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SEGURANÇA DO
TRABALHO
SEGURANÇA DO TRABALHO
CDU: 331.45
APRESENTAÇÃO...............................................................................................3
CAPÍTULO 1
Análise e avaliação dos níveis de ruídos/NPS existentes em uma
indústria metalúrgica...................................................................................... 5
Cassiano Casagrande, Milton Serpa Menezes, Aline Pimentel Gomes, José
Waldomiro Jiménez Rojas
CAPÍTULO 2
Análise do desempenho ergonômico em dois arranjos físicos de
cozinhas residenciais com layouts em formato horizontal e
L.................................................................................................................... 20
Eduardo Gava, Paulo Potrich, Marcele Salles Martins, Andréia Saúgo
CAPÍTULO 3
Avaliação macroergonômica no setor de pré-montagem de motores de
uma indústria de máquinas agrícolas ........................................................ 36
Fabiano Cervi, Marcelo Fabiano Costella, Patricia Dalla Lana Michel,
Alessandro Goldoni
CAPÍTULO 4
Análise ergonômica no setor de quebra de canal de uma empresa de
fundição de metais na cidade de Passo Fundo, RS.................................. 52
Fernanda Guilem Fortes, José Eurides de Moraes, Carla Raquel Reolon de
Oliveira, Juliana Kurek
CAPÍTULO 5
Análise macroergonômica de posto de trabalho de caixa
bancário............................................................................................................. 67
Leonardo Cerato Reveilleau, Roni César Rech Silveira, Andréia Saúgo,
Marcele Salles Martins
CAPÍTULO 6
Métodos para proteções de periferia de lajes: Diagnóstico em obras de
edificação em Passo Fundo, RS.................................................................... 89
Luciano Dors, Juliana Kurek, Aline Pimentel Gomes, José Waldomiro
Jiménez Rojas
CAPÍTULO 7
Estudo das descargas atmosféricas no meio rural............................. 107
Ricardo Nicolau, Adalberto Pandolfo, Luciana Marcondes Pandolfo,
Dayane Muhammad
CAPÍTULO 8
Diagnóstico dos riscos ocupacionais e riscos à saúde nos garimpos em
Ametista do Sul, RS..................................................................................... 125
Volker Weiss, Adalberto Pandolfo, Carla Raquel Reolon de Oliveira,
Luciana Marcondes Pandolfo
APRESENTAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
O desenvolvimento industrial tem aumentado cada vez mais os
níveis de ruídos nos ambientes de trabalho, sobretudo nas fábricas. A
exposição dos trabalhadores a níveis elevados de ruído por longos
períodos de tempo pode acarretar perda auditiva e comprometimentos
físicos, mentais e sociais no indivíduo.
Os ambientes ruidosos, como a indústria metalúrgica, em que há,
no dia a dia, nível de pressão sonora (NPS) elevado, podem provocar
estresse sobre os trabalhadores, diminuição do rendimento, dificuldade de
concentração, aumento da ocorrência de erros, maior número de acidentes
e diminuição da produtividade em geral. O bem estar físico e mental do
trabalhador é fundamental para um bom desempenho de suas tarefas, tanto
na sua atividade profissional, como na sua vida social.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que o som não
deve ultrapassar 50 dB para não causar prejuízos ao ser humano. A partir
de 50 dB, os efeitos negativos começam, alguns problemas podem ocorrer
em curto prazo, outros levam anos para ser notados.
A avaliação dos níveis de ruídos no ambiente de trabalho é
extremamente importante, pois pode indicar a potencialidade dos mesmos
interferirem na saúde e na segurança dos trabalhadores.
O objetivo desse trabalho é medir os níveis de ruídos presentes em
uma indústria metalúrgica, comparar os valores obtidos com os limites
5
normatizados e avaliar a percepção dos trabalhadores com relação a esses
níveis de ruídos e seus efeitos.
6
3. EFEITOS CAUSADOS PELO RUÍDO OCUPACIONAL
4. PROCEDIMENTO ADOTADO
10
NR15 NHO 01 NR17
Exposição ocupacional, Ergonomia - Conforto
Aplicação Insalubridade
exceto conforto acústico acústico
Leq - Nível sonoro
Parâmetro Dose Dose
equivalente
Recomendado pela
LT = 85 db(A) para 8h - LT = 85 db(A) para 8h -
Limites NBR10152, de acordo
Dose = 1 Dose = 1
com a atividade.
Incremento de
5 dB 3 dB -
duplicação (q)
Nível de ação
50% dose = 80 db(A) 50% dose = 82 db(A) -
(Jornada de 8h)
11
repete durante todo o período. As medições foram efetuadas nas segundas
e quartas-feiras, totalizando um mês de medição.
Foi elaborado um questionário objetivo, com questões de múltipla
escolha relacionadas à história ocupacional de exposição ao ruído e dados
sobre o estado geral de saúde do trabalhador. O mesmo está descrito no
apêndice A e foi baseado no questionário proposto por Silva (2006).
O trabalho teve como objetivo avaliar 100% dos trabalhadores
envolvidos no chão de fábrica, totalizando 54 questionários, que foram
respondidos fora do ambiente de trabalho, de forma individual e sem a
necessidade de identificação. Solicitou-se aos funcionários que
respondessem da forma mais sincera possível, possibilitando demonstrar o
sentimento do grupo com relação ao seu local de trabalho.
As repostas similares foram agrupadas e suas respectivas
porcentagens foram calculadas.
O equipamento utilizado para a realização das medições foi um
dosímetro da marca INSTRUTHERM, modelo DOS-450, N° Série
030502969, O.S. N°53800. A escala de medição é de (40 a 140) dB,
detector RMS verdadeiro, escala de pulso de 63 dB. Microfone de 8 mm
de alta impedância. O aparelho segue as normas ANSI S1. 25-1991, ANSI
S1 4-1983, IEC651-1979 e IEC804-1985.
A calibração do equipamento é realizada periodicamente pelo
laboratório de calibração INSTRUTHERM, que contrata profissionais
qualificados para tal tarefa, com a data da última calibração em
05/10/2007. O procedimento de calibração usado foi o PCI-002-Rev 0,
através do processo de comparação com um padrão rastreado.
A parametrização do dosímetro foi realizada conforme padrões
estabelecidos pela NBR 10151 (ABNT, 2000).
13
Pode-se perceber que os níveis de ruído da grande maioria dos
setores está acima do nível estabelecido pela NR17, que é de 65 dB(A).
Além disso, foram constatados níveis de pressão sonora que ultrapassaram
100 dB(A), o que é altamente prejudicial à saúde e à integridade física do
ser humano que permanece durante um longo tempo nesse ambiente.
Os altos níveis de ruído são decorrentes das diferentes atividades
desempenhadas nos setores, em que as tarefas de corte, solda, furação,
limpeza, etc., geram atritos entre ferramentas e peças, resultando em
ruídos altíssimos.
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14
Figura 2 – Resultado da avaliação qualitativa
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10151:
Avaliação de Ruído em Áreas Habitadas, visando ao Conforto da Comunidade.
São Paulo, 2000.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10152 (NB
95): Níveis de Ruídos para Conforto Acústico. São Paulo, 1987.
ALMEIDA, S. I. C. de, ALBERNAZ, P. L. M., ZAIA, P. A. História natural da
perda auditiva ocupacional provocada por ruído. Rev. Assoc. Med. Bras. [on-
line]. 2000, vol. 46, no. 2 [visitado 2008-05-03], pp. 143-158. Disponível em:
<http://www.scielo.br>. Acesso em: 26 maio 2008
ATLAS, MANUAIS DE LEGISLAÇÃO. Segurança e Medicina do Trabalho.
Lei No. 6.514, de 22 de Dezembro de 1977.60ª. Ed. 2007.
BATISTA, N. N. A importância do projeto acústico como um dos parâmetros
para obtenção da qualidade do espaço edificado. Rio de Janeiro, 1998. 272 p.
Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Rio de Janeiro.
COSTA, V.H.C. O ruído e suas interferências na saúde e no trabalho. Revista da
Sobrac. 13.41-60,1994. Disponível em:< http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0034-72992002000100008&lng=>. Acesso em: 26
maio 2008.
GERGES, N.Y.S. Efeitos do Ruído e das vibrações no homem em proteção.
Porto Alegre, MPF Publicações Ltda, 1995. 65p.
GRAÇA, C.O. Ruído: Fundamentos, Riscos e Normas de Proteção. Passo Fundo:
Universidade de Passo Fundo, 2005. (Apostila do curso de especialização em
Engenharia de segurança do trabalho).
16
GRANDJEAN, E. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. Trad.
João Pedro Stein. Porto Alegre: Artes médicas, 1998.
MEDEIROS L. B. Efeitos extra-auditivos no corpo humano. Porto Alegre, 1999.
Monografia (Conclusão do curso de Especialização em Audiologia Clínica),
CEFAC, Centro de Especialização em Fonoaudiologia Clínica Audiologia
Clínica. 1999. Disponível em: <www.segurancaetrabalho.com.br/download
/ruido-luana-medeiros.pdf> . Acesso em: 26 maio 2008.
RIFFEL, G. Desenvolvimento de um sistema para medição e avaliação da
atenuação dos protetores auditivos : estudo de caso comparativo em laboratório e
em campo. Florianópolis, 2001, 250 f. Tese (Doutorado em Engenharia de
Produção) - Setor de Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa
Catarina.
SALIBRA T.M., Manual prático de avaliação e controle de ruído –PPRA- Ed.
Ltr São Paulo, 2000 p.23-41.
SELIGMAN J. Efeitos não auditivos e aspectos psicossociais no indivíduo
submetido a ruído intenso. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, 1993.
Disponível em: <www.scielo.br/scielo.php?pid=S00347299200200100 008
&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 24 maio 2008.
SELIGMAN J. Efeitos não auditivos e aspectos psicossociais no indivíduo
submetido a ruído intenso. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, 1997.
Disponível em: <http://www.rborl.org.br/conteudo/acervo/print_acervo.asp?
id=2754>. Acesso em: 24 maio 2008.
SILVA, S. W. Efeitos do ruído: a surdez ocupacional não é o único dano à
saúde. Monografia (Conclusão do curso de Especialização em Engenharia de
Segurança do Trabalho), UPF, Universidade de Passo Fundo. 2006.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Noise. Environmental. Health Criteria
12. Geneva, 1980.
ZANIN, P.H. T. Estudo sobre os efeitos dos parâmetros do protetor auditivo tipo
concha na atenuação do ruído. Florianópolis, 1990, 115 f. Dissertação (Mestrado
em Engenharia Mecânica). Universidade Federal de Santa Catarina.
17
APÊNDICE A – Modelo de questionário
Setor: ______________________________________________
Função: ____________________________________________
Idade: ______________________________________________
Sexo: ______________________________________________
Escolaridade: ________________________________________
2. Na sua avaliação, você sente dores de cabeça, após o trabalho, por conta
do ruído:
a. ( ) nunca
b. ( ) às vezes
c. ( ) sempre
4. No seu ambiente de trabalho, você percebe que o ruído faz com que você
perca a concentração e, conseqüentemente, a produtividade:
a. ( ) nunca
b. ( ) às vezes
c. ( ) sempre
18
7. Na sua avaliação, você sente dores no corpo, após o trabalho, por conta do
ruído:
a. ( ) nunca
b. ( ) às vezes
c. ( ) sempre
10. Você entende que, de maneira geral, o nível de ruído no seu ambiente
de trabalho é:
a. ( ) ideal b. ( ) alto c. ( ) altíssimo
19
CAPÍTULO 2
1. INTRODUÇÃO
20
cujas carências irão comprometer a segurança do usuário, bem como seu
desempenho no processo produtivo (TORRES et al. 2006)
Considerando que este compartimento ocupa um local de destaque
na hierarquia do conjunto de espaços que abrigam as atividades
domésticas, a cozinha, conforme Gurgel (2004) é um dos ambientes mais
propícios a acidentes numa residência, e também o mais perigoso, onde
gás, fogo e elementos pontiagudos estão em constante utilização.
Para estudar a relação do homem com o ambiente construído
devem ser consideradas as restrições físicas do ambiente e as
habilidades e limitações do homem. Entre esses fatores, o
layout se destaca como um elemento determinante na
utilização do espaço e do conforto do usuário, visto que o
arranjo físico preocupa-se não somente com uma disposição
racional do processo produtivo, mas também com áreas de
movimentação, alcances e manuseios de pesos, disposição do
mobiliário e condições humanas do trabalho (TORRES et al,
2006).
Com isso, busca-se destacar a importância da sinergia entre a
arquitetura e a ergonomia, visando uma nova abordagem por parte dos
profissionais envolvidos, a qual se pretende incluir tanto no processo de
concepção do ambiente a ser construído como na intervenção necessária
no ambiente arquitetônico existente.
Portanto, este artigo objetiva avaliar, a partir da análise de estudos
de caso, qual arranjo físico apresenta o melhor desempenho ergonômico
para cozinhas residenciais, alertando para as limitações do layout
apresentado, e para as respectivas consequências geradas no processo
produtivo, na segurança e no conforto do usuário.
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
24
Figura 1 – Estudo de caso - Cozinha com arranjo físico horizontal: bancada, pia e
fogão na mesma parede
25
4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
GELADEIRA
BANCADA
MICROONDAS
FOGÃO À GÁS
PIA
FOGÃO/FORNO À LENHA
29
Conforme exemplificado na Figura 4, as alterações no layout
compreendem uma nova disposição de mobiliário, cuja configuração pode
ser identificada da seguinte forma:
• 01: armários superiores existentes dispostos em outra posição;
• 02: nova coifa de exaustão com formato retangular;
• 03: nova bancada de manipulação com tampo em granito - no local
da antiga chapa do fogão a lenha;
• 04: novos armários inferiores - no local do antigo fogão/forno à
lenha;
A nova disposição do mobiliário geraria contribuições para
melhorar o desempenho ergonômico do ambiente, uma vez que os
armários superiores estariam a uma altura de acesso recomendada de
1,53m. A inserção da bancada de manipulação sobre o antigo local do
fogão à lenha e a mudança do móvel superior situado acima da pia
proporcionam agilidade e conforto no desempenho das atividades
exercidas simultaneamente ou concomitantemente.
30
Figura 5 – Levantamento fotográfico da cozinha com layout em L
32
Com base na análise dos padrões de fluxo, verificou-se a
viabilidade de reduzir a intensidade dos fluxos em direção à bancada de
apoio, redistribuindo estes deslocamentos para a bancada de manipulação.
O forno de microondas deve ser instalado junto à parede paralela a pia,
dessa forma seria possível aumentar o espaço de trabalho na bancada de
manipulação. A alteração sugerida para esta cozinha será apresentada na
Figura 6. Não será necessário promover modificações complexas ou que
exijam um investimento financeiro significativo, pois o arranjo físico atual
já contempla com equilíbrio a hierarquização dos fluxos e a integração das
UPEs.
0
0
0 0 0 0
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
COUTO, H. de A. Ergonomia aplicada ao trabalho: o manual técnico da
máquina humana. Belo Horizonte: Ergo,1995
GURGEL, M. Projetando espaços. 2ª ed. São Paulo: Senac,2004.
IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgar Blücher,1990.
LERNER, W. Organizações, sistemas e métodos. São Paulo: Atlas, 1982.
PANERO, J.; ZELNIK, M. Las diemensiones humanas em los espacios
interiores: estandares antropométricas. 8ª ed. Barcelona: Gustavo Gili, 1998.
SOUZA, R.A. Administração da Produção. São Paulo, s.n., 2002.
TORRES, M.L.; MARTIS, L.B.; BEZERRA, E.G.S.; GALVÃO, S.C. Ambiente
Construído. In: Associação Nacional de Tecnologia Do Ambiente Constrído.
Porto Alegre, v.6, n.3, p.69-90, jul/set.2006.
VILLAROUCO, V. Avaliação ergonômica do projeto arquitetônico. Anais do
VII Congresso Latino- Americano de Ergonomia, I Seminário Brasileiro de
Acessibilidade Integral, XII Congresso Brasileiro de Ergonomia. Recife, 2002.
Disponível em: <http://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br>. Acesso em: 09
jun. 2008.
35
CAPÍTULO 3
1. INTRODUÇÃO
3. METODOLOGIA
40
3.4 Fase 4: Projetação Ergonômica
3.7 Entrevistas
42
3.8 Questionário
43
Figura 1 – Avaliação do Ambiente de Trabalho
44
Com relação ao “Posto de Trabalho”, a postura na realização do
trabalho foi apontada com 6,51, mostrando insatisfação por parte dos
montadores. Nesse item, cabe uma avaliação ergonômica específica da
função, utilizando os requisitos da NR17. Na disposição do layout com
4,59, deve-se envolver os responsáveis pelo layout desta área e identificar
quais são as melhorias que se fazem necessárias. Já o item ferramentas
utilizadas no trabalho e o esforço físico apresentaram índices de satisfação
favoráveis, conforme mostra a Figura 3.
46
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BROWN, O. Jr. The Development and Domain of Participatory Ergonomics. In:
IEA World Conference and Brazilian Ergonomics Congres, 7., Rio de Janeiro.
47
Proceedings Rio de Janeiro, 1995.
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
FOGLIATTO, F.S. & GUIMARÃES, L. B. de M. Design Macroergonômico:
uma proposta metodológica para projetos de produtos. Produto & Produção
(1999).
GUIMARÃES, L. B. de M. Histórico, ambiente e segurança. In: Guimarães.
Ergonomia de Processo. 3. Ed. [Porto Alegre: UFRGS/PPEG]. cap. 3. v.2.; 2001.
GUIMARÃES, L. B. de M. Histórico, ambiente e segurança. In: Guimarães.
Ergonomia de Processo. 4. Ed. [Porto Alegre: UFRGS/PPEG]. cap. 1.1. v.1.;
2002.
GUIMARÃES, L. B. de M. Análise Macroergonômica do Trabalho (ATM):
modelo de implementação e avaliação de um programa de ergonomia na
empresa. Material submetido à revista Produto & Produção, 2003.
HENDRICK, H. W. Macroergonomics: a new approach for improving
productivity, safety and quality of work live. In: Congresso Latino Americano, 2.,
Seminário Brasileiro de Ergonomia, 6., Florianópolis: ABERGO 93, p. 39-
58.,1993.
MARTINEZ, R.M., Um pazo hacia El futuro: El desarrollo de La
macroergonomia. Boletin digital factores humanos. Disponível em:
<http://boletin-fh.tid.es/bole23/art002.htm>. Acesso em: 08 set. 2008.
MORAES, A., MONT’ALVÃO, C. Ergonomia: conceitos e aplicações. 2ed.
ampliada. Rio de Janeiro, 2AB, 2000.
NAGAMACHI, M. Relationship between Job Design, Macroergonomics, and
Productivity. Human Factors and Ergonomics in Manufacturing. New York: John
Willey. v. 6, n. 4, p. 309-322, summer 1996.
WOMACK, J.; JONES, D.; ROOS, D. A máquina que mudou o mundo. Rio de
Janeiro: Editora Campus, 1992.
48
APÊNDICE A – Questionário de validação relativo à satisfação dos
usuários
PREZADO COLEGA!
Este questionário não é obrigatório, mas sua opinião sobre o seu trabalho é MUITO
IMPORTANTE. Solicito, então, que você preencha seus dados: idade, tempo no setor,
Não coloque o seu nome no questionário. As informações são sigilosas e servirão para o
trabalho que está sendo desenvolvido. Muito obrigado.
Exemplo:
levemente
2. Ventilação no seu ambiente de trabalho
49
4. Fumaça de outros setores
7. Produtividade do trabalho
50
15. Acesso ao restaurante em dias de chuva
51
CAPÍTULO 4
1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA
55
Figura 1: Situação ergonômica Figura 2: Situação ergonômica
inadequada - Braços suspensos inadequada - Tronco encurvado
acima do nível dos ombros
4. CONCLUSÕES DA PESQUISA
REFERÊNCIAS
COUTO, H. A. Como Implantar Ergonomia na Empresa: a prática dos comitês
de ergonomia. Belo Horizonte: Ergo, 2002.
COUTO, H. A. Ergonomia Aplicada ao Trabalho: o manual técnico da máquina
humana. Vol I. Belo Horizonte: Ergo, 2006.
COUTO, H. A. Ergonomia Aplicada ao Trabalho: o manual técnico da máquina
humana. Vol II. Belo Horizonte: Ergo, 2006.
KONDIC, V. Princípios Metalúrgicos de Fundição. São Paulo: Polígono, 1973.
LEÃO, R. D.; PERES, C. C. Noções sobre Dort, Lombalgia, Fadiga,
Antropometria, Biomecânica e Concepção do posto de trabalho. Disponível em:
<http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr76/cap07.pdf>. Acesso em: 10 dez.
2008.
MALISHEV, A.; NIKOLAIEV, G.; SHUVALOV, Y. Tecnologia dos Metais.
Trad. de L. A. Caruso. São Paulo: Mestre Jou, 1970.
REVISTA PORTUÁRIA. 01 outubro 2007. Disponível em: <http://www.revista
portuaria.com.br/?home=noticias&n=zST&t=setor-fundico-fortalece-sua-
participacão-cenario-economico-brasileiro>. Acesso em: 10 jun. 2008.
59
APÊNDICE A – Questionário
1. Dados pessoais:
Sexo: masculino ( ) feminino( )
Idade: _________ Tempo de trabalho na empresa:
Horário de trabalho: _________ Horas por dia: ____________ Sua
atividade na empresa: _______________________________
Escolaridade: ( ) 1º grau incompleto ( ) 1º grau completo
( ) 2º grau incompleto ( ) 2º grau completo
( ) 3º grau incompleto ( ) 3º grau completo
Número de filhos: ______________ dependentes: ___________
60
ANEXO A – Formulário
Formulário
Data: Unidade: Área:
Linha: Nº equipamento/máquina:
Tarefa:
Problema/preocupação ergonômica:
1. Descrição geral da tarefa:
2. Principais aspectos de dificuldades referidos pelos trabalhadores:
3. Sequência de ações técnicas (ou passos do trabalho ou situações de trabalho),
identificação de situações ergonomicamente inadequadas e solução:
Descrição da
atividade
(sequência de
Situações
ações técnicas Partes do Gravidade A-
ergonomicamente Solução
ou passos do corpo M-B
inadequadas
trabalho ou
situações de
trabalho)
4. Fatores complementares
Postura para trabalhar
(em pé, sentado, andando)
Diferença de método
(verificar se operadores de turnos e linhas
diferentes trabalham da mesma forma)
Tempo de ciclo
(produção padrão ou tempo padrão – baseado em
crono-análise – ref. ______; tempo de ciclo
prescrito, tempo de ciclo real)
Existência de ações técnicas distintas no ciclo
de trabalho
Ritmo e nível perceptível de tensão
(ritmo evidente, horas-extras, dobras, relação
produção x realizada)
Tempo de trabalho (quantidade de horas
efetivas no posto/turno) e alternância de tarefas
(informar as tarefas com as quais ocorre rodízio)
Ambiente
(iluminação, ruído, conforto térmico, etc.)
5. Evidências: ( ) Vídeo ( ) Foto ( ) Desenho
6. Identificador:
( ) Informe de desconforto pelos trabalhadores ( ) Médico ( ) Proativo ( ) Inspeção
7. Instrumentos de avaliação complementar:
( ) Check list de COUTO ( ) Moore e Garg ( ) LPR ( ) Modelo
biomecânico
( ) Dinamometria eletrônica ( ) EMG de superfície ( ) Freqüência cardíaca
( ) Metabolimeria ( ) Outros
8. Observações:
61
ANEXO B – Check-list para avaliação da condição ergonômica
62
ANEXO C – Check-list para avaliação do risco de lombalgia
63
ANEXO D – Check-list para avaliação simplificada do fator
biomecânico
CHECK-LIST PARA AVALIAÇÃO SIMPLIFICADA DO FATOR BIOMECÂNICO NO RISCO PARA
DISTÚRBIOS MÚSCULO-ESQUELÉTICOS DE MEMBROS SUPERIORES RELACIONADOS AO
1. Sobrecarga Física TRABALHO
1.1. Há contato da mão ou punho ou tecidos moles com alguma quina viva de objetos ou ferramentas?
Sim (0) Não (1)
1.2. O trabalho exige o uso de ferramentas vibratórias?
Sim (0) Não (1)
1.3. O trabalho é feito em condições ambientais de frio excessivo?
Sim (0) Não (1)
1.4. Há necessidade do uso de luvas?
Sim (0) Não (1)
1.5. Entre um ciclo e outro há a possibilidade de um pequeno descanso? Ou há pausa bem definida de cerca de 5 a
minutos por hora?
Não (0) Sim (1)
2.Força com as mãos
2.1. Aparentemente as mãos têm que fazer muita força?
Sim (0) Não (1)
2.2. A posição de pinça (pulpar, lateral ou palmar) é utilizada para fazer força?
Sim (0) Não (1)
2.3. Quando usados para apertar botões, teclas ou componentes, para montar ou inserir, ou para exercer compressão
digital, a força de compressão exercida pelos dedos ou pela mão é de alta intensidade?
Sim (0) Não ou não se aplica (1)
2.4. O esforço manual detectado é feito durante mais que 10% do ciclo ou é repetido mais que 8 vezes por minuto?
Sim (0) Não (1)
3. Postura no Trabalho:
3.1. Há algum esforço estático da mão ou do antebraço como rotina na realização do trabalho?
Sim (0) Não (1)
3.2. Há algum esforço estático do braço ou do pescoço como rotina na realização do trabalho?
Sim (0) Não (1)
3.3. Há extensão ou flexão forçadas do punho como rotina na execução da tarefa?
Sim (0) Não (1)
3.4. Há desvio lateral forçado do punho como rotina na execução da tarefa?
Sim (0) Não (1)
3.5. Há abdução do braço acima de 45 graus ou elevação dos braços acima do nível dos ombros como rotina
execução da tarefa?
Sim (0) Não (1)
3.6. Existem outras posturas forçadas dos membros superiores?
Sim (0) Não (1)
3.7. O trabalhador tem flexibilidade na sua postura durante a jornada?
Não (0) Sim (1)
64
ANEXO D - CONTINUAÇÃO
4. Posto de Trabalho
4.1. O posto de trabalho permite flexibilidade no posicionamento das ferramentas, dispositivos e
componentes, incluindo inclinação dos objetos quando isto for necessário?
Não (0) Sim (1) Desnecessária a flexibilidade de que se trata este item (1)
4.2 A altura do posto de trabalho é regulável?
Não (0) Sim (1) Desnecessária a regulagem (1)
5. Repetitividade e Organização do Trabalho
5.1. O ciclo de trabalho é maior que 30 segundos? Ou a mesma operação ou mesmo movimento é feito
menos de 1.000 vezes num turno?
Não(0) Sim (1) Não há ciclos (1)
5.2. No caso de ciclo maior que 30 segundos, há diferentes padrões de movimentos (de forma que
nenhum elemento da tarefa ocupe mais que 50% do ciclo?)
Não (0) Sim (1) Ciclo < 30 segundos (0)
5.3. Há rodízio (revezamento) nas tarefas?
Não (0) Sim (1)
5.4. Percebe-se sinais de estar o trabalhador com o tempo apertado para realizar sua tarefa?
Sim (0) Não (1)
5.5. A mesma tarefa é feita por um mesmo trabalhador durante mais que 4 horas por dia?
Sim (0) Não (1)
6. Ferramenta de Trabalho
6.1. Para esforços em preensão:
O diâmetro da manopla da ferramenta tem entre 20 e 25 mm (mulheres) ou entre 25 e 35 mm (homens)?
Para esforços em pinça:
O cabo não é muito fino nem muito grosso e permite boa estabilidade da pega?
Não (0 ) Sim (1) Não há ferramenta (1)
6.2. A ferramenta pesa menos de 1 kg ou, no caso de pesar mais de 1 kg, encontra-se suspensa por
dispositivo capaz de reduzir o esforço humano?
Não (0) Sim (1) Não há ferramenta (1)
Critérios de interpretação:
Acima de 22 pontos: ausência de fatores biomecânicos
Entre 19 e 22 pontos: fator biomecânico pouco significativo
Entre 15 e 18 pontos: fator biomecânico de moderada importância
Entre 11 e 14 pontos: fator biomecãnico significativo
Abaixo de 11 pontos: fator biomecânico muito significativo
65
ANEXO E – Índice de sobrecarga biomecânica
ÍNDICE DE SOBRECARGA BIOMECÂNICA:
FIE x FDE x FFE x FPMPOC x FRT x FDT
FIE = Fator Intensidade do Esforço FDE = Fator Duração do Esforço
FFE = Fator Freqüência do esforço FPMPOC = Fator Postura da Mão, Punho, Ombro, Coluna
FRT = Fator Ritmo do Trabalho FDT = Fator Duração do Trabalho
Fator Intensidade do Esforço
FATOR CLASSIFICAÇÃO CARACTERIZAÇÃO MULTIP.
Leve Tranqüilo 1
FIE Algo pesado Percebe-se algum esforço 3
FATOR
Pesado Esforço nítido; sem mudança de expressão facial 6
INTENSIDADE
DO ESFORÇO Muito pesado Esforço nítido; mudança de expressão facial 9
Próximo ao máximo Usa tronco e ombros; e outros grupamentos auxiliares 13
Fator Duração do Esforço
FATOR CLASSIFICAÇÃO MULTIP.
<9% 0,5
FDE 10-29% 1
FATOR
30-49% 1,5
DURAÇÃO
DO ESFORÇO 50-79% 2
>80% 3
Fator Freqüência do Esforço
FATOR CLASSIFICAÇÃO MULTIP.
<3 por minuto 0,5
FFE 4-8. 1
FATOR
9-14. 1,5
FREQÜENCIA
DO ESFORÇO 15-19. 2
>20. 3
= 0 .$ . 3 2 *.
FATOR CLASSIFICAÇÃO CARACTERIZAÇÃO MULTIP.
Muito boa Neutro 1
FPMPOC Boa Próximo ao neutro 1
FATOR DA MÃO,
Razoável Não neutro 1,5
PUNHO, OMBRO E
COLUNA Ruim Desvio nítido 2
Muito ruim Desvio próximo dos extremos 3
Fator Ritmo de Trabalho
FATOR CLASSIFICAÇÃO CARACTERIZAÇÃO MULTIP.
Muito lento <80%
FRT Lento 81-90%
FATOR RITMO Razoável 91-100%
DE TRABALHO Rápido 91-100% apertado, mas conseguindo acompanhar
Muito rápido >116% apertado e não consegue acompanhar
= 6. 12*3
FATOR CLASSIFICAÇÃO MULTIP.
<1 hora 0,25
FDT 1-2. 0,5
FATOR DURAÇÃO 2-4. 0,75
DO TRABALHO 4-8. 1
>8 1,5
66
CAPÍTULO 5
1. INTRODUÇÃO
2. ERGONOMIA: DEFINIÇÕES
73
3. METODOLOGIA DA PESQUISA
74
De acordo com as demandas obtidas nas entrevistas, foi estruturado
um questionário (Anexo A) para identificar o grau de insatisfação de cada
usuário em relação aos IDEs. O questionário foi dividido em tópicos, de
acordo com os problemas levantados nas entrevistas. Foram formuladas
perguntas relativas ao ambiente, organização, saúde e condições do
trabalho, levando-se em conta o peso que tiveram. Na metodologia DM a
importância é medida através da marcação de um “x” na escala contínua
de 15 cm com duas âncoras nas extremidades. A posição marcada
representa o nível de satisfação. Quanto mais próximo do lado esquerdo da
escala, mais tende a zero e mais insatisfeito, e quanto mais próximo do
lado direito, mais tende a 15 e mais satisfeito. Houve a necessidade de
realizar a inversão dos valores de intensidade nas questões 3, 4, 5, 7, 14,
15, 16, 17 e 18.
Para validação do questionário aplicado aos funcionários, o mesmo
foi submetido à aplicação do teste do Alpha de Cronbach, utilizando um
software específico para este fim, o Statistical Package for Sciences
(SPSS), versão 8.0 para ambiente Windows. Este teste permite verificar se
o questionário foi compreendido pelos respondentes e se as questões
realmente pertencem ao mesmo grupo. O resultado maior ou igual a 0,55
indica boa consistência interna do questionário, se o valor for inferior a
0,55 o questionário deverá ser reelaborado, ou deverão ser revistas as
questões mal interpretadas, isto é, aquelas cujo valor de Alpha se distancia
muito de 0,55. O resultado do Alpha de Cronbach para o questionário
indicou boa consistência interna para os construtos analisados,
apresentando um valor de 0,6741 para o total de itens avaliados.
O questionário foi tabulado e foi efetuado o somatório e
classificação dos itens de demanda, através do cálculo da média
aritmética, adicionando o cálculo percentual para cada item, como mostra
a Tabela 2. Os IDEs foram tabulados de acordo com a sua ordem de
importância, crescente, priorizando os IDEs com as menores médias, por
serem os itens de maior insatisfação.
75
Tabela 2 – Itens de demanda ergonômica
Itens de Demanda Média Peso W (%)
Tensão / estresse no trabalho 3,36 0,02487231
Pressão dos clientes nas filas 3,49 0,02583463
Volume de trabalho 4,71 0,03486565
Valorização da função de caixa 4,79 0,03545784
Pressão dos superiores hierárquicos 5,04 0,03730846
Dores nas costas, coluna vertebral 5,55 0,04108372
Dores nos ombros e pescoço 5,89 0,04360056
Autonomia da função de caixa 6,70 0,04959657
Dores nos braços 7,42 0,05492635
Postura física em seu posto de trabalho 7,49 0,05544452
Ruído no ambiente de trabalho 8,87 0,06565993
Dores nas pernas 9,06 0,06706640
Mobiliário do posto de trabalho 9,46 0,07002739
Software usado em seu trabalho de caixa 9,73 0,07202606
Temperatura no ambiente de trabalho 9,82 0,07269228
Segurança na execução da função 10,36 0,07668961
Leiaute do ambiente de trabalho 10,50 0,07772596
Relacionamento com colegas 12,85 0,09512177
Somatório Total 135,09 1,00000000
76
Tabela 3 – IDEs priorizados com a incorporação da opinião dos especialistas
Itens de Demanda Média Peso W (%)
Tensão / estresse no trabalho 3,36 0,04516129
Pressão dos clientes nas filas 3,49 0,04690860
Volume de trabalho 4,71 0,06330645
Valorização da função de caixa 4,79 0,06438172
Pressão dos superiores hierárquicos 5,04 0,06774194
Dores nas costas, coluna vertebral 5,55 0,07459677
Dores nos ombros e pescoço 5,89 0,07916667
Autonomia da função de caixa 6,70 0,09005376
Dores nos braços 7,42 0,10026882
Postura física em seu posto de trabalho 7,49 0,10067204
Mobiliário do posto de trabalho 9,46 0,12715054
Layout do ambiente de trabalho 10,50 0,14112903
Somatório Total 74,40 1,00053763
77
A determinação da força de relação entre IDEs listados e os IDs
identificados foi realizada através da Matriz de Qualidade do QFD (Qualit
Function Deployment), apresentada no Anexo B, que é utilizada como
uma ferramenta de análise de decisão para priorização de IDs. Identifica
os IDs que tem pouco ou nenhum efeito na satisfação dos IDEs e,
consequentemente, podem ser desconsiderados no projeto, e a geração de
pesos de importância para os IDs relevantes na satisfação dos IDEs, e
através desses pesos, classificá-los quanto à sua prioridade no projeto do
posto de trabalho.
Nas linhas da matriz foram introduzidas informações sobre os
IDEs e nas colunas da matriz foram introduzidas informações sobre os
IDs, a avaliação dos competidores e a priorização dos IDEs. Os itens
relacionados à avaliação competitiva que analisa a posição da empresa em
relação à concorrência e à avaliação estratégica que considera a
repercussão do atendimento aos IDs, à imagem da empresa juntos aos
clientes e fornecedores e a sobrevivência da empresa a médio e longo
prazo, por serem de acordo com o método DM de preenchimento
facultativo e considerados irrelevantes neste caso, foram desconsiderados
no projeto, recebendo valor 1,00 para todos os quesitos. Como determina
a metodologia do DM, foram gerados pesos de importância dos IDEs
relevantes e classificados quanto a sua prioridade no projeto. Esses pesos
foram obtidos através da tabulação dos resultados do questionário,
considerando o resultado do somatório das médias dividido pela média
individual de cada IDE (Tabela 3).
A força de relação entre os IDEs e os IDs (Rij) foi avaliada
utilizando a escala apresentada na Tabela 5. Esses valores juntamente com
os valores de priorização dos IDEs (Pi) foram utilizados para a
determinação dos valores de Importância Técnica (ITj) para os IDs,
através da equação:
Ǐ
ITj = ∑ Pi x Rij, J = 1,....,J.
ị=
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BAÚ, Lucy M. S. Fisioterapia do Trabalho: Ergonomia, Legislação,
Reabilitação. 1 ed. Curitiba: Clãdosilva,2002.
BELMONTE, F.A.F. Investigação e análise dos elementos de satisfação e
motivação no ambiente de trabalho: estudo de caso no setor bancário. Porto
Alegre, 1998. Dissertação de tese de mestrado em engenharia de produção,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
CAMPELLO, J.C.; SILVA NETO, F.G. Saúde dos bancários: Um estudo da
organização e posto de trabalho do caixa executivo da CAIXA ECONÕMICA
FEDERAL. In: BORDIN, R. ET al. (org.) Pesquisa em saúde do trabalhador.
Porto Alegre: Dacasa, 1992.
CENCI, C.M.M. Sofrimento psíquico no trabalho bancário. Psicologia, instituto
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Universidade de Passo Fundo.
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tratamento e prevenção: uma abordagem interdisciplinar. 4. Ed. Rio de Janeiro:
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máquina humana. Belo Horizonte: Ergo LTDA, 1995.v.1.
COUTO, H. A.; LECH, O.; NICOLETTI, S.J. ET al. Como gerenciar a questão
da LER/ DORT: lesões por esforços repetitivos, distúrbios osteomusculares
relacionados ao trabalho. Belo Horizonte: Ergo, 1998.
DIAS, Maria de Fátima Michelin. Ginástica Laboral: empresas gaúchas tem bom
resultado com ginástica antes do trabalho. Revista, Rio Grande do, n.29,1994 .
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82
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FERREIRA, M.C. Trabalho do caixa bancário: ritual de tensão, ansiedade e
monotonia. Monografia apresentada para conclusão do curso de especialização
em psicologia social. Campo Grande: FUNMT, 1989.
FERREIRA, M.C. A síndrome da condição bancária. In: A saúde no trabalho
bancário. INST, CNB, CUT. São Paulo, 1993.
FOGLIATTO, Flávio.; GUIMARÃES, Lia B.M. Design Macroergonômico: uma
proposta metodológica para projeto de produto. Produção, Porto Alegre, v.3.n.3,
1-15, outubro, 1999.
FREIDENSON, M.F.M.; SOUZA, F.D.; QUEIROZ, M.F.F. Análise ergonômica
de postos de trabalho em um departamento de processamento de dados bancários.
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congresso latino-americano de ergonomia: III seminário de ergonomia da Bahia.
Anais. ABERGO, 1999.
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JORDÃO, F.; MIGUEZ, J. Análise dos determinismos tecnológicos na
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MATTEI, Regina Heloísa. Ergonomia (I) : encarte técnico, Revista SOS, n. 180,
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MORES, A.; MONT’ALVÃO , C. Ergonomia: conceitos e aplicações. 2AB
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SELIGMANN SILVA, E. Crise econômica, trabalho e saúde mental. In:
ANGERAMI, V.A. Crise, trabalho e saúde mental no Brasil. São Paulo: Traço,
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SELIGMANN SILVA, E. Desgaste mental no trabalho dominado. Rio de
Janeiro: UFRJ, 1994.
SMITH, M.J. Psychosocial aspects of working with a vídeo display terminals
83
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n.10, p 1002-1014, 1997.
SOUZA, M.F.M.; SILVA, G.R. Work related musculoskeletal disorders
(WRMD) among female and male workers. Anais. II congresso internacional da
mulher trabalho e saúde, RJ, 1999.
TONDO, Karla.; MACCARI, Lilian. Aplicação do método design
macroergonômico no núcleo de tecnologia mecânica da Universidade de Passo
Fundo,2003. Monografia (graduação ao curso de fisioterapia).Universidade de
Passo Fundo, Passo Fundo, 2003.
VASCONCELOS, M. S. et al. Histórico de acidentes de trabalho em uma
instituição financeira e das mudanças organizacionais no período de 1990 a 1997.
Belo Horizonte, 1997.
84
ANEXO A
Marque com um X na linha abaixo, a resposta que melhor representa sua opinião com
relação aos diversos itens apresentados.
85
8. Quanto a segurança na execução de sua função de caixa executivo, como você
se sente ?
________________________________________________________________
insatisfeito neutro satisfeito
13. Quanto ao software usado no “dia a dia” em seu trabalho, como você se sente?
_________________________________________________________________
insatisfeito neutro satisfeito
14. Quanto a postura física em seu posto de trabalho, como você se sente?
_______________________________________________________________
insatisfeito neutro satisfeito
86
16. Quanto a dores nas costas, coluna vertebral, o que você sente ?
________________________________________________________________
nada pouca dor muita dor
87
Itens de demanda Peso PI Itens de design Avaliação de
competidores
88
Controle mais rigoroso
Avaliação estratégica
Negociação c/ chefia
Aumento do número
Melhorar o software
Promover ginástica
Reeducar a postura
Secundário
guichês de caixa
Redesenhar os
Primário
competidores
Avaliação dos
mobiliários
intervalos
de caixas
laboral
colegas
Condições Trabalho Maior valoriz.função caixa 0,06438172 5 5 3 3 3 1 3 3 3 1 1 0,06438172
1,00053763
ANEXO B
Importância técnica TI 0,99 1,03 0,94 0,87 1,48 1,06 1,30 2,05 1,50 10,94
8,80 9,15 8,43 7,74 13,2 9,49 11,5 18,2 13,3 100,00
%
CAPÍTULO 6
1. INTRODUÇÃO
89
Este artigo tem como objetivo avaliar os métodos de fixação do
cabo guia que estão sendo adotados em algumas empresas da construção
civil no município de Passo Fundo, RS, a fim de contribuir para a
definição de uma técnica adequada e segura que possa ser adotada para
proteger o trabalhador na execução de tarefas na periferia das lajes.
2. MÉTODOS DE PROTEÇÃO
4. METODOLOGIA
93
5. RESULTADOS
Figura 3 – Obra 1
• Número de pavimentos: 19
• Estágio de construção: 3º pavimento, realização de trabalhos na estrutura e na
alvenaria.
• Número de funcionários: 14
• Acidente de queda recente: nenhum
• Possui sugestões de técnicas para proteção no PPRA e o PCMAT.
Figura 4 – Sistema de suporte do cabo guia fixado aos pilares, pode ser colocado
na melhor posição para realização das atividades
Figura 5 – Obra 2
Figura 6 – Método de suporte para cabo guia, parafusado na laje mantém o cabo
suspenso, facilitando o encaixe do talabarte no cabo
96
Figura 7 – Obra 3
• Número de pavimentos: 9;
• Estágio de construção: 4º pavimento, realização de trabalhos na estrutura e
alvenaria;
• Número de funcionários: 10;
• Acidente de queda recente: nenhum;
• Possui sugestões de técnicas para proteção no PPRA e o PCMAT.
97
Arranques
dos pilares
Lage Cabo de
Aço
Pilares
Cabo de
Aço
Arranques
dos pilares
Figura 8 – Cabo fixado aos pilares, passando por trás dos arranques do
pilar, método utilizado com cabo de aço e corda
Figura 9 – Obra 4
• Número de pavimentos: 8;
• Estágio de construção: 3º pavimento, trabalhos na estrutura e alvenaria;
• Número de funcionários: 7;
• Acidente de queda recente: nenhum;
• Possui sugestões de técnicas para proteção no PPRA e o PCMAT.
Figura 10 – Obra 5
99
O sistema consta da utilização do cabo guia de aço passando pelas
alças concretadas na laje, chamadas “caranguejos”. É um método de fácil
montagem, mas por ser preso à laje, deve ser preparado antes da
concretagem. Pode acompanhar os contornos da laje, no caso das sacadas,
ou vãos em balanço conforme Figura 11.
Figura 12 – Obra 6
100
• Número de pavimentos: 10;
• Estágio de construção: casa de máquinas e caixa d’água, trabalhos na
estrutura e na alvenaria, reboco interno e externo e instalações;
• Número de funcionários: 14;
• Acidente de queda recente: nenhum;
• Possui sugestões de técnicas para proteção no PPRA e o PCMAT.
Figura 13 – Obra 7
• Número de pavimentos: 9;
101
• Estágio de construção: casa de máquinas e caixa d’água, trabalhos na
estrutura, alvenaria e instalações;
• Número de funcionários: 7 diretos e 3 terceirizados;
• Acidente de queda recente: nenhum;
• Não possui sugestões de técnicas para proteção no PPRA e o PCMAT.
103
104
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
105
da laje, situações que impedem o uso dos métodos que prendem as ancoragens
do cabo guia na laje.
O método de proteção proposto possibilita a colocação do cabo
guia em toda periferia do pavimento antes, durante e depois da concretagem da
laje, para que os operários possam realizar os trabalhos de montagem e
desmontagem das fôrmas, concretagem, alvenaria, revestimento e instalações de
forma segura, aumentando a proteção contra queda.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Normas Regulamentadoras de
Segurança e Medicina do Trabalho. NR 18 – Condições e meio ambiente de
trabalho na indústria da construção. Disponível em: < http://www.mte.gov.br
/legislacao/normas_ regulamentadoras/nr_18.asp>. Acesso em: 22 maio 2011.
COSTELLA, M. F.; CREMONI, R. A. Análise dos Acidentes do Trabalho
Ocorridos na Atividade de Construção Civil no Rio Grande do Sul em 1996 e
1997. Disponível em: <http://www.cramif.fr/phd/th4/Salvador/posters/bresil/
melo_junior.pdf>. Acesso em: 4 ago. 2008.
MARTINS, M. S. Diretrizes para elaboração e medidas de prevenção contra
quedas de altura em edificações. 2004. Dissertação (Mestrado em Construção
Civil) – Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia, Universidade Federal de São
Carlos, São Carlos, 2004.
SAURIN, T. A.; FORMOSO, C. T.; GUIMARÃES, L. B. de M. Integração da
Segurança no Trabalho a Etapa do Desenvolvimento de Produto na Construção
Civil: um estudo exploratório. In Encontro Nacional de Engenharia de Produção,
22, 2002, Curitiba. Anais... Curitiba 2002.
106
CAPÍTULO 7
1. INTRODUÇÃO
2. CONTEXTO HISTÓRICO
109
Em 1785, C. A. Coulomb descobriu que o ar é condutor de
eletricidade, observando que um objeto condutor isolado
quando exposto ao ar, gradualmente perdia sua carga, visto
que os gases eram então considerados isolantes. Sua
descoberta, entretanto, não foi compreendida na época e
acabou sendo esquecida. Em 1804, P. Erman, explicando as
observações de Saussure, sugeriu pela primeira vez que a
Terra devia ser carregada negativamente. Em 1842, J. Peltier
confirmou esta idéia e sugeriu que a carga no ar deveria ser
originária da Terra, a qual por sua vez se tornou carregada
durante sua formação. Em 1860, W. Thomson (também
conhecido por Lord Kelvin) defendeu a idéia de que cargas
positivas deveriam existir na atmosfera para explicar sua
eletrificação em tempo bom. Em 1885, J. Elster e H. F. Geitel
propuseram a primeira teoria para explicar a estrutura elétrica
das tempestades (INPE, 2008).
É interessante pensarmos na evolução da ciência, pois podemos
perceber que além de avanços e descobertas, que certamente muito vêm a
contribuir para a vida do homem e para o meio que o cerca, muitas vezes
as comprovações somente se dão no momento em que há uma
aceitabilidade e uma compreensão vinda da sociedade constituinte de cada
período, ficando por vezes um resultado durante muito tempo de lado e, de
repente retomado e visto com outros olhos, tendo outra força, é o que
podemos perceber no caso de Coulomb que cem anos depois tem seus
resultados comprovados por Linss e que dali em diante serve de
impulsionador para novas descobertas:
111
Figura 1 – Formação das descargas atmosféricas
114
consiste em envolver a parte superior da construção com uma
malha captora de condutores elétricos nus, cuja distância entre
eles é função do nível de proteção desejado [...] O método de
Faraday é fundamentado na teoria pela qual o campo
eletromagnético é nulo no interior de uma estrutura metálica
ou envolvida por uma superfície metálica ou por malha
metálica, quando são percorridas por uma corrente elétrica de
qualquer intensidade.
Em que:
Td é o número de dias de trovoada por ano, obtido de mapas
isocerâunicos, retirados da Figura B1 da NBR 5419 (ABNT, 2001),
resultando em:
122
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 5410 - Instalações
elétricas de baixa tensão - Março 2004. Disponível em: < http://eletronicaifpb.
6te.net/files/norma5410.pdf >. Acesso em: 22 maio 2011.
BRASIL. Norma ABNT nº. 5419, de 30 de março 2001- revisada em 2004.
Estabelece as condições exigíveis ao projeto, instalação e manutenção de
sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA). ABNT/CB-03 -
Comitê Brasileiro de Eletricidade, CE-03:064.10 - Comissão de Estudo de
Proteção contra Descargas Atmosféricas. Disponível em: <http://
www.abnt.org.br > . Acesso em: 10 jun. 2008.
CREDER, H. Instalações Elétricas. 14. ed. Rio de Janeiro: LTC – Livros
Técnicos e Científicos Editora S.A. 2000.
INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. São Paulo 2008. Disponível
em: <http://www.inpe.br/webelat/homepage/> . Acesso em: 12 jun. 2008.
____ - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. São Paulo 2008. Disponível
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KINDERMANN, Geraldo. Descargas atmosféricas. Sagra - DC Luzzatto
Editores. 1992.
LEITE, D. & Leite, C. Proteção contra descargas atmosféricas 5 ed. São Paulo:
Officina de Mydia Editora, 2001.
123
MAMEDE, J. F. Instalações elétricas industriais. 7 ed. Rio de Janeiro: LTC.
2007.
SILVA, E. L. da; MENEZES, E. M. Metodologia da pesquisa e elaboração de
dissertação. 4. ed. Florianópolis: UFSC, 2005. 138 p. Disponível em:
http://www.posarq.ufsc.br/download/metpesq.pdf>. Acesso em: 23 jul. 2008.
124
CAPÍTULO 8
1. INTRODUÇÃO
125
de doenças pulmonares como a silicose, causada pela inalação de poeira
de sílica.
Este trabalho tem como objetivo verificar os riscos ocupacionais e
os riscos à saúde dos trabalhadores nos garimpos de Ametista do Sul/RS,
pois a incidência de doenças pulmonares é muito grande nesse município e
tem causado danos irreversíveis à saúde desses trabalhadores.
128
h) Riscos decorrentes do trabalho em altura, em profundidade e em
espaços confinados;
i) Riscos decorrentes da utilização de energia elétrica, máquinas,
equipamentos, veículos e trabalhos manuais;
j) Equipamentos de proteção individual (EPIs) de uso obrigatório;
k) Estabilidade do maciço;
l) Plano de emergência;
m) Outros resultantes de modificações e introduções de novas
tecnologias.
Das responsabilidades dos trabalhadores cabe: zelar pela sua
segurança e saúde ou de terceiros que possam ser afetados por suas ações
ou omissões no trabalho, colaborando com a empresa ou Permissionário
de Lavra Garimpeira para o cumprimento das disposições legais e
regulamentares, inclusive das normas internas de segurança e saúde; e
comunicar, imediatamente, ao seu superior hierárquico as situações que
considerar representar risco para sua segurança e saúde ou de terceiros.
Vale ressaltar que é importante o uso dos EPIs pelo empregado
sujeito a riscos ambientais. Estes equipamentos são essenciais para
eliminar ou reduzir o potencial do agente agressivo. Portanto, ao
empregador, que deve zelar pela saúde de seus colaboradores, cabe:
fornecer e exigir o uso destes EPIs, sob pena de sofrer autuações e multas
impostas pelos fiscais da Delegacia Regional do Trabalho e Emprego e ser
obrigado ao ônus de continuar devendo os adicionais de insalubridade; e
organizar e manter em regular funcionamento, em cada estabelecimento,
uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), denominada na
Mineração de CIPAMIN, que tem por objetivo observar e relatar as
condições de risco no ambiente de trabalho, visando a prevenção de
acidentes e doenças decorrentes do trabalho na mineração, de modo a
tornar compatível permanentemente o trabalho com a segurança e a saúde
dos trabalhadores.
4. METODOLOGIA
130
4.1 Descrição da região produtora de ametista
5. RESULTADOS
131
Figura 1 – Identificação irregular no acesso à mina
133
5.1.6 Utilização de veículos em desacordo com as normas de
segurança
136
Deve ser implementado em todos os garimpos o Programa de
Gerenciamento de Riscos (PGR), contemplando cada uma das alíneas
constantes no item 22.3.7 da NR22, dando muita atenção às medidas de
proteção coletiva contra a exposição a poeiras (sílica livre), ventilação,
estabilidade dos maciços, desmonte de rochas, iluminação, instalação
elétrica, sinalização das vias de circulação e armazenamento de explosivos
e pólvoras.
Em virtude do uso de explosivos, deverá ser montado um Plano de
Fogo, sob a responsabilidade de um blaster, para as atividades de
desmonte de rochas com uso de explosivos, contando com participação do
supervisor técnico da mina. O blaster será responsável também pela
execução ou supervisão da execução, as operações de detonação e
atividades correlatas, segundo os itens 22.21.3 e 22.21.4 da NR22.
Tendo em vista que as atividades estão localizadas no subsolo,
deverá ser implantado um Projeto de Ventilação no interior da mina, de
forma a garantir o atendimento aos itens 22.24.1 e 22.24.2 da NR22, que
dizem que todas as minas deverão ter ventilação mecânica.
A Figura 6 mostra a precariedade dos equipamentos de ventilação
utilizados nos garimpos.
137
Nesse sentido, pode-se destacar que todas as furnas deverão ter um
plano de emergência, de acordo com o item 22.32.1 da NR22, no qual
deverá constar os principais riscos de incêndios, explosões, desabamentos
e todas as demais situações de emergência.
5.1.12 Treinamento
138
5.1.13 Outras disposições
139
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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