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RESUMO
Este estudo teve por objetivo realizar a avaliação quantitativa de ruído (inserido nos riscos
físicos), verificando se os resultados atendem às normas vigentes. Tal avaliação é realizada
através de medições in loco com o aparelho Dosimetro CIRRUS 5733. Com a Norma
Regulamentadora 15, e seu anexo nº1, foi possível determinar os limites de tolerância para o
ruído de 85 dB(A) para 8 horas diárias, porém os resultados encontrados são de 54,7dB(A).
verificou-se que o nível de ruído encontrado foi de 55,4 dB (A) para 8 horas diárias, ou seja, o
resultado não ultrapassou os limites determinados no Anexo nº 1 da NR 15. Sendo assim, a
exposição não apresenta riscos a integridade física e mental do trabalhador.
ABSTRACT
This study aimed to perform the quantitative assessment of noise (inserted in the physical
risks), checking if the results meet the current standards. Such evaluation is carried out
through on-site measurements with the Dosimetro CIRRUS 5733 apparatus. With Regulatory
Standard 15, and its annex 1, it was possible to determine the tolerance limits for noise from
85 dB (A) for 8 hours daily, however the results found are 54.7dB (A). it was found that the
noise level found was 55.4 dB (A) for 8 hours a day, that is, the result did not exceed the
limits determined in Annex No. 1 of NR 15. Therefore, the exposure does not present risks to
physical and mental integrity of the worker.
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1. INTRODUÇÃO
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inúmeros benefícios para as plantas industriais e avanço tecnológico, as máquinas são
responsáveis pela produção de enfermidades profissionais, que podem causar danos
irreversíveis ao trabalhador (SILVA, 2019).
O ruído é o responsável pelas mais frequentes enfermidades irreversíveis que
ocorrem no mundo, causando danos à saúde do trabalhador TAVARES,2019) A perda
auditiva é o principal dano, porém um ambiente ruidoso pode causar, também, distúrbios e
efeitos psicológicos, ocasionando na queda de atenção e desempenho no trabalho, podendo
provocar um acidente de trabalho.
O tipo de máquinas e equipamentos utilizados para o presente trabalho são motores,
bombas, vasos de pressão e vent’s. Para proporcionar a segurança do trabalhador, o operador
desse tipo de máquina deve ser devidamente treinado e certificado para exercer tal função.
O estudo de caso está voltado para 05 tipos de funções que estão em contato com o
mesmo tipo de risco físicos, ergonômicos e de acidentes. Nesse contexto, a pesquisa tem
como objetivo realizar a avaliação quantitativa de ruído (inserido nos riscos físicos),
verificando se os resultados atendem às normas vigentes. Tal avaliação é realizada através de
medições in loco com o aparelho Dosimetro CIRRUS 5733. Os cargos analisados são:
1. Engenheiro;
2. Técnico Mecânico
3. Técnico Sr. Instrumentação
4. Técnico Eletricidade;
5. Técnico Produção Líquido
2. RUÍDO
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Em 1970, nos Estados Unidos, foi criada a primeira legislação que tornou obrigatória
medidas de prevenção do ruído através de um Programa de Conservação Auditiva, orientando
ações semelhantes em todo o mundo (GONÇALVES, 2009).
A Portaria nº 19, de 9 de abril de 1998, instituiu pelo item 1.2 como um dos objetivos
do Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional – PCMSO “Fornecer subsídios para a
adoção de programas que visem à prevenção da perda auditiva induzida por níveis de pressão
sonora elevados e a conservação da saúde auditiva dos trabalhadores.”
Segundo Gonçalves (2009), as primeiras dificuldades do portador de Perda Auditiva
Induzida pelo Ruído, são relacionadas à impossibilidade de ouvir sons comuns de seu
cotidiano, com a evolução esta dificuldade ocorre na comunicação interpessoal
comprometendo a compreensão da fala. Como efeito no meio social o trabalhador
erroneamente é considerado desatento ou antissocial. E tal dificuldade gera para o trabalhador
nervosismo, ansiedade, isolamento, irritação, fadiga, estresse e perda da autoestima.
Além do que já foi citado, o ruído causa dores de cabeça, atos de violência,
depressão, fadiga e, até mesmo, desestímulo sexual. Sendo assim, não importa o tipo de ruído,
seja ele urbano ou industrial, é sempre incomodo e provoca malefícios à saúde (TAVARES,
2019).
2.1 DEFINIÇÃO
Ruído define-se como um tipo de som indesejável e incômodo que se tipifica entre os
agentes contaminante de tipo físico. O Ruído apresenta-se como um som ou grupo de sons de
tal amplitude que pode ocasionar adoecimentos ou interferência no processo de comunicação.
Quanto à diferença entre som e ruído, sabe-se que o primeiro pode ser quantificado, enquanto
que o segundo é considerado um fenômeno subjetivo (GANIME et al., 2010).
De acordo com Marques (2019), as máquinas e equipamentos utilizados pelas
empresas produzem ruídos que podem atingir altos níveis, podendo ser de curto, médio e
longo prazo, e provocar sérios prejuízos à saúde. Dependendo do tempo de exposição, nível
sonoro e da sensibilidade individual, as alterações danosas poderão manifestar-se
imediatamente ou gradualmente. Quanto maior o nível de ruído, menor deverá ser o tempo de
exposição ocupacional.
O anexo nº 1 da NR15 – Atividades e Operações Insalubres, aponta que o ruído pode
ser classificado em ruídos de Impacto e ruídos contínuos ou intermitentes, para fins de
comparação com o limite de tolerância do trabalhador exposto
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Gosling e Araújo (2008), descrevem o ruído de impacto como um tipo de ruído que
apresenta picos de energia acústica. Cada pico deve durar menos de um segundo, sendo que o
próximo pico só pode ocorrer no mínimo um segundo depois do último. Caso a duração do
pico seja superior a um segundo e/ou o intervalo entre picos seja inferior a 1 (um) segundo o
ruído torna-se contínuo.
O termo PAIR, que se refere a Perda Auditiva Induzida pelo Ruído, é o utilizado pelo
Ministério do Trabalho e Emprego, pela Previdência Social e pelo Ministério da Saúde,
porém alguns pesquisadores ainda usam o termo PAIRO – Perda Auditiva Induzida pelo
Ruído Ocupacional ou Surdez Ocupacional.
As perdas auditivas são decorrentes da exposição em níveis elevados de pressão
sonora e são caracterizadas por lesões irreversíveis. Gonçalves (2009), descrê cada dano ao
sistema auditivo com os seguintes critérios:
Trauma acústico: lesões decorrentes de exposição única a níveis muito elevados de
pressão sonora, como uma explosão. Trata-se de uma lesão permanente e imediata, uni
ou bilateral.
Mudança temporária de limiar auditivo (MTLA): dificuldade auditiva que surge após
exposição a ruído intenso por intervalo curto de tempo, acompanhado ou não de
zumbido, a audição retorna aos limiares anteriores à exposição após repouso acústico.
Perda auditiva induzida por ruído (PAIR): lesão permanente na audição após
exposição repetida e prolongada a ruído intenso, acompanhada ou não de zumbido,
podendo ser devido ao ruído ocupacional ou social (lazer, hábitos sonoros etc.).
(GONÇALVES, 2009, p. 49).
Para analisar se a perda auditiva foi ocupacional é preciso considerar o histórico
laboral do trabalhador juntamente com os resultados laboratoriais e de avaliação
audiométrica. Os indivíduos possuem susceptibilidade diferente mesmo que expostos às
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mesmas condições de ambiente de trabalho. A idade também provoca um rebaixamento do
limiar auditivo.
Nesse sentido, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu em 1980 as
alterações causadas por ruído intenso, sendo elas:
No sistema neurológico: alterações nas funções fisiológicas e sobre o psiquismo,
podendo surgir tremores nas mãos, diminuição da reação a estímulos visuais,
desencadeamento de crises epiléticas e mudanças na percepção visual das cores.
No aparelho circulatório: alterações na pressão arterial e no funcionamento do
coração. No aparelho digestivo: alterações dos movimentos peristálticos e aumento da
produção de ácido clorídrico.
No sistema endócrino: alteração no funcionamento das glândulas endócrinas e dos
hormônios que têm sua produção aumentada pelo estresse (adrenalina e cortisol,
hormônio do crescimento, prolactina).
No sistema imunológico: alterações nos elementos que atuam na defesa imunológica.
No psiquismo: sentimento de irritação, falta de vontade, desconforto, indisposição,
ansiedade, depressão, diminuição da eficiência e da produtividade.
4. MÉTODOS
A avaliação foi realizada no dia 19/11/2019, nos setores (Prédio Administrativo, sala
de Controle, e Área de Processo) de uma empresa global de gases industriais e engenharia
localizada localizado em Ourilândia do Norte. Esse procedimento foi realizado seguindo o
fluxograma abaixo:
Sistema
Construtivo
Posição de
Máquinas e
operadore
Identificação
Fontes sonoras
Ações
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Durante a visita in loco para as medições, o trabalhador estava usando seus EPI’s,
tais como: uniforme completo, bota de couro e Protetor Auricular tipo CA – 18190 – 15db
(Figuras 2 e 3).
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Para a verificação do nível de ruído, primeiramente foi explicado ao trabalhador o
tipo de ensaio a ser realizado e apresentado o equipamento ao mesmo. Após as explicações, as
medições puderam ser realizadas.
Foi afixado na gola da camisa do trabalhador, lado direito a mais ou menos 10 cm de
distância da região auditiva, o receptor do equipamento. Após aferição e instalação do
equipamento e coleta de dados, o trabalhador foi liberado para exercer suas atividades
normalmente, com o aparelho preso ao corpo.
O trabalhador exerceu suas atividades diárias normalmente com o serviço de carga e
descarga de caminhões de açúcar. Deu-se início a atividade às 9:15 da manhã e tendo seu
encerramento as 13:00, onde o colaborador encerrou suas atividades para intervalo de almoço.
Às 13:20 o aparelho foi retirado do corpo do mesmo e encaminhado para retirada de dados da
medição.
Durante o período de medições, foram descarregadas duas carretas com 24 Bags de
açúcar e 4 caminhões com a mesma carga. As análises foram encerradas, sem nenhum relato
de incomodo pelo trabalhador.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Fonte – Norma Regulamentadora 15 (NR 15)
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Figura 6 – Resultado de nível de ação do tempo de medição (Lavg) e de média ponderada do nível de pressão
projetada para 8 horas (TWA)
6. CONCLUSÃO
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conforme o item 9.3.6 da NR 9 (PPRA), também não apresentou ultrapassagem em todas as
avaliações realizadas. Logo fica definido que a empresa não necessita realizar a entrega
obrigatória da proteção auditiva (EPI) para os colaboradores do setor avaliado e seus
respectivos colaboradores em seus grupos homogêneos de exposição. Quanto a configuração
da exposição ao agente avaliado o nível de pressão sonora encontrado foi inferior ao definido
como limite de tolerância, sendo condicionado como, NPS Avaliado < LTNR 15,
caracterizando o ambiente de trabalho como salubre.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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