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BIOSSEGURANÇA EM SAÚDE

Qual a importância da utilização dos EPI’S no ambiente de


Trabalho?
Acadêmicos:
Ananda Galdino Silva

Tutora: Mariana Portugal


Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Bacharelado em Nutrição (NTR 0989) - Prática do Módulo Seminário Interdisciplinar -
20/11/2021

1 INTRODUÇÃO

O trabalho é uma atividade fundamental para a vida humana e constitui uma necessidade básica de
prover a materialidade e dignificar o homem. Porém, dependendo de como é executado, a atividade
pode expor o trabalhador aos riscos presentes nesse ambiente, vindo a prejudicar sua saúde, o que
pode desencadear problemas mais graves. Nessa inter-relação podemos citar a biossegurança, que
está diretamente associada a medidas utilizadas para prevenir, mitigar ou até mesmo excluir os
possíveis acidentes referentes ao ambiente de trabalho, que possam vir a comprometer a saúde do
trabalhador. (TIBAES, 2012).
Segundo Correa (2015, p.10), podemos entender o termo biossegurança da seguinte forma:
Biossegurança é o conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, diminuir ou eliminar riscos
inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, em virtude da adoção de novas
tecnologias e fatores de riscos a que estamos expostos. Sendo assim, Biossegurança configura as
normas que garantem a proteção e a segurança.
A biossegurança relacionada com a área de saúde começa com a adoção de medidas
simples, mas de extrema importância como: a lavagem de mãos, utilização de equipamentos de
proteção individual (EPIs), com o objetivo de proteger os profissionais contra a exposição de
materiais biológicos. (MARZIALE, 2012).
A NR 6 define EPI como dispositivo e/ou produto de uso individual destinado a prevenir riscos que
possam afetar e/ou ameaçar a segurança e a saúde do trabalhador. (BRASIL, 2006).
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2 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA E JUSTIFICATIVA DA PESQUISA

Sendo assim é importante saber quais fatores influenciam na adoção de medidas de prevenção
destinadas ao trabalhador, de forma que as mesmas ofereçam segurança ao profissional.
Demonstrando a importância da utilização dos EPI’S, evitando possíveis acidentes de trabalho, e
também trazendo conhecimento acerca desses materiais e a forma correta de
utilizá-los. Apesar de muitas medidas serem tomadas como a criação de leis para o uso
obrigatório de Equipamento de Proteção Individual, o que vemos na prática é resistência quanto ao
seu uso. Segundo Silva (2012): “Muitos trabalhadores se sentem incomodados com o uso do
equipamento. E não cumprem seus deveres de uso”.
Algumas leis e normas asseguram ao trabalhador seu direito sobre o Equipamento de Proteção
Individual. Entretanto, nem sempre essas diretrizes são cumpridas.
Para ressaltar a importância de manter a integridade do trabalhador, hoje temos profissionais nas
empresas voltados para a área da segurança no trabalho, buscando fiscalizar e assegurar a proteção
adequada aos trabalhadores. O objetivo desses profissionais, segundo Silva (2012): ‘’É a redução de
acidentes de trabalho, fazendo com que se sintam responsáveis pela segurança e, assim, possam ir
além de suas obrigações para identificar situações que possam oferecer riscos e assim corrigi-los’’.
A segurança no trabalho visa proporcionar melhores condições para o trabalhador,
evitando acidentes, lesões ocasionadas por movimentos mal executados, e afins. Todavia, vai de
encontro com o interesse das empresas também, uma vez que diminui possíveis questões
trabalhistas e indenizatórias já que proporciona boas condições aos trabalhadores.
Dessa forma, vemos que os EPI’s possuem êxito em seu objetivo quando todos se
comprometem, trabalhadores e empresa, para que ambos ganhem com isso, evitando
acidentes e promovendo a integridade do trabalhador e empregador.

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Conforme Norma Regulamentadora – NR, considera-se Equipamentos de Proteção Individual –EPI,


todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador sendo destinado a proteção
de risco suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Diante disto, entende-se como
equipamento conjugado de Proteção Individual, todo aquele composto por vários dispositivos.
Sendo que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer
simultaneamente.
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Contudo, a Legislação orienta no artigo 165 da CLT que as medidas de ordem geral não ofereçam
completa proteção contra os riscos do acidente e danos à saúde do trabalhador, portanto, cabe a
empresa fornecer gratuitamente Equipamentos de Proteção Individual, Tais como: capacete, óculos,
protetor facial, máscara, luvas, vestimenta, respirador, entre outros.
Com o estudo, verificamos que a necessidade de utilizar os equipamentos de Proteção Individual –
EPI é para proteger a saúde do trabalhador, onde os mesmos devem ser testados e aprovados pela
autoridade competente para comprovar a sua eficácia. 17 Pode - se dizer que os Equipamentos de
Proteção Individual devem ser vistos como uma alternativa complementar às medidas preventivas.
A LEGISLAÇÃO TRABALHISTA BRASILEIRA através de suas normas regulamentadoras prevê:
“O não cumprimento dos Equipamentos de Proteção Individual – EPI acarretará em ações de
responsabilidade civil e penal, além de multas aos infratores”.
Conforme a Norma do Ministério do Trabalho (NR 6), é responsabilidade conjunta entre
empregador e empregado, a utilização dos equipamentos . Pois é obrigação da empresa exigir o uso
do EPI, é obrigação do trabalhador usá-lo e cumprir as determinações da empresa sobre o uso
adequado.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Esta pesquisa constata a compreensão do uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual –
EPI. Levando em consideração a utilização dos mesmos para evitar possíveis riscos de acidentes e
proteger a saúde do Profissional de Enfermagem em qualquer que seja a atividade desenvolvida.
Entendemos, a partir deste estudo, que os Equipamentos de Proteção Individual não constituem os
defensores dos acidentes para o profissional de enfermagem, porém, o uso adequadamente, pode
prevenir a ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais que podem se manifestar a médio e a
longo prazo.

REFERÊNCIAS

AYRES, O. D. CORRÊA, P.A. J, Manual de Prevenção de Acidentes do Trabalho, Ed. Atlas S.A.
São Paulo, 2001. BRASIL.

Ministério do Trabalho e Emprego. CBO: Classificação Brasileira de Ocupação. 2002b. Disponível


em: < http: //www.mtecbo.gov.br/busca.asp >. Acesso em: 26 mai. 2011.

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/biosseguranca_saude_prioridades_estrategicas_acao.pdf

BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes gerais para o trabalho em contenção com Agentes
Biológicos. Brasília: Editora MS, 2006b.
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Penna, P.M.M. et al. BIOSSEGURANÇA: UMA REVISÃO. Arquivos do Instituto Biológico
[online]. 2010, v. 77, n. 3 [Acessado 14 Novembro 2021] , pp. 555-565. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/1808-1657v77p5552010>. Epub 18 Dez 2020. ISSN 1808-1657.
https://doi.org/10.1590/1808-1657v77p5552010.

http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/biosseguranca/manual_biosseguranca_laboratorio
_hyemoglobinas-genetica_das_doencas-hematologicas.pdf

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