Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SÃO JOSÉ
2018
2
FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ
SÃO JOSÉ
2018
3
RESUMO
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................5
2. QUESTIONÁRIO PROPOSTO – 1ª ETAPA................................................................7
3. QUESTIONÁRIO PROPOSTO – 2ª ETAPA................................................................9
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................12
5
1. INTRODUÇÃO
Faça uma análise do texto abaixo, com aproximadamente 300 (trezentas) palavras
avaliando o quadro apresentado e externando sua opinião como Engenheiro de
Segurança do Trabalho.
Petrobras faz vista grossa para acidentes com trabalhadores terceirizados.
MACAÉ/ RJ – A indústria da terceirização de mão de obra no segmento de petróleo
e gás, que cresce e aparece com as bênçãos da Petrobras, tem deixado vítimas
pelo caminho. São os próprios trabalhadores que, por falta de qualificação e
acidentes de trabalho, são descartados do sistema, em muitos casos, sem garantia
dos direitos e perspectiva de um novo emprego. Em relatos reservados e denúncias
enviadas ao Sindicato dos Petroleiros e ao Ministério Público do Trabalho,
trabalhadores detalham como a maior estatal brasileira faz vista grossa para as
condições de trabalho dos terceirizados, contrariando acordo fechado com o MPT.
Pelo acordo, a estatal deve comunicar qualquer acidente em suas instalações. Se o
acidente ocorrer com um trabalhador terceirizado, o comunicado deve ser feito ao
Sindicato dos Petroleiros, mas o que acontece no dia a dia é a ocultação desses
6
acidentes, que são descobertos muito tempo depois de ocorridos, por meio de
denúncia do próprio acidentado ao sindicato ou à Justiça.
Domingo passado, um trabalhador terceirizado que estava na P-38, uma das
plataformas da Bacia de Campos, escorregou, bateu com o joelho e fraturou a
rótula. Ele foi mantido por três dias embarcado e, só depois, levado a Macaé para
atendimento. A permanência na plataforma seria uma tentativa de a empresa de não
caracterizar a queda como acidente de trabalho, segundo relato de outros
trabalhadores, que não querem se identificar.
Um placar colocado nas plataformas para contabilizar o número de acidentes de
trabalho, em vez de reforçar as boas práticas na segurança do trabalho, acaba tendo
efeito inverso. As chefias fazem de tudo para não registrar os acidentes e não
prejudicar o placar. A Petrobras nega a existência de um bônus vinculado aos
acidentes de trabalho, mas informações repassadas ao MPT indicam que o número
de acidentes interfere na avaliação das chefias.
Hélio dos Santos, baiano de 44 anos, é o retrato da discriminação que sofrem esses
trabalhadores terceirizados que se acidentam nas dependências da Petrobras. Em
2007, Hélio foi contratado pela empresa Connect Service como Soldador Alpinista
(trabalha pendurado por cabos). Essa empresa presta serviços para outra
contratada pela Petrobras, no caso, uma quarteirização de serviços.
Em novembro daquele ano, Hélio trabalhava num tanque de um navio na P-35;
passou mal por conta da falta de ventilação no tanque, caiu e ficou desacordado,
mas, ainda assim, foi mantido por mais quatro dias embarcado.
O Gerente da Plataforma informou ao Médico da minha empresa em terra que eu
estava bem para não comunicar o acidente.
A comunicação só foi feita mais tarde, quando Hélio procurou o sindicato. Ele ficou
com sequelas, dores fortes no braço direito e perdeu movimento pleno de um dedo.
Nessas condições, não quis mais embarcar. Foi ameaçado de demissão por justa
causa e entrou na Justiça para reclamar seus direitos. Foi demitido e não conseguiu
mais trabalho em outras terceirizadas, a não ser por um período na empresa de um
conhecido. Hoje está desempregado e sem perspectivas.
7
Após a leitura, é possível concluir que o autor do texto buscou expor o drama vivido
por trabalhadores de empresas terceirizadas que sofreram acidentes de trabalho
quando prestavam serviços para Petrobras e não receberam o devido amparo a que
teriam direito se fossem funcionários diretos.
Pretende o texto mostrar ao leitor que há um interesse oculto em mascarar os dados
relativos aos acidentes de trabalho ocorridos com terceiros. Por vezes esta prática
tem trazido riscos à saúde dos trabalhadores que não recebem o devido tratamento
de imediato ou no processo de recuperação. O não registro de CAT não é
exclusividade da Petrobras, sendo comum em diversas empresas de nosso território.
Em março de 2017 o presidente Michel Temer sancionou a Lei 13.429 que
estabeleceu novas regras para terceirização no país. Depois que a lei passou a
valer, qualquer atividade pode ser terceirizada, sobretudo dentro do processo que
engloba serviços que resultam na concepção do serviço ao qual a empresa se
propõe a prestar. Os direitos dos trabalhadores de segurança, higiene e salubridade
permaneceram garantidos, ressaltando que a empresa contratante deve garantir aos
funcionários terceirizados o mesmo nível de informação necessário ao exercício
seguro de suas atividades.
Na ótica do Engenheiro de Segurança do Trabalho, é fundamental observar o texto
do item 4.5 da NR4 (Brasil, 2016):
“A empresa que contratar outra(s) para prestar serviços em estabelecimentos
enquadrados no Quadro II anexo deverá estender a assistência de seus Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho aos
empregados da(s) contratada(s), sempre que o número de empregados desta(s),
exercendo atividade naqueles estabelecimentos não alcançar os limites previstos
no Quadro II, devendo, ainda, a contratada cumprir o disposto no subitem 4.2.5.”
Fica clara a responsabilidade da contratante sobre seus terceiros, participando de
forma solidária como instituído no item IV da súmula 331 (Brasil, 2011) do Tribunal
Superior do Trabalho:
“O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador,
implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto
àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e
conste também do título executivo judicial. ”
10
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS