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2024
Rio das Ostras / RJ
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PROJETO INTEGRADOR I
RESUMO
Os Equipamentos de Proteção Individual ganharam destaque nas empresas, já
que inúmeros acidentes são prevenidos através do uso diário dos mesmos, porém
mesmo o trabalhador tendo a ciência da importância deles ainda há uma resistência
para seu uso. Esta pesquisa teve o objetivo de identificar se os trabalhadores que
fazem manutenção e limpeza da cidade de Rio das Ostras e Barra de São João, estão
fazendo o uso correto do EPI através de visitas realizadas no local de trabalho. Foram
entrevistados 16 empregados que responderam questionário com 17 perguntas.
Através de suas respostas foi possível definir o perfil do trabalhador, quais os EPI’s
usados diariamente e relatar os acidentes de trabalho já ocorridos com cada
entrevistado podendo avaliar se o EPI seria eficaz para evitar tal transtorno. Foi
possível definir que os trabalhadores fazem o uso correto dos EPI’s e que a empresa
é rigorosa em relação ao uso. Apesar da importância, alguns trabalhadores revelaram
que se não fosse obrigatório não usariam o EPI.
INTRODUÇÃO
Cada vez mais a segurança no trabalho é uma colocação empresarial que tem
importância e exigência. Ainda com todo o avanço tecnológico, as atividades
exercidas nesta área abrangem certo grau de insegurança para os trabalhadores, que
concretizam suas atividades laborais em lugar arriscado. Desta forma, as empresas
necessitam tornar mínimos os riscos a que estão sujeitos seus funcionários, já que a
falta de um eficaz sistema de segurança causa problemas de pequena produtividade,
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baixa qualidade dos produtos e/ou serviços e o acréscimo de custos, sendo, que o
acontecimento de um acidente de trabalho implica em sérios prejuízos.
OBJETIVO
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
JUSTIFICATIVA
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a respeito do uso adequado dos equipamentos, evitando assim, que os funcionários
trabalhem sem proteção e garantindo seu uso correto.
REFERENCIAL TEÓRICO
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De acordo com a NR 6 a empresa tem a obrigação a fornecer aos operários,
gratuitamente, EPI apropriado ao risco e em perfeitas condições de uso. Determina
ainda, que compete aos empregados utilizar obrigatoriamente os Equipamentos de
Proteção Individual, do mesmo modo como os demais elementos dedicados à sua
segurança.
Importante ainda descrever que a Lei 8.212/91, que trata acerca do Sistema
Previdenciário Brasileiro, vem nos informar e conceituar o acidente de Trabalho em
seu art.19 como sendo:
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novamente que o acidente de trabalho ocorre quando o trabalhador sofre lesão
corporal, perturbação ou doença no local e durante o trabalho.
Uma boa diferenciação sobre o que vem a ser as doenças ocupacionais pode
ser citada a seguir:
Essa afirmação pode ser confirmada pelo teor do art. 21 da Lei 8.313/91
(BRASIL, 1991) que nos períodos considerados para as refeições, o empregado é
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considerado no exercício do trabalho, diante disso caso esteja em horário de almoço
ou qualquer outro intervalo o mesmo poderá sofrer um acidente de trabalho.
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O dia do acidente será considerado, no caso de doença profissional ou do
trabalho a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade
habitual, ou o dia da segregação compulsória ou ainda o dia em que for realizado o
diagnóstico.
Perícias trabalhistas;
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Condição insegura é caracterizada pelo ambiente de trabalho, ou seja, o local
onde o empregado exerce a sua função gera algum tipo de risco e o mesmo não
possui influência na ocorrência do acidente, um exemplo que podemos citar é
trabalhar muito próximos de máquinas e equipamentos.
1º - Advertência verbal;
2º - Advertência escrita;
3º - Suspensão;
4º - Demissão.
Tendo em vista que os equipamentos também fazem parte deste índice e por
um pequeno descuido do empregado pode fazer com que o mesmo tenha grandes
consequências.
Foi no século XVI que surgiram as primeiras relações entre trabalho e doença, mas foi
apenas em 1700, no século XVIII, que se chamou atenção para as doenças
profissionais, quando Bernardino Ramazzini, médico italiano, publicou o livro de Morbis
Artificum Diatriba (“As Doenças dos Trabalhadores”). Nesse livro, ele descreve com
extraordinária precisão para a época uma serie de doenças relacionadas com mais de
50 profissões diferentes. Em virtude disso, Bernardino Ramazzini foi cognominado o
“Pai da Medicina do Trabalho” (BARSANO; BARBOSA, 2014, p.108).
DOENÇAS OCUPACIONAIS
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As doenças ocupacionais são definidas por estarem relacionadas ao trabalho
e a atividade exercida pelo empregado como podemos melhor compreender abaixo:
A perda auditiva acontece após anos que o trabalhador que fica exposto
diariamente a barulhos e ruídos superiores a 85 decibéis podem acabar tendo sua
audição afetada e quando o trabalhador começa a perceber que sua audição já não é
como antes ele está em um estágio bastante avançado da doença, cerca de 50% de
sua capacidade auditiva foi perdida pela falta do uso de protetores auriculares e/ou
programar trabalhos em turnos para que a exposição não fique tão excessiva,
lembrando que a doença não tem cura, mas existem aparelhos auditivos que podem
amenizar a situação.
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líquido, fazer uso de filtro solar, óculos escuros e optar por fazer trabalhos ao ar livre
em horários que a radiação solar não seja intensa.
A grande inalação desta poeira sílica livre e cristalina causa a fibrose pulmonar
e a mesma é irreversível e mesmo que o empregado seja afastado da função a doença
continuará em evolução podendo causar morte por insuficiência respiratória.
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a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os
riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
5- As solicitações para que os produtos, desta NR, sejam considerados como EPI,
bem como as propostas para reexame daqueles ora elencados, deverão ser avaliadas
por comissão tripartite a ser constituída pelo órgão nacional competente em matéria
de segurança e saúde no trabalho, após ouvida a CTPP, sendo as conclusões
submetidas àquele órgão do Ministério do Trabalho e Emprego para aprovação.
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f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
b) solicitar a emissão do CA; (Alterado pela Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro
de 2010).
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e) responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao
Certificado de Aprovação - CA;
a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não
tenham sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO;
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12- O órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho,
quando necessário e mediante justificativa, poderá estabelecer prazos diversos
daqueles dispostos no subitem 6.9.1.
13- Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome
comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso
de EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número do CA.
g) cancelar o CA.
A.1 - Capacete
B.1 - Óculos
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c) protetor facial para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;
a) máscara de solda para proteção dos olhos e face contra impactos de partículas
volantes, radiação ultra-violeta, radiação infra-vermelha e luminosidade intensa.
a) peça semifacial filtrante (PFF1) para proteção das vias respiratórias contra poeiras
e névoas;
b) peça semifacial filtrante (PFF2) para proteção das vias respiratórias contra poeiras,
névoas e fumos;
c) peça semifacial filtrante (PFF3) para proteção das vias respiratórias contra poeiras,
névoas, fumos e radionuclídeos;
d) peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros para material
particulado tipo P1 para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas; e ou
P2 para proteção contra poeiras, névoas e fumos; e ou P3 para proteção contra
poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos;
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e) peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros químicos e ou
combinados para proteção das vias respiratórias contra gases e vapores e ou material
particulado.
a) sem vedação facial tipo touca de proteção respiratória, capuz ou capacete para
proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos e ou
contra gases e vapores;
b) com vedação facial tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das vias
respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos e ou contra gases e
vapores.
a) sem vedação facial de fluxo contínuo tipo capuz ou capacete para proteção das
vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;
b) sem vedação facial de fluxo contínuo tipo capuz ou capacete para proteção das
vias respiratórias em operações de jateamento e em atmosferas com concentração
de oxigênio maior que 12,5%;
c) com vedação facial de fluxo contínuo tipo peça semifacial ou facial inteira para
proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior
que 12,5%;
d) de demanda com pressão positiva tipo peça semifacial ou facial inteira para
proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior
que 12,5%;
e) de demanda com pressão positiva tipo peça facial inteira combinado com cilindro
auxiliar para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de
oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas
à Vida e a Saúde (IPVS).
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a) de circuito aberto de demanda com pressão positiva para proteção das vias
respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%,
ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS);
b) de circuito fechado de demanda com pressão positiva para proteção das vias
respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%,
ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS).
a) respirador de fuga tipo bocal para proteção das vias respiratórias contra gases e
vapores e ou material particulado em condições de escape de atmosferas
Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS).
E.1 – Vestimentas
g- Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem portando
arma de fogo, para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica.
F.1 - Luvas
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c) luvas para proteção das mãos contra choques elétricos;
h) luvas para proteção contra umidade proveniente de operações com uso de água;
F.3 - Manga
F.4 - Braçadeira
F.5 - Dedeira
G.1 - Calçado
b) calçado para proteção dos pés contra agentes provenientes de energia elétrica;
f) calçado para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de operações
com uso de água;
g) calçado para proteção dos pés e pernas contra respingos de produtos químicos.
G.2 - Meia
G.3 - Perneira
G.4 - Calça
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d) calça para proteção das pernas contra umidade proveniente de operações com uso
de água.
H.1 - Macacão
I.2 - Cinturão
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Nota: O presente Anexo poderá ser alterado por portaria específica a ser expedida
pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho.
METODOLOGIA
ÁREA DE ESTUDO
Este estudo foi realizado em Rio das Ostras e Barra de São João, pertencentes
ao estado do Rio de Janeiro.
MATERIAIS E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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anteriores que provam o contrario. Quando se questiona a eles a respeito da
importância do EPI 14 dos entrevistados responderam que o EPI tem a função de
garantir a segurança dos mesmos e apenas 2 disseram que não há importância.
Cada entrevistado que sofreu acidente, fez o seu relato de como foi o acidente,
o que causou, qual parte de seu corpo foi atingida e por quanto tempo ficou afastado
do serviço para recuperação, sendo assim registramos os seguintes dados:
Entrevistado nº 1:
Possui 59 anos e estudou até a 5ª Série, auxiliar de serviços gerais, se acidentou por
duas vezes a primeira foi queda de andaime e não usava o cinto para sua segurança
e com isso teve que se afastar por 15 dias do serviço, ocasionou uma dor na coluna,
mas nada muito grave. Seu segundo acidente foi martelada no dedo e não estava
usando luvas, causando dor e não houve necessidade de afastar do trabalho.
Entrevistado nº 4:
Entrevistado nº 6:
Com 23 anos e cursando o 2º ano do Ensino Médio, profissão gari, sofreu uma queda
do caminhão , porem se machucou levemente, não houve afastamento.
Entrevistado n° 7:
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Possui 24 anos e está cursando o 2º ano do Ensino Médio, Servente, perfurou o pé
por falta de bota e precisou ser medicado e afastado, porém seu empregador da época
o demitiu.
Entrevistado nº 11:
Com 39 anos, estudando Curso Técnico e trabalha como Fiscal, já furou o pé com
pregos que estavam jogados no chão e não estava com calçado apropriado e não
houve necessidade de afastar do serviço.
Entrevistado n° 14:
Possui 29 anos, estudou até a 7ª série e trabalha como Servente já caiu de andaime
por falta de cinto, mas por sorte não se machucou pois estava a 2 metros de altura e
não precisou se afastar do trabalho.
Entrevistado n° 16
Possui 43 anos, estudou até a 7ª série e trabalha como Gari já sofreu queimaduras
graves, por trabalhar sem proteção, já furou o pé com prego, já cortou a mão com
vidro, já precisou se afastar do trabalho por 3 dias.
CONCLUSÃO
O EPI esta sendo usado de maneira correta nos locais onde foram aplicados
os questionários. Grande parte dos trabalhadores tem a consciência da importância
de seu uso diário. Foi possível identificar o perfil de cada entrevistado e ter
conhecimento sobre quais os EPI’s eram utilizados por cada um deles no exercício de
sua função e depois que os trabalhadores passaram a fazer o uso correto dos EPI’s
foi possível notar a queda do número de acidentes de trabalho, mostrando assim que
são de suma importância ficando claro que por parte das empresas a fiscalização e
exigência do uso esta de acordo com o esperado e apontando apenas uma resalva a
respeito das Normas que necessitam modificações.
QUESTIONÁRIO
1. Nome:
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3. Idade:
4. Escolaridade:
5. Profissão:
6. Área de atuação:
9. Você faz uso dos mesmos por conta própria ou por obrigação?
12. Existe algum tipo de penalidade para quem não os usa? Qual?
13. Você acredita que sua função gera algum risco? Justifique:
REFERÊNCIAS
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/8839/conscientizacao-aumenta-seguranca-no-ambiente-de-trabalho.html> Acesso
em: 23 set. 2014.
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CICHINELLI, GISELE. Proteja-se dos Perigos da Intoxicação por Poeira e Produtos
Químicos nos canteiros. Disponível em: <Error! Hyperlink reference not valid.>
Acesso em: 02 out. 2014.
EDITORA SARAIVA Segurança e Medicina do trabalho. 13. Ed. São Paulo: Saraiva
2014. 1201p.
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Sesi Web Ensino. Riscos Ergonômicos. Disponível em: <Error! Hyperlink reference
not valid.> Acesso em: 02 nov. 2014.
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