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UNIP/POLO - JUINA-MT

Tecnologia em Seugarança no Trabalho

Érica Dias Monteiro Almeida RA 0616462

PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR III


Pesquisa de Acidentes e Doenças do Trabalho no Brasil

JUÍNA/MT
2022
UNIP/POLO - JUINA-MT
Tecnologia em Segurança no Trabalho

Érica Dias Monteiro Almeida RA 0616462

PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR III


Pesquisa de Acidentes e Doenças do Trabalho no Brasil

Projeto Integrado Multidisciplinar III


para obtenção do título de Tecnólogo
em Segurança no Trabalho,
apresentado à Universidade Paulista –
UNIP, nas disciplinas: Estatística
Aplicada, Atendimento Pré-Hospitalar,
Introdução e Higiene e Segurança do
Trabalho.

Orientador: Prof. Ricardo Calasans.

JUÍNA/MT
2022
RESUMO

Este estudo trata-se de um Projeto Integrado Multidisciplinar III – (PIM III) referente a
pesquisa do Curso Superior de Tecnologia em Segurança do Trabalho da
Universidade Paulista – UNIP, sendo pesquisado os Acidentes e Doenças do Trabalho
no Brasil, relativa às disciplinas de Estatística Aplicada, Introdução de Higiene e
Segurança do Trabalho e Atendimento Pré-Hospitalar.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................5

2. PESQUISA DE ACIDENTES E DOENÇAS DO TRABALHO NO BRASIL....6

3. ESTATÍSTICA APLICADA..............................................................................6

4. INTRODUÇÃO DE HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO...................11

5. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR.............................................................15

6. CONCLUSÃO..................................................................................................19

7. REFERÊNCIAS...............................................................................................20
1 Introdução

O Projeto Integrado Multidisciplinar III será realizado para obtenção de


conhecimento teórico e prático, das disciplinas estudas, onde as informações obtidas
serão retiradas a través de pesquisas, para coleta de dados da pesquisa de Acidentes
e Doenças do Trabalho no Brasil.
O PIM III tem como objetivo apresentar como cada matéria está sendo inserida
para a coleta de dados, e informações sobre o tema abordado no projeto de
Segurança no Trabalho.
Justifica-se na importância de conhecimento das Normas e técnicas abordadas,
que tem por objetivo inserir o aluno na prática gerenciais de segurança no trabalho,
para realização do projeto.
A pesquisa realizada possibilitou o entendimento prático das Normas
Regulamentadoras, principal foco em Legislação do Trabalho na plataforma de
ensino, e ainda elenca os fatores de Economia e Mercado. Com o conhecimento
estudado nas disciplinas de Introdução de Higiene e Segurança do Trabalho
conseguimos analisar o ambiente de trabalho, para proteger a integridade física e
mental do trabalhador, que estão relacionados ao diagnóstico e prevenção de
doenças ocupacionais e para isso observa e analisar o comportamento humano em
suas atuações no ambiente de trabalho. Com o Atendimento Pré-Hospitalar podemos
fazer uma análise de risco no trabalho, e avaliação de acidentes no trabalho, com a
avaliação de riscos podemos prevenir desde os acidentes a doenças do trabalho.

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2 Pesquisa de Acidentes e Doenças do trabalho no Brasil

De acordo com a pesquisa no site da Previdência do trabalho os dados


atualizados até o ano de 2019, revelam que os números de acidentes de trabalho
diminuíram, mas em contrapartida, o número de mortes aumentou, alertando as
empresas quanto ao cumprimento das normas regulamentadoras, para garantir a
segurança e integridade física dos funcionários.
Por isso, é importante estar atento aos indicadores, para promover ações que
contribuam com a queda do número de mortes e acidentes no ambiente de trabalho.
Estas ações se iniciam quando é feita uma análise de riscos no local, de modo a
promover condutas que protejam e deem segurança ao funcionário.
O Brasil se destaca no cenário internacional com suas normas e regras que
regem a segurança do trabalho. Porém, ainda há uma falta no cumprimento da
legislação, além da motivação e investimento em uma cultura real de prevenção de
acidentes. É no desenvolvimento da análise de riscos, que serão estabelecidas as
atividades executadas para a prevenção de acidentes.
Para desenvolver um plano que seja efetivo, é primordial conhecer o local e
analisar todos os tipos de riscos existentes, de modo a garantir que nenhuma área
fique descoberta, gerando acidentes inesperados.

3 Estatísticas Aplicada

A Estatística Aplicada a segurança do trabalho nos ajuda a entender quais


setores são mais problemáticos, através de um conjunto de dados coletados e
analisados, e desse ponto podemos adotar as medidas de controle mais apropriadas.
Conforme o site da Previdência Social os dados divulgados mostram que, entre
2018 e 2019, ocorreu uma queda de 0,60% nos acidentes de trabalho. O número em
2018 foi de 586.017 e em 2019 passou para 582.507. Um ponto importante foi o
aumento da quantidade total de trabalhadores em quase um milhão de 2018 para
2019.
Os tipos de acidentes de trabalho mais frequentes são fraturas, cortes,
laceração, ferida contusa, punctura e lesão imediata. E as doenças são Ler (lesão por

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esforço repetitivo), problemas osteomusculares, DORT (distúrbios osteomusculares
relacionados ao trabalho) entre outras.
Segundo o Observatório de Saúde e Segurança do Trabalhador, a lesão mais
frequentemente presente em notificações de acidentes de trabalho, em 2021, foi
fratura (com 84.801 casos), seguido por corte, laceração, ferida contusa, punctura
(80.445) e lesão imediata (49.228).
Quando analisado os agentes causadores, máquinas e equipamentos
aparecem em primeiro lugar (71.001 casos), e, na sequência, queda do mesmo nível
(50.096) e veículos de transporte (46.346).
Dependendo do tipo de atividade que a empresa exerce o trabalhador está
sujeito a inúmeros riscos e diversos tipos de acidentes. Para classificar melhor cada
um deles, os órgãos competentes criaram categorias. Desta forma, os profissionais
encontram amparo legal, e auxílio em relação às perícias médicas quando forem
analisar a ocorrência. Servem ainda como garantia que o acidente aconteceu em
decorrência da atividade exercida. Entenda melhor os dois tipos de acidentes de
trabalho:

Típico

Classificado como um dos tipos mais comuns no ambiente de trabalho, o


acidente típico é todo aquele que acontece no local de trabalho, próximo a ele ou
ainda durante o horário de trabalho.
Como por exemplo, cair da escada, se machucar em uma máquina ou ser
atingido por algum objeto. Normalmente os motivos mais comuns estão ligados à
negligência, ou causas naturais como deslizamentos ou enchentes.
Esse tipo de acidente está descrito no artigo 19 da lei 8.213, onde causas e
efeitos são analisados e classificados de acordo com o grau de gravidade.
Especialistas afirmam que na maioria das vezes o acidente típico pode ser identificado
e prevenido.

Atípico
São todas as ocorrências que acontecem, por exemplo, em casos de doenças
ligadas à atividade ou por esforço repetitivo, como as doenças ocupacionais LER ou

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a DORT. Atos de agressão, sabotagem, contaminação e até acidentes em períodos
de descanso ou de alimentação.

De trajeto

Como o próprio termo sugere, esse tipo de acidente de trabalho ocorre quando
o trabalhador está no trajeto, por exemplo, de casa para a empresa, ou realizando
algum trabalho fora. Isso independe se ele está em seu veículo próprio ou no
transporte coletivo.
Cada uma destas ocorrências tem suas características próprias e
determinações legais para resolução. Lembrando que, independentemente do tipo de
acidente que o trabalhador sofra, é preciso seguir os padrões legais de comunicação
para que ele tenha seus direitos assegurados e possa se recuperar com mais
tranquilidade.

Exposição a materiais perigosos

Em algumas atividades profissionais os trabalhos poderão estar mais expostos


a produtos perigosos para a saúde do trabalhador. Por isso é importante que
empregados e empregadores respeitem as formas de transporte, armazenamento e
uso destes materiais.
Podem ser gases inflamáveis a materiais perfuro cortantes ou contaminantes.
Até os que não demonstram ser nocivos podem causar algum tipo de problema, como
intoxicações, queimaduras ou contaminações. Uso de EPIs nesses ambientes é
fundamental.

Longas jornadas de trabalho

Especialistas da área de saúde já identificaram que longas jornadas de


trabalho aumentam os riscos de mortes por doenças cardíacas e de derrame.
Estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da OIT aponta que 745 mil
trabalhadores morrem entre os anos de 2000 e 2016, decorrentes de acidente
vascular cerebral (AVC) ou isquemia do coração. Todas geradas em decorrência de

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horas excessivas de trabalho. Isso deixa o trabalhador mais cansado e desatento,
podendo colocar sua vida em risco.

Doença do trabalho

São doenças causadas em longo prazo pelo tipo de tarefa que o colaborador exerce
no dia a dia. Alguns dos principais tipos são:
 Lesão por Esforço Repetitivo (LER);
 Problemas osteomusculares;
 Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT).

Estão nesse rol algumas condições, como tendinopatias, síndrome do túnel do


carpo, epicondilite lateral, tenossinovite estenosante, entre outras. Elas surgem,
justamente, de problemas relacionados com a ergonomia e com ambientes que não
propiciam boas condições para que o quadro de pessoal possa desempenhar as
atividades. Ainda há casos de contração de doenças que estão relacionadas com o espaço
laboral.
Um exemplo comum são problemas pulmonares por longa exposição a locais com
fumaça e/ou com partículas que podem causar lesões no órgão (por exemplo, excesso de
umidade, mofo, entre outros). Mesmo que não sejam um acidente em si, no sentido de que
ocorreram por um fato específico, segundo o entendimento legal, esses casos devem ser
tratados da mesma forma que um eventual acidente de trabalho. Assim, caso seja
diagnosticada uma doença do trabalho, o profissional terá todos os benefícios garantidos
por lei nesse tipo de situação.
De acordo com o site ipea.gov.br os principais ramos de atividades econômicas
no Brasil a maioria dos setores produtivos, são agropecuários, setores indústrias e
comércio.
A economia brasileira apresenta um perfil sólido, sendo um grande exportador
de uma variedade de produtos, o que fomenta o desenvolvimento econômico. As
principais atividades que contribuem para o crescimento do Produto Interno Bruto
(PIB) são a agropecuária, o setor de serviços, indústria e comércio.
Sendo o maior país em extensão territorial do mundo, o Brasil tem muitas
possibilidades de desenvolver variadas atividades que contribuem para o

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desenvolvimento financeiro. Além da exploração de riquezas minerais, a vasta
extensão de terra é favorável para agricultura.
Com alto potencial exportador, a economia brasileira gira em torno dos
principais produtos de exportação do país, dentre eles estão o minério de ferro, aço,
soja e produtos derivados, automóveis e peças automotivas, cana-de-açúcar, aviões,
carne bovina, café e frango.
Em contrapartida, há os produtos mais importados, que impactam na economia
brasileira, uma vez que retiram recursos internos para adquirir bens de outros país.
Dentre estes produtos os principais são petróleo bruto, equipamentos
eletroeletrônicos, peças para automóveis, medicamentos, automóveis, óleos
combustíveis, gás natural e peças para aviação.
Em virtude da vasta extensão territorial do Brasil, existem algumas
particularidades na execução e crescimento de determinadas atividades que
contribuem com o seu avanço financeiro. Algumas regiões são mais propensas para
as atividades industriais, enquanto outras possuem características mais favoráveis
para a agricultura.
Veja quais atividades se adequam ao perfil de cada uma das cinco regiões do
Brasil.
Analisando as 5 macrorregiões demográficas, a região Sudeste conta com o
maior número de acidentes de trabalho, com um total de 387.142 ocorrências, cerca
de 70% do total nacional. Em seguida, a região Sul registra 153.329 casos, a região
Nordeste 91.725, região Centro-Oeste 47.884 e, por fim, região Norte, com 31.084
acidentes.
Analisando isoladamente os Estados, apresentaram aumento no número de
acidentes de trabalho somente estados das regiões Norte e Nordeste: Rondônia (de
5.101 em 2009 para 5.280 em 2010), Maranhão (de 5.957 em 2009 para 5.969 em
2010), Piauí (de 3.118 em 2009 para 3.226) Paraíba (de 4.914 em 2009 para 4.957
em 2010), Pernambuco (18.629 em 2009 para 19.936 em 2010), Alagoas (9.065 em
2009 para 9.185 em 2010).
No Nordeste, contudo, merece destaque a redução do número de acidentes
de trabalho na Bahia (26.483 em 2009 para 23.934 em 2010) e no Rio Grande do
Norte (de 8.923 em 2009 para 7.023 em 2010).

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O Estado de São Paulo registrou uma pequena redução no número de
acidentes de trabalho, de 249.289 registros em 2009 para 242.271 em 2010, mas
continua sendo o com maior número de registros de acidentes de trabalho.
Quanto aos grupos separados por idade e sexo, em todos os grupos houve
uma discreta redução nos números de acidentes de trabalho, com exceção na faixa
de até 19 anos, em que houve um pequeno aumento: de 26.336 em 2008 para 22.159
em 2009, subindo novamente para 22.847 em 2010.
Da análise no setor específico da indústria, as atividades de produção de
alimentos e bebidas, com 59.976 ocorrências, e o da construção civil, com 54.664
registros, se encontram dentre os com maior número absoluto de acidentes de
trabalho e 2010.
Quanto ao setor de serviços, o segmento do comércio e reparação de
veículos automotores registrou o maior número de acidentes de trabalho, com 95.496
ocorrências em 2010, seguido pelo de Saúde e serviços sociais, com 58.252 acidentes
de trabalho, e pelo de Transporte, armazenagem e correios, com 51.934 acidentes
computados.

4 Introdução de Higiene e Segurança do Trabalho

A Introdução de Higiene e Segurança do Trabalho compreende normas e


procedimentos adequados para proteger a integridade física e mental do trabalhador,
preservando-o dos riscos de saúde inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente físico
onde são executadas.
Temos alguns tipos de acidente do Trabalho a seguir:

Quedas

As quedas, normalmente, são causadas por ambientes com falta de sinalização


adequada, uso de equipamentos de baixa qualidade ou com defeitos e,
principalmente, a falta de equipamentos de segurança. Portanto, para evitar esse tipo
de acidente, é importante seguir alguns cuidados essenciais:
 Uso de EPIs (equipamento de proteção individual);
 Uso de equipamentos de qualidade;

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 Revisão e manutenção frequente dos equipamentos;
 Ações para garantir que todos os colaboradores utilizem os EPIs.
Mas as quedas não estão restritas somente a ambientes muito altos. Muitas
vezes, lugares como escritórios também são propícios para esse tipo de acidente.
Nesse caso, as dicas de segurança são:
 Tenha sempre um espaço limpo e bem organizado, com as passagens
livres para as pessoas;
 Instale corrimão e faixas antiderrapantes nas escadas;
 Garanta um ambiente bem iluminado;
 Utilize placas de sinalização quando os pisos estiverem molhados.
Temos também, as pessoas podem sofrer mal súbito. Por isso, é importante
que todos os colaboradores passem por um treinamento de primeiros socorros.

Acidentes com máquinas e ferramentas

O manuseio de máquinas e ferramentas, como empilhadeiras, prensas


hidráulicas, serras, dentre outras, pode ser bastante perigoso se não for feito
corretamente.
Os riscos são a incapacidade do colaborador, perda de membros e, em alguns
casos, a morte. Portanto, para evitá-lo, é preciso:
 Garantir que o funcionário esteja capacitado para manusear o
equipamento;
 Disponibilizar equipamentos em boas condições;
 Utilizar materiais para saúde e segurança no trabalho.

Lesões por esforço repetitivo

As lesões por esforço repetitivo (LER), são causadas por atividades repetitivas,
como digitação intensa em computadores, condução frequente de veículos, carga e
descarga de itens etc. Elas podem causar danos nos músculos, tendões e ligamentos
do colaborador.
Elas podem ser evitadas com alguns cuidados:
 Garantir uma ergonomia adequada;
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 Certificar-se que os funcionários terão pausas para descanso ao longo
do dia;
 Instruir os colaboradores a fazerem alongamentos.

Choques elétricos

Os choques elétricos podem causar desde queimaduras até paradas


cardíacas, que podem levar o colaborador a óbito. Portanto, a empresa deve se
responsabilizar por:
 Garantir que somente funcionários capacitados atuem em setores
elétricos;
 Utilizar EPIs;
 Garantir a manutenção na rede elétrica do local para evitar fios
desencapados e realizar substituições, caso seja necessário;
 Ter um desfibrilador cardíaco na empresa.
Além desses cuidados para evitar acidentes de trabalho, é importante que os
funcionários estejam cientes das ações que devem ser tomadas para garantir um
ambiente seguro. Portanto, deve ser feita uma conscientização e, se preciso, oferecer
treinamentos.
Mesmo com todas as ações de prevenção e conscientização que deve existir
no ambiente de trabalho, também é indispensável que a empresa esteja preparada
para lidar com as consequências desses acidentes, caso eles aconteçam.
Portanto, para garantir um atendimento adequado às vítimas, é preciso ter
um DEA (desfibrilador externo automático) para salvar vidas e proporcionar um
espaço de trabalho ainda mais seguro.
São diversos os tipos de acidentes de trabalho previstos na Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT). De acordo com site www.planalto.gov.br a principal lei é a de
número 8.213 publicada em 1991.
Ela traz as definições sobre acidente de trabalho, seus riscos, formas de
prevenção, as obrigações da empresa quando eles ocorrem e os principais tipos de
ocorrências. Confira o principal artigo da lei sobre o tema:

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O Artigo 19 – Classifica acidente do trabalho como tudo que “ocorre pelo
exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo
exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do artigo 11 desta lei.
Eles provocam lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou
a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
Confira os termos dos principais parágrafos deste artigo:
Primeiro – A empresa é responsável em adotar medidas de proteção e de
segurança da saúde individuais e coletivas;
Segundo – Classifica como contravenção penal, sujeito a multas, caso a
empresa não cumpra as normas de higiene e de segurança do trabalho;
Terceiro – É dever da empresa prestar todas as informações detalhadas sobre
os riscos que cada função oferece, bem como do produto que será manipulado.
De acordo com a pesquisa feita no site do Ministério do Trabalho, existem 36
normas regulamentadoras (NRS) de Segurança e Medicina do Trabalho, do Ministério
do Trabalho e Emprego (TEM). Referente à segurança e Medicina do Trabalho, elas
estão descritas na portaria de número 3214 do dia 6 de julho de 1978 e também no
quinto capítulo da CLT.
Não somente a falta de EPIs de qualidade, mas seu uso incorreto pode
contribuir para graves acidentes de trabalho. Outro agravante é a distribuição incorreta
deste tipo de equipamento.
Por exemplo, se o trabalho apresenta risco químico e o equipamento de
segurança entregue for para risco mecânico. Fatalmente a saúde e a segurança do
trabalhador estão em perigo.
A gestão de EPIs realizada por meio de mapeamento por risco é uma boa
opção para minimizar as probabilidades de ocorrências. Informação e treinamento são
vitais para que o trabalhador entenda a importância e como usar corretamente seus
equipamentos de segurança individual ou em grupo.
De acordo com a NR 6 existem EPIs para proteção auditiva; respiratória; da
cabeça; da face; do tronco; dos membros superiores e inferiores e para quedas.
Em especial quando falamos de vidas humanas. As empresas precisam
oferecer ambientes de trabalho seguros e sem riscos à integridade física e mental do
trabalhador.

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Afinal, investir em segurança do trabalho repercute diretamente nos índices e
na qualidade produtiva dos funcionários. Para ajudar as empresas nessa tarefa,
enumeramos algumas dicas para que possam se preparar e evitar riscos de acidentes.
Por meio de estudos e técnicas específicas, podemos analisar a possível causa
de um acidente e doenças ocupacionais com o objetivo de prevenir novos acidentes.
Investir em treinamentos, realizando cursos, workshops, palestras, entre outros
formatos de atividades educativas sobre boas práticas de segurança e redução de
acidentes de trabalho.

 Forneça e incentive o uso correto de EPIs;


 Reserve um tempo para a prática de ginástica laboral;
 Crie a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA);
 Treine os funcionários e implante uma brigada de emergência;
 Esteja aberto às sugestões dos funcionários sobre o que pode ser
melhorado;
 Forneça assistência médica acessível a todos, como a telemedicina.
Como já sabemos, acidentes de trabalho ocorrem principalmente pela falta de
cuidado com a saúde do trabalhador ou descaso deste com sua própria proteção.
A legislação trabalhista protege os funcionários, discorrendo sobre os deveres
e os direitos de empregados e empregadas quando o assunto é acidente de trabalho.
Identificar os riscos, manter o funcionário informado sobre ele e treinado para
usar corretamente os EPIs, são algumas medidas preventivas que a organização pode
adotar para minimizar riscos e acidentes. Caso contrário, terá prejuízos com
penalização e multas.

5 Atendimento Pré-Hospitalar

O Atendimento Pré-Hospitalar e muito importante, um atendimento rápido logo


após algum acidente ou emergência clínica e fundamental para evitar agravamento
de determinado cenário. Contudo, e importante que esse contato seja feito por alguém
capacitado para a atividade, o que garantirá a realização correta do procedimento.
Cuidar da saúde da equipe, por meio de convênios com empresas
especializadas é outra medida assertiva.

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Quem irá avaliar os riscos será o Técnico de Segurança do Trabalho a
avaliação de riscos para prevenir desde os acidentes a doenças do trabalho. O
investimento nesse profissional é menor que os custos financeiros e emocionais
acarretados por acidentes de trabalho. Ter um profissional de confiança é
investimento para a empresa, não custo, e além do mais estará protegendo seu bem
mais valioso: o funcionário.
A prevenção de acidentes é o principal objetivo da SST e é uma abordagem
que permite oferecer um ambiente de trabalho mais seguro e reduzir os acidentes de
trabalho. Desta forma, desenvolver ações preventivas para reduzir os acidentes de
trabalho, formalizar práticas de gestão de riscos ocupacionais e formar uma cultura
de segurança do trabalho são aspectos que as empresas devem valorizar junto com
seus trabalhadores.
A Segurança e Saúde do Trabalhado (SST) é cada vez mais uma pauta de
discussão entre grandes, médias e pequenas empresas e os órgãos e/ou agências
responsáveis por desenvolver, fiscalizar e controlar práticas e procedimentos seguros.
É bastante comum nas indústrias em que as atividades operacionais que
oferecem riscos ou atitudes inseguras provoquem eventos incontroláveis e que
terminam elevando os níveis de exposição do trabalhador aos fatores que oferecem
risco ocupacional.
Os acidentes de trabalhos terminam provocando afastamentos dos
trabalhadores, impactos econômicos e produtivos, assim como, fatalidades entre os
trabalhadores. Impactos que se traduzem em estatísticas relacionadas com a
Segurança e Saúde do Trabalho que devemos investigar e entender para aumentar a
efetividade das políticas e programas de prevenção de acidentes de trabalho.
É tratado como acidente de trabalho a doença profissional e a doença do
trabalho, o acidente ligado a causas que contribuíram diretamente com uma lesão no
trabalhador, certos acidentes sofridos no local e no horário de trabalho, a doença
proveniente de contaminação durante o exercício da atividade e o acidente sofrido a
serviço da empresa ou no trajeto residência e o local de trabalho ou vice-versa,
conforme citado no Anuário Estatístico de Previdência Social (AEPS).
 PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional): os
principais benefícios alcançados com a implantação do programa é a prevenção da
saúde do colaborador, antecipando possíveis problemas de saúde que possam ser

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acarretados por conta do trabalho. É um programa que monitora a saúde a partir de
exames ocupacionais, como, por exemplo, o admissional, mudança de função, exame
dimensional e exames periódicos.
 Análise de Riscos de Agentes Causadores de Acidentes de
Trabalho: é fundamental que a área de SST identifique e avalie a presença dos
grupos de agentes causadores mais frequentemente citados em notificações de
acidentes de trabalho no Brasil, conforme dados disponibilizados pelo Observatório
de Segurança e Saúde do Trabalho (Smartlab).
 Avaliação de Riscos Ocupacionais: o objetivo é preservar a saúde dos
trabalhadores, reconhecendo, avaliando e consequentemente controlando os riscos
ambientais que possam existir no ambiente de trabalho. Acidentes de trabalho são
resolvidos com antecipação de riscos, monitoramento de risco e estabelecimento de
prioridades, por exemplo.
 PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos): a principal função é
propor medidas e avaliar ações para prevenir acidentes de trabalho que possam
colocar a vida de uma pessoa em risco. Entre os itens necessários que devem
constar no PGR da empresa são as proteções respiratórias, deficiências de oxigênio,
possíveis riscos decorrentes de trabalhos em altura, energia elétrica, máquinas, etc.
 Proteção do Corpo do Trabalhador: é necessário desenvolver um
programa de treinamento efetivo do trabalhador que garanta o aprendizado e a
conscientização de eliminar atos ou situações inseguras, o uso adequado de EPI’S e
o processo de entrega e controles de EPI’S. Práticas para prevenir acidentes de
trabalho, principalmente, protegendo a parte do corpo mais frequentemente atingida
segundo as notificações de acidentes de trabalho disponíveis no Smartlab.
 AET (Análise Ergonômica do Trabalho): a análise permite medir e
avaliar a adaptação da condição de trabalho psicofisiológica dos trabalhadores,
definindo procedimentos operacionais que ajudam a reduzir os acidentes de trabalho.
Essas avaliações envolvem equipamentos, levantamento de informações, transporte
de materiais e organização de trabalho, entre outros aspectos.
 Uso de Tecnologias na Segurança e Saúde do
Trabalho: a tecnologia é sempre um elemento que pode melhorar as condições de
trabalho como, por exemplo, processos automatizados para realizar auditorias de

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Segurança e Saúde do Trabalho, controle de treinamentos, avaliação e entrega de
EPI’s usando biometria, entre outros.

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Conclusão

A realização da pesquisa foi de suma importância, para coleta de dados, a


pesquisa realizada possibilitou o entendimento prático das Normas
Regulamentadoras, principal foco em Legislação do Trabalho na plataforma de
ensino, com a Estatística Aplicada foi possível coletar os índices de acidentes e
doenças do trabalho no Brasil.
Com o conhecimento estudado na disciplina de Introdução de Higiene e
Segurança do Trabalho consegui analisar os ambientes de trabalho, que busca
sempre proteger a integridade física e mental do trabalhador. Já com o Atendimento
Pré-Hospitalar podemos fazer uma análise de risco no trabalho, e avaliação de
acidentes no trabalho.
Contudo podemos afirmar a importância de ter um profissional qualificado em
Tecnologia de Segurança no Trabalho, para fazer um diagnóstico e prevenção de
doenças e acidentes de trabalho, com a avaliação de riscos podemos trabalhar com
a prevenção dos mesmos, na instrução de utilização correta dos EPI’s, e treinamentos
para a equipe assim agregando valores para a empresa, e seus trabalhadores.
Para finalizar fique atento ao ambiente de trabalho por que está passando por
mudanças profundas, principalmente, existe um efeito transformador das novas
tecnologias de informação e comunicação para a área de SST. Portanto, essas
mudanças trarão novos desafios e oportunidades para a segurança e saúde dos
trabalhadores no mundo. O objetivo é sempre contribuir com práticas para reduzir os
acidentes de trabalho.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Acidentes de Trabalho e Morte. Site https://brasil.in.org<. Acessado em: 14 de


Setembro de 2022.

Dados Estatístico, Saúde e Segurança do Trabalho. Disponível em: >www.tr4.jus.br<.


Acessado em: 17 de Setembro de 2022.

Leis do Trabalho. Disponível em: >www.planato.gov.br<. Acessado em 20 de


setembro de 2022.

MORETTI. Bussab, Wo, Morettin, PA. Estatística Básica. São Paulo: Editora Saraiva,
2017 (9º Edição).

Principais ramos de atividades econômica no Brasil. Disponível em:>ipea.gov.br<.


Acessado em: 18 de setembro de 2022.

SPINELLI. Brevigliero, Ezio, José Possebom, Robson Spinelli. Higiene Ocupacional.


São Paulo: Editora Senac, 2020.

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