível com a distância percorrida e o
meio de locomoção utilizado.

Agora, veja como esses conhecimentos já foram explorados pelas bancas.

(CESPE-CEBRASPE / EBC-CORREIOS) Em uma oficina de manutenção de equipamentos eletromecânicos e


eletroeletrônicos, há situações de acidentes e de riscos ocupacionais relatadas pelo serviço de segurança.
Um eletricista, ao encostar sua pulseira na parte energizada de uma das tomadas de 220 V, sem ter antes
desligado a energia, sofreu choque elétrico durante a manutenção dessas tomadas. Um operador de
câmera teve seu pé direito atingido pelo aparelho quando este caiu de um pedestal. O mecânico, ao
desbastar uma peça no esmeril, teve os olhos atingidos por poeira. A secretária dessa oficina queixa-se do
ruído excessivo e do odor de solventes utilizados para a limpeza de peças, exalado durante quase toda a
jornada de trabalho.
Considerando essa situação hipotética, os riscos ocupacionais e a classificação dos riscos ambientais, julgue
os item subsequente.
A queda da citada câmera configurou um acidente impessoal.
Comentários: a proposição está ERRADA. Não pode ser impessoal, pois caiu no pé do operador: “um
operador de câmera teve seu pé direito atingido pelo aparelho quando este caiu de um pedestal”. Lembre-
se de que o acidente será impessoal quando não envolver o acidentado (quando não houver vítima do
acidente).
(CESPE-CEBRASPE / EBC-CORREIOS) Em função da importância da informação e a pedido da empresa, uma
equipe de jornalismo trabalhou, fora do horário normal de trabalho, em reportagem acerca de
alagamentos ocorridos devido a fortes chuvas. Ao atravessar uma avenida, um jornalista sofreu luxação
no pé esquerdo ao cair em um bueiro sem proteção. Ele foi socorrido e atendido em hospital local, tendo
ficado afastado de suas atividades por dez dias. Com relação à situação hipotética acima, julgue os itens
seguintes.
Classifica-se a luxação como o acidente pessoal sofrido pelo jornalista.
Comentários: a luxação classifica-se como lesão pessoal, a queda no bueiro é que pode ser classificada como
acidente pessoal. Logo, a proposição está ERRADA.

1.2.3 Classificação do acidente quanto à gravidade

De acordo com o Guia de Análise de Acidentes de Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (2010), em
função de suas a consequências, o acidente do trabalho pode ser classificado em:

a) fatal: morte ocorrida em virtude de eventos adversos relacionados ao trabalho;


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b) grave: amputações ou esmagamentos, perda de visão, lesão ou doença que leve a perda permanente
de funções orgânicas (por exemplo: pneumoconioses fibrogênicas, perdas auditivas), fraturas que
necessitem de intervenção cirúrgica ou que tenham elevado risco de causar incapacidade
permanente, queimaduras que atinjam toda a face ou mais de 30% da superfície corporal ou outros
agravos que resultem em incapacidade para as atividades habituais por mais de 30 dias;
c) moderado: agravos à saúde que não se enquadrem nas classificações anteriores e que a pessoa
afetada fique incapaz de executar seu trabalho normal durante três a trinta dias;
d) leve: todas as outras lesões ou doenças nas quais a pessoa acidentada fique incapaz de executar seu
trabalho por menos de três dias;
e) prejuízos financeiros: dano a uma propriedade, instalação, máquina, equipamento, meio-ambiente
ou perdas na produção.

1.2.4 Causas do acidente

O(s) responsável(eis) pela condução da investigação e análise do acidente do trabalho deverá considerar no
estudo3 da(s) causa(s) do acidente, entre outros, os seguintes aspectos: o agente do acidente e a fonte da
lesão.

Entende-se por agente do acidente (agente) a coisa, substância ou ambiente que, sendo inerente à condição
ambiente (ou ambiental) de insegurança4, tenha provocado o acidente.

Como exemplo, um ruído de alta intensidade em um galpão industrial pode ser considerado um fator
ambiental de insegurança (um agente do acidente) capaz de inibir a percepção auditiva do trabalhador no
caso de uma situação de risco, como é o caso de ocorrência de atropelamentos por empilhadeiras que,
quando estão em marcha ré, emitem sinais sonoros para evitar que trabalhadores fiquem no ponto cego do
motorista.

Colocando de outra forma, o agente do acidente (agente) indicar a coisa, substância ou ambiente a que se
relaciona a condição de insegurança. Não se indica como agente do acidente coisa que, no momento do
acidente, constituía estrutural e fisicamente, parte de alguma outra, mesmo quando dela se projetou ou se
destacou imediatamente antes do acidente.

Adicionalmente, na classificação do agente do acidente, deve-se considerar, ainda:

• quando se classificar a condição ambiente de insegurança como "inexistente" ou "indeterminada", a


classificação do agente do acidente deve ser "inexistente" ou "indeterminado";

3
Além de indicá-los no estudo do acidente (formulário).
4
Condição ambiente de insegurança (condição ambiente): condição do meio que causou o acidente
ou contribuiu para sua ocorrência.
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• a característica do "agente do acidente" é apresentar condição ambiente de insegurança e ter


contribuído para a ocorrência do acidente. Sua escolha é baseada apenas nesse fato, sem se
considerar se provocou ou não a lesão;
• a relação entre a condição ambiente de insegurança e o agente do acidente é tal que, quando as duas
classificações são comparadas, a condição ambiente indica, necessariamente, o agente do acidente;
• o agente do acidente pode ser ou não coincidente com a fonte da lesão. As duas classificações são
inteiramente independentes uma da outra.

Por sua vez, a fonte da lesão indica coisa, substância, energia ou movimento do corpo que diretamente
provocou a lesão (previamente indicada por sua natureza).

Perceba a diferença: no exemplo do acidente com empilhadeira em ambiente ruidoso, o ruído é o agente do
acidente, ao passo que o movimento da empilhadeira (atropelamento) é a fonte direta da lesão.

Se uma lesão resultar do contato violento com dois ou mais objetos, simultaneamente ou em rápida
sequência, sendo impossível determinar qual foi o objeto que diretamente produziu a lesão, escolher a fonte
da lesão na forma seguinte:

a) quando a opção for entre um objeto em movimento e outro parado, escolher o objeto em
movimento;
b) quando a opção for entre dois objetos em movimento ou entre objetos parados, escolher o objeto
tocado por último;
c) indicar "movimento do corpo" como fonte da lesão, apenas quando a lesão tiver resultado,
exclusivamente, de tensão provocada por movimento livre do corpo ou suas partes (voluntário ou
involuntário) ou de posição do corpo forçada ou anormal. Compreendem-se, aí, os casos de
distensões, luxações, torções, que tenham resultado de esforços diversos, inclusive os necessários
para retomar o equilíbrio, desde que a perda de equilíbrio não culmine em queda ou em contato
violento com um objeto acima da superfície de sustentação;
d) não indicar "movimento do corpo" como fonte da lesão se esta tiver ocorrido durante uma queda,
ou se tiver decorrido de batida em um objeto qualquer, ou do ato de levantar, empurrar, puxar,
manusear ou arremessar objetos. No caso de queda, indicar a superfície ou o objeto sobre o qual o
corpo da pessoa veio a parar. No caso de levantar, empurrar, puxar, manusear ou arremessar um
objeto, indicar o objeto sobre o qual o esforço físico foi exercido;
e) se, em decorrência de acidente com veículo, uma pessoa que estava nesse veículo sofrer lesão,
indicar o veículo como fonte da lesão;
f) deve ser assegurada relação entre a fonte da lesão e a natureza da lesão, que possibilite a análise
comparativa desses elementos.

Agora, para ficar claro a diferença entre agente do acidente e fonte da lesão, veja os exemplos no Quadro a
seguir. Como já colocado, agente do acidente pode ser ou não coincidente com a fonte da lesão, sendo as
duas classificações inteiramente independentes uma da outra.
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Agente do acidente Fonte da lesão


Serra Serra
Tesoura, guilhotina, máquina de cortar Tesoura, guilhotina, máquina de cortar
Prensa Prensa
Equipamento de aquecimento (forno, estufa, O equipamento não deve ser considerado fonte da lesão
aquecedor de água etc.) e sim o calor.
O equipamento elétrico não deve ser considerado fonte
Equipamento elétrico
da lesão e sim a energia elétrica.
Equipamento emissor de radiação ionizante não deve ser
Equipamento emissões de radiação ionizante
considerado fonte da lesão e sim a radiação ionizante.
Equipamento emissor de radiação não O equipamento não deve ser considerado fonte da lesão
ionizante e sim a radiação não ionizante.

Como você pode perceber dos exemplos trazidos no Quadro anterior, as manifestações de energia não
devem ser consideradas "agentes do acidente" mas "fonte da lesão". Nesse casos, o agente do acidente é
o equipamento correspondente.

Entendidos esses conceitos iniciais, principalmente a diferença entre o agente do acidente e fonte da lesão,
podemos estudar as principais causas de acidentes, que são:

• fator pessoal de insegurança;


• ato inseguro;
• condição insegura;
• negligência, imprudência e imperícia.

A principal finalidade de se realizar essa classificação (esse enquadramento) é se distinguir os casos de falta
de conhecimento ou experiência e os de desajustamentos, uma vez que cada um merece uma correção
diferente.

No processo de identificação dessas causas é importante evitar a aplicação de raciocínio imediato, ou seja,
ater-se simplesmente a causas que levaram diretamente à ocorrência do acidente, isso porque fatores
complementares de identificação das causas de acidentes também devem ser levados em consideração.

Esses fatores complementares têm sua importância no processo de análise como, por exemplo, a não
utilização ou inexistência do Equipamento de Proteção Individual – EPI ou sistema de proteção coletiva ou o
não fornecimento de EPIs.

É imprescindível a visualização do processo em cadeia sequencial, ou seja, a identificação de fatores pessoais


e causas que se apresentam como básicas à ocorrência das causas imediatas.

Para a clara visualização destes fatores básicos, deve-se sempre perguntar o “por quê”, ou seja, por que o
empregado deixou de usar o EPI disponível? Liderança inadequada? Engenharia inadequada? Estes são
exemplos de fatores básicos que devem ser identificados.
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Do mesmo modo, também são indispensáveis a apuração das “causas gerenciais” e da origem das mesmas.
Essas causas se apresentam no dia a dia como procedimentos que caracterizam a “falta de controle”, como,
por exemplo, a inexistência de padrões ou procedimentos (não existem normas ou regras que digam como
a tarefa deva ser executada), e a existência de padrões ou procedimentos adequados, porém não cumpridos.

Agora, veja como esses conhecimentos já foram explorados pelas bancas.

(CESPE-CEBRASPE / MPU / 2010) No mês de junho, uma empresa de manutenção predial designou uma
equipe para proceder à limpeza de um prédio recém-construído. Para a limpeza da fachada desse prédio,
foi utilizada uma grua motorizada, operada por dois empregados. Durante manobra para deslocamento
horizontal, o equipamento atingiu uma janela no décimo pavimento e quebrou a vidraça. Dois membros
da equipe que limpavam o interior do prédio, nesse andar, sofreram cortes no rosto e no braço causados
por estilhaços de vidro, tendo ficado afastados do trabalho durante catorze dias. Um dos operadores da
grua sofreu escoriações na perna direita e ficou afastado de suas atividades normais do dia 12 ao dia 25
do mês de junho. Adicionalmente a esses acidentes, a mesma empresa registrou em relação a um total de
100.000 horas-homem de exposição ao risco, durante o mês de junho, oito acidentes que não implicaram
afastamento de empregados.
Com base na situação hipotética acima, nas NRs, na NBR n.º 14.280/ABNT, que trata de cadastro de
acidentes do trabalho, e na legislação previdenciária, julgue o item que se segue.
A causa do acidente ocorrido com os empregados no interior da edificação deve ser atribuída à grua.
Comentários: a causa direta do acidente não foi a grua e sim os estilhaços de vidro projetados sobre os
trabalhadores. Logo, a proposição está ERRADA.

1.2.4.1 Fator pessoal de insegurança

O fator pessoal de insegurança, ou simplesmente fator pessoal é a causa relativa ao comportamento


humano que pode levar à ocorrência do acidente ou à prática de um ato inseguro.

Por exemplo, o comportamento inseguro e indisciplinado de um trabalhador (fator pessoal de insegurança)


pode contribuir decisivamente para que ele opte pelo não uso óculos de proteção (ato inseguro por omissão)
ao operar uma esmerilhadeira e venha a sofrer um acidente do qual decorra lesão ocular.

Na condução da análise do acidente, a pesquisa do fator pessoal de insegurança apresenta, em geral, alguma
dificuldade, o que não deve, no entanto, constituir motivo de desestímulo a essa pesquisa, que pode ensejar
a eliminação de muitos atos inseguros.

Agora, trago alguns exemplos classificados como fator pessoal de insegurança:

• falta de conhecimento ou experiência;


• falta de experiência ou especialização;

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• desajustamento físico: deformidade, hérnia preexistente, debilidade muscular, debilidade


esquelética, debilidade orgânica, deficiência visual, deficiência auditiva, deficiência olfativa, doença
degenerativa, insensibilidade cutânea, fadiga;
• desajustamento emocional ou mental: alcoolismo e toxicomania, agressividade, excitabilidade e
impulsividade, alteração mental (loucura), distúrbio emocional, disritmia cerebral, deficiência
intelectual.

1.2.4.2 Ato inseguro

O ato inseguro corresponde a ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou
favorecer a ocorrência de acidente. Na caracterização do ato inseguro, para fins de investigação de
acidentes, deve-se levar em consideração o seguinte:

a) o ato inseguro pode ser algo que a pessoa faz quando não deve fazer, ou deveria fazer de outra
maneira, ou, ainda, algo que deixou de fazer quando deveria ter feito;
b) o ato inseguro tanto pode ser praticado pelo próprio acidentado como por terceiros;
c) a pessoa que pratica pode fazê-lo consciente ou não de estar agindo inseguramente;
d) quando o risco já vinha existindo por certo tempo, anteriormente à ocorrência do acidente – sendo
razoável esperar-se que durante esse tempo a administração o descobrisse e eliminasse – o ato que
criou esse risco não deve ser considerado ato inseguro, pois o ato inseguro deve estar intimamente
relacionado com a ocorrência do acidente, no que diz respeito ao tempo5;
e) o ato inseguro não significa, necessariamente, desobediência às normas ou regras constantes de
regulamentos formalmente adotados, mas também se caracteriza pela não observância de práticas
de segurança tacitamente aceitas. Na sua caracterização cabe a seguinte pergunta: nas mesmas
circunstâncias, teria agido do mesmo modo uma pessoa prudente e experiente?
f) a ação pessoal não deve ser classificada como ato inseguro pelo simples fato de envolver risco. Por
exemplo: o trabalho com eletricidade ou com certas substâncias perigosas envolve riscos óbvios, mas,
embora potencialmente perigoso, não deve ser considerado, em si, ato inseguro. Será, no entanto,
considerado ato inseguro trabalhar com eletricidade e com tais substâncias, sem a observância das
necessárias precauções;
g) só se deve classificar uma ação pessoal como ato inseguro quando tiver havido possibilidade de
adotar processo razoável que apresente menor risco. Por exemplo: se o trabalho de uma pessoa exigir
a utilização de certa máquina perigosa, não provida de dispositivo de segurança, isso não deve ser
considerado ato inseguro. Entretanto, será considerada ato inseguro a operação de máquina dotada
de dispositivo de segurança, quando tiver sido esse dispositivo retirado ou neutralizado pelo
operador (quando o trabalhador praticar a burla do sistema de segurança); e

5
Por exemplo, quando o trabalhador vem deixando de utilizar o EPI há algum tempo, a lesão dai
resultante não se deve ao ato inseguro do trabalhador (por omissão), trata-se nesse caso, de negligência
do empregador.
14

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h) os atos de supervisão, tais como decisões e ordens de chefe no exercício de suas funções, não devem
ser classificados como atos inseguros. Assim, também, nenhuma ação realizada em obediência a
instruções diretas de supervisor deve ser considerada ato inseguro.

Agora, trago alguns exemplos classificados como ato inseguro (não se preocupe em decorar isso, apenas leia
os exemplos para melhor compreensão):

• ações: usar equipamento de maneira imprópria; usar material ou equipamento fora de sua
finalidade; sobrecarregar (andaime, veículos);
• usar equipamento inseguro: equipamento visivelmente defeituoso ou identificado como tal. Não
inclui o uso de material naturalmente perigoso, a não ser que esteja visivelmente defeituoso. Não
inclui, também, o uso de material ou equipamento defeituoso, se o defeito não for do conhecimento
do usuário;
• tornar inoperante ou ineficiente dispositivo de segurança: desligar ou remover dispositivo de
segurança; bloquear, tampar, amarrar dispositivo de segurança; desregular dispositivo de segurança;
substituir dispositivo de segurança por outro de capacidade inadequada (por exemplo: fusível ou
disjuntor de amperagem mais alta, válvula de segurança inadequada); tornar inoperante dispositivo
de segurança;
• usar mão ou outra parte do corpo impropriamente: manusear objeto de maneira insegura;
manusear objeto de maneira errada; usar mão em vez de ferramenta (para abastecer, regular,
consertar, limpar);
• assumir posição ou postura inadequada: entrar em tanque, silo ou outro compartimento confinado
sem permissão da supervisão; expor-se, desnecessariamente, ao alcance de objeto ou equipamento
em movimento; expor-se, desnecessariamente, à carga suspensa ou oscilante; movimentar carga de
maneira imprópria; transportar-se em posição insegura (em plataforma, em traseira ou estribo de
veículo, no garfo de empilhadeira, em parte móvel de guindaste);
• trabalhar ou operar em velocidade insegura: correr; operar, com velocidade insegura, equipamento
móvel, inclusive veículo, em área de trabalho, exceto dirigir incorretamente em rua ou estrada dessa
área; abastecer depressa demais; saltar de ponto elevado de veículo, de plataforma; jogar objeto em
vez de carregá-lo ou passá-lo;
• limpar, lubrificar, regular ou consertar equipamento em movimento, ligado à eletricidade ou sob
pressão (não inclui ato determinado pela supervisão): limpar, lubrificar ou regular equipamento em
movimento; trabalhar em equipamento elétrico energizado (motor, gerador, linha); calafetar ou
vedar equipamento sob pressão (recipiente sob pressão, válvula, conexão, tubo); soldar, consertar
tanque, recipiente ou equipamento, sem permissão da supervisão, na presença de substância
perigosa;
• colocar, misturar, de maneira insegura: colocar material, ferramenta, sucata, de maneira insegura,
isto é, de modo a criar risco de tropeço, batida, escorregão; colocar de maneira insegura veículo ou
equipamento de transporte de material (por exemplo: estacionar, parar ou deixar veículo, elevador
ou transportador em posição insegura, para carregar ou descarregar); misturar ou injetar substância

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de modo a criar risco de explosão ou incêndio (por exemplo: injetar água fria em caldeira quente,
derramar água sobre ácido sulfúrico);
• fazer brincadeiras ou exibição (distrair, importunar, irritar, assustar, atirar coisas, exibir-se);
• agredir pessoas;
• dirigir incorretamente: dirigir em velocidade inadequada (alta ou baixa); não manter distância;
ultrapassar irregularmente; entrar ou sair de veículo do lado do trânsito; desrespeitar a sinalização
de trânsito; desrespeitar regras preferenciais; não sinalizar para parar, dobrar ou dar marcha à ré;
dobrar irregularmente;
• omissões;
• deixar de usar vestimenta segura (trabalhar descalço ou com calçado inadequado, usar gravata,
cabelo solto, roupa muito folgada, salto alto);
• deixar de usar os EPIs disponíveis;
• deixar de prender, de desligar ou de sinalizar: deixar de desligar equipamento que não esteja sendo
usado; deixar de trancar, bloquear ou prender veículo, chave, válvula, prensa, outras ferramentas,
materiais e equipamentos, contra a ocorrência inesperada de movimento, de passagem de corrente
elétrica, de fluxo de vapor; deixar de colocar cartaz, aviso, etiqueta de advertência; deixar de sinalizar
ao soltar ou movimentar carga; deixar de sinalizar ao dar partida ou parar equipamento ou veículo
na área de trabalho;
• deixar de verificar a ausência de tensão em equipamento elétrico;
• deixar de aterrar circuito elétrico; e
• descuidar-se na observação do ambiente, como, por exemplo, ao pisar.

Destaque-se, ainda, que após classificados a espécie e o tipo de acidente, deve-se fazer constar, quando
houver, o ato inseguro que diretamente causou ou permitiu a ocorrência do acidente. Fazer constar o ato
inseguro, quando houver, mesmo que alguma condição ambiente de insegurança tenha também contribuído
para a ocorrência do acidente.

Agora, veja como esses conhecimentos já foram explorados pelas bancas.

(FAUEL / PREF. MARINGÁ-PR) De acordo com a NBR 14280 cadastro de acidente do trabalho –
Procedimento e classificação, no item 2.8 Causas do acidente, assinale a alternativa CORRETA sobre o que
é “Ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou favorecer a ocorrência de
acidente”.
(A) Ato inseguro
(B) Fonte da lesão
(C) Condição Ambiente
(D) Fator impessoal
Comentários: o enunciado traz a definição de ato inseguro, pelo que a alternativa A está correta e é o
gabarito da questão.

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1.2.4.3 Condição insegura

A condição ambiente de insegurança, ou simplesmente condição insegura é a condição do meio que causou
o acidente ou que contribuiu para sua ocorrência.

Na análise da condição ambiental ou fator ambiental de insegurança deve-se incluir tudo o que se refere ao
meio, desde a atmosfera do local de trabalho até as instalações, equipamentos, substâncias utilizadas,
medidas de proteção adotadas e métodos de trabalho empregados.

São riscos gerais do local de trabalho, que afetam a todos os que trabalham na área, de maneira geral,
independente de suas atribuições. Só devem ser indicados como causa do acidente quando não for
aplicável qualquer outra condição ambiente de insegurança mais específica.

Na caracterização da condição ambiente de insegurança, deve-se levar em consideração o seguinte:

a) a classificação da condição ambiente determina, em geral, automaticamente, a classificação do


agente do acidente. Assim sendo, ambos devem ser classificados simultaneamente;
b) na indicação da condição ambiente, fazê-lo sem considerar origem ou viabilidade de correção;
c) não omitir a indicação da condição ambiente, apenas por ter o acidente resultado de ato inseguro ou
de violação de ordens ou instruções ou, ainda, por não se conhecer meio efetivo de eliminar o risco;
d) o risco criado por ato de supervisão deve ser classificado como condição ambiente de insegurança;
e) não indicar como condição ambiente defeito físico ou qualquer deficiência pessoal;
f) a condição ambiente deve relacionar-se diretamente com a espécie ou tipo de acidente e com o
agente do acidente;
g) indicar somente a condição ambiente que causou ou permitiu a ocorrência do acidente considerado.
Ao designar essa condição, ater-se exclusivamente a considerações relacionadas com o meio, com
todas as suas características ecológicas, e não aos aspectos ligados às atividades individuais.

Agora, trago alguns exemplos classificados como condição ambiental de insegurança ou condição insegura
(não se preocupe em decorar isso, apenas leia os exemplos para melhor compreensão):

• riscos relativos ao ambiente, que afetam a todos os que trabalham na área, de maneira geral,
independente de suas atribuições;
• problemas de espaço e circulação: insuficiência de espaço para o trabalho; insuficiência de espaço
para movimentação de objetos e pessoas; passagem e saída inadequadas, por motivos outros que
não a insuficiência de espaço; controle inadequado de trânsito nas dependências do empregador
(manutenção de vias de trânsito, iluminação de cruzamentos ou esquinas sem visibilidade e desvio
de trânsito de locais perigosos);
• ventilação inadequada;
• existência de ruído;
• existência de vibração;

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• iluminação inadequada;
• ordem e limpeza inadequadas;
• defeitos do agente: características indesejáveis ou impróprias, como uma ferramenta cega, quando
deveria estar afiada. Não classificar como defeito a característica adequada e necessária do agente
estar bem afiado;
• colocação perigosa: posição inadequada; empilhamento inadequado; má fixação contra movimento
indesejável (exceto empilhamento inadequado);
• proteção coletiva inadequada ou inexistente: falta de escoramento ou escoramento inadequado em
mineração, escavação, construção; equipamento não eletricamente aterrado e/ou não eletricamente
isolado; conexão elétrica, chaves elétricas descoberta; equipamento elétrico sem identificação ou
inadequadamente identificado; sem blindagem para radiação; com blindagem inadequada para
radiação; material radioativo sem identificação ou inadequadamente identificado;
• método ou procedimento arriscado: abrange os atos que seriam considerados atos inseguros, se não
fossem determinados pela chefia, tais como: uso de material ou equipamento potencialmente
perigoso (não defeituoso); emprego de ferramenta ou equipamento inadequado ou impróprio (não
defeituoso); emprego de método ou procedimento potencialmente perigoso; escolha imprópria de
pessoal (exceto quando decorrente de fator pessoal de insegurança); ajuda inadequada em caso de
levantamento de objeto pesado;
• risco relativo ao vestuário ou equipamento de proteção individual: falta do adequado equipamento
de proteção individual; vestuário impróprio ou inadequado;
• risco inerente a ambiente de trabalho externo;
• risco inerente a dependências inseguras, de terceiros;
• risco inerente a material ou equipamento inseguro de terceiros;
• outros riscos relacionados com a propriedade ou a atividade de terceiros;
• riscos da natureza: risco relacionado com irregularidade ou instabilidade de terreno, exposição aos
fenômenos da natureza, presença de animais;
• risco relacionado com ambiente público;
• risco relacionado com o transporte público (quando passageiro de veículo público); e
• risco relacionado com o trânsito (nas ruas, estradas ou rodovias públicas).

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Agora, vamos a um...


Causa Definição Exemplos
Trabalhador apresenta comportamento
Causa relativa ao comportamento
Fator inseguro e é indisciplinado. Falta de
humano, que pode levar à ocorrência do
pessoal conhecimento ou experiência. Desajustamento
acidente ou à prática do ato inseguro.
físico, emocional ou mental.
Trabalhador age em desconformidade com as
Corresponde à ação ou omissão que,
normas de secionamento de circuitos elétricos
Ato contrariando preceito de segurança, pode
(ato inseguro por ação). Trabalhador não utiliza
inseguro causar ou favorecer a ocorrência de
óculos de proteção ao esmerilhar uma peça
acidente.
metálica (ato inseguro por omissão).
Encarregado solicita ao trabalhador que realize
Condição Condição do meio que causou o acidente trabalho em altura sem os equipamentos de
insegura ou que contribuiu para sua ocorrência. proteção adequados. Ambiente com ruído
excessivo. Piso escorregadio.

AS causas de acidentes estão principalmente relacionadas aos atos inseguros e às


condições inseguras.

Essas são as causas de acidentes previstas na NBR 14.280: Adicionalmente, as bancas também costumam
explorar os conceitos dos termos negligência, imprudência e imperícia como causas de acidentes, então
vamos a eles.

Agora, veja como esses conhecimentos já foram explorados pelas bancas. Preste bastante atenção nesse
questão!

(FCC / METRÔ-SP) A ocorrência de um acidente é ocasionada por diversos fatores, dentre os quais estão
os fatores pessoais e os atos, que são classificados, respectivamente, como
(A) padrões inadequados e insubordinação.

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(B) causas básicas e causas imediatas.


(C) falta de controle e causas intermediárias.
(D) causas intermediárias e causas imediatas.
(E) padrões inadequados e falta de controle.
Comentários: veja que a banca traz outro entendimento em relação àquele estabelecido pela NBR 14.280.
Para fins comparativos, os fatores pessoais são os fatores pessoais de insegurança e os atos, são o que vimos
como atos inseguros.
Alguns altores classificam os fatores pessoais como causas básicas e os atos como causas imediatas.
Entendem que os fatore pessoais contribuem com as causas básicas para os acidentes, ao passo que os atos
correspondem as causas imediatas.
Um exemplo, é um trabalhador indisciplinado. A indisciplina é um fator pessoal, e o ato de não utilizar um
EPI pode ser a causa imediata para que ele sofra uma lesão. Veja que a causa básica (indisciplina) resulta no
ato (causa imediata) do qual resulta a lesão. Guarde bem esse entendimento doutrinário!
Nesse caso, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.
(LS ASSESSORIA E PLANEJAMENTO ADMINISTRATIVO / PREF. BURITICUPU) Sobre os tipos de causas de
acidente relatadas na NBR 14280, assinale com V (verdadeiro) ou com F (falso) as seguintes definições. Em
seguida, assinale a alternativa que classifica corretamente as afirmativas.
( ) Fator pessoal de insegurança (fator pessoal): Causa relativa ao comportamento humano, que pode levar
à ocorrência do acidente ou à prática do ato inseguro;
( ) Ato inseguro: Ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou favorecer a
ocorrência de acidente;
( ) Condição ambiente de insegurança (condição ambiente): Condição do meio que causou o acidente ou
contribuiu para a sua ocorrência;
( ) Condição pessoal: Causa relativa a influência do meio no comportamento humano, que leva ao acidente
(A) F V F F. (B) F V V F. (C) V F V F. (D) V V V F. (E) V V V V.
Comentários: vamos analisar cada uma das afirmativas.
A primeira afirmativa é verdadeira. Como vimos “o fator pessoal de insegurança, ou simplesmente fator
pessoal é a causa relativa ao comportamento humano, que pode levar à ocorrência do acidente ou à prática
de um ato inseguro.
Por exemplo, o comportamento inseguro e indisciplinado de um trabalhador (fator pessoal de insegurança)
pode contribuir decisivamente para que ele decida pelo não uso óculos de proteção (ato inseguro por
omissão) ao operar uma esmerilhadeira e venha a sofrer um acidente do qual decorra lesão ocular.”
A segunda afirmativa é verdadeira. Como vimos “o ato inseguro corresponde a ação ou omissão que,
contrariando preceito de segurança, pode causar ou favorecer a ocorrência de acidente.”
A terceira afirmativa é verdadeira. Como vimos “a condição ambiente de insegurança, ou simplesmente
condição insegura é a condição do meio que causou o acidente ou que contribuiu para sua ocorrência.”
A quarta afirmativa é falsa. Lembre-se que condição pessoal = fator pessoal de insegurança. Vide comentário
da alternativa A.

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Portanto, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

1.2.4.4 Negligência, imprudência e imperícia

Por negligência entenda a falta de cuidado ou desleixo relacionado a uma situação. A imprudência consiste
em uma ação que não foi pensada, feita sem precauções. Por sua vez, a imperícia é a falta de habilidade
específica para o desenvolvimento de uma atividade técnica ou científica.

Negligência Imprudência Imperícia


Falta de reflexão ou precipitação
Falta de cuidado e desleixo
em tomar atitudes diferentes Falta de conhecimento ou
proposital em determinada
daquelas aprendidas ou habilidade específica para o
situação. Falta de ação
esperadas. Ação indevida. desenvolvimento de uma
necessária. É negativa, ou
Ausência de precaução ou atividade científica ou
Definição seja, o sujeito deixa de fazer
indiferença em relação ao ato técnica. Falta de habilidade
algo. Tem a ver com a falta de
realizado. É positiva, ou seja, o técnica. Tem a ver com a
cuidado, omissão ou
sujeito pratica uma ação. Tem a ausência de conhecimento,
desatenção ao realizar a
ver com ação sem precaução ou de aptidão e de competência.
atividade
não pensada adequadamente.
Não observância das normas
Não utilizar o EPI adequado ao
de segurança do trabalho. Trabalhador operar uma
risco quando fornecido pelo
Burlar as medidas de máquina sem treinamento
empregador. Desrespeito à
Exemplos proteção coletivas prévio. Trabalhador conduz
sinalização de segurança.
implementadas. Supervisor empilhadeira sem habilitação
Consumo de bebida alcoólica
que não liga para o necessária.
em horário de trabalho.
subordinado que não usa EPI.

Agora, veja como esses conhecimentos já foram explorados pelas bancas.

(CETRO / AMAZUL) É correto afirmar que a causa de acidente por imperícia é:


(A) a ausência de precaução ou indiferença em relação ao ato realizado.
(B) negativa, ou seja, o sujeito deixa de fazer algo.
(C) a prática de um ato perigoso em que se realiza uma conduta que a cautela indica que não deve ser
realizada.
(D) a falta de aptidão para o exercício de arte ou profissão.
(E) positiva, ou seja, o sujeito pratica uma ação.
Comentários: a questão exige basicamente que o candidato soubesse diferenciar os conceitos de
imprudência, negligência e imperícia.
A alternativa A está incorreta. A realização de um ato com ausência de precaução ou indiferença ao em
relação ao trabalho relaciona-se com o conceito de imprudência. Note que um ato imprudente foi realizado.
A alternativa B está incorreta. “Deixar de fazer algo” está relacionado à negligência, isto é, à falta de ações
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de precaução por parte do trabalhador.


A alternativa C está incorreta. A prática de um ato perigoso em que se realiza uma conduta que a cautela
indica que não deve ser realizada está relacionada à ideia de imprudência. Perceba que o ato perigoso e não
recomendado foi tomado, isto é, uma ação imprudente foi realizada.
A alternativa D está certa e é o gabarito da questão. A imperícia está precisamente relacionada à ideia de
falta de aptidão ou habilidade técnica para o exercício da tarefa.
A alternativa E está incorreta. A prática de uma ação está relacionada à ideia de imprudência, no caso de ser
uma ação contrária às recomendações de segurança.

1.2.5 Consequências do acidente

Após classificá-lo e identificar suas causas, o investigador/analista do acidente deverá indicar a(s)
consequência(s) do acidente, que pode ser subdividida em: consequências em função da natureza da lesão
e em função da necessidade ou não de afastamento do trabalho.

A natureza da lesão é uma expressão que identifica a lesão, segundo suas características principais. Nessa
subdivisão as consequências do acidente podem ser:

a) lesão pessoal: qualquer dano sofrido pelo organismo humano, como consequência do acidente do
trabalho;
b) lesão imediata: lesão que se manifesta no momento do acidente;
c) lesão mediata (lesão tardia): lesão que não se manifesta imediatamente após a circunstância
acidental da qual resultou;
d) doença do Trabalho: doença decorrente do exercício continuado ou intermitente de atividade
laborativa capaz de provocar lesão por ação mediata;
e) doença Profissional: doença do trabalho causada pelo exercício de atividade específica, constante de
relação oficial6; e
f) morte: cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida, independentemente do tempo
decorrido desde a lesão.

Em função da necessidade ou não de afastamento do trabalho em decorrência do, o acidente pode ser dar
origem a:

a) lesão com afastamento (lesão incapacitante ou lesão com perda de tempo): lesão pessoal que
impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte
incapacidade permanente;

6
Relação estabelecido pela Previdência Social em conjunto com o Ministério da Saúde. Atualmente consta
do Decreto n.° 3.048/1999.
22

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b) lesão sem afastamento (lesão não incapacitante ou lesão sem perda de tempo): lesão pessoal que
não impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente, desde que não haja
incapacidade permanente;
c) incapacidade permanente total: perda total da capacidade de trabalho, em caráter permanente, sem
morte.
Causa essa incapacidade as lesões que, não provocando a morte, impossibilitam o acidentado,
permanentemente, de trabalhar ou da qual decorre a perda total do uso ou a perda propriamente
dita, entre outras, as de:
• ambos os olhos;
• um olho e uma das mãos ou um olho e um pé; ou
• ambas as mãos ou ambos os pés ou uma das mãos e um pé.
d) incapacidade permanente parcial: redução parcial da capacidade de trabalho, em caráter
permanente que, não provocando morte ou incapacidade permanente total, é causa de perda de
qualquer membro ou parte do corpo, perda total do uso desse membro ou parte do corpo, ou
qualquer redução permanente de função orgânica;
e) incapacidade temporária total: perda total da capacidade de trabalho de que resulte um ou mais
dias perdidos, excetuados a morte, a incapacidade permanente parcial e a incapacidade permanente
total.

Devem ser evitadas as expressões "acidente com afastamento" e "acidente sem


afastamento", usadas impropriamente para significar, respectivamente, "lesão com
afastamento" e "lesão sem afastamento".

Vale destacar que para um mesmo acidente do trabalho mais de uma consequência precisa ser indicada
no formulário (relatório). Por exemplo, em um acidente que tenha como consequência lesão pessoal,
precisa-se indicar se dessa lesão resultou afastamento e, caso seja uma lesão com afastamento, indicar se
originou uma incapacidade (temporária ou permanente).

Para facilitar a identificação das consequências, a NBR 14280 estabelece uma codificação quanto a
localização da lesão:

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Cód. Descrição
AT amputação traumática
C contusão
CO corpo estranho no olho
E escoriação
F ferida
FRE fratura exposta
FRN fratura não exposta
HI hemorragia interna
IR intoxicação por via respiratória
ID intoxicação por via digestiva
IC intoxicação por via cutânea
L luxação
PF perda de função
Q queimadura
T torção

Agora, veja como esses conhecimentos já forma explorados pelas bancas:

(CESPE-CEBRASPE / EBC-CORREIOS) Em função da importância da informação e a pedido da empresa, uma


equipe de jornalismo trabalhou, fora do horário normal de trabalho, em reportagem acerca de
alagamentos ocorridos devido a fortes chuvas. Ao atravessar uma avenida, um jornalista sofreu luxação
no pé esquerdo ao cair em um bueiro sem proteção. Ele foi socorrido e atendido em hospital local, tendo
ficado afastado de suas atividades por dez dias. Com relação à situação hipotética acima, julgue os itens
seguintes.
O acidente sofrido pelo jornalista não caracterizou lesão imediata.
Comentários: como não? O enunciado é claro ao afirmar que “ao atravessar uma avenida, um jornalista
sofreu luxação no pé esquerdo ao cair em um bueiro sem proteção. Ele foi socorrido e atendido em hospital
local, tendo ficado afastado de suas atividades por dez dias”. Logo, a proposição está ERRADA.
O acidente ocorrido enquadra-se na categoria de incapacidade temporária total.
Comentários: de fato, vimos que a “incapacidade temporária total é perda total da capacidade de trabalho
de que resulte um ou mais dias perdidos, excetuados a morte (...)”. Foi exatamente isso que aconteceu com
o jornalista: ficou afastado por 10 dias. Logo, a proposição está CERTA.
(CESGRANRIO / PETROBRÁS) O total de dias durante os quais o trabalhador fica incapacitado em
consequência de acidente, considerado como incapacidade temporária, é definido como
(A) dias perdidos
(B) dias computados por acidente
(C) coeficiente de frequência
(D) coeficiente de gravidade
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(E) sobrevida média do trabalhador acidentado


Comentários: vimos que a “incapacidade temporária total é perda total da capacidade de trabalho de que
resulte um ou mais dias perdidos, excetuados a morte, a incapacidade permanente parcial e a incapacidade
permanente total.”
Logo, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

1.3 Técnicas de investigação e análise de acidentes

Existe uma série de técnicas de investigação e análise de acidentes de trabalho. No Brasil, a técnica mais
empregada para essa finalidade é a Análise por Árvore de Causas.

Nesse sentido, vou me limitar a trazer apenas essas técnicas nessa aula, as demais serão abordadas em uma
aula específica dentro do bloco de Gerenciamento de Riscos, caso esse tema esteja previsto em seu edital.

1.3.1 Análise por Árvore de Causas – AAC

Cardella (2016) considera que a Análise por Árvore de Causas – AAC é uma variante da Análise por Árvore
de Falhas – AAF. A diferença fundamental entre a AAC e a AAF é que, enquanto a primeira utiliza fatos, ou
seja, eventos ocorridos, a segunda trabalha com eventos potenciais (de ocorrência provável).

Sendo assim, a AAC é considerada um “sensor do tipo II” no sistema de controle de riscos, ou seja, trabalha
no controle posterior às ocorrências (a posteriori). A Árvore de Causas é um método de investigação de
acidentes em que a árvore, normalmente, é construída a partir do último evento, o acidente, a partir do qual
são definidos os antecedentes imediatos. Utiliza-se apenas do registro de fatos na estratificação temporal
das informações para a construção da árvore.

Figura 1.1: Aplicação de Análise por Árvore de Causa – o último evento (ferimento, que é o acidente) é a base
para a construção da árvore, a partir do qual ela será “montada” com os acontecimentos imediatos.
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Para alguns autores, a AAC é a técnica mais indicada para identificar fatores de acidentes do trabalho
(causas, circunstâncias e consequências) e suas inter-relações. Isso, pois, por ser baseada em fatos, ou seja,
em eventos já ocorridos, permite uma análise com mais detalhes das situações ocorridas. Na análise dos
fatos, a técnica mostra-se adequada para investigação de fatores organizacionais não previstos nas Normas
Regulamentadoras que contribuíram para a ocorrência do acidente.

Enquanto a AAF se baseia em eventos potenciais para analisar ocorrências indesejáveis


futuras, a AAC se baseia em fatos já ocorridos, por isso, é a técnica mais indicada para
identificar fatores de acidentes do trabalho (causas, circunstâncias e consequências) e
suas inter-relações.

Para a análise de um acidente ocorrido, utilizam-se dois questionários padrão: o primeiro consiste em
entrevista com os indivíduos acidentados, enquanto o segundo apresenta um formulário para análise do local
do acidente.

Assim como qualquer método baseado em “diagrama de árvore”, a AAC não é adequada para apurar quem
agiu com negligência, imperícia ou imprudência, contribuindo dessa forma para ocorrência do acidente, bem
como questões pessoais e familiares que o trabalhador acidentado vivenciava e que contribuíram para
ocorrência do acidente.

O conceito de variação é fundamental na metodologia da Árvore de Causas, o que significa que, em relação
ao desenrolar habitual da atividade, ou seja, sem ocorrência de acidente, alguma coisa se passou de forma
não habitual. Através da aplicação da AAC, pode-se identificar a variação em relação ao trabalho real que
levou a ocorrência do evento indesejado.

Na investigação e análise de acidentes pelo Método Árvore de Causas, os componentes que formam a
atividade são:

• indivíduo;
• tarefa;
• material; e
• meio de trabalho.

Destaque-se, ainda, que a AAC é um método prático de investigação de acidentes do trabalho, baseado na
teoria de sistemas e na pluricausalidade do fenômeno acidente, sendo o acidente considerado sintoma de
disfuncionamento do sistema sociotécnico (sistema social e técnico) aberto (ou seja, amplo, incluindo a
sociedade como um todo) constituído pela empresa.

Por fim, destaco alguns aspectos importantes, entre outros, na aplicação da AAC:

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• o conceito de variação é um dos elementos chave na investigação de acidente quando se utiliza o


método AAC;
• o juízo de valor elaborado por parte da equipe de investigação em relação aos fatos identificados NÃO
é um fator fundamental para construção da árvore de acidentes;
• a coleta de informações sobre o acidente deve ser realizada com a participação do trabalhador
acidentado, sempre que possível, para evitar que ele oculte fatos essenciais; e
• a questão a ser feita para construção da árvore a partir dos fatos coletados é “o que contribuiu para
a ocorrência do fato Y?

Agora, veja como esses conhecimentos já foram explorados pelas bancas:

(UFBA / UNILAB) A árvore de causas é um método de investigação de acidentes em que a árvore,


normalmente, é construída a partir do último evento, o acidente, a partir do qual são definidos os
antecedentes imediatos.
Comentários: a proposição está CERTA.
(CESPE-CEBRASPE / PREF. NATAL-RN) Um dos métodos utilizados na investigação e na análise de acidentes
de trabalho é o denominado árvore de causas. Acerca desse método, julgue o item a seguir.
Para a análise do acidente, utilizam-se dois questionários padrão: o primeiro consiste em entrevista com os
indivíduos acidentados, enquanto o segundo apresenta um formulário para análise do local do acidente.
Comentários: a proposição está CERTA.

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2 QUESTÕES

2.1 Questões sobre investigação de acidentes

01 (INSTITUTO CONSULPLAN / MPE-MG / 2023) A NBR 14280/2001 fixa critérios para registro,
comunicação, estatística, investigação e análise de acidentes do trabalho, suas causas e consequências,
aplicando-se a quaisquer atividades laborativas. Aplica-se a qualquer empresa, entidade ou
estabelecimento interessado no estudo do acidente do trabalho, suas causas e consequências. Tem como
finalidade identificar e registrar fatos fundamentais relacionados com os acidentes do trabalho, de modo
a proporcionar meios de orientação aos esforços prevencionistas, sem, entretanto, indicar medidas
corretivas específicas, ou fazer referência a falhas ou meios de correção das condições ou circunstâncias
que culminaram no acidente. Considerando a NBR 14280/2001, analise as afirmativas a seguir.

I. O acidente do trabalho é a ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o


exercício do trabalho, de que resulte ou possa resultar lesão pessoal. O acidente inclui tanto ocorrências que
podem ser identificadas em relação a um momento determinado quanto ocorrências ou exposições
contínuas ou intermitentes, que só podem ser identificadas em termos de período de tempo provável.

II. A avaliação da frequência e da gravidade dos acidentes deve ser feita em função do número de acidentes
ou de acidentados; das horas-homem de exposição ao risco; e, do tempo computado. Em relação às horas
de exposição ao risco, elas devem ser extraídas das folhas de pagamento ou quaisquer outros registros de
ponto, e consideradas apenas as horas trabalhadas, inclusive as extraordinárias.

III. Na identificação das causas do acidente deve-se usar a aplicação de raciocínio imediato, ou seja, ater-se
simplesmente a causas que levaram diretamente à ocorrência do acidente. Fatores imediatos de
identificação das causas de acidentes são os que devem ser levados em consideração na cadeia inicial e
sequencial.

IV. A condição ambiente de insegurança refere-se à condição do meio que causou o acidente ou contribuiu
para a sua ocorrência. O adjetivo “ambiente” inclui, aqui, tudo o que se refere ao meio, desde a atmosfera
do local de trabalho até instalações, equipamentos, substâncias utilizadas e métodos de trabalho
empregados.

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V. As causas do acidente têm sua importância no processo de análise como, por exemplo, a não utilização
ou existência do Equipamento de Proteção Individual (EPI) ou sistema de proteção coletiva e o não
fornecimento de EPI, mas não são suficientes para impedir novas ocorrências semelhantes.

Está correto o que se afirma apenas em

(A) III e IV. (B) I, II e III. (C) II, IV e V. (D) I, II, IV e V.

02 (FEPESE / PREF. BALNEÁRIO CAMBORIÚ-SC / 2023) Para a análise de acidentes de trabalho é necessário
o conhecimento de diferentes conceitos.

Associe os itens da coluna 1 com as definições apresentadas na coluna 2

Coluna 1 - Itens

1. Acidente pessoal

2. Fonte da lesão

3. Agente do acidente

4. Acidente inicial

Coluna 2 - Definição

( ) Acidente impessoal desencadeador de um ou mais acidentes.

( ) Coisa, substância, energia ou movimento do corpo que diretamente provocou a lesão.

( ) Coisa, substância ou ambiente que, sendo inerente à condição ambiente de insegurança, tenha provocado
o acidente.

( ) Acidente cuja caracterização depende de existir acidentado.

Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

(A) 1 • 2 • 3 • 4 (B) 2 • 4 • 1 • 3 (C) 3 • 4 • 1 • 2 (D) 4 • 2 • 1 • 3 (E) 4 • 2 • 3 • 1

03 (CESGRANRIO / ELETRONUCLEAR / 2022) Em uma usina nuclear, ocorreu um grave acidente de


trabalho. Uma comissão de especialistas coordenada pelo engenheiro de segurança do trabalho foi
estabelecida para realizar a investigação e a análise do acidente.

A comissão encontrou cinco causas imediatas do acidente, sendo que a causa considerada como um ato
abaixo do padrão, que contribuiu diretamente para a ocorrência do acidente, foi a(o)

(A) ferramenta defeituosa


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(B) iluminação excessiva

(C) operação à velocidade imprópria

(D) equipamento de proteção inadequado

(E) local de trabalho desorganizado

04 (AMEOSC / PREF. SÃO MIGUEL DO OESTE / 2022) Sobre os tipos de causas de acidente relatadas na NBR
14280, registre V, para verdadeiro, ou F, nas seguintes definições:

(__) Fator pessoal de insegurança (fator pessoal): Causa relativa ao comportamento humano, que pode levar
à ocorrência do acidente ou à prática do ato inseguro.

(__) Ato inseguro: Ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou favorecer a
ocorrência de acidente.

(__) Condição ambiente de insegurança (condição ambiente): Condição do meio que causou o acidente ou
contribuiu para a sua ocorrência.

(__) Condição pessoal: Causa relativa a influência do meio no comportamento humano, que leva ao acidente.

Após análise, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA dos itens acima, de cima para baixo:

(A) F, V, F, F. (B) V, F, V, F. (C) V, V, V, F. (D) F, V, V, F.

05 (IBFC / PREF. CONTAGEM-MG / 2022) Os acidentes ocorrem por diversas maneiras, podendo causar
danos pessoais e/ou materiais. O acidente também gera impacto à sociedade devido ao afastamento do
trabalho, no qual o custo recai sobre a sociedade através de tributação de imposto. Conforme descrito na
NBR-14280 - Cadastro de acidente do trabalho - Procedimento e classificação, assinale a alternativa que
apresenta a condição ambiente de insegurança.

(A) Condição do meio que causou o acidente ou contribuiu para a sua ocorrência

(B) Condição do meio que causou o incidente ou contribuiu para a sua prevenção

(C) Prevenção do meio que falhou e causou o acidente ou contribuiu para a sua proteção

(D) Característica do meio que não causou o acidente ou não contribuiu para a sua ocorrência

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06 (FAFIPA / PREF. LOANDA / 2021) De acordo com a NBR 14280, a afirmação "Acidente cuja caracterização
independe de existir acidentado, não podendo ser considerado como causador direto da lesão pessoal" é
designado à?

(A) Acidente impessoal.

(B) Acidente pessoal.

(C) Incidente.

(D) Acidente inicial.

07 (VUNESP / PREF. RIBEIRÃO PRETO-SP / 2021) Após um acidente na empresa, o SESMT foi informado de
que o funcionário acidentado vinha apresentando há semanas, atrasos, faltas frequentes e ficado mais
calado. Assinale a alternativa que apresenta o tipo de abordagem que deve ser assumida pela equipe como
parte da investigação do acidente.

(A) Conversar com o acidentado e verificar se ele está com algum tipo de problema, dentro ou fora da
empresa e recomendar a sua punição.

(B) Conversar com o acidentado, verificar se ele está com algum tipo de problema, dentro ou fora da empresa
e tentar entender, a partir do relato dele, o que aconteceu para que o acidente tenha ocorrido.

(C) Investigar a vida do acidentado fora da empresa, reconstituir o acidente e acompanhar o desempenho
do funcionário.

(D) Investigar a vida do acidentado fora da empresa, reconstituir o acidente e recomendar que o funcionário
seja suspenso.

(E) Investigar o acidente a partir do testemunho de outros trabalhadores e superiores hierárquicos e, se for
o caso, acompanhar o comportamento do funcionário.

08 (IBFC / EBSERH / 2020) Na NBR-14280- existe a nomenclatura de causas de acidentes como sendo por:
Ato Inseguro ou Condição Ambiente de Insegurança. Estas duas condições poderão levar a acidentes
graves e até fatais. Nos casos relatados a seguir, no que será configurado?

I. Barramento elétrico sem proteção de segurança o que ocasionou o acidente.

II. Empilhar material de forma errada, vindo cair e a ocasionar um acidente.

Assinale a alternativa correta.

(A) I - Ato Inseguro e II - Condição Ambiente de Insegurança


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(B) I - Condição Ambiente de Insegurança e II - Ato Inseguro

(C) Ambos são Condição Ambiente de Insegurança

(D) Ambos são Ato Inseguro

(D) Dependerá do parecer dos profissionais que analisarem independente das características apresentadas

09 (FUNDATEC / PREF. CRISTINÁPOLIS / 2020) De acordo com o Guia de Análise de Acidentes do Trabalho,
do Ministério do Trabalho e Emprego, acidentes de trabalho que tenham como consequências
amputações e esmagamentos ou perda da visão são classificados como:

(A) Desprezíveis. (B) Leves. (C) Moderados. (D) Graves. (E) Fatais.

10 (INSTITUTO AOCP / UFPR / 2019) Em relação ao acidente do trabalho, conforme norma técnica ABNT
NBR 14280:2001, assinale a alternativa correta.

(A) Um acidente do trabalho é uma ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada ao
exercício do trabalho, de que resulte ou possa resultar lesão pessoal.

(B) Um acidente de trajeto é aquele sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de
trabalho, desde que o veículo seja de propriedade da empresa.

(C) Um acidente impessoal é aquele cuja caracterização depende de existir acidentado.

(D) Quando existe uma omissão que contraria preceito de segurança e que favorece a ocorrência de um
acidente, pode-se afirmar que ela é uma causa de fator pessoal de insegurança.

(E) Um acidente pode ter como consequência a incapacidade permanente total que é a perda total da
capacidade de trabalho, em caráter permanente, com morte.

11 (UFMG / UFMG / 2019) O método de investigação de acidente Árvore de Causas (ADC) permite
identificar

(A) o conjunto de normas e regras que foram descumpridas e que explicam a ocorrência do acidente.

(B) fatores organizacionais não previstos nas Normas Regulamentadoras que contribuíram para a ocorrência
do acidente.

(C) quem agiu com negligência, imperícia ou imprudência, contribuindo dessa forma para ocorrência do
acidente.

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(D) questões pessoais e familiares que o trabalhador acidentado vivenciava e que contribuíram para
ocorrência do acidente.

12 (FAUEL / PREF. MARINGÁ-PR / 2019) Segundo a NBR 14280:2001, assinale a alternativa CORRETA para
a definição de “Análise do acidente”.

(A) Números relativos à ocorrência de acidentes, causas e consequências devidamente classificados.

(B) Estudo do acidente para a pesquisa de causas, circunstância e consequências.

(C) Informação que se dá aos órgãos interessados, em formulário próprio, quando da ocorrência de acidente.

(D) Tempo computado por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em determinado período.

Nesse caso, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

13 (INSTITUTO AOCP / PREF. SÃO BENTO DO SUL-SC / 2019) O acidente de trabalho por sua definição, de
acordo com a NBR 14280:2001, é a ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada
com o exercício do trabalho, que resulte ou possa resultar em lesão pessoal. A que, principalmente, as
causas de acidentes estão relacionadas?

(A) Fator pessoal de insegurança.

(B) Doença profissional.

(C) Ato inseguro e condição insegura.

(D) Condição do ambiente de segurança.

14 (FAUEL / PREF. MARINGÁ-PR / 2019) De acordo com a NBR 14280 cadastro de acidente do trabalho –
Procedimento e classificação, no item 2.8 Causas do acidente, assinale a alternativa CORRETA sobre o que
é “Ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou favorecer a ocorrência de
acidente”.

(A) Ato inseguro (B) Fonte da lesão (C) Condição Ambiente (D) Fator impessoal

15 (UFMG / UFMG / 2019) Segundo o método de investigação de acidente Árvore de Causas (ADC),
é CORRETO afirma

(A) O conceito de variação é um dos elementos chave na investigação de acidente quando se utiliza o método
ADC.

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(B) O juízo de valor elaborado por parte da equipe de investigação em relação aos fatos identificados é
fundamental para construção da árvore de acidentes.

(C) A coleta de informações sobre o acidente deve ser realizada sem a participação do trabalhador
acidentado para evitar que ele oculte fatos essenciais.

(D) A questão a ser feita para construção da árvore a partir dos fatos coletados é “Quem contribuiu para a
ocorrência do fato Y?

16 (PR-4 UFRJ / UFRJ / 2018) Segundo a NBR 14280, o conceito de doença profissional é:

(A) Doença decorrente do exercício continuado ou intermitente de atividade laborativa capaz de provocar
lesão por ação mediata.

(B) Doença do trabalho causada pelo exercício de atividade específica, constante de relação oficial.

(C) Cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida, independentemente do tempo decorrido desde
a lesão.

(D) Condição do meio que causou o acidente ou contribuiu para a sua ocorrência.

(E) Acidente impessoal desencadeador de um ou mais acidentes.

17 (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / 2018) Em uma base de armazenamento de botijões de gás, ocorreu um


grave acidente de trabalho. O gerente geral criou uma comissão para investigar e analisar o acidente, a
qual chegou a causas oriundas de fatores pessoais e fatores de trabalho, que levaram à ocorrência daquele
acidente. É uma causa considerada fator pessoal:

(A) ventilação inadequada

(B) passagem obstruída

(C) especificações inadequadas nas requisições

(D) uso incorreto de equipamento de proteção individual

(E) relações de subordinação pouco claras/conflitantes

18 (FCC / SABESP / 2018) Considerando a ABNT NBR-14280, as causas de acidente de trabalho: (I) uso de
equipamento defeituoso ou deteriorado, (II) deixar de usar o equipamento de proteção individual
disponível, (III) realização de horas extras acima do permitido por legislação (fadiga); e (IV) usar
equipamento/máquina de maneira imprópria, são caracterizadas, respectivamente, como:

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(A) As 4 situações configuram condição ambiente de insegurança.

(B) Ato inseguro, Fator pessoal de segurança, condição de insegurança e fator pessoal de insegurança.

(C) Condição ambiente de insegurança, fator pessoal de insegurança, ato inseguro e ato inseguro

(D) Condição ambiente de insegurança, ato inseguro, fator pessoal de insegurança e ato inseguro.

(E) As 4 situações configuram ato inseguro.

19 (FGV / BANESTES / 2018) Em conformidade com a NBR 14280:2001, torna-se necessário o entendimento
dos seguintes elementos: Acidente Impessoal, Acidente Pessoal e Lesão Pessoal. Considere que um galpão
que armazena inflamável, atingido por um raio, incendeia-se. Em virtude desse incêndio, cai a rede elétrica
externa, atingindo alguém, que sofre choque elétrico.

Nessa situação, são esperados:

(A) 1 acidente pessoal e 1 lesão pessoal;

(B) 1 acidente impessoal, 1 acidente pessoal e 1 lesão pessoal;

(C) 2 acidentes impessoais, 2 acidentes pessoais e 1 lesão pessoal;

(D) 3 acidentes impessoais e 1 acidente pessoal;

(E) 3 acidentes impessoais, 1 acidente pessoal e 1 lesão pessoal.

20 (FGV / BANESTES / 2018) A temática do acidente de trabalho está presente na maioria dos estudos de
segurança do trabalho, à medida que afeta negativamente governo, trabalhador, empresa e sociedade.
Em conformidade com a NBR 14280:2001, um dos elementos essenciais para a análise do acidente é o ato
inseguro. Na caracterização do ato inseguro, deve-se levar em consideração o seguinte aspecto:

(A) pode ser algo que a pessoa fez quando não deveria fazer ou deveria fazer de outra maneira, ou, ainda,
algo que deixou de fazer quando deveria ter feito;

(B) os atos de supervisão, tais como decisões e ordens de chefe no exercício de suas funções, podem ser
classificados como atos inseguros;

(C) significa, necessariamente, desobediência às normas ou regras constantes de regulamentos formalmente


adotados, mas também se caracteriza pela observância de práticas de segurança tacitamente aceitas;

(D) pode ser praticado pelo próprio acidentado em determinadas circunstâncias ou condições;

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(E) a pessoa que o pratica pode fazê-lo consciente ou não de estar agindo de forma segura.

21 (CESGRANRIO / PETROBRÁS / 2018) Segundo a NBR 14280: 2001 Cadastro de acidente do trabalho -
Procedimento e classificação, para estatística e análise de acidentes, devem ser considerados alguns
elementos essenciais.

NÃO constitui um desses elementos a(o)

(A) fonte da lesão (B) hereditariedade (C) localização da lesão (D) ato inseguro (E) prejuízo material

22 (FEPESE / CELESC / 2018) Como é definido, pela NBR 1420, qualquer dano sofrido pelo organismo
humano como consequência de acidente do trabalho?

(A) Lesão pessoal

(B) Doença natural

(C) Doença profissional

(D) Ferimento temporário

(E) Ferimento imediato

23 (COMPERVE / UFRN / 2017) O conceito de variação é fundamental na metodologia Árvore de Causas, o


que significa que, em relação ao desenrolar habitual da atividade, ou seja, sem ocorrência de acidente,
alguma coisa se passou de forma não habitual. Pode-se observar que a variação é identificada em relação
ao trabalho

(A) Normatizado. (B) Real. (C) Prescrito. (D) Seguro.

24 (CESGRANRIO / PETROBRÁS / 2017) A técnica mais indicada para identificar fatores de acidente do
trabalho e suas inter-relações é a

(A) técnica de Incidentes

(B) série de Riscos

(C) análise de Árvore de Falhas

(D) análise de Árvore de Causas

(E) análise Preliminar de Riscos

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25 (NC-UFPR / COPEL / 2017) O método que faz a representação gráfica das interações entre diversas falhas
que podem causar um acidente é conhecido por:

(A) Método do PCMAT.

(B) Método LTCAT.

(C) Método da Análise Preliminar de Riscos.

(D) Método de Árvore de Causas.

(E) Método do PPRA.

26 (FCC / COOPERGÁS-PE / 2016) Considere o caso abaixo para responder às questão.

O eletricista J.P., com 34 anos de idade, ao fazer uma emenda em um cabo condutor de fase, energizado e
sem isolamento, encostou o braço na escada metálica em que estava trabalhando, a uma altura de 2,2
metros da superfície de referência. Trata-se de um trabalho realizado em proximidade, conforme a NR-10. A
luva que ele usava estava com um furo, ocasionando um choque elétrico em J.P. que, desequilibrado, caiu da
escada e bateu a cabeça e as costas no chão, ficando inconsciente até a prestação de assistência médica.

A falta de experiência por parte de J.P. levou-o ao não desligamento e à falta de aterramento da instalação
que, de acordo com a NBR-14280, são classificados, respectivamente, como:

(A) condições inseguras e fator pessoal de insegurança.

(B) ato inseguro e condições de insegurança.

(C) ato inseguro e ato inseguro.

(D) fator pessoal de insegurança e fator pessoal de insegurança.

(E) fator pessoal de insegurança e ato inseguro.

27 (COMVEST-UFMA / UFMA / 2016) A NBR 14280:2001 (Cadastro de acidente do trabalho - Procedimento


e Classificação) considera, na análise e estatística de acidentes, alguns elementos essenciais. Assinale a
alternativa que NÃO contém um desses elementos:

(A) natureza da lesão

(B) prejuízo material

(C) tipo de acidente pessoal


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(D) fator impessoal de segurança

(E) espécie de acidente impessoal

28 (IFB / IFB / 2016) A prevenção de acidentes é uma das três principais áreas de atuação das atividades
de Segurança do Trabalho. Assinale abaixo a alternativa que corresponde CORRETAMENTE à explicação de
uma das principais causas dos acidentes de trabalho nas organizações.

(A) O agente: aquele que está estreitamente relacionado com a lesão, como o cabo do martelo.

(B) O tipo de acidente: é o objeto (a máquina ou o equipamento) que poderia ser protegido e está
diretamente relacionado com a lesão, como o martelo.

(C) O fator pessoal de insegurança: modo de contato entre o agente do acidente e o acidentado.

(D) O ato inseguro: é a característica, deficiência ou alteração mental (acidental ou permanente) que permite
o ato inseguro.

(E) A condição insegura: condição física ou mecânica existente no local, na máquina, no equipamento ou na
instalação (que poderia ter sido protegida ou corrigida), e que leva à ocorrência do acidente.

29 (COVEST-COPSET / UFPE / 2015) Na investigação e análise de acidentes pelo Método Árvore de Causas,
os componentes que formam a atividade são:

(A) Máquina, Medida, Meio Ambiente e Processo Produtivo.

(B) Indivíduo, Atividade, Custo e Processo Produtivo.

(C) Tarefa, Custo, Meio Ambiente e Atividade.

(D) Indivíduo, Tarefa, Material e Meio de Trabalho.

(E) Medidas de Controles, Custo Operacional e Capacidade Produtiva.

30 (FCC / TRT-4 / 2015) Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.

A empresa PLASTIC possui, atualmente, 400 funcionários contratados em regime celetista. Um de seus
funcionários é o Sandoval, com 23 anos de idade, há 2 meses na empresa PLASTIC, na função de operador de
injetoras de materiais plásticos. Certo dia, ele operava uma extrusora de tubos de PVC (poli-cloreto de vinila).
Ao fazer a limpeza do excesso de borra de plástico que fica acumulado na ponta do tubo de ferro, utilizou
uma espátula para remoção desta borra plástica. Durante esse processo, foi atingido pelo material plástico
quente que espirrou, causando queimaduras pelo rosto todo e a perda da visão do olho direito. Segundo o
supervisor técnico industrial, o material plástico projetado deveria estar à temperatura de 150 ºC, porém o
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mesmo superaqueceu, atingindo a temperatura de 230 ºC. O equipamento não possuía nenhum tipo de
proteção mecânica que pudesse evitar que esse material se projetasse e viesse atingir os trabalhadores.

No relatório de investigação e análise de acidentes do trabalho da CIPA, constam os fatores abaixo que
contribuíram para ocorrência ou causas do acidente de Sandoval.

I. Falta de utilização de EPIs, ou seu uso de maneira imprópria.

II. Ausência do dispositivo de proteção.

III. Modo operatório inadequado à segurança ou uso de maneira imprópria.

IV. Falta de conhecimento ou experiência.

A classificação das causas do acidente, conforme a NBR-14280 e de acordo com a descrição do relatório da
CIPA da empresa PLASTIC, são, respectivamente,

(A) fator pessoal de insegurança, condição ambiente de insegurança, ato inseguro e ato inseguro.

(B) ato inseguro, fator pessoal de insegurança, condição ambiente de insegurança e fator pessoal de
insegurança.

(C) ato inseguro, condição ambiente de insegurança, ato inseguro e fator pessoal de insegurança.

(D) fator pessoal de insegurança, ato inseguro, condição ambiente de insegurança e ato inseguro.

(E) ato inseguro, fator pessoal de insegurança, ato inseguro e fator pessoal de insegurança.

31 (FCC / TRT-3 / 2015) Um funcionário, recém-contratado e sem nunca ter trabalhado no meio fabril,
estava limpando uma máquina compressora de pós-metálicos, similar a uma prensa excêntrica, com a
mesma em movimento, foi limpar a máquina e o pano enroscou nos punções de conformação, puxando
sua mão para zona de prensagem e causando a perfuração no segundo e quarto dedos da mão direita
ocasionando assim a amputação da falange distal. Esse trabalhador, sem experiência, recebeu todas as
orientações, os equipamentos de proteção individual e treinamentos do SESMT na integração da empresa
e mesmo assim agiu em desacordo com as normas e procedimentos de segurança do trabalho. De acordo
com a NBR 14280, limpar a máquina em movimento e a falta de experiência caracterizam,
respectivamente,

(A) condição ambiente de insegurança e ato inseguro.

(B) erro humano e fator impessoal de insegurança.

(C) fator pessoal de segurança e ato inseguro.


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(D) espécie de acidente impessoal e erro humano.

(E) ato inseguro e fator pessoal de insegurança.

32 (FCC / SABESP / 2014) Considere uma empresa metalúrgica de estampagem de metais. Em 2011,
ocorreram 3 acidentes. O primeiro foi um acidente de trajeto. O segundo, um acidente com afastamento
leve, que impediu o trabalhador de realizar suas atividades por meio período. O terceiro acidente
provocou uma perda do membro acima do punho do trabalhador, afastando-o por 200 dias, com os dias
debitados que, de acordo com a NBR 14280, equivalem a 3.600 dias. Naquele ano os 200 funcionários
trabalharam 250 dias úteis e a jornada de trabalho foi de 8 horas diárias.

O trabalhador, devidamente capacitado, que teve a perda do membro acima do punho, infringiu as
normativas de segurança interna da empresa, desconectando o sensor de segurança, a cortina de luz, de
uma prensa pneumática que trabalhava com 500 golpes por minutos. O objetivo dele era aumentar a
produtividade e se destacar como funcionário do mês. De acordo com a NBR 14280, é considerado, para
esta situação, como causa principal do acidente de trabalho:

(A) Fator impessoal de segurança.

(B) Ato inseguro, ação ou omissão.

(C) Condição ambiente de insegurança ou condição do meio.

(D) Falta de ordens de serviços ou falta de treinamento eficaz.

(E) Erro Humano, falta de conhecimento (ou ignorância).

33 (IADES / METRÔ-DF / 2014) Quanto aos acidentes de trabalho, assinale a alternativa correta.

(A) Acidente com afastamento: aquele em que o acidentado pode exercer sua função normal, no mesmo dia
do acidente ou no dia seguinte, no horário regulamentar.

(B) Acidente sem afastamento: aquele em que o acidentado sofre uma incapacidade temporária ou
permanente que o impossibilita de retornar ao trabalho no mesmo dia ou no dia seguinte ao acontecido.
Pode até mesmo ocorrer a morte do trabalhador.

(C) Aidente de trajeto: aquele que ocorre no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para
aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.

(D) Ato inseguro: qualquer atividade no local de trabalho, ou decorrente dele, em que ocorra um evento não
desejado e que provoque algum dano na forma de lesão ou avaria de instalações, meio ambiente ou
equipamentos.

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(E) Acidente típico: todos os procedimentos do homem que contrariam as normas de prevenção de
acidentes. As atitudes contrárias aos procedimentos e (ou) às normas de segurança, que o homem assume,
podem ou não ser deliberadas de acordo com a gestão do ambiente ocupacional. Normalmente, quando
essas atitudes não são propositais, o homem está sendo impelido por problemas psicossociais.

34 (IADES / METRÔ-DF / 2014) Considerando um evento adverso como qualquer ocorrência de natureza
indesejável relacionado direta ou indiretamente ao trabalho, incluindo acidentes, incidentes e
circunstâncias indesejadas, assinale a alternativa que apresenta uma consequência desse tipo de evento.

(A) Prejuízo: dano a uma propriedade, instalação, máquina, equipamento, meio ambiente ou perdas de
produção.

(B) Grave: morte ocorrida em razão de eventos adversos relacionados ao trabalho.

(C) Fatal: amputações ou esmagamentos, perda de visão, lesão ou doença que leva à perda permanente de
funções orgânicas, fraturas que necessitam de intervenção cirúrgica, queimaduras que atingem mais de 30%
da superfície corporal.

(D) Moderado: agravos que não se classificam como fatais ou graves e mediante os quais a pessoa fica
impossibilitada de executar o respectivo trabalho normal por mais de 90 dias.

(E) Leve: agravos que não se classificam como fatais, graves ou moderados, em que a pessoa fica
impossibilitada de trabalhar por mais de 30 dias.

35 (IADES / METRÔ-DF / 2014) Os acidentes de trabalho impessoais são aqueles

(A) que necessitam da existência de acidentado(s) para a sua correta caracterização.

(B) que causam lesão ao acidentado. Nem sempre há um acidente pessoal entre o acidente impessoal e a
lesão.

(C) causados por modificações ocorridas no ambiente do trabalho, sem o devido respeito às normas de
segurança do trabalho.

(D) considerados os causadores diretos da lesão pessoal.

(E) cuja caracterização independe de existir acidentado.

36 (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / 2014) Existem diversas causas básicas de acidentes do trabalho, tais como
fatores pessoais e fatores de trabalho. Um exemplo de fator de trabalho é o(a)

(A) estresse psicológico

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(B) falta de qualificação

(C) supervisão inadequada

(D) falta de conhecimento

(E) capacidade física inadequada

37 (INSTITUTO CONSULPLAN / CODERN / 2014) De acordo com a NBR 14.280, “acidente do trabalho é a
ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho, de que
resulte ou possa resultar lesão pessoal.” Acerca dos tipos de acidente, analise as afirmativas.

I. Acidente sem lesão é o acidente que não causa lesão pessoal.

II. Acidente impessoal é o acidente cuja caracterização independe de existir acidentado, não podendo ser
considerado como causador direto da lesão pessoal.

III. Acidente pessoal é o acidente cuja caracterização depende de existir acidentado.

IV. Acidente de trajeto é o acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de
trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do
empregado, desde que não haja interrupção ou alteração de percurso por motivo alheio ao trabalho.

Estão corretas as afirmativas

(A) I, II, III e IV. (B) I, II e III, apenas. (C) I, II e IV, apenas. (D) I, III e IV, apenas. (E) II, III e IV, apenas.

38 (FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE / EMAP / 2012) A NBR 14.280 define natureza da lesão como:

(A) “indicação de qualquer dano sofrido pelo organismo humano, como consequência de acidente de
trabalho.”

(B) “conceito e identificação da lesão, segundo suas características principais.”

(C) “indicação da sede da lesão.”

(D) “lesão que se manifesta no momento do acidente.”

(E) “lesão que não se manifesta imediatamente após a circunstância acidental da qual resultou.”

39 (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / 2012) Ao realizar uma determinada tarefa, um operador de área de


produção sofre um acidente do trabalho. O técnico de segurança designado para realizar a análise do
acidente coleta as seguintes informações:

• O operador tinha formação/capacitação para realizar a tarefa.


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• Existiam procedimentos e instruções detalhadas de como realizá-la.

• O operador realizava essa tarefa rotineiramente.

• No dia do acidente, o operador resolveu executá-la de forma diferente, com o objetivo de economizar
tempo, pois soube por um colega que a produção estava atrasada.

Analisando-se as informações obtidas,

(A) o operador cometeu um ato inseguro.

(B) o operador cometeu um ato abaixo do padrão.

(C) o operador cometeu uma condição insegura, devido ao fato de a produção estar atrasada.

(D) as condições de segurança estavam abaixo do padrão.

(E) as condições inseguras geraram atraso na produção.

40 (UFRJ / UFRJ / 2012) Num da norma de trabalho, Baltazar, chefe do setor de máquinas de um indústria
no ABC Paulista, recebe a visita de Dalton, funcionário que viera a ser encontro com braço e cabeça
enfaixados.

- Baltazar: O que houve com você, Dalton?

- Dalton: Quebrei meu braço e fiz um corte na cabeça hoje pela manhã, acidente.

- Baltazar: Mas como veio acontecer isto?

- Dalton: Eu estava correndo na hora do almoço atras do Hélio com uma toalha molhada e torcida para
chicoteá-lo, escorreguei e caí. Foi uma brincadeira.

De acordo com a NBR 14280, assinale a causa relativa do acidente ocorrido com o funcionário.

(A) Fator Pessoal.

(B) Ato Inseguro.

(C) Falta de experiência.

(D) Falta de conhecimento.

(E) Condição ambiente.

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41 (CESGRANRIO / PETROBRÁS / 2011) A NBR 14280 determina que a expressão “acidente com
afastamento” deve ser

(A) evitada, pois é usada impropriamente para significar outra expressão.

(B) usada para significar lesão com afastamento.

(C) usada para significar incapacidade permanente.

(D) usada para significar incapacidade temporária.

(E) indicada para relacionar dias perdidos e dias debitados.

42 (FGV / FIOCRUZ / 2010) Com relação à NBR 14280, Cadastro de Acidente do Trabalho – Procedimento
e Classificação, analise as afirmativas a seguir:

I. Considera-se como acidente pessoal aquele cuja causa seja relativa ao comportamento humano.

II. Considera-se como lesão mediata aquela que não se manifesta imediatamente após a circunstância
acidental da qual resultou.

III. Considera-se incapacidade permanente total a perda total da capacidade de trabalho, em caráter
permanente, com ou sem morte.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

(D) se somente as alternativas I e III estiverem corretas.

(E) se somente as alternativas II e III estiverem corretas.

43 (CESGRANRIO / PETROBRÁS / 2010) Um técnico de segurança do trabalho foi designado para fazer o
estudo de um acidente ocorrido no setor de embalagem da empresa para a pesquisa das causas,
circunstâncias e consequências da ocorrência. Segundo a NBR 14.280, o técnico trabalhará na etapa de

(A) verificação das condições ambientais.

(B) verificação estatística de pessoal.


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(C) formalização do acidente.

(D) comunicação do acidente.

(E) análise do acidente.

44 (CESGRANRIO / PETROBRÁS / 2010) Um trabalhador, ao ir ao banheiro no horário de trabalho, abriu a


porta e, ao entrar, pisou em uma poça d’água e escorregou. Ao tentar aparar a queda, quebrou o
antebraço. Segundo a NBR 14.280, qual foi a causa desse acidente?

(A) Condição ambiental de insegurança.

(B) Condição pessoal de segurança.

(C) Fator condicional de insegurança.

(D) Fator pessoal de insegurança.

(E) Fator pessoal de risco.

45 (CESGRANRIO / PETROBRÁS / 2010) Segundo a NBR 14.280, o acidente cuja caracterização depende de
existir(em) acidentado(s) é definido como acidente

(A) com lesão. (B) de trajeto. (C) impessoal. (D) pessoal. (E) usual.

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2.1.1 Gabarito

01 D 16 B 31 E
02 E 17 D 32 B
03 C 18 D 33 C
04 C 19 E 34 A
05 A 20 A 35 E
06 A 21 B 36 C
07 B 22 A 37 A
08 B 23 B 38 B
09 D 24 D 39 A
10 A 25 D 40 B
11 B 26 E 41 A
12 B 27 D 42 B
13 C 28 E 43 E
14 A 29 D 44 A
15 A 30 C 45 D

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3 QUESTÕES COMENTADAS

3.1 Questões comentadas sobre investigação de acidentes

01 (INSTITUTO CONSULPLAN / MPE-MG / 2023) A NBR 14280/2001 fixa critérios para registro,
comunicação, estatística, investigação e análise de acidentes do trabalho, suas causas e consequências,
aplicando-se a quaisquer atividades laborativas. Aplica-se a qualquer empresa, entidade ou
estabelecimento interessado no estudo do acidente do trabalho, suas causas e consequências. Tem como
finalidade identificar e registrar fatos fundamentais relacionados com os acidentes do trabalho, de modo
a proporcionar meios de orientação aos esforços prevencionistas, sem, entretanto, indicar medidas
corretivas específicas, ou fazer referência a falhas ou meios de correção das condições ou circunstâncias
que culminaram no acidente. Considerando a NBR 14280/2001, analise as afirmativas a seguir.

I. O acidente do trabalho é a ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o


exercício do trabalho, de que resulte ou possa resultar lesão pessoal. O acidente inclui tanto ocorrências que
podem ser identificadas em relação a um momento determinado quanto ocorrências ou exposições
contínuas ou intermitentes, que só podem ser identificadas em termos de período de tempo provável.

II. A avaliação da frequência e da gravidade dos acidentes deve ser feita em função do número de acidentes
ou de acidentados; das horas-homem de exposição ao risco; e, do tempo computado. Em relação às horas
de exposição ao risco, elas devem ser extraídas das folhas de pagamento ou quaisquer outros registros de
ponto, e consideradas apenas as horas trabalhadas, inclusive as extraordinárias.

III. Na identificação das causas do acidente deve-se usar a aplicação de raciocínio imediato, ou seja, ater-se
simplesmente a causas que levaram diretamente à ocorrência do acidente. Fatores imediatos de
identificação das causas de acidentes são os que devem ser levados em consideração na cadeia inicial e
sequencial.

IV. A condição ambiente de insegurança refere-se à condição do meio que causou o acidente ou contribuiu
para a sua ocorrência. O adjetivo “ambiente” inclui, aqui, tudo o que se refere ao meio, desde a atmosfera
do local de trabalho até instalações, equipamentos, substâncias utilizadas e métodos de trabalho
empregados.

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V. As causas do acidente têm sua importância no processo de análise como, por exemplo, a não utilização
ou existência do Equipamento de Proteção Individual (EPI) ou sistema de proteção coletiva e o não
fornecimento de EPI, mas não são suficientes para impedir novas ocorrências semelhantes.

Está correto o que se afirma apenas em

(A) III e IV. (B) I, II e III. (C) II, IV e V. (D) I, II, IV e V.

Comentários: vamos analisar cada uma das afirmativas.

A afirmativa I é verdadeira. Vimos que “(...) entende-se como acidente do trabalho a ocorrência imprevista
e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho, de que resulte ou possa
resultar lesão pessoal.

Perceba que essa definição considera como acidente de trabalho uma ocorrência que possa resultar lesão
pessoal, o que está mais relacionado à ideia de incidente das Normas OHSAS 18.001:2007 e ISO 45001:2018.
Nesse sentido, em vez do termo incidente, a NBR 14.280 traz um conceito chamado acidente sem lesão, que
é o acidente que não causa lesão pessoal.

Cabe ressaltar que o termo lesão pessoal é definido por essa Norma como qualquer dano sofrido pelo
organismo humano, como consequência de acidente do trabalho. Além disso, a lesão pessoal inclui tanto
lesões traumáticas e doenças quanto efeitos prejudiciais mentais, neurológicos ou sistêmicos, resultantes de
exposições ou circunstâncias verificadas na vigência do exercício do trabalho.

De acordo com a NBR 14.280, acidente do trabalho é a ocorrência imprevista e


indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho, de que
resulte ou possa resultar lesão pessoal.

Ainda segundo a NBR 14.280, o acidente do trabalho também inclui as ocorrências que podem ser
identificadas em relação a um momento determinado, quanto ocorrências ou exposições contínuas ou
intermitentes, que só podem ser identificadas em termos de período de tempo provável, que é o caso das
doenças ocupacionais.”

A afirmativa II é verdadeira. De fato, a afirmativa traz um resumo do que vem a ser e quais os dados a serem
utilizados na determinação das taxas de frequência e gravidade.

A afirmativa III é falsa. Vimos que “(...) as principais causas de acidentes, que são:

• fator pessoal de insegurança;


• ato inseguro;
• condição insegura;
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• negligência, imprudência e imperícia.

A principal finalidade de se realizar essa classificação (esse enquadramento) é se distinguir os casos de falta
de conhecimento ou experiência e os de desajustamentos, uma vez que cada um merece uma correção
diferente.

No processo de identificação dessas causas é importante evitar a aplicação de raciocínio imediato, ou seja,
ater-se simplesmente a causas que levaram diretamente à ocorrência do acidente, isso porque fatores
complementares de identificação das causas de acidentes também devem ser levados em consideração.

Esses fatores complementares têm sua importância no processo de análise como, por exemplo, a não
utilização ou inexistência do Equipamento de Proteção Individual – EPI ou sistema de proteção coletiva ou o
não fornecimento de EPIs.

É imprescindível a visualização do processo em cadeia sequencial, ou seja, a identificação de fatores pessoais


e causas que se apresentam como básicas à ocorrência das causas imediatas.

Para a clara visualização destes fatores básicos, deve-se sempre perguntar o “por quê”, ou seja, por que o
empregado deixou de usar o EPI disponível? Liderança inadequada? Engenharia inadequada? Estes são
exemplos de fatores básicos que devem ser identificados.

Do mesmo modo, também são indispensáveis a apuração das “causas gerenciais” e da origem das mesmas.
Essas causas se apresentam no dia a dia como procedimentos que caracterizam a “falta de controle”, como,
por exemplo, a inexistência de padrões ou procedimentos (não existem normas ou regras que digam como
a tarefa deva ser executada), e a existência de padrões ou procedimentos adequados, porém não
cumpridos.”

A afirmativa IV é verdadeira. Vimos que “a condição ambiente de insegurança, ou simplesmente condição


insegura é a condição do meio que causou o acidente ou que contribuiu para sua ocorrência.

Na análise da condição ambiental ou fator ambiental de insegurança deve-se incluir tudo o que se refere ao
meio, desde a atmosfera do local de trabalho até as instalações, equipamentos, substâncias utilizadas,
medidas de proteção adotadas e métodos de trabalho empregados.

São riscos gerais do local de trabalho, que afetam a todos os que trabalham na área, de maneira geral,
independente de suas atribuições. Só devem ser indicados como causa do acidente quando não for
aplicável qualquer outra condição ambiente de insegurança mais específica.”

A afirmativa V é verdadeira. Vide comentário da afirmativa III.

Portanto, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

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02 (FEPESE / PREF. BALNEÁRIO CAMBORIÚ-SC / 2023) Para a análise de acidentes de trabalho é necessário
o conhecimento de diferentes conceitos.

Associe os itens da coluna 1 com as definições apresentadas na coluna 2

Coluna 1 - Itens

1. Acidente pessoal

2. Fonte da lesão

3. Agente do acidente

4. Acidente inicial

Coluna 2 - Definição

( ) Acidente impessoal desencadeador de um ou mais acidentes.

( ) Coisa, substância, energia ou movimento do corpo que diretamente provocou a lesão.

( ) Coisa, substância ou ambiente que, sendo inerente à condição ambiente de insegurança, tenha provocado
o acidente.

( ) Acidente cuja caracterização depende de existir acidentado.

Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

(A) 1 • 2 • 3 • 4 (B) 2 • 4 • 1 • 3 (C) 3 • 4 • 1 • 2 (D) 4 • 2 • 1 • 3 (E) 4 • 2 • 3 • 1

Comentários: vejamos como fica a sequência.

(4. Acidente inicial) Acidente impessoal desencadeador de um ou mais acidentes.

(2. Fonte da lesão) Coisa, substância, energia ou movimento do corpo que diretamente provocou a lesão.

(3. Agente do acidente) Coisa, substância ou ambiente que, sendo inerente à condição ambiente de
insegurança, tenha provocado o acidente.

(1. Acidente pessoal) Acidente cuja caracterização depende de existir acidentado.

Portanto, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

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03 (CESGRANRIO / ELETRONUCLEAR / 2022) Em uma usina nuclear, ocorreu um grave acidente de


trabalho. Uma comissão de especialistas coordenada pelo engenheiro de segurança do trabalho foi
estabelecida para realizar a investigação e a análise do acidente.

A comissão encontrou cinco causas imediatas do acidente, sendo que a causa considerada como um ato
abaixo do padrão, que contribuiu diretamente para a ocorrência do acidente, foi a(o)

(A) ferramenta defeituosa

(B) iluminação excessiva

(C) operação à velocidade imprópria

(D) equipamento de proteção inadequado

(E) local de trabalho desorganizado

Comentários: essa questão pode ser facilmente resolvida por eliminação!

Ferramenta defeituosa, iluminação excessiva, equipamento de proteção inadequado e local de trabalho


desorganizado são típicos exemplos de condições inseguras (condições ambientais de insegurança).

A banca quer que o candidato aponte um ato (inseguro) que represente uma “ação” abaixo do padrão, ficou
moleza, não?

Nesse caso, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão. A “operação à velocidade imprópria” pode
ser, por exemplo, cortar uma peça com a serra-fira em velocidade abaixo do recomendado, e isso é um ato
inseguro, desde que o profissional tenha conhecimento prévio da velocidade de corte adequada.

04 (AMEOSC / PREF. SÃO MIGUEL DO OESTE / 2022) Sobre os tipos de causas de acidente relatadas na NBR
14280, registre V, para verdadeiro, ou F, nas seguintes definições:

(__) Fator pessoal de insegurança (fator pessoal): Causa relativa ao comportamento humano, que pode levar
à ocorrência do acidente ou à prática do ato inseguro.

(__) Ato inseguro: Ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou favorecer a
ocorrência de acidente.

(__) Condição ambiente de insegurança (condição ambiente): Condição do meio que causou o acidente ou
contribuiu para a sua ocorrência.

(__) Condição pessoal: Causa relativa a influência do meio no comportamento humano, que leva ao acidente.

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Após análise, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA dos itens acima, de cima para baixo:

(A) F, V, F, F. (B) V, F, V, F. (C) V, V, V, F. (D) F, V, V, F.

Comentários: vamos analisar cada uma das afirmativas.

A primeira afirmativa é verdadeira. Como vimos “o fator pessoal de insegurança, ou simplesmente fator
pessoal é a causa relativa ao comportamento humano, que pode levar à ocorrência do acidente ou à prática
de um ato inseguro.

Por exemplo, o comportamento inseguro e indisciplinado de um trabalhador (fator pessoal de insegurança)


pode contribuir decisivamente para que ele decida pelo não uso óculos de proteção (ato inseguro por
omissão) ao operar uma esmerilhadeira e venha a sofrer um acidente do qual decorra lesão ocular.”

A segunda afirmativa é verdadeira. Como vimos “o ato inseguro corresponde a ação ou omissão que,
contrariando preceito de segurança, pode causar ou favorecer a ocorrência de acidente.”

A terceira afirmativa é verdadeira. Como vimos “a condição ambiente de insegurança, ou simplesmente


condição insegura é a condição do meio que causou o acidente ou que contribuiu para sua ocorrência.

Na análise da condição ambiental ou fator ambiental de insegurança deve-se incluir tudo o que se refere ao
meio, desde a atmosfera do local de trabalho até as instalações, equipamentos, substâncias utilizadas,
medidas de proteção adotadas e métodos de trabalho empregados.

São riscos gerais do local de trabalho, que afetam a todos os que trabalham na área, de maneira geral,
independente de suas atribuições. Só devem ser indicados como causa do acidente quando não for
aplicável qualquer outra condição ambiente de insegurança mais específica.”

A quarta afirmativa é falsa. Como vimos, “o fator pessoal de insegurança, ou simplesmente fator pessoal é
a causa relativa ao comportamento humano, que pode levar à ocorrência do acidente ou à prática de um
ato inseguro.

Por exemplo, o comportamento inseguro e indisciplinado de um trabalhador (fator pessoal de insegurança)


pode contribuir decisivamente para que ele decida pelo não uso óculos de proteção (ato inseguro por
omissão) ao operar uma esmerilhadeira e venha a sofrer um acidente do qual decorra lesão ocular.

Na condução da análise do acidente, a pesquisa do fator pessoal de insegurança apresenta, em geral, alguma
dificuldade, o que não deve, no entanto, constituir motivo de desestímulo a essa pesquisa, que pode ensejar
a eliminação de muitos atos inseguros.

Agora, trago alguns exemplos classificados como fator pessoal de insegurança:

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• falta de conhecimento ou experiência;


• falta de experiência ou especialização;
• desajustamento físico: deformidade, hérnia preexistente, debilidade muscular, debilidade
esquelética, debilidade orgânica, deficiência visual, deficiência auditiva, deficiência olfativa, doença
degenerativa, insensibilidade cutânea, fadiga;
• desajustamento emocional ou mental: alcoolismo e toxicomania, agressividade, excitabilidade e
impulsividade, alteração mental (loucura), distúrbio emocional, disritmia cerebral, deficiência
intelectual.”

Portanto, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

05 (IBFC / PREF. CONTAGEM-MG / 2022) Os acidentes ocorrem por diversas maneiras, podendo causar
danos pessoais e/ou materiais. O acidente também gera impacto à sociedade devido ao afastamento do
trabalho, no qual o custo recai sobre a sociedade através de tributação de imposto. Conforme descrito na
NBR-14280 - Cadastro de acidente do trabalho - Procedimento e classificação, assinale a alternativa que
apresenta a condição ambiente de insegurança.

(A) Condição do meio que causou o acidente ou contribuiu para a sua ocorrência

(B) Condição do meio que causou o incidente ou contribuiu para a sua prevenção

(C) Prevenção do meio que falhou e causou o acidente ou contribuiu para a sua proteção

(D) Característica do meio que não causou o acidente ou não contribuiu para a sua ocorrência

Comentários: como vimos “a condição ambiente de insegurança, ou simplesmente condição insegura é a


condição do meio que causou o acidente ou que contribuiu para sua ocorrência.

Na análise da condição ambiental ou fator ambiental de insegurança deve-se incluir tudo o que se refere ao
meio, desde a atmosfera do local de trabalho até as instalações, equipamentos, substâncias utilizadas,
medidas de proteção adotadas e métodos de trabalho empregados.

São riscos gerais do local de trabalho, que afetam a todos os que trabalham na área, de maneira geral,
independente de suas atribuições. Só devem ser indicados como causa do acidente quando não for
aplicável qualquer outra condição ambiente de insegurança mais específica.”

Logo, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

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06 (FAFIPA / PREF. LOANDA / 2021) De acordo com a NBR 14280, a afirmação "Acidente cuja caracterização
independe de existir acidentado, não podendo ser considerado como causador direto da lesão pessoal" é
designado à?

(A) Acidente impessoal.

(B) Acidente pessoal.

(C) Incidente.

(D) Acidente inicial.

Comentários: como vimos, “uma das etapas da investigação/análise do acidente é classificá-lo corretamente.
De acordo com a NBR 14.280, o acidente do trabalho pode ser classificado como pessoal ou impessoal.

a) acidente pessoal: acidente cuja caracterização depende de existir acidentado;


b) acidente impessoal: acidente cuja caracterização independe de existir acidentado, não podendo ser
considerado como causador direto de lesão pessoal7;

Na caracterização do acidente pessoal deve-se identificar o acidentado que é a vítima do acidente. Assim,
em havendo acidentado, deve-se identificar o tipo de acidente pessoal:

a) acidente com lesão: ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o
exercício do trabalho, de que resulte lesão pessoal;
b) acidente sem lesão: acidente que não causa lesão pessoal.”

Vale ainda recordar que “(...) na classificação da espécie de acidente impessoal é necessário considerar-se
que, muitas vezes, um acidente impessoal gera outro acidente impessoal, que, por sua vez, pode gerar outro
acidente impessoal e assim por diante, sendo cada um desses acidentes impessoais capaz de gerar um ou
mais acidentes pessoais.

Exemplo: um galpão que armazena inflamáveis, atingido por um raio (primeiro acidente impessoal)
incendeia-se (segundo acidente impessoal) e, em virtude desse incêndio, cai a rede elétrica externa (terceiro
acidente impessoal), atingindo alguém (acidente pessoal), que sofre choque elétrico (lesão pessoal).

Nesse sentido, define-se o termo “espécie de acidente impessoal (espécie)” como a caracterização da
ocorrência de acidente impessoal de que resultou ou poderia ter resultado acidente pessoa. E o termo
“acidente inicial” como o acidente impessoal desencadeador de um ou mais acidentes.”

7
Há sempre um acidente pessoal entre o acidente impessoal e a lesão.
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Nesse caso, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

07 (VUNESP / PREF. RIBEIRÃO PRETO-SP / 2021) Após um acidente na empresa, o SESMT foi informado de
que o funcionário acidentado vinha apresentando há semanas, atrasos, faltas frequentes e ficado mais
calado. Assinale a alternativa que apresenta o tipo de abordagem que deve ser assumida pela equipe como
parte da investigação do acidente.

(A) Conversar com o acidentado e verificar se ele está com algum tipo de problema, dentro ou fora da
empresa e recomendar a sua punição.

(B) Conversar com o acidentado, verificar se ele está com algum tipo de problema, dentro ou fora da empresa
e tentar entender, a partir do relato dele, o que aconteceu para que o acidente tenha ocorrido.

(C) Investigar a vida do acidentado fora da empresa, reconstituir o acidente e acompanhar o desempenho
do funcionário.

(D) Investigar a vida do acidentado fora da empresa, reconstituir o acidente e recomendar que o funcionário
seja suspenso.

(E) Investigar o acidente a partir do testemunho de outros trabalhadores e superiores hierárquicos e, se for
o caso, acompanhar o comportamento do funcionário.

Comentários: Vimos que “na investigação/análise de um acidente do trabalho, o profissional deverá analisar
uma séries de aspectos para que possa chegar a elucidação dos ocorrido. Mas o que vem a ser a
investigação/análise do acidente de trabalho?

A investigação/análise do acidente do trabalho consiste no estudo do fato ocorrido para


a pesquisa de causas, circunstâncias e consequências.

Assim, a investigação/análise do acidente do trabalho levará a elucidação dos seguintes aspectos: suas
causas, circunstâncias e consequências. Ressalte-se, desde já, que a investigação/análise jamais terá por
objetivo apontar “culpados” mas sim buscar tais elucidações com a finalidade de implementar medidas de
controle para evitar que venham a se repetir.

Nas abordagens para investigação e análise de acidentes do trabalho o(s) profissional(is) deve(m); além da
análise das condições ambientais do trabalho (análise do ambiente), verificação de medidas de proteção
etc.; conversar com o acidentado, verificar se ele está com algum tipo de problema, dentro ou fora da
empresa e tentar entender, a partir do relato dele, o que aconteceu para que o acidente tenha ocorrido.”

Portanto, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

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08 (IBFC / EBSERH / 2020) Na NBR-14280- existe a nomenclatura de causas de acidentes como sendo por:
Ato Inseguro ou Condição Ambiente de Insegurança. Estas duas condições poderão levar a acidentes
graves e até fatais. Nos casos relatados a seguir, no que será configurado?

I. Barramento elétrico sem proteção de segurança o que ocasionou o acidente.

II. Empilhar material de forma errada, vindo cair e a ocasionar um acidente.

Assinale a alternativa correta.

(A) I - Ato Inseguro e II - Condição Ambiente de Insegurança

(B) I - Condição Ambiente de Insegurança e II - Ato Inseguro

(C) Ambos são Condição Ambiente de Insegurança

(D) Ambos são Ato Inseguro

(D) Dependerá do parecer dos profissionais que analisarem independente das características apresentadas

Comentários: inicialmente, vale recordar os conceito de ato inseguro e condição ambiente de insegurança.

Causa Definição Exemplos


Trabalhador apresenta comportamento
causa relativa ao comportamento
Fator inseguro e é indisciplinado. Falta de
humano, que pode levar à ocorrência do
pessoal conhecimento ou experiência. Desajustamento
acidente ou à prática do ato inseguro.
físico, emocional ou mental.
Trabalhador age em desconformidade com as
corresponde à ação ou omissão que,
normas de secionamento de circuitos elétricos
Ato contrariando preceito de segurança, pode
(ato inseguro por ação). Trabalhador não utiliza
inseguro causar ou favorecer a ocorrência de
óculos de proteção ao esmerilhar uma peça
acidente.
metálica (ato inseguro por omissão).
Encarregado solicita ao trabalhador que realize
Condição condição do meio que causou o acidente trabalho em altura sem os equipamentos de
insegura ou que contribuiu para sua ocorrência. proteção adequados. Ambiente com ruído
excessivo. Piso escorregadio.

A existência de um “barramento elétrico sem proteção de segurança” é uma condição ambiente de


insegurança, ou simplesmente condição insegura. Por sua vez, “empilhar material de forma errada”, é um
exemplo de ato inseguro.

Logo, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

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09 (FUNDATEC / PREF. CRISTINÁPOLIS / 2020) De acordo com o Guia de Análise de Acidentes do Trabalho,
do Ministério do Trabalho e Emprego, acidentes de trabalho que tenham como consequências
amputações e esmagamentos ou perda da visão são classificados como:

(A) Desprezíveis. (B) Leves. (C) Moderados. (D) Graves. (E) Fatais.

Comentários: vimos que “em função de suas a consequências, o acidente do trabalho pode ser classificado
em:

a) fatal: morte ocorrida em virtude de eventos adversos relacionados ao trabalho;


b) grave: amputações ou esmagamentos, perda de visão, lesão ou doença que leve a perda permanente
de funções orgânicas (por exemplo: pneumoconioses fibrogênicas, perdas auditivas), fraturas que
necessitem de intervenção cirúrgica ou que tenham elevado risco de causar incapacidade
permanente, queimaduras que atinjam toda a face ou mais de 30% da superfície corporal ou outros
agravos que resultem em incapacidade para as atividades habituais por mais de 30 dias;
c) moderado: agravos à saúde que não se enquadrem nas classificações anteriores e que a pessoa
afetada fique incapaz de executar seu trabalho normal durante três a trinta dias;
d) leve: todas as outras lesões ou doenças nas quais a pessoa acidentada fique incapaz de executar seu
trabalho por menos de três dias;
e) prejuízos financeiros: dano a uma propriedade, instalação, máquina, equipamento, meio-ambiente
ou perdas na produção.’

Logo, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

10 (INSTITUTO AOCP / UFPR / 2019) Em relação ao acidente do trabalho, conforme norma técnica ABNT
NBR 14280:2001, assinale a alternativa correta.

(A) Um acidente do trabalho é uma ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada ao
exercício do trabalho, de que resulte ou possa resultar lesão pessoal.

(B) Um acidente de trajeto é aquele sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de
trabalho, desde que o veículo seja de propriedade da empresa.

(C) Um acidente impessoal é aquele cuja caracterização depende de existir acidentado.

(D) Quando existe uma omissão que contraria preceito de segurança e que favorece a ocorrência de um
acidente, pode-se afirmar que ela é uma causa de fator pessoal de insegurança.

(E) Um acidente pode ter como consequência a incapacidade permanente total que é a perda total da
capacidade de trabalho, em caráter permanente, com morte.

Comentários: vamos analisar cada alternativa individualmente.


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A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Traz a exata definição do termo “acidente do trabalho”
na perspectiva da ANBT NBR 14.280, recorde-se:

" Ao contrário da duas Normas Internacionais que trouxe anteriormente, a ABNT BNR 14280 não define o
termo "incidente". Entretanto, a definição de "acidente do trabalho" por ela adotada também abrange a
ideia de incidente.

De acordo com a Norma em questão, entende-se como acidente do trabalho a ocorrência imprevista e
indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho, de que resulte ou possa resultar
lesão pessoal.

Perceba que essa definição considera como acidente de trabalho uma ocorrência que possa resultar lesão
pessoal, o que está mais relacionado à ideia de incidente das Normas OHSAS 18.001:2007 e ISO 45001:2018.
Nesse sentido, em vez do termo incidente, a NBR 14.280 traz um conceito chamado acidente sem lesão, que
é o acidente que não causa lesão pessoal.

Cabe ressaltar que o termo lesão pessoal é definido por essa Norma como qualquer dano sofrido pelo
organismo humano, como consequência de acidente do trabalho. Além disso, a lesão pessoal inclui tanto
lesões traumáticas e doenças quanto efeitos prejudiciais mentais, neurológicos ou sistêmicos, resultantes de
exposições ou circunstâncias verificadas na vigência do exercício do trabalho.

De acordo com a NBR 14.280, acidente do trabalho é a ocorrência imprevista e


indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho, de que
resulte ou possa resultar lesão pessoal.

A alternativa B está incorreta. “Um acidente de trajeto é aquele sofrido pelo empregado no percurso da
residência para o local de trabalho, desde que o veículo seja de propriedade da empresa.”

A propriedade do veículo não interfere na caracterização do acidente de trajeto, vale recordar o conceito
desse e de outros tipos de acidentes estabelecidos pela Norma:

"(...) na classificação do acidente, deve-se, ainda, informar a ocorrência de acidente de trajeto, assim
entendido o acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de trabalho ou deste
para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do empregado,
desde que não haja interrupção ou alteração de percurso por motivo alheio ao trabalho.

Entende-se como percurso o trajeto da residência ou do local de refeição para o trabalho ou desde para
aqueles, independentemente do meio de locomoção, sem alteração ou interrupção por motivo pessoal, do
percurso do empregado. Não havendo limite de prazo para que o empregado atinja o local de residência,
refeição ou de trabalho, deve ser observado o tempo necessário compatível com a distância percorrida e o
meio de locomoção utilizado.”
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A alternativa C está incorreta. “Um acidente impessoal é aquele cuja caracterização depende (independe)
de existir acidentado.”

A alternativa D está incorreta. “Quando existe uma omissão que contraria preceito de segurança e que
favorece a ocorrência de um acidente, pode-se afirmar que ela é uma causa de fator pessoal de insegurança
(ato inseguro).”

A alternativa E está incorreta. “Um acidente pode ter como consequência a incapacidade permanente total
que é a perda total da capacidade de trabalho, em caráter permanente, com (sem) morte”.

“Após classificá-lo e identificar suas causa, o investigador/analista do acidente deverá indicar a(s)
consequência(s) do acidente, que pode ser subdividida em: consequências em função da natureza da lesão
e em função da necessidade ou não de afastamento do trabalho.

A natureza da lesão é uma expressão que identifica a lesão, segundo suas características principais. Nesse
subdivisão as consequências do acidente podem ser:

a) lesão pessoal: qualquer dano sofrido pelo organismo humano, como consequência do acidente do
trabalho;
b) lesão imediata: lesão que se manifesta no momento do acidente;
c) lesão mediata (lesão tardia): lesão que não se manifesta imediatamente após a circunstância
acidental da qual resultou;
d) doença do Trabalho: doença decorrente do exercício continuado ou intermitente de atividade
laborativa capaz de provocar lesão por ação mediata;
e) doença Profissional: doença do trabalho causada pelo exercício de atividade específica, constante de
relação oficial8;
f) morte: cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida, independentemente do tempo
decorrido desde a lesão.

Em função da necessidade ou não de afastamento do trabalho em decorrência do, o acidente pode ser dar
origem a:

a) lesão com afastamento (lesão incapacitante ou lesão com perda de tempo): lesão pessoal que
impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte
incapacidade permanente;
b) lesão sem afastamento (lesão não incapacitante ou lesão sem perda de tempo): lesão pessoal que
não impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente, desde que não haja
incapacidade permanente;

8
Relação estabelecido pela Previdência Social em conjunto com o Ministério da Saúde. Atualmente consta
do Decreto n.° 3.048/1999.
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c) incapacidade permanente total: perda total da capacidade de trabalho, em caráter permanente, sem
morte.
Causa essa incapacidade as lesões que, não provocando a morte, impossibilitam o acidentado,
permanentemente, de trabalhar ou da qual decorre a perda total do uso ou a perda propriamente
dita, entre outras, as de:
• ambos os olhos;
• um olho e uma das mãos ou um olho e um pé; ou
• ambas as mãos ou ambos os pés ou uma das mãos e um pé.
d) incapacidade permanente parcial: redução parcial da capacidade de trabalho, em caráter
permanente que, não provocando morte ou incapacidade permanente total, é causa de perda de
qualquer membro ou parte do corpo, perda total do uso desse membro ou parte do corpo, ou
qualquer redução permanente de função orgânica;
e) incapacidade temporária total: perda total da capacidade de trabalho de que resulte um ou mais
dias perdidos, excetuados a morte, a incapacidade permanente parcial e a incapacidade permanente
total.”

11 (UFMG / UFMG / 2019) O método de investigação de acidente Árvore de Causas (ADC) permite
identificar

(A) o conjunto de normas e regras que foram descumpridas e que explicam a ocorrência do acidente.

(B) fatores organizacionais não previstos nas Normas Regulamentadoras que contribuíram para a ocorrência
do acidente.

(C) quem agiu com negligência, imperícia ou imprudência, contribuindo dessa forma para ocorrência do
acidente.

(D) questões pessoais e familiares que o trabalhador acidentado vivenciava e que contribuíram para
ocorrência do acidente.

Comentários: como vimos, “(...) a Análise por Árvore de Causas – AAC é uma variante da Análise por Árvore
de Falhas – AAF. A diferença fundamental entre a AAC e a AAF é que, enquanto a primeira utiliza fatos, ou
seja, eventos ocorridos, a segunda trabalha com eventos potenciais (de ocorrência provável).

Sendo assim, a AAC é considerada um “sensor do tipo II” no sistema de controle de riscos, ou seja, trabalha
no controle posterior às ocorrências (a posteriori).

A Árvore de Causas é um método de investigação de acidentes em que a árvore, normalmente, é construída


a partir do último evento, o acidente, a partir do qual são definidos os antecedentes imediatos. Utiliza-se
apenas do registro de fatos na estratificação temporal das informações para a construção da árvore.

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Figura 1.1: Aplicação de Análise por Árvore de Causa – o último evento (ferimento, que é o acidente) é a base
para a construção da árvore, a partir do qual ela será “montada” com os acontecimentos imediatos.

Para alguns autores, a AAC é a técnica mais indicada para identificar fatores de acidentes do trabalho
(causas, circunstâncias e consequências) e suas inter-relações. Isso, pois, por ser baseada em fatos, ou seja,
em eventos já ocorridos, permite uma análise com mais detalhes das situações ocorridas. Na análise dos
fatos, a técnica mostra-se adequada para investigação de fatores organizacionais não previstos nas Normas
Regulamentadoras que contribuíram para a ocorrência do acidente.

Enquanto a AAF se baseia em eventos potenciais para analisar ocorrências indesejáveis


futuras, a AAC se baseia em fatos já ocorridos, por isso, é a técnica mais indicada para
identificar fatores de acidentes do trabalho (causas, circunstâncias e consequências) e
suas inter-relações.

Para a análise de um acidente ocorrido, utilizam-se dois questionários padrão: o primeiro consiste em
entrevista com os indivíduos acidentados, enquanto o segundo apresenta um formulário para análise do local
do acidente.

Assim como qualquer método baseado em “diagrama de árvore”, a AAC não é adequada para apurar quem
agiu com negligência, imperícia ou imprudência, contribuindo dessa forma para ocorrência do acidente, bem
como questões pessoais e familiares que o trabalhador acidentado vivenciava e que contribuíram para
ocorrência do acidente.”

Portanto, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

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12 (FAUEL / PREF. MARINGÁ-PR / 2019) Segundo a NBR 14280:2001, assinale a alternativa CORRETA para
a definição de “Análise do acidente”.

(A) Números relativos à ocorrência de acidentes, causas e consequências devidamente classificados.

(B) Estudo do acidente para a pesquisa de causas, circunstância e consequências.

(C) Informação que se dá aos órgãos interessados, em formulário próprio, quando da ocorrência de acidente.

(D) Tempo computado por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em determinado período.

Comentários: Vimos que , “na investigação/análise de um acidente do trabalho, o profissional deverá


analisar uma séries de aspectos para que possa chegar a elucidação dos ocorrido. Mas o que vem a ser a
investigação/análise do acidente de trabalho?

A investigação/análise do acidente do trabalho consiste no estudo do fato ocorrido para


a pesquisa de causas, circunstâncias e consequências.

Assim, a investigação/análise do acidente do trabalho levará a elucidação dos seguintes aspectos: suas
causas, circunstâncias e consequências. Ressalte-se, desde já, que a investigação/análise jamais terá por
objetivo apontar “culpados” mas sim buscar tais elucidações com a finalidade de implementar medidas de
controle para evitar que venham a se repetir.”

Nesse caso, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

13 (INSTITUTO AOCP / PREF. SÃO BENTO DO SUL-SC / 2019) O acidente de trabalho por sua definição, de
acordo com a NBR 14280:2001, é a ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada
com o exercício do trabalho, que resulte ou possa resultar em lesão pessoal. A que, principalmente, as
causas de acidentes estão relacionadas?

(A) Fator pessoal de insegurança.

(B) Doença profissional.

(C) Ato inseguro e condição insegura.

(D) Condição do ambiente de segurança.

Comentários: veja como tratamos isso na aula.

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Causa Definição Exemplos


Trabalhador apresenta comportamento
causa relativa ao comportamento
Fator inseguro e é indisciplinado. Falta de
humano, que pode levar à ocorrência do
pessoal conhecimento ou experiência. Desajustamento
acidente ou à prática do ato inseguro.
físico, emocional ou mental.
Trabalhador age em desconformidade com as
corresponde à ação ou omissão que,
normas de secionamento de circuitos elétricos
Ato contrariando preceito de segurança, pode
(ato inseguro por ação). Trabalhador não utiliza
inseguro causar ou favorecer a ocorrência de
óculos de proteção ao esmerilhar uma peça
acidente.
metálica (ato inseguro por omissão).
Encarregado solicita ao trabalhador que realize
Condição condição do meio que causou o acidente trabalho em altura sem os equipamentos de
insegura ou que contribuiu para sua ocorrência. proteção adequados. Ambiente com ruído
excessivo. Piso escorregadio.

Adicionalmente, vimos que.

AS causas de acidentes estão principalmente relacionadas aos atos inseguros e às


condições inseguras.

Logo, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

14 (FAUEL / PREF. MARINGÁ-PR / 2019) De acordo com a NBR 14280 cadastro de acidente do trabalho –
Procedimento e classificação, no item 2.8 Causas do acidente, assinale a alternativa CORRETA sobre o que
é “Ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou favorecer a ocorrência de
acidente”.

(A) Ato inseguro (B) Fonte da lesão (C) Condição Ambiente (D) Fator impessoal

Comentários: a esse respeito, vale recordar o Quadro que segue.

Causa Definição Exemplos


Trabalhador apresenta comportamento
causa relativa ao comportamento
Fator inseguro e é indisciplinado. Falta de
humano, que pode levar à ocorrência do
pessoal conhecimento ou experiência. Desajustamento
acidente ou à prática do ato inseguro.
físico, emocional ou mental.
Trabalhador age em desconformidade com as
corresponde à ação ou omissão que,
normas de secionamento de circuitos elétricos
Ato contrariando preceito de segurança, pode
(ato inseguro por ação). Trabalhador não utiliza
inseguro causar ou favorecer a ocorrência de
óculos de proteção ao esmerilhar uma peça
acidente.
metálica (ato inseguro por omissão).
Condição condição do meio que causou o acidente Encarregado solicita ao trabalhador que realize
insegura ou que contribuiu para sua ocorrência. trabalho em altura sem os equipamentos de

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proteção adequados. Ambiente com ruído


excessivo. Piso escorregadio.

Nesse caso, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

15 (UFMG / UFMG / 2019) Segundo o método de investigação de acidente Árvore de Causas (ADC),
é CORRETO afirma

(A) O conceito de variação é um dos elementos chave na investigação de acidente quando se utiliza o método
ADC.

(B) O juízo de valor elaborado por parte da equipe de investigação em relação aos fatos identificados é
fundamental para construção da árvore de acidentes.

(C) A coleta de informações sobre o acidente deve ser realizada sem a participação do trabalhador
acidentado para evitar que ele oculte fatos essenciais.

(D) A questão a ser feita para construção da árvore a partir dos fatos coletados é “Quem contribuiu para a
ocorrência do fato Y?

Comentários: vimos que “(...) a AAC é um método prático de investigação de acidentes do trabalho, baseado
na teoria de sistemas e na pluricausalidade do fenômeno acidente, sendo o acidente considerado sintoma
de disfuncionamento do sistema sociotécnico (sistema social e técnico) aberto (ou seja, amplo, incluindo a
sociedade como um todo) constituído pela empresa.

Por fim, destaco alguns aspectos importantes, entre outros, na aplicação da AAC:

• o conceito de variação é um dos elementos chave na investigação de acidente quando se utiliza o


método AAC;
• o juízo de valor elaborado por parte da equipe de investigação em relação aos fatos identificados NÃO
é um fator fundamental para construção da árvore de acidentes;
• a coleta de informações sobre o acidente deve ser realizada com a participação do trabalhador
acidentado, sempre que possível, para evitar que ele oculte fatos essenciais;
• a questão a ser feita para construção da árvore a partir dos fatos coletados é “o que contribuiu para
a ocorrência do fato Y?

Compare com os “aspectos importantes” que destaquei acima. A alternativa A está correta e é o gabarito
da questão.

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16 (PR-4 UFRJ / UFRJ / 2018) Segundo a NBR 14280, o conceito de doença profissional é:

(A) Doença decorrente do exercício continuado ou intermitente de atividade laborativa capaz de provocar
lesão por ação mediata.

(B) Doença do trabalho causada pelo exercício de atividade específica, constante de relação oficial.

(C) Cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida, independentemente do tempo decorrido desde
a lesão.

(D) Condição do meio que causou o acidente ou contribuiu para a sua ocorrência.

(E) Acidente impessoal desencadeador de um ou mais acidentes.

Comentários: vamos analisar cada uma das alternativas.

A alternativa A está incorreta. Essa é a definição de doença do trabalho, aproveite para recordar essa e
outras definições importantes.

“Após classificá-lo e identificar suas causa, o investigador/analista do acidente deverá indicar a(s)
consequência(s) do acidente, que pode ser subdividida em: consequências em função da natureza da lesão
e em função da necessidade ou não de afastamento do trabalho.

A natureza da lesão é uma expressão que identifica a lesão, segundo suas características principais. Nesse
subdivisão as consequências do acidente podem ser:

a) lesão pessoal: qualquer dano sofrido pelo organismo humano, como consequência do acidente do
trabalho;
b) lesão imediata: lesão que se manifesta no momento do acidente;
c) lesão mediata (lesão tardia): lesão que não se manifesta imediatamente após a circunstância
acidental da qual resultou;
d) doença do Trabalho: doença decorrente do exercício continuado ou intermitente de atividade
laborativa capaz de provocar lesão por ação mediata;
e) doença Profissional: doença do trabalho causada pelo exercício de atividade específica, constante de
relação oficial9;
f) morte: cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida, independentemente do tempo
decorrido desde a lesão.

9
Relação estabelecido pela Previdência Social em conjunto com o Ministério da Saúde. Atualmente consta
do Decreto n.° 3.048/1999.
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Em função da necessidade ou não de afastamento do trabalho em decorrência do, o acidente pode ser dar
origem a:

a) lesão com afastamento (lesão incapacitante ou lesão com perda de tempo): lesão pessoal que
impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte
incapacidade permanente;
b) lesão sem afastamento (lesão não incapacitante ou lesão sem perda de tempo): lesão pessoal que
não impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente, desde que não haja
incapacidade permanente;
c) incapacidade permanente total: perda total da capacidade de trabalho, em caráter permanente, sem
morte.
Causa essa incapacidade as lesões que, não provocando a morte, impossibilitam o acidentado,
permanentemente, de trabalhar ou da qual decorre a perda total do uso ou a perda propriamente
dita, entre outras, as de:
• ambos os olhos;
• um olho e uma das mãos ou um olho e um pé; ou
• ambas as mãos ou ambos os pés ou uma das mãos e um pé.
d) incapacidade permanente parcial: redução parcial da capacidade de trabalho, em caráter
permanente que, não provocando morte ou incapacidade permanente total, é causa de perda de
qualquer membro ou parte do corpo, perda total do uso desse membro ou parte do corpo, ou
qualquer redução permanente de função orgânica;
e) incapacidade temporária total: perda total da capacidade de trabalho de que resulte um ou mais
dias perdidos, excetuados a morte, a incapacidade permanente parcial e a incapacidade permanente
total.”

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Veja comentário da alternativa A.

A alternativa C está incorreta. Essa é a definição de morte, conforme a Norma. Veja comentário da
alternativa A.

A alternativa D está incorreta. Essa é a definição de condição ambiente de insegurança ou condição insegura,
recorde-se:

Causa Definição Exemplos


Trabalhador apresenta comportamento
causa relativa ao comportamento
Fator inseguro e é indisciplinado. Falta de
humano, que pode levar à ocorrência do
pessoal conhecimento ou experiência. Desajustamento
acidente ou à prática do ato inseguro.
físico, emocional ou mental.
corresponde à ação ou omissão que,
Trabalhador age em desconformidade com as
Ato contrariando preceito de segurança, pode
normas de secionamento de circuitos elétricos
inseguro causar ou favorecer a ocorrência de
(ato inseguro por ação). Trabalhador não utiliza
acidente.
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óculos de proteção ao esmerilhar uma peça


metálica (ato inseguro por omissão).
Encarregado solicita ao trabalhador que realize
Condição condição do meio que causou o acidente trabalho em altura sem os equipamentos de
insegura ou que contribuiu para sua ocorrência. proteção adequados. Ambiente com ruído
excessivo. Piso escorregadio.

A alternativa E está incorreta. Essa é a definição de acidente inicial. Vimos que, “(...) na classificação da
espécie de acidente impessoal é necessário considerar-se que, muitas vezes, um acidente impessoal gera
outro acidente impessoal, que, por sua vez, pode gerar outro acidente impessoal e assim por diante, sendo
cada um desses acidentes impessoais capaz de gerar um ou mais acidentes pessoais.

Exemplo: um galpão que armazena inflamáveis, atingido por um raio (primeiro acidente impessoal)
incendeia-se (segundo acidente impessoal) e, em virtude desse incêndio, cai a rede elétrica externa (terceiro
acidente impessoal), atingindo alguém (acidente pessoal), que sofre choque elétrico (lesão pessoal).

Nesse sentido, define-se o termo “espécie de acidente impessoal (espécie)” como a caracterização da
ocorrência de acidente impessoal de que resultou ou poderia ter resultado acidente pessoa. E o termo
“acidente inicial” como o acidente impessoal desencadeador de um ou mais acidentes.”

17 (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / 2018) Em uma base de armazenamento de botijões de gás, ocorreu um


grave acidente de trabalho. O gerente geral criou uma comissão para investigar e analisar o acidente, a
qual chegou a causas oriundas de fatores pessoais e fatores de trabalho, que levaram à ocorrência daquele
acidente. É uma causa considerada fator pessoal:

(A) ventilação inadequada

(B) passagem obstruída

(C) especificações inadequadas nas requisições

(D) uso incorreto de equipamento de proteção individual

(E) relações de subordinação pouco claras/conflitantes

Comentários: as alternativas trazem exemplos de fatores do trabalho (que chamamos de condições


ambientais do trabalho ou simplesmente condições ambientais) e fares pessoais (que podem ser atos
inseguros ou condições pessoais de insegurança).

Nesse caso, ventilação inadequada, passagem obstruída, especificações inadequadas nas requisições e
relações de subordinação pouco claras/conflitantes são exemplos de fatores do trabalho.

67

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Portanto, o fator pessoal é o uso incorreto de equipamentos de proteção individual, pelo que a alternativa
D está correta e é o gabarito da questão.

18 (FCC / SABESP / 2018) Considerando a ABNT NBR-14280, as causas de acidente de trabalho: (I) uso de
equipamento defeituoso ou deteriorado, (II) deixar de usar o equipamento de proteção individual
disponível, (III) realização de horas extras acima do permitido por legislação (fadiga); e (IV) usar
equipamento/máquina de maneira imprópria, são caracterizadas, respectivamente, como:

(A) As 4 situações configuram condição ambiente de insegurança.

(B) Ato inseguro, Fator pessoal de segurança, condição de insegurança e fator pessoal de insegurança.

(C) Condição ambiente de insegurança, fator pessoal de insegurança, ato inseguro e ato inseguro

(D) Condição ambiente de insegurança, ato inseguro, fator pessoal de insegurança e ato inseguro.

(E) As 4 situações configuram ato inseguro.

Comentários: vamos classificar cada um dos eventos.

Evento Classificação
I - uso de equipamento defeituoso ou deteriorado Condição ambiente de insegurança
II - deixar de usar o equipamento de proteção individual disponível Ato inseguro
III - realização de horas extras acima do permitido por legislação Fator pessoal de insegurança
(fadiga);
IV - usar equipamento/máquina de maneira imprópria Ato inseguro

No caso da “realização de horas extras acima do permitido por legislação (fadiga)” foi considerado como ato
inseguro porque a banca julgou a realização por conta própria do empregado, caso estivesse seguindo ordens
superiores, seria condição ambiente de insegurança.

Portanto, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

19 (FGV / BANESTES / 2018) Em conformidade com a NBR 14280:2001, torna-se necessário o entendimento
dos seguintes elementos: Acidente Impessoal, Acidente Pessoal e Lesão Pessoal. Considere que um galpão
que armazena inflamável, atingido por um raio, incendeia-se. Em virtude desse incêndio, cai a rede elétrica
externa, atingindo alguém, que sofre choque elétrico.

Nessa situação, são esperados:

(A) 1 acidente pessoal e 1 lesão pessoal;

(B) 1 acidente impessoal, 1 acidente pessoal e 1 lesão pessoal;

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(C) 2 acidentes impessoais, 2 acidentes pessoais e 1 lesão pessoal;

(D) 3 acidentes impessoais e 1 acidente pessoal;

(E) 3 acidentes impessoais, 1 acidente pessoal e 1 lesão pessoal.

Comentários: inicialmente, vale recorder os conceitos de acidente impessoal, acidente pessoal e lesão
pessoal, além de outros:

Uma das etapas da investigação/análise do acidente é classificá-lo corretamente. De acordo com a NBR
14.280, o acidente do trabalho pode ser classificado como pessoal ou impessoal.

a) acidente pessoal: acidente cuja caracterização depende de existir acidentado;


c) acidente impessoal: acidente cuja caracterização independe de existir acidentado, não podendo ser
considerado como causador direto de lesão pessoal10;

Na caracterização do acidente pessoal deve-se identificar o acidentado que é a vítima do acidente. Assim,
em havendo acidentado, deve-se identificar o tipo de acidente pessoal:

a) acidente com lesão: ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o
exercício do trabalho, de que resulte lesão pessoal;
b) acidente sem lesão: acidente que não causa lesão pessoal.

Por sua vez, “(...) o termo lesão pessoal é definido por essa norma Nomo qualquer dano sofrido pelo
organismo humano, como consequência de acidente do trabalho."

Agora, vamos classificar os acontecimentos narrados.

Evento Classificação
1 - galpão que armazena inflamável é atingido por um raio; e acidente impessoal
incendeia-se (queda do raio);
2 – em virtude do raio, o galpão incendeia-se (incêndio); acidente impessoal
3 - em virtude desse incêndio, cai a rede elétrica externa (queda da acidente impessoal
rede elétrica)
4 – rede elétrica atinge alguém acidente pessoal
5 – o alguém atingido pela rede elétrica sofre choque elétrico. lesão pessoal

10
Há sempre um acidente pessoal entre o acidente impessoal e a lesão.
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Assim, os eventos narrados constituem 3 acidentes impessoais, 1 acidente pessoal e 1 lesão pessoal, pelo
que a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

20 (FGV / BANESTES / 2018) A temática do acidente de trabalho está presente na maioria dos estudos de
segurança do trabalho, à medida que afeta negativamente governo, trabalhador, empresa e sociedade.
Em conformidade com a NBR 14280:2001, um dos elementos essenciais para a análise do acidente é o ato
inseguro. Na caracterização do ato inseguro, deve-se levar em consideração o seguinte aspecto:

(A) pode ser algo que a pessoa fez quando não deveria fazer ou deveria fazer de outra maneira, ou, ainda,
algo que deixou de fazer quando deveria ter feito;

(B) os atos de supervisão, tais como decisões e ordens de chefe no exercício de suas funções, podem ser
classificados como atos inseguros;

(C) significa, necessariamente, desobediência às normas ou regras constantes de regulamentos formalmente


adotados, mas também se caracteriza pela observância de práticas de segurança tacitamente aceitas;

(D) pode ser praticado pelo próprio acidentado em determinadas circunstâncias ou condições;

(E) a pessoa que o pratica pode fazê-lo consciente ou não de estar agindo de forma segura.

Comentários: vimos que “o ato inseguro corresponde a ação ou omissão que, contrariando preceito de
segurança, pode causar ou favorecer a ocorrência de acidente. Na caracterização do ato inseguro, para fins
de investigação de acidentes, deve-se levar em consideração o seguinte:

a) o ato inseguro pode ser algo que a pessoa faz quando não deve fazer, ou deveria fazer de outra
maneira, ou, ainda, algo que deixou de fazer quando deveria ter feito;
b) o ato inseguro tanto pode ser praticado pelo próprio acidentado como por terceiros;
c) a pessoa que pratica pode fazê-lo consciente ou não de estar agindo inseguramente;
d) quando o risco já vinha existindo por certo tempo, anteriormente à ocorrência do acidente – sendo
razoável esperar-se que durante esse tempo a administração o descobrisse e eliminasse – o ato que
criou esse risco não deve ser considerado ato inseguro, pois o ato inseguro deve estar intimamente
relacionado com a ocorrência do acidente, no que diz respeito ao tempo11;
e) o ato inseguro não significa, necessariamente, desobediência às normas ou regras constantes de
regulamentos formalmente adotados, mas também se caracteriza pela não observância de práticas
de segurança tacitamente aceitas. Na sua caracterização cabe a seguinte pergunta: nas mesmas
circunstâncias, teria agido do mesmo modo uma pessoa prudente e experiente?

11
Por exemplo, quando o trabalhador vem deixando de utilizar o EPI há algum tempo, a lesão dai
resultante não se deve ao ato inseguro do trabalhador (por omissão), trata-se nesse caso, de negligência
do empregador.
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f) a ação pessoal não deve ser classificada como ato inseguro pelo simples fato de envolver risco. Por
exemplo: o trabalho com eletricidade ou com certas substâncias perigosas envolve riscos óbvios, mas,
embora potencialmente perigoso, não deve ser considerado, em si, ato inseguro. Será, no entanto,
considerado ato inseguro trabalhar com eletricidade e com tais substâncias, sem a observância das
necessárias precauções;
g) só se deve classificar uma ação pessoal como ato inseguro quando tiver havido possibilidade de
adotar processo razoável que apresente menor risco. Por exemplo: se o trabalho de uma pessoa exigir
a utilização de certa máquina perigosa, não provida de dispositivo de segurança, isso não deve ser
considerado ato inseguro. Entretanto, será considerada ato inseguro a operação de máquina dotada
de dispositivo de segurança, quando tiver sido esse dispositivo retirado ou neutralizado pelo
operador (quando o trabalhador praticar a burla do sistema de segurança);
h) os atos de supervisão, tais como decisões e ordens de chefe no exercício de suas funções, não devem
ser classificados como atos inseguros. Assim, também, nenhuma ação realizada em obediência a
instruções diretas de supervisor deve ser considerada ato inseguro.

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

A alternativa B está incorreta. "os atos de supervisão, tais como decisões e ordens de chefe no exercício de
suas funções, podem ser classificados como atos inseguros (condições ambientais de insegurança)”. Também
vela a pena recordar esse assunto.

“Na caracterização da condição ambiente de insegurança, deve-se levar em consideração o seguinte:

a) a classificação da condição ambiente determina, em geral, automaticamente, a classificação do


agente do acidente. Assim sendo, ambos devem ser classificados simultaneamente;
b) na indicação da condição ambiente, fazê-lo sem considerar origem ou viabilidade de correção;
c) não omitir a indicação da condição ambiente, apenas por ter o acidente resultado de ato inseguro ou
de violação de ordens ou instruções ou, ainda, por não se conhecer meio efetivo de eliminar o risco;
d) o risco criado por ato de supervisão deve ser classificado como condição ambiente de insegurança;
e) não indicar como condição ambiente defeito físico ou qualquer deficiência pessoal;
f) a condição ambiente deve relacionar-se diretamente com a espécie ou tipo de acidente e com o
agente do acidente;
g) indicar somente a condição ambiente que causou ou permitiu a ocorrência do acidente considerado.
Ao designar essa condição, ater-se exclusivamente a considerações relacionadas com o meio, com
todas as suas características ecológicas, e não aos aspectos ligados às atividades individuais.”

A alternativa C está incorreta. "(não) significa, necessariamente, desobediência às normas ou regras


constantes de regulamentos formalmente adotados, mas também se caracteriza pela observância de
práticas de segurança tacitamente aceitas;”

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A alternativa D está incorreta. "pode ser praticado pelo próprio acidentado (ou por terceiros) em
determinadas circunstâncias ou condições;”

A alternativa E está incorreta. "a pessoa que o pratica pode fazê-lo consciente ou não de estar agindo de
forma segura (inseguramente).”

21 (CESGRANRIO / PETROBRÁS / 2018) Segundo a NBR 14280: 2001 Cadastro de acidente do trabalho -
Procedimento e classificação, para estatística e análise de acidentes, devem ser considerados alguns
elementos essenciais.

NÃO constitui um desses elementos a(o)

(A) fonte da lesão (B) hereditariedade (C) localização da lesão (D) ato inseguro (E) prejuízo material

Comentários: essa é moleza! de fato, a hereditariedade não tem nada a ver com a análise de acidentes, pelo
que a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

22 (FEPESE / CELESC / 2018) Como é definido, pela NBR 1420, qualquer dano sofrido pelo organismo
humano como consequência de acidente do trabalho?

(A) Lesão pessoal

(B) Doença natural

(C) Doença profissional

(D) Ferimento temporário

(E) Ferimento imediato

Comentários: vimos que “após classificá-lo e identificar suas causa, o investigador/analista do acidente
deverá indicar a(s) consequência(s) do acidente, que pode ser subdividida em: consequências em função da
natureza da lesão e em função da necessidade ou não de afastamento do trabalho.

A natureza da lesão é uma expressão que identifica a lesão, segundo suas características principais. Nesse
subdivisão as consequências do acidente podem ser:

a) lesão pessoal: qualquer dano sofrido pelo organismo humano, como consequência do acidente do
trabalho;
b) lesão imediata: lesão que se manifesta no momento do acidente;
c) lesão mediata (lesão tardia): lesão que não se manifesta imediatamente após a circunstância
acidental da qual resultou;

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d) doença do Trabalho: doença decorrente do exercício continuado ou intermitente de atividade


laborativa capaz de provocar lesão por ação mediata;
e) doença Profissional: doença do trabalho causada pelo exercício de atividade específica, constante de
relação oficial12;
f) morte: cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida, independentemente do tempo
decorrido desde a lesão.

Em função da necessidade ou não de afastamento do trabalho em decorrência do, o acidente pode ser dar
origem a:

a) lesão com afastamento (lesão incapacitante ou lesão com perda de tempo): lesão pessoal que
impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte
incapacidade permanente;
b) lesão sem afastamento (lesão não incapacitante ou lesão sem perda de tempo): lesão pessoal que
não impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente, desde que não haja
incapacidade permanente;
c) incapacidade permanente total: perda total da capacidade de trabalho, em caráter permanente, sem
morte.
Causa essa incapacidade as lesões que, não provocando a morte, impossibilitam o acidentado,
permanentemente, de trabalhar ou da qual decorre a perda total do uso ou a perda propriamente
dita, entre outras, as de:
• ambos os olhos;
• um olho e uma das mãos ou um olho e um pé; ou
• ambas as mãos ou ambos os pés ou uma das mãos e um pé.
d) incapacidade permanente parcial: redução parcial da capacidade de trabalho, em caráter
permanente que, não provocando morte ou incapacidade permanente total, é causa de perda de
qualquer membro ou parte do corpo, perda total do uso desse membro ou parte do corpo, ou
qualquer redução permanente de função orgânica;
e) incapacidade temporária total: perda total da capacidade de trabalho de que resulte um ou mais
dias perdidos, excetuados a morte, a incapacidade permanente parcial e a incapacidade permanente
total.”

Portanto, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

12
Relação estabelecido pela Previdência Social em conjunto com o Ministério da Saúde. Atualmente
consta do Decreto n.° 3.048/1999.
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23 (COMPERVE / UFRN / 2017) O conceito de variação é fundamental na metodologia Árvore de Causas, o


que significa que, em relação ao desenrolar habitual da atividade, ou seja, sem ocorrência de acidente,
alguma coisa se passou de forma não habitual. Pode-se observar que a variação é identificada em relação
ao trabalho

(A) Normatizado. (B) Real. (C) Prescrito. (D) Seguro.

Comentários: como vimos, “o conceito de variação é fundamental na metodologia da Árvore de Causas, o


que significa que, em relação ao desenrolar habitual da atividade, ou seja, sem ocorrência de acidente,
alguma coisa se passou de forma não habitual. Através da aplicação da AAC, pode-se identificar a variação
em relação ao trabalho real que levou a ocorrência do evento indesejado.”

Logo, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

24 (CESGRANRIO / PETROBRÁS / 2017) A técnica mais indicada para identificar fatores de acidente do
trabalho e suas inter-relações é a

(A) técnica de Incidentes

(B) série de Riscos

(C) análise de Árvore de Falhas

(D) análise de Árvore de Causas

(E) análise Preliminar de Riscos

Comentários: vimos que “(...) que a Análise por Árvore de Causas – AAC é uma variante da Análise por Árvore
de Falhas – AAF. A diferença fundamental entre a AAC e a AAF é que, enquanto a primeira utiliza fatos, ou
seja, eventos ocorridos, a segunda trabalha com eventos potenciais (de ocorrência provável).

Sendo assim, a AAC é considerada um “sensor do tipo II” no sistema de controle de riscos, ou seja, trabalha
no controle posterior às ocorrências (a posteriori).

A Árvore de Causas é um método de investigação de acidentes em que a árvore, normalmente, é construída


a partir do último evento, o acidente, a partir do qual são definidos os antecedentes imediatos. Utiliza-se
apenas do registro de fatos na estratificação temporal das informações para a construção da árvore.

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==14b95d==

Figura 1.1: Aplicação de Análise por Árvore de Causa – o último evento (ferimento, que é o acidente) é a base
para a construção da árvore, a partir do qual ela será “montada” com os acontecimentos imediatos.

Para alguns autores, a AAC é a técnica mais indicada para identificar fatores de acidentes do trabalho
(causas, circunstâncias e consequências) e suas inter-relações. Isso, pois, por ser baseada em fatos, ou seja,
em eventos já ocorridos, permite uma análise com mais detalhes das situações ocorridas. Na análise dos
fatos, a técnica mostra-se adequada para investigação de fatores organizacionais não previstos nas Normas
Regulamentadoras que contribuíram para a ocorrência do acidente.

Enquanto a AAF se baseia em eventos potenciais para analisar ocorrências indesejáveis


futuras, a AAC se baseia em fatos já ocorridos, por isso, é a técnica mais indicada para
identificar fatores de acidentes do trabalho (causas, circunstâncias e consequências) e
suas inter-relações.

Para a análise de um acidente ocorrido, utilizam-se dois questionários padrão: o primeiro consiste em
entrevista com os indivíduos acidentados, enquanto o segundo apresenta um formulário para análise do local
do acidente.

Assim como qualquer método baseado em “diagrama de árvore”, a AAC não é adequada para apurar quem
agiu com negligência, imperícia ou imprudência, contribuindo dessa forma para ocorrência do acidente, bem
como questões pessoais e familiares que o trabalhador acidentado vivenciava e que contribuíram para
ocorrência do acidente.

Logo, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

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25 (NC-UFPR / COPEL / 2017) O método que faz a representação gráfica das interações entre diversas falhas
que podem causar um acidente é conhecido por:

(A) Método do PCMAT.

(B) Método LTCAT.

(C) Método da Análise Preliminar de Riscos.

(D) Método de Árvore de Causas.

(E) Método do PPRA.

Comentários: nesse caso, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

26 (FCC / COOPERGÁS-PE / 2016) Considere o caso abaixo para responder às questão.

O eletricista J.P., com 34 anos de idade, ao fazer uma emenda em um cabo condutor de fase, energizado e
sem isolamento, encostou o braço na escada metálica em que estava trabalhando, a uma altura de 2,2
metros da superfície de referência. Trata-se de um trabalho realizado em proximidade, conforme a NR-10. A
luva que ele usava estava com um furo, ocasionando um choque elétrico em J.P. que, desequilibrado, caiu da
escada e bateu a cabeça e as costas no chão, ficando inconsciente até a prestação de assistência médica.

A falta de experiência por parte de J.P. levou-o ao não desligamento e à falta de aterramento da instalação
que, de acordo com a NBR-14280, são classificados, respectivamente, como:

(A) condições inseguras e fator pessoal de insegurança.

(B) ato inseguro e condições de insegurança.

(C) ato inseguro e ato inseguro.

(D) fator pessoal de insegurança e fator pessoal de insegurança.

(E) fator pessoal de insegurança e ato inseguro.

Comentários: o enunciado contextualiza os fatores que levaram a um acidente. Ao final, o avaliador quer
que o candidato classifique a “falta de experiência” do trabalhador e o “não desligamento e a falta de
aterramento da instalação”, fatores determinantes para a ocorrência do acidente.

A falta de experiência é um típico exemplo de fator pessoal de insegurança. Como vimos “o fator pessoal
de insegurança, ou simplesmente fator pessoal é a causa relativa ao comportamento humano, que pode
levar à ocorrência do acidente ou à prática de um ato inseguro.
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Por exemplo, o comportamento inseguro e indisciplinado de um trabalhador (fator pessoal de insegurança)


pode contribuir decisivamente para que ele decida pelo não uso óculos de proteção (ato inseguro por
omissão) ao operar uma esmerilhadeira e venha a sofrer um acidente do qual decorra lesão ocular.

Na condução da análise do acidente, a pesquisa do fator pessoal de insegurança apresenta, em geral, alguma
dificuldade, o que não deve, no entanto, constituir motivo de desestímulo a essa pesquisa, que pode ensejar
a eliminação de muitos atos inseguros.

Agora, trago alguns exemplos classificados como fator pessoal de insegurança:

• falta de conhecimento ou experiência;


• falta de experiência ou especialização;
• desajustamento físico: deformidade, hérnia preexistente, debilidade muscular, debilidade
esquelética, debilidade orgânica, deficiência visual, deficiência auditiva, deficiência olfativa, doença
degenerativa, insensibilidade cutânea, fadiga;
• desajustamento emocional ou mental: alcoolismo e toxicomania, agressividade, excitabilidade e
impulsividade, alteração mental (loucura), distúrbio emocional, disritmia cerebral, deficiência
intelectual.”

Por sua vez, o omissão cometida pelo “não desligamento do circuito e falta de aterramento” são exemplos
de ato inseguro, já que são regras básicas na condução de trabalhos em circuitos elétricos de alta tensão e
em proximidade.

Logo, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

27 (COMVEST-UFMA / UFMA / 2016) A NBR 14280:2001 (Cadastro de acidente do trabalho - Procedimento


e Classificação) considera, na análise e estatística de acidentes, alguns elementos essenciais. Assinale a
alternativa que NÃO contém um desses elementos:

(A) natureza da lesão

(B) prejuízo material

(C) tipo de acidente pessoal

(D) fator impessoal de segurança

(E) espécie de acidente impessoal

Comentários: vimos que “o referido relatório (de acidentes), inclusive, inclui elementos essenciais para
levantamentos de estatísticas, bem como, para a investigação e análise de acidentes, tais sejam:

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a) espécie de acidente impessoal (espécie);


b) tipo de acidente pessoal (tipo);
c) agente do acidente (tipo);
d) fonte da lesão;
e) fator pessoal de insegurança (fator pessoal);
f) ato inseguro;
g) condição ambiente de insegurança (condição ambiente);
h) natureza da lesão;
i) localização da lesão; e
j) prejuízo material.”

Nesse caso, o único item trazido pela banca que não corresponde a um desses elementos essenciais é o
“fator impessoal de segurança” , pelo que a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

28 (IFB / IFB / 2016) A prevenção de acidentes é uma das três principais áreas de atuação das atividades
de Segurança do Trabalho. Assinale abaixo a alternativa que corresponde CORRETAMENTE à explicação de
uma das principais causas dos acidentes de trabalho nas organizações.

(A) O agente: aquele que está estreitamente relacionado com a lesão, como o cabo do martelo.

(B) O tipo de acidente: é o objeto (a máquina ou o equipamento) que poderia ser protegido e está
diretamente relacionado com a lesão, como o martelo.

(C) O fator pessoal de insegurança: modo de contato entre o agente do acidente e o acidentado.

(D) O ato inseguro: é a característica, deficiência ou alteração mental (acidental ou permanente) que permite
o ato inseguro.

(E) A condição insegura: condição física ou mecânica existente no local, na máquina, no equipamento ou na
instalação (que poderia ter sido protegida ou corrigida), e que leva à ocorrência do acidente.

Comentários: vamos analisar cada uma das alternativas.

A alternativa A está incorreta. Como vimos, “agente do acidente (agente): coisa, substância ou ambiente
que, sendo inerente à condição ambiente (ou ambiental) de insegurança, tenha provocado o acidente.

Como exemplo, um ruído de alta intensidade em um galpão industrial pode ser considerado um fator
ambiental de insegurança (um agente do acidente) capaz de inibir a percepção auditiva do trabalhador no
caso de uma situação de risco, como é o caso de ocorrência de atropelamentos por empilhadeiras que,
quando estão em marcha ré, emitem sinais sonoros para evitar que trabalhadores fiquem no ponto cego do
motorista.”

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Observe que o agente é inerente à condição ambiente de insegurança e não à lesão!

Coisa, substância, energia ou movimento do corpo que diretamente provocou a lesão é a definição de fonte
da lesão.

A alternativa B está incorreta. Vimos que “uma das etapas da investigação/análise do acidente é classificá-
lo corretamente. De acordo com a NBR 14.280, o acidente do trabalho pode ser classificado como pessoal
ou impessoal.

a) acidente pessoal: acidente cuja caracterização depende de existir acidentado;


d) acidente impessoal: acidente cuja caracterização independe de existir acidentado, não podendo ser
considerado como causador direto de lesão pessoal13;

Na caracterização do acidente pessoal deve-se identificar o acidentado que é a vítima do acidente. Assim,
em havendo acidentado, deve-se identificar o tipo de acidente pessoal:

a) acidente com lesão: ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o
exercício do trabalho, de que resulte lesão pessoal;
b) acidente sem lesão: acidente que não causa lesão pessoal.”

“O objeto (a máquina ou o equipamento) que poderia ser protegido e está diretamente relacionado com a
lesão, como o martelo” é o agente da lesão.

A alternativa C está incorreta. Nada disso! Como vimos, “o fator pessoal de insegurança, ou simplesmente
fator pessoal é a causa relativa ao comportamento humano, que pode levar à ocorrência do acidente ou à
prática de um ato inseguro.

Por exemplo, o comportamento inseguro e indisciplinado de um trabalhador (fator pessoal de insegurança)


pode contribuir decisivamente para que ele decida pelo não uso óculos de proteção (ato inseguro por
omissão) ao operar uma esmerilhadeira e venha a sofrer um acidente do qual decorra lesão ocular.

Na condução da análise do acidente, a pesquisa do fator pessoal de insegurança apresenta, em geral, alguma
dificuldade, o que não deve, no entanto, constituir motivo de desestímulo a essa pesquisa, que pode ensejar
a eliminação de muitos atos inseguros.

Agora, trago alguns exemplos classificados como fator pessoal de insegurança:

• falta de conhecimento ou experiência;


• falta de experiência ou especialização;

13
Há sempre um acidente pessoal entre o acidente impessoal e a lesão.
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• desajustamento físico: deformidade, hérnia preexistente, debilidade muscular, debilidade


esquelética, debilidade orgânica, deficiência visual, deficiência auditiva, deficiência olfativa, doença
degenerativa, insensibilidade cutânea, fadiga;
• desajustamento emocional ou mental: alcoolismo e toxicomania, agressividade, excitabilidade e
impulsividade, alteração mental (loucura), distúrbio emocional, disritmia cerebral, deficiência
intelectual.”

A alternativa D está incorreta. Também faz referência ao fator pessoal de insegurança.

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Traz um bom exemplo de condição insegura ou
condição ambiente de insegurança.

29 (COVEST-COPSET / UFPE / 2015) Na investigação e análise de acidentes pelo Método Árvore de Causas,
os componentes que formam a atividade são:

(A) Máquina, Medida, Meio Ambiente e Processo Produtivo.

(B) Indivíduo, Atividade, Custo e Processo Produtivo.

(C) Tarefa, Custo, Meio Ambiente e Atividade.

(D) Indivíduo, Tarefa, Material e Meio de Trabalho.

(E) Medidas de Controles, Custo Operacional e Capacidade Produtiva.

Comentários: como vimos, “o conceito de variação é fundamental na metodologia da Árvore de Causas, o


que significa que, em relação ao desenrolar habitual da atividade, ou seja, sem ocorrência de acidente,
alguma coisa se passou de forma não habitual. Através da aplicação da AAC, pode-se identificar a variação
em relação ao trabalho real que levou a ocorrência do evento indesejado.

Na investigação e análise de acidentes pelo Método Árvore de Causas, os componentes que formam a
atividade são:

• indivíduo;
• tarefa;
• material; e
• meio de trabalho.”

Portanto, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

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30 (FCC / TRT-4 / 2015) Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.

A empresa PLASTIC possui, atualmente, 400 funcionários contratados em regime celetista. Um de seus
funcionários é o Sandoval, com 23 anos de idade, há 2 meses na empresa PLASTIC, na função de operador de
injetoras de materiais plásticos. Certo dia, ele operava uma extrusora de tubos de PVC (poli-cloreto de vinila).
Ao fazer a limpeza do excesso de borra de plástico que fica acumulado na ponta do tubo de ferro, utilizou
uma espátula para remoção desta borra plástica. Durante esse processo, foi atingido pelo material plástico
quente que espirrou, causando queimaduras pelo rosto todo e a perda da visão do olho direito. Segundo o
supervisor técnico industrial, o material plástico projetado deveria estar à temperatura de 150 ºC, porém o
mesmo superaqueceu, atingindo a temperatura de 230 ºC. O equipamento não possuía nenhum tipo de
proteção mecânica que pudesse evitar que esse material se projetasse e viesse atingir os trabalhadores.

No relatório de investigação e análise de acidentes do trabalho da CIPA, constam os fatores abaixo que
contribuíram para ocorrência ou causas do acidente de Sandoval.

I. Falta de utilização de EPIs, ou seu uso de maneira imprópria.

II. Ausência do dispositivo de proteção.

III. Modo operatório inadequado à segurança ou uso de maneira imprópria.

IV. Falta de conhecimento ou experiência.

A classificação das causas do acidente, conforme a NBR-14280 e de acordo com a descrição do relatório da
CIPA da empresa PLASTIC, são, respectivamente,

(A) fator pessoal de insegurança, condição ambiente de insegurança, ato inseguro e ato inseguro.

(B) ato inseguro, fator pessoal de insegurança, condição ambiente de insegurança e fator pessoal de
insegurança.

(C) ato inseguro, condição ambiente de insegurança, ato inseguro e fator pessoal de insegurança.

(D) fator pessoal de insegurança, ato inseguro, condição ambiente de insegurança e ato inseguro.

(E) ato inseguro, fator pessoal de insegurança, ato inseguro e fator pessoal de insegurança.

Comentários: vamos classificar cada um dos fatores constantes do relatório de investigação e análise do
acidente, elaborado pela CIPA da PLASTIC.

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I. Falta de utilização de EPIs, ou seu uso de São exemplos de ato inseguro. Agora, lembre-se de
maneira imprópria. que a falta do EPI e/ou seu não fornecimento é
condição insegura.
II. Ausência do dispositivo de proteção. É um exemplo de condição ambiente de insegurança
ou condição insegura.
III. Modo operatório inadequado à segurança O uso de máquina e ferramentas de maneira imprópria
ou uso de maneira imprópria. é um clássico de exemplo de ato inseguro. Agora, o
modo operatório impróprio, se determinado pela
chefia, é condição insegura e não ato inseguro. Daria
para contestar essa afirmativa!
IV. Falta de conhecimento ou experiência Temo aqui um fator pessoal de insegurança.

No caso, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

31 (FCC / TRT-3 / 2015) Um funcionário, recém-contratado e sem nunca ter trabalhado no meio fabril,
estava limpando uma máquina compressora de pós-metálicos, similar a uma prensa excêntrica, com a
mesma em movimento, foi limpar a máquina e o pano enroscou nos punções de conformação, puxando
sua mão para zona de prensagem e causando a perfuração no segundo e quarto dedos da mão direita
ocasionando assim a amputação da falange distal. Esse trabalhador, sem experiência, recebeu todas as
orientações, os equipamentos de proteção individual e treinamentos do SESMT na integração da empresa
e mesmo assim agiu em desacordo com as normas e procedimentos de segurança do trabalho. De acordo
com a NBR 14280, limpar a máquina em movimento e a falta de experiência caracterizam,
respectivamente,

(A) condição ambiente de insegurança e ato inseguro.

(B) erro humano e fator impessoal de insegurança.

(C) fator pessoal de segurança e ato inseguro.

(D) espécie de acidente impessoal e erro humano.

(E) ato inseguro e fator pessoal de insegurança.

Comentários: o enunciado deixa claro que, apesar da falta de experiência, o trabalhador acidentado
“recebeu todas as orientações, os equipamentos de proteção individual e treinamentos do SESMT”.

Nesse caso, “limpar a máquina em movimento”, mesmo recebendo treinamento a respeito é um ato
inseguro. Por sua vez, a “falta de experiência” é um fator pessoal de insegurança.

Logo, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

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32 (FCC / SABESP / 2014) Considere uma empresa metalúrgica de estampagem de metais. Em 2011,
ocorreram 3 acidentes. O primeiro foi um acidente de trajeto. O segundo, um acidente com afastamento
leve, que impediu o trabalhador de realizar suas atividades por meio período. O terceiro acidente
provocou uma perda do membro acima do punho do trabalhador, afastando-o por 200 dias, com os dias
debitados que, de acordo com a NBR 14280, equivalem a 3.600 dias. Naquele ano os 200 funcionários
trabalharam 250 dias úteis e a jornada de trabalho foi de 8 horas diárias.

O trabalhador, devidamente capacitado, que teve a perda do membro acima do punho, infringiu as
normativas de segurança interna da empresa, desconectando o sensor de segurança, a cortina de luz, de
uma prensa pneumática que trabalhava com 500 golpes por minutos. O objetivo dele era aumentar a
produtividade e se destacar como funcionário do mês. De acordo com a NBR 14280, é considerado, para
esta situação, como causa principal do acidente de trabalho:

(A) Fator impessoal de segurança.

(B) Ato inseguro, ação ou omissão.

(C) Condição ambiente de insegurança ou condição do meio.

(D) Falta de ordens de serviços ou falta de treinamento eficaz.

(E) Erro Humano, falta de conhecimento (ou ignorância).

Comentários: mesmo devidamente capacitado, o trabalhador “infringiu as normativas de segurança interna


da empresa, desconectando o sensor de segurança, a cortina de luz, de uma prensa pneumática que
trabalhava com 500 golpes por minutos.” Temos aqui um clássico exemplo de ato inseguro, que, como
vimos, pode ocorrer por ação ou omissão.

Portanto, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

33 (IADES / METRÔ-DF / 2014) Quanto aos acidentes de trabalho, assinale a alternativa correta.

(A) Acidente com afastamento: aquele em que o acidentado pode exercer sua função normal, no mesmo dia
do acidente ou no dia seguinte, no horário regulamentar.

(B) Acidente sem afastamento: aquele em que o acidentado sofre uma incapacidade temporária ou
permanente que o impossibilita de retornar ao trabalho no mesmo dia ou no dia seguinte ao acontecido.
Pode até mesmo ocorrer a morte do trabalhador.

(C) Aidente de trajeto: aquele que ocorre no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para
aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.

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(D) Ato inseguro: qualquer atividade no local de trabalho, ou decorrente dele, em que ocorra um evento não
desejado e que provoque algum dano na forma de lesão ou avaria de instalações, meio ambiente ou
equipamentos.

(E) Acidente típico: todos os procedimentos do homem que contrariam as normas de prevenção de
acidentes. As atitudes contrárias aos procedimentos e (ou) às normas de segurança, que o homem assume,
podem ou não ser deliberadas de acordo com a gestão do ambiente ocupacional. Normalmente, quando
essas atitudes não são propositais, o homem está sendo impelido por problemas psicossociais.

Comentários: vamos analisar cada uma das alternativas.

A alternativa A está incorreta. “Acidente com (sem) afastamento: aquele em que o acidentado pode exercer
sua função normal, no mesmo dia do acidente ou no dia seguinte, no horário regulamentar.”

A alternativa B está incorreta. “Acidente sem (com) afastamento: aquele em que o acidentado sofre uma
incapacidade temporária ou permanente que o impossibilita de retornar ao trabalho no mesmo dia ou no
dia seguinte ao acontecido. Pode até mesmo ocorrer a morte do trabalhador.”

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Vimos que “(...) na classificação do acidente, deve-se,
ainda, informar a ocorrência de acidente de trajeto, assim entendido o acidente sofrido pelo empregado
no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de
locomoção, inclusive veículo de propriedade do empregado, desde que não haja interrupção ou alteração
de percurso por motivo alheio ao trabalho.

Entende-se como percurso o trajeto da residência ou do local de refeição para o trabalho ou desde para
aqueles, independentemente do meio de locomoção, sem alteração ou interrupção por motivo pessoal, do
percurso do empregado. Não havendo limite de prazo para que o empregado atinja o local de residência,
refeição ou de trabalho, deve ser observado o tempo necessário compatível com a distância percorrida e o
meio de locomoção utilizado.”

A alternativa D está incorreta. A NBR 14280 não traz uma definição específica de acidente típico, veremos
essa definição no estudo da legislação previdenciária referente ao tema!

Por hora, saiba que o acidente típico é aquele que provoca ou tem potencial de provocar lesão imediata,
ao contrário das doenças ocupacionais (do trabalho ou profissionais) que provoca lesão mediata (tardia).

34 (IADES / METRÔ-DF / 2014) Considerando um evento adverso como qualquer ocorrência de natureza
indesejável relacionado direta ou indiretamente ao trabalho, incluindo acidentes, incidentes e
circunstâncias indesejadas, assinale a alternativa que apresenta uma consequência desse tipo de evento.

(A) Prejuízo: dano a uma propriedade, instalação, máquina, equipamento, meio ambiente ou perdas de
produção.
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(B) Grave: morte ocorrida em razão de eventos adversos relacionados ao trabalho.

(C) Fatal: amputações ou esmagamentos, perda de visão, lesão ou doença que leva à perda permanente de
funções orgânicas, fraturas que necessitam de intervenção cirúrgica, queimaduras que atingem mais de 30%
da superfície corporal.

(D) Moderado: agravos que não se classificam como fatais ou graves e mediante os quais a pessoa fica
impossibilitada de executar o respectivo trabalho normal por mais de 90 dias.

(E) Leve: agravos que não se classificam como fatais, graves ou moderados, em que a pessoa fica
impossibilitada de trabalhar por mais de 30 dias.

Comentários: vimos que “em função de suas a consequências, o acidente do trabalho pode ser classificado
em:

a) fatal: morte ocorrida em virtude de eventos adversos relacionados ao trabalho;


b) grave: amputações ou esmagamentos, perda de visão, lesão ou doença que leve a perda permanente
de funções orgânicas (por exemplo: pneumoconioses fibrogênicas, perdas auditivas), fraturas que
necessitem de intervenção cirúrgica ou que tenham elevado risco de causar incapacidade
permanente, queimaduras que atinjam toda a face ou mais de 30% da superfície corporal ou outros
agravos que resultem em incapacidade para as atividades habituais por mais de 30 dias;
c) moderado: agravos à saúde que não se enquadrem nas classificações anteriores e que a pessoa
afetada fique incapaz de executar seu trabalho normal durante três a trinta dias;
d) leve: todas as outras lesões ou doenças nas quais a pessoa acidentada fique incapaz de executar seu
trabalho por menos de três dias;
e) prejuízos financeiros: dano a uma propriedade, instalação, máquina, equipamento, meio-ambiente
ou perdas na produção.”

Nesse caso, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

35 (IADES / METRÔ-DF / 2014) Os acidentes de trabalho impessoais são aqueles

(A) que necessitam da existência de acidentado(s) para a sua correta caracterização.

(B) que causam lesão ao acidentado. Nem sempre há um acidente pessoal entre o acidente impessoal e a
lesão.

(C) causados por modificações ocorridas no ambiente do trabalho, sem o devido respeito às normas de
segurança do trabalho.

(D) considerados os causadores diretos da lesão pessoal.

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(E) cuja caracterização independe de existir acidentado.

Comentários: vimos que “uma das etapas da investigação/análise do acidente é classificá-lo corretamente.
De acordo com a NBR 14.280, o acidente do trabalho pode ser classificado como pessoal ou impessoal.

a) acidente pessoal: acidente cuja caracterização depende de existir acidentado;


b) acidente impessoal: acidente cuja caracterização independe de existir acidentado, não podendo ser
considerado como causador direto de lesão pessoal14;

Na caracterização do acidente pessoal deve-se identificar o acidentado que é a vítima do acidente. Assim,
em havendo acidentado, deve-se identificar o tipo de acidente pessoal:

a) acidente com lesão: ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o
exercício do trabalho, de que resulte lesão pessoal;
b) acidente sem lesão: acidente que não causa lesão pessoal.”

Portanto, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

36 (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / 2014) Existem diversas causas básicas de acidentes do trabalho, tais como
fatores pessoais e fatores de trabalho. Um exemplo de fator de trabalho é o(a)

(A) estresse psicológico

(B) falta de qualificação

(C) supervisão inadequada

(D) falta de conhecimento

(E) capacidade física inadequada

Comentários: vamos classificar os exemplos trazidos nas alternativas, lembrando que fator pessoal = fator
pessoal de insegurança e fator de trabalho = condição ambiental de insegurança ou simplesmente condição
ambiental

Estresse psicológico Fator pessoal


Falta de qualificação Fator pessoal
Supervisão inadequada Fator de trabalho
Falta de conhecimento Fator pessoal
Capacidade física inadequada Fator pessoal

14
Há sempre um acidente pessoal entre o acidente impessoal e a lesão.
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Portanto, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.

37 (INSTITUTO CONSULPLAN / CODERN / 2014) De acordo com a NBR 14.280, “acidente do trabalho é a
ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho, de que
resulte ou possa resultar lesão pessoal.” Acerca dos tipos de acidente, analise as afirmativas.

I. Acidente sem lesão é o acidente que não causa lesão pessoal.

II. Acidente impessoal é o acidente cuja caracterização independe de existir acidentado, não podendo ser
considerado como causador direto da lesão pessoal.

III. Acidente pessoal é o acidente cuja caracterização depende de existir acidentado.

IV. Acidente de trajeto é o acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de
trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do
empregado, desde que não haja interrupção ou alteração de percurso por motivo alheio ao trabalho.

Estão corretas as afirmativas

(A) I, II, III e IV. (B) I, II e III, apenas. (C) I, II e IV, apenas. (D) I, III e IV, apenas. (E) II, III e IV, apenas.

Comentários: vamos analisar cada uma das afirmativas.

A afirmativa I é verdadeira. Vimos que “uma das etapas da investigação/análise do acidente é classificá-lo
corretamente. De acordo com a NBR 14.280, o acidente do trabalho pode ser classificado como pessoal ou
impessoal.

a) acidente pessoal: acidente cuja caracterização depende de existir acidentado;


b) acidente impessoal: acidente cuja caracterização independe de existir acidentado, não podendo ser
considerado como causador direto de lesão pessoal15;

Na caracterização do acidente pessoal deve-se identificar o acidentado que é a vítima do acidente. Assim,
em havendo acidentado, deve-se identificar o tipo de acidente pessoal:

a) acidente com lesão: ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o
exercício do trabalho, de que resulte lesão pessoal;
b) acidente sem lesão: acidente que não causa lesão pessoal.”

A afirmativa II é verdadeira. Vide comentário da alternativa A.

A afirmativa III é verdadeira. Vide comentário da alternativa A.

15
Há sempre um acidente pessoal entre o acidente impessoal e a lesão.
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A afirmativa IV é verdadeira. Vide comentário da alternativa A. Vimos que “(...) na classificação do acidente,
deve-se, ainda, informar a ocorrência de acidente de trajeto, assim entendido o acidente sofrido pelo
empregado no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o
meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do empregado, desde que não haja interrupção ou
alteração de percurso por motivo alheio ao trabalho.

Entende-se como percurso o trajeto da residência ou do local de refeição para o trabalho ou desde para
aqueles, independentemente do meio de locomoção, sem alteração ou interrupção por motivo pessoal, do
percurso do empregado. Não havendo limite de prazo para que o empregado atinja o local de residência,
refeição ou de trabalho, deve ser observado o tempo necessário compatível com a distância percorrida e o
meio de locomoção utilizado.”

Portanto, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

38 (FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE / EMAP / 2012) A NBR 14.280 define natureza da lesão como:

(A) “indicação de qualquer dano sofrido pelo organismo humano, como consequência de acidente de
trabalho.”

(B) “conceito e identificação da lesão, segundo suas características principais.”

(C) “indicação da sede da lesão.”

(D) “lesão que se manifesta no momento do acidente.”

(E) “lesão que não se manifesta imediatamente após a circunstância acidental da qual resultou.”

Comentários: vimos que “Após classificá-lo e identificar suas causa, o investigador/analista do acidente
deverá indicar a(s) consequência(s) do acidente, que pode ser subdividida em: consequências em função da
natureza da lesão e em função da necessidade ou não de afastamento do trabalho.

A natureza da lesão é uma expressão que identifica a lesão, segundo suas características principais. Nesse
subdivisão as consequências do acidente podem ser:

a) lesão pessoal: qualquer dano sofrido pelo organismo humano, como consequência do acidente do
trabalho;
b) lesão imediata: lesão que se manifesta no momento do acidente;
c) lesão mediata (lesão tardia): lesão que não se manifesta imediatamente após a circunstância
acidental da qual resultou;
d) doença do Trabalho: doença decorrente do exercício continuado ou intermitente de atividade
laborativa capaz de provocar lesão por ação mediata;

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e) doença Profissional: doença do trabalho causada pelo exercício de atividade específica, constante de
relação oficial16;
f) morte: cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida, independentemente do tempo
decorrido desde a lesão.

Em função da necessidade ou não de afastamento do trabalho em decorrência do, o acidente pode ser dar
origem a:

a) lesão com afastamento (lesão incapacitante ou lesão com perda de tempo): lesão pessoal que
impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte
incapacidade permanente;
b) lesão sem afastamento (lesão não incapacitante ou lesão sem perda de tempo): lesão pessoal que
não impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente, desde que não haja
incapacidade permanente;
c) incapacidade permanente total: perda total da capacidade de trabalho, em caráter permanente, sem
morte.
Causa essa incapacidade as lesões que, não provocando a morte, impossibilitam o acidentado,
permanentemente, de trabalhar ou da qual decorre a perda total do uso ou a perda propriamente
dita, entre outras, as de:
• ambos os olhos;
• um olho e uma das mãos ou um olho e um pé; ou
• ambas as mãos ou ambos os pés ou uma das mãos e um pé.
d) incapacidade permanente parcial: redução parcial da capacidade de trabalho, em caráter
permanente que, não provocando morte ou incapacidade permanente total, é causa de perda de
qualquer membro ou parte do corpo, perda total do uso desse membro ou parte do corpo, ou
qualquer redução permanente de função orgânica;
e) incapacidade temporária total: perda total da capacidade de trabalho de que resulte um ou mais
dias perdidos, excetuados a morte, a incapacidade permanente parcial e a incapacidade permanente
total.”

Nesse caso, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

16
Relação estabelecido pela Previdência Social em conjunto com o Ministério da Saúde. Atualmente
consta do Decreto n.° 3.048/1999.
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39 (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / 2012) Ao realizar uma determinada tarefa, um operador de área de


produção sofre um acidente do trabalho. O técnico de segurança designado para realizar a análise do
acidente coleta as seguintes informações:

• O operador tinha formação/capacitação para realizar a tarefa.

• Existiam procedimentos e instruções detalhadas de como realizá-la.

• O operador realizava essa tarefa rotineiramente.

• No dia do acidente, o operador resolveu executá-la de forma diferente, com o objetivo de economizar
tempo, pois soube por um colega que a produção estava atrasada.

Analisando-se as informações obtidas,

(A) o operador cometeu um ato inseguro.

(B) o operador cometeu um ato abaixo do padrão.

(C) o operador cometeu uma condição insegura, devido ao fato de a produção estar atrasada.

(D) as condições de segurança estavam abaixo do padrão.

(E) as condições inseguras geraram atraso na produção.

Comentários: vamos analisar cada uma das informações.

• O operador tinha formação/capacitação para realizar a tarefa = se era capacitado, descarta-se o fator
pessoal de insegurança em relação à falta de especialização.

• Existiam procedimentos e instruções detalhadas de como realizá-la = logo, não há condição ambiente de
insegurança quanto a falta de procedimentos adequados.

• O operador realizava essa tarefa rotineiramente = isso implica que era experiente, logo, descarta-se o fator
pessoal de insegurança em relação à falta de experiência.

• No dia do acidente, o operador resolveu executá-la de forma diferente, com o objetivo de economizar
tempo, pois soube por um colega que a produção estava atrasada = se era experiente, capacitado e existia
procedimento especificado, tem-se um típico exemplo de ato inseguro.

Portanto, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

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40 (UFRJ / UFRJ / 2012) Num da norma de trabalho, Baltazar, chefe do setor de máquinas de um indústria
no ABC Paulista, recebe a visita de Dalton, funcionário que viera a ser encontro com braço e cabeça
enfaixados.

- Baltazar: O que houve com você, Dalton?

- Dalton: Quebrei meu braço e fiz um corte na cabeça hoje pela manhã, acidente.

- Baltazar: Mas como veio acontecer isto?

- Dalton: Eu estava correndo na hora do almoço atras do Hélio com uma toalha molhada e torcida para
chicoteá-lo, escorreguei e caí. Foi uma brincadeira.

De acordo com a NBR 14280, assinale a causa relativa do acidente ocorrido com o funcionário.

(A) Fator Pessoal.

(B) Ato Inseguro.

(C) Falta de experiência.

(D) Falta de conhecimento.

(E) Condição ambiente.

Comentários: vimos na aula que o ato de correr dentro das dependências da organização é um ato inseguro.
Mas professor? O trabalhador estava brincando e na hora do almoço! Não importa, no horário de almoço o
trabalhador está sob responsabilidade da empresa, logo, temos um acidentes de trabalho provocado por ato
inseguro, pelo que a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

41 (CESGRANRIO / PETROBRÁS / 2011) A NBR 14280 determina que a expressão “acidente com
afastamento” deve ser

(A) evitada, pois é usada impropriamente para significar outra expressão.

(B) usada para significar lesão com afastamento.

(C) usada para significar incapacidade permanente.

(D) usada para significar incapacidade temporária.

(E) indicada para relacionar dias perdidos e dias debitados.

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Comentários: vimos que “após classificá-lo e identificar suas causa, o investigador/analista do acidente
deverá indicar a(s) consequência(s) do acidente, que pode ser subdividida em: consequências em função da
natureza da lesão e em função da necessidade ou não de afastamento do trabalho.

A natureza da lesão é uma expressão que identifica a lesão, segundo suas características principais. Nesse
subdivisão as consequências do acidente podem ser:

a) lesão pessoal: qualquer dano sofrido pelo organismo humano, como consequência do acidente do
trabalho;
b) lesão imediata: lesão que se manifesta no momento do acidente;
c) lesão mediata (lesão tardia): lesão que não se manifesta imediatamente após a circunstância
acidental da qual resultou;
d) doença do Trabalho: doença decorrente do exercício continuado ou intermitente de atividade
laborativa capaz de provocar lesão por ação mediata;
e) doença Profissional: doença do trabalho causada pelo exercício de atividade específica, constante de
relação oficial17;
f) morte: cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida, independentemente do tempo
decorrido desde a lesão.

Em função da necessidade ou não de afastamento do trabalho em decorrência do, o acidente pode ser dar
origem a:

a) lesão com afastamento (lesão incapacitante ou lesão com perda de tempo): lesão pessoal que
impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte
incapacidade permanente;
b) lesão sem afastamento (lesão não incapacitante ou lesão sem perda de tempo): lesão pessoal que
não impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente, desde que não haja
incapacidade permanente;
c) incapacidade permanente total: perda total da capacidade de trabalho, em caráter permanente, sem
morte.
Causa essa incapacidade as lesões que, não provocando a morte, impossibilitam o acidentado,
permanentemente, de trabalhar ou da qual decorre a perda total do uso ou a perda propriamente
dita, entre outras, as de:
• ambos os olhos;
• um olho e uma das mãos ou um olho e um pé; ou
• ambas as mãos ou ambos os pés ou uma das mãos e um pé.

17
Relação estabelecido pela Previdência Social em conjunto com o Ministério da Saúde. Atualmente
consta do Decreto n.° 3.048/1999.
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d) incapacidade permanente parcial: redução parcial da capacidade de trabalho, em caráter


permanente que, não provocando morte ou incapacidade permanente total, é causa de perda de
qualquer membro ou parte do corpo, perda total do uso desse membro ou parte do corpo, ou
qualquer redução permanente de função orgânica;
e) incapacidade temporária total: perda total da capacidade de trabalho de que resulte um ou mais
dias perdidos, excetuados a morte, a incapacidade permanente parcial e a incapacidade permanente
total.

Devem ser evitadas as expressões "acidente com afastamento" e "acidente sem


afastamento", usadas impropriamente para significar, respectivamente, "lesão com
afastamento" e "lesão sem afastamento".

Logo, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

42 (FGV / FIOCRUZ / 2010) Com relação à NBR 14280, Cadastro de Acidente do Trabalho – Procedimento
e Classificação, analise as afirmativas a seguir:

I. Considera-se como acidente pessoal aquele cuja causa seja relativa ao comportamento humano.

II. Considera-se como lesão mediata aquela que não se manifesta imediatamente após a circunstância
acidental da qual resultou.

III. Considera-se incapacidade permanente total a perda total da capacidade de trabalho, em caráter
permanente, com ou sem morte.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

(D) se somente as alternativas I e III estiverem corretas.

(E) se somente as alternativas II e III estiverem corretas.

Comentários: vamos analisar cada uma das afirmativas.

A afirmativa I é falsa. Como vimos, “uma das etapas da investigação/análise do acidente é classificá-lo
corretamente. De acordo com a NBR 14.280, o acidente do trabalho pode ser classificado como pessoal ou
impessoal.
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a) acidente pessoal: acidente cuja caracterização depende de existir acidentado;


b) acidente impessoal: acidente cuja caracterização independe de existir acidentado, não podendo ser
considerado como causador direto de lesão pessoal18;

Na caracterização do acidente pessoal deve-se identificar o acidentado que é a vítima do acidente. Assim,
em havendo acidentado, deve-se identificar o tipo de acidente pessoal:

a) acidente com lesão: ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o
exercício do trabalho, de que resulte lesão pessoal;
b) acidente sem lesão: acidente que não causa lesão pessoal.”

A afirmativa II é verdadeira. Vimos que “após classificá-lo e identificar suas causa, o investigador/analista do
acidente deverá indicar a(s) consequência(s) do acidente, que pode ser subdividida em: consequências em
função da natureza da lesão e em função da necessidade ou não de afastamento do trabalho.

A natureza da lesão é uma expressão que identifica a lesão, segundo suas características principais. Nesse
subdivisão as consequências do acidente podem ser:

a) lesão pessoal: qualquer dano sofrido pelo organismo humano, como consequência do acidente do
trabalho;
b) lesão imediata: lesão que se manifesta no momento do acidente;
c) lesão mediata (lesão tardia): lesão que não se manifesta imediatamente após a circunstância
acidental da qual resultou;
d) doença do Trabalho: doença decorrente do exercício continuado ou intermitente de atividade
laborativa capaz de provocar lesão por ação mediata;
e) doença Profissional: doença do trabalho causada pelo exercício de atividade específica, constante de
relação oficial19;
f) morte: cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida, independentemente do tempo
decorrido desde a lesão.

Em função da necessidade ou não de afastamento do trabalho em decorrência do, o acidente pode ser dar
origem a:

a) lesão com afastamento (lesão incapacitante ou lesão com perda de tempo): lesão pessoal que
impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte
incapacidade permanente;

18
Há sempre um acidente pessoal entre o acidente impessoal e a lesão.
19
Relação estabelecido pela Previdência Social em conjunto com o Ministério da Saúde. Atualmente
consta do Decreto n.° 3.048/1999.
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b) lesão sem afastamento (lesão não incapacitante ou lesão sem perda de tempo): lesão pessoal que
não impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente, desde que não haja
incapacidade permanente;
c) incapacidade permanente total: perda total da capacidade de trabalho, em caráter permanente, sem
morte.
Causa essa incapacidade as lesões que, não provocando a morte, impossibilitam o acidentado,
permanentemente, de trabalhar ou da qual decorre a perda total do uso ou a perda propriamente
dita, entre outras, as de:
• ambos os olhos;
• um olho e uma das mãos ou um olho e um pé; ou
• ambas as mãos ou ambos os pés ou uma das mãos e um pé.
d) incapacidade permanente parcial: redução parcial da capacidade de trabalho, em caráter
permanente que, não provocando morte ou incapacidade permanente total, é causa de perda de
qualquer membro ou parte do corpo, perda total do uso desse membro ou parte do corpo, ou
qualquer redução permanente de função orgânica;
e) incapacidade temporária total: perda total da capacidade de trabalho de que resulte um ou mais
dias perdidos, excetuados a morte, a incapacidade permanente parcial e a incapacidade permanente
total.”

A afirmativa III é falsa. Vide comentário da afirmativa II.

Portanto, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.

43 (CESGRANRIO / PETROBRÁS / 2010) Um técnico de segurança do trabalho foi designado para fazer o
estudo de um acidente ocorrido no setor de embalagem da empresa para a pesquisa das causas,
circunstâncias e consequências da ocorrência. Segundo a NBR 14.280, o técnico trabalhará na etapa de

(A) verificação das condições ambientais.

(B) verificação estatística de pessoal.

(C) formalização do acidente.

(D) comunicação do acidente.

(E) análise do acidente.

Comentários: vimos que “na investigação/análise de um acidente do trabalho, o profissional deverá analisar
uma séries de aspectos para que possa chegar a elucidação dos ocorrido. Mas o que vem a ser a
investigação/análise do acidente de trabalho?

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A investigação/análise do acidente do trabalho consiste no estudo do fato ocorrido para


a pesquisa de causas, circunstâncias e consequências.

Assim, a investigação/análise do acidente do trabalho levará a elucidação dos seguintes aspectos: suas
causas, circunstâncias e consequências. Ressalte-se, desde já, que a investigação/análise jamais terá por
objetivo apontar “culpados” mas sim buscar tais elucidações com a finalidade de implementar medidas de
controle para evitar que venham a se repetir.”

Logo, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.

44 (CESGRANRIO / PETROBRÁS / 2010) Um trabalhador, ao ir ao banheiro no horário de trabalho, abriu a


porta e, ao entrar, pisou em uma poça d’água e escorregou. Ao tentar aparar a queda, quebrou o
antebraço. Segundo a NBR 14.280, qual foi a causa desse acidente?

(A) Condição ambiental de insegurança.

(B) Condição pessoal de segurança.

(C) Fator condicional de insegurança.

(D) Fator pessoal de insegurança.

(E) Fator pessoal de risco.

Comentários: clássico exemplo de condição ambiental de segurança ou simplesmente condição ambiental,


pelo que a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.

45 (CESGRANRIO / PETROBRÁS / 2010) Segundo a NBR 14.280, o acidente cuja caracterização depende de
existir(em) acidentado(s) é definido como acidente

(A) com lesão. (B) de trajeto. (C) impessoal. (D) pessoal. (E) usual.

Comentários: como vimos, “uma das etapas da investigação/análise do acidente é classificá-lo corretamente.
De acordo com a NBR 14.280, o acidente do trabalho pode ser classificado como pessoal ou impessoal.

a) acidente pessoal: acidente cuja caracterização depende de existir acidentado;


b) acidente impessoal: acidente cuja caracterização independe de existir acidentado, não podendo ser
considerado como causador direto de lesão pessoal20;

20
Há sempre um acidente pessoal entre o acidente impessoal e a lesão.
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Na caracterização do acidente pessoal deve-se identificar o acidentado que é a vítima do acidente. Assim,
em havendo acidentado, deve-se identificar o tipo de acidente pessoal:

a) acidente com lesão: ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o
exercício do trabalho, de que resulte lesão pessoal;
b) acidente sem lesão: acidente que não causa lesão pessoal.”

Logo, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

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