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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DE RECUROS HUMANOS

RENATA DE AGUIAR ROSSLER RA: 2006412

N. L. J. Textil

PROJETO INTEGRADO MULTIDICIPLINAR VII

SÃO PAULO - SP
2021
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DE RECUROS HUMANOS

RENATA DE AGUIAR ROSSLER RA: 200641

N. L. J. Textil

PROJETO INTEGRADO MULTIDICIPLINAR VII

Trabalho de pesquisa do Curso Superior


Tecnologia de Gestão de Recursos
Humanos da Universidade Paulista UNIP –
EAD, como requisito de obtenção do projeto
integrado Multidisciplinar – PIM VII

SÃO PAULO - SP
2021
RESUMO
No presente trabalho busco apresentar de forma clara o que se entende de
Saúde e Segurança do trabalho, tendo como apoio Treinamento e Desenvolvimento
e Desenvolvimento Sustentável, baseando – se bibliograficamente nos livros texto.
Com foco na área de confecção têxtil. Acidentes são comuns no cotidiano de uma
indústria e, para isso, foram criadas as normas de segurança do trabalho. No caso
da indústria têxtil, os indicadores de segurança do trabalho são os melhores de todo
o ramo industrial, e isso é resultado de um longo processo de estudos e
observações dos profissionais do ramo. As normas podem ser classificadas em
gerais e específicas. No caso do setor têxtil, as mais utilizadas são a NR12, que
trata das máquinas usadas na produção, e a NR6, que trata dos equipamentos de
proteção. Por meio de pesquisa de campo pude perceber que a empresa estudada
N. L. J. Textil, toma os cuidados necessários para segurança de seus colaboradores,
preocupando – se também com um projeto social.

Palavras – chave: segurança – proteção - cuidados


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................4
2. SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO: BENEFÍCIOS E ASSISTENCIA........5
2.1. Finalidade, Objetivos e responsabilidades da saúde e segurança do trabalho.5
2.2. Analise evolutiva, estatísticas e impacto econômico.........................................6
2.3. Principais NRs....................................................................................................7
2.4. O instrumento CIPA............................................................................................8
2.4.1. CIPA da empresa........................................................................................9
2.5. A ciência da Ergonomia....................................................................................10
2.5.1. Descrição da ergonomia no ramo da empresa........................................11
2.6. Importância das EPIs e EPCs..........................................................................11
2.6.1. Aplicação das EPIs na empresa................................................................12
3. TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO..........................................................12
3.1. Habilidades e suas categorias..........................................................................12
3.2. Ciclo de treinamento e suas etapas.................................................................13
3.2.1. O ciclo aplicado na empresa...................................................................14
4. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL..............................................................14
4.1. Direitos fundamentais e difusos.......................................................................14
4.2. Princípios do direito ambiental.........................................................................15
4.3. Objetivos da PNMA..........................................................................................15
4.4. Licenciamento...................................................................................................16
5. CONCLUSÃO......................................................................................................16
6. REFERÊNCIAS E CITAÇÕES.............................................................................17
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1. INTRODUÇÃO

A saúde e segurança do trabalho possui um papel importante na história, sendo a


Revolução Industrial como um dos maiores marcos, uma vez que promoveu grandes
mudanças tecnológicas, sociais e econômicas a partir do século XVIII e que mudou
a forma como vemos o trabalho atualmente. Naquela época havia alguns avanços
tecnológicos em relação as máquinas nas indústrias, com isso, em contrapartida
aumentou o número de casos de acidente de trabalho, diante das péssimas
condições de trabalho, bem como outros fatores, como por exemplo, as quantidades
de horas trabalhadas, número alto de trabalhadores no mesmo ambiente de trabalho
e até a utilização de mão de obra de crianças. Diante disso, cresceu-se uma
mobilização social, para que houvesse interferência do Estado nas relações de
trabalho, para que se promovesse melhores condições, visando a redução de riscos
ocupacionais.
Pesquisas específicas com trabalhadores(as) mostram que os acidentes
ocupacionais graves são responsáveis pelo maior número de mortes e
incapacidades, constituindo-se, portanto, em um dos principais problemas de
saúde relacionado ao trabalho (TAKALA, 2002).

No presente trabalho falarei sobre a empresa N. L. J. Textil que possui um porte


médio e foi fundada em 12/04/2019 por Ayrton Jose Pereira Netto com o segmento
de Fabricação De Artefatos Têxteis possuindo o CNPJ 33.338.889/0001-70, e com
um capital social de 200.000,00 localizada na Rua Eng. Francisco Augusto Saraiva
Fanuelli, Nº 270 - no bairro Chácaras Cibratel em Itanhaém - SP, CEP 11740-000,
cadastrada na Receita Federal sob o CNAE 1322-7/00 com atividade fim de
Tecelagem De Fios De Fibras Têxteis Naturais, Exceto Algodão.
Nas empresas do setor de confecção têxtil, que é o 2º ramo maior gerador de
empregos no Brasil, conforme relata Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de
Confecção, com o passar dos anos, a atuação na Segurança do Trabalho, tem cada
vez mais relevância para o bem-estar dos funcionários e diminuição de doenças
ocupacionais e assim possíveis custos inerentes ao processo.
Analisar o adoecimento dos trabalhadores e os acidentes ocorridos no ambiente
profissional é algo fundamental para que o processo produtivo seja eficaz e
satisfatório. Para tanto a empresa N. L. J. Textil zela por seus colaboradores e pela
produtividade ininterrupta das suas funções, com a obrigação de fazer
periodicamente um levantamento técnico de toda e qualquer forma de exposição de
risco ao trabalhador.
Sendo assim, a empresa N. L. J. Textil possuindo um quadro de 32 funcionários
divididos em cortador, costureira, arrematador, embalador, vendedor, gerentes de
vendas e administrativo, segue as Normas Regulamentadoras, as atividades em
máquinas e equipamentos são realizadas em conformidade com procedimentos
específicos de trabalho e segurança, com descrição detalhada de cada tarefa e com
destaque nos pontos de segurança, pois um trabalho preventivo é menos custoso
financeiramente para a empresa, do que o corretivo. Os gastos para adequação,
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capacitação, treinamentos e manutenção dos equipamentos não são vistos como


desnecessários e sim como investimentos, a partir de que estes possam reduzir a
quantidade de afastamentos, ações judiciais, indenizações ou insalubridade para os
acidentados.
O foco deste trabalho é o setor de corte, que realiza o enfesto dos rolos de tecido e
os corta para abastecer os setores de produção. O departamento em questão conta
com 12 colaboradores, trabalhando em três turnos distintos. Cada turno é composto
por 04 trabalhadores. Além dos colaboradores, o setor possui um líder de produção
que é o responsável pelo seu abastecimento e correto funcionamento.
Diferentemente do restante da fábrica, o setor é composto exclusivamente por
homens, com faixa etária compreendida entre 18 e 30 anos, devido à natureza do
trabalho e do esforço físico necessário para sua realização.

2. SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO: BENEFÍCIOS E ASSISTENCIA

Segurança no trabalho consiste em um conjunto de procedimentos de prevenção,


medidas que visam minimizar os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais
protegendo a integridade do profissional.
A segurança do trabalho é definida por lei (CLT) art. 166, sendo assim, todos os
processos são obrigatórios e fundamentais por representar qualidade de vida no
trabalho e é protegido pela legislação.
Esses processos são possíveis por meio de levantamento técnico, onde o
responsável pela segurança do trabalho analisa toda e qualquer forma de exposição
do trabalhador reconhecendo todos os riscos possíveis no ambiente laboral.
Tomando assim, as precauções cabíveis para um melhor desempenho do
colaborador e sua qualidade de vida no trabalho, influenciando diretamente na
produtividade e redução de custos para a empresa minimizando assim as ações
trabalhistas, custos com tratamentos dos acidentados, entre outros.
2.1. Finalidade, Objetivos e responsabilidades da saúde e segurança do
trabalho

A finalidade principal é assegurar a qualidade de vida laboral evitando acidentes ou


doenças causadas pelo exercício diário do oficio, como lesões no corpo ou
perturbação funcional limitando a capacidade profissional do indivíduo podendo ser
temporária ou permanente e até mesmo causando a morte em casos mais graves.
Já quando falamos de objetivos devemos levar em consideração a natureza de cada
empresa, sendo assim, a empresa deverá realizar uma análise para saber como
aplicar o processo e garantir que seu colaborador esteja seguro no ambiente laboral,
os objetivos mais comuns encontrados nas empresas são suprimir as inseguranças
do trabalhador, conscientizar o trabalhador da importância da prevenção de
acidentes, bem como as consequências, acatar a legislação vigente e todos os
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requisitos que à compõe, condições adequadas tanto física como psíquica para o
trabalhador.
Os gestores da segurança do trabalho têm a responsabilidade de conhecer todos os
detalhes da legislação, conscientizar o trabalhador promovendo palestras instrutivas
e treinamento sobre o assunto, realizar análises das causas de acidentes e doenças
ocupacionais implantando medidas corretivas, conhecer e monitorar o uso de EPIs
(Equipamento de Proteção Individual) e de EPCs (Equipamento de Proteção
Coletiva), manter-se atualizado nas análises, nas correções e no monitoramento de
ações promovidas, aplicar todas as ações relacionadas à área da medicina como
exames médicos, vacinações, entre outros, manter os registros e informações
atualizados.
Há responsabilidades também do poder público que deve legislar e também
fiscalizar as empresas, bem como do trabalhador que deve acatar as normas de
segurança da empresa, usar corretamente as EPIs, submeter-se aos exames
médicos e normas exigidas por lei.
2.2. Analise evolutiva, estatísticas e impacto econômico

Apenas em 1943 entrou em vigor a Consolidação das Leis do Trabalho – (CLT) no


Brasil, porem muito antes já haviam registros e obrigações com a segurança do
trabalho, mas foi apenas em 1978 que o Ministério do Trabalho e Emprego publicou
a portaria 3.214/78 que aprova as Normas Regulamentadoras (NRs), conhecidas
como a estrutura da legislação da Saúde e Segurança do trabalho. A partir de 1994,
a Convenção nº 161/85 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) aprovou as
atuais versões das normas NR -7, NR -9, NR -18, NR -29. E por último em 1999, foi
aprovada a atual versão da NR -5 (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes –
CIPA). O que era apenas formalidade legal na antiguidade tornou -se imprescindível
para a melhor gestão das empresas nos tempos atuais, visando ainda mais o bem
estar de todos no convívio da empresa.
De acordo com o Anuário Estatístico de Previdência Social, após o aumento de
5,09% nos acidentes de trabalho registrados de 2017 para 2018, passando de
557.626 para 586.017, o Brasil registrou uma queda de – 0,60% nos acidentes de
trabalho de 2018 para 2019, passando para 582.507. No mesmo período, houve
aumento no número de mortes no trabalho, de 2.132 para 2.184 (2,44%). Porem o
número de incapacitados permanentemente por acidente de trabalho apresentou
uma maior queda de 19.686 para 12.624.
Antes de se considerar a redução de menos de 1% dos acidentes de trabalho
em 2019, é preciso levar em consideração o aumento de quase um milhão de
trabalhadores de 2018 para 2019. (Órion Sávio Santos de Oliveira)

Dados da OIT, apontam que doenças e acidentes do trabalho tenham custado 4%


ao PIB (Produto Interno Bruto) global. No Brasil esse percentual é estimado em
aproximadamente R$ 300 bilhões, de acordo com o PIB de 2020.
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2.3. Principais NRs

A lei que regulamenta as atividades da Segurança do Trabalho é a Portaria GM nº


3.214, de 08 de junho de 1978, do Ministério do Trabalho. Ela estabelece as Normas
Regulamentadoras, também conhecidas como NRs, que normatizam as atividades
da Segurança do Trabalho nas empresas e são obrigatórias para todas as
organizações, sejam privadas ou públicas. As NRs determinam como deve ser
desenvolvido o trabalho da Segurança do Trabalho em cada tipo de empresa, como
deve ser o dimensionamento do SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho) e as sansões e penalidades em casos de
descumprimento da lei. As Normas Regulamentadoras da Higiene e Segurança do
Trabalho (NR) são formadas pelos 32 dispositivos, cujos principais são: 
NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho. Estabelece o dimensionamento do SESMT, onde há a obrigatoriedade da
criação dos SESMT nas empresas, para corrigir e atenuar os potenciais riscos para
oferecer uma qualidade de vida melhor para o profissional.
NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Regulamenta as regras para
a criação e os procedimentos a seres adotados pelas empresas para o
funcionamento da CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, a fim de
prevenir os Acidentes do Trabalho.
NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Determina as obrigações dos
empregadores e empregados referente aos EPIs, orientando sobre os tipos de
equipamentos que o empregador deve fornecer ao colaborador, como e quando
deve fazer isso. Na NR-6 consta, ainda, a lista completa dos EPIs para cada tipo de
proteção.
NR 7 – Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). Estabelece
a obrigatoriedade dos exames ocupacionais que servem para atestar a saúde física
dos trabalhadores, afinal, é com base no PCMSO que se pode realizar o
acompanhamento da saúde do trabalhador.
NR 8 – Edificações. Define as boas práticas necessárias para a segurança e
integridade física de todos os trabalhadores que atuam nas Edificações.
NR 9 – Programas de Prevenção de Riscos Ambientais. Determina a obrigação da
criação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA para empresas
que admitam funcionários em regime CLT. Assim, é possível evitar potenciais riscos
no ambiente de trabalho.
NR 15 – Atividades e Operações Insalubres. Estabelece os limites de tolerância para
o risco que pode ser identificado no ambiente de trabalho que, de acordo com a
análise do responsável técnico e com base nessa NR, caso ultrapasse os limites de
tolerância, o trabalho pode ser considerado insalubre, ou seja, a exposição a esse
risco pode vir a causar algum dano a saúde do trabalhador.
NR 16 – Atividades e Operações Perigosas. Trata sobre as responsabilidades do
empregador e os direitos dos trabalhadores que atuam em situações perigosas. De
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acordo com a exposição, o colaborador pode ou não ter direito a receber um


adicional salarial.
NR 17 – Ergonomia. Visa unir as condições de trabalho com as questões
psicofisiológicas dos trabalhadores, a fim de fornecer um ambiente de trabalho
confortável que evite a possibilidade de doenças ocupacionais.
2.4. O instrumento CIPA

As Comissões Internas de Prevenção de Acidentes — CIPA é um dos principais


responsáveis por acompanhar e analisar as atividades e exigências relacionadas à
proteção da saúde e integridade dos colaboradores. Ela deve ser implantada em
empresas com quadro profissional acima de 20 pessoas e é regulamentada pela
NR-5. A CIPA deverá abordar as relações entre o homem e o trabalho, maximizando
a constante melhoria das condições de trabalho para prevenção de acidentes e
doenças decorrentes do trabalho.
Toda Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, deverá ser composta
por membros representantes do empregador e dos empregados. Os representantes
dos empregadores, serão designados por eles próprios. No caso dos representantes
dos empregados, esses serão eleitos por meio de votação secreta pelos
demais empregados interessados. Os eleitos terão mandato de um ano, podendo
ser reeleitos para um próximo mandato subsequente.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, “o empregador deverá garantir
que seus indicados tenham a representação necessária para a discussão e
encaminhamento das soluções de questões de segurança e saúde no
trabalho analisadas na CIPA” (BRASIL, 1999).

A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário


preestabelecido. As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o
expediente normal da empresa e em local apropriado. As reuniões da CIPA terão
atas assinadas pelos presentes com encaminhamento de cópias para todos os
membros. As atas ficarão no estabelecimento à disposição dos Agentes da Inspeção
do Trabalho – AIT.
As atribuições mais relevantes da CIPA na prevenção de acidentes e doenças
ocupacionais é:
Identificar previamente os riscos das atividades desenvolvidas pelos empregados.
A comissão, com a ajuda de alguns trabalhadores, elabora um mapa dos riscos
detectados para tentar eliminá-los.
 Realizar um trabalho de detecção dos problemas de segurança e saúde no trabalho
e, posteriormente, desenvolver uma estratégia para minimizá-los ou solucioná-los. 
Analisar periodicamente as condições de trabalho com o intuito de
identificar possíveis riscos à saúde e à segurança dos empregados. 
Divulgar todas as informações relativas à segurança e à saúde no trabalho. 
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Participar das discussões do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e


Medicina do Trabalho (SESMT) acerca das avaliações dos impactos do meio
ambiente e dos processos de trabalho.
Colaborar com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional da empresa,
assim como, com o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.
Promover, anualmente, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho
(SIPAT).
Participar das campanhas de prevenção de doenças.
O treinamento para a CIPA deverá, em princípio, abordar: Estudo do ambiente e das
condições de trabalho, assim como dos riscos originados do processo produtivo.
Metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho. Noções
sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos riscos
existentes na empresa. Noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
(AIDS) e medidas de prevenção. Noções sobre as legislações trabalhista e
previdenciária, relativas à segurança e saúde no trabalho. Princípios gerais de
higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos. Organização da CIPA e de
outros assuntos necessários ao exercício das atribuições da Comissão.
2.4.1. CIPA da empresa

Por ter uma quantidade de funcionários relativamente pequena não se criou uma
CIPA, em contra partida, o líder de cada setor fica responsável por primeiramente
orientar os colaboradores quanto ao manuseio do maquinário, quanto ao uso das
EPIs corretamente, entre outros cuidados para que não ocorra acidentes.
Quanto ao setor de corte que foi a área escolhida para estudo, o líder responsável
chama-se Antenor Ribeiro e conforme informações do mesmo, no setor onde é
responsável relata que em seus 7 anos na empresa N. L. J. Textil, viu apenas dois
acidentes nas maquinas de corte, ao qual a empresa tomou todas as providencias
cabíveis para a situação, quanto as doenças ocupacionais que são a maior
preocupação da empresa por tratar-se da maior parte dos casos ocorridos como:
postura incorreta e carregamentos pesados, ao qual afeta diretamente em
problemas na coluna cervical, problemas respiratórios causados por resíduos
têxteis, entre outros. Na N. L. J. Textil são os próprios funcionários que fazem a
manutenção e limpeza diária dos equipamentos, com as devidas instruções e
equipamento correto, os empresários fornecem os EPIs necessários (como
máscaras, protetores auriculares, luvas especificas e botas) conforme as normas
regulamentadoras, orientando periodicamente os colaboradores quanto ao uso de
todos os equipamentos de proteção, ao qual é supervisionado pelo líder do setor.
Não tive acesso a documentações, porem o senhor Antenor Ribeiro pode afirmar
que são registradas toda e qualquer ocorrência laboral.
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2.5. A ciência da Ergonomia

ergonomia pode ser entendida como a ciência que estuda a adaptação  


do trabalho ao homem no ambiente de trabalho, visando a propiciar uma  
solicitação adequada do trabalho, evitando o desgaste prematuro de suas  
potencialidades profissionais e objetivando alcançar a otimização do sistema  
de trabalho (GONÇALVES, 2000, p. 393). 

A ergonomia é uma ciência que busca entender a relação do homem com as


maquinas e as condições de trabalho, estabelecida na NR-17, que determina uma
série de diretrizes quanto à ergonomia. Dessa forma, a ergonomia pode ser dividida
em três áreas:  física, organizacional e cognitiva.
Ergonomia física: preocupa -se com questões relacionadas ao espaço da empresa e
à saúde física do colaborador. A área abrange desde a qualidade dos equipamentos
utilizados até a postura corporal do empregado, (ventilação e temperatura do
ambiente; iluminação; condições sanitárias; condições de trabalho durante o
exercício da função; sinalização interna adequada, saídas de emergência ou
quadros de classificação de risco; quantidade de ruído; organização do ambiente;
tempo em que é necessário ficar de pé ou levantando peso excessivo;
disponibilidade e qualidade dos equipamentos).
Ergonomia organizacional: observa o funcionamento da empresa com a intenção de
melhorar os processos internos que podem oferecer riscos à saúde. (rotinas do
trabalho informatizado) — funcionário sentado a maior parte do tempo em frente a
um computador, o que pode gerar dor nas costas, problemas de visão e até
complicações mais graves. (trabalho exaustivo e/ou repetitivo) — pode propiciar o
desenvolvimento de lesões por esforço repetitivo LER. (quantidade insuficiente de
colaboradores ou alto volume de trabalho) — colabora para a sobrecarga mental.
(falta de orientação ou despreparo em relação à segurança do trabalho) — pode
expor o funcionário ao perigo e, até mesmo, provocar acidentes.
Ergonomia cognitiva:  observa aspectos relacionados às condições mentais do
trabalhador. (cobrança excessiva em relação ao tempo; falta de treinamento;
ausência de abertura para o diálogo (funcionário não se sente à vontade para se
comunicar com os líderes); ambiente de trabalho hostil ou muito competitivo.
Segundo a Previdência Social, doenças relacionadas a riscos ergonômicos já
superaram os acidentes convencionais, e correspondem a pelo menos 20% dos
afastamentos. Dessa forma, a NR-17 é de suma importância para empresas e
trabalhadores. O descumprimento da NR 17 é prejudicial tanto para o empregador
quanto para o funcionário. No caso do primeiro, a Lei prevê que a empresa seja
notificada, recebendo o prazo de até 60 dias para corrigir as irregularidades, em
caso de não cumprimento da determinação, a empresa será multada. Se o problema
persiste, ela tem de responder judicialmente. Já para o trabalhador, o não
cumprimento da NR 17 gera até mesmo demissão por justa causa.
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2.5.1. Descrição da ergonomia no ramo da empresa

A primeira etapa para a confecção das peças é no setor de corte, local onde os
tecidos são estendidos em camadas completamente planas e alinhados em uma
mesa, a mesa de corte foi confeccionada para pessoas com uma altura de 1,80cm,
visto que na área de corte da empresa trabalham apenas homens, pois as diretrizes
apontam que a altura recomendada para as superfícies horizontais de trabalho com
precisão, na posição de pé, deve ser ao nível dos cotovelos, deste modo ele poderá
ficar com as costas eretas e os ombros relaxados, o cortador é orientado a usar as
EPIs corretamente e com supervisão, tendo em vista o uso da máquina elétrica e
tesouras para o serviço de corte do tecido faz com que o cortador tenha que assumir
diversas posições incômodas para alcançar as partes a serem cortadas.
O turno da confecção é das 7h às 17h30 de segunda-feira à sexta-feira. Existem três
pausas formais durante a jornada: café da manhã (das 9h às 9h10min), almoço (das
11h às 12h30min) e café da tarde (das 15h30mim às 15h40min). Existe na empresa
uma área de descanso para que os colaboradores façam pausas informais, porem
tudo supervisionado para que não haja ociosidade. Em épocas de grandes
encomendas, são realizadas horas extras noturnas e nos sábados, e que, às vezes,
são utilizadas como banco de horas para compensar os dias úteis entre feriados e
final de semana, quando os trabalhadores são dispensados do trabalho.
Quanto a iluminação é industrial e para o setor têxtil, pois na parte fabril precisa de
um produto com IRC (Índice de Reprodução de Cor) alto e sem emissão de raios
UV.
2.6. Importância das EPIs e EPCs

Os equipamentos de proteção individual têm a sua legalização formalizada pelo


Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da NR-6, da Portaria nº 3.214 de 08 de
junho de 1978.
Segundo Edwar Abreu Gonçalves, o ponto principal de que as organizações e as
pessoas precisam se conscientizar é que o equipamento de proteção individual não
pode ser considerado um instrumento preventivo contra os acidentes de trabalho, e
sim algo que evita ou diminui a gravidade das lesões desses acidentes.
EPI (Equipamento de Proteção Individual): São dispositivos ou produtos, de uso
individual, utilizado pelo trabalhador durante a execução de suas atividades laborais,
que possuem o objetivo de protegê-lo de riscos que ameaçam sua segurança ou
saúde. Dentre os EPIs mais comuns, podemos citar: óculos, luvas, protetores
auriculares, máscaras, mangotes, capacetes, botas, cintos de segurança, protetor
solar, entre outros. A obrigação pelo fornecimento dos EPIs é da empresa, que
devem ser entregues de forma gratuita, em perfeito estado de conservação e
funcionamento.
EPC (Equipamento de Proteção Coletiva): Diferentemente do EPI, o EPC visa a
segurança de um grupo de trabalhadores durante a realização de suas atividades e
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que estão expostas aos mesmos riscos ambientais. Sempre que o EPC não
neutralizar o risco é necessário entrar com o EPI. São exemplos de EPC: redes de
proteção, sinalizadores de segurança, extintores de incêndio, exaustores, kit de
primeiros socorros, piso antiaderente, entre outros.
2.6.1. Aplicação das EPIs na empresa

A empresa N. L. J. Textil fornece regularmente todas as EPIs necessárias e que a


empresa considera o uso de extrema importância. Vistoriada pelos próprios
funcionários as EPIs são trocadas sempre que haja defeito.
O relato de alguns funcionários é de que a empresa trata da questão da segurança
muito a sério por tratar – se de um ramo de risco ocupacional muito grande.
Em toda a parte da empresa visitada encontrou – se placas de sinalização adequada
ao risco como elétrico ou inflamável, bem como dos institores, saída de emergência,
sanitários. Todos os funcionários avistados trabalhando estavam usando sua EPIs,
luvas de metal para quem manuseava a maquina de corte, coletes cervicais para os
colaboradores que carregam o rolo de tecido, entre outros.

3. TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO

Educação consiste em um processo continuo de desenvolvimento das faculdades


físicas, intelectuais, e morais de um indivíduo. E serve como uma excelente forma
de avaliar o aprendizado em treinamento e outros processos educacionais.
Aprendizagem é um processo de mudança de comportamento obtido através da
experiência construída por fatores emocionais, neurológicos, relacionais e
ambientais. A aprendizagem é uma função mental que permite a assimilação de
informações e conhecimentos apresentados logicamente, permitindo o
desenvolvimento intelectual do indivíduo., visando preservar o conhecimento, a fim
de melhor integrar-se à sociedade.
3.1. Habilidades e suas categorias

O conceito de Habilidade está relacionado ao saber fazer, que está além de uma
ação motora. As habilidades demandam domínio de conhecimentos, e está
diretamente ligada à concepção do sujeito em resolver situações-problemas do
cotidiano e são essenciais para o “agir”.
As categorias de habilidades são distribuídas um quatro:
Conhecimentos elementares – as organizações precisam cada vez mais
proporcionar habilidades básicas, como leitura e matemática elementar, para seus
colaboradores. Esse é um dos princípios básicos de uma administração de
qualidade. Pois mesmo que o colaborador não utilize com frequência, é fundamental
que o mesmo tenha as habilidades básicas de ler, escrever e fazer contas.
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Conhecimentos técnicos – as empresas tendem a ofertar cada vez mais


capacitações que estejam dirigidas para a melhoria das habilidades técnicas dos
colaboradores. Com o desenvolvimento tecnológico, os postos de trabalho sofrem
modificações, exigindo menos esforço físico dos colaboradores. O colaborador
moderno trabalha em máquinas automatizadas para as quais necessita de
conhecimentos técnicos, como noções de matemática e de computação, até
técnicas de montagem e de controles estatísticos.
Conhecimentos interpessoais - o principal objetivo dos
relacionamentos interpessoais é tornar a convivência mais agradável entre os seres
humanos. Assim dentro de uma organização, todos os colaboradores que fazem
parte da convivência diária trabalham juntos em um mesmo ambiente. Ninguém
trabalha de forma isolada. Por mais que demore, em algum momento a continuidade
do trabalho de um colaborador dependerá de sua interação com os demais colegas
de trabalho.
Conhecimentos para solução de problemas – solucionar problemas no trabalho é
atividade constante para qualquer colaborador que não desempenha tarefa
repetitiva, independentemente de ocupar cargo de chefia ou não. Para essas
pessoas, as capacitações do tipo solução de problemas são ideais, pois aguçam sua
capacidade lógica, indispensável na hora de solucionar um problema, principalmente
se a solução depender de alguma tomada de decisão importante.
3.2. Ciclo de treinamento e suas etapas

Segundo Marras (2000, p. 45), “treinamento é o processo de assimilação cultural em


curto prazo, que objetiva repassar ou reciclar conhecimentos, habilidades ou atitudes
relacionadas diretamente à execução de tarefas ou à sua otimização no trabalho”.

As quatro etapas do ciclo de treinamento são processos que potencializam


competências profissionais e pessoais para otimizar etapas do trabalho, e
consequentemente, todo fluxo da empresa. Suas etapas fundamentais são:
 diagnóstico;
 planejamento;
 implementação;
 avaliação.
Tais processos devem ser planejados considerando a realidade da empresa, suas
necessidades e, principalmente, o mercado em que ela está
inserida. Conhecimentos e habilidades devem ser estimulados a fim de aguçar as
atitudes dos colaboradores, obtendo - se êxito nos processos do ciclo de
treinamento.
Diagnosticar: Antes de mais nada é essencial que seja feito um levantamento das
necessidades da empresa e dos colaboradores. Para isso, pesquisas
organizacionais podem ser aplicadas para facilitar o diagnóstico e detectar as falhas
que acontecem nos processos atuais. Além disso, como o treinamento precisa estar
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alinhado aos objetivos e metas da empresa, como a busca pelo lucro, melhora na
satisfação ao cliente, redução da rotatividade dos colaboradores, entre outros, a sua
base deve ser considerada. Sua missão, visão e valores precisam estar diretamente
ligados aos propósitos do treinamento.
Planejar: Agora, levando em consideração todo diagnóstico da empresa, é o
momento de planejar o treinamento na prática. Desde o conteúdo, a forma, o
material, o local, a data, o custo, o prazo, a metodologia. Para isso, é importante
considerar o perfil dos colaboradores de cada setor, pois isso influenciará
diretamente na absorção do conteúdo exposto, seja uma palestra, um curso on-line,
um grupo de estudos ou uma aula tradicional. Além disso, é preciso que
mecanismos de avaliação dessa aplicação também sejam definidos, a participação
de um especialista para interpretar corretamente os dados é uma solução.
Implementar ou executar: este momento também é importante considerar
a metodologia escolhida. Por exemplo, se o treinamento for on-line, é fundamental
que todos tenham acesso a internet com qualidade e um material digital pronto. O
operacional será um requisito essencial. Imprevisto acontecem, então esteja
preparado para isso também. 
Avaliação: É hora de mensurar os resultados do monitoramento de processos, a
reação dos colaboradores ao programa. Avaliação e medição de resultados no
aprendizado do treinamento e as mudanças comportamentais geradas para
implementação de metas organizacionais de correção comparando a situação atual
com a situação anterior. E ainda analisar o custo/benefício do treinamento.
3.1.1. O ciclo aplicado na empresa

Não consegui ter acesso a documentos formalizados, pois o gerente administrativo


encontrava – se de licença, porem o senhor Antenor ao qual me auxiliou
prontamente em minha pesquisa relata que os lideres de cada setor são treinados
por empresas especializadas em segurança e medicina do trabalho periodicamente
e que quando necessário todos os colaboradores participam de palestras ou cursos
que são realizados na própria empresa.

4. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
A expressão desenvolvimento sustentável designa um modelo de desenvolvimento
que visa a articular o progresso econômico, social e político para a preservação
ambiental, levando em consideração a finitude da maioria dos recursos naturais de
que a sociedade faz uso. Por definição, o desenvolvimento sustentável nada mais é
do que um tipo de desenvolvimento que atenda todas as necessidades da sociedade
atual e ao mesmo tempo, não comprometa a disponibilidade dos mesmos recursos
naturais para as gerações futuras.
4.1. Direitos fundamentais e difusos

Os direitos fundamentais são direitos protetivos, que garantem o mínimo necessário


para que um indivíduo exista de forma digna dentro de uma sociedade administrada
15

pelo Poder Estatal. Esses direitos são referentes à educação, saúde, trabalho,
previdência social, lazer, segurança, proteção à maternidade e à infância e
assistência aos desamparados.
Os direitos difusos são aqueles cujos titulares são indeterminados e indetermináveis.
Caracterizados como direitos transindividuais, ou seja, que não pertencem a um
único indivíduo, os direitos difusos atendem a um grupo de pessoas ou a
coletividade afetada por determinada situação como em caso de desabamentos,
desequilíbrio do meio ambiente, entre outros. Os processos baseados em direitos
difusos se tornaram uma solução eficiente para resolver conflitos coletivos de ordem
econômica, social ou cultural.
4.2. Princípios do direito ambiental

Os princípios do direito ambiental são frutos de uma construção jurídica originada


no direito internacional ambiental, a partir das conferências ambientais
internacionais. O Direito Ambiental, é o ramo jurídico que regula a relação dos
indivíduos, governos e empresas com o meio ambiente. O objetivo é conciliar os
aspectos ecológicos, econômicos e sociais com a melhoria da condição ambiental e
bem-estar da população. Ou seja, o Direito Ambiental tem como objetivo proteger o
meio ambiente, evitando danos a ele e, assim, garantir que ele permaneça saudável
para as próximas gerações.
Princípio da Prevenção: Esse princípio é o que norteia toda a legislação ambiental e
políticas públicas voltadas ao meio ambiente. De acordo com ele, o melhor caminho
é fazer tudo ao alcance para prevenir danos ambientais. Isso porque, quando ocorre
alguma catástrofe relacionada ao meio ambiente, os impactos dificilmente são
revertidos e seus efeitos são sentidos pelas gerações futuras.
Princípio da Precaução: Considerado um aperfeiçoamento do princípio da
prevenção, o da precaução tem como objetivo impedir qualquer intervenção no meio
ambiente se não houver certeza das possíveis consequências futuras.
Princípio do Poluidor-Pagador: Segundo esse princípio, se alguém causar algum
prejuízo ao meio ambiente, ficará responsável por arcar com os custos da reparação
do dano por ele causado.
Princípio da Responsabilidade: De acordo com esse princípio, os responsáveis pela
degradação ambiental são obrigados a arcar com a responsabilidade e com os
custos da reparação ou da compensação pelo dano causado.
Princípio da Gestão Democrática: Esse princípio tem como objetivo assegurar ao
cidadão o direito à informação e a participação na elaboração das políticas públicas
ambientais.
Princípio do Limite: Busca estabelecer padrões de qualidade ambiental, visando
sempre a promoção do desenvolvimento sustentável.
4.3. Objetivos da PNMA
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A PNMA (Política Nacional do Meio Ambiente) esta determinada pela Lei nº 6.938,
de 31 de agosto de 1981. A lei apresenta como objetivos gerais: preservação,
melhoria e recuperação da qualidade ambiental. Os princípios que definem os
objetivos descritos são: ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico;
racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; planejamento;
fiscalização; proteção dos ecossistemas; controle e zoneamento das atividades
potencial ou efetivamente poluidoras; incentivo de estudos e de desenvolvimento
tecnológico orientados à proteção dos recursos naturais; acompanhamento da
qualidade ambiental; recuperação de áreas degradadas; proteção de áreas
ameaçadas de degradação; educação ambiental.
4.4. Licenciamento

A empresa estudada encontra – se devidamente licenciada de acordo com seu


seguimento que se encaixa no ramo têxtil.
A empresa tem contrato com uma empresa coletora de resíduos têxteis ao qual faz a
retirada uma vez por semana, os resíduos são armazenados em local coberto e
arejado pare que possam ser reaproveitados.
A N. L. J. Textil tomou o cuidado de contratar uma empresa coletora que trabalha
apenas com resíduos têxteis, a mesma reaproveita para doar em ações sociais de
corte e costura. A própria N. L. J. Textil oferece um espaço especifico dentro do
prédio pra acontecer essas ações sociais.

5. CONCLUSÃO
A saúde e a segurança do trabalho é um tema complexo para qualquer empregador,
é importante frisar sobre a sua importância e a necessidade de ser observado a
regulamentação que prevê em nosso ordenamento jurídico.
Abordamos brevemente a importância histórica sobre a saúde e segurança do
trabalho e da necessidade de regulamentação pela nossa legislação, a qual
disciplina a competência do Ministério do Trabalho tratar sobre normas
regulamentadores que abordam sobre a saúde e segurança do trabalhador nas mais
diversas categorias de trabalho.
O ramo da indústria têxtil, sendo um dos maiores ramos que empregam atualmente
no Brasil, por consequência disso, também é grande o número de pedidos de
indenizações na Justiça do Trabalho, perante doenças e acidentes que podem ser
acometidas pelas atividades desenvolvidas nesta área, por isso, a necessidade de
ressaltar a importância sobre o tema.
O que se pode concluir das normas de segurança a serem observadas na indústria
têxtil é que tudo que é realizado e regulamentado tem por objetivo manter a
segurança do trabalhador de forma que as condições de trabalho oferecidas devem
ser as melhores possíveis para a realização do trabalho com segurança e visando o
melhor desempenho de cada trabalhador em sua respectiva área ou função.
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As empresas muitas vezes, não tem controle de eventuais danos gerados por falhas
técnicas em equipamentos ou algo do tipo, porém por serem as oferecedoras dos
serviços prestados, devem sempre estarem de acordo com as regulamentações e
atuarem como fiscalizadora, a fim de que os possíveis riscos possam ser evitados
ao máximo e os trabalhadores não sofram nenhum dano em decorrência da
atividade exercida.

6. REFERÊNCIAS E CITAÇÕES

ARAÚJO, P. E. A. D.; SANTANA, P. M. A.; SALOMÉ, P. C. E. A. Saúde e


Segurança no Trabalho: Benefício e Assistência Social. 2ª. ed. SÃO PAULO -SP:
SOL, 2020.
CAPARRÓS, P. R.; GARCIA, P. S. Desenvolvimento sustentável. São paulo:
[s.n.], 2020.
SANTOS, P. L. D. Treinamento e Desenvolvimento. São Paulo: SOL, 2013.

Pesquisas específicas com trabalhadores(as) mostram que os acidentes ocupacionais graves são
responsáveis pelo maior número de mortes e incapacidades, constituindo-se, portanto, em um dos
principais problemas de saúde relacionado ao trabalho (TAKALA, 2002).

Antes de se considerar a redução de menos de 1% dos acidentes de trabalho em 2019, é preciso


levar em consideração o aumento de quase um milhão de trabalhadores de 2018 para 2019. (Órion
Sávio Santos de Oliveira)

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, “o empregador deverá garantir que seus


indicados tenham a representação necessária para a discussão e encaminhamento das soluções de
questões de segurança e saúde no trabalho analisadas na CIPA” (BRASIL, 1999).

ergonomia pode ser entendida como a ciência que estuda a adaptação do trabalho ao homem
no ambiente de trabalho, visando a propiciar uma solicitação adequada do trabalho, evitando o
desgaste prematuro de suas potencialidades profissionais e objetivando alcançar a otimização
do sistema de trabalho (GONÇALVES, 2000, p. 393).

Segundo Marras (2000, p. 45), “treinamento é o processo de assimilação cultural em curto prazo, que
objetiva repassar ou reciclar conhecimentos, habilidades ou atitudes relacionadas diretamente à
execução de tarefas ou à sua otimização no trabalho”.

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