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Riscos físicos são riscos ambientais que se apresentam em forma de energia como os
ruídos, temperaturas extremas, vibrações, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, frio,
calor, pressões anormais e umidade. Neste trabalho consideraremos os efeitos no trabalhador,
as formas de avaliação, e medidas de controle no ambiente para os riscos físicos abaixo:
- ruídos;
- vibrações;
- umidade;
- calor.
2.0 Ruídos
Quanto maior o nível de ruído, menor deverá ser o tempo de exposição ocupacional.
- fadiga nervosa;
- hipertensão;
- perturbações gastrointestinais;
Essa norma regulamentadora também estabelece que o limite máximo para exposição ao
ruído contínuo ou intermitente é de 115 dB(A), para indivíduos que não estejam devidamente
protegidos.
Em relação ao Ruído de Impacto, a NR-15 determina que os níveis acústicos devem ser
medidos em dB (linear) e com circuito de resposta para impacto. O limite de tolerância
estabelecido para o ruído de impacto é 130 dB (linear). Caso não seja possível medir os níveis
de ruído no circuito de impacto, as medições deverão ser realizadas no circuito de resposta
rápida (FAST). Neste caso, o limite de tolerância passa a ser 120 dB (C).
Para avaliação de ruído ocupacional utilizando a Dose diária de ruído, considera-se 100%
o valor de dose diária máxima permitida. Uma vez que este valor é excedido, medidas
imediatas devem ser iniciadas para atenuar a exposição do trabalhador ao ruído. A norma
NHO-01 determina também que a partir do valor de 50% da dose de ruído são necessárias
ações preventivas que minimizem os danos à saúde do funcionário causados pela exposição ao
ruído, bem como medidas que visem evitar que os níveis sonoros sejam elevados.
2.3 Medidas de controle sobre o ambiente / proteção coletiva
Para evitar ou diminuir os danos provocados pelo ruído no local de trabalho, podem
ser adotadas as seguintes medidas:
2.5 Dosímetro
É usado para avaliar o ruído no qual o trabalhador está submetido durante determinado
período no ambiente de trabalho. Com o equipamento fixado no trabalhador ele permite a
medição do ruído com o cálculo automático da dose de ruído. O interessante desse
equipamento é que ele oferece o percentual de ruído no qual o trabalhador está exposto.
Tudo depende da configuração previamente programada no aparelho.
O interessante é que ninguém fica exposto à vibração passivamente como ocorre no ruído,
no caso da vibração o contato faz parte do processo.
Os efeitos da vibração no homem dependem, entre outros aspectos, das frequências que
compõem a vibração. As baixas frequências são as mais prejudiciais: de 1 até 80 a 100 hz.
Nessas faixas de frequência ocorre a ressonância das partes do corpo humano, que pode
ser considerado como um sistema mecânico complexo. Acima de 100 hz, as partes do corpo
absorvem a vibração, não ocorrendo ressonância.
Estudos revelam que as vibrações de baixa freqüência podem causar dores abdominais,
náuseas, dores no peito, perda de equilíbrio, respiração curta e contrações musculares.
A exposição de corpo inteiro e longa duração pode danificar o sistema nervoso central
autônomo, o resultado pode ser queixas de fadiga, irritação, cefaleia, problemas de coração
como aumento da freqüência cardíaca e até impotência no aparelho reprodutor masculino.
Problemas na espinha dorsal também foram relatados em pessoas com idosas, as jovens que
foram expostas passaram a ter tendência a desenvolver tensão muscular.
A vibração também pode causar problemas na visão o que aumenta o risco de acidentes.
Projetos ergonômicos inadequados, posturas incorretas ou forçadas, níveis de ruído elevado
pressão no trabalho, podem complicar ainda mais os problemas relacionados á exposição de
corpo inteiro.
De forma geral a exposição à vibração também pode gerar outros efeitos catalogados,
entre eles estão: lentidão nos reflexos, falta de concentração para o trabalho, gastrites,
ulcerações, degeneração paulatina do tecido muscular e nervoso, principalmente para os
expostos a vibrações localizadas. Os trabalhadores expostos á vibrações nas mãos apresentam
a doença conhecida como dedo branco, que causa perda da capacidade de manipular e a
perda do tato nas mãos e nos dedos.
As medidas são realizadas na interface entre a pele e a fonte de vibração. Há dois tipos de
sensores de vibração: os sem contato (capacitivo e indutivo) e os com contato
(eletromagnético e piezoelétrico); enquanto aqueles permitem a medição fora do sistema
vibratório, estes são obrigatoriamente fixados no sistema vibratório.
As principais medidas de controlo de risco das vibrações na indústria passam, então, por:
a. Adoção de medidas administrativas, que têm como objetivo a diminuição do tempo
diário de exposição às vibrações e incluem ações de organização do trabalho – como o
estabelecimento de pausas no trabalho e rotação dos postos de trabalho;
b. Adoção de medidas técnicas, que têm como objetivo a diminuição da intensidade
de vibrações que são transmitidas ao corpo humano – quer seja diminuindo a
vibração na sua origem, quer seja evitando sua transmissão até o corpo;
c. Proceder ao isolamento de fundações;
Em alguns casos é possível modificar uma máquina para reduzir o seu nível de vibração
trocando apenas a posição das partes móveis – modificando os pontos de fixação ou as uniões
entre os elementos móveis.
Apesar de não diminuir a vibração original, impede que se transmita ao corpo evitando-
se, assim, danos á saúde do trabalhador.
É conveniente também como medida de controle dos riscos das vibrações a realização de
exames médicos específicos para conhecer o estado de saúde dos trabalhadores exposto e,
assim, atuar nos acasos de maior susceptibilidade do trabalhador.
3.4 Acelerômetros
Os piezoelétricos trabalham bem em frequências mais altas, com pouca sensibilidade, com
a vantagem de serem pequenos e leves.
Radiação Ultravioleta: as fontes mais conhecidas são, além do sol, a solda e o corte
oxiacetileno e a solda por arco eléctrico. Os raios UV têm um poder de penetração
relativamente fraco, e os seus efeitos no organismo humano se restringem essencialmente aos
olhos e à pele, com inflamação dos tecidos do globo ocular e queimaduras cutâneas, podendo
ainda causar a fotossensibilização dos tecidos biológicos.
Outros efeitos podem ser avaliados e detectados também nos seguintes tipos de radiações
não ionizantes, como:
- radiações solares UVA com comprimento de onda entre 315 a 400 nm é constante
praticamente durante todo ano, tanto faz se for inverno ou verão, sua intensidade
varia pouco ao longo do dia, e é um pouco maior no período entre 10 e 16 horas; esta
radiação penetra profundamente na pele, sendo a principal responsável pelo
fotoenvelhecimento e tem participação importante nas fotoalergias.
- radiações solares UVB com comprimento de onda entre 280 a 315 nm cerca é
absorvida (em 90%) pela camada de ozônio, entretanto a incidência dos raios UVB
aumentam muito durante o verão, nos horários entre 10 a 16 horas os raios atingem
o máximo de intensidade; e apesar de penetrarem superficialmente na pele, os raios
causam queimaduras solares e alterações nas células que provocam o surgimento de
câncer de pele.
a) a região do espectro ultravioleta próximo (320 a 400 nm), a irradiação total incidente
sobre os olhos ou pele desprotegidos não deve exceder 1 mw/cm2 para períodos
maiores que 103 segundos (aproximadamente 16 minutos), e para tempo de
exposição menor que 103 segundos não deve exceder 1 J/cm2.
b) para a região do espectro da ultravioleta actínico (200-315 nm), e exposição à radiação
incidente sobre os olhos ou pele desprotegidos não deverá exceder os valores a
valores médios de tabelados, durante um período de 8 horas.
Avaliação da radiação laser. A radiação laser, direta ou refletida, pode afetar os olhos e a
pele, especialmente os primeiros, ainda que a potência seja baixa. Devido ao risco, que é
muito alto, e à variedade de lasers existentes, os limites de tolerância, assim como os
equipamentos de avaliação apresentam características de complexidade que aconselham que
esses dois pontos sejam abordados total e exclusivamente por especialistas.
Radiação ultravioleta:
- proteção dos olhos através de óculos ou viseiras equipados com filtros adequados em
função do tipo de ultravioleta emitido, mesmo em curtas operações de soldadura, como o
“pingar” o trabalhador não deverá retirar a proteção;
Laser:
- evitar a exposição direta dos olhos em relação ao feixe laser e aos espelhos;
A radiação ultravioleta pode ser medida por detectores químicos ou físicos, geralmente
associados a dispositivos que permitem selecionar o comprimento de onda da radiação.
Detectores físicos incluem dispositivos radiométricos, cuja resposta depende do efeito de
aquecimento produzido pela radiação, e dispositivos fotoelétricos, cujos fótons incidentes são
detectados por efeitos quânticos, como a produção de elétron.
Operações realizadas em ambientes com umidade podem causar problemas de pele e fuga
de calor do organismo. A umidade está presente em ambientes alagados ou encharcados. A
legislação básica encontra-se na NR 15 em seu Anexo 10. As atividades ou operações
executadas em locais com umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos
trabalhadores (problemas respiratórios, quedas, doenças de pele), devem ter a atenção dos
prevencionistas por meio de verificações realizadas nesses locais para estudar a implantação
de medida de controle.
A umidade pode ser maléfica para nosso corpo, tudo dependerá de como ela está
presente no ambiente em maior ou menor quantidade e de como nos expomos a ela. A
legislação diz que as atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados,
com umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, serão
consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.
Podemos citar alguns segmentos onde a umidade está presente como as lavanderias, onde
sempre está presente de forma bem evidente, em lavanderias, em lava jatos, frigoríficos,
cozinhas, pesca, entre outras atividades.
- quedas,
- doenças na pele,
- doenças circulatórias,
- entre outras.
A forma de penetração pode ser cutânea ou respiratória. A umidade em si não entra pela
pele, no entanto, no caso de contato com algum tipo de umidade contaminada o risco do
agente agressivo passar pelos poros é real. Quando o líquido é aquecido ele evapora tornando-
se uma camada de água dispersa no ar. Quando esse líquido carrega consigo agentes nocivos
sejam eles químicos ou biológicos é necessário entrar com a proteção adequada.
5.2 Formas e metodologias de avaliação da umidade
Neste caso, a análise pericial é relativamente simples e consiste apenas em avaliar o local
de trabalho e enquadrá-lo (ou não) na situação acima.
Barreiras de contenção ou proteção podem ser criadas para evitar que o trabalhador
tenha contato com a umidade.
É preciso estar atento às tubulações para perceber possíveis vazamentos e infiltrações nas
edificações. Infiltrações além de doenças podem causar danos severos à estrutura da
edificação e inspeção realizada no local de trabalho”, sendo assim necessário laudo que
observe que o trabalhador tem exposição excessiva a ambiente alagado ou encharcado.
Podem ser instalados ralos, estrados de madeira, desvios de curso d’água dentre outros.
5.4 Propostas de proteção individual
O uso de EPI para evitar contato direto com a umidade pode ser muito eficiente se os EPI
forem escolhidos com critério. Luvas de PVC, botas, aventais de PVC, roupas de PVC, Touca,
Viseira Facial, Máscara, Jaleco são ótimos exemplos de EPI usados para limitar o contato com
umidade. No caso de motociclista deve ser acrescentado capacete, esse além de proteção
contra impactos protegerá contra a umidade proveniente da chuva.
Quando se fala sobre EPI é sempre importante lembrar que não basta fornecê-lo, é
necessário orientar e treinar sobre como usar, guardar e higienizar (NR 6 item 6.6.1).
6.0 Calor
Altas temperaturas são nocivas à saúde do trabalhador, podendo provocar doenças como:
erupções na pele, cãibras, insolação, distúrbio psiconeuróticos, etc. A sobrecarga térmica no
organismo humano é resultante de duas parcelas de carga térmica, uma carga externa
(ambiental) e outra interna (metabólica). A carga externa é resultante das trocas térmicas com
o ambiente. A carga metabólica é resultante da atividade física que exerce.
- radiação: as trocas por radiação entre o trabalhador e seu entorno, quando há fontes
radiantes severas, serão as preponderantes no balanço térmico e podem corresponder a 60%
ou mais das trocas totais;
- cãibras de calor;
- desidratação,
- alterações neurológicas.
A avaliação do calor extremo deve obter a temperatura do ar, a velocidade do ar, a carga
radiante do ambiente a umidade relativa do ar e o metabolismo, por meio da atividade física
da tarefa.
Os dados a serem utilizados nestes cálculos são as temperaturas médias obtidas segundo
os critérios estabelecidos na norma.
Deve ser atribuído o valor da taxa metabólica (M) para cada atividade física identificada,
utilizando-se quadro fornecido em norma.
Existem dois caminhos principais, ou seja, tornar a atividade menos crítica ou o ambiente
mais ameno.
Existem algumas medidas que auxiliam no combate aos problemas ocasionados pelo risco
físico do calor, uma delas é o trabalho em turnos, onde o trabalhador descansa e fica longe das
fontes térmicas.
Podem também ser blindadas as fontes radiantes (encerradas), cuidando-se para que os
revestimentos sejam de baixa re-radiância. A superfície final que faz fronteira com o ambiente
deve ser de um material de baixa emissividade infravermelha. Os metais polidos fazem esse
papel, sendo o mais prático o alumínio polido. Dessa forma, as fontes emitem menos calor, e,
portanto, perdem menos calor para o ambiente;
Outras medidas podem ser a redução da área exposta da fonte, redução da própria
temperatura de trabalho, retirada de gases quentes do ambiente, criando barreiras refletivas
entre o trabalhador e a fonte de calor, aumentando a distância da fonte e trabalhador. Ainda
existem medidas na forma de trabalho como mecanização do trabalho, realização do trabalho
em dupla, introdução de pausas, redução do peso unitário das cargas.
6.4 Propostas de proteção individual
O uso de EPI para evitar os efeitos do calor excessivo muitas vezes trazem efeito
contrário, ou seja, aumentam a sensação de calor do trabalhador impedindo inclusive, a
transpiração. Mas, mesmo assim, muitas vezes ainda devem ser utilizados equipamentos de
proteção individuais como:
- conjunto anti-chama.
6.5 Termômetros
- termômetro de bulbo seco: é um termômetro comum, cujo bulbo fica em contato com o
ar; teremos, dele, portanto, a temperatura do ar;