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Fator de Risco Ruído: da Engenharia ao Direito

Paulo Rogério Albuquerque de Oliveira


Pós-doutorado pela ENSP
Doutor em Ciências da Saúde – UnB
Mestre em Riesgos Laborales – Espanha
Engenheiro de Segurança do Trabalho - EST – UnB
Engenheiro Mecânico – UFBA
Professor-Coordenador da Pós-Graduação Eng. Seg do Trabalho EST – UNIP/DF
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil
paulorog1966@gmail.com
http://lattes.cnpq.br/0797997338651068
83 9 99198 1001
Perguntas Condutoras 1
1. Por que existe fator de dobra?
2. Seria possível calcular dose sem fator de dobra?
3. Qual significado de fator de dobra?
4. Qual o fator de dobra para calor?
5. Qual o fator de dobra para vibrações VCI e VMB?
Perguntas Condutoras 2
5. Por que existe fator de dobra 3, 4, 5 e 10?
6. Função logarítmica entre sensação e estímulo sonoro?
7. Função linear entre estímulo sonoro e dano auditivo?
8. Por que todos os países do mundo usam q=3 (salvo Chile e Israel)?
9. Como desviar a atenção do ideológico para o pseudotécnico, quando se
trata de pagar para adoecer?
Perguntas Condutoras 3
11. Por que os profissionais de SESMT são induzidos a cair nessa armadilha
ideológica.
12. Por que o Brasil arrasta a bola de ferro do Anexo I da NR 15 desde 1978?
13. Por que a RFB e o INSS se libertaram dessa bola de ferro?
14. Por que alguns insistem de ler e aplicar Decreto 3048/99 desatualizado?
15. Por que INSS insiste, via IN 77 e Resolução 600, em se insubordinar ao
Decreto Presidencial?
Perguntas Condutoras 4
16. Por que o CNJ/TNU pacificou Tema 174, mediante PUIL, aceitando
avaliações pela NR 15?
17. Seria possível medicina do trabalho ou pericial julgar matéria relativa a
cálculo diferencial?
18. Por que não existe NR para EPC?
19. Por que não existe debate sobre eficácia de EPC?
20. Por que decisão de STF incomodou tanto os adeptos de EPI?
Ruído Mata

No Brasil
No Brasil, em estudo caso-controle aninhado a uma coorte de trabalhadores metalúrgicos acompanhada
entre 1977 e 1990, encontrou associação significativa entre exposição ao ruído industrial e ocorrência de
acidentes do trabalho fatais, ajustada para vários fatores de confusão. *

* Barreto SM, Swerdlow AJ, Smith PG, Higgins CD. A nested case-control study of fatal work
related injuries among Brazilian steel workers. Occup Environ Med 1997; 54:599-604.
Dias, Adriano, Cordeiro, Ricardo and Gonçalves, Cláudia Giglio de Oliveira. Exposição ocupacional ao
ruído e acidentes do trabalho. Cad. Saúde Pública, Out 2006, vol.22, no.10, p.2125-2130. ISSN 0102-
311X.
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2006001000018#tab3

Dias, Adriano e Cordeiro, Ricardo. (2007). Attributable fraction of work accidents related to
occupational noise exposure in a Southeastern city of Brazil. Cadernos de Saúde Pública , 23 (7), 1649-
1655.

Fração atribuível de acidentes do trabalho decorrentes da exposição ao ruído ocupacional em cidade do Sudeste do Brasil

https://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2007000700016
A maioria dos acidentes consistiu de contusões (46,82%), seguida por entorses (14,88%), ferimentos
corto-contusos (10,36%) e fraturas (9,03%), que atingiram, principalmente, as mãos (36,63%), os pés
(18,39%), os membros superiores (14,71%), os membros inferiores (14,04%) e a coluna (9,36%). As
causas imediatas dos acidentes identificados foram, em sua maioria, aquelas relacionadas às
máquinas e equipamentos (23,74%), quedas de objetos (23,57%), esforço excessivo ou excesso de
peso (13,04%) e aquelas ocasionados por quedas (8,53%).
De fato, as estimativas ajustadas de risco associadas às variáveis "trabalhador atribui ruído
médio no trabalho" e "trabalhador atribui ruído forte no trabalho", mostradas na Tabela 3,
foram diferentes das estimativas brutas, apresentadas na Tabela 2, sugerindo a existência de
confundimento.

Ainda com relação ao mostrado pela Tabela 2 e aos possíveis confundimentos, observa-se que,
nas análises univariadas, figurava entre os fatores de risco para acidentes do trabalho a
variável "trabalhador atribui ruído fraco no trabalho", que não permaneceu no modelo
multivariado ajustado.
http://www.noiseandhealth.org/viewimage.asp?img=NoiseHealth_2019_21_101_125_290735_t5.jpg
http://www.noiseandhealth.org/viewimage.asp?img=NoiseHealth_2019_21_101_125_290735_t5.jpg
❖ Souza Norma Suely Souto, Carvalho Fernando Martins, Fernandes Rita de Cássia Pereira. Hipertensão
arterial entre trabalhadores de petróleo expostos a ruído. Cad. Saúde Pública [Internet]. 2001 Dec
[cited 2018 May 06] ; 17( 6 ): 1481-1488. Available from:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
311X2001000600019&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2001000600019.

❖ Stress hormones in the research on cardiovascular effects of noise


Babisch. Year : 2003 | Volume: 5 | Issue Number: 18 | Page: 1-11

❖ HARLAN, W. R. Impact of the environment on cardiovascular disease: Report of the American Heart
Association task force on environment and the cardiovascular system. Circulation, v. 63, p. 243A-246A,
1981.

❖ ALMEIDA, H. Influence of electric punch card machines on the human ear. Archives of Otolaryngology,
n. 51, p. 215-222, 1950.

❖ ANDREN, L. et al. Effect of noise on blood pressure and 'stress' hormones. Clinical Science, v. 62, p. 137-
141, 1982.

❖ http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_perda_auditiva.pdf), na página 17, no subtítulo


"Efeitos não-auditivos da exposição ao ruído“

❖ Dias, Adriano, Cordeiro, Ricardo and Gonçalves, Cláudia Giglio de Oliveira Exposição ocupacional ao
ruído e acidentes do trabalho. Cad. Saúde Pública, Out 2006, vol.22, no.10, p.2125-2130. ISSN 0102-
311X
❖ Dias, Adriano, Cordeiro, Ricardo and Gonçalves, Cláudia Giglio de Oliveira Exposição ocupacional ao
ruído e acidentes do trabalho. Cad. Saúde Pública, Out 2006, vol.22, no.10, p.2125-2130. ISSN 0102-
311X.
Assunção, Ada Ávila, Abreu, Mery Natali Silva and Souza, Priscila Sílvia Nunes Prevalência de exposição a ruído ocupacional em
trabalhadores brasileiros: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Cad. Saúde Pública, 2019, vol.35, no.10. ISSN 0102-
311X

Souza, Norma Suely Souto, Carvalho, Fernando Martins and Fernandes, Rita de Cássia Pereira Hipertensão arterial entre
trabalhadores de petróleo expostos a ruído. Cad. Saúde Pública, Dez 2001, vol.17, no.6, p.1481-1488. ISSN 0102-311X

Dias, Adriano and Cordeiro, Ricardo Attributable fraction of work accidents related to occupational noise exposure in a
Southeastern city of Brazil. Cad. Saúde Pública, July 2007, vol.23, no.7, p.1649-1655. ISSN 0102-311X

Dias, Adriano, Cordeiro, Ricardo and Gonçalves, Cláudia Giglio de Oliveira Exposição ocupacional ao ruído e acidentes do
trabalho. Cad. Saúde Pública, Out 2006, vol.22, no.10, p.2125-2130. ISSN 0102-311X

Ribeiro, Ana Maria Dutra and Câmara, Volney de M. Perda auditiva neurossensorial por exposição continuada a níveis elevados
de pressão sonora em trabalhadores de manutenção de aeronaves de asas rotativas. Cad. Saúde Pública, Jun 2006, vol.22,
no.6, p.1217-1224. ISSN 0102-311X

Gonçalves, Cláudia Giglio de Oliveira and Iguti, Aparecida Mari Análise de programas de preservação da audição em quatro
indústrias metalúrgicas de Piracicaba, São Paulo, Brasil. Cad. Saúde Pública, Mar 2006, vol.22, no.3, p.609-618. ISSN 0102-311X
Antecedentes
Segundo consta no protocolo de perda auditiva induzida por ruído do Ministério da Saúde
(http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_perda_auditiva.pdf), na página 17, no
subtítulo "Efeitos não-auditivos da exposição ao ruído", a exposição ao ruído é fator de risco
para o estresse.

A sintomatologia do estresse é dividida em três etapas:

1. na primeira, chamada de reação de alarme, observa-se aumento de pressão sanguínea, de


frequência cardíaca e respiratória, e diminuição da taxa de digestão;
2. na segunda etapa, chamada de reação de resistência, o corpo começa a liberar estoques
de açúcar e gordura, esgotando seus recursos, o que provoca cansaço, irritabilidade,
ansiedade, problemas de memória e surgimento de doenças agudas como gripes;
3. na terceira etapa, a da exaustão, os estoques de energia são esgotados, tornando o
indivíduo cronicamente estressado, observando-se, então, insônia, erros de julgamento,
mudanças de personalidade, doenças crônicas coronarianas, respiratórias, digestivas,
mentais e outras.

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_perda_auditiva.pdf
Veja se entendi bem. A situação de fuga ou luta aciona a bateria de defesa, estado de alerta,
segundo o qual todos os sistemas orgânicos e mentais entram em modo "reação rápida" pelo
SNC que administra todos os subsistemas, acionando esse ou aquele com essa ou aquela
magnitude em função da agressão.

Trata-se de uma agressão por aumento consistente da pressão atmosférica dinâmica, há


gatilhos para estabelecer novo patamar homeostático na membrana intersticial (pele) entre
corpo e ambiente. Se a pressão nesse interstício aumenta, aumenta-se, respeitado os limites
orgânicos, a pressão interna, via redimensionamento hidráulico da bomba, tubulação e
válvulas.

E por essa resposta homeostática, consistente no tempo, faz com que esse aumento de
pressão, que seria temporário, tenha como sacrifício o TTS e todo um rearranjo nos demais
subsistemas.
TTS vira TTP e ao passo que prenuncia uma HAS exatamente pelo continuado estado de reação
a esse ambiente deliberadamente agressor.

Dai a hipótese etnogênica entre excesso de ruído e HAS e consigo a degeneração ciliar
clocleana que leva à TTP, dado que na TTS os tais cílios mantêm a funcionalidade, cabendo ao
conjunto aerodinâmico-mecânico-hidráulico fazer a compensação de audibilidade aceitando
(como anodo de sacrifício) alguma perda, dita temporária recuperável em até 11h de descanso
acústico. Essa composição de input-outputs suscita HAS e TTP exatamente pelo estado
continuado, de todo dia, dia todo, de ambiente poluído no qual deliberadamente, e por
subordinação jurídica, o empregador impõe àquele que não pode dizer não a exposição. Ato
continuo há alteração de patamar.

A hipertensão e a perda auditiva temporária assumem, desta feita, estágio patológico


sistêmico (HAS), permanente e irreversível, no caso da TTP. Se esse escrutínio meu estiver
correto não seria o estresse a variável explicativa desses fenômenos, apenas a preditora deles.
Assim ter-se-ia relação causal por predisposição, determinação, concausalidade ou facilitação
entre ruído e HAS e TTP, tendo o estresse papel preditor, mas não causador desses desfechos
clínicos.
Nesse contexto, se meu raciocínio estiver correto

Segundo consta no protocolo de perda auditiva induzida por ruído do Ministério da Saúde
(http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_perda_auditiva.pdf), na página 17, no
subtítulo "Efeitos não-auditivos da exposição ao ruído", a exposição ao ruído é fator de risco para o
estresse.

A sintomatologia do estresse é dividida em três etapas:

na primeira, chamada de reação de alarme, observa-se aumento de pressão sanguínea, de frequência


cardíaca e respiratória, e diminuição da taxa de digestão;
na segunda etapa, chamada de reação de resistência, o corpo começa a liberar estoques de açúcar e
gordura, esgotando seus recursos, o que provoca cansaço, irritabilidade, ansiedade, problemas de
memória e surgimento de doenças agudas como gripes;
na terceira etapa, a da exaustão, os estoques de energia são esgotados, tornando o indivíduo
cronicamente estressado, observando-se, então, insônia, erros de julgamento, mudanças de
personalidade, doenças crônicas coronarianas, respiratórias, digestivas, mentais e outras.

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_perda_auditiva.pdf
Não por outro motivo, encontra-se forte tutela estatal legiferante sobre essa temática, pois do
ápice hierárquico até as normas referenciadas (instruções normativas e portarias), tem-se que
a exposição ao ruído ativa vários campos do direito exatamente por sua natureza agressiva à
saúde humana.

Considerando a especificidade técnica da matéria em tela, faz-se a seguir um arrazoado para


melhor situar o ruído na esfera do eSocial, e este, ao ordenamento jurídico que o vincula aos
campos normativos previdenciários, trabalhistas e tributário. De pronto, é de bom alvitre
registrar a fundamentação legal em questão com as seguintes normas de regência:
Normas de Regência

Normas de Regência - Financiamento da Aposentadoria por Condições Especiais Devido ao Ruído


1. CRFB-88. Art. 201. § 1º (tutela para aposentadoria por condições prejudicais a saúde)
3. Lei 8.213/91. Art. 57 e 58 (definição da hipótese de incidência)

2. Lei 8.212/91. § 3º do art. 33 (critério de arbitramento)


4. Decreto 3.048/99 (RPS).
a. Subseção IV - Da Aposentadoria Especial
b. Art. 68. §12º (Metodologia e Procedimento da Fundacentro como norma mandatória)

c. Art. 233. (Arbitramento)


d. Anexo IV - Item 2.0.1 - Ruído - FAE25_6%. (Definidor do Limite de Tolerância)

5.      IN 971 – RFB. Capítulo IX (norma comando procedimental que deve presidir as lavraturas fiscais)

6.      IN 77  – INSS. Seção V - Aposentadoria Especial. Revogadora da IN 45.
7.      NHO 01 – Fundacentro. Vinculante para efeito previdenciário/tributário. Recomendatória para o Ministério do Trabalho
8. NR-15 do MTE. Anexo I.
CF88 - art. 201 § 1º
“veda a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de
aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social,
ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados
portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar”.

Lei 8.213/91 dispõe:


“Art. 57 - A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência
exigida nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15
(quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme dispuser a lei.”
De forma vanguardista e em sintonia com os modernos cânones científicos
comparecem os regramentos estabelecidos pela RFB e INSS.

Registre-se que as metodologias, procedimentos e limites de tolerâncias são


rigorosamente os mesmos para fins tributários e previdenciários, pois emanam
de igual regulamentação (Item 2.0.1 do Anexo IV do RPS), em que pese serem
originárias de fundamentações legais distintas (Custeio pela Lei 8.212/91 e
Benefício pela Lei 8.213/91) que remetem à subsunção de dupla face do fato
social, constituindo uma ambivalência jurídica, pois tal fato social dispara a um
só tempo a hipótese de incidência tributária (RFB) e reconhecimento ao
benefício (INSS).

A figura seguinte apresenta esse fragmento do RPS.


Normas de Regência

Figura 1: Item 2.0.1 do Anexo IV e § 12 do Art. 68 com fragmentos do Decreto 3.048/99.

a) exposição a Níveis de Exposição Normalizados (NEN)


Limite de Tolerância 2.0.1 Ruído 25 Anos
superiores a 85 dB(A).

RPS. Art 68. § 12. Nas avaliações ambientais deverão ser considerados, além do disposto no
Anexo IV, a metodologia e os procedimentos de avaliação estabelecidos pela Fundação Jorge
Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - Fundacentro
Metodologia e Procedimento

A norma NHO 01 - Norma de Higiene Ocupacional da Fundacentro. Trata da metodologia e


procedimento para fins de apuração do limite de tolerância ao ruído continuo ou variável.

Fonte: próprio autor


Desse espectro normativo, se sobressaem os bens jurídicos tutelados: saúde do trabalhador;
remuneração por adicionais; meio ambiente do trabalho; sustento quando da aposentadoria
precoce por exposição intolerável e tributação correlata pela RFB, respectivamente com
naturezas jurídicas sanitárias; trabalhistas; ambientais; previdenciárias e tributárias.

Além das repercussões difusas e coletivas moduladas pelo direito ambiental e sanitário,
registre-se a importância do fato social – submeter trabalhador a risco (ruído) – , uma vez que
ele dispara três consequências jurídicas específicas, divisíveis e individualizáveis por
trabalhador, quais sejam:

1. Direito à redução no tempo de contribuição para 25 anos, inclusive com conversão,


cujo reconhecimento se dá pelo INSS;
2. Recolhimento pela empresa à RFB de 6% da remuneração do trabalhador, sob
fiscalização do Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil - AFRFB do RFB;
3. Pagamento de adicional de remuneração, pela empresa (20% do salário mínimo) ao
trabalhador, a título de insalubridade grau médio, sob fiscalização do AFT do MTb;

Adiante-se que do ponto jurídico-normativo, bem como do técnico-procedimental de avaliação


e tolerância ao ruído, apenas o adicional de insalubridade tem regra própria, exclusiva que
não intercepta aos regramentos do INSS e RFB, diga-se de passagem, anacrônica e obsoleta.
• Art. 278. Para fins da análise de caracterização da atividade exercida em condições
especiais por exposição à agente nocivo, consideram-se:
▪ I - nocividade: situação combinada ou não de substâncias, energias e demais fatores
de riscos reconhecidos, presentes no ambiente de trabalho, capazes de trazer ou
ocasionar danos à saúde ou à integridade física do trabalhador;
▪ II - permanência: trabalho não ocasional nem intermitente no qual a exposição do
empregado, do trabalhador avulso ou do contribuinte individual cooperado ao
agente nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço,
em decorrência da subordinação jurídica a qual se submete.

Lembrando que a permanência está definida no art. 65 do Decreto 3.048/99. Explique-se,


mais amiúde, que a exposição à nocividade ambiental somente será considerada
permanente quando não houver grau de liberdade ao trabalhador a ela dizer não. Em
outras palavras, o trabalhador para cumprir as determinações do empregador e prepostos
(de produzir bens ou prestar serviços) - aos quais se submete por subordinação jurídica -
tem que se expor aos fatores de risco prejudiciais à saúde ensejadores da aposentadoria
especial. Das duas uma: ou descumpre ordem para não se expor e se sujeita a dispensa
motivada por insubordinação ou cumpre ordem e se sujeita peremptoriamente à exposição
agressora de sua saúde. A permanência tem a ver com inexistência de grau de liberdade à
exposição.
ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD.

Alteraciones de la audición causadas por el ruido, in Detección precoz de enfermedades profissionales

Genebra, 1987, p. 180-5.


O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu dia 04/12/2014 julgamento do
Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 64335, com repercussão geral
reconhecida e fixou duas teses. Utilização de Equipamento de Proteção
Individual (EPI) sobre o direito à aposentadoria especial.
Por que existe fator de dobra?
Seria possível calcular dose sem fator de dobra?
Qual significado de fator de dobra?
Qual o fator de dobra para calor?
Padronização Internacional
Padrões Internacionais

Um acordo substancial significa muito mais do que uma maioria simples, mas não necessariamente unanimidade.
O consenso exige que todas as opiniões e objeções sejam consideradas e que seja feito um esforço conjunto
para sua resolução.

Há comitês temáticos com ampla representação e imunidade técnica formados por fabricantes, consumidores,
associações comerciais, organizações com interesse geral e representantes governamentais.
Occupational exposure to noise evaluation, prevention and control
https://www.who.int/occupational_health/publications/noise.pdf?ua=1
1. ISO 1999-1990
2. ISO/TR 389-5:1998
3. ISO 389-7:1996 1. DIRECTIVA 89/391/CEE DO PARLAMENTO EUROPEU
4. ISO 7029:1984 2. DIRECTIVA 2003/10/CEE DO PARLAMENTO EUROPEU
5. ISO 389-1:1998
6. ISO 389-2:1994
7. ISO 389-3:1994
8. ISO 389-4:1994

1. ANSI S1.1-1994
2. ANSI S1.4- 1983
3. ANSI S1.25-1991
4. ANSI S1.40-2006
1. IEC 60804-2000 5. ANSI S3.1-1999
2. IEC 60651 -2001 6. ANSI S3.6-1989
https://www.iso.org/fr/standard/6759.html
ISO 1999: 1990 (R2013)
Acústica - Determinação da exposição ao ruído ocupacional e estimativa da deficiência auditiva induzida pelo ruído.
ISO 1999: 2013 especifica um método para calcular a mudança esperada de limiar permanente induzida por ruído nos níveis
de limiar auditivo de populações adultas devido a vários níveis e durações de exposição a ruído; fornece a base para o
cálculo da deficiência auditiva de acordo com várias fórmulas quando os níveis dos limiares auditivos nas frequências
audiométricas comumente medidas, ou combinações dessas frequências, excedem um determinado valor. A medida de
exposição ao ruído para uma população em risco é o nível de exposição ao ruído normalizado para um dia útil nominal de 8
h, LEX, 8h, para um determinado número de anos de exposição. A ISO 1999: 2013 se aplica ao ruído em frequências
inferiores a aproximadamente 10 kHz, que é constante, intermitente, flutuante, irregular. O uso da ISO 1999: 2013 para
pressões sonoras superiores a 200 Pa (140 dB em relação a 20 µPa) é reconhecido como extrapolação.
ISO 1999: 1990 (R2013) - BRASIL

ISO é o acrônimo de International Organization for Standardization, ou seja, International Organization for Standardization.

Esta instituição agrupa institutos nacionais como a ABNT e emite normas internacionais após submetê-las ao voto de seus
membros. Essas normas são o resultado do trabalho de vários comitês técnicos, dos quais participam representantes das
várias organizações nacionais. Depois que um comitê prepara um rascunho, ele é submetido a consideração de seus
membros e, finalmente, a votação. Os procedimentos de aprovação são severos, exigindo uma maioria especial de 75% para
que um rascunho se torne um Padrão.
Os padrões internacionais, como os nacionais, são de adesão voluntária, ou seja, constituem bases para um compromisso ou
acordo explícito ou implícito entre duas ou mais partes. No entanto, em muitas ocasiões, eles se tornam parte da legislação
local, nacional ou internacional.
Os padrões para acústica são preparados e discutidos pelo comitê técnico ISO / TC 43 Acoustics , que emitiu um número
considerável de padrões internacionais. Muitas das normas estabelecem procedimentos de medição que garantem
resultados corretos e repetíveis quando aplicados por diferentes pessoas ou laboratórios. Há padrões, como este ISO 1999
que se referem aos efeitos esperados quando certos estímulos são aplicados ao ser humano. Por seu trabalho, esse comitê
reúne os resultados de vários trabalhos científicos, os compara e os torna compatíveis, obtendo relações que gozam do
máximo consenso ou concordância possível em um dado estado de avanço do conhecimento sobre o assunto em
consideração.
DIRECTIVA 2003/10/CEE DO PARLAMENTO EUROPEU, de 6 de Fevereiro de 2003, relativa às prescrições mínimas de
segurança e de saúde em matéria de exposição dos trabalhadores aos riscos devidos aos agentes físicos (ruído)

Para avaliar correctamente os níveis de ruído a que os trabalhadores estão expostos, é conveniente aplicar um método de medição
objectivo, pelo que é feita referência à norma geralmente reconhecida, ISO 1999:1990.Os valores avaliados ou objectivamente
medidos devem ser decisivos para desencadear as acções previstas no que se refere aos valores de exposição inferiores e superiores
que desencadeiam a acção. São necessários valores-limite de exposição para evitar que os trabalhadores sofram de lesões auditivas
irreversíveis; o ruído que atinge os ouvidos deve ser mantido abaixo dos valores-limite de exposição.

DIRECTIVA 89/391/CEE DO PARLAMENTO EUROPEU, de 12 de Junho de 1989, relativa à aplicação de medidas destinadas a
promover a melhoria da segurança e da saúde dos trabalhadores no trabalho - Comunidade Económica Europeia

REGULAMENTO (UE) 2016/425 DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO, de 9 de março de 2016, relativo aos
equipamentos de proteção individual
ISO 389-1:1998 Acoustics - Reference zero for the calibration of audiometric equipment - Part 1:
Reference equivalent threshold sound pressure levels for pure tones and supra-aural earphones

ISO 389-2:1994 Acoustics - Reference zero for the calibration of audiometric equipment - Part 2:
Reference equivalent threshold sound pressure levels for pure tones and insert earphones

ISO 389-3:1994 Acoustics - Reference zero for the calibration of audiometric equipment - Part 3:
Reference equivalent threshold force levels for pure tones and bone vibrators

ISO 389-4:1994 Acoustics - Reference zero for the calibration of audiometric equipment - Part 4:
Reference levels for narrow-band masking noise
ISO/TR 389-5:1998 Acoustics - Reference zero for the calibration of audiometric equipment - Part 5:
Reference equivalent threshold sound pressure levels for pure tones in the frequency range 8 kHz
to 16 kHz

ISO 389-7:1996 Acoustics - Reference zero for the calibration of audiometric equipment - Part 7:
Reference threshold of hearing under free-field and diffuse-field listening conditions

ISO 7029:1984 (E). “Acoustics – Threshold of hearing by air conduction as a function of age and sex for
otologically normal persons”. International Organization for Standardization, Genève, Suiza, 1984.
IEC 60804 Ed. 2.0 b: 2000
Medidores De Nível De Som Com Média De Integração. Descreve instrumentos para a medição dos níveis de pressão sonora
ponderados por frequência e tempo médio. Garante a precisão e estabilidade especificadas de um medidor de nível de som
integrado e reduz ao mínimo prático quaisquer diferenças em medições equivalentes realizadas com instrumentos de várias
marcas e modelos que atendam aos requisitos desta norma. Especifica as seguintes características e métodos de teste para
integrar medidores de nível sonoro: a) características de integração e média; b) características do indicador; c) características
de detecção e indicação de sobrecarga.

IEC 60651 Ed. 1.2 b: 2001


Medidores De Nível Sonoro. Lida com medidores de nível sonoro de quatro graus de precisão, designados Tipos 0, 1, 2 e 3.
Especifica as seguintes características: características direcionais, características de ponderação de frequência, ponderação
de tempo, características de detector e indicador, sensibilidade a vários ambientes. Estabelece testes elétricos e acústicos
para verificar a conformidade com as características especificadas e descreve o método para calibração da sensibilidade
absoluta. Esta norma substitui as normas IEC 60123 e IEC 60179.
ANSI S1.1-1994 (R2004)
Terminologia Acústica. Esta norma fornece definições para uma ampla variedade de termos, abreviações e símbolos de
letras usados ​em acústica e eletroacústica. São definidos termos de uso geral em todos os ramos da acústica, bem como
muitos termos de uso especial para acústica arquitetônica, instrumentos acústicos, vibrações e choques mecânicos, acústica
fisiológica e psicológica, som subaquático, sonora e ultrassônica e música.

ANSI S1.4-1983 (R2006) / ANSI S1.4a-1985 (R2006)


Especificação do Padrão Nacional Americano para Medidores de Nível de Som. Está em conformidade com o mais próximo
possível do padrão IEC para medidores de nível de som, publicação 651, primeira edição, publicada em 1979. Esta revisão
representa uma melhoria significativa em relação à ANSI S1.4-1971, particularmente em suas especificações relacionadas à
medição de sinais sonoros transitórios. Também permite o uso de técnicas e displays digitais.
ANSI S1.25-1991 (Reaffirmed by ANSI. March 20, 2017 - R2017)
Especificação para Dosímetros Pessoais de Ruído. Contém especificações para as características de desempenho dos
dosímetros de ruído pessoais que medem o critério de porcentagem de exposição ao som. O padrão prevê três taxas de
câmbio: 3 db, 4 db e 5 db por duplicação do tempo de exposição. O padrão fornece tolerâncias para todo o instrumento,
incluindo resposta em frequência, média exponencial (empregando SLOW e FAST), limite, faixa dinâmica e outras
características. Especifica que essas tolerâncias sejam atingidas pelo instrumento em um campo sonoro de incidência
aleatória sem a presença de uma pessoa usando o instrumento. Secretariado pela Sociedade Acústica da América [ASA]

ANSI S1.40-2006 (R2020)


Especificações do Padrão Nacional Americano e Procedimentos de Verificação para Calibradores de Som. Esta Norma
especifica os requisitos de desempenho para calibradores de som do tipo acoplador. Ele substitui as Especificações da
Norma Nacional Americana ANSI S1.40-1984 para Calibradores Acústicos e é tecnicamente equivalente (exceto pela ausência
de requisitos para emissões de radiofrequência) à Norma Internacional IEC 60942: 2003, Eletroacústica - Calibradores de
Som. O padrão especifica os requisitos de desempenho para o nível de pressão sonora, a frequência e a distorção total
gerada por um calibrador de som. Também fornece requisitos para a influência de condições ambientais, compatibilidade
eletromagnética e marcação e documentação de instrumentos. A norma fornece detalhes dos testes necessários para
verificar se um modelo de calibrador de som está em conformidade com todos os requisitos, bem como detalhes do método
para testes periódicos de um calibrador de som. Os testes requerem a determinação das incertezas reais de medição que
não devem exceder as incertezas máximas permitidas para medições em laboratório.
ANSI S3.1-1999 (R2003)
Níveis Máximos de Ruído Ambiente Permitidos para Salas de Teste Audiométricos. Especifica os níveis máximos admissíveis
de ruído ambiente (MPANLs) permitidos em uma sala de testes audiométricos que produzem mascaramento insignificante
(<2 dB) dos sinais de teste apresentados em níveis de limiares equivalentes de referência especificados na ANSI S3.6-
1996. As MPANLs são especificadas de 125 a 8000 Hz em intervalos de oitava e um terço de banda de oitava para duas
condições de teste audiométricas (orelhas cobertas e orelhas não cobertas) e para três faixas de frequência de teste (125 a
8000 Hz, 250 a 8000 Hz e 500 a 8000 Hz).

ANSI S3.6-2004
Especificação para Audiômetros. Os audiômetros abordados nesta especificação são dispositivos projetados para uso na
determinação do nível do limiar auditivo de um indivíduo em comparação com o nível do limiar de referência padrão
escolhido. Esta norma fornece especificações e tolerâncias para sinais de tom, fala e máscara puros e descreve os recursos
mínimos de teste de diferentes tipos de audiômetros.
6. Função logarítmica entre sensação e estímulo sonoro?

Função Logaritimica entre Estímulo e Sensação Sonoro


600 12

500 10

400 8

300 6

200 4

100 2

0 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Estímulo Sensação
Fletcher, H.; Munson, W. A. Loudness, Its Definition, Measurement and Calculation. Journal of the Acoustical
Society of America, v. 5, n. 2, p. 82-108, 1933.

Estudos demonstram que o ouvido humano não responde linearmente às diversas frequências, ou seja, para certas faixas
de frequência ele é mais ou menos sensível.

Um dos estudos mais importantes que revelaram essa não linearidade, de grande impacto científico, foi o ensaio produzido
por Fletcher e Munson (1933) que resultou nas curvas isoaudíveis ou contornos de igual volume (conhecidos como curvas
de Fletcher-Munson) ou ainda isofônicas.

Nível de audibilidade é o NPS necessário para que um ouvido jovem, são e médio escute um tom qualquer com a mesma
sensação (potência, força) que um de 1 kHz. A unidade de nível de audibilidade é o fon (ou phon) equivalente ao NPS (dB)
quando f = 1.000 Hz. Um som com uma única frequência é muitas vezes denominado tom.

O gráfico com as curvas de igual audibilidade, proposto inicialmente por Fletcher e Munson (1933), foi aprimorado ao longo
dos anos. Porém, seu significado não perdeu sentido com o passar do tempo, tal que sua forma qualitativa não foi alterada.
Ressalte-se dada a importância histórica de um trabalho para a pesquisa e desenvolvimento.
Fletcher, H.; Munson, W. A. Loudness, Its Definition, Measurement and Calculation. Journal of the Acoustical
Society of America, v. 5, n. 2, p. 82-108, 1933.
https://pdfs.semanticscholar.org/c05b/bcae742902528524c0aa728b6d82f77c957c.pdf

Uma fórmula empírica para calcular o volume de qualquer som estável a partir de uma análise da intensidade e
frequência de seus componentes é desenvolvida neste artigo. O desenvolvimento é baseado nas propriedades
fundamentais do mecanismo auditivo, de tal maneira que resulta em uma escala de volume. Para determinar a forma
da função que representa essa escala de volume e dos outros fatores que entram na fórmula do volume, foram feitas
medições dos níveis de volume de muitos sons, tanto de tons puros quanto de formas de ondas complexas. Esses
testes são descritos e o método de medir os níveis de sonoridade é discutido em detalhes. São dadas definições para
esclarecer os termos utilizados e a medição das grandezas físicas que determinam as características de uma onda
sonora que estimula o mecanismo auditivo.
Fletcher, H.; Munson, W. A. Loudness, Its Definition, Measurement and Calculation. Journal of the Acoustical
Society of America, v. 5, n. 2, p. 82-108, 1933.

Harvey Fletcher (11 de setembro de 1884 - 23 de julho de 1981) era um físico americano. Conhecido como o "pai do
som estereofônico", ele é creditado com a invenção do audiômetro 2-A e de um aparelho auditivo eletrônico precoce.

Ele foi um investigador da natureza da fala e da audição e fez contribuições em acústica, engenharia elétrica, fala,
medicina, música, física atômica, imagens sonoras e educação.
Fletcher, H.; Munson, W. A. Loudness, Its Definition, Measurement and Calculation. Journal of the Acoustical Society of America, v. 5, n. 2, p. 82-108, 1933.
Fletcher, H.; Munson, W. A. Loudness, Its Definition, Measurement and Calculation. Journal of the Acoustical
Society of America, v. 5, n. 2, p. 82-108, 1933.

As contribuições de Fletcher para a percepção da fala estão entre seus trabalhos mais conhecidos. Ele mostrou que os
recursos de fala geralmente se espalham por uma ampla faixa de frequência e desenvolveu o índice de articulação
para quantificar aproximadamente a qualidade de um canal de fala. Ele também desenvolveu os conceitos de
contornos de igual volume (comumente conhecidos como curvas de Fletcher-Munson ), escala e somatório de
volume e a banda crítica. No Bell Labs, ele supervisionou a pesquisa em gravação de som elétrico, incluindo as
primeiras gravações estereofônicas bem-sucedidas., a primeira transmissão de som estéreo ao vivo e a produção da
primeira gravação em vinil.

Tudo isso foi feito com a ajuda do maestro da Orquestra da Filadélfia , Leopold Stokowski entre 1931–32. Algumas de
suas outras realizações incluem a produção do primeiro aparelho auditivo funcional, o audiômetro 2-A e a laringe
artificial.

As curvas de Fletcher e Munson foram substituídas por Robinson e Dadson, determinadas novamente,
posteriormente, sob condições mais controladas. Atualmente, são padronizados pela ISO 226.
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/47/Lindos1.svg/600px-Lindos1.svg.png 2003
Figura 5: Curvas isofônicas – NPS (dB) x frequência (Hz) – não linearidade nas curvas isoaudíveis a 1 kHz – fon (ou phon).

Fonte: Magalhaes (2017)[i]

[i] Magalhães, Diogo Amaral de; PINHO ALVES FILHO, José de. Por que é mais difícil escutar os sons graves do que os sons médios e agudos? Caderno Brasileiro de Ensino
de Física, Florianópolis, v. 34, n. 1, p. 331-338, maio 2017. ISSN 2175-7941
Seria possível calcular dose sem fator de dobra?
As curvas demonstram:

✓ frequências próximas a 4000 Hz são afetadas


muito mais rapidamente que as frequências
mais baixas.

✓ Também apontam que maior tempo de


exposição cresce a perda.

✓ Existe um nível de exposição "seguro”, pois para


valores abaixo de 89 dBA, não existem efeitos
prejudiciais sobre 1000 Hz, todavia esse nível
passa 75 dBA na região de 4000 Hz.
Norma Internacional ISO 1999 - Definição de "déficit auditivo" ou perda auditiva como um aumento permanente no limiar
auditivo (o nível mínimo de som audível) importante o suficiente para afetar a inteligibilidade da fala (esse aumento é cerca
de 25 dB para tons médios).

Tabela de entrada dupla ( PARA ESCOLHA PELO PAIS SIGNATÁRIO) que permite avaliar o risco percentual de apresentar
déficit auditivo quando exposto a ruídos no local de trabalho (8 horas por dia durante 6 dias por semana) de um
determinado nível médio de ruído por um número especificado de anos

https://qph.fs.quoracdn.net/main-qimg-16838a78ecd19e8f777671a7c5d136cf
https://qph.fs.quoracdn.net/main-qimg-16838a78ecd19e8f777671a7c5d136cf
https://s1.static.brasilescola.uol.com.br/be/e/Untitled-8(46).jpg
https://www.dicasdecalculo.com.br/conteudos/integrais/integral-definida/
https://www.dicasdecalculo.com.br/conteudos/integrais/integral-definida/
Exemplo 1: encontre a área sob a função f(x)=sen(x) no intervalo [0,π ].

Observe que o exemplo nos pede que calculemos a área localizada entre a curva, o eixo e no intervalo indicado, assim
utilizaremos a Integral Definida

O primeiro passo é encontrar a integral como vimos na Integral indefinida e deixando indicado o intervalo de integração.

Perceba que podemos integrar direto, sem uso de outro artificio, pois temos uma integral imediata
O passo seguinte é aplicarmos o intervalo de integração, que consiste em aplicar o intervalo superior na função
encontrada menos o intervalo inferior também aplicado na função encontrada

Logo,

Obs: perceba que a constante C que surge quando integramos sempre se cancelará nas integrais definidas.
Tv Ligada
71

y = 7E-07x6 - 6E-05x5 + 0,0021x4 - 0,0346x3 + 0,2651x2 - 0,9196x + 70,002

70
dB(A)

69

68
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30
Tempo (minutos)

http://digital.ni.com/public.nsf/allkb/D94085FFA1E9860A86257EB40072363D
https://www.nonoise.org/library/envnoise/
C4/T4

C2/T2
CR – OSHA – EUA (Civil)
C1/T1
+
C2/T2
C1 / T1 +
CUIDADO
C3/T3
100% é diferente para CR distintos +
Lembrar de URA Cn/Tn
=
C3/T3
CR - Internacional 100%

y = 7.10-7x6 - 6.10-5x5 + 0,0021x4 - 0,0346x3 + 0,2651x2 - 0,9196x + 70,002


Dose = 100%
C5/T5
Área = b x h = NPS x t
Dobra NPS → Metade Te
Função linear entre estímulo sonoro e dano auditivo?
OSHA usa taxa de câmbio de 5 dB

As organizações usam taxa de câmbio de 3 dB: NIOSH, EPA, ACGIH e a maioria dos governos estrangeiros.

O Departamento de Defesa dos EUA (DOD) usava anteriormente uma taxa de câmbio de 4 dB; no entanto,
todas as agências (exceto a Marinha dos EUA) adotaram a taxa de câmbio de 3 dB.
Por que existe fator de dobra 3, 4, 5 e 10?
Dada a impossibilidade ética de experimentar intencionalmente a audição humana induzindo perda auditiva da
exposição a ruídos controlados, os cientistas desenvolveram o método: hipótese chamada igualdade de efeitos
temporários.

PRIMEIRO REGISTRO - Critério proposto por Kryter foi dado em termos de bandas críticas como é
conhecido em psicoacoustica. Leo Beranek, descreve as primeiras tentativas de critérios de perdas
temporárias a níveis capazes de danificar o ouvido.

Kryter, K.D., Daniels, R., Fair, P., et al. (1965). Hazardous Exposure to
Intermittent and Steady-State Noise. Report of Working Group 46,
NAS-NRC Committee on Hearing, Bioacoustics, and Biomechanics
(CHABA), ONR Contract NONR 2300(05).

Beranek, Leo L.: Acústica. American Instituto Americano de Física


(ASA - Sociedade Acústica da América). Cambridge, EUA, 1986.

https://i.gr-assets.com/images/S/compressed.photo.goodreads.com/books/1365027782l/1961805.jpg
Hipótese de Igualdade de Efeitos Temporários
A diminuição temporária - portanto, reversível – da acuidade auditiva, para
ruído de determinadas características é semelhante a perda auditiva
permanente, após vários anos de exposição repetida ao mesmo tipo de ruído.

TTS - Temporary Threshold Shift


TTS2 - measured 2 minutes after exposure
De acordo com esse método, foi estabelecido um limite para o nível de pressão sonora em cada faixa
crítica de 85 dB acima do limiar auditivo.

✓ Se, em todas as bandas críticas, o nível de ruído era 5 dB abaixo do limite, então a probabilidade de
dano auditivo era muito baixa, considerando exposições de 8 horas por dia e 50 semanas por ano
durante 5 anos.

✓ Se, por outro lado, a exposição era 5 dB maior em alguma banda, a probabilidade de algumas pessoas
expostas terem danos permanentes era alta, mesmo em um ano.

Tabela. Critério de dano auditivo de Kryter (Adaptação)

Lmax [dB] Lmax [dB]


F
Banda crítica Banda oitava
50 110 110
100 95 102
200 88 97
400 85 95
800 84 95
1600 83 95
3150 82 95
6300 81 95
Em outro livro compilado por Beranek, Kryter aporta um capítulo com critérios atualizados sobre os
efeitos do ruído na audição. Os dois mais significativos são os incluídos no Regulamento da Força Aérea
dos EUA de 1956 AFR 160-3 e na American Standards Association de 1954.

✓ Estabelece um limite de 85 dB para exposição vitalícia ao ruído de banda larga em todas as faixas
oitavas, o que em comparação com método de Kryter se apresenta mais rigoroso.

✓ Inclui-se uma redução do limite de 10 dB para sons tonais. Ou seja, para um tom puro o limite deve
ser de 75 dB em vez de 85 dB. A razão para isso é que em uma oitava há cerca de 10 bandas críticas,3
então um ruído de banda larga de 85 dB em uma determinada oitava corresponderia
aproximadamente a 75 dB em cada uma de suas 10 bandas críticas.

Beranek, Leo L. (Ed): Noise Reduction. McGraw-Hill Book Company, New York USA, 1960.
O critério da American Standards Association, por sua vez, afirma:

Se um grupo de pessoas for submetido ao nível inferior a 80 dB, uma exposição de trabalho (8 horas por
dia de trabalho) por 25 anos, nas faixas oitavas superiores a 300 Hz, o dano auditivo será insignificante.

O interessante sobre esse critério é que, pela primeira vez, o conceito de distribuição estatística da
população é considerado em termos de sua acuidade auditiva e introduz dois limites arbitrários em
relação ao dano auditivo:

✓ quando a perda atinge 15 dB


✓ percentual de afetados que se considera insignificante (neste caso, 1%).
A conclusão de Kryter é consistente com um famoso trabalho de Rosen, Bergman, Plester, El-Mofty e
Satti (1962).

Esse grupo de pesquisadores se mudou para a República do Sudão, no continente africano, e


investigou os Mabaans, um povo tribal primitivo do desenvolvimento cultural comparável ao final da
idade da pedra.

A condição que encontraram foi a de pessoas muito calmas, pacíficas e silenciosas, com o nível de som
usual de 40 dB. Os níveis máximos encontrados foram de 110 dB no final dos gritos de algumas
canções, realizadas esporadicamente durante os dois meses da colheita da primavera.
Eles conduziram estudos audiométricos em mais de 500 indivíduos de ambos os sexos e de todas as
idades e descobriram que as perdas auditivas médias aos 70 anos eram comparáveis àquelas
correspondentes a indivíduos entre 30 e 50 anos no estado americano de Wisconsin e outros,
mesmo de grupos populacionais selecionados por sua baixa exposição ao ruído.

Esses resultados consolidaram o nome de perda auditiva por deficiência auditiva com a idade em
contextos sociais relativamente barulhentos (embora em níveis não tão altos quanto os do local de
trabalho).

Rosen, S.; Bergman, M.; Plestor, D.; El-Mofty, A.; Satti, M: Estudo Presbiteriano de uma população
relativamente livre de ruído no Sudão Ann. Otol. Rhinol. Laryngol, laryngol. 71:727-743 (1962)
Aram Glorig, um higienista, contribui com o capítulo sobre critérios de risco auditivo.

Ele mostra um critério estatístico completo que leva em conta a exposição em termos de nível sonoro de ruído com
compensação A em vez de classificá-lo em termos de sua distribuição espectral. Isso significa uma enorme simplificação
na coleta de dados, pois permite a dispensa de equipamentos caros, como analisadores de espectro. Pequena
desvantagem é que está limitado a certos tipos de ruídos industriais de banda larga.

O critério considera o número de anos de exposição, bem como a idade, e prevê o risco percentual de desenvolver
deficiência auditiva permanente, definido como um aumento médio de 25 dB no limiar auditivo correspondente aos 500
Hz, 1000 Hz e 2000 Hz, nos quais começam a haver dificuldades na inteligibilidade da palavra falada.

O risco é definido como a diferença entre o percentual de pessoas em um grupo submetido a uma determinada
exposição ao ruído que adquire deficiência auditiva permanente e o percentual de pessoas não expostas que a
adquirem.

Beranek, Leo L., Controle de Ruído e Vibração. Instituto de Engenharia de Controle de Ruído.
Washington, EUA, 1988.*

*Livro importante compilado por Leo Beranek com autoria de Aram Glorig e outros (grande
grupo de especialistas - Original 1971, reeditado em 1988)
Como se pode ver, o risco aumenta para uma certa idade e depois diminui. Isso porque em que idades avançadas, seja
devido a efeitos presbiacústicos e socioacústicos, a audição se deteriora rapidamente mesmo sem exposição
significativa a ruídos de trabalho, de modo que o efeito do ruído parece menos importante.

Tabela. Critério Glorig sobre risco percentual de dano auditivo (adaptação)

Idade 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65
Anos de exposição 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
80 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Nível de exposição

85 0 1,0 2,6 4,0 5,0 6,1 6,5 8,0 8,0 6,5


90 0 3,0 6,6 10,0 11,9 13,4 15,6 17,5 18,0 14,5
95 0 5,7 12,3 18,2 21,4 24,1 26,7 28,3 28,0 24,0
[dBA]

100 0 9,0 20,7 30,0 35,9 38,1 40,8 41,5 40,0 35,0
105 0 13,2 31,7 44,0 49,9 54,1 57,8 57,5 54,0 44,5
110 0 19,0 46,2 61,0 68,4 73,1 73,8 71,5 64,0 51,5
115 0 26,0 61,2 79,0 83,9 86,1 84,3 89,5 70,0 55,0
Em 1972 a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) recebeu a encomendada pelo Congresso para contribuir
com requisitos da Noise Control Act (1972) para desenvolver e publicar uma série de critérios de ruído.

O resultado foi um extenso documento emitido em março de 1974 sob o título Informações sobre os níveis de
ruído ambiental necessários para proteger a saúde pública e o bem-estar com uma margem de segurança
adequada, mais conhecido como Documento de Níveis (EPA, 1974).

Sorte que o propósito de tal pesquisa foi apenas informar e não regular, uma vez que vários interesses políticos e
econômicos foram então deixados de lado e o estudo se concentrou na obtenção de resultados científicos e não
em compromissos entre o desejável e o possível. Embora os critérios abranjam vários itens além de danos
auditivos, foca-se aqui nos critérios de proteção auditiva.

A EPA é a agência do governo federal responsável pela regulação dos aspectos ambientais
nos Estados Unidos.

Curiosidade: significativo é o fato de que alguns anos depois o Escritório de Redução e


Controle de Ruído, responsável pela realização de políticas ambientais sobre ruído, foi
desfinanciado e, portanto, lentamente desmantelado pelo governo federal.
As premissas de partida foram as seguintes:

1) Em geral, o efeito mais perceptível do ruído ocorre na frequência audiométrica de 4000 Hz, portanto, o
objetivo do critério é proteger essa frequência.

2) Alterações no nível auditivo inferior a 5 dB são difíceis de determinar com segurança e são
consideradas de pouca importância.

3) Um indivíduo não pode ser prejudicado por sons que não pode ouvir.

4) Se 96% das pessoas com melhor audição estiverem protegidas, os 4% restantes também serão
protegidos, pois correspondem àqueles que, por já terem perda auditiva, não conseguem ouvir os sons
admissíveis para os demais. Sob essas condições, a EPA conclui que o nível de proteção é de 70 dBA em
média, 24 horas por dia, durante um intervalo de 40 anos. Recortando para o meio ambiente do
trabalho, isso equivale a um limite de 75 dBA em um Jornada de trabalho de 8 horas.
Em 1975, surgiu a primeira edição da ISO 1999.

Visa padronizar a determinação do risco auditivo da exposição ao ruído. O princípio é semelhante ao de Aram Glorig,
com diferenças de valores.

✓ Utiliza o critério de dano auditivo de 25 dB para a média do aumento do limiar auditivo em 500 Hz, 1000 Hz e 2000
Hz, e o parâmetro considerado como nível de exposição é o nível sonoro ponderado contínuo equivalente à
ponderação A referida a uma semana de trabalho de 40 horas.

✓ A versão de 1975 desta norma forneceu um procedimento de cálculo com base em tabelas de índices de exposição
parcial associados a um nível de ruído e sua duração.

O índice de exposição parcial é a porcentagem de energia contribuída pela presença de um nível de ruído Li por um
tempo Δti (em horas) em relação ao contribuído por um nível de ruído de 90 dBA por 40 horas, ou seja:
Tabela. ISO 1999:1975 critério sobre risco percentual de dano auditivo (adaptação)

Nasceu o q=5 formalmente em Norma Internacional

Idade 18 23 28 33 38 43 48 53 58 63
Anos de exposição 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
80 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Nível de exposição

85 0 1 3 5 6 7 8 9 10 7
90 0 4 10 14 16 16 18 20 21 15
95 0 7 17 24 28 29 31 32 29 23
[dBA]

100 0 12 29 37 42 43 44 44 41 33
105 0 18 42 53 58 60 62 61 54 41
110 0 26 55 70 76 78 77 72 62 45
115 0 36 71 82 86 84 81 75 64 47
Exemplo que permitirá uma comparação adicional com a edição de 1990 da ISO 1999.

Suponha que um DJ que trabalhe 4 horas por dia durante 3 dias por semana esteja sujeito a um nível
equivalente em cada sessão de 105 dBA e que faça esse trabalho desde 18 anos a 33 anos. Ajustando
ao nível equivalente, tem-se, aproximadamente 100 dBA.

Como a exposição é de 15 anos, o risco percentual é 37%: quase 37 em cada 100 indivíduos nessas
condições excederão 25 dBA da perda auditiva média.
Resumo sobre Gênese do Fator de Dobra (q=5)
1. Hipótese de Igualdade de Efeitos Temporários
2. TTS2
3. Restrito aos danos auditivos em 4.000 Hz
4. Dificuldade em determinar nível auditivo inferior a 5 dB
5. Dano auditivo se houver aumento médio de 25 dB no limiar auditivo
6. Apenas considera as frequências de 500 Hz, 1000 Hz e 2000 Hz.
7. Direcionado à determinação direta do risco auditivo
8. Desconsidera como incapacidade os danos permamentes
https://www.iso.org/fr/standard/6759.html
Ao contrário do primeiro edição, o atual não pretende determinar diretamente o risco auditivo, mas sim a
distribuição estatística dos danos auditivos expressos em termos do deslocamento do limiar auditivo para as
diversas frequências.

Para entender essa diferença, lembre-se que o risco auditivo é a diferença percentual entre aqueles que adquirem
uma deficiência particular em um grupo exposto e aqueles que o adquirem em um grupo não exposto. Isso envolve
a adoção de uma abordagem mais ou menos arbitrária do que se entende por deficiência.

Adotaram-se dois critérios diferentes:

1) que o deslocamento médio do limiar auditivo em 500 Hz, 1000 Hz, 2000 Hz excede 25 dB (Glorig, ISO 1999 :
1975);

2) que o limiar auditivo de 4 kHz sofre deslocamento de 5 dB (EPA).


O critério da ISO 1999 antiga é arbitrário porque responde a uma decisão de natureza mais política do que
científica.

Por exemplo, ter dificuldades com a compreensão oral pode levar a incapacidade (o que corresponde ao critério de
25 dB), mas também pode ser considerada uma incapacidade deslocamento permanente mensurável do limiar.

Mesmo se referindo à inteligibilidade oral, poderia, por sua vez, depender da qualidade da inteligibilidade (expressa,
por exemplo, em termos do índice articular silábico desejado). O critério a ser adotado pode responder ao
condicionamento econômico ou ético.

Por exemplo, se a legislação exigir que o Estado (ou o empregador ou a companhia de seguros) pague uma
indenização àqueles que adquirem deficiência auditiva, o valor dependerá inversamente da altura em que a "cerca"
está localizada.
A edição de 1990 desta norma baseia-se explicitamente nesta discussão, que cabe às autoridades implementadoras
governamentais nacionais estabelecer políticas de higiene e segurança mais atualizadas e adequadas.

O objetivo desta edição da norma é dar, tão objetivamente quanto as disposições científicas disponíveis, a
distribuição estatística do deslocamento permanente do limiar para várias frequências dependendo da idade e do
nível de exposição ao ruído normalizado a uma jornada de trabalho de 8 horas.
EQUAÇÕES - ISO 1999:1990
Nível de exposição ao ruído, LEX, 8h, como uma magnitude fundamental para descrever a intensidade do ruído.

Nível de pressão sonora Lp

onde p é pressão sonora ou diferença entre pressão instantânea e pressão atmosférica estático e p0 é a pressão de
referência igual a 20 mPa.

O nível de pressão sonora é expresso em decibéis, abreviado dB. Usando uma expressão logarítmica para pressão sonora
Permite comprimir uma faixa muito ampla (normalmente de 20 mPa a 2000 Pa) para expressá-la com menos ordens de
magnitude (0 dB a 140 dB).
Na tentativa de obter uma medida melhor correlacionada com a percepção subjetiva do som, foram utilizadas as
curvas isofônicas obtidas em 1933 por Fletcher e Munson, as quais indicam, em um diagrama f-Lp, uma série de
contornos para cada um dos quais a intensidade subjetiva é a mesma.

O nível de sonoridade, expresso em fon, é o nível de pressão sonora correspondente a um determinado contorno na
frequência 1000 Hz. Observa-se que, em baixa frequência e em frequência muito alta, a sensibilidade da orelha é
menor, pois na mesma Lp a o nível de volume percebido é mais baixo.

Para realizar uma medição que era ao mesmo tempo objetiva, mas ligada ao que era percebido, três filtros, chamados
A, B e C, foram introduzidos para processar o sinal sonoro antes de sua medição efetiva. O filtro A teve uma resposta
de frequência aproximadamente oposta ao contorno de 40 fon, o filtro B opôs ao contorno 70 fon e C oposto ao
contorno de 100 fon.
Dessa forma, cada um desses filtros atenua as frequências nas quais o ouvido é menos sensível, sendo o
resultado aproximadamente indicativo do que é realmente percebido (Fletcher et al. 1933).

O resultado da medição inserindo o filtro A é sempre expresso em dBA e da mesma forma nos outros casos. A
ideia original não funcionou muito bem, já que a sensação de sonoridade no caso de tons múltiplos ou ruído de
amplo espectro não pode ser determinada usando os contornos isofônicos, que foram obtidos para tons puros.

No entanto, o Os medidores de nível de som equipados com os filtros A, B e C tornaram-se populares, e isso
pode condicionaram parcialmente as investigações e depois foram realizadas com os instrumentos disponíveis

O nível de pressão sonora é expresso em decibéis, abreviado dB. Usando uma expressão logarítmica para
pressão sonora Permite comprimir uma faixa muito ampla (normalmente de 20 mPa a 2000 Pa) para expressá-la
com menos ordens de magnitude (0 dB a 140 dB).
Som compensados ​por A , ou seja, filtrados com o filtro A, o que levou à adoção universal do nível sonoro A para
todas as questões relacionadas à audição. Formalmente, o nível sonoro A (ou nível de pressão sonora
compensado A) é definido como

onde pA é a pressão sonora com compensação A, ou seja, a pressão sonora filtrada com o filtro A. O nível sonoro
é medido diretamente por meio do medidor de nível sonoro ou medidor de nível sonoro (NUNCA deve ser
chamado de decibelímetro), cujo circuito interno é responsável por para executar as operações indicadas na
equação.
Os medidores de nível sonoro a serem utilizados nas medições exigidas pela norma ISO 1999 devem estar em
conformidade com as normas internacionalmente reconhecidas, mais especificamente a IEC 651.

A norma NHO 01 remete expressamente à norma IEC, a NR 15 passa longe.

Os instrumentos cujas especificações dizem "Projetado para atender à norma IEC 651" você deve desconfiar, pois,
em primeiro lugar, não há como verificar se tal afirmação é verdadeira e, em segundo lugar, nem sempre a
implementação de um dispositivo atende às especificações do projeto.

A única maneira de certificar a conformidade com esta norma é um certificado emitido por um laboratório
credenciado e que mostra a cadeia de rastreabilidade para padrões internacionais reconhecidos.
A pressão sonora e o nível sonoro A geralmente são muito variáveis ​ao longo do tempo. Para determinar os
efeitos a longo prazo, é necessário trabalhar com níveis médios, dando origem ao nível sonoro contínuo
equivalente, ou nível equivalente LAeq, T, definido:

onde T é o intervalo de tempo considerado.

A média é feita pela energia porque a teoria da igualdade energética é usada aqui, segundo a qual os efeitos na
audição são determinados pela energia total do som recebida diariamente. A energia sonora é proporcional ao
quadrado da pressão sonora. O nível equivalente agora pode ser determinado diretamente por meio de um
medidor de nível sonoro ou medidor de nível sonoro integrador (audiodosímetro). A integração de medidores de
nível de som deve estar em conformidade com a norma IEC 804 conforme definido pala NHO 01. NR 15 de novo
passa longe.
Quando a duração total da exposição é muito longa, mas podem ser identificados intervalos nos quais, devido a
operações repetitivas ou sons contínuos, o nível equivalente pode ser obtido através de medições mais curtas,
será possível aplicar esta outra fórmula.
Suponha que um operador esteja sujeito a três tipos de exposição durante suas 8 horas de trabalho.

A. Dura 1h, com nível equivalente é de 80 dBA.


B. Dura 3h, observado um ciclo que se repete a cada 20 minutos, (9x) tendo medido um nível equivalente a
92 dBA em um dos ciclos.
C. Dura 4h, com exposição curta, em ciclos de 5 minutos de duração, individualizados (80x), em cada um dos
quais o nível equivalente medido é 86 dBA.

O tempo total de medição foi de 1 h 25 min, em contraposição às 8 horas que uma medição direta teria
exigido.
Como o intervalo T é altamente variável de acordo com a duração administrativa do dia útil, é altamente
conveniente definir um nível de exposição ao ruído normalizado de 8 h, LEX, 8h, definido por:

onde T0 = 8 h é o tempo de referência e T é o tempo efetivo do dia útil. Este parâmetro representa um ruído
contínuo e constante ao longo do tempo de referência 8 horas contendo a mesma energia total (ponderada
pelo filtro A) que o ruído real, variável e estendido ao tempo total T dentro de um dia.
Nos casos em que a exposição não pode ser descrita com precisão, por exemplo, no caso de um supervisor
que visita aleatoriamente ou perpassa diferentes setores de uma planta industrial, geralmente é aconselhável
usar dosímetros pessoais.

Um dosímetro é essencialmente um instrumento de integração portátil, cujo microfone é colocado no próximo


à orelha (por exemplo, no capacete ou na lapela) e calcula a dose diária de energia sonora do ruído ao qual o
usuário está exposto.
Esta dose é expressa em porcentagem de um nível sonoro contínuo equivalente máximo admissível:

onde LMAX é o nível máximo admissível durante o tempo de referência T0. Se, por exemplo, suporte a 85 dBA
por 8 horas diárias, precisamente exposição a 85 dBA por 8 horas corresponderá a uma dose de 100%. Em
contraste, 82 dBA por 8 horas ou 88 dBA por 4 horas corresponderão a uma dose de 50%.
Com ajustes, um dosímetro pode ser usado para determinar o nível de exposição.

Se, por exemplo, o nível máximo permitido estiver configurado for 90 dBA e ler uma dose de 40%, o nível de
exposição ao ruído referido a 8 horas seria 86 dBA.

A equação Lex,8 é válida na medida em que o cálculo da dose é feito pela dosímetro de acordo com a lei da
igualdade de energia.
A ISO 1999: 1990 introduz a mudança de limiar permanente induzida pelo ruído (noise-induced permanent
threshold shift - NIPTS), definida como o aumento permanente (definitivo ou irreversível) do nível do limiar
auditivo devido ao ruído (real ou potencial).
Por que existe fator de dobra 3, 4, 5 e 10?
Parâmetros Críticos

✓Critério de Referência (CR)

✓Fator de Dobra ( q ou ER)

✓Nível Limiar de Integração (NLI)


Dose (D):
Caracteriza a exposição ocupacional ao ruído.
Expressa em porcentagem de energia sonora
Definida com base em q, CR, NLI

Dose Diária:
Dose referente à jornada diária de trabalho.

Dose Diária Crítica:


Dose referente à jornada diária de trabalho de crítica.
Critério de Referência (CR): Conforme ISO 1999/90, é o corte populacional (quantum de sacrifício) que
admite uma parcela de 50% da população exposta a um ambiente ruidoso venha a desenvolver perda
auditiva superior a:

ISO-1999/1990: The statement in the occupational exposure limit that the proposed OEL (85 dB(A))
will protect the median of the population against a noise-induced permanent threshold shift (NIPTS)
after 40 years of occupational exposure exceeding 2 dB for the average of 0.5, 1, 2, and 3 kHz.
✓ 2,0 dB, na média, para frequências de 0,5, 1, 2 e 3 KHz respectivamente, para 40 anos de exposição.
✓ 1,5 dB, na média, para frequências de 0,5, 1, 2 e 3 KHz respectivamente, para 20 anos de exposição.
✓ 1,0 dB, na média, para frequências de 0,5, 1, 2 e 3 KHz respectivamente, para 10 anos de exposição.

Atualmente, no Brasil, há unificação de CR.


Ambas as normas (Anexo I da NR 15 e NHO 01 da Fundacentro) alinham-se à norma padrão internacional ISO
1999/90 que corresponde:

a um nível médio, 85 dB(A), para o qual a exposição, por um período de 8 horas,


corresponderá a uma dose de 100%.
A ISO 1999 afirma que o limite de exposição ocupacional - OEL proposto (85 dB (A)) protegerá a mediana da
população contra uma mudança de limiar permanente induzida por ruído (NIPTS) após 40 anos de exposição
ocupacional superior a 2 dB para a média de 0,5 , 1, 2 e 3 kHz.

Especificamente, a Tabela 4.1 fornece valores médios de NIPTS para uma exposição de 40 anos a 85 dB (A).
Esses valores são 0, 0, 2 e 5 dB para as frequências audiométricas de 0,5, 1, 2 e 3 kHz, respectivamente.
Table 4.2 provides the same data for a 40-year exposure to 90 dB(A). These values are 0, 0,
6, and 12 dB for 0.5, 1, 2, and 3 kHz, respectively. The average value for the audiometric
frequencies of 0.5, 1, 2, and 3 kHz is 4.5 dB. The corresponding average value for a 40-year
daily exposure of 95 dB(A) is more than 10 dB.

0 + 0 + 6 + 12 = 18/4 = 4,5
Curiosamente, houve um tempo que a norma previdenciária (INSS) assumiu o CR de 90 dB(A) para 8h.

PERÍODO 80 dB (A)
Até 5 de março de 1997 - véspera da publicação do Decreto nº 2.172, de 5 de março de 1997 - vigoravam os
Anexos I e II do Regulamento de Benefícios da Previdência Social - RBPS, aprovado pelo Decreto nº 83.080, de
24 de janeiro de 1979 - será efetuado o enquadramento quando a exposição for superior a oitenta dB (A),
devendo ser informados os valores medidos. Nessa época o limite de tolerância para ruído é de 80 dB(A), que
pela NR15, representa 50% da dose unitária, considerando o fator de dobra 5 (q=5). Dessa forma o critério era
de altíssima elegibilidade ao beneficio, pois a maioria dos trabalhadores expostos a ruído alcançava esse
limite.
A norma ISO 1999-1990 fornece uma descrição completa dos NIPTS para várias exposições níveis e tempos de
exposição. A partir dessas tabelas, pode-se ver que não há nenhuma evidência nível no qual definir o OEL.

O limite de 85 dB (A) por 8 horas é recomendado pelo ACGIH e encontrou aceitação na maioria dos países.
A norma ISO 1999-1990 fornece uma descrição completa dos NIPTS para várias exposições níveis e tempos de
exposição. A partir dessas tabelas, pode-se ver que não há nenhuma evidência nível no qual definir o OEL.

O limite de 85 dB (A) por 8 horas é recomendado pelo ACGIH e encontrou aceitação na maioria dos países.
PERÍODO 90 dB (A)
Entre 6 de março de 1997 - data da publicação do Decreto nº 2.172, de 1997 - e 10 de outubro de 2001 - véspera da
publicação da Instrução Normativa INSS/DC nº 57, de 10 de outubro de 2001 - enquadramento quando a exposição
for superior a noventa dB (A), devendo ser informados os valores medidos. Nessa época o limite de tolerância para
ruído foi majorado, passando de 80 dB(A) para 90 dB (A), que pela NR15, saindo de 50% para 200% da dose
unitária, considerando o fator de dobra 5 (q=5). Dessa forma o governo implementou uma fortíssima restrição ao
acesso ao beneficio.
PERÍODO 85 dB (A)
A partir de 01 janeiro de 2004 até os dias atuais, vigora o O Decreto nº 4.882/2003. Este Decreto faz uma
reestruturação conceitual, retificando as falhas dos decretos anteriores, ao adotar o fator de dobra 3 (q=3), a
metodologia e procedimentos da NHO 1 da Fundacentro e principalmente a definição de Nível de Exposição
Normalizado - NEN com limite de tolerância considerado igual ou acima 85 (oitenta e cinco) dB (A). Dessa
forma acabou com o erro de duplicação de dose que adotava q = 5 e transformou uma norma recomendatória
em norma mandatória para fins de INSS e RFB, vinculando os limites de tolerancia, medições, procedimentos,
equipamentos, certificação e metodologia à NHO 01 Fundacentro.
Como desviar a atenção do ideológico para o pseudotécnico,
quando se trata de pagar para adoecer?
Por que todos os países do mundo usam q=3 (salvo Chile e Israel)?
Tabela Algumas características da legislação em varios países (I-INCE)
Permissible exposure limits and exchange rates used by various nations.
Nível médio de
Level dBA
País (Jurisdição)
pressão sonora
Taxa de câmbio (dB) Level dBA
ponderada A de 8 PEL (8-hour Exchange audio test
horas (dB) Nation Date engineering Comments
avarage) dBA rate dBA oracticess,
controls
and other HC
Argentina 85 3
Argentina 2003 85 3 85 85
Austrália (varia de acordo com o estado) 85 3
Australia 2000 85 3 85 85 Note (1)
Áustria 85
Brazil 1978 85 5 85
Brasil 85 3 e 5 Canada 1991 87 3 87 84 Note (2)
Canadá (Federal) (ON PQ NB) 87 3 Chile 2000 85 3
Chile 85 5 China 1985 85 3 85
China 70-90 3 Colombia 1990 85 5
Finlândia 85 3 EU 2003 87 3 85 85 Note (3,4)
França 85 3 Finland 1982 85 3 85
Alemanha 85 3 France 1990 85 3 85
Hungria 85 3 Germany 1990 85 3 90 85 Note (5)
Índia 90 Hungary 85 3 90
Israel 85 5
India 1989 90 Note (6)
Israel 1984 85 5
Itália 85 3
Italy 1990 85 3 90 85
Japão 90
Mexico 2001 85 3 90 80
Países Baixos 85 3
Netherlands 1987 80 3 85 Note (7)
Nova Zelândia 85 3
New Zealand 1995 85 3 85 85
Noruega 85 3
Norway 1982 85 3 80
Polônia 85 3 Spain 1989 85 3 90 80
Espanha 85 3 Sweden 1992 85 3 85 85
Suécia 85 3 United Kingdom 1989 85 3 90 85
Suíça 85 ou 87 3 United States 1983 90 5 90 85 Note (8)
Reino Unido 85 3 Uruguay 1988 85 3 85 85
EUA 90 (TWA) 5 Venezuela 85 3
EUA (Exército e Força Aérea) 85 3 Fonte: December 2007 Vol. 25. No. 8. Job Health Highlights. Technical Information for
Uruguai 85 3 Occupational Health and Safety Professionals.
Por que os profissionais de SESMT são induzidos a cair
nessa armadilha ideológica.
Por que o Brasil arrasta a bola de ferro do Anexo I da NR 15
desde 1978?
Por que a RFB e o INSS se libertaram dessa bola de ferro
Por que alguns insistem de ler e aplicar Decreto 3048/99 desatualizado?
Qual Limite Tolerância para:
✓ Recolher 6% sobre remuneração para custear FAE?

Figura 1: Item 2.0.1 do Anexo IV e § 12 do Art. 68 com fragmentos do Decreto 3.048/99.

a) exposição a Níveis de Exposição Normalizados (NEN)


Limite de Tolerância 2.0.1 Ruído 25 Anos
superiores a 85 dB(A).

RPS. Art 68. § 12. Nas avaliações ambientais deverão ser considerados, além do disposto no
Anexo IV, a metodologia e os procedimentos de avaliação estabelecidos pela Fundação Jorge
Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - Fundacentro
Metodologia e Procedimento

A norma NHO 01 - Norma de Higiene Ocupacional da Fundacentro. Trata da metodologia e


procedimento para fins de apuração do limite de tolerância ao ruído continuo ou variável.
Art. 68. A relação dos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de
agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, considerados para fins de
concessão de aposentadoria especial, consta do Anexo IV.

§ 1º As dúvidas sobre o enquadramento dos agentes de que trata o caput, para efeito
do disposto nesta Subseção, serão resolvidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego
e pelo Ministério da Previdência e Assistência Social.

§ 2o A avaliação qualitativa de riscos e agentes nocivos será comprovada mediante


descrição:
I - das circunstâncias de exposição ocupacional a determinado agente nocivo ou
associação de agentes nocivos presentes no ambiente de trabalho durante toda a
jornada;
II - de todas as fontes e possibilidades de liberação dos agentes mencionados no
inciso I; e
III - dos meios de contato ou exposição dos trabalhadores, as vias de absorção, a
intensidade da exposição, a frequência e a duração do contato.

§ 3o A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita


mediante formulário emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo
técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou
engenheiro de segurança do trabalho.
Por que INSS insiste, via IN 77 e Resolução 600, em se insubordinar ao Decreto
Presidencial?
Quanto ao EPI, será que toda Justiça Brasileira foi
ludibriada para prejudicar as empresas?

Será que juízes, desembargadores, ministros e conselheiros


(inclusive patronais) conseguem entender o quanto
importante é EPI para garantir SST?
Súmula nº 9 da TNU/STJ - O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), ainda que elimine a insalubridade, no
caso de exposição a ruído, não descaracteriza o tempo de serviço especial prestado.

https://www2.jf.jus.br/phpdoc/virtus/sumula.php?nsul=9

CRPS – Enunciado 21 (Antigo). Seguridade social. CRPS. Aposentadoria especial. Simples fornecimento de
equipamento de proteção individual de trabalho pelo empregador não exclui a hipótese de exposição do
trabalhador aos agentes nocivos à saúde. Consideração de todo o ambiente de trabalho.

https://www.mds.gov.br/webarquivos/inss/CRPS/jurisprudencia_administrativa/ENUNCIADOS%20DO%20CRSS%20-%201%20A%2039%20-%20PDF.pdf
Súmula nº 289 do TST - INSALUBRIDADE. ADICIONAL. FORNECIMENTO DO APARELHO DE PROTEÇÃO. EFEITO (mantida)
- Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional
de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre
as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado.

Precedente:
IUJ-RR 4016/1986, Ac. TP 276/1988 - Min. Marco Aurélio Mendes de Farias Mello
DJ 29.04.1988 - Decisão unânime. Histórico: Redação original - Res. 22/1988, DJ 24, 25 e 28.03.1988
Nº 289 Insalubridade – Adicional – Fornecimento do aparelho de proteção – Efeito.
O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade, cabendo-lhe
tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, dentre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo
empregado.

http://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_251_300.html#SUM-289
CRPS – Enunciado 12 (em Vigor) - O fornecimento de equipamento de proteção individual (EPI) não
descaracteriza a atividade exercida em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física,
devendo ser considerado todo o ambiente de trabalho.

Fundamentação:
Antigo Enunciado nº 21 do CRPS
Decisão do STF no ARE 664.335, com repercussão geral.
Súmula 87 da TNU.

https://www.gov.br/previdencia/pt-br/images/2019/12/DESPACHOa_37a_ENUNCIADOS.pdf
http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4170732
ARE 664335 - Decisão: O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao recurso extraordinário.
Reajustou o voto o Ministro Luiz Fux (Relator). O Tribunal, por maioria, vencido o Ministro Marco
Aurélio, que só votou quanto ao desprovimento do recurso, assentou a tese segundo a qual o direito
à aposentadoria especial pressupõe a efetiva exposição do trabalhador a agente nocivo a sua saúde,
de modo que, se o Equipamento de Proteção Individual (EPI) for realmente capaz de neutralizar a
nocividade, não haverá respaldo constitucional à aposentadoria especial. O Tribunal, também por
maioria, vencidos os Ministros Marco Aurélio e Teori Zavascki, assentou ainda a tese de que, na
hipótese de exposição do trabalhador a ruído acima dos limites legais de tolerância, a declaração do
empregador, no âmbito do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), da eficácia do Equipamento
de Proteção Individual (EPI), não descaracteriza o tempo de serviço especial para aposentadoria.
Ausente, justificadamente, o Ministro Dias Toffoli. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo
Lewandowski. Plenário, 04.12.2014.

http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4170732
•Fonte:https://www.cjf.jus.br/cjf/corregedoria-da-justica-federal/turma-nacional-de-uniformizacao/temas-representativos/tema-174
Normas de Regência

Normas de Regência - Financiamento da Aposentadoria por Condições Especiais Devido ao Ruído


1. CRFB-88. Art. 201. § 1º (tutela para aposentadoria por condições prejudicais a saúde)
3. Lei 8.213/91. Art. 57 e 58 (definição da hipótese de incidência)

2. Lei 8.212/91. § 3º do art. 33 (critério de arbitramento)


4. Decreto 3.048/99 (RPS).
a. Subseção IV - Da Aposentadoria Especial
b. Art. 68. §12º (Metodologia e Procedimento da Fundacentro como norma mandatória)

c. Art. 233. (Arbitramento)


d. Anexo IV - Item 2.0.1 - Ruído - FAE25_6%. (Definidor do Limite de Tolerância)

5.      IN 971 – RFB. Capítulo IX (norma comando procedimental que deve presidir as lavraturas fiscais)

6.      IN 77  – INSS. Seção V - Aposentadoria Especial. Revogadora da IN 45.
7.      NHO 01 – Fundacentro. Vinculante para efeito previdenciário/tributário. Recomendatória para o Ministério do Trabalho
8. NR-15 do MTE. Anexo I.
Normas de Regência

Figura 1: Item 2.0.1 do Anexo IV e § 12 do Art. 68 com fragmentos do Decreto 3.048/99.

a) exposição a Níveis de Exposição Normalizados (NEN)


Limite de Tolerância 2.0.1 Ruído 25 Anos
superiores a 85 dB(A).

RPS. Art 68. § 12. Nas avaliações ambientais deverão ser considerados, além do disposto no
Anexo IV, a metodologia e os procedimentos de avaliação estabelecidos pela Fundação Jorge
Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - Fundacentro
Metodologia e Procedimento

A norma NHO 01 - Norma de Higiene Ocupacional da Fundacentro. Trata da metodologia e


procedimento para fins de apuração do limite de tolerância ao ruído continuo ou variável.

Fonte: próprio autor


IN 77/2015
Art. 280 - A exposição ocupacional a ruído dará ensejo a caracterização de
atividade exercida em condições especiais quando os níveis de pressão sonora
estiverem acima de oitenta dB (A), noventa dB (A) ou 85 (oitenta e cinco) dB
(A), conforme o caso, observado o seguinte:(...) IV - a partir de 01 de janeiro de
2004, será efetuado o enquadramento quando o Nível de Exposição
Normalizado - NEN se situar acima de 85 (oitenta e cinco) dB (A) ou for
ultrapassada a dose unitária, conforme NHO 1 da Fundacentro:
a) os limites de tolerância definidos no Quadro do Anexo I da NR-15 do MTE; e
b) as metodologias e os procedimentos definidos nas NHO-01 da Fundacentro.
Manual de Perícia Médica aprovado pela Resolução 600 do INSS

Para embaraçar ainda mais, comparece o 2.6.3.1 do Manual de Perícia Médica aprovado pela Resolução 600 do INSS, de
10/08/2017, ao repetir o vício já apontado insistindo na antijurídica alínea “a” da IN 77 do INSS. Todavia vai além, ao ponto
de determinar uma fórmula diferente daquela expressa pela NHO 01 apenas para acomodar o erro do fator de troca q =5,
repita-se, ao arrepio do item 2.0.1 do Anexo IV do Decreto 3.048/99.

Te
Este Manual do INSS, ainda que mencione a fórmula do NEN da NHO 01, qual seja, NEN = NE + 10 log [dB],
100

solenemente ignora a hierarquia das normas e ao invés de explicá-la, a deturpa, introduzindo, de forma dissimulada, uma
constante 16,61.

Observe-se que o fator “q”, não consta da fórmula, mas foi considerado na constante numérica 16,61, uma vez que ela é
q
obtida da primeira parcela da equação do NEN: Log2.
q 5
Assim aplicando q=5, tem-se ( = Log2) que resulta na constante 16,61. Na prática, serve para considerar o q=5 em nova
Log2

ofensa ao Decreto 3048, conforme a seguir se transcreve, in verbis, da página 88 daquele manual (grifado):

Como a metodologia da Fundacentro prevê para o cálculo do NE o Q=3, caso a aferição tenha por referência Q=5, aplica-
se para o cálculo do NEN, a seguinte fórmula adaptada: NEN = NE + 16,61 x 10 log TE/480 [ dB ]

Nesse Manual, no tocante ao ruído, há várias remissões antijurídicas ao Anexo I da NR 15, por se confrontarem com norma
de hierarquia superior devem ser consideradas nulas.

Registre-se que por esse motivo todas as referências desse Manual ao Fator de Dobra q=5 e Nível limiar de integração = 85
dB(A), bem como ao Anexo I da NR 15, como todo, devem ser desconsideradas.
Seria possível medicina do trabalho ou pericial julgar matéria relativa a cálculo
diferencial?
Por que não existe NR para EPC?
Por que não existe debate sobre eficácia de EPC?
Por que decisão de STF incomodou tanto os adeptos de EPI?

ARE 664335 / SC
Fator de Dobra

Incremento de Duplicação de Dose (q):

Incremento em decibéis que, quando adicionado ao nível de critério, implica na


duplicação da dose de exposição ou a redução para a metade do tempo máximo
permitido.

✓ O incremento correto (alinhado ao conhecimento cientifico atual) é 3dB,


conforme preconiza a Fundacentro

✓ Anexo I da NR 15 (MTb) ainda adota 5dB


Dosimetria de Ruído
Terminologia e Definições
Incremento de Duplicação de Dose (q):

Dose Dosímetro configurado Dosímetro configurado


D
(%) para NR-15 para NHO-01

Tempo de Tempo de
Nível em dB(A) Nível em dB(A) dB(A)
exposição exposição

100 8h 85 8h 85 0
200 4h 90 4h 88 2
400 2h 95 2h 91 4
800 1h 100 1h 94 6
1.600 30min 105 30min 97 8
3.200 15min 110 15min 100 10
6.400 7min 115 7min 103 12
Fator de Dobra

Incremento de Duplicação de Dose (q):

Incremento em decibéis que, quando adicionado ao nível de critério, implica na


duplicação da dose de exposição ou a redução para a metade do tempo máximo
permitido.

✓ O incremento correto (alinhado ao conhecimento cientifico atual) é 3dB,


conforme preconiza a Fundacentro

✓ Anexo I da NR 15 (MTb) ainda adota 5dB


Fator de Dobra

Para se ter uma ideia prática do enorme prejuízo à saúde do trabalhador que a
manutenção desse Anexo I da NR 15 provoca, faz-se uso a seguir do estudo das
pesquisadoras da Fundacentro – Teresa Cristina Nathan Outeiro Pinto e Maria Cristina
Esposito Silverio – que, mediante exemplificação de campo, deixa insofismável tal
assertiva. Têm-se cinco trabalhadores de uma usina de reciclagem de entulho da
construção civil, conforme quadro:
Fator de Dobra
Fator de Dobra
NHO 01 da
Anexo I da NR 15
Parâmetro ACGIH (1976) ACGIH (2017) Fundacentro OSHA (2017) RFB e INSS
(1978)
(2001)

Critério de Dose 100% 8 h por Dose 100% 8 h por Dose 100% 8 h por Dose 100% 8 h por Dose 100% 8 h por
Referência dia 85 dB (A) dia 85 dB (A) dia 85 dB (A) dia 85 dB (A) dia 90 dB (A)

Fator de Troca NHO 01


5 5 3 3 5
(q ou ER)

Nível de
Limiar de 85 dB (A) 85 dB (A) 80 dB (A) 80 dB (A) 90 dB (A)
Integração
Dosimetria de Ruído
Terminologia e Definições

Nível Limiar de Integração (NLI): Nível de ruído a partir do qual os valores devem
ser computados na integração para fins de determinação de nível médio ou da dose
de exposição.

Este nível é:
• 80dB(A) para MTE NR-15 Anexo 1
• Cuidado, pois há erro sugerido, o fato de não constar da tabela, os existem valores de tempo
máximo permitido para situações entre 80 dBA e 85 dBA, que devem ser calculados

• 80dB(A) para RFB e INSS que vinculam NHO 01 da Fundacentro e NR 09


135
130

NR 15 - Nível de Pressão Sonora dB(A)


NHO 01 - Nível de Pressão Sonora dB(A) 115
112
110
105
100 100
97
95 94
90 91
88
85
82 83
82
80

960,00 720,00 480,00 240,00 120,00 60,00 30,00 15,00 1,00 0,50
1.524

Minutos (NR 15)


1.210
Minutos (NHO 01)
960 960

836
762
728

633
605
551
480
418
381 364
302 317
276
240 240
190 209
182
151 158
120 138 120
95 104 91
76 60 79 69 60
48 38 52 45 40 34
30 24 19 15 12 30 26 23 20 17 15 13 11
9 8 6 5 4 3 2 2 1 1 1 10
1 9
1 8
0
80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115
115
114
113
112
111
DIFERENÇA EM MINUTOS ENTRE NR 15 E NHO 01

110
109
108
107
106
105
104
103
102
101
100
99
98
97
96
95
94
93
92
91
90
89
88
87
86
85
84
83
82
81
80
Pela evolução acima exposta, fica evidente o caráter excepcional de prejudicialidade do Anexo I da
NR 15, basta verificar que a carga real, verdadeira, é bastante superior ao que esse Anexo
estabelece. Fica claro que o disparate entre o correto (NHO 01) e o politicamente imposto (NR 15
– Anexo I), pois para mesmo nível sonoro há duas durações máximas de exposição.
Por exemplo. Para 95 dB(A) o máximo é 47,62 min, porém a NR 15 eleva para 120 mim. Em termos
de dose, derruba de 1.000 % (verdadeira) para apenas 400% (irreal).
Por isso é tão importante conhecer e saber aplicar o fator de dobra, mas principalmente
determinar o escopo e vigência de cada um.
Destoando da carga verdadeira, o Brasil, via Anexo I da NR 15, adotou o q=5 em 1978, e ainda
mantém, para fins de adicional de insalubridade, constituindo-se em um caso à parte, excepcional
mesmo, cuja equacionamento, derivado da equação fundamental, sofre alguns ajustes para
acomodar o q=5, conforme abaixo:
Fator de Dobra
NHO 01 da
Anexo I da NR 15
Parâmetro ACGIH (1976) ACGIH (2017) Fundacentro OSHA (2017) RFB e INSS
(1978)
(2001)

Critério de Dose 100% 8 h por Dose 100% 8 h por Dose 100% 8 h por Dose 100% 8 h por Dose 100% 8 h por
Referência dia 85 dB (A) dia 85 dB (A) dia 85 dB (A) dia 85 dB (A) dia 90 dB (A)

Fator de Troca NHO 01


5 5 3 3 5
(q ou ER)

Nível de
Limiar de 85 dB (A) 85 dB (A) 80 dB (A) 80 dB (A) 90 dB (A)
Integração
Função linear entre estímulo sonoro e dano auditivo?
Função Linear entre Estímulo e Dano Auditivo
12 16

14
10

12

8
10

6 8

6
4

2
2

0 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Estímulo Dano Auditivo


Se o dano auditivo for proporcional à energia acústica recebida pelo ouvido, então uma exposição a
um determinado nível de ruído por uma hora resultará no mesmo dano que uma exposição por duas
horas a um nível de ruído que é 3 dB menor do que o nível original. VERDADE CIENTÍFICA

VERDADE CIENTÍFICA geralmente aceita no mundo.

No entanto, existem ainda regras de dobra para 3 dB (A), 4 dB(A) e 5 dB(A) ainda em vigor:

✓ para EUA, no Brasil 3 dB (A), 4 dB(A) e 5 dB(A), a depender do regime dos trabalhadores
✓ para Brasil, 3 dB (A) ou 5 dB(A), a depender do bem jurídico protegido
✓ Israel e Chile, que usam apenas 5 dB(A)

O Departamento de Defesa (DoD) endossou o ER de 3 dB(A), juntamente com o PEL de 85 dB(A) e


recomenda-o para todos os militares das três forças, inclusive para outros ramos das forças armadas. ,
Demais países do mundo (todos) adotam 3 dB (A)

Depois de experimentar e propor a regra de energia igual ou 3 dB(A) e após um extenso estudo da Academia
Nacional de Ciências Bioacústicas-CHABA, a Força Aérea dos EUA introduziu a regra da energia igual em sua
regulamentação sobre exposição a ruídos perigosos em 1956.

Consenso geral esmagador favoreceu uso do 3 dB (A) em uma reunião especial do Comitê TLV em Aberdeen,
MD, em 1992.

Eldred, K.M., Gannon, W.J. e von Gierke, H.E. (1955). Critérios para exposição de curto prazo de
Pessoal para Ruído de Aeronaves a jato de alta intensidade. Nota Técnica WADC 55-355. Wright-
Patterson AFB, OH.

Serviços Médicos da Força Aérea (1956). Exposição ao ruído perigoso, FR 160-3

Sliney, D.H. (1993). Relatório do Comitê de Agentes Físicos da ACGIH. Appl. Occup. O Envirn. Hyg..
8(7): Julho.
Houve reunião especial em 1982 em Southampton, Inglaterra. Muitos dos principais investigadores de perda auditiva
induzida por ruído revisaram a literatura disponível no que diz respeito ao uso de energia igual.

O grupo endossou o uso da energia igual como o método mais prático e razoável de medir tanto o ruído
intermitente quanto o impacto/impulso entre 80 dB(A) e 140 dB(A).

Esta reunião produziu o consenso internacional que é a base da ISO-R-1999.

von Gierke, H.E., Robinson, D. e Karmy, S.J. (1982). Resultados do Workshop sobre Ruído de Impulso e
Risco Auditivo. Instituto de Pesquisa de Som e Vibração, Southhampton, Reino Unido, IsvR
Memorando 618, (outubro de 1981). J. Som e Vibração 83, 579-584.
Suter (1992) também concluiu que a taxa de câmbio de 3 dB(A) é o método mais firmemente apoiado pelas
evidências científicas agora disponíveis.

Alguns argumentos-chave resumidos foram:

1. O TTS2 (TTS medido 2 minutos após a exposição) não é uma medida consistente dos efeitos da exposição de um
único dia ao ruído e o NIPTS após muitos anos pode ser bem diferente do TTS2 produzido no final de um dia de 8
horas. A pesquisa falhou em mostrar uma correlação significativa entre TTS e PTS, e as relações entre TTS, PTS e dano
coclear são igualmente imprevisíveis.

Suter, A.H. (1992). A relação da taxa de câmbio com a audiência induzida por ruídos do contratante
reporta ao NIOSH. NTIS Nr. PB-93-118610 (setembro).
2.Dados de experimentos em animais apoiam o uso da taxa de câmbio de 3 dB(A) para exposições únicas de vários
níveis dentro de um dia de 8 horas. Mas há evidências crescentes de que a intermitente idade pode serneficial,
especialmente no laboratório. No entanto, esses benefícios provavelmente serão menores ou até mesmo inexistentes
no ambiente industrial, onde os níveis de som durante períodos intermitentes são consideravelmente maiores e onde
as interrupções não são uniformemente espaçadas.

3. Os dados de uma série de estudos de campo correspondem bem à regra da energia igual.

4. A suposição do CHABA sobre a Hipótese de Igualdade de Efeitos Temporários mostrou-se questionável na medida
em que algumas das exposições intermitentes permitidas pelo CHABA podem produzir padrões de recuperação
atrasados, embora a magnitude do TTS estivesse dentro dos limites "aceitáveis" e a recuperação crônica e incompleta
acelerará o PTS do advento. Os critérios do CHABA também assumem rajadas de ruído regularmente espaçadas,
intercaladas com períodos suficientemente silencioso que suscitam quantidade necessária de recuperação do TTS.

Suter, A.H. (1992). A relação da taxa de câmbio com a audiência induzida por ruídos do contratante
reporta ao NIOSH. NTIS Nr. PB-93-118610 (setembro).
Resumo sobre Gênese do Fator de Dobra (q=3)
1. Igualdade de energia que leva a dano auditivo é proporcional ao estímulo da fonte
2. Verificação empírica largamente evidenciada quanto a linearidade de q=3 ao dano
3. PTS ou NIPTS
4. Verificação de todas as bandas e não apenas os danos auditivos em 4.000 Hz
5. Avanço da acurácia de instrumentação que permitiu determinar inferior a 3 dB
6. Dano auditivo se houver aumento médio de 25 dB no limiar auditivo
7. Apenas considera as frequências de 500 Hz, 1000 Hz e 2000 Hz.
8. Direcionado à distribuição populacional
Função linear entre estímulo sonoro e dano auditivo?
Aplicação eSocial
Têm-se cinco trabalhadores de uma usina de reciclagem de entulho da construção civil,
conforme quadro:
Fisiologia do Som
Som Ruído
Sensação Agradável Misturas de sons indistintos
Qualidades Fisiológicas do Som - Altura

SOM BAIXO (baixa frequência-grave) SOM ALTO (alta frequência – agudo)


Qualidades Fisiológicas do Som - Altura
PAR AUDÍVEL → FREQUÊNCIA e PRESSÃO SONORA
2 x 10-5 Pa
2 x 102 Pa

Infra-som
audível
Ultra-som
102 W / m2
10-12 W/ m2

16 Hz 20.000 Hz
Disposição gráfica com dois (n) sinais sonoros. Forte (maior amplitude – A1) e Fraco (menor
amplitude – A2). Indicação de dois harmônicos com perfil soma dessas amplitudes.

Fonte: https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/fourier
Qualidades Fisiológicas do Som
Potência, Intensidade e Nível
• Nível de Potência Sonora 𝑵𝑾𝑺 Fonte
𝑊
• 𝑵𝑾𝑺 = 10. 𝑙𝑜𝑔 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑊0 = 10−12 𝑊
𝑊0

• Nível de Intensidade Sonora 𝑵𝑰 Trajeto


𝐼 −12 𝑊
• 𝑵𝑰 = 10. 𝑙𝑜𝑔 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝐼0 = 10
𝐼0 𝑚2

• Nível de Pressão Sonora 𝑵𝑷𝑺 Trabalhador


𝑃
• 𝑵𝑷𝑺 𝑜𝑢 𝛽 = 20. 𝑙𝑜𝑔 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑃0 = 20𝜇𝑃𝑎 𝑑𝐵
𝑃0
187/180

ESCALA DE MEDICAO

𝐽 𝑁. 𝑚 CTE
𝑊
2
= 𝑠2 = 𝑠2 = 𝑃 . 𝑣
𝑚 𝑚 𝑚

𝐼↔𝑃
Qualidades Fisiológicas do Som: PMPO – RMS

NE
Neq
Leq

http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAABaZEAK-6.jpg

Revise-se que o valor de pico é o valor máximo, já o valor de pico-a-pico é igual ao dobro do
valor do pico, pois os picos positivos e negativos são simétricos. O valor médio corresponde
a média aritmética de todos os valores numa onda senoidal, considerando um meio ciclo,
assim usado porque sobre um ciclo completo o valor médio seria zero. O Valor RMS (Root
Mean Square) de uma onda senoidal corresponde à quantidade de energia contínua capaz
de produzir a mesma potência dissipada. O valor eficaz (RMS) corresponde a 0,707 o valor
de pico.
Qualidades Fisiológicas do Som –
Nível de Pressão Sonora

𝑷 𝟐 𝒑
• 𝜷 = 𝟏𝟎. 𝒍𝒐𝒈 𝒐𝒖 𝜷 = 𝟐𝟎. 𝐥𝐨𝐠
𝒑𝟎 𝒑𝟎
Qualidades Fisiológicas do Som
Nível de Pressão Sonora

• A colisão provocada pelo movimento das partículas durante a


transferência de energia produz pressão sonora que pode ser
medida em Pascal [Pa]

• A faixa de resposta em frequência a qual o ouvido humano é


capaz de detectar variações do movimento das partículas
varia de 20Hz até 20kHz

• O Limiar de Audição, ou seja, a pressão mínima percebida


pelo ouvido humano é 20 µPa caso a frequência do som
esteja entre 1kHz e 4kHz

• Limiar da dor é próximo de 20Pa (120dB)


Qualidades Fisiológicas do Som
Nível de Pressão Sonora - Escala decibel
[dB]
Alexander Graham Bell
• Devida a faixa de pressão sonora Pa dB
perceptível pelo ouvido humano
variar de 20 µPa até 200Pa, ou 200 140
seja, 10.000.000 de vezes, se
20 120
utiliza a escala logarítmica para
medir som 10.000.000 x
2 100
0,2 80
P 0,02 60
• NPS = 20 × Log
20μPa
0,002 40
0,0002 20
0,00002 0
A escala de equivalência se valeu de que o sistema auditivo humano não escuta

linearmente os sons, ou seja, sons agudos, médios e graves de mesma intensidade

(estímulo) produzem sensações distintas. Ao se plotarem os pontos em um gráfico

cartesiano (pressão - Pa versus frequência - Hz) se percebe que a função matemática

logarítmica na base 10 é aquela que melhor se ajusta, estabelecendo que a sensação

sonora humana varia no logarítmico do estímulo. Nasce assim a escala de equivalência de

intensidade sonora intitulada Bell, em homenagem ao físico inventor do telefone. Por

I
definição o Bell = log que tem como referência o limiar de audibilidade (Io).
0I
O NS (nível sonoro ou nível de intensidade ou intensidade auditiva) de determinado som,

em Bell, que é a relação (quantas vezes maior) está esse som (I) em relação àquele limiar.

1
Aplica-se o submúltiplo “deci” ao nível sonoro NS (dB = B) por conta do melhor ajuste
10

da escala.

𝐼
𝑁𝑆 𝑑𝐵) = 10. 𝑙𝑜𝑔
𝐼0
Combinação de Intensidades Sonoras
Combinação de Intensidades Sonoras
𝐼 ✓ NIS da diferença = 1dB
Combinação de NIS 𝑁𝐼𝑆 𝑑𝐵) = 10 log
𝐼0
𝑊
✓ 𝐼0 = 10−12 (0 dB)
𝑚2
NIS ✓ 𝐼2 = 1,0 −2 𝑊
(100 dB)
Encontrar Intensidade para 100 dB 𝑚2

100 −2,1 𝑊
= log 𝐼/𝐼0 ) ✓ 𝐼1 = 10 (99 dB)
10 𝑚2

100
= log 𝐼/10−12 )
10
10 = log 𝐼 − 𝑙𝑜𝑔10−12

10 = log 𝐼 + 12𝑙𝑜𝑔10

10 - 12= log 𝐼
-2= log 𝐼
𝑊
𝐼 = 10−2 (100 dB)
𝑚2
𝐼 ✓ NIS da diferença = 1dB
Combinação de NIS 𝑁𝐼𝑆 𝑑𝐵) = 10 log
𝐼0
𝑊
✓ 𝐼0 = 10−12 (0 dB)
𝑚2
NIS ✓ 𝐼2 = 1,0 −2 𝑊
(100 dB)
Encontrar Intensidade para 99 dB 𝑚2

−2,1 𝑊
✓ 𝐼1 = 10 (99 dB)
𝑚2

99 99 9,9 = log 𝐼 − 𝑙𝑜𝑔10−12


= log 𝐼/𝐼0 ) = log 𝐼/10−12 )
10 10

9,9 - 12= log 𝐼 𝑊


9,9 = log 𝐼 + 12𝑙𝑜𝑔10 -2,1= log 𝐼 𝐼 = 10−2,1 (99 dB)
𝑚2
𝑁𝐼𝑆 𝐼
10
= log 𝐼/𝐼0 ) 𝑁𝐼𝑆 𝑑𝐵) = 10 log
𝐼0 NIS
NIS da Diferença = 1 dB Exemplo: 100 dB e 99 dB

1
= log 𝐼/10−12 )
10
Repete-se para NIS da
0,1 = log 𝐼 − 𝑙𝑜𝑔10−12 diferença de 0 dB a 15 dB
0,1 = log 𝐼 + 12𝑙𝑜𝑔10

0,1 - 12= log 𝐼 𝐼


𝑁𝐼𝑆 𝑑𝐵) = 10 log
𝐼0
-11,9= log 𝐼
𝑊
𝐼= 10−11,9
𝑚2

Monta a Tabela
e Gráfico
✓ NIS da diferença = 30dB
𝑊
✓ 𝐼2 = 1,0−3 (90 dB)
𝑚2

𝑊
✓ 𝐼1 = 10−6 (60 dB)
𝑚2

✓ 𝐼1 = 103 = 1.000 vezes (30 dB)

Encontrar quantas vezes a intensidade de uma


orquestra é maior de que uma conversa?
90
= 9 = log 𝐼/𝐼0 ) 𝐼/𝐼0 = 109
10
(-)
60
= 6 = log 𝐼/𝐼0 ) 𝐼/𝐼0 = 106
10

𝐼/𝐼0 = 103 = 1.000 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟


Diferença de NIS 𝐼
𝑁𝐼𝑆 𝑑𝐵) = 10 log
𝐼0 NIS
Dif entre Intensidade da
Soma ao maior
Intensidades Diferença
(dB)
(dB) (W/m2)
- 1,00E-12 3,00
0,20 2,90
0,40
0,60
2,80
2,70
100 + 100
0,80 2,60
NIS2 100,00
1,00 1,26E-12 2,50
1,50 2,30 NIS1 100,00
2,00 2,10
2,50 2,00 DIF NIS -
3,00 2,00E-12 1,80
3,50 1,60
DIVIDE por 10 s oma (-12) (12,00)
4,00 1,50 Intens i da de da Di ferença 0,000000000001
4,50 1,30
5,00 1,20 Intens i da de2 0,010000000000
5,50 1,10
6,00 3,98E-12 1,00 Intens i da de1 0,010000000000
6,50 0,90
7,00 0,80
Soma Intes 0,020000000000
7,50 0,70 NIS da s oma com ma i or 103,01
8,00 0,60
9,00 0,50 Soma dB com maior 3,0103
10,00 1,00E-11 0,40
11,00 0,30
13,00 0,20
15,00 3,16E-11 -
Diferença de NIS 𝐼
𝑁𝐼𝑆 𝑑𝐵) = 10 log
𝐼0 NIS
Dif entre Intensidade da 100 + 99 100 + 97
Soma ao maior
Intensidades Diferença
(dB) NIS2 100,00 NIS2 100,00
(dB) (W/m2)
NIS1 99,00 NIS1 97,00
- 1,00E-12 3,00
0,20 2,90 DIF NIS 1,00 DIF NIS 3,00
0,40 2,80 DIVIDE por 10 soma (-12) (11,90) DIVIDE por 10 soma (-12) (11,70)
0,60 2,70 Intensidade da Diferença 0,000000000001 Intensidade da Diferença 0,000000000002
0,80 2,60
Intensidade2 0,010000000000 Intensidade2 0,010000000000
1,00 1,26E-12 2,50
Intensidade1 0,007943282347 Intensidade1 0,005011872336
1,50 2,30
2,00 2,10 SomaIntes 0,017943282347 SomaIntes 0,015011872336

2,50 2,00 NIS da soma com maior 102,54 NIS da soma com maior 101,76
3,00 2,00E-12 1,80 Soma dB com maior 2,5390 Soma dB com maior 1,7643
3,50 1,60
4,00 1,50
4,50 1,30 100 + 95 100 + 93
5,00 1,20 NIS2 100,00 NIS2 100,00
5,50 1,10
NIS1 95,00 NIS1 93,00
6,00 3,98E-12 1,00
DIF NIS 5,00 DIF NIS 7,00
6,50 0,90
7,00 0,80 DIVIDE por 10 soma (-12) (11,50) DIVIDE por 10 soma (-12) (11,30)
7,50 0,70 Intensidade da Diferença 0,000000000003 Intensidade da Diferença 0,000000000005
8,00 0,60 Intensidade2 0,010000000000 Intensidade2 0,010000000000
9,00 0,50
Intensidade1 0,003162277660 Intensidade1 0,001995262315
10,00 1,00E-11 0,40
SomaIntes 0,013162277660 SomaIntes 0,011995262315
11,00 0,30
13,00 0,20 NIS da soma com maior 101,19 NIS da soma com maior 100,79
15,00 3,16E-11 - Soma dB com maior 1,1933 Soma dB com maior 0,7901
Diferença de NIS 𝐼
𝑁𝐼𝑆 𝑑𝐵) = 10 log
𝐼0 NIS
Dif entre Intensidade da 100 + 91 100 + 89
Soma ao maior
Intensidades Diferença
(dB) NIS2 100,00 NIS2 100,00
(dB) (W/m2)
NIS1 91,00 NIS1 89,00
- 1,00E-12 3,00
0,20 2,90 DIF NIS 9,00 DIF NIS 11,00
0,40 2,80 DIVIDE por 10 s oma (-12) (11,10) DIVIDE por 10 s oma (-12) (10,90)
0,60 2,70 Intens i da de da Di ferença 0,000000000008 Intens i da de da Di ferença 0,000000000013
0,80 2,60
Intens i da de2 0,010000000000 Intens i da de2 0,010000000000
1,00 1,26E-12 2,50
Intens i da de1 0,001258925412 Intens i da de1 0,000794328235
1,50 2,30
2,00 2,10 Soma Intes 0,011258925412 Soma Intes 0,010794328235
2,50 2,00 NIS da s oma com ma i or 100,51 NIS da s oma com ma i or 100,33
3,00 2,00E-12 1,80 Soma dB com ma i or 0,5150 Soma dB com ma i or 0,3320
3,50 1,60
4,00 1,50
4,50 1,30 100 + 87 100 + 85
5,00 1,20 NIS2 100,00 NIS2 100,00
5,50 1,10 NIS1 87,00 NIS1 85,00
6,00 3,98E-12 1,00
DIF NIS 13,00 DIF NIS 15,00
6,50 0,90
7,00 0,80 DIVIDE por 10 s oma (-12) (10,70) DIVIDE por 10 s oma (-12) (10,50)
7,50 0,70 Intens i da de da Di ferença 0,000000000020 Intens i da de da Di ferença 0,000000000032
8,00 0,60 Intens i da de2 0,010000000000 Intens i da de2 0,010000000000
9,00 0,50 Intens i da de1 0,000501187234 Intens i da de1 0,000316227766
10,00 1,00E-11 0,40
Soma Intes 0,010501187234 Soma Intes 0,010316227766
11,00 0,30
13,00 0,20 Soma dB com ma i or 100,21 NIS da s oma com ma i or 100,1352
15,00 3,16E-11 - 0,2124 Soma dB com ma i or 0,1352
Diferença de NIS 𝐼
𝑁𝐼𝑆 𝑑𝐵) = 10 log
𝐼0 NIS
Dif entre Intensidade da
Intensidades Diferença
Soma ao maior
(dB) Combinação de duas intensidades sonoras, cujas
(dB) (W/m2)
- 1,00E-12 3,00 diferenças entre 0 e 15, soma de 3 a 0 decibéis ao
0,20 2,90
0,40 2,80 maior delas 15,00
0,60 2,70 15,00
0,80 2,60 14,00
1,00 1,26E-12 2,50 13,00
13,00
1,50 2,30
12,00
2,00 2,10 11,00
2,50 2,00 11,00
10,00
3,00 2,00E-12 1,80 10,00
9,00
3,50 1,60 9,00
4,00 1,50 8,00
8,00 7,50
4,50 1,30 7,00
7,00 6,50
5,00 1,20 6,00
5,50 1,10 6,00 5,50
5,00
6,00 3,98E-12 1,00 5,00 4,50
4,00
6,50 0,90 4,00 3,50
7,00 0,80 3,00 2,90 2,80 3,00
2,70 2,60 2,50
3,00 2,30 2,102,50
7,50 0,70 2,00 2,00 1,80
1,60 1,50
2,00 1,50 1,30 1,20 1,10
8,00 0,60 0,80 1,00 1,00 0,90 0,80
0,70 0,60 0,50
9,00 0,50 1,00
0,20 0,40 0,60 0,40 0,30 0,20
- -
10,00 1,00E-11 0,40 -
3,00 2,90 2,80 2,70 2,60 2,50 2,30 2,10 2,00 1,80 1,60 1,50 1,30 1,20 1,10 1,00 0,90 0,80 0,70 0,60 0,50 0,40 0,30 0,20 -
11,00 0,30 Dif entre Intensidades (dB) - 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50 6,00 6,50 7,00 7,50 8,00 9,00 10,0 11,0 13,0 15,0
13,00 0,20 Soma ao maior (dB) 3,00 2,90 2,80 2,70 2,60 2,50 2,30 2,10 2,00 1,80 1,60 1,50 1,30 1,20 1,10 1,00 0,90 0,80 0,70 0,60 0,50 0,40 0,30 0,20 -
15,00 3,16E-11 -
Dif entre Intensidades (dB) Soma ao maior (dB)
80 dB 80 dB

89
90 dB
Dif entre Intensidade da
Soma ao maior
Intensidades Diferença
(dB) (W/m2)
(dB) 83 dB
- 1,00E-12 3,00
0,20 2,90
0,40 2,80
0,60 2,70
0,80 2,60
1,00 1,26E-12 2,50
1,50 2,30
2,00 2,10
2,50
85 2,00
3,00 2,00E-12 1,80
86 x dB
3,50 1,60
4,00
4,50
87 1,50
1,30
5,00 1,20
5,50 1,10
88
85
6,00
893,98E-12 1,00
Figura 5: Curvas isofônicas – NPS (dB) x frequência (Hz) – não linearidade nas curvas isoaudíveis a 1 kHz – fon (ou phon).

Fonte: Magalhaes (2017)[i]

[i] Magalhães, Diogo Amaral de; PINHO ALVES FILHO, José de. Por que é mais difícil escutar os sons graves do que os sons médios e agudos? Caderno Brasileiro de Ensino
de Física, Florianópolis, v. 34, n. 1, p. 331-338, maio 2017. ISSN 2175-7941
Ponderação em frequência
Uma definição simplista da Ponderação em Frequência: resposta de filtros eletrônicos
que tem por objetivo simular fidedignamente a mesma resposta (sensação) que o
sistema auditivo teria quando submetida aos estímulos acústicos nas diferentes
amplitudes e frequências quando exposto ao ruído.
Ponderação em frequência
Dessas curvas, a curva A é a que melhor se ajusta à natureza
humana. Os medidores de ruído dispõem de um computador para
as velocidades de respostas, de acordo com o tipo de ruído a ser
medido. A diferença entre tais posições está no tempo de
integração do sinal ou constante de tempo.

• Slow – resposta lenta – avaliação de ruídos contínuos ou


intermitentes, avaliação de fontes não estáveis. Captura de
energia a cada 1000 ms.

• Fast – resposta rápida – avaliação legal de ruído de impacto


(com ponderação dB (C)). Captura de energia a cada 125 ms.

• Impulse – resposta de impulso – para avaliação legal de ruído


de impacto (com ponderação linear). Captura de energia a
cada 35 ms.
Qualidade Requerida do Medidor Integrador de
Ruído

Para garantir que as qualidades fisiológicas do som sejam mensuradas


fidedignamente ao sistema auditivo humano a utilização de um medidor
integrador de ruído confiável, fabricado de acordo com as normas
internacionais se faz necessária!
Aplicação1- Medição de Ruído em Área

Atender a NBR10151 - Estudo de isolamento acústico, projetos de salas de cinema,


salas de teatro, em áreas rurais em períodos noturnos.

Amplitude: O medidor integrador de ruído deve possuir a faixa de medição dinâmica


capaz de integrar o ruído próximo dos limiares de audição e da dor (D ≈ 10.000.000 X)

Frequência: Medir próximo das faixas de frequência de 20Hz até 20kHz

Taxa de amostragem: próximo de 40kHz (40.000 medições por segundo)

Tipo de instrumento requerido: Medidores de nível sonoro ou analisadores de


frequência acoplado ao microfone
Aplicação2 - Medição de Ruído em indivíduos
(pessoal

Atender as normas (RFB, MTb e INSS)

Amplitude: O medidor integrador de ruído deve possuir a faixa de medição dinâmica


capaz de integrar o ruído entre 60dB e 130dB (D ≈ 1.000 X)

Frequência: Medir próximo das faixas de frequência de 125Hz até 8kHz

Taxa de amostragem: próximo de 16kHz (16.000 medições por segundo)

Tipo de instrumento requerido: Audiodosímetro convencional ou audiodosímetro


com bandas de oitava acoplado a microfone.
Qualidade Requerida do Medidor Integrador de
Ruído

Taxa de amostragem ≥ 40.000 medições por segundo

Variações de
1.000.000x em
Amplitude

Diferenças de até 1.000x no 


Qualidade Requerida do Medidor Integrador de
Ruído
Ruído do Ambiente

Decomposição do ruído
realizada pelo medidor
Qualidade Requerida do Medidor Integrador de
Ruído
Importante:
Não confundir limitação de faixa de medição com instrumentos de baixa qualidade!

Problema dos medidores de baixa qualidade:


Não possuem taxa de amostragem adequada

Problema dos celulares:


não mede amplitude correta

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