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Edimar
Monteiro
CNU (Bloco 4 - Trabalho e Saúde do
Trabalhador) Conhecimentos Específicos
- Eixo Temático 4 - Segurança e Saúde
do Trabalhador e da Trabalhadora - 2024
Autor:
(Pós-Edital)
André Rocha, Edimar Natali
Monteiro, Felipe Canella, Stefan
Fantini
19 de Fevereiro de 2024
André Rocha, Edimar Natali Monteiro, Felipe Canella, Stefan Fantini
Aula 17 - Prof. Edimar Monteiro
SUMÁRIO
ACIDENTE DO TRABALHO – INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES ................................................ 2
2 QUESTÕES ......................................................................................................................................... 28
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Nessa aula, trataremos dos aspectos principais envolvendo os procedimentos de investigação e análise de
acidentes do trabalho.
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1.1 Introdução
Se você chegou nessa aula, já conhece, em certa medida, a definição técnica do termo acidente do trabalho:
ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho, de que
resulte ou possa resultar lesão pessoal.
Assim, a investigação/análise do acidente do trabalho levará a elucidação dos seguintes aspectos: suas
causas, circunstâncias e consequências. Ressalte-se, desde já, que a investigação/análise jamais terá por
objetivo apontar “culpados” mas sim buscar tais elucidações com a finalidade de implementar medidas de
controle para evitar que venham a se repetir.
Nas abordagens para investigação e análise de acidentes do trabalho o(s) profissional(is) deve(m); além da
análise das condições ambientais do trabalho (análise do ambiente), verificação de medidas de proteção
etc.; conversar com o acidentado, verificar se ele está com algum tipo de problema, dentro ou fora da
empresa e tentar entender, a partir do relato dele, o que aconteceu para que o acidente tenha ocorrido.
Por exemplo, em seu Anexo B, a NBR 14280 propõe um modelo de relatório de investigação e análise de
acidentes que deve conter, entre outros aspectos:
a) informações gerais: estabelecimento, setor, local do acidente, tipo de atividade em que ocorreu o
acidente, equipamentos abrangidos, extensão dos danos, descrição dos acidente, identificação do(s)
acidentado(s);
b) classificação do acidente: pessoal, impessoal, com ou sem lesão, típico, de trajeto ou doença
ocupacional;
c) causas do acidente: agente do acidente (agente), fonte da lesão, fator pessoal de insegurança, ato
inseguro ou condição ambiente de insegurança (condição ambiente);
d) consequências do acidente: lesão pessoal, natureza da lesão, localização da lesão, lesão imediata ou
mediata (tardia), doença do trabalho, doença profissional, lesão com ou sem afastamento,
incapacidade total ou parcial, morte.
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O referido relatório, inclusive, deve incluir elementos essenciais para levantamentos de estatísticas, bem
como, para a investigação e análise de acidentes, tais sejam:
Nas seções a seguir, trataremos desses elementos essenciais, bem como das principais informações que
devem ser inseridas no relatório de investigação/análise de acidentes.
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Nesse caso, a alternativa D é a que melhor qualifica os termos investigação e análise do acidente, pelo que
está correta e é o gabarito da questão.
(CESPE-CEBRASPE / SERPRO) Julgue o item seguinte, referentes à NBR 14280:2001, que trata de cadastro
de acidente do trabalho.
Considere a seguinte situação hipotética.
Paulo, que trabalha de 8 às 12 e de 14 às 18 horas em uma indústria metalúrgica, desfruta do horário de
descanso de 12 às 14 horas para almoço e descanso na própria indústria, em determinado dia de trabalho,
1
Exemplo de atividades: Abrindo, acendendo, andando, atarraxando, baixando, batendo, capinando,
carregando, conduzindo, cortando, correndo, desmontando, empilhando, empurrando, esmerilando,
galgando, levantando, lubrificando, operando, puxando, soldando, torneando.
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às 13 horas, sofreu uma queda durante seu deslocamento no salão do refeitório, tendo ficado incapacitado
para o trabalho por alguns dias, devido a uma luxação em seu braço direito.
Nessa situação, a despeito de Paulo ter-se lesionado no local de trabalho, essa ocorrência não será
considerada acidente de trabalho, pois, independentemente do local onde for desfrutado, o horário de
descanso não será considerado horário de exercício do trabalho.
Comentários: será considerada acidente do trabalho sim! Guarde bem isso: o acidente sofrido nas
dependências da organização, ainda que no horário de descanso ou almoço, será considerado acidente do
trabalho.
Uma das etapas da investigação/análise do acidente é classificá-lo corretamente. De acordo com a NBR
14.280, o acidente do trabalho pode ser classificado como pessoal ou impessoal.
Na caracterização do acidente pessoal deve-se identificar o acidentado que é a vítima do acidente. Assim,
em havendo acidentado, deve-se identificar o tipo de acidente pessoal:
a) acidente com lesão: ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o
exercício do trabalho, de que resulte lesão pessoal;
b) acidente sem lesão: acidente que não causa lesão pessoal.
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Há sempre um acidente pessoal entre o acidente impessoal e a lesão.
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Por sua vez, na classificação da espécie de acidente impessoal é necessário considerar-se que, muitas vezes,
um acidente impessoal gera outro acidente impessoal, que, por sua vez, pode gerar outro acidente impessoal
e assim por diante, sendo cada um desses acidentes impessoais capaz de gerar um ou mais acidentes
pessoais.
Exemplo: um galpão que armazena inflamáveis, atingido por um raio (primeiro acidente impessoal)
incendeia-se (segundo acidente impessoal) e, em virtude desse incêndio, cai a rede elétrica externa (terceiro
acidente impessoal), atingindo alguém (acidente pessoal), que sofre choque elétrico (lesão pessoal).
Nesse sentido, define-se o termo “espécie de acidente impessoal (espécie)” como a caracterização da
ocorrência de acidente impessoal de que resultou ou poderia ter resultado acidente pessoal. E o termo
“acidente inicial” como o acidente impessoal desencadeador de um ou mais acidentes.
Deve ficar claro que o acidente impessoal não pode ser considerado causador direto da lesão pessoal, pois,
há, sempre, entre ele e a lesão um acidente pessoal intermediário, como mostrados nos exemplos do Quadro
a seguir.
Para fechar o subtópico, destaque-se que na classificação do acidente, deve-se, ainda, informar a ocorrência
de acidente de trajeto, assim entendido o acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para
o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de
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propriedade do empregado, desde que não haja interrupção ou alteração de percurso por motivo alheio
ao trabalho.
Entende-se como percurso o trajeto da residência ou do local de refeição para o trabalho ou desde para
aqueles, independentemente do meio de locomoção, sem alteração ou interrupção por motivo pessoal, do
percurso do empregado. Não havendo limite de prazo para que o empregado atinja o local de residência,
refeição ou de trabalho, deve ser observado o tempo necessário compatível com a distância percorrida e o
meio de locomoção utilizado.
De acordo com o Guia de Análise de Acidentes de Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (2010), em
função de suas a consequências, o acidente do trabalho pode ser classificado em:
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b) grave: amputações ou esmagamentos, perda de visão, lesão ou doença que leve a perda permanente
de funções orgânicas (por exemplo: pneumoconioses fibrogênicas, perdas auditivas), fraturas que
necessitem de intervenção cirúrgica ou que tenham elevado risco de causar incapacidade
permanente, queimaduras que atinjam toda a face ou mais de 30% da superfície corporal ou outros
agravos que resultem em incapacidade para as atividades habituais por mais de 30 dias;
c) moderado: agravos à saúde que não se enquadrem nas classificações anteriores e que a pessoa
afetada fique incapaz de executar seu trabalho normal durante três a trinta dias;
d) leve: todas as outras lesões ou doenças nas quais a pessoa acidentada fique incapaz de executar seu
trabalho por menos de três dias;
e) prejuízos financeiros: dano a uma propriedade, instalação, máquina, equipamento, meio-ambiente
ou perdas na produção.
O(s) responsável(eis) pela condução da investigação e análise do acidente do trabalho deverá considerar no
estudo3 da(s) causa(s) do acidente, entre outros, os seguintes aspectos: o agente do acidente e a fonte da
lesão.
Entende-se por agente do acidente (agente) a coisa, substância ou ambiente que, sendo inerente à condição
ambiente (ou ambiental) de insegurança4, tenha provocado o acidente.
Como exemplo, um ruído de alta intensidade em um galpão industrial pode ser considerado um fator
ambiental de insegurança (um agente do acidente) capaz de inibir a percepção auditiva do trabalhador no
caso de uma situação de risco, como é o caso de ocorrência de atropelamentos por empilhadeiras que,
quando estão em marcha ré, emitem sinais sonoros para evitar que trabalhadores fiquem no ponto cego do
motorista.
Colocando de outra forma, o agente do acidente (agente) indicar a coisa, substância ou ambiente a que se
relaciona a condição de insegurança. Não se indica como agente do acidente coisa que, no momento do
acidente, constituía estrutural e fisicamente, parte de alguma outra, mesmo quando dela se projetou ou se
destacou imediatamente antes do acidente.
3
Além de indicá-los no estudo do acidente (formulário).
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Condição ambiente de insegurança (condição ambiente): condição do meio que causou o acidente
ou contribuiu para sua ocorrência.
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Por sua vez, a fonte da lesão indica coisa, substância, energia ou movimento do corpo que diretamente
provocou a lesão (previamente indicada por sua natureza).
Perceba a diferença: no exemplo do acidente com empilhadeira em ambiente ruidoso, o ruído é o agente do
acidente, ao passo que o movimento da empilhadeira (atropelamento) é a fonte direta da lesão.
Se uma lesão resultar do contato violento com dois ou mais objetos, simultaneamente ou em rápida
sequência, sendo impossível determinar qual foi o objeto que diretamente produziu a lesão, escolher a fonte
da lesão na forma seguinte:
a) quando a opção for entre um objeto em movimento e outro parado, escolher o objeto em
movimento;
b) quando a opção for entre dois objetos em movimento ou entre objetos parados, escolher o objeto
tocado por último;
c) indicar "movimento do corpo" como fonte da lesão, apenas quando a lesão tiver resultado,
exclusivamente, de tensão provocada por movimento livre do corpo ou suas partes (voluntário ou
involuntário) ou de posição do corpo forçada ou anormal. Compreendem-se, aí, os casos de
distensões, luxações, torções, que tenham resultado de esforços diversos, inclusive os necessários
para retomar o equilíbrio, desde que a perda de equilíbrio não culmine em queda ou em contato
violento com um objeto acima da superfície de sustentação;
d) não indicar "movimento do corpo" como fonte da lesão se esta tiver ocorrido durante uma queda,
ou se tiver decorrido de batida em um objeto qualquer, ou do ato de levantar, empurrar, puxar,
manusear ou arremessar objetos. No caso de queda, indicar a superfície ou o objeto sobre o qual o
corpo da pessoa veio a parar. No caso de levantar, empurrar, puxar, manusear ou arremessar um
objeto, indicar o objeto sobre o qual o esforço físico foi exercido;
e) se, em decorrência de acidente com veículo, uma pessoa que estava nesse veículo sofrer lesão,
indicar o veículo como fonte da lesão;
f) deve ser assegurada relação entre a fonte da lesão e a natureza da lesão, que possibilite a análise
comparativa desses elementos.
Agora, para ficar claro a diferença entre agente do acidente e fonte da lesão, veja os exemplos no Quadro a
seguir. Como já colocado, agente do acidente pode ser ou não coincidente com a fonte da lesão, sendo as
duas classificações inteiramente independentes uma da outra.
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Como você pode perceber dos exemplos trazidos no Quadro anterior, as manifestações de energia não
devem ser consideradas "agentes do acidente" mas "fonte da lesão". Nesse casos, o agente do acidente é
o equipamento correspondente.
Entendidos esses conceitos iniciais, principalmente a diferença entre o agente do acidente e fonte da lesão,
podemos estudar as principais causas de acidentes, que são:
A principal finalidade de se realizar essa classificação (esse enquadramento) é se distinguir os casos de falta
de conhecimento ou experiência e os de desajustamentos, uma vez que cada um merece uma correção
diferente.
No processo de identificação dessas causas é importante evitar a aplicação de raciocínio imediato, ou seja,
ater-se simplesmente a causas que levaram diretamente à ocorrência do acidente, isso porque fatores
complementares de identificação das causas de acidentes também devem ser levados em consideração.
Esses fatores complementares têm sua importância no processo de análise como, por exemplo, a não
utilização ou inexistência do Equipamento de Proteção Individual – EPI ou sistema de proteção coletiva ou o
não fornecimento de EPIs.
Para a clara visualização destes fatores básicos, deve-se sempre perguntar o “por quê”, ou seja, por que o
empregado deixou de usar o EPI disponível? Liderança inadequada? Engenharia inadequada? Estes são
exemplos de fatores básicos que devem ser identificados.
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Do mesmo modo, também são indispensáveis a apuração das “causas gerenciais” e da origem das mesmas.
Essas causas se apresentam no dia a dia como procedimentos que caracterizam a “falta de controle”, como,
por exemplo, a inexistência de padrões ou procedimentos (não existem normas ou regras que digam como
a tarefa deva ser executada), e a existência de padrões ou procedimentos adequados, porém não cumpridos.
(CESPE-CEBRASPE / MPU / 2010) No mês de junho, uma empresa de manutenção predial designou uma
equipe para proceder à limpeza de um prédio recém-construído. Para a limpeza da fachada desse prédio,
foi utilizada uma grua motorizada, operada por dois empregados. Durante manobra para deslocamento
horizontal, o equipamento atingiu uma janela no décimo pavimento e quebrou a vidraça. Dois membros
da equipe que limpavam o interior do prédio, nesse andar, sofreram cortes no rosto e no braço causados
por estilhaços de vidro, tendo ficado afastados do trabalho durante catorze dias. Um dos operadores da
grua sofreu escoriações na perna direita e ficou afastado de suas atividades normais do dia 12 ao dia 25
do mês de junho. Adicionalmente a esses acidentes, a mesma empresa registrou em relação a um total de
100.000 horas-homem de exposição ao risco, durante o mês de junho, oito acidentes que não implicaram
afastamento de empregados.
Com base na situação hipotética acima, nas NRs, na NBR n.º 14.280/ABNT, que trata de cadastro de
acidentes do trabalho, e na legislação previdenciária, julgue o item que se segue.
A causa do acidente ocorrido com os empregados no interior da edificação deve ser atribuída à grua.
Comentários: a causa direta do acidente não foi a grua e sim os estilhaços de vidro projetados sobre os
trabalhadores. Logo, a proposição está ERRADA.
Na condução da análise do acidente, a pesquisa do fator pessoal de insegurança apresenta, em geral, alguma
dificuldade, o que não deve, no entanto, constituir motivo de desestímulo a essa pesquisa, que pode ensejar
a eliminação de muitos atos inseguros.
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O ato inseguro corresponde a ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou
favorecer a ocorrência de acidente. Na caracterização do ato inseguro, para fins de investigação de
acidentes, deve-se levar em consideração o seguinte:
a) o ato inseguro pode ser algo que a pessoa faz quando não deve fazer, ou deveria fazer de outra
maneira, ou, ainda, algo que deixou de fazer quando deveria ter feito;
b) o ato inseguro tanto pode ser praticado pelo próprio acidentado como por terceiros;
c) a pessoa que pratica pode fazê-lo consciente ou não de estar agindo inseguramente;
d) quando o risco já vinha existindo por certo tempo, anteriormente à ocorrência do acidente – sendo
razoável esperar-se que durante esse tempo a administração o descobrisse e eliminasse – o ato que
criou esse risco não deve ser considerado ato inseguro, pois o ato inseguro deve estar intimamente
relacionado com a ocorrência do acidente, no que diz respeito ao tempo5;
e) o ato inseguro não significa, necessariamente, desobediência às normas ou regras constantes de
regulamentos formalmente adotados, mas também se caracteriza pela não observância de práticas
de segurança tacitamente aceitas. Na sua caracterização cabe a seguinte pergunta: nas mesmas
circunstâncias, teria agido do mesmo modo uma pessoa prudente e experiente?
f) a ação pessoal não deve ser classificada como ato inseguro pelo simples fato de envolver risco. Por
exemplo: o trabalho com eletricidade ou com certas substâncias perigosas envolve riscos óbvios, mas,
embora potencialmente perigoso, não deve ser considerado, em si, ato inseguro. Será, no entanto,
considerado ato inseguro trabalhar com eletricidade e com tais substâncias, sem a observância das
necessárias precauções;
g) só se deve classificar uma ação pessoal como ato inseguro quando tiver havido possibilidade de
adotar processo razoável que apresente menor risco. Por exemplo: se o trabalho de uma pessoa exigir
a utilização de certa máquina perigosa, não provida de dispositivo de segurança, isso não deve ser
considerado ato inseguro. Entretanto, será considerada ato inseguro a operação de máquina dotada
de dispositivo de segurança, quando tiver sido esse dispositivo retirado ou neutralizado pelo
operador (quando o trabalhador praticar a burla do sistema de segurança); e
5
Por exemplo, quando o trabalhador vem deixando de utilizar o EPI há algum tempo, a lesão dai
resultante não se deve ao ato inseguro do trabalhador (por omissão), trata-se nesse caso, de negligência
do empregador.
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h) os atos de supervisão, tais como decisões e ordens de chefe no exercício de suas funções, não devem
ser classificados como atos inseguros. Assim, também, nenhuma ação realizada em obediência a
instruções diretas de supervisor deve ser considerada ato inseguro.
Agora, trago alguns exemplos classificados como ato inseguro (não se preocupe em decorar isso, apenas leia
os exemplos para melhor compreensão):
• ações: usar equipamento de maneira imprópria; usar material ou equipamento fora de sua
finalidade; sobrecarregar (andaime, veículos);
• usar equipamento inseguro: equipamento visivelmente defeituoso ou identificado como tal. Não
inclui o uso de material naturalmente perigoso, a não ser que esteja visivelmente defeituoso. Não
inclui, também, o uso de material ou equipamento defeituoso, se o defeito não for do conhecimento
do usuário;
• tornar inoperante ou ineficiente dispositivo de segurança: desligar ou remover dispositivo de
segurança; bloquear, tampar, amarrar dispositivo de segurança; desregular dispositivo de segurança;
substituir dispositivo de segurança por outro de capacidade inadequada (por exemplo: fusível ou
disjuntor de amperagem mais alta, válvula de segurança inadequada); tornar inoperante dispositivo
de segurança;
• usar mão ou outra parte do corpo impropriamente: manusear objeto de maneira insegura;
manusear objeto de maneira errada; usar mão em vez de ferramenta (para abastecer, regular,
consertar, limpar);
• assumir posição ou postura inadequada: entrar em tanque, silo ou outro compartimento confinado
sem permissão da supervisão; expor-se, desnecessariamente, ao alcance de objeto ou equipamento
em movimento; expor-se, desnecessariamente, à carga suspensa ou oscilante; movimentar carga de
maneira imprópria; transportar-se em posição insegura (em plataforma, em traseira ou estribo de
veículo, no garfo de empilhadeira, em parte móvel de guindaste);
• trabalhar ou operar em velocidade insegura: correr; operar, com velocidade insegura, equipamento
móvel, inclusive veículo, em área de trabalho, exceto dirigir incorretamente em rua ou estrada dessa
área; abastecer depressa demais; saltar de ponto elevado de veículo, de plataforma; jogar objeto em
vez de carregá-lo ou passá-lo;
• limpar, lubrificar, regular ou consertar equipamento em movimento, ligado à eletricidade ou sob
pressão (não inclui ato determinado pela supervisão): limpar, lubrificar ou regular equipamento em
movimento; trabalhar em equipamento elétrico energizado (motor, gerador, linha); calafetar ou
vedar equipamento sob pressão (recipiente sob pressão, válvula, conexão, tubo); soldar, consertar
tanque, recipiente ou equipamento, sem permissão da supervisão, na presença de substância
perigosa;
• colocar, misturar, de maneira insegura: colocar material, ferramenta, sucata, de maneira insegura,
isto é, de modo a criar risco de tropeço, batida, escorregão; colocar de maneira insegura veículo ou
equipamento de transporte de material (por exemplo: estacionar, parar ou deixar veículo, elevador
ou transportador em posição insegura, para carregar ou descarregar); misturar ou injetar substância
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de modo a criar risco de explosão ou incêndio (por exemplo: injetar água fria em caldeira quente,
derramar água sobre ácido sulfúrico);
• fazer brincadeiras ou exibição (distrair, importunar, irritar, assustar, atirar coisas, exibir-se);
• agredir pessoas;
• dirigir incorretamente: dirigir em velocidade inadequada (alta ou baixa); não manter distância;
ultrapassar irregularmente; entrar ou sair de veículo do lado do trânsito; desrespeitar a sinalização
de trânsito; desrespeitar regras preferenciais; não sinalizar para parar, dobrar ou dar marcha à ré;
dobrar irregularmente;
• omissões;
• deixar de usar vestimenta segura (trabalhar descalço ou com calçado inadequado, usar gravata,
cabelo solto, roupa muito folgada, salto alto);
• deixar de usar os EPIs disponíveis;
• deixar de prender, de desligar ou de sinalizar: deixar de desligar equipamento que não esteja sendo
usado; deixar de trancar, bloquear ou prender veículo, chave, válvula, prensa, outras ferramentas,
materiais e equipamentos, contra a ocorrência inesperada de movimento, de passagem de corrente
elétrica, de fluxo de vapor; deixar de colocar cartaz, aviso, etiqueta de advertência; deixar de sinalizar
ao soltar ou movimentar carga; deixar de sinalizar ao dar partida ou parar equipamento ou veículo
na área de trabalho;
• deixar de verificar a ausência de tensão em equipamento elétrico;
• deixar de aterrar circuito elétrico; e
• descuidar-se na observação do ambiente, como, por exemplo, ao pisar.
Destaque-se, ainda, que após classificados a espécie e o tipo de acidente, deve-se fazer constar, quando
houver, o ato inseguro que diretamente causou ou permitiu a ocorrência do acidente. Fazer constar o ato
inseguro, quando houver, mesmo que alguma condição ambiente de insegurança tenha também contribuído
para a ocorrência do acidente.
(FAUEL / PREF. MARINGÁ-PR) De acordo com a NBR 14280 cadastro de acidente do trabalho –
Procedimento e classificação, no item 2.8 Causas do acidente, assinale a alternativa CORRETA sobre o que
é “Ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou favorecer a ocorrência de
acidente”.
(A) Ato inseguro
(B) Fonte da lesão
(C) Condição Ambiente
(D) Fator impessoal
Comentários: o enunciado traz a definição de ato inseguro, pelo que a alternativa A está correta e é o
gabarito da questão.
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A condição ambiente de insegurança, ou simplesmente condição insegura é a condição do meio que causou
o acidente ou que contribuiu para sua ocorrência.
Na análise da condição ambiental ou fator ambiental de insegurança deve-se incluir tudo o que se refere ao
meio, desde a atmosfera do local de trabalho até as instalações, equipamentos, substâncias utilizadas,
medidas de proteção adotadas e métodos de trabalho empregados.
São riscos gerais do local de trabalho, que afetam a todos os que trabalham na área, de maneira geral,
independente de suas atribuições. Só devem ser indicados como causa do acidente quando não for
aplicável qualquer outra condição ambiente de insegurança mais específica.
Agora, trago alguns exemplos classificados como condição ambiental de insegurança ou condição insegura
(não se preocupe em decorar isso, apenas leia os exemplos para melhor compreensão):
• riscos relativos ao ambiente, que afetam a todos os que trabalham na área, de maneira geral,
independente de suas atribuições;
• problemas de espaço e circulação: insuficiência de espaço para o trabalho; insuficiência de espaço
para movimentação de objetos e pessoas; passagem e saída inadequadas, por motivos outros que
não a insuficiência de espaço; controle inadequado de trânsito nas dependências do empregador
(manutenção de vias de trânsito, iluminação de cruzamentos ou esquinas sem visibilidade e desvio
de trânsito de locais perigosos);
• ventilação inadequada;
• existência de ruído;
• existência de vibração;
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• iluminação inadequada;
• ordem e limpeza inadequadas;
• defeitos do agente: características indesejáveis ou impróprias, como uma ferramenta cega, quando
deveria estar afiada. Não classificar como defeito a característica adequada e necessária do agente
estar bem afiado;
• colocação perigosa: posição inadequada; empilhamento inadequado; má fixação contra movimento
indesejável (exceto empilhamento inadequado);
• proteção coletiva inadequada ou inexistente: falta de escoramento ou escoramento inadequado em
mineração, escavação, construção; equipamento não eletricamente aterrado e/ou não eletricamente
isolado; conexão elétrica, chaves elétricas descoberta; equipamento elétrico sem identificação ou
inadequadamente identificado; sem blindagem para radiação; com blindagem inadequada para
radiação; material radioativo sem identificação ou inadequadamente identificado;
• método ou procedimento arriscado: abrange os atos que seriam considerados atos inseguros, se não
fossem determinados pela chefia, tais como: uso de material ou equipamento potencialmente
perigoso (não defeituoso); emprego de ferramenta ou equipamento inadequado ou impróprio (não
defeituoso); emprego de método ou procedimento potencialmente perigoso; escolha imprópria de
pessoal (exceto quando decorrente de fator pessoal de insegurança); ajuda inadequada em caso de
levantamento de objeto pesado;
• risco relativo ao vestuário ou equipamento de proteção individual: falta do adequado equipamento
de proteção individual; vestuário impróprio ou inadequado;
• risco inerente a ambiente de trabalho externo;
• risco inerente a dependências inseguras, de terceiros;
• risco inerente a material ou equipamento inseguro de terceiros;
• outros riscos relacionados com a propriedade ou a atividade de terceiros;
• riscos da natureza: risco relacionado com irregularidade ou instabilidade de terreno, exposição aos
fenômenos da natureza, presença de animais;
• risco relacionado com ambiente público;
• risco relacionado com o transporte público (quando passageiro de veículo público); e
• risco relacionado com o trânsito (nas ruas, estradas ou rodovias públicas).
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Essas são as causas de acidentes previstas na NBR 14.280: Adicionalmente, as bancas também costumam
explorar os conceitos dos termos negligência, imprudência e imperícia como causas de acidentes, então
vamos a eles.
Agora, veja como esses conhecimentos já foram explorados pelas bancas. Preste bastante atenção nesse
questão!
(FCC / METRÔ-SP) A ocorrência de um acidente é ocasionada por diversos fatores, dentre os quais estão
os fatores pessoais e os atos, que são classificados, respectivamente, como
(A) padrões inadequados e insubordinação.
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Por negligência entenda a falta de cuidado ou desleixo relacionado a uma situação. A imprudência consiste
em uma ação que não foi pensada, feita sem precauções. Por sua vez, a imperícia é a falta de habilidade
específica para o desenvolvimento de uma atividade técnica ou científica.
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Após classificá-lo e identificar suas causas, o investigador/analista do acidente deverá indicar a(s)
consequência(s) do acidente, que pode ser subdividida em: consequências em função da natureza da lesão
e em função da necessidade ou não de afastamento do trabalho.
A natureza da lesão é uma expressão que identifica a lesão, segundo suas características principais. Nessa
subdivisão as consequências do acidente podem ser:
a) lesão pessoal: qualquer dano sofrido pelo organismo humano, como consequência do acidente do
trabalho;
b) lesão imediata: lesão que se manifesta no momento do acidente;
c) lesão mediata (lesão tardia): lesão que não se manifesta imediatamente após a circunstância
acidental da qual resultou;
d) doença do Trabalho: doença decorrente do exercício continuado ou intermitente de atividade
laborativa capaz de provocar lesão por ação mediata;
e) doença Profissional: doença do trabalho causada pelo exercício de atividade específica, constante de
relação oficial6; e
f) morte: cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida, independentemente do tempo
decorrido desde a lesão.
Em função da necessidade ou não de afastamento do trabalho em decorrência do, o acidente pode ser dar
origem a:
a) lesão com afastamento (lesão incapacitante ou lesão com perda de tempo): lesão pessoal que
impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte
incapacidade permanente;
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Relação estabelecido pela Previdência Social em conjunto com o Ministério da Saúde. Atualmente consta
do Decreto n.° 3.048/1999.
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b) lesão sem afastamento (lesão não incapacitante ou lesão sem perda de tempo): lesão pessoal que
não impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente, desde que não haja
incapacidade permanente;
c) incapacidade permanente total: perda total da capacidade de trabalho, em caráter permanente, sem
morte.
Causa essa incapacidade as lesões que, não provocando a morte, impossibilitam o acidentado,
permanentemente, de trabalhar ou da qual decorre a perda total do uso ou a perda propriamente
dita, entre outras, as de:
• ambos os olhos;
• um olho e uma das mãos ou um olho e um pé; ou
• ambas as mãos ou ambos os pés ou uma das mãos e um pé.
d) incapacidade permanente parcial: redução parcial da capacidade de trabalho, em caráter
permanente que, não provocando morte ou incapacidade permanente total, é causa de perda de
qualquer membro ou parte do corpo, perda total do uso desse membro ou parte do corpo, ou
qualquer redução permanente de função orgânica;
e) incapacidade temporária total: perda total da capacidade de trabalho de que resulte um ou mais
dias perdidos, excetuados a morte, a incapacidade permanente parcial e a incapacidade permanente
total.
Vale destacar que para um mesmo acidente do trabalho mais de uma consequência precisa ser indicada
no formulário (relatório). Por exemplo, em um acidente que tenha como consequência lesão pessoal,
precisa-se indicar se dessa lesão resultou afastamento e, caso seja uma lesão com afastamento, indicar se
originou uma incapacidade (temporária ou permanente).
Para facilitar a identificação das consequências, a NBR 14280 estabelece uma codificação quanto a
localização da lesão:
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Cód. Descrição
AT amputação traumática
C contusão
CO corpo estranho no olho
E escoriação
F ferida
FRE fratura exposta
FRN fratura não exposta
HI hemorragia interna
IR intoxicação por via respiratória
ID intoxicação por via digestiva
IC intoxicação por via cutânea
L luxação
PF perda de função
Q queimadura
T torção
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Existe uma série de técnicas de investigação e análise de acidentes de trabalho. No Brasil, a técnica mais
empregada para essa finalidade é a Análise por Árvore de Causas.
Nesse sentido, vou me limitar a trazer apenas essas técnicas nessa aula, as demais serão abordadas em uma
aula específica dentro do bloco de Gerenciamento de Riscos, caso esse tema esteja previsto em seu edital.
Cardella (2016) considera que a Análise por Árvore de Causas – AAC é uma variante da Análise por Árvore
de Falhas – AAF. A diferença fundamental entre a AAC e a AAF é que, enquanto a primeira utiliza fatos, ou
seja, eventos ocorridos, a segunda trabalha com eventos potenciais (de ocorrência provável).
Sendo assim, a AAC é considerada um “sensor do tipo II” no sistema de controle de riscos, ou seja, trabalha
no controle posterior às ocorrências (a posteriori). A Árvore de Causas é um método de investigação de
acidentes em que a árvore, normalmente, é construída a partir do último evento, o acidente, a partir do qual
são definidos os antecedentes imediatos. Utiliza-se apenas do registro de fatos na estratificação temporal
das informações para a construção da árvore.
Figura 1.1: Aplicação de Análise por Árvore de Causa – o último evento (ferimento, que é o acidente) é a base
para a construção da árvore, a partir do qual ela será “montada” com os acontecimentos imediatos.
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Para alguns autores, a AAC é a técnica mais indicada para identificar fatores de acidentes do trabalho
(causas, circunstâncias e consequências) e suas inter-relações. Isso, pois, por ser baseada em fatos, ou seja,
em eventos já ocorridos, permite uma análise com mais detalhes das situações ocorridas. Na análise dos
fatos, a técnica mostra-se adequada para investigação de fatores organizacionais não previstos nas Normas
Regulamentadoras que contribuíram para a ocorrência do acidente.
Para a análise de um acidente ocorrido, utilizam-se dois questionários padrão: o primeiro consiste em
entrevista com os indivíduos acidentados, enquanto o segundo apresenta um formulário para análise do local
do acidente.
Assim como qualquer método baseado em “diagrama de árvore”, a AAC não é adequada para apurar quem
agiu com negligência, imperícia ou imprudência, contribuindo dessa forma para ocorrência do acidente, bem
como questões pessoais e familiares que o trabalhador acidentado vivenciava e que contribuíram para
ocorrência do acidente.
O conceito de variação é fundamental na metodologia da Árvore de Causas, o que significa que, em relação
ao desenrolar habitual da atividade, ou seja, sem ocorrência de acidente, alguma coisa se passou de forma
não habitual. Através da aplicação da AAC, pode-se identificar a variação em relação ao trabalho real que
levou a ocorrência do evento indesejado.
Na investigação e análise de acidentes pelo Método Árvore de Causas, os componentes que formam a
atividade são:
• indivíduo;
• tarefa;
• material; e
• meio de trabalho.
Destaque-se, ainda, que a AAC é um método prático de investigação de acidentes do trabalho, baseado na
teoria de sistemas e na pluricausalidade do fenômeno acidente, sendo o acidente considerado sintoma de
disfuncionamento do sistema sociotécnico (sistema social e técnico) aberto (ou seja, amplo, incluindo a
sociedade como um todo) constituído pela empresa.
Por fim, destaco alguns aspectos importantes, entre outros, na aplicação da AAC:
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2 QUESTÕES
01 (INSTITUTO CONSULPLAN / MPE-MG / 2023) A NBR 14280/2001 fixa critérios para registro,
comunicação, estatística, investigação e análise de acidentes do trabalho, suas causas e consequências,
aplicando-se a quaisquer atividades laborativas. Aplica-se a qualquer empresa, entidade ou
estabelecimento interessado no estudo do acidente do trabalho, suas causas e consequências. Tem como
finalidade identificar e registrar fatos fundamentais relacionados com os acidentes do trabalho, de modo
a proporcionar meios de orientação aos esforços prevencionistas, sem, entretanto, indicar medidas
corretivas específicas, ou fazer referência a falhas ou meios de correção das condições ou circunstâncias
que culminaram no acidente. Considerando a NBR 14280/2001, analise as afirmativas a seguir.
II. A avaliação da frequência e da gravidade dos acidentes deve ser feita em função do número de acidentes
ou de acidentados; das horas-homem de exposição ao risco; e, do tempo computado. Em relação às horas
de exposição ao risco, elas devem ser extraídas das folhas de pagamento ou quaisquer outros registros de
ponto, e consideradas apenas as horas trabalhadas, inclusive as extraordinárias.
III. Na identificação das causas do acidente deve-se usar a aplicação de raciocínio imediato, ou seja, ater-se
simplesmente a causas que levaram diretamente à ocorrência do acidente. Fatores imediatos de
identificação das causas de acidentes são os que devem ser levados em consideração na cadeia inicial e
sequencial.
IV. A condição ambiente de insegurança refere-se à condição do meio que causou o acidente ou contribuiu
para a sua ocorrência. O adjetivo “ambiente” inclui, aqui, tudo o que se refere ao meio, desde a atmosfera
do local de trabalho até instalações, equipamentos, substâncias utilizadas e métodos de trabalho
empregados.
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V. As causas do acidente têm sua importância no processo de análise como, por exemplo, a não utilização
ou existência do Equipamento de Proteção Individual (EPI) ou sistema de proteção coletiva e o não
fornecimento de EPI, mas não são suficientes para impedir novas ocorrências semelhantes.
02 (FEPESE / PREF. BALNEÁRIO CAMBORIÚ-SC / 2023) Para a análise de acidentes de trabalho é necessário
o conhecimento de diferentes conceitos.
Coluna 1 - Itens
1. Acidente pessoal
2. Fonte da lesão
3. Agente do acidente
4. Acidente inicial
Coluna 2 - Definição
( ) Coisa, substância ou ambiente que, sendo inerente à condição ambiente de insegurança, tenha provocado
o acidente.
A comissão encontrou cinco causas imediatas do acidente, sendo que a causa considerada como um ato
abaixo do padrão, que contribuiu diretamente para a ocorrência do acidente, foi a(o)
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04 (AMEOSC / PREF. SÃO MIGUEL DO OESTE / 2022) Sobre os tipos de causas de acidente relatadas na NBR
14280, registre V, para verdadeiro, ou F, nas seguintes definições:
(__) Fator pessoal de insegurança (fator pessoal): Causa relativa ao comportamento humano, que pode levar
à ocorrência do acidente ou à prática do ato inseguro.
(__) Ato inseguro: Ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou favorecer a
ocorrência de acidente.
(__) Condição ambiente de insegurança (condição ambiente): Condição do meio que causou o acidente ou
contribuiu para a sua ocorrência.
(__) Condição pessoal: Causa relativa a influência do meio no comportamento humano, que leva ao acidente.
Após análise, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA dos itens acima, de cima para baixo:
05 (IBFC / PREF. CONTAGEM-MG / 2022) Os acidentes ocorrem por diversas maneiras, podendo causar
danos pessoais e/ou materiais. O acidente também gera impacto à sociedade devido ao afastamento do
trabalho, no qual o custo recai sobre a sociedade através de tributação de imposto. Conforme descrito na
NBR-14280 - Cadastro de acidente do trabalho - Procedimento e classificação, assinale a alternativa que
apresenta a condição ambiente de insegurança.
(A) Condição do meio que causou o acidente ou contribuiu para a sua ocorrência
(B) Condição do meio que causou o incidente ou contribuiu para a sua prevenção
(C) Prevenção do meio que falhou e causou o acidente ou contribuiu para a sua proteção
(D) Característica do meio que não causou o acidente ou não contribuiu para a sua ocorrência
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06 (FAFIPA / PREF. LOANDA / 2021) De acordo com a NBR 14280, a afirmação "Acidente cuja caracterização
independe de existir acidentado, não podendo ser considerado como causador direto da lesão pessoal" é
designado à?
(C) Incidente.
07 (VUNESP / PREF. RIBEIRÃO PRETO-SP / 2021) Após um acidente na empresa, o SESMT foi informado de
que o funcionário acidentado vinha apresentando há semanas, atrasos, faltas frequentes e ficado mais
calado. Assinale a alternativa que apresenta o tipo de abordagem que deve ser assumida pela equipe como
parte da investigação do acidente.
(A) Conversar com o acidentado e verificar se ele está com algum tipo de problema, dentro ou fora da
empresa e recomendar a sua punição.
(B) Conversar com o acidentado, verificar se ele está com algum tipo de problema, dentro ou fora da empresa
e tentar entender, a partir do relato dele, o que aconteceu para que o acidente tenha ocorrido.
(C) Investigar a vida do acidentado fora da empresa, reconstituir o acidente e acompanhar o desempenho
do funcionário.
(D) Investigar a vida do acidentado fora da empresa, reconstituir o acidente e recomendar que o funcionário
seja suspenso.
(E) Investigar o acidente a partir do testemunho de outros trabalhadores e superiores hierárquicos e, se for
o caso, acompanhar o comportamento do funcionário.
08 (IBFC / EBSERH / 2020) Na NBR-14280- existe a nomenclatura de causas de acidentes como sendo por:
Ato Inseguro ou Condição Ambiente de Insegurança. Estas duas condições poderão levar a acidentes
graves e até fatais. Nos casos relatados a seguir, no que será configurado?
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(D) Dependerá do parecer dos profissionais que analisarem independente das características apresentadas
09 (FUNDATEC / PREF. CRISTINÁPOLIS / 2020) De acordo com o Guia de Análise de Acidentes do Trabalho,
do Ministério do Trabalho e Emprego, acidentes de trabalho que tenham como consequências
amputações e esmagamentos ou perda da visão são classificados como:
(A) Desprezíveis. (B) Leves. (C) Moderados. (D) Graves. (E) Fatais.
10 (INSTITUTO AOCP / UFPR / 2019) Em relação ao acidente do trabalho, conforme norma técnica ABNT
NBR 14280:2001, assinale a alternativa correta.
(A) Um acidente do trabalho é uma ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada ao
exercício do trabalho, de que resulte ou possa resultar lesão pessoal.
(B) Um acidente de trajeto é aquele sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de
trabalho, desde que o veículo seja de propriedade da empresa.
(D) Quando existe uma omissão que contraria preceito de segurança e que favorece a ocorrência de um
acidente, pode-se afirmar que ela é uma causa de fator pessoal de insegurança.
(E) Um acidente pode ter como consequência a incapacidade permanente total que é a perda total da
capacidade de trabalho, em caráter permanente, com morte.
11 (UFMG / UFMG / 2019) O método de investigação de acidente Árvore de Causas (ADC) permite
identificar
(A) o conjunto de normas e regras que foram descumpridas e que explicam a ocorrência do acidente.
(B) fatores organizacionais não previstos nas Normas Regulamentadoras que contribuíram para a ocorrência
do acidente.
(C) quem agiu com negligência, imperícia ou imprudência, contribuindo dessa forma para ocorrência do
acidente.
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(D) questões pessoais e familiares que o trabalhador acidentado vivenciava e que contribuíram para
ocorrência do acidente.
12 (FAUEL / PREF. MARINGÁ-PR / 2019) Segundo a NBR 14280:2001, assinale a alternativa CORRETA para
a definição de “Análise do acidente”.
(C) Informação que se dá aos órgãos interessados, em formulário próprio, quando da ocorrência de acidente.
(D) Tempo computado por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em determinado período.
13 (INSTITUTO AOCP / PREF. SÃO BENTO DO SUL-SC / 2019) O acidente de trabalho por sua definição, de
acordo com a NBR 14280:2001, é a ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada
com o exercício do trabalho, que resulte ou possa resultar em lesão pessoal. A que, principalmente, as
causas de acidentes estão relacionadas?
14 (FAUEL / PREF. MARINGÁ-PR / 2019) De acordo com a NBR 14280 cadastro de acidente do trabalho –
Procedimento e classificação, no item 2.8 Causas do acidente, assinale a alternativa CORRETA sobre o que
é “Ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou favorecer a ocorrência de
acidente”.
(A) Ato inseguro (B) Fonte da lesão (C) Condição Ambiente (D) Fator impessoal
15 (UFMG / UFMG / 2019) Segundo o método de investigação de acidente Árvore de Causas (ADC),
é CORRETO afirma
(A) O conceito de variação é um dos elementos chave na investigação de acidente quando se utiliza o método
ADC.
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(B) O juízo de valor elaborado por parte da equipe de investigação em relação aos fatos identificados é
fundamental para construção da árvore de acidentes.
(C) A coleta de informações sobre o acidente deve ser realizada sem a participação do trabalhador
acidentado para evitar que ele oculte fatos essenciais.
(D) A questão a ser feita para construção da árvore a partir dos fatos coletados é “Quem contribuiu para a
ocorrência do fato Y?
16 (PR-4 UFRJ / UFRJ / 2018) Segundo a NBR 14280, o conceito de doença profissional é:
(A) Doença decorrente do exercício continuado ou intermitente de atividade laborativa capaz de provocar
lesão por ação mediata.
(B) Doença do trabalho causada pelo exercício de atividade específica, constante de relação oficial.
(C) Cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida, independentemente do tempo decorrido desde
a lesão.
(D) Condição do meio que causou o acidente ou contribuiu para a sua ocorrência.
18 (FCC / SABESP / 2018) Considerando a ABNT NBR-14280, as causas de acidente de trabalho: (I) uso de
equipamento defeituoso ou deteriorado, (II) deixar de usar o equipamento de proteção individual
disponível, (III) realização de horas extras acima do permitido por legislação (fadiga); e (IV) usar
equipamento/máquina de maneira imprópria, são caracterizadas, respectivamente, como:
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(B) Ato inseguro, Fator pessoal de segurança, condição de insegurança e fator pessoal de insegurança.
(C) Condição ambiente de insegurança, fator pessoal de insegurança, ato inseguro e ato inseguro
(D) Condição ambiente de insegurança, ato inseguro, fator pessoal de insegurança e ato inseguro.
19 (FGV / BANESTES / 2018) Em conformidade com a NBR 14280:2001, torna-se necessário o entendimento
dos seguintes elementos: Acidente Impessoal, Acidente Pessoal e Lesão Pessoal. Considere que um galpão
que armazena inflamável, atingido por um raio, incendeia-se. Em virtude desse incêndio, cai a rede elétrica
externa, atingindo alguém, que sofre choque elétrico.
20 (FGV / BANESTES / 2018) A temática do acidente de trabalho está presente na maioria dos estudos de
segurança do trabalho, à medida que afeta negativamente governo, trabalhador, empresa e sociedade.
Em conformidade com a NBR 14280:2001, um dos elementos essenciais para a análise do acidente é o ato
inseguro. Na caracterização do ato inseguro, deve-se levar em consideração o seguinte aspecto:
(A) pode ser algo que a pessoa fez quando não deveria fazer ou deveria fazer de outra maneira, ou, ainda,
algo que deixou de fazer quando deveria ter feito;
(B) os atos de supervisão, tais como decisões e ordens de chefe no exercício de suas funções, podem ser
classificados como atos inseguros;
(D) pode ser praticado pelo próprio acidentado em determinadas circunstâncias ou condições;
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(E) a pessoa que o pratica pode fazê-lo consciente ou não de estar agindo de forma segura.
21 (CESGRANRIO / PETROBRÁS / 2018) Segundo a NBR 14280: 2001 Cadastro de acidente do trabalho -
Procedimento e classificação, para estatística e análise de acidentes, devem ser considerados alguns
elementos essenciais.
(A) fonte da lesão (B) hereditariedade (C) localização da lesão (D) ato inseguro (E) prejuízo material
22 (FEPESE / CELESC / 2018) Como é definido, pela NBR 1420, qualquer dano sofrido pelo organismo
humano como consequência de acidente do trabalho?
24 (CESGRANRIO / PETROBRÁS / 2017) A técnica mais indicada para identificar fatores de acidente do
trabalho e suas inter-relações é a
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25 (NC-UFPR / COPEL / 2017) O método que faz a representação gráfica das interações entre diversas falhas
que podem causar um acidente é conhecido por:
O eletricista J.P., com 34 anos de idade, ao fazer uma emenda em um cabo condutor de fase, energizado e
sem isolamento, encostou o braço na escada metálica em que estava trabalhando, a uma altura de 2,2
metros da superfície de referência. Trata-se de um trabalho realizado em proximidade, conforme a NR-10. A
luva que ele usava estava com um furo, ocasionando um choque elétrico em J.P. que, desequilibrado, caiu da
escada e bateu a cabeça e as costas no chão, ficando inconsciente até a prestação de assistência médica.
A falta de experiência por parte de J.P. levou-o ao não desligamento e à falta de aterramento da instalação
que, de acordo com a NBR-14280, são classificados, respectivamente, como:
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28 (IFB / IFB / 2016) A prevenção de acidentes é uma das três principais áreas de atuação das atividades
de Segurança do Trabalho. Assinale abaixo a alternativa que corresponde CORRETAMENTE à explicação de
uma das principais causas dos acidentes de trabalho nas organizações.
(A) O agente: aquele que está estreitamente relacionado com a lesão, como o cabo do martelo.
(B) O tipo de acidente: é o objeto (a máquina ou o equipamento) que poderia ser protegido e está
diretamente relacionado com a lesão, como o martelo.
(C) O fator pessoal de insegurança: modo de contato entre o agente do acidente e o acidentado.
(D) O ato inseguro: é a característica, deficiência ou alteração mental (acidental ou permanente) que permite
o ato inseguro.
(E) A condição insegura: condição física ou mecânica existente no local, na máquina, no equipamento ou na
instalação (que poderia ter sido protegida ou corrigida), e que leva à ocorrência do acidente.
29 (COVEST-COPSET / UFPE / 2015) Na investigação e análise de acidentes pelo Método Árvore de Causas,
os componentes que formam a atividade são:
30 (FCC / TRT-4 / 2015) Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.
A empresa PLASTIC possui, atualmente, 400 funcionários contratados em regime celetista. Um de seus
funcionários é o Sandoval, com 23 anos de idade, há 2 meses na empresa PLASTIC, na função de operador de
injetoras de materiais plásticos. Certo dia, ele operava uma extrusora de tubos de PVC (poli-cloreto de vinila).
Ao fazer a limpeza do excesso de borra de plástico que fica acumulado na ponta do tubo de ferro, utilizou
uma espátula para remoção desta borra plástica. Durante esse processo, foi atingido pelo material plástico
quente que espirrou, causando queimaduras pelo rosto todo e a perda da visão do olho direito. Segundo o
supervisor técnico industrial, o material plástico projetado deveria estar à temperatura de 150 ºC, porém o
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mesmo superaqueceu, atingindo a temperatura de 230 ºC. O equipamento não possuía nenhum tipo de
proteção mecânica que pudesse evitar que esse material se projetasse e viesse atingir os trabalhadores.
No relatório de investigação e análise de acidentes do trabalho da CIPA, constam os fatores abaixo que
contribuíram para ocorrência ou causas do acidente de Sandoval.
A classificação das causas do acidente, conforme a NBR-14280 e de acordo com a descrição do relatório da
CIPA da empresa PLASTIC, são, respectivamente,
(A) fator pessoal de insegurança, condição ambiente de insegurança, ato inseguro e ato inseguro.
(B) ato inseguro, fator pessoal de insegurança, condição ambiente de insegurança e fator pessoal de
insegurança.
(C) ato inseguro, condição ambiente de insegurança, ato inseguro e fator pessoal de insegurança.
(D) fator pessoal de insegurança, ato inseguro, condição ambiente de insegurança e ato inseguro.
(E) ato inseguro, fator pessoal de insegurança, ato inseguro e fator pessoal de insegurança.
31 (FCC / TRT-3 / 2015) Um funcionário, recém-contratado e sem nunca ter trabalhado no meio fabril,
estava limpando uma máquina compressora de pós-metálicos, similar a uma prensa excêntrica, com a
mesma em movimento, foi limpar a máquina e o pano enroscou nos punções de conformação, puxando
sua mão para zona de prensagem e causando a perfuração no segundo e quarto dedos da mão direita
ocasionando assim a amputação da falange distal. Esse trabalhador, sem experiência, recebeu todas as
orientações, os equipamentos de proteção individual e treinamentos do SESMT na integração da empresa
e mesmo assim agiu em desacordo com as normas e procedimentos de segurança do trabalho. De acordo
com a NBR 14280, limpar a máquina em movimento e a falta de experiência caracterizam,
respectivamente,
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32 (FCC / SABESP / 2014) Considere uma empresa metalúrgica de estampagem de metais. Em 2011,
ocorreram 3 acidentes. O primeiro foi um acidente de trajeto. O segundo, um acidente com afastamento
leve, que impediu o trabalhador de realizar suas atividades por meio período. O terceiro acidente
provocou uma perda do membro acima do punho do trabalhador, afastando-o por 200 dias, com os dias
debitados que, de acordo com a NBR 14280, equivalem a 3.600 dias. Naquele ano os 200 funcionários
trabalharam 250 dias úteis e a jornada de trabalho foi de 8 horas diárias.
O trabalhador, devidamente capacitado, que teve a perda do membro acima do punho, infringiu as
normativas de segurança interna da empresa, desconectando o sensor de segurança, a cortina de luz, de
uma prensa pneumática que trabalhava com 500 golpes por minutos. O objetivo dele era aumentar a
produtividade e se destacar como funcionário do mês. De acordo com a NBR 14280, é considerado, para
esta situação, como causa principal do acidente de trabalho:
33 (IADES / METRÔ-DF / 2014) Quanto aos acidentes de trabalho, assinale a alternativa correta.
(A) Acidente com afastamento: aquele em que o acidentado pode exercer sua função normal, no mesmo dia
do acidente ou no dia seguinte, no horário regulamentar.
(B) Acidente sem afastamento: aquele em que o acidentado sofre uma incapacidade temporária ou
permanente que o impossibilita de retornar ao trabalho no mesmo dia ou no dia seguinte ao acontecido.
Pode até mesmo ocorrer a morte do trabalhador.
(C) Aidente de trajeto: aquele que ocorre no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para
aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
(D) Ato inseguro: qualquer atividade no local de trabalho, ou decorrente dele, em que ocorra um evento não
desejado e que provoque algum dano na forma de lesão ou avaria de instalações, meio ambiente ou
equipamentos.
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(E) Acidente típico: todos os procedimentos do homem que contrariam as normas de prevenção de
acidentes. As atitudes contrárias aos procedimentos e (ou) às normas de segurança, que o homem assume,
podem ou não ser deliberadas de acordo com a gestão do ambiente ocupacional. Normalmente, quando
essas atitudes não são propositais, o homem está sendo impelido por problemas psicossociais.
34 (IADES / METRÔ-DF / 2014) Considerando um evento adverso como qualquer ocorrência de natureza
indesejável relacionado direta ou indiretamente ao trabalho, incluindo acidentes, incidentes e
circunstâncias indesejadas, assinale a alternativa que apresenta uma consequência desse tipo de evento.
(A) Prejuízo: dano a uma propriedade, instalação, máquina, equipamento, meio ambiente ou perdas de
produção.
(C) Fatal: amputações ou esmagamentos, perda de visão, lesão ou doença que leva à perda permanente de
funções orgânicas, fraturas que necessitam de intervenção cirúrgica, queimaduras que atingem mais de 30%
da superfície corporal.
(D) Moderado: agravos que não se classificam como fatais ou graves e mediante os quais a pessoa fica
impossibilitada de executar o respectivo trabalho normal por mais de 90 dias.
(E) Leve: agravos que não se classificam como fatais, graves ou moderados, em que a pessoa fica
impossibilitada de trabalhar por mais de 30 dias.
(B) que causam lesão ao acidentado. Nem sempre há um acidente pessoal entre o acidente impessoal e a
lesão.
(C) causados por modificações ocorridas no ambiente do trabalho, sem o devido respeito às normas de
segurança do trabalho.
36 (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / 2014) Existem diversas causas básicas de acidentes do trabalho, tais como
fatores pessoais e fatores de trabalho. Um exemplo de fator de trabalho é o(a)
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37 (INSTITUTO CONSULPLAN / CODERN / 2014) De acordo com a NBR 14.280, “acidente do trabalho é a
ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho, de que
resulte ou possa resultar lesão pessoal.” Acerca dos tipos de acidente, analise as afirmativas.
II. Acidente impessoal é o acidente cuja caracterização independe de existir acidentado, não podendo ser
considerado como causador direto da lesão pessoal.
IV. Acidente de trajeto é o acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de
trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do
empregado, desde que não haja interrupção ou alteração de percurso por motivo alheio ao trabalho.
(A) I, II, III e IV. (B) I, II e III, apenas. (C) I, II e IV, apenas. (D) I, III e IV, apenas. (E) II, III e IV, apenas.
38 (FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE / EMAP / 2012) A NBR 14.280 define natureza da lesão como:
(A) “indicação de qualquer dano sofrido pelo organismo humano, como consequência de acidente de
trabalho.”
(E) “lesão que não se manifesta imediatamente após a circunstância acidental da qual resultou.”
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• No dia do acidente, o operador resolveu executá-la de forma diferente, com o objetivo de economizar
tempo, pois soube por um colega que a produção estava atrasada.
(C) o operador cometeu uma condição insegura, devido ao fato de a produção estar atrasada.
40 (UFRJ / UFRJ / 2012) Num da norma de trabalho, Baltazar, chefe do setor de máquinas de um indústria
no ABC Paulista, recebe a visita de Dalton, funcionário que viera a ser encontro com braço e cabeça
enfaixados.
- Dalton: Quebrei meu braço e fiz um corte na cabeça hoje pela manhã, acidente.
- Dalton: Eu estava correndo na hora do almoço atras do Hélio com uma toalha molhada e torcida para
chicoteá-lo, escorreguei e caí. Foi uma brincadeira.
De acordo com a NBR 14280, assinale a causa relativa do acidente ocorrido com o funcionário.
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41 (CESGRANRIO / PETROBRÁS / 2011) A NBR 14280 determina que a expressão “acidente com
afastamento” deve ser
42 (FGV / FIOCRUZ / 2010) Com relação à NBR 14280, Cadastro de Acidente do Trabalho – Procedimento
e Classificação, analise as afirmativas a seguir:
I. Considera-se como acidente pessoal aquele cuja causa seja relativa ao comportamento humano.
II. Considera-se como lesão mediata aquela que não se manifesta imediatamente após a circunstância
acidental da qual resultou.
III. Considera-se incapacidade permanente total a perda total da capacidade de trabalho, em caráter
permanente, com ou sem morte.
Assinale:
43 (CESGRANRIO / PETROBRÁS / 2010) Um técnico de segurança do trabalho foi designado para fazer o
estudo de um acidente ocorrido no setor de embalagem da empresa para a pesquisa das causas,
circunstâncias e consequências da ocorrência. Segundo a NBR 14.280, o técnico trabalhará na etapa de
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45 (CESGRANRIO / PETROBRÁS / 2010) Segundo a NBR 14.280, o acidente cuja caracterização depende de
existir(em) acidentado(s) é definido como acidente
(A) com lesão. (B) de trajeto. (C) impessoal. (D) pessoal. (E) usual.
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2.1.1 Gabarito
01 D 16 B 31 E
02 E 17 D 32 B
03 C 18 D 33 C
04 C 19 E 34 A
05 A 20 A 35 E
06 A 21 B 36 C
07 B 22 A 37 A
08 B 23 B 38 B
09 D 24 D 39 A
10 A 25 D 40 B
11 B 26 E 41 A
12 B 27 D 42 B
13 C 28 E 43 E
14 A 29 D 44 A
15 A 30 C 45 D
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3 QUESTÕES COMENTADAS
01 (INSTITUTO CONSULPLAN / MPE-MG / 2023) A NBR 14280/2001 fixa critérios para registro,
comunicação, estatística, investigação e análise de acidentes do trabalho, suas causas e consequências,
aplicando-se a quaisquer atividades laborativas. Aplica-se a qualquer empresa, entidade ou
estabelecimento interessado no estudo do acidente do trabalho, suas causas e consequências. Tem como
finalidade identificar e registrar fatos fundamentais relacionados com os acidentes do trabalho, de modo
a proporcionar meios de orientação aos esforços prevencionistas, sem, entretanto, indicar medidas
corretivas específicas, ou fazer referência a falhas ou meios de correção das condições ou circunstâncias
que culminaram no acidente. Considerando a NBR 14280/2001, analise as afirmativas a seguir.
II. A avaliação da frequência e da gravidade dos acidentes deve ser feita em função do número de acidentes
ou de acidentados; das horas-homem de exposição ao risco; e, do tempo computado. Em relação às horas
de exposição ao risco, elas devem ser extraídas das folhas de pagamento ou quaisquer outros registros de
ponto, e consideradas apenas as horas trabalhadas, inclusive as extraordinárias.
III. Na identificação das causas do acidente deve-se usar a aplicação de raciocínio imediato, ou seja, ater-se
simplesmente a causas que levaram diretamente à ocorrência do acidente. Fatores imediatos de
identificação das causas de acidentes são os que devem ser levados em consideração na cadeia inicial e
sequencial.
IV. A condição ambiente de insegurança refere-se à condição do meio que causou o acidente ou contribuiu
para a sua ocorrência. O adjetivo “ambiente” inclui, aqui, tudo o que se refere ao meio, desde a atmosfera
do local de trabalho até instalações, equipamentos, substâncias utilizadas e métodos de trabalho
empregados.
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V. As causas do acidente têm sua importância no processo de análise como, por exemplo, a não utilização
ou existência do Equipamento de Proteção Individual (EPI) ou sistema de proteção coletiva e o não
fornecimento de EPI, mas não são suficientes para impedir novas ocorrências semelhantes.
A afirmativa I é verdadeira. Vimos que “(...) entende-se como acidente do trabalho a ocorrência imprevista
e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho, de que resulte ou possa
resultar lesão pessoal.
Perceba que essa definição considera como acidente de trabalho uma ocorrência que possa resultar lesão
pessoal, o que está mais relacionado à ideia de incidente das Normas OHSAS 18.001:2007 e ISO 45001:2018.
Nesse sentido, em vez do termo incidente, a NBR 14.280 traz um conceito chamado acidente sem lesão, que
é o acidente que não causa lesão pessoal.
Cabe ressaltar que o termo lesão pessoal é definido por essa Norma como qualquer dano sofrido pelo
organismo humano, como consequência de acidente do trabalho. Além disso, a lesão pessoal inclui tanto
lesões traumáticas e doenças quanto efeitos prejudiciais mentais, neurológicos ou sistêmicos, resultantes de
exposições ou circunstâncias verificadas na vigência do exercício do trabalho.
Ainda segundo a NBR 14.280, o acidente do trabalho também inclui as ocorrências que podem ser
identificadas em relação a um momento determinado, quanto ocorrências ou exposições contínuas ou
intermitentes, que só podem ser identificadas em termos de período de tempo provável, que é o caso das
doenças ocupacionais.”
A afirmativa II é verdadeira. De fato, a afirmativa traz um resumo do que vem a ser e quais os dados a serem
utilizados na determinação das taxas de frequência e gravidade.
A afirmativa III é falsa. Vimos que “(...) as principais causas de acidentes, que são:
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A principal finalidade de se realizar essa classificação (esse enquadramento) é se distinguir os casos de falta
de conhecimento ou experiência e os de desajustamentos, uma vez que cada um merece uma correção
diferente.
No processo de identificação dessas causas é importante evitar a aplicação de raciocínio imediato, ou seja,
ater-se simplesmente a causas que levaram diretamente à ocorrência do acidente, isso porque fatores
complementares de identificação das causas de acidentes também devem ser levados em consideração.
Esses fatores complementares têm sua importância no processo de análise como, por exemplo, a não
utilização ou inexistência do Equipamento de Proteção Individual – EPI ou sistema de proteção coletiva ou o
não fornecimento de EPIs.
Para a clara visualização destes fatores básicos, deve-se sempre perguntar o “por quê”, ou seja, por que o
empregado deixou de usar o EPI disponível? Liderança inadequada? Engenharia inadequada? Estes são
exemplos de fatores básicos que devem ser identificados.
Do mesmo modo, também são indispensáveis a apuração das “causas gerenciais” e da origem das mesmas.
Essas causas se apresentam no dia a dia como procedimentos que caracterizam a “falta de controle”, como,
por exemplo, a inexistência de padrões ou procedimentos (não existem normas ou regras que digam como
a tarefa deva ser executada), e a existência de padrões ou procedimentos adequados, porém não
cumpridos.”
Na análise da condição ambiental ou fator ambiental de insegurança deve-se incluir tudo o que se refere ao
meio, desde a atmosfera do local de trabalho até as instalações, equipamentos, substâncias utilizadas,
medidas de proteção adotadas e métodos de trabalho empregados.
São riscos gerais do local de trabalho, que afetam a todos os que trabalham na área, de maneira geral,
independente de suas atribuições. Só devem ser indicados como causa do acidente quando não for
aplicável qualquer outra condição ambiente de insegurança mais específica.”
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02 (FEPESE / PREF. BALNEÁRIO CAMBORIÚ-SC / 2023) Para a análise de acidentes de trabalho é necessário
o conhecimento de diferentes conceitos.
Coluna 1 - Itens
1. Acidente pessoal
2. Fonte da lesão
3. Agente do acidente
4. Acidente inicial
Coluna 2 - Definição
( ) Coisa, substância ou ambiente que, sendo inerente à condição ambiente de insegurança, tenha provocado
o acidente.
(2. Fonte da lesão) Coisa, substância, energia ou movimento do corpo que diretamente provocou a lesão.
(3. Agente do acidente) Coisa, substância ou ambiente que, sendo inerente à condição ambiente de
insegurança, tenha provocado o acidente.
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A comissão encontrou cinco causas imediatas do acidente, sendo que a causa considerada como um ato
abaixo do padrão, que contribuiu diretamente para a ocorrência do acidente, foi a(o)
A banca quer que o candidato aponte um ato (inseguro) que represente uma “ação” abaixo do padrão, ficou
moleza, não?
Nesse caso, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão. A “operação à velocidade imprópria” pode
ser, por exemplo, cortar uma peça com a serra-fira em velocidade abaixo do recomendado, e isso é um ato
inseguro, desde que o profissional tenha conhecimento prévio da velocidade de corte adequada.
04 (AMEOSC / PREF. SÃO MIGUEL DO OESTE / 2022) Sobre os tipos de causas de acidente relatadas na NBR
14280, registre V, para verdadeiro, ou F, nas seguintes definições:
(__) Fator pessoal de insegurança (fator pessoal): Causa relativa ao comportamento humano, que pode levar
à ocorrência do acidente ou à prática do ato inseguro.
(__) Ato inseguro: Ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou favorecer a
ocorrência de acidente.
(__) Condição ambiente de insegurança (condição ambiente): Condição do meio que causou o acidente ou
contribuiu para a sua ocorrência.
(__) Condição pessoal: Causa relativa a influência do meio no comportamento humano, que leva ao acidente.
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Após análise, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA dos itens acima, de cima para baixo:
A primeira afirmativa é verdadeira. Como vimos “o fator pessoal de insegurança, ou simplesmente fator
pessoal é a causa relativa ao comportamento humano, que pode levar à ocorrência do acidente ou à prática
de um ato inseguro.
A segunda afirmativa é verdadeira. Como vimos “o ato inseguro corresponde a ação ou omissão que,
contrariando preceito de segurança, pode causar ou favorecer a ocorrência de acidente.”
Na análise da condição ambiental ou fator ambiental de insegurança deve-se incluir tudo o que se refere ao
meio, desde a atmosfera do local de trabalho até as instalações, equipamentos, substâncias utilizadas,
medidas de proteção adotadas e métodos de trabalho empregados.
São riscos gerais do local de trabalho, que afetam a todos os que trabalham na área, de maneira geral,
independente de suas atribuições. Só devem ser indicados como causa do acidente quando não for
aplicável qualquer outra condição ambiente de insegurança mais específica.”
A quarta afirmativa é falsa. Como vimos, “o fator pessoal de insegurança, ou simplesmente fator pessoal é
a causa relativa ao comportamento humano, que pode levar à ocorrência do acidente ou à prática de um
ato inseguro.
Na condução da análise do acidente, a pesquisa do fator pessoal de insegurança apresenta, em geral, alguma
dificuldade, o que não deve, no entanto, constituir motivo de desestímulo a essa pesquisa, que pode ensejar
a eliminação de muitos atos inseguros.
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05 (IBFC / PREF. CONTAGEM-MG / 2022) Os acidentes ocorrem por diversas maneiras, podendo causar
danos pessoais e/ou materiais. O acidente também gera impacto à sociedade devido ao afastamento do
trabalho, no qual o custo recai sobre a sociedade através de tributação de imposto. Conforme descrito na
NBR-14280 - Cadastro de acidente do trabalho - Procedimento e classificação, assinale a alternativa que
apresenta a condição ambiente de insegurança.
(A) Condição do meio que causou o acidente ou contribuiu para a sua ocorrência
(B) Condição do meio que causou o incidente ou contribuiu para a sua prevenção
(C) Prevenção do meio que falhou e causou o acidente ou contribuiu para a sua proteção
(D) Característica do meio que não causou o acidente ou não contribuiu para a sua ocorrência
Na análise da condição ambiental ou fator ambiental de insegurança deve-se incluir tudo o que se refere ao
meio, desde a atmosfera do local de trabalho até as instalações, equipamentos, substâncias utilizadas,
medidas de proteção adotadas e métodos de trabalho empregados.
São riscos gerais do local de trabalho, que afetam a todos os que trabalham na área, de maneira geral,
independente de suas atribuições. Só devem ser indicados como causa do acidente quando não for
aplicável qualquer outra condição ambiente de insegurança mais específica.”
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06 (FAFIPA / PREF. LOANDA / 2021) De acordo com a NBR 14280, a afirmação "Acidente cuja caracterização
independe de existir acidentado, não podendo ser considerado como causador direto da lesão pessoal" é
designado à?
(C) Incidente.
Comentários: como vimos, “uma das etapas da investigação/análise do acidente é classificá-lo corretamente.
De acordo com a NBR 14.280, o acidente do trabalho pode ser classificado como pessoal ou impessoal.
Na caracterização do acidente pessoal deve-se identificar o acidentado que é a vítima do acidente. Assim,
em havendo acidentado, deve-se identificar o tipo de acidente pessoal:
a) acidente com lesão: ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o
exercício do trabalho, de que resulte lesão pessoal;
b) acidente sem lesão: acidente que não causa lesão pessoal.”
Vale ainda recordar que “(...) na classificação da espécie de acidente impessoal é necessário considerar-se
que, muitas vezes, um acidente impessoal gera outro acidente impessoal, que, por sua vez, pode gerar outro
acidente impessoal e assim por diante, sendo cada um desses acidentes impessoais capaz de gerar um ou
mais acidentes pessoais.
Exemplo: um galpão que armazena inflamáveis, atingido por um raio (primeiro acidente impessoal)
incendeia-se (segundo acidente impessoal) e, em virtude desse incêndio, cai a rede elétrica externa (terceiro
acidente impessoal), atingindo alguém (acidente pessoal), que sofre choque elétrico (lesão pessoal).
Nesse sentido, define-se o termo “espécie de acidente impessoal (espécie)” como a caracterização da
ocorrência de acidente impessoal de que resultou ou poderia ter resultado acidente pessoa. E o termo
“acidente inicial” como o acidente impessoal desencadeador de um ou mais acidentes.”
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Há sempre um acidente pessoal entre o acidente impessoal e a lesão.
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07 (VUNESP / PREF. RIBEIRÃO PRETO-SP / 2021) Após um acidente na empresa, o SESMT foi informado de
que o funcionário acidentado vinha apresentando há semanas, atrasos, faltas frequentes e ficado mais
calado. Assinale a alternativa que apresenta o tipo de abordagem que deve ser assumida pela equipe como
parte da investigação do acidente.
(A) Conversar com o acidentado e verificar se ele está com algum tipo de problema, dentro ou fora da
empresa e recomendar a sua punição.
(B) Conversar com o acidentado, verificar se ele está com algum tipo de problema, dentro ou fora da empresa
e tentar entender, a partir do relato dele, o que aconteceu para que o acidente tenha ocorrido.
(C) Investigar a vida do acidentado fora da empresa, reconstituir o acidente e acompanhar o desempenho
do funcionário.
(D) Investigar a vida do acidentado fora da empresa, reconstituir o acidente e recomendar que o funcionário
seja suspenso.
(E) Investigar o acidente a partir do testemunho de outros trabalhadores e superiores hierárquicos e, se for
o caso, acompanhar o comportamento do funcionário.
Comentários: Vimos que “na investigação/análise de um acidente do trabalho, o profissional deverá analisar
uma séries de aspectos para que possa chegar a elucidação dos ocorrido. Mas o que vem a ser a
investigação/análise do acidente de trabalho?
Assim, a investigação/análise do acidente do trabalho levará a elucidação dos seguintes aspectos: suas
causas, circunstâncias e consequências. Ressalte-se, desde já, que a investigação/análise jamais terá por
objetivo apontar “culpados” mas sim buscar tais elucidações com a finalidade de implementar medidas de
controle para evitar que venham a se repetir.
Nas abordagens para investigação e análise de acidentes do trabalho o(s) profissional(is) deve(m); além da
análise das condições ambientais do trabalho (análise do ambiente), verificação de medidas de proteção
etc.; conversar com o acidentado, verificar se ele está com algum tipo de problema, dentro ou fora da
empresa e tentar entender, a partir do relato dele, o que aconteceu para que o acidente tenha ocorrido.”
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08 (IBFC / EBSERH / 2020) Na NBR-14280- existe a nomenclatura de causas de acidentes como sendo por:
Ato Inseguro ou Condição Ambiente de Insegurança. Estas duas condições poderão levar a acidentes
graves e até fatais. Nos casos relatados a seguir, no que será configurado?
(D) Dependerá do parecer dos profissionais que analisarem independente das características apresentadas
Comentários: inicialmente, vale recordar os conceito de ato inseguro e condição ambiente de insegurança.
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09 (FUNDATEC / PREF. CRISTINÁPOLIS / 2020) De acordo com o Guia de Análise de Acidentes do Trabalho,
do Ministério do Trabalho e Emprego, acidentes de trabalho que tenham como consequências
amputações e esmagamentos ou perda da visão são classificados como:
(A) Desprezíveis. (B) Leves. (C) Moderados. (D) Graves. (E) Fatais.
Comentários: vimos que “em função de suas a consequências, o acidente do trabalho pode ser classificado
em:
10 (INSTITUTO AOCP / UFPR / 2019) Em relação ao acidente do trabalho, conforme norma técnica ABNT
NBR 14280:2001, assinale a alternativa correta.
(A) Um acidente do trabalho é uma ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada ao
exercício do trabalho, de que resulte ou possa resultar lesão pessoal.
(B) Um acidente de trajeto é aquele sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de
trabalho, desde que o veículo seja de propriedade da empresa.
(D) Quando existe uma omissão que contraria preceito de segurança e que favorece a ocorrência de um
acidente, pode-se afirmar que ela é uma causa de fator pessoal de insegurança.
(E) Um acidente pode ter como consequência a incapacidade permanente total que é a perda total da
capacidade de trabalho, em caráter permanente, com morte.
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A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Traz a exata definição do termo “acidente do trabalho”
na perspectiva da ANBT NBR 14.280, recorde-se:
" Ao contrário da duas Normas Internacionais que trouxe anteriormente, a ABNT BNR 14280 não define o
termo "incidente". Entretanto, a definição de "acidente do trabalho" por ela adotada também abrange a
ideia de incidente.
De acordo com a Norma em questão, entende-se como acidente do trabalho a ocorrência imprevista e
indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho, de que resulte ou possa resultar
lesão pessoal.
Perceba que essa definição considera como acidente de trabalho uma ocorrência que possa resultar lesão
pessoal, o que está mais relacionado à ideia de incidente das Normas OHSAS 18.001:2007 e ISO 45001:2018.
Nesse sentido, em vez do termo incidente, a NBR 14.280 traz um conceito chamado acidente sem lesão, que
é o acidente que não causa lesão pessoal.
Cabe ressaltar que o termo lesão pessoal é definido por essa Norma como qualquer dano sofrido pelo
organismo humano, como consequência de acidente do trabalho. Além disso, a lesão pessoal inclui tanto
lesões traumáticas e doenças quanto efeitos prejudiciais mentais, neurológicos ou sistêmicos, resultantes de
exposições ou circunstâncias verificadas na vigência do exercício do trabalho.
A alternativa B está incorreta. “Um acidente de trajeto é aquele sofrido pelo empregado no percurso da
residência para o local de trabalho, desde que o veículo seja de propriedade da empresa.”
A propriedade do veículo não interfere na caracterização do acidente de trajeto, vale recordar o conceito
desse e de outros tipos de acidentes estabelecidos pela Norma:
"(...) na classificação do acidente, deve-se, ainda, informar a ocorrência de acidente de trajeto, assim
entendido o acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de trabalho ou deste
para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do empregado,
desde que não haja interrupção ou alteração de percurso por motivo alheio ao trabalho.
Entende-se como percurso o trajeto da residência ou do local de refeição para o trabalho ou desde para
aqueles, independentemente do meio de locomoção, sem alteração ou interrupção por motivo pessoal, do
percurso do empregado. Não havendo limite de prazo para que o empregado atinja o local de residência,
refeição ou de trabalho, deve ser observado o tempo necessário compatível com a distância percorrida e o
meio de locomoção utilizado.”
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A alternativa C está incorreta. “Um acidente impessoal é aquele cuja caracterização depende (independe)
de existir acidentado.”
A alternativa D está incorreta. “Quando existe uma omissão que contraria preceito de segurança e que
favorece a ocorrência de um acidente, pode-se afirmar que ela é uma causa de fator pessoal de insegurança
(ato inseguro).”
A alternativa E está incorreta. “Um acidente pode ter como consequência a incapacidade permanente total
que é a perda total da capacidade de trabalho, em caráter permanente, com (sem) morte”.
“Após classificá-lo e identificar suas causa, o investigador/analista do acidente deverá indicar a(s)
consequência(s) do acidente, que pode ser subdividida em: consequências em função da natureza da lesão
e em função da necessidade ou não de afastamento do trabalho.
A natureza da lesão é uma expressão que identifica a lesão, segundo suas características principais. Nesse
subdivisão as consequências do acidente podem ser:
a) lesão pessoal: qualquer dano sofrido pelo organismo humano, como consequência do acidente do
trabalho;
b) lesão imediata: lesão que se manifesta no momento do acidente;
c) lesão mediata (lesão tardia): lesão que não se manifesta imediatamente após a circunstância
acidental da qual resultou;
d) doença do Trabalho: doença decorrente do exercício continuado ou intermitente de atividade
laborativa capaz de provocar lesão por ação mediata;
e) doença Profissional: doença do trabalho causada pelo exercício de atividade específica, constante de
relação oficial8;
f) morte: cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida, independentemente do tempo
decorrido desde a lesão.
Em função da necessidade ou não de afastamento do trabalho em decorrência do, o acidente pode ser dar
origem a:
a) lesão com afastamento (lesão incapacitante ou lesão com perda de tempo): lesão pessoal que
impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte
incapacidade permanente;
b) lesão sem afastamento (lesão não incapacitante ou lesão sem perda de tempo): lesão pessoal que
não impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente, desde que não haja
incapacidade permanente;
8
Relação estabelecido pela Previdência Social em conjunto com o Ministério da Saúde. Atualmente consta
do Decreto n.° 3.048/1999.
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c) incapacidade permanente total: perda total da capacidade de trabalho, em caráter permanente, sem
morte.
Causa essa incapacidade as lesões que, não provocando a morte, impossibilitam o acidentado,
permanentemente, de trabalhar ou da qual decorre a perda total do uso ou a perda propriamente
dita, entre outras, as de:
• ambos os olhos;
• um olho e uma das mãos ou um olho e um pé; ou
• ambas as mãos ou ambos os pés ou uma das mãos e um pé.
d) incapacidade permanente parcial: redução parcial da capacidade de trabalho, em caráter
permanente que, não provocando morte ou incapacidade permanente total, é causa de perda de
qualquer membro ou parte do corpo, perda total do uso desse membro ou parte do corpo, ou
qualquer redução permanente de função orgânica;
e) incapacidade temporária total: perda total da capacidade de trabalho de que resulte um ou mais
dias perdidos, excetuados a morte, a incapacidade permanente parcial e a incapacidade permanente
total.”
11 (UFMG / UFMG / 2019) O método de investigação de acidente Árvore de Causas (ADC) permite
identificar
(A) o conjunto de normas e regras que foram descumpridas e que explicam a ocorrência do acidente.
(B) fatores organizacionais não previstos nas Normas Regulamentadoras que contribuíram para a ocorrência
do acidente.
(C) quem agiu com negligência, imperícia ou imprudência, contribuindo dessa forma para ocorrência do
acidente.
(D) questões pessoais e familiares que o trabalhador acidentado vivenciava e que contribuíram para
ocorrência do acidente.
Comentários: como vimos, “(...) a Análise por Árvore de Causas – AAC é uma variante da Análise por Árvore
de Falhas – AAF. A diferença fundamental entre a AAC e a AAF é que, enquanto a primeira utiliza fatos, ou
seja, eventos ocorridos, a segunda trabalha com eventos potenciais (de ocorrência provável).
Sendo assim, a AAC é considerada um “sensor do tipo II” no sistema de controle de riscos, ou seja, trabalha
no controle posterior às ocorrências (a posteriori).
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Figura 1.1: Aplicação de Análise por Árvore de Causa – o último evento (ferimento, que é o acidente) é a base
para a construção da árvore, a partir do qual ela será “montada” com os acontecimentos imediatos.
Para alguns autores, a AAC é a técnica mais indicada para identificar fatores de acidentes do trabalho
(causas, circunstâncias e consequências) e suas inter-relações. Isso, pois, por ser baseada em fatos, ou seja,
em eventos já ocorridos, permite uma análise com mais detalhes das situações ocorridas. Na análise dos
fatos, a técnica mostra-se adequada para investigação de fatores organizacionais não previstos nas Normas
Regulamentadoras que contribuíram para a ocorrência do acidente.
Para a análise de um acidente ocorrido, utilizam-se dois questionários padrão: o primeiro consiste em
entrevista com os indivíduos acidentados, enquanto o segundo apresenta um formulário para análise do local
do acidente.
Assim como qualquer método baseado em “diagrama de árvore”, a AAC não é adequada para apurar quem
agiu com negligência, imperícia ou imprudência, contribuindo dessa forma para ocorrência do acidente, bem
como questões pessoais e familiares que o trabalhador acidentado vivenciava e que contribuíram para
ocorrência do acidente.”
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12 (FAUEL / PREF. MARINGÁ-PR / 2019) Segundo a NBR 14280:2001, assinale a alternativa CORRETA para
a definição de “Análise do acidente”.
(C) Informação que se dá aos órgãos interessados, em formulário próprio, quando da ocorrência de acidente.
(D) Tempo computado por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em determinado período.
Assim, a investigação/análise do acidente do trabalho levará a elucidação dos seguintes aspectos: suas
causas, circunstâncias e consequências. Ressalte-se, desde já, que a investigação/análise jamais terá por
objetivo apontar “culpados” mas sim buscar tais elucidações com a finalidade de implementar medidas de
controle para evitar que venham a se repetir.”
13 (INSTITUTO AOCP / PREF. SÃO BENTO DO SUL-SC / 2019) O acidente de trabalho por sua definição, de
acordo com a NBR 14280:2001, é a ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada
com o exercício do trabalho, que resulte ou possa resultar em lesão pessoal. A que, principalmente, as
causas de acidentes estão relacionadas?
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14 (FAUEL / PREF. MARINGÁ-PR / 2019) De acordo com a NBR 14280 cadastro de acidente do trabalho –
Procedimento e classificação, no item 2.8 Causas do acidente, assinale a alternativa CORRETA sobre o que
é “Ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou favorecer a ocorrência de
acidente”.
(A) Ato inseguro (B) Fonte da lesão (C) Condição Ambiente (D) Fator impessoal
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15 (UFMG / UFMG / 2019) Segundo o método de investigação de acidente Árvore de Causas (ADC),
é CORRETO afirma
(A) O conceito de variação é um dos elementos chave na investigação de acidente quando se utiliza o método
ADC.
(B) O juízo de valor elaborado por parte da equipe de investigação em relação aos fatos identificados é
fundamental para construção da árvore de acidentes.
(C) A coleta de informações sobre o acidente deve ser realizada sem a participação do trabalhador
acidentado para evitar que ele oculte fatos essenciais.
(D) A questão a ser feita para construção da árvore a partir dos fatos coletados é “Quem contribuiu para a
ocorrência do fato Y?
Comentários: vimos que “(...) a AAC é um método prático de investigação de acidentes do trabalho, baseado
na teoria de sistemas e na pluricausalidade do fenômeno acidente, sendo o acidente considerado sintoma
de disfuncionamento do sistema sociotécnico (sistema social e técnico) aberto (ou seja, amplo, incluindo a
sociedade como um todo) constituído pela empresa.
Por fim, destaco alguns aspectos importantes, entre outros, na aplicação da AAC:
Compare com os “aspectos importantes” que destaquei acima. A alternativa A está correta e é o gabarito
da questão.
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16 (PR-4 UFRJ / UFRJ / 2018) Segundo a NBR 14280, o conceito de doença profissional é:
(A) Doença decorrente do exercício continuado ou intermitente de atividade laborativa capaz de provocar
lesão por ação mediata.
(B) Doença do trabalho causada pelo exercício de atividade específica, constante de relação oficial.
(C) Cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida, independentemente do tempo decorrido desde
a lesão.
(D) Condição do meio que causou o acidente ou contribuiu para a sua ocorrência.
A alternativa A está incorreta. Essa é a definição de doença do trabalho, aproveite para recordar essa e
outras definições importantes.
“Após classificá-lo e identificar suas causa, o investigador/analista do acidente deverá indicar a(s)
consequência(s) do acidente, que pode ser subdividida em: consequências em função da natureza da lesão
e em função da necessidade ou não de afastamento do trabalho.
A natureza da lesão é uma expressão que identifica a lesão, segundo suas características principais. Nesse
subdivisão as consequências do acidente podem ser:
a) lesão pessoal: qualquer dano sofrido pelo organismo humano, como consequência do acidente do
trabalho;
b) lesão imediata: lesão que se manifesta no momento do acidente;
c) lesão mediata (lesão tardia): lesão que não se manifesta imediatamente após a circunstância
acidental da qual resultou;
d) doença do Trabalho: doença decorrente do exercício continuado ou intermitente de atividade
laborativa capaz de provocar lesão por ação mediata;
e) doença Profissional: doença do trabalho causada pelo exercício de atividade específica, constante de
relação oficial9;
f) morte: cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida, independentemente do tempo
decorrido desde a lesão.
9
Relação estabelecido pela Previdência Social em conjunto com o Ministério da Saúde. Atualmente consta
do Decreto n.° 3.048/1999.
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Em função da necessidade ou não de afastamento do trabalho em decorrência do, o acidente pode ser dar
origem a:
a) lesão com afastamento (lesão incapacitante ou lesão com perda de tempo): lesão pessoal que
impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte
incapacidade permanente;
b) lesão sem afastamento (lesão não incapacitante ou lesão sem perda de tempo): lesão pessoal que
não impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente, desde que não haja
incapacidade permanente;
c) incapacidade permanente total: perda total da capacidade de trabalho, em caráter permanente, sem
morte.
Causa essa incapacidade as lesões que, não provocando a morte, impossibilitam o acidentado,
permanentemente, de trabalhar ou da qual decorre a perda total do uso ou a perda propriamente
dita, entre outras, as de:
• ambos os olhos;
• um olho e uma das mãos ou um olho e um pé; ou
• ambas as mãos ou ambos os pés ou uma das mãos e um pé.
d) incapacidade permanente parcial: redução parcial da capacidade de trabalho, em caráter
permanente que, não provocando morte ou incapacidade permanente total, é causa de perda de
qualquer membro ou parte do corpo, perda total do uso desse membro ou parte do corpo, ou
qualquer redução permanente de função orgânica;
e) incapacidade temporária total: perda total da capacidade de trabalho de que resulte um ou mais
dias perdidos, excetuados a morte, a incapacidade permanente parcial e a incapacidade permanente
total.”
A alternativa C está incorreta. Essa é a definição de morte, conforme a Norma. Veja comentário da
alternativa A.
A alternativa D está incorreta. Essa é a definição de condição ambiente de insegurança ou condição insegura,
recorde-se:
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A alternativa E está incorreta. Essa é a definição de acidente inicial. Vimos que, “(...) na classificação da
espécie de acidente impessoal é necessário considerar-se que, muitas vezes, um acidente impessoal gera
outro acidente impessoal, que, por sua vez, pode gerar outro acidente impessoal e assim por diante, sendo
cada um desses acidentes impessoais capaz de gerar um ou mais acidentes pessoais.
Exemplo: um galpão que armazena inflamáveis, atingido por um raio (primeiro acidente impessoal)
incendeia-se (segundo acidente impessoal) e, em virtude desse incêndio, cai a rede elétrica externa (terceiro
acidente impessoal), atingindo alguém (acidente pessoal), que sofre choque elétrico (lesão pessoal).
Nesse sentido, define-se o termo “espécie de acidente impessoal (espécie)” como a caracterização da
ocorrência de acidente impessoal de que resultou ou poderia ter resultado acidente pessoa. E o termo
“acidente inicial” como o acidente impessoal desencadeador de um ou mais acidentes.”
Nesse caso, ventilação inadequada, passagem obstruída, especificações inadequadas nas requisições e
relações de subordinação pouco claras/conflitantes são exemplos de fatores do trabalho.
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Portanto, o fator pessoal é o uso incorreto de equipamentos de proteção individual, pelo que a alternativa
D está correta e é o gabarito da questão.
18 (FCC / SABESP / 2018) Considerando a ABNT NBR-14280, as causas de acidente de trabalho: (I) uso de
equipamento defeituoso ou deteriorado, (II) deixar de usar o equipamento de proteção individual
disponível, (III) realização de horas extras acima do permitido por legislação (fadiga); e (IV) usar
equipamento/máquina de maneira imprópria, são caracterizadas, respectivamente, como:
(B) Ato inseguro, Fator pessoal de segurança, condição de insegurança e fator pessoal de insegurança.
(C) Condição ambiente de insegurança, fator pessoal de insegurança, ato inseguro e ato inseguro
(D) Condição ambiente de insegurança, ato inseguro, fator pessoal de insegurança e ato inseguro.
Evento Classificação
I - uso de equipamento defeituoso ou deteriorado Condição ambiente de insegurança
II - deixar de usar o equipamento de proteção individual disponível Ato inseguro
III - realização de horas extras acima do permitido por legislação Fator pessoal de insegurança
(fadiga);
IV - usar equipamento/máquina de maneira imprópria Ato inseguro
No caso da “realização de horas extras acima do permitido por legislação (fadiga)” foi considerado como ato
inseguro porque a banca julgou a realização por conta própria do empregado, caso estivesse seguindo ordens
superiores, seria condição ambiente de insegurança.
19 (FGV / BANESTES / 2018) Em conformidade com a NBR 14280:2001, torna-se necessário o entendimento
dos seguintes elementos: Acidente Impessoal, Acidente Pessoal e Lesão Pessoal. Considere que um galpão
que armazena inflamável, atingido por um raio, incendeia-se. Em virtude desse incêndio, cai a rede elétrica
externa, atingindo alguém, que sofre choque elétrico.
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Comentários: inicialmente, vale recorder os conceitos de acidente impessoal, acidente pessoal e lesão
pessoal, além de outros:
Uma das etapas da investigação/análise do acidente é classificá-lo corretamente. De acordo com a NBR
14.280, o acidente do trabalho pode ser classificado como pessoal ou impessoal.
Na caracterização do acidente pessoal deve-se identificar o acidentado que é a vítima do acidente. Assim,
em havendo acidentado, deve-se identificar o tipo de acidente pessoal:
a) acidente com lesão: ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o
exercício do trabalho, de que resulte lesão pessoal;
b) acidente sem lesão: acidente que não causa lesão pessoal.
Por sua vez, “(...) o termo lesão pessoal é definido por essa norma Nomo qualquer dano sofrido pelo
organismo humano, como consequência de acidente do trabalho."
Evento Classificação
1 - galpão que armazena inflamável é atingido por um raio; e acidente impessoal
incendeia-se (queda do raio);
2 – em virtude do raio, o galpão incendeia-se (incêndio); acidente impessoal
3 - em virtude desse incêndio, cai a rede elétrica externa (queda da acidente impessoal
rede elétrica)
4 – rede elétrica atinge alguém acidente pessoal
5 – o alguém atingido pela rede elétrica sofre choque elétrico. lesão pessoal
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Há sempre um acidente pessoal entre o acidente impessoal e a lesão.
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Assim, os eventos narrados constituem 3 acidentes impessoais, 1 acidente pessoal e 1 lesão pessoal, pelo
que a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.
20 (FGV / BANESTES / 2018) A temática do acidente de trabalho está presente na maioria dos estudos de
segurança do trabalho, à medida que afeta negativamente governo, trabalhador, empresa e sociedade.
Em conformidade com a NBR 14280:2001, um dos elementos essenciais para a análise do acidente é o ato
inseguro. Na caracterização do ato inseguro, deve-se levar em consideração o seguinte aspecto:
(A) pode ser algo que a pessoa fez quando não deveria fazer ou deveria fazer de outra maneira, ou, ainda,
algo que deixou de fazer quando deveria ter feito;
(B) os atos de supervisão, tais como decisões e ordens de chefe no exercício de suas funções, podem ser
classificados como atos inseguros;
(D) pode ser praticado pelo próprio acidentado em determinadas circunstâncias ou condições;
(E) a pessoa que o pratica pode fazê-lo consciente ou não de estar agindo de forma segura.
Comentários: vimos que “o ato inseguro corresponde a ação ou omissão que, contrariando preceito de
segurança, pode causar ou favorecer a ocorrência de acidente. Na caracterização do ato inseguro, para fins
de investigação de acidentes, deve-se levar em consideração o seguinte:
a) o ato inseguro pode ser algo que a pessoa faz quando não deve fazer, ou deveria fazer de outra
maneira, ou, ainda, algo que deixou de fazer quando deveria ter feito;
b) o ato inseguro tanto pode ser praticado pelo próprio acidentado como por terceiros;
c) a pessoa que pratica pode fazê-lo consciente ou não de estar agindo inseguramente;
d) quando o risco já vinha existindo por certo tempo, anteriormente à ocorrência do acidente – sendo
razoável esperar-se que durante esse tempo a administração o descobrisse e eliminasse – o ato que
criou esse risco não deve ser considerado ato inseguro, pois o ato inseguro deve estar intimamente
relacionado com a ocorrência do acidente, no que diz respeito ao tempo11;
e) o ato inseguro não significa, necessariamente, desobediência às normas ou regras constantes de
regulamentos formalmente adotados, mas também se caracteriza pela não observância de práticas
de segurança tacitamente aceitas. Na sua caracterização cabe a seguinte pergunta: nas mesmas
circunstâncias, teria agido do mesmo modo uma pessoa prudente e experiente?
11
Por exemplo, quando o trabalhador vem deixando de utilizar o EPI há algum tempo, a lesão dai
resultante não se deve ao ato inseguro do trabalhador (por omissão), trata-se nesse caso, de negligência
do empregador.
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f) a ação pessoal não deve ser classificada como ato inseguro pelo simples fato de envolver risco. Por
exemplo: o trabalho com eletricidade ou com certas substâncias perigosas envolve riscos óbvios, mas,
embora potencialmente perigoso, não deve ser considerado, em si, ato inseguro. Será, no entanto,
considerado ato inseguro trabalhar com eletricidade e com tais substâncias, sem a observância das
necessárias precauções;
g) só se deve classificar uma ação pessoal como ato inseguro quando tiver havido possibilidade de
adotar processo razoável que apresente menor risco. Por exemplo: se o trabalho de uma pessoa exigir
a utilização de certa máquina perigosa, não provida de dispositivo de segurança, isso não deve ser
considerado ato inseguro. Entretanto, será considerada ato inseguro a operação de máquina dotada
de dispositivo de segurança, quando tiver sido esse dispositivo retirado ou neutralizado pelo
operador (quando o trabalhador praticar a burla do sistema de segurança);
h) os atos de supervisão, tais como decisões e ordens de chefe no exercício de suas funções, não devem
ser classificados como atos inseguros. Assim, também, nenhuma ação realizada em obediência a
instruções diretas de supervisor deve ser considerada ato inseguro.
A alternativa B está incorreta. "os atos de supervisão, tais como decisões e ordens de chefe no exercício de
suas funções, podem ser classificados como atos inseguros (condições ambientais de insegurança)”. Também
vela a pena recordar esse assunto.
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A alternativa D está incorreta. "pode ser praticado pelo próprio acidentado (ou por terceiros) em
determinadas circunstâncias ou condições;”
A alternativa E está incorreta. "a pessoa que o pratica pode fazê-lo consciente ou não de estar agindo de
forma segura (inseguramente).”
21 (CESGRANRIO / PETROBRÁS / 2018) Segundo a NBR 14280: 2001 Cadastro de acidente do trabalho -
Procedimento e classificação, para estatística e análise de acidentes, devem ser considerados alguns
elementos essenciais.
(A) fonte da lesão (B) hereditariedade (C) localização da lesão (D) ato inseguro (E) prejuízo material
Comentários: essa é moleza! de fato, a hereditariedade não tem nada a ver com a análise de acidentes, pelo
que a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.
22 (FEPESE / CELESC / 2018) Como é definido, pela NBR 1420, qualquer dano sofrido pelo organismo
humano como consequência de acidente do trabalho?
Comentários: vimos que “após classificá-lo e identificar suas causa, o investigador/analista do acidente
deverá indicar a(s) consequência(s) do acidente, que pode ser subdividida em: consequências em função da
natureza da lesão e em função da necessidade ou não de afastamento do trabalho.
A natureza da lesão é uma expressão que identifica a lesão, segundo suas características principais. Nesse
subdivisão as consequências do acidente podem ser:
a) lesão pessoal: qualquer dano sofrido pelo organismo humano, como consequência do acidente do
trabalho;
b) lesão imediata: lesão que se manifesta no momento do acidente;
c) lesão mediata (lesão tardia): lesão que não se manifesta imediatamente após a circunstância
acidental da qual resultou;
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Em função da necessidade ou não de afastamento do trabalho em decorrência do, o acidente pode ser dar
origem a:
a) lesão com afastamento (lesão incapacitante ou lesão com perda de tempo): lesão pessoal que
impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte
incapacidade permanente;
b) lesão sem afastamento (lesão não incapacitante ou lesão sem perda de tempo): lesão pessoal que
não impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente, desde que não haja
incapacidade permanente;
c) incapacidade permanente total: perda total da capacidade de trabalho, em caráter permanente, sem
morte.
Causa essa incapacidade as lesões que, não provocando a morte, impossibilitam o acidentado,
permanentemente, de trabalhar ou da qual decorre a perda total do uso ou a perda propriamente
dita, entre outras, as de:
• ambos os olhos;
• um olho e uma das mãos ou um olho e um pé; ou
• ambas as mãos ou ambos os pés ou uma das mãos e um pé.
d) incapacidade permanente parcial: redução parcial da capacidade de trabalho, em caráter
permanente que, não provocando morte ou incapacidade permanente total, é causa de perda de
qualquer membro ou parte do corpo, perda total do uso desse membro ou parte do corpo, ou
qualquer redução permanente de função orgânica;
e) incapacidade temporária total: perda total da capacidade de trabalho de que resulte um ou mais
dias perdidos, excetuados a morte, a incapacidade permanente parcial e a incapacidade permanente
total.”
12
Relação estabelecido pela Previdência Social em conjunto com o Ministério da Saúde. Atualmente
consta do Decreto n.° 3.048/1999.
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24 (CESGRANRIO / PETROBRÁS / 2017) A técnica mais indicada para identificar fatores de acidente do
trabalho e suas inter-relações é a
Comentários: vimos que “(...) que a Análise por Árvore de Causas – AAC é uma variante da Análise por Árvore
de Falhas – AAF. A diferença fundamental entre a AAC e a AAF é que, enquanto a primeira utiliza fatos, ou
seja, eventos ocorridos, a segunda trabalha com eventos potenciais (de ocorrência provável).
Sendo assim, a AAC é considerada um “sensor do tipo II” no sistema de controle de riscos, ou seja, trabalha
no controle posterior às ocorrências (a posteriori).
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==14b95d==
Figura 1.1: Aplicação de Análise por Árvore de Causa – o último evento (ferimento, que é o acidente) é a base
para a construção da árvore, a partir do qual ela será “montada” com os acontecimentos imediatos.
Para alguns autores, a AAC é a técnica mais indicada para identificar fatores de acidentes do trabalho
(causas, circunstâncias e consequências) e suas inter-relações. Isso, pois, por ser baseada em fatos, ou seja,
em eventos já ocorridos, permite uma análise com mais detalhes das situações ocorridas. Na análise dos
fatos, a técnica mostra-se adequada para investigação de fatores organizacionais não previstos nas Normas
Regulamentadoras que contribuíram para a ocorrência do acidente.
Para a análise de um acidente ocorrido, utilizam-se dois questionários padrão: o primeiro consiste em
entrevista com os indivíduos acidentados, enquanto o segundo apresenta um formulário para análise do local
do acidente.
Assim como qualquer método baseado em “diagrama de árvore”, a AAC não é adequada para apurar quem
agiu com negligência, imperícia ou imprudência, contribuindo dessa forma para ocorrência do acidente, bem
como questões pessoais e familiares que o trabalhador acidentado vivenciava e que contribuíram para
ocorrência do acidente.
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25 (NC-UFPR / COPEL / 2017) O método que faz a representação gráfica das interações entre diversas falhas
que podem causar um acidente é conhecido por:
O eletricista J.P., com 34 anos de idade, ao fazer uma emenda em um cabo condutor de fase, energizado e
sem isolamento, encostou o braço na escada metálica em que estava trabalhando, a uma altura de 2,2
metros da superfície de referência. Trata-se de um trabalho realizado em proximidade, conforme a NR-10. A
luva que ele usava estava com um furo, ocasionando um choque elétrico em J.P. que, desequilibrado, caiu da
escada e bateu a cabeça e as costas no chão, ficando inconsciente até a prestação de assistência médica.
A falta de experiência por parte de J.P. levou-o ao não desligamento e à falta de aterramento da instalação
que, de acordo com a NBR-14280, são classificados, respectivamente, como:
Comentários: o enunciado contextualiza os fatores que levaram a um acidente. Ao final, o avaliador quer
que o candidato classifique a “falta de experiência” do trabalhador e o “não desligamento e a falta de
aterramento da instalação”, fatores determinantes para a ocorrência do acidente.
A falta de experiência é um típico exemplo de fator pessoal de insegurança. Como vimos “o fator pessoal
de insegurança, ou simplesmente fator pessoal é a causa relativa ao comportamento humano, que pode
levar à ocorrência do acidente ou à prática de um ato inseguro.
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Na condução da análise do acidente, a pesquisa do fator pessoal de insegurança apresenta, em geral, alguma
dificuldade, o que não deve, no entanto, constituir motivo de desestímulo a essa pesquisa, que pode ensejar
a eliminação de muitos atos inseguros.
Por sua vez, o omissão cometida pelo “não desligamento do circuito e falta de aterramento” são exemplos
de ato inseguro, já que são regras básicas na condução de trabalhos em circuitos elétricos de alta tensão e
em proximidade.
Comentários: vimos que “o referido relatório (de acidentes), inclusive, inclui elementos essenciais para
levantamentos de estatísticas, bem como, para a investigação e análise de acidentes, tais sejam:
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Nesse caso, o único item trazido pela banca que não corresponde a um desses elementos essenciais é o
“fator impessoal de segurança” , pelo que a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.
28 (IFB / IFB / 2016) A prevenção de acidentes é uma das três principais áreas de atuação das atividades
de Segurança do Trabalho. Assinale abaixo a alternativa que corresponde CORRETAMENTE à explicação de
uma das principais causas dos acidentes de trabalho nas organizações.
(A) O agente: aquele que está estreitamente relacionado com a lesão, como o cabo do martelo.
(B) O tipo de acidente: é o objeto (a máquina ou o equipamento) que poderia ser protegido e está
diretamente relacionado com a lesão, como o martelo.
(C) O fator pessoal de insegurança: modo de contato entre o agente do acidente e o acidentado.
(D) O ato inseguro: é a característica, deficiência ou alteração mental (acidental ou permanente) que permite
o ato inseguro.
(E) A condição insegura: condição física ou mecânica existente no local, na máquina, no equipamento ou na
instalação (que poderia ter sido protegida ou corrigida), e que leva à ocorrência do acidente.
A alternativa A está incorreta. Como vimos, “agente do acidente (agente): coisa, substância ou ambiente
que, sendo inerente à condição ambiente (ou ambiental) de insegurança, tenha provocado o acidente.
Como exemplo, um ruído de alta intensidade em um galpão industrial pode ser considerado um fator
ambiental de insegurança (um agente do acidente) capaz de inibir a percepção auditiva do trabalhador no
caso de uma situação de risco, como é o caso de ocorrência de atropelamentos por empilhadeiras que,
quando estão em marcha ré, emitem sinais sonoros para evitar que trabalhadores fiquem no ponto cego do
motorista.”
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Coisa, substância, energia ou movimento do corpo que diretamente provocou a lesão é a definição de fonte
da lesão.
A alternativa B está incorreta. Vimos que “uma das etapas da investigação/análise do acidente é classificá-
lo corretamente. De acordo com a NBR 14.280, o acidente do trabalho pode ser classificado como pessoal
ou impessoal.
Na caracterização do acidente pessoal deve-se identificar o acidentado que é a vítima do acidente. Assim,
em havendo acidentado, deve-se identificar o tipo de acidente pessoal:
a) acidente com lesão: ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o
exercício do trabalho, de que resulte lesão pessoal;
b) acidente sem lesão: acidente que não causa lesão pessoal.”
“O objeto (a máquina ou o equipamento) que poderia ser protegido e está diretamente relacionado com a
lesão, como o martelo” é o agente da lesão.
A alternativa C está incorreta. Nada disso! Como vimos, “o fator pessoal de insegurança, ou simplesmente
fator pessoal é a causa relativa ao comportamento humano, que pode levar à ocorrência do acidente ou à
prática de um ato inseguro.
Na condução da análise do acidente, a pesquisa do fator pessoal de insegurança apresenta, em geral, alguma
dificuldade, o que não deve, no entanto, constituir motivo de desestímulo a essa pesquisa, que pode ensejar
a eliminação de muitos atos inseguros.
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Há sempre um acidente pessoal entre o acidente impessoal e a lesão.
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A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Traz um bom exemplo de condição insegura ou
condição ambiente de insegurança.
29 (COVEST-COPSET / UFPE / 2015) Na investigação e análise de acidentes pelo Método Árvore de Causas,
os componentes que formam a atividade são:
Na investigação e análise de acidentes pelo Método Árvore de Causas, os componentes que formam a
atividade são:
• indivíduo;
• tarefa;
• material; e
• meio de trabalho.”
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30 (FCC / TRT-4 / 2015) Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.
A empresa PLASTIC possui, atualmente, 400 funcionários contratados em regime celetista. Um de seus
funcionários é o Sandoval, com 23 anos de idade, há 2 meses na empresa PLASTIC, na função de operador de
injetoras de materiais plásticos. Certo dia, ele operava uma extrusora de tubos de PVC (poli-cloreto de vinila).
Ao fazer a limpeza do excesso de borra de plástico que fica acumulado na ponta do tubo de ferro, utilizou
uma espátula para remoção desta borra plástica. Durante esse processo, foi atingido pelo material plástico
quente que espirrou, causando queimaduras pelo rosto todo e a perda da visão do olho direito. Segundo o
supervisor técnico industrial, o material plástico projetado deveria estar à temperatura de 150 ºC, porém o
mesmo superaqueceu, atingindo a temperatura de 230 ºC. O equipamento não possuía nenhum tipo de
proteção mecânica que pudesse evitar que esse material se projetasse e viesse atingir os trabalhadores.
No relatório de investigação e análise de acidentes do trabalho da CIPA, constam os fatores abaixo que
contribuíram para ocorrência ou causas do acidente de Sandoval.
A classificação das causas do acidente, conforme a NBR-14280 e de acordo com a descrição do relatório da
CIPA da empresa PLASTIC, são, respectivamente,
(A) fator pessoal de insegurança, condição ambiente de insegurança, ato inseguro e ato inseguro.
(B) ato inseguro, fator pessoal de insegurança, condição ambiente de insegurança e fator pessoal de
insegurança.
(C) ato inseguro, condição ambiente de insegurança, ato inseguro e fator pessoal de insegurança.
(D) fator pessoal de insegurança, ato inseguro, condição ambiente de insegurança e ato inseguro.
(E) ato inseguro, fator pessoal de insegurança, ato inseguro e fator pessoal de insegurança.
Comentários: vamos classificar cada um dos fatores constantes do relatório de investigação e análise do
acidente, elaborado pela CIPA da PLASTIC.
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I. Falta de utilização de EPIs, ou seu uso de São exemplos de ato inseguro. Agora, lembre-se de
maneira imprópria. que a falta do EPI e/ou seu não fornecimento é
condição insegura.
II. Ausência do dispositivo de proteção. É um exemplo de condição ambiente de insegurança
ou condição insegura.
III. Modo operatório inadequado à segurança O uso de máquina e ferramentas de maneira imprópria
ou uso de maneira imprópria. é um clássico de exemplo de ato inseguro. Agora, o
modo operatório impróprio, se determinado pela
chefia, é condição insegura e não ato inseguro. Daria
para contestar essa afirmativa!
IV. Falta de conhecimento ou experiência Temo aqui um fator pessoal de insegurança.
31 (FCC / TRT-3 / 2015) Um funcionário, recém-contratado e sem nunca ter trabalhado no meio fabril,
estava limpando uma máquina compressora de pós-metálicos, similar a uma prensa excêntrica, com a
mesma em movimento, foi limpar a máquina e o pano enroscou nos punções de conformação, puxando
sua mão para zona de prensagem e causando a perfuração no segundo e quarto dedos da mão direita
ocasionando assim a amputação da falange distal. Esse trabalhador, sem experiência, recebeu todas as
orientações, os equipamentos de proteção individual e treinamentos do SESMT na integração da empresa
e mesmo assim agiu em desacordo com as normas e procedimentos de segurança do trabalho. De acordo
com a NBR 14280, limpar a máquina em movimento e a falta de experiência caracterizam,
respectivamente,
Comentários: o enunciado deixa claro que, apesar da falta de experiência, o trabalhador acidentado
“recebeu todas as orientações, os equipamentos de proteção individual e treinamentos do SESMT”.
Nesse caso, “limpar a máquina em movimento”, mesmo recebendo treinamento a respeito é um ato
inseguro. Por sua vez, a “falta de experiência” é um fator pessoal de insegurança.
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32 (FCC / SABESP / 2014) Considere uma empresa metalúrgica de estampagem de metais. Em 2011,
ocorreram 3 acidentes. O primeiro foi um acidente de trajeto. O segundo, um acidente com afastamento
leve, que impediu o trabalhador de realizar suas atividades por meio período. O terceiro acidente
provocou uma perda do membro acima do punho do trabalhador, afastando-o por 200 dias, com os dias
debitados que, de acordo com a NBR 14280, equivalem a 3.600 dias. Naquele ano os 200 funcionários
trabalharam 250 dias úteis e a jornada de trabalho foi de 8 horas diárias.
O trabalhador, devidamente capacitado, que teve a perda do membro acima do punho, infringiu as
normativas de segurança interna da empresa, desconectando o sensor de segurança, a cortina de luz, de
uma prensa pneumática que trabalhava com 500 golpes por minutos. O objetivo dele era aumentar a
produtividade e se destacar como funcionário do mês. De acordo com a NBR 14280, é considerado, para
esta situação, como causa principal do acidente de trabalho:
33 (IADES / METRÔ-DF / 2014) Quanto aos acidentes de trabalho, assinale a alternativa correta.
(A) Acidente com afastamento: aquele em que o acidentado pode exercer sua função normal, no mesmo dia
do acidente ou no dia seguinte, no horário regulamentar.
(B) Acidente sem afastamento: aquele em que o acidentado sofre uma incapacidade temporária ou
permanente que o impossibilita de retornar ao trabalho no mesmo dia ou no dia seguinte ao acontecido.
Pode até mesmo ocorrer a morte do trabalhador.
(C) Aidente de trajeto: aquele que ocorre no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para
aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
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(D) Ato inseguro: qualquer atividade no local de trabalho, ou decorrente dele, em que ocorra um evento não
desejado e que provoque algum dano na forma de lesão ou avaria de instalações, meio ambiente ou
equipamentos.
(E) Acidente típico: todos os procedimentos do homem que contrariam as normas de prevenção de
acidentes. As atitudes contrárias aos procedimentos e (ou) às normas de segurança, que o homem assume,
podem ou não ser deliberadas de acordo com a gestão do ambiente ocupacional. Normalmente, quando
essas atitudes não são propositais, o homem está sendo impelido por problemas psicossociais.
A alternativa A está incorreta. “Acidente com (sem) afastamento: aquele em que o acidentado pode exercer
sua função normal, no mesmo dia do acidente ou no dia seguinte, no horário regulamentar.”
A alternativa B está incorreta. “Acidente sem (com) afastamento: aquele em que o acidentado sofre uma
incapacidade temporária ou permanente que o impossibilita de retornar ao trabalho no mesmo dia ou no
dia seguinte ao acontecido. Pode até mesmo ocorrer a morte do trabalhador.”
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Vimos que “(...) na classificação do acidente, deve-se,
ainda, informar a ocorrência de acidente de trajeto, assim entendido o acidente sofrido pelo empregado
no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de
locomoção, inclusive veículo de propriedade do empregado, desde que não haja interrupção ou alteração
de percurso por motivo alheio ao trabalho.
Entende-se como percurso o trajeto da residência ou do local de refeição para o trabalho ou desde para
aqueles, independentemente do meio de locomoção, sem alteração ou interrupção por motivo pessoal, do
percurso do empregado. Não havendo limite de prazo para que o empregado atinja o local de residência,
refeição ou de trabalho, deve ser observado o tempo necessário compatível com a distância percorrida e o
meio de locomoção utilizado.”
A alternativa D está incorreta. A NBR 14280 não traz uma definição específica de acidente típico, veremos
essa definição no estudo da legislação previdenciária referente ao tema!
Por hora, saiba que o acidente típico é aquele que provoca ou tem potencial de provocar lesão imediata,
ao contrário das doenças ocupacionais (do trabalho ou profissionais) que provoca lesão mediata (tardia).
34 (IADES / METRÔ-DF / 2014) Considerando um evento adverso como qualquer ocorrência de natureza
indesejável relacionado direta ou indiretamente ao trabalho, incluindo acidentes, incidentes e
circunstâncias indesejadas, assinale a alternativa que apresenta uma consequência desse tipo de evento.
(A) Prejuízo: dano a uma propriedade, instalação, máquina, equipamento, meio ambiente ou perdas de
produção.
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(C) Fatal: amputações ou esmagamentos, perda de visão, lesão ou doença que leva à perda permanente de
funções orgânicas, fraturas que necessitam de intervenção cirúrgica, queimaduras que atingem mais de 30%
da superfície corporal.
(D) Moderado: agravos que não se classificam como fatais ou graves e mediante os quais a pessoa fica
impossibilitada de executar o respectivo trabalho normal por mais de 90 dias.
(E) Leve: agravos que não se classificam como fatais, graves ou moderados, em que a pessoa fica
impossibilitada de trabalhar por mais de 30 dias.
Comentários: vimos que “em função de suas a consequências, o acidente do trabalho pode ser classificado
em:
(B) que causam lesão ao acidentado. Nem sempre há um acidente pessoal entre o acidente impessoal e a
lesão.
(C) causados por modificações ocorridas no ambiente do trabalho, sem o devido respeito às normas de
segurança do trabalho.
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Comentários: vimos que “uma das etapas da investigação/análise do acidente é classificá-lo corretamente.
De acordo com a NBR 14.280, o acidente do trabalho pode ser classificado como pessoal ou impessoal.
Na caracterização do acidente pessoal deve-se identificar o acidentado que é a vítima do acidente. Assim,
em havendo acidentado, deve-se identificar o tipo de acidente pessoal:
a) acidente com lesão: ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o
exercício do trabalho, de que resulte lesão pessoal;
b) acidente sem lesão: acidente que não causa lesão pessoal.”
36 (CESGRANRIO / LIQUIGÁS / 2014) Existem diversas causas básicas de acidentes do trabalho, tais como
fatores pessoais e fatores de trabalho. Um exemplo de fator de trabalho é o(a)
Comentários: vamos classificar os exemplos trazidos nas alternativas, lembrando que fator pessoal = fator
pessoal de insegurança e fator de trabalho = condição ambiental de insegurança ou simplesmente condição
ambiental
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Há sempre um acidente pessoal entre o acidente impessoal e a lesão.
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37 (INSTITUTO CONSULPLAN / CODERN / 2014) De acordo com a NBR 14.280, “acidente do trabalho é a
ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho, de que
resulte ou possa resultar lesão pessoal.” Acerca dos tipos de acidente, analise as afirmativas.
II. Acidente impessoal é o acidente cuja caracterização independe de existir acidentado, não podendo ser
considerado como causador direto da lesão pessoal.
IV. Acidente de trajeto é o acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de
trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do
empregado, desde que não haja interrupção ou alteração de percurso por motivo alheio ao trabalho.
(A) I, II, III e IV. (B) I, II e III, apenas. (C) I, II e IV, apenas. (D) I, III e IV, apenas. (E) II, III e IV, apenas.
A afirmativa I é verdadeira. Vimos que “uma das etapas da investigação/análise do acidente é classificá-lo
corretamente. De acordo com a NBR 14.280, o acidente do trabalho pode ser classificado como pessoal ou
impessoal.
Na caracterização do acidente pessoal deve-se identificar o acidentado que é a vítima do acidente. Assim,
em havendo acidentado, deve-se identificar o tipo de acidente pessoal:
a) acidente com lesão: ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o
exercício do trabalho, de que resulte lesão pessoal;
b) acidente sem lesão: acidente que não causa lesão pessoal.”
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Há sempre um acidente pessoal entre o acidente impessoal e a lesão.
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A afirmativa IV é verdadeira. Vide comentário da alternativa A. Vimos que “(...) na classificação do acidente,
deve-se, ainda, informar a ocorrência de acidente de trajeto, assim entendido o acidente sofrido pelo
empregado no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o
meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do empregado, desde que não haja interrupção ou
alteração de percurso por motivo alheio ao trabalho.
Entende-se como percurso o trajeto da residência ou do local de refeição para o trabalho ou desde para
aqueles, independentemente do meio de locomoção, sem alteração ou interrupção por motivo pessoal, do
percurso do empregado. Não havendo limite de prazo para que o empregado atinja o local de residência,
refeição ou de trabalho, deve ser observado o tempo necessário compatível com a distância percorrida e o
meio de locomoção utilizado.”
38 (FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE / EMAP / 2012) A NBR 14.280 define natureza da lesão como:
(A) “indicação de qualquer dano sofrido pelo organismo humano, como consequência de acidente de
trabalho.”
(E) “lesão que não se manifesta imediatamente após a circunstância acidental da qual resultou.”
Comentários: vimos que “Após classificá-lo e identificar suas causa, o investigador/analista do acidente
deverá indicar a(s) consequência(s) do acidente, que pode ser subdividida em: consequências em função da
natureza da lesão e em função da necessidade ou não de afastamento do trabalho.
A natureza da lesão é uma expressão que identifica a lesão, segundo suas características principais. Nesse
subdivisão as consequências do acidente podem ser:
a) lesão pessoal: qualquer dano sofrido pelo organismo humano, como consequência do acidente do
trabalho;
b) lesão imediata: lesão que se manifesta no momento do acidente;
c) lesão mediata (lesão tardia): lesão que não se manifesta imediatamente após a circunstância
acidental da qual resultou;
d) doença do Trabalho: doença decorrente do exercício continuado ou intermitente de atividade
laborativa capaz de provocar lesão por ação mediata;
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e) doença Profissional: doença do trabalho causada pelo exercício de atividade específica, constante de
relação oficial16;
f) morte: cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida, independentemente do tempo
decorrido desde a lesão.
Em função da necessidade ou não de afastamento do trabalho em decorrência do, o acidente pode ser dar
origem a:
a) lesão com afastamento (lesão incapacitante ou lesão com perda de tempo): lesão pessoal que
impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte
incapacidade permanente;
b) lesão sem afastamento (lesão não incapacitante ou lesão sem perda de tempo): lesão pessoal que
não impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente, desde que não haja
incapacidade permanente;
c) incapacidade permanente total: perda total da capacidade de trabalho, em caráter permanente, sem
morte.
Causa essa incapacidade as lesões que, não provocando a morte, impossibilitam o acidentado,
permanentemente, de trabalhar ou da qual decorre a perda total do uso ou a perda propriamente
dita, entre outras, as de:
• ambos os olhos;
• um olho e uma das mãos ou um olho e um pé; ou
• ambas as mãos ou ambos os pés ou uma das mãos e um pé.
d) incapacidade permanente parcial: redução parcial da capacidade de trabalho, em caráter
permanente que, não provocando morte ou incapacidade permanente total, é causa de perda de
qualquer membro ou parte do corpo, perda total do uso desse membro ou parte do corpo, ou
qualquer redução permanente de função orgânica;
e) incapacidade temporária total: perda total da capacidade de trabalho de que resulte um ou mais
dias perdidos, excetuados a morte, a incapacidade permanente parcial e a incapacidade permanente
total.”
16
Relação estabelecido pela Previdência Social em conjunto com o Ministério da Saúde. Atualmente
consta do Decreto n.° 3.048/1999.
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• No dia do acidente, o operador resolveu executá-la de forma diferente, com o objetivo de economizar
tempo, pois soube por um colega que a produção estava atrasada.
(C) o operador cometeu uma condição insegura, devido ao fato de a produção estar atrasada.
• O operador tinha formação/capacitação para realizar a tarefa = se era capacitado, descarta-se o fator
pessoal de insegurança em relação à falta de especialização.
• Existiam procedimentos e instruções detalhadas de como realizá-la = logo, não há condição ambiente de
insegurança quanto a falta de procedimentos adequados.
• O operador realizava essa tarefa rotineiramente = isso implica que era experiente, logo, descarta-se o fator
pessoal de insegurança em relação à falta de experiência.
• No dia do acidente, o operador resolveu executá-la de forma diferente, com o objetivo de economizar
tempo, pois soube por um colega que a produção estava atrasada = se era experiente, capacitado e existia
procedimento especificado, tem-se um típico exemplo de ato inseguro.
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40 (UFRJ / UFRJ / 2012) Num da norma de trabalho, Baltazar, chefe do setor de máquinas de um indústria
no ABC Paulista, recebe a visita de Dalton, funcionário que viera a ser encontro com braço e cabeça
enfaixados.
- Dalton: Quebrei meu braço e fiz um corte na cabeça hoje pela manhã, acidente.
- Dalton: Eu estava correndo na hora do almoço atras do Hélio com uma toalha molhada e torcida para
chicoteá-lo, escorreguei e caí. Foi uma brincadeira.
De acordo com a NBR 14280, assinale a causa relativa do acidente ocorrido com o funcionário.
Comentários: vimos na aula que o ato de correr dentro das dependências da organização é um ato inseguro.
Mas professor? O trabalhador estava brincando e na hora do almoço! Não importa, no horário de almoço o
trabalhador está sob responsabilidade da empresa, logo, temos um acidentes de trabalho provocado por ato
inseguro, pelo que a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.
41 (CESGRANRIO / PETROBRÁS / 2011) A NBR 14280 determina que a expressão “acidente com
afastamento” deve ser
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Comentários: vimos que “após classificá-lo e identificar suas causa, o investigador/analista do acidente
deverá indicar a(s) consequência(s) do acidente, que pode ser subdividida em: consequências em função da
natureza da lesão e em função da necessidade ou não de afastamento do trabalho.
A natureza da lesão é uma expressão que identifica a lesão, segundo suas características principais. Nesse
subdivisão as consequências do acidente podem ser:
a) lesão pessoal: qualquer dano sofrido pelo organismo humano, como consequência do acidente do
trabalho;
b) lesão imediata: lesão que se manifesta no momento do acidente;
c) lesão mediata (lesão tardia): lesão que não se manifesta imediatamente após a circunstância
acidental da qual resultou;
d) doença do Trabalho: doença decorrente do exercício continuado ou intermitente de atividade
laborativa capaz de provocar lesão por ação mediata;
e) doença Profissional: doença do trabalho causada pelo exercício de atividade específica, constante de
relação oficial17;
f) morte: cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida, independentemente do tempo
decorrido desde a lesão.
Em função da necessidade ou não de afastamento do trabalho em decorrência do, o acidente pode ser dar
origem a:
a) lesão com afastamento (lesão incapacitante ou lesão com perda de tempo): lesão pessoal que
impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte
incapacidade permanente;
b) lesão sem afastamento (lesão não incapacitante ou lesão sem perda de tempo): lesão pessoal que
não impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente, desde que não haja
incapacidade permanente;
c) incapacidade permanente total: perda total da capacidade de trabalho, em caráter permanente, sem
morte.
Causa essa incapacidade as lesões que, não provocando a morte, impossibilitam o acidentado,
permanentemente, de trabalhar ou da qual decorre a perda total do uso ou a perda propriamente
dita, entre outras, as de:
• ambos os olhos;
• um olho e uma das mãos ou um olho e um pé; ou
• ambas as mãos ou ambos os pés ou uma das mãos e um pé.
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Relação estabelecido pela Previdência Social em conjunto com o Ministério da Saúde. Atualmente
consta do Decreto n.° 3.048/1999.
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42 (FGV / FIOCRUZ / 2010) Com relação à NBR 14280, Cadastro de Acidente do Trabalho – Procedimento
e Classificação, analise as afirmativas a seguir:
I. Considera-se como acidente pessoal aquele cuja causa seja relativa ao comportamento humano.
II. Considera-se como lesão mediata aquela que não se manifesta imediatamente após a circunstância
acidental da qual resultou.
III. Considera-se incapacidade permanente total a perda total da capacidade de trabalho, em caráter
permanente, com ou sem morte.
Assinale:
A afirmativa I é falsa. Como vimos, “uma das etapas da investigação/análise do acidente é classificá-lo
corretamente. De acordo com a NBR 14.280, o acidente do trabalho pode ser classificado como pessoal ou
impessoal.
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Na caracterização do acidente pessoal deve-se identificar o acidentado que é a vítima do acidente. Assim,
em havendo acidentado, deve-se identificar o tipo de acidente pessoal:
a) acidente com lesão: ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o
exercício do trabalho, de que resulte lesão pessoal;
b) acidente sem lesão: acidente que não causa lesão pessoal.”
A afirmativa II é verdadeira. Vimos que “após classificá-lo e identificar suas causa, o investigador/analista do
acidente deverá indicar a(s) consequência(s) do acidente, que pode ser subdividida em: consequências em
função da natureza da lesão e em função da necessidade ou não de afastamento do trabalho.
A natureza da lesão é uma expressão que identifica a lesão, segundo suas características principais. Nesse
subdivisão as consequências do acidente podem ser:
a) lesão pessoal: qualquer dano sofrido pelo organismo humano, como consequência do acidente do
trabalho;
b) lesão imediata: lesão que se manifesta no momento do acidente;
c) lesão mediata (lesão tardia): lesão que não se manifesta imediatamente após a circunstância
acidental da qual resultou;
d) doença do Trabalho: doença decorrente do exercício continuado ou intermitente de atividade
laborativa capaz de provocar lesão por ação mediata;
e) doença Profissional: doença do trabalho causada pelo exercício de atividade específica, constante de
relação oficial19;
f) morte: cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida, independentemente do tempo
decorrido desde a lesão.
Em função da necessidade ou não de afastamento do trabalho em decorrência do, o acidente pode ser dar
origem a:
a) lesão com afastamento (lesão incapacitante ou lesão com perda de tempo): lesão pessoal que
impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte
incapacidade permanente;
18
Há sempre um acidente pessoal entre o acidente impessoal e a lesão.
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Relação estabelecido pela Previdência Social em conjunto com o Ministério da Saúde. Atualmente
consta do Decreto n.° 3.048/1999.
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b) lesão sem afastamento (lesão não incapacitante ou lesão sem perda de tempo): lesão pessoal que
não impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente, desde que não haja
incapacidade permanente;
c) incapacidade permanente total: perda total da capacidade de trabalho, em caráter permanente, sem
morte.
Causa essa incapacidade as lesões que, não provocando a morte, impossibilitam o acidentado,
permanentemente, de trabalhar ou da qual decorre a perda total do uso ou a perda propriamente
dita, entre outras, as de:
• ambos os olhos;
• um olho e uma das mãos ou um olho e um pé; ou
• ambas as mãos ou ambos os pés ou uma das mãos e um pé.
d) incapacidade permanente parcial: redução parcial da capacidade de trabalho, em caráter
permanente que, não provocando morte ou incapacidade permanente total, é causa de perda de
qualquer membro ou parte do corpo, perda total do uso desse membro ou parte do corpo, ou
qualquer redução permanente de função orgânica;
e) incapacidade temporária total: perda total da capacidade de trabalho de que resulte um ou mais
dias perdidos, excetuados a morte, a incapacidade permanente parcial e a incapacidade permanente
total.”
43 (CESGRANRIO / PETROBRÁS / 2010) Um técnico de segurança do trabalho foi designado para fazer o
estudo de um acidente ocorrido no setor de embalagem da empresa para a pesquisa das causas,
circunstâncias e consequências da ocorrência. Segundo a NBR 14.280, o técnico trabalhará na etapa de
Comentários: vimos que “na investigação/análise de um acidente do trabalho, o profissional deverá analisar
uma séries de aspectos para que possa chegar a elucidação dos ocorrido. Mas o que vem a ser a
investigação/análise do acidente de trabalho?
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Assim, a investigação/análise do acidente do trabalho levará a elucidação dos seguintes aspectos: suas
causas, circunstâncias e consequências. Ressalte-se, desde já, que a investigação/análise jamais terá por
objetivo apontar “culpados” mas sim buscar tais elucidações com a finalidade de implementar medidas de
controle para evitar que venham a se repetir.”
45 (CESGRANRIO / PETROBRÁS / 2010) Segundo a NBR 14.280, o acidente cuja caracterização depende de
existir(em) acidentado(s) é definido como acidente
(A) com lesão. (B) de trajeto. (C) impessoal. (D) pessoal. (E) usual.
Comentários: como vimos, “uma das etapas da investigação/análise do acidente é classificá-lo corretamente.
De acordo com a NBR 14.280, o acidente do trabalho pode ser classificado como pessoal ou impessoal.
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Há sempre um acidente pessoal entre o acidente impessoal e a lesão.
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Na caracterização do acidente pessoal deve-se identificar o acidentado que é a vítima do acidente. Assim,
em havendo acidentado, deve-se identificar o tipo de acidente pessoal:
a) acidente com lesão: ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o
exercício do trabalho, de que resulte lesão pessoal;
b) acidente sem lesão: acidente que não causa lesão pessoal.”
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