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INDIVIDUAL (EPI)
RESUMO
ABSTRACT
The purpose of this work is to treat the compulsory use of PPE for worker safety. One of the
biggest obstacles when it comes to EPI is to demonstrate to the worker to its importance. In
this aspect, it is up to the employer to provide, supervise and require its use, guiding and
training the worker for the appropriate use of protective material provided. It is necessary to
know the various individual protection equipment and their purpose in different scopes of
work, demonstrating that its use is essential for the development of Brazilian industry. The
objective in the use of PPE is to protect and preserve the health of the worker, in order to
avoid greater evil, that is, the accident at work that generates huge drawbacks for both the
worker and the employer.
KEYWORDS: Personal Protective Equipment. Mandatory. Protection.
1
. Gr a duan do em T ecn ol ogi a em Gest ã o P or t uá ri a pel a Fa t ec Ru ben s La r a – Ba i xa da
Sa n ti st a .
2
. Mestre Or i en t a dor Aca dêm i c o da Fa t ec Ru ben s La r a – Ba i xa da San t i st a.
INTRODUÇÃO
O professor Américo Plá Rodrigues, no que se refere a este princípio, assim dispõe:
“Se refere o princípio da proteção ao critério fundamental que orienta o
Direito do Trabalho, pois este, ao invés de inspirar-se num propósito de
igualdade, responde ao objetivo de estabelecer um amparo preferencial a
uma das partes: o trabalhador.” (Plá Rodrigues, Américo. Princípios do
Direito do Trabalho. LTr. 1978)
No Brasil, no ano de 1956 consolidou-se a implantação de indústrias de bens duráveis,
sobretudo de eletrodomésticos e veículos, passando o país para a era da industrialização. Estas
mudanças fizeram com que o trabalhador se especializasse em atividades que exigiam um
maior aprimoramento técnico, e por outro lado, passasse a correr maiores riscos, ficando
exposto a lesões e acidentes que colocavam em risco sua saúde e até mesmo sua vida. Esse
cenário despertou o governo, empregadores e empregados para a necessidade de encarar a
importância da prevenção de acidentes. Assim, o EPI começou a ganhar destaque como
principal aliado em prol da preservação da vida do trabalhador e evoluiu significativamente
com o passar dos anos.
Os primeiros equipamentos usados no Brasil, entre os anos 40 e 50, em sua maior
parte, foram importados da Europa.
Com o passar do tempo, o aprimoramento do material de proteção individual, bem
como das fábricas que produzem tais materiais foi necessária para a implantação definitiva no
Brasil do uso dos equipamentos de proteção individual. Com isto surgiram conflitos entre
empregados e empregadores quanto à exigência e fiscalização do uso destes equipamentos.
Após anos de discussão, chegou-se a conclusão de que o empregador tem o dever legal
de fiscalizar o uso dos equipamentos fornecidos, sendo dele a responsabilidade civil de
indenizar caso o trabalhador sofra alguma lesão em decorrência da não utilização. Já o
trabalhador, caso insista em não utilizar os equipamentos de proteção individual fornecidos
pelo empregador, de forma reiterada, pode sofrer, inclusive com a rescisão por justa causa
pelo não uso do EPI.
A configuração da necessidade do uso de EPI se dará nos casos em que a atividade
exercida pelo empregado demonstre real necessidade de proteção auxiliar, ficando
caracterizada, assim, a obrigatoriedade do fornecimento dos Equipamentos de Proteção
Individual pela empresa aos seus empregados.
O item 6.4. da NR 6, estabelece que atendidas as peculiaridades de cada atividade
profissional, e observado o disposto no item 6.3, o empregador deve fornecer aos
trabalhadores os EPI adequados, de acordo com o disposto no ANEXO I daquela NR.
Diante do acima, o artigo apresentado nos mostrará que os objetivos do uso dos
Equipamentos de Proteção Individual são basicamente preventivos e protetivos, estando sua
atenção voltada para evitar o dano ao trabalhador.
O bom relacionamento entre os indivíduos e os equipamentos de proteção, quando
bem delineados, fazem com que haja um ambiente com maior desempenho e com mais
segurança e conforto ao trabalhador em seu ambiente de trabalho, evitando, assim, muitas
perdas tanto para a empresa quanto para o funcionário.
A CLT apresenta, em seus artigos 2º e 3º, duas figuras que atuam como sujeitos do
contrato de trabalho, o empregador e o empregado.
Segundo o artigo 3º da CLT, empregado é conceituado da seguinte forma:
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza
não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Já o conceito de empregador está estabelecido no artigo 2º da CLT, como segue:
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo
os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
O § 1º do artigo 2º ainda dispõe que: “ Equiparam-se ao empregador, para os efeitos
exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as
associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores
como empregados.”
Uma vez estabelecidos os conceitos dos sujeitos do contrato de trabalho, nos atemos
ao conceito de EPI.
3. OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR
4. OBRIGAÇÕES DO EMPREGADO
Apesar dos benefícios que o uso dos Equipamentos de Proteção Individual traz para os
empregados, muitos se negam a utilizá-los o que pode trazer prejuízos para a saúde do
empregado e para a empresa.
A legislação trabalhista impõe aos empregados algumas obrigações a serem
cumpridas, sob pena de responderem pelos atos cometidos de acordo com sua gravidade.
A Norma Regulamentar nº 6, no que diz respeito ao uso do EPI pelos empregados,
assim dispõe:
NR 6. Item. 6.7 Responsabilidades do trabalhador.
6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI:
a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para
uso; e,
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
Caso o empregado não cumpra o estabelecido pela NR nº 6, cometerá ato faltoso
previsto no item “b”, § único, do artigo 158 da CLT, abaixo transcrito:
Art. 158 da CLT. Cabe aos empregados:
(...)
Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:
a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item
II do artigo anterior;
b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa.
Assim, o empregado que injustificadamente se recuse a usar EPI que lhe foi fornecido,
incorre em ato faltoso, podendo este resultar em dispensa por justa causa.
Nesta linha de pensamento, Russomano disciplina:
O uso dos equipamentos será obrigatório em dois sentidos: a) para o
empregador, compelido a fornecê-los gratuitamente (art. 166); b) para o
empregado, jungido ao dever de usá-los, porque, mesmo contra sua vontade,
é necessário protegê-lo ante os riscos derivados do trabalho. Considera-se,
inclusive, justa causa para despedida a infração dessa norma (art. 158,
parágrafo único, alínea b). (Russomano, Mozart Vitor. Comentários à
Consolidação das Leis do Trabalho – 17ª ed. – Rio de Janeiro. Ed. Forense,
1997).
O professor Martins, na mesma linha, assim entende:.
Constitui justa causa para despedimento do empregado a não observância
das normas de segurança e medicina do trabalho e o não uso dos
equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa (art. 158,
parágrafo único, da CLT). (Martins, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho – 24
ed. – São Paulo. Atlas, 2008).
Porém, cumpre salientar que não são todos os casos de não uso do EPI que resultarão
em dispensa por justa causa. É preciso também, verificar o correto procedimento da empresa
em relação ao fornecimento, instruções e fiscalização do uso do EPI.
Assim, para caracterizar a justa causa o empregador deve cumprir com suas
obrigações e o empregado, por sua vez, deixar de cumprir com a sua, qual seja, o não uso dos
Equipamentos de Proteção Individual de forma injustificada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CARRION, Valentin. Comentários a Consolidação das Leis Trabalhistas. 31. ed. São
Paulo: Saraiva, 2006.
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 24. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
RUSSOMANO, Mozart Vitor. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 17ª. ed.
Rio de Janeiro: Ed. Forense, 1997.
Site: www.fundacentro.gov.br