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Integrantes: Malziel, Nicolas, Hilquias, Pedro metos

1. Introdução
Os ambientes laboratoriais é o principal ambiente de trabalho para os
enfermeiros. Deve-se levar em consideração que o meio ambiente é nocivo e
pode trazer sérias consequências para a saúde dessa população, haja vista a
exposição diária dos trabalhadores a esse ambiente notoriamente insalubre.
Dentre os muitos de riscos ambientais enfrentados pela equipe de
enfermagem, o ruído físico gerado no ambiente hospitalar ou externo pode
colocar em risco a saúde desses trabalhadores.

O assunto da acústica é bastante complexo, mas muito importante para o


ouvido humano. Determina o comportamento e afeta os sentimentos das
pessoas, e em algumas situações causa problemas com a saúde humana. A
exposição ao ruído é insignificante em alguns casos, mas a longo prazo e após
uma certa idade, afeta a qualidade da audição ou a falta dela, ou pode se
tornar um problema para algumas atividades. Atualmente, a qualidade acústica
é um requisito de habitabilidade geralmente negligenciado por quem não
convive com o ruído, mas que incomoda quem está exposto a ele, seja no
trabalho ou em locais com ambientes acústicos adversos.

Para algumas pessoas, nada pode ser agradável, enquanto para outras, o
mesmo som pode ser percebido como ruído. Neste contexto, assume que ruído
é qualquer som desagradável ao ouvido humano. Não é fácil conciliar a
diferença ou diferença entre som e ruído. No entanto, a sensação de "ruído" ou
de boa música que não foi ouvida é percebida por todos os ouvidos da pessoa,
embora de forma ou grau variável. Todas as pessoas que trabalham sentem
desconforto ou satisfação em relação a determinados aspectos do seu local de
trabalho. Em particular, isso é sentido pelos colaboradores que trabalham em
sala comum com outros colegas; isso é realidade há também fatores pessoais,
sociais e culturais, entre outros, que, como todos os espaços de trabalho,
interferem no modo de vida nesses espaços.

De acordo com a Agência de Proteção Ambiental dos EUA, o nível de ruído em


um hospital não deve exceder 45 dB durante o dia e 35 dB à noite9. A
Organização Mundial da Saúde recomenda 30 a 40 dB para quartos
hospitalares. A Norma Brasileira (NBR) 10152 estabelece níveis de ruído
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compatíveis com o conforto acústico em diversos ambientes, de modo que em


hospitais os valores de ruído medidos em decibéis variam entre 35 e 45 dB em
apartamentos e quartos. Partindo da hipótese de que os níveis de ruído no
ambiente hospitalar são elevados e podem afetar a saúde dos enfermeiros,
este estudo tem como objetivo analisar os níveis de ruído no ambiente
laboratoriais e seu efeito na saúde dos enfermeiros.

O silêncio deveria ser prioridade nos ambientes hospitalares, mas observa-se


exatamente o contrário, com predomínio do ruído e em muitas situações com
níveis de pressão sonora (NPS) insalubres. Segundo a Organização Mundial
da Saúde (OMS), o ruído pode interferir no trabalho, no descanso, no sono e
na comunicação humana, causando reações psicológicas, fisiológicas e
patológicas ao mesmo tempo.

Muitos hospitais estão localizados em locais sujeitos a fontes externas de


ruído, como tráfego nas principais ruas, aeroportos, etc. No entanto, esse
ruído não vem apenas de fora do ambiente hospitalar, a poluição sonora está
presente em unidades de terapia intensiva, unidades de internação,
ambulatórios, centros cirúrgicos, corredores de circulação, sendo o uso de
equipamentos com alarmes sonoros a principal causa do ruído e a atuação de
uma equipe interdisciplinar que, sem o devido conhecimento dos problemas
causados pelos altos níveis de ruído, contribuem ainda mais para atitudes e
comportamentos inadequados, prejudicando seu próprio bem-estar e saúde.

A falta de conforto acústico afeta a produtividade, concentração e bem-estar do


trabalhador. A falta de informações sobre esse tipo de espaço e sua aceitação
pelas empresas do país é crescente. O formato se espalhou pelo mundo.
Assim, surge uma questão de investigação: “Serão as qualidades acústicas o
momento decisivo e definidor destes espaços? ” Leva à ansiedade, que de
certa forma já parece ser a necessidade de explorar esse tema em torno do
ruído, principalmente na tipologia do espaço.

É dessa realidade suje o interesse dos estudos realizados e da carência de


estudos, medições dos níveis de pressão sonora e análise do uso e avaliação
do uso de características voltadas especificamente para o estudo da qualidade
acústica, pode-se deduzir que o uso desses espaços não era o objetivo. Das
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melhores formas de tratamento. Da mesma forma, a questão do conforto


auditivo não foi vista como um problema para os trabalhadores ou como um
fator que influencia na qualidade de sua atuação profissional nessa área.

REVISÃO BIBLIOGRAFICA

As constantes evoluções do processo de trabalho convergiram para o


aumento da produtividade e sua concomitante capacidade de expansão,
elencados a isto a produção industrial a partir da revolução industrial sofrerá
um ápice com forte competividade incorporada aos processos industriais,
aumentando-se assim a produção em massa. Ao longo dos anos, todavia, vê-
se que em paralelo a evolução industrial houvera o aumento dos riscos
ocupacionais, isto pois, a avaliação e prevenção dos riscos ambientais
expostos ao trabalhador não se dera a passos longos como ocorrerá nos
processos produtivos (SANTOS; CHAVES, 1998).

Neste paradigma, ao mesmo tempo que se vê nascer o crescimento


industrial, dar-se também o aumento gradual das doenças acometidas pelo
grau de exposição ao meio ambiente do trabalhador. Entre as quais, cabe
destacar a PAIR, perda auditiva induzida pelo ruido, uma vez que sua presença
ainda em tempos atuais se mantém fortes no ambiente laboral, tornando-se
uma das principais causas de doenças incapacitantes em decorrência de
prolongada exposição ao ruido (GUERREIRO, 2002).

Este estudo objetivou realizar uma revisão sistemática da literatura em


que se compreende o controle de ruídos no ambiente industrial como
instrumento para conforto acústico, tendo em vista, sobretudo, o grau de
exposição permeados no ambiente laboral, configurando-se, portanto, um risco
ocupacional e neste aspecto comumente identificado no meio industrial, com o
fim de delinear o estudo dos ruídos neste ambiente, os métodos de controle
existentes, bem como seus danos e agravos a saúde do trabalhador.
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O BERÇO DA INDUSTRIALIZAÇÃO E A POLUIÇÃO SONORA NO AMBIENTE


LABORAL

Ao aborda este assunto, faz-se de suma importância a conceituação do


som e suas propriedades físicas. O som, de acordo com Fernandes (2013), é
resultante das vibrações das pressões no ar, deste modo qualquer fenômeno
que produza ondas de pressão no ar é conceituado como uma fonte sonora,
que possuem como características a intensidade sonora, o espectro sonoro e a
frequência.

De acordo com Ribeiro e Câmara (2008), a intensidade sonora é


compreendida como a energia transportada pelo som em uma unidade de área,
ou seja, a quantidade de energia consolida a intensidade do som. O espectro
sonoro é tido, por sua vez, como produto do total de ondas que compreendem
sons audíveis e não audíveis. A Frequência é a porção da grandeza
quantificável das oscilações por unidade de tempo e verifica-se em Hertz (Hz).

Neste sentido, cabe destacar as diferenças entre som e ruido, uma vez
que o som é um fenômeno que produz ondas de pressão no ar, o ruido nesse
aspecto é considerado um som de caráter desagradável, um agente nocivo
capaz de provocar o desequilíbrio fisiológico do organismo com danos para
além de lesões auditivas que podem evoluir por ora, a surdez.

De acordo com Santos e Chaves (1998), o som é considerado “qualquer


perturbação vibratória em um muro elástico que produz uma sensação
auditiva”, enquanto o ruido é caracterizado como som infortuno e desagradável,
infelizmente compreendidos em muitas ocasiões como sinônimos. Os efeitos
deletérios do ruido foram descritos desde os primórdios, por volta de 1700 d.c,
Bernardino Ramazzini, descrevia a doença dos bronzistas como doença de
causa laboral, ao corroborar o nexo causal da surdez dos ferreiros com o
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excesso de ruido continuo provocado pelas marteladas no bronze durante todo


o dia.

A discursão da perda auditiva induzida por ruido faz parte, portanto de


longo histórico permeado ao ambiente laboral, em que acabará de se agravar
com o aumento da mecanização nas indústrias e atividades agrícolas, trazendo
à tona a estrita necessidade de se regulamentar e propor diretrizes e normas
capazes de dirimir este problema. Visto a esta perspectiva, a exposição ao
ruido é revelado desde os primórdios como fator conexo ao meio laboral
(GUERREIRO, 2002).

2.1. MEDIÇÃO DA EXPOSIÇÃO AO RUÍDO

O controle dos níveis de ruido fora implantado no Brasil a partir da


década de 80, através na Norma Regulamentadora 15, e trouxe consigo a
necessidade de se permear e analisar os efeitos dos variados tipos de ruídos
durante a exposição do ambiente laboral do trabalhador. Neste sentido, deu-se
início ao chamado Nível Sonoro Contínuo Equivalente (Leq) desprendido ao
nível sonoro constante durante o tempo de exposição, o que equivale a
diversos tipos de ruido durante o mesmo intervalo de tempo de exposição
(FERNANDES, 2013).

Conforme Guerreiro (2002), finalidade houve a criação da NR15 em que


trata as atividades e operações insalubres, referente à exposição ao ruido com
abordagem aos limites de ruido continuo, intermitente e de impacto.
Corroborando a este aspecto, a Norma Regulamentadora 15, conforme o
Ministério do Trabalho (BRASIL, 2002), sendo caracterizados, como:

2.1. Classificação dos Ruídos

I. Contínuo Estacionário: ruídos cujas variações se dão em níveis


desprezíveis durante o período de observação, com presença de flutuação;

Figura – 01 Ruído Continuo


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(FONTE: FERNANDES, 2013)

II. Intermitente: ruído com variações expressivas;

Figura – 02 Ruído Intermitente

(FONTE: FERNANDES, 2013)

III. Ruido de impacto: possui picos de energia de duração >1s, forma de


onda com intensidade que varia de 100 dB para 140 Db.

Figura – 03 Ruído Impulsivo

(FONTE: FERNANDES, 2013)

2.3. EFEITOS DO RUIDO SOBRE A SAÚDE DO TRABALHADOR

Os efeitos deletérios do ruido considera não apenas a intensidade, como


também a duração da exposição ao ruído, levando-se em consideração a
frequência, quer alta, quer baixa, o tipo de ruido com padrão de impulso ou
não, tidos, por conseguinte como elementos relevantes ao surgimento de
perturbações ao organismo humano. São vários os fatores que colaboram para
o aparecimento das lesões auditivas ocasionados pelo ruído, visto a este
aspecto, considera-se o limiar de nocividade do ruido entre 80 e os 87dB.
Nesta perspectiva qualquer ruído superior a 85dB é nocivo ao organismo,
apresentando, portanto, um risco considerado e lesivo ao ser humano
(RIBEIRO; CAMARA, 2008).

Quanto a frequência do ruido, a poluição sonora mais perigosa são os


de alta frequência, superiores a 1000Hz. A diversidade de ruídos industriais
contempla uma gama de ampla frequência. No que se compreende o tempo de
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exposição, o efeito adverso do ruído é proporcionalmente paralelo a sua


duração da exposição associado diretamente a quantidade de energia sonora
que se chega ao ouvido. Quanto a natureza do ruído, a exposição intermitente
é menos nociva do que a exposição continua, neste aspecto os ruídos
contínuos constituem sério problema dentro dos ambientes industriais,
explorações agrícolas, estaleiros de construção, fabricas têxteis e entre outros
(FERNANDES, 2013).

A exposição neste sentido tem efeitos sobre todo o organismo com


atenção não apenas a saúde do ouvido, como também prejudicial a outros
sistemas, como o cardiovascular em que se percebe o dano a longo prazo com
o aumento da pressão arterial e liberação da adrenalina associado a carga
adrenérgica, ocasionada pelo pico de cortisol, paralelo ao aumento do cortisol
(GUERREIRO, 2002).

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