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pois o ruído pode indicar a presença de um perigo (um carro, uma empilhadora,
uma serra elétrica etc.), que pode ser diferenciada devido às diferentes
amplitudes (“volumes”/ potências do som) e frequências (agudo, médio ou grave)
das ondas sonoras.
Esta base de dados permite obter uma base útil para as decisões sobre as
medidas a tomar para a redução do ruído, uma vez que define de forma precisa
a emissão sonora de cada máquina e equipamento, permitindo compará-lo com
os valores indicados pelo fabricante.
Para a seleção dos protetores auditivos depende do tipo de ruído a que se está
exposto. A ficha técnica do fornecedor indica a redução do nível de ruído de
acordo com as caraterísticas do ruído. Por exemplo, para uma frequência um
protetor pode reduzir em x% e para uma frequência maior a redução já ser de x-
y%. Há, portanto, que se considerar uma avaliação de risco detalhada para
caraterizar a predominância do tipo de ruído, uma vez que num ambiente de
trabalho podem existir diversos tipos de ondas sonoras. Nesta seleção deve
sempre escolher-se equipamentos com marca de certificação e em
conformidade com as normas europeias harmonizadas ou nacionais existentes
e, se existirem algumas oportunidades de escolha adequada, optar sempre pela
solução mais confortável. No entanto, confortáveis não indicam exclusão
completa do ruído, pois, como já foi referido, o ruído pode ser determinante para
a comunicação, para alertar ameaças e situações de emergência. Por outro lado,
há que ter ainda em conta que diversas profissões/ atividades (condutores de
gruas, pilotos, apresentadores de televisão) necessitam de auriculares ou de
auscultadores para se comunicarem e conseguirem desenvolver com segurança
e sucesso as suas tarefas – nestes casos pode ser importante que tais
equipamentos tenham um sistema de anulação do ruído, a fim de garantir uma
comunicação clara e minimizar os riscos de acidente.
Este decreto vem definir que não é permitida, em situação alguma, a exposição
pessoal diária ou semanal de trabalhadores a níveis de ruído iguais ou
superiores a 87 dB(A) ou a valores de pico iguais ou superiores a 140 dB(C),
sendo estes valores definidos como os Valores Limite de Exposição (VLE) ao
ruído, em cuja determinação se passa a considerar a atenuação dos protetores
auditivos.
O nível de ação é definido por dois níveis distintos, denominados como valores
de ação inferiores e valores de ação superiores, respetivamente. Consoante
estes valores, existem três níveis de intervenção:
• Instantâneos (SPL);
• Médios (LAeq);
• Estatísticos ou por percentis (por exemplo: L95, L50, L10);
• Máximos e mínimos (Lmax, Lmin).
Como critério genérico para avaliar a exposição ao ruído pode ser aplicada a
tabela seguinte:
As medições do ruído são por isso fundamentais para assegurar a proteção dos
trabalhadores contra os danos decorrentes da exposição. Assim o empregador
garante a segurança e a saúde dos trabalhadores, mas também do meio e
pessoas envolventes.
REFERÊNCIAS
Espiral Soft (2017). Módulo e Higiene do Trabalho (versão 5.0)
SESI (2010). Napo - Calem esse ruído! Disponível em
https://www.youtube.com/watch?time_continue=119&v=2NMglWi9USI e
acedido no dia 29/11/2017