Você está na página 1de 17

ANALISE DE RUIDO NO CANTEIRO DE OBRA DA CONTRUÇÃO CIVIL

Adriano Almeida Machado1


Prof° Esp. Fabricio da Silva Cordeiro2

Resumo

Conhecer a importância do equipamento de proteção individual auricular (tipo concha e


inserção) e de muito importante, pois sabemos que o uso do protetor auricular e fundamental
na vida do trabalhador, pois é através do uso correto desses equipamentos que garante
segurança do profissional na hora da execução de suas funções, preservando assim de
possíveis danos à saúde do trabalhador. Através de pesquisa de campo em uma obra no bairro
Turu em São Luís - MA, onde na localização acontecia uma construção de um condomínio
Moradas da ilha. Esta obra chamou a atenção pois havia altos índice de ruídos no canteiro de
obra, desde modo procuramos analisar o controle de ruídos no Moradas da Ilha localizado no
bairro Turu. Para fazer análises de ruído foram selecionados os seguintes equipamentos:
Furadeira, Serra Circular Manual e Betoneira, dessa forma podemos verificar o índice de
ruído e pressão sonora que esses equipamentos proporcionam no dia a dia dos operadores, e
averiguar os níveis de exposição aos ruídos (dose diária) estão conforme Norma
Regulamentadora a (NR 15) e a Norma de Higiene Ocupacional (NHO-01), pois e através
dessas normas regulamentadora que podemos utilizar para ter maior controle de ruído
utilizando para proporcionar uma jornada ao trabalhador e dar c mais segurança e evitar danos
a sua saúde.

Palavras-chave: Perda de Audição. Protetores Auriculares. Segurança do Trabalho. Ruídos.


Construção Civil.

1 INTRODUÇÃO
Com o passar dos anos a área da construção civil sofreram grandes avanços
tecnológicos, tecnologia que vieram crescer tanto na área de mecanização como na área de
automatização consequentemente aumentando a rapidez no processo de produção. A partir
dessas inovações surgiram novas maquinas, novos equipamentos devido aos avanços e
consequentemente os níveis de ruído aumentaram. Desde então, vem sendo criado métodos e
procedimentos com a intenção de reduzir os elevados níveis de ruído na construção civil.
Para Norma Regulamentadora de Segurança e Medicina do Trabalho do Ministério do
Trabalho, existem limites de tolerância de ruídos medida em Decibéis (DB) o limite
ocupacional e de 85 dB (A) que a partir desse limite de tolerância os ouvidos pode sofrer
graves danos, caso não haja a utilização correta de equipamentos auriculares, podendo
ocasionar danos parciais ou até irreversíveis para a saúde do trabalhador.

1
Adriano Almeida Machado concludente do curso de engenharia civil. – adrianoalmeida.engcivil@outlook.com
2
Orientador – Fabricio da Silva Cordeiro - fabricio.cordeiro@uol.com.br
Para proteção dessa região do corpo humano o dispositivo ideal para garantir a
segurança e a prevenção, são os protetores auriculares, existem alguns tipos de protetores
auriculares cada um de acordo com o nível de ruído ao qual a pessoa está sento está exposta.
O uso de protetores auriculares são extrema relevância pois o ouvido e uma região
muito sensível do corpo humano, e o uso destes equipamentos e fundamental, pois o ouvido
está exposto a diversos riscos no decorrer do nosso dia a dia.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2000) estima-se que mais de cinco
milhões de funcionários de várias áreas da construção civil, estão sendo submetido a níveis de
pressão sonora (NSP). Através dos dados obtidos pelo instituído do (IBGE), ouve um alerta
onde a engenharia de segurança do trabalho ficou atento, sobre os elevados índices de ruído
gerados por equipamentos existente nos canteiros de obra.
No canteiro de obra, o ruído tem grande influência de modo direto e com todos os
trabalhadores expostos a ele, de forma geral o ruído pode gerar estresse, ansiedade,
nervosismo, perda auditiva, entre outros, o que favorece a diminuição da capacidade e a
condição do local de trabalho. E notável que na maioria das vezes, o ruído nos canteiros de
obras é ocasionado por máquinas, equipamentos e processos de produção ruidosos, que pode
ser agravado pelo agrupamento excessivo de equipamentos ruidosos num mesmo.
Por meio dessa ocorrência se tornou essencial o estudo e a análise de ruído
principalmente na área da construção civil, pos o sistema auditivo do ser humano e muito
sensível há uma larga proporção de pressão sonora que se expande a percepção da audição
até percepção da dor, no momento quem que o essa excede o limiar da dor, os efeito podem
ocasionar graves danos ao aparelho auditivo.
Por meio desse estudo avaliamos o nível de pressão sonora (NPS) que os funcionários
ficam exposto no seu ambiente de trabalho, fizemos medições para sabermos a intensidade
dos ruídos ocupacional e o seu tempo de exposição enquanto executam suas atividades no
local de trabalho e fazer o monitoramentos dos equipamentos que irão utilizar para realização
de suas tarefas, conforme buscamos aprofundamento do estudo o resultado será para
qualificar o ambiente de trabalho insalubre ou salubre.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Paz (2004) afirma que o ruído e considerado indesejável. Sendo assim, a análise por
parte da pessoa que ouve, pelo fato de um determinado som ser um ruído ou não, é de forma
que pode envolver alguns fatores como a fonte sonora e o período de exposição ao referente
ao seu som.
Gabas (2004) afirma que o ruído e um som não desejado ou incômodo. Conforme a
autora explica, umas das características importante do ruído é a mistura de sons, das quais as
frequências não seguem uma regra precisa, gerando uma combinação desarmoniosa.
Segundo Almeida et al. (2000) o ruído ocupacional é um perigo físico existente em
quase todos os segmentos do canteiro de obra. Desse modo, esse tipo de de risco ambiental
requer atenção dos profissionais dá área de segurança do trabalho.
De acordo com Fiorini (2004) o ruído ocupacional não só pode provocar perda da
audição definitivamente, como pode afetar toda a qualidade de vida do funcionário, gerando
problemas no sono, descanso e problemas de comunicação.
Segundo Gerges (2000) afirma que o funcionário submetido a elevados níveis de
pressão sonora, o ser humano sofre com algumas mudanças na ordem fisiológica como:
dilatação da pupila, hipertensão sanguínea, mudanças gastrointestinais; sobrecarga do coração
e tensões musculares. Desde modo as alterações citadas ocorrem conforme o tempo de
exposição e nível de pressão sonora do ambiente de trabalho.
Para a Higiene do Trabalho, o ruído é o fenômeno físico que ocorre vibrações com
características indefinidas de inconstantes variações de pressão (no caso ar) em função da
frequência, ou seja, para uma certa frequência podem existir, formas variáveis através do
tempo, oscilações de diferentes pressões. Essa é uma situação real que acontece frequente, por
isso utilizar-se a expressão ruído, mas que não isso significa uma sensação subjetiva do
barulho, exemplo: choro de criança.
Segundo Fernandes (2010) classificou ruído de duas formas: definição subjetiva,
definido como uma sensação ruim ou insalubre; e definição física, caracterizado como um
fenômeno acústico aperiódico e sem componentes harmônicos definidos.
Camisassa (2015) a exposição prolongada ao ruído, ao longo de vários anos, pode
provocar a danos ao ouvido causado pelo ruído, para estudiosos do assunto mais adequado a
terminologia “Perda Auditiva Neurossensorial (PAIR) por elevados níveis de pressão sonora.
A PAIR e caracterizada pela redução auditiva da acuidade, causados pelos elevados
índices de ruídos, que com o passar do tempo pode se tornar irreversível. Através desse ponto
podemos dizer que mesmo que o funcionário tenha saído do ambiente ruidoso, não haverá
retorno do dano auditivo.
De acordo com a Norma ISO 2204/1973 (“International Standart Oganization”), os
ruídos podem ser estabelecidos segundo o seu grau de intensidade: continuo, intermitente,
impulsivo ou de impacto.
Segundo Saliba (2004) afirma que, o ruído do tipo continuo o nível de pressão sonora
varia de 3 dB(A) durante um período longo. Já para o ruído intermitente os níveis de pressão
sonora variam de 3dB(A) em um período pequeno, menores que quinze minutos. Para o ruído
de impacto, são picos de energia acústica com duração inferior a um segundo e intervalo com
duração igual ou superior a um segundo.
Conforme NHO a intensidade sonora e medida através dos níveis de pressão do som
sendo sua unidade de medida e 1 bel (a unidade BEL foi em homenagem a Graham Bell). Na
aplicação, e mais comum o uso do submúltiplo dessa unidade: 1 decibel = 1 dB = 0,1 bel.
Portanto a intensidade do som e uma grandeza não linear que varia de acordo com
escalas logarítmicas. Portanto o ouvido e capaz de ouvir escalas que vai desde o silencio
absoluto a sons ensurdecedores. Dessa forma o uso de escala linear seria inviável por isso
surgiu a necessidade de usar escala logarítmica.
Segundo SALIBA (2014), o som e gerado por vibrações mecânicas que se espalham
pelo ar e atinge o sistema auditivo. Para que essa vibração estimule o aparelho auditivo, e
preciso que a vibração esteja em uma frequência de 16 a 20.000 Hz.
Maia (2001) define som como ondas mecânicas que se propagam em meios sólidos,
líquidos e gasosos. O mesmo autor esclarece que estas ondas são mecânicas porque
necessitam obrigatoriamente de um meio no qual se propagar. E são consideradas
longitudinais porque as partículas materiais responsáveis pela sua propagação oscilam de
forma paralela à direção de sua propagação.
O ser humano sem problemas auditivos consegue captar o limiar de audibilidade e em
torno de 2 x 10-5 N/m² ou 0,00002 N/m², no momento em que a pressão sonora atinge o valor
aproximado de 200 N/m² a pessoa começa a sentir incomodo no sistema auditivo, esse valor
transformado em Decibel corresponde a 140 dB, muito acima do permito pela NR-15.
Segundo a NR 15 existe um limite para exposição aos níveis de ruído entre 85 dB e
115 dB, conforme a tabela 2, quanto maior for o nível de pressão sonora, menor deve ser o
tempo de exposição.
Conforme a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) art. 189 determina a
insalubridade por atividade, ou ações que exponham os empregados a agentes que causa
danos à saúde, ultrapassando os limites de tolerável em função do período de exposição,
determinado pelas normas regulamentadoras
Considerando os níveis de ruído continuou ou intermitente no ambiente da obra for 85
dB o tempo máximo de exposição será de 8 horas, caso o nível dor de 102 dB o tempo de
exposição deve ser reduzido para 45 minuto conforme a norma NR-15 contando que seja o
único ruído no local.
Segundo Maia e Bertolli (1998) afirma que uma quantidade de trabalhador que sofre
perda auditiva devido ao excesso de ruído, acaba afetando a saúde do trabalhador. Por
consequência dos donos gerado pelo ruído, consequentemente proporciona o aumento da
pressão arterial, elevando assim o nível de estresse, cansaço afetando a concentração
tornando-se um ambiente de trabalho insalubre. Ruídos causados pelo trafego de maquinas,
equipamentos pesados que causam ruído constantemente, afetando a saúde dos funcionários e
fazendo necessário o uso do EPI.
Conforme a NR-06 impõe, o dono da empresa, ou seja, o empregador, é responsável
por proporcionar o EPI correto conforme o nível de risco para seu funcionário. De modo que
ofereça medidas completa para proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de
doenças ocupacionais, tomando as medidas necessárias de proteção tanto individual quanto
coletiva. Fornecendo EPI certificado, direcionando e treinando instruindo o funcionário a fim
e garantir o uso correto do EPI, e fica encarregado pela higienização e a manutenção periódica
do EPI.
Vieira (2005) afirma que a exposição ao ruído tem uma relação com a jornada de
trabalho, equipamento fornecido para a execução de suas atividades, e envolve fatores
ambientais tais como: vibrações; temperatura e ruído.
Vista disso o ambiente de trabalho da construção civil e amplo em relação a exposição
de ruído, pois a presença em diversos locais, desse modo expondo os trabalhadores em
diferentes tipos de ruídos conformes suas ocupações.
Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS) a exposição continua precisa de
uma avalição qualitativa, o sistema auditivo do ser humano e sensível ao ruído de 70 dB (A)
se o ruído se elevar acima de 85 dB (A), proporciona o comprometimento do sistema auditivo
Segundo estudos realizado por Santos e Santos (2007) os danos provocados por
excesso de ruído, não têm tratamento, sendo assim irreversíveis. Pois uma lesão das células
do interior da cóclea, afetando a função de passar informações das ondas sonoras para o
cérebro. Os danos o ruído ocupacional pode trazer a saúde do trabalhador e, primeiramente
apresentar sintomas de tonturas, dores de cabeça, zumbido, e redução no sistema auditivo.
No entanto o organismo com o passar do tempo se acostuma com o ambiente e os
sintomas podem sumir temporariamente. Na sequência os sintomas podem voltar com o
passar dos anos, e assim apresentar dificuldades para ouvir e se não haver tratamento pode
deixar de ouvi.
Geralmente o trabalhador está exposto a variados ruídos geralmente no seu ambiente
de trabalho. Para verificar o risco que o funcionário está correndo, precisamos analisar e
avaliar e quantificar a exposição do sujeito, mas conhecido como dose diária de ruído.
Segundo Gerges (2000) afirma, que o período exposto ao ruído durante ao seu tempo
ocupacional de trabalho, acrescentado com o nível de ruído expedido, aumenta
significativamente os prejuízos causados a audição.
Para Maia (2001) caso o indivíduo seja exposto a uma exposição de 100 dB (A) não
seja tão nocente quanto a uma exposição de 1 hora a 90 dB. Pois cada trabalhador executa
suas atividades, que podem levar um certo tempo, podendo apresentar diferentes níveis de
ruído dependendo das etapas da obra.
Para Fernandes (2002), o ruído e analisado através de um aparelho de pequeno porte
conhecido como dosímetro que o funcionário pode facilmente ser transportado durante suas
funções, com seu microfone colocado junto ao protetor auricular.

3 METODOLOGIA

Para verificar o espaço de tempo que o funcionário e exposto ao ruído, durante a


execuções de suas tarefas, foram obtidos dados de um canteiro de obra localizado no bairro
Turu São Luis onde será construído o Condomínio Moradas da Ilha, onde foi possível coletar
dados dos equipamentos utilizados pelos funcionários em suas respectivas funções, essa
coleta foi segundo o método da nr 15 e a nho-01.

A intensidade do ruído foi medida através de um Decibelímetro Termo-Higro-


Decibelímetro-Luxímetro digital Modelo – Thdl-400 Instrutherm, todos os testes foram feitos
próximo ao ouvido da pessoa que utilizou o equipamento. Através destes testes, foi possível
obter dados suficiente para podermos calcular a dose diária de ruído e a média de exposição
normatizado utilizando as equações de conformes as normas NR-15 e a NHO-01.

Figura 1: Decibelímetro Termo-Higro-Decibelímetro-Luxímetro digital Modelo – Thdl-400 Instrutherm


Fonte: InstrumBrasil (2016)
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 DADOS OBTIDOS NO LOCAL DE TRABALHO DO OPERADOR DA


FURADEIRA.

Utilizando decibelímetro, aconteceu o primeiro teste feito em um operado de furadeira


onde executou sua função perfurando uma parede com uma furadeira modelo Impacto ½
650W Bosch GBS 13 RE, o local estava proveniente para fazer o teste pois o local era em um
quarto fechado e não havia outros sons de ruído por perto, colocamos o aparelho
decibelímetro junto ao corpo do funcionário e utilizamos o microfone próximo ao ouvido do
operador enquanto ele operava a furadeira, no momento em que ele perfurou a parede foi
constatado níveis consideráveis de ruído atingindo 95,5 dB (A), o aparelho decibelímetro
ficou junto ao copo do trabalhador por um período de cinco horas e 50 minutos, os dados
obtidos podem ser observados na tabela 1.

Equipamentos Atividade Ruído dB (A) Tempo de exposição Tempo exposição


Total (min) permitido pela NR-
15 (min)
Ligada 85 120 480
Furando 95,5 120 120
Furadeira Desligada 29,9 40 -
Sem Atividade 20,2 40 -
Total 320
Tabela 1 – Dados obtidos do ruído gerado pela furadeira.
Fonte: Elaborado próprio autor.

Com os dados obtido, observamos que o valor máximo de ruído aconteceu no


momento da perfuração, desde modo calculamos a dose de ruído do operador da furadeira
utilizando a equação segundo a NR 15 em relação a dose diária de ruído. Utilizamos para
realização do cálculo apenas o tempo de exposição da furadeira ligada e perfurando, não
sendo necessário calcular os dados do equipamento desligado e sem atividade.
Memória de Cálculo 1.

1
Nesta equação 1 Cn indica o tempo que a pessoa fica exposta a um ponto de ruído
específico, Tn e a exposição diária que o trabalhado pode ficar exposto a um certo nível de
ruído segundo a tabela 2 conforme a NR 15.
Nível de Ruído dB (A) Máxima Exposição Diária Permissível
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
Tabela 2 – Limite para exposição ao ruído
Fonte: Norma Regulamentadora (NR 15 – MTE) (1978).

Utilizado a formula segundo a NR 15 temos:

Segundo a NHO e fundamental calcular a média de exposição ao ruído pois possibilita


averiguar se o trabalhador está dentro dos padrões da norma e verificar se está acima do nível
de ação, para descobrir se a média está dentre os parâmetros utilizamos a seguinte formula.

NE= Nível de exposição equivalente

D= Dose diária calculada

T= Período de exposição do Trabalhado

Utilizando os dados obtidos segundo a NHO utilizando a fórmula 2 temos:


Como podemos observar na tabela 1, os níveis de ruído alcançaram valores máximo
no momento em que aconteceu a perfuração em uma parede de bloco cerâmico chegando a
95,5 dB (A), no momento em que a furadeira e ligada pelo operador obtivemos o segundo
valor de 85 dB (A), na memória de cálculo 1 a dose diária de ruído e equivalente a 1,25, o
cálculo do NE segundo a NHO foi de 88,03 dB (A).

Segundo dados obtidos podemos constatar que o ambiente ocupacional do operador


de furadeira e considerado insalubre, pois os valores de dose ultrapassaram o limite
correspondente a 1,0 conforme podemos observar na tabela 3.

Diante disso o ambiente de trabalho do operador da furadeira e insalubre, que


conforme Norma Regulamentadora a NR – 15 e necessário o uso do equipamento de proteção
individual auricular e tomar devidas ações necessárias e preventiva contra o ruído.

Dose diária Exposição Observação técnica Ações de Controle

0,1 a 0,5 Aceitável ------------------------- Desejável, ano prioritária

0,6 a 0,8 Aceitável Atenção De rotina

0,9 a 1,0 Temporariamente aceitável Seria Preferencial

1,1 a 3,0 Inaceitável Critica Urgente

Acima de 3,1 Inaceitável; recomenda-se Emergência Imediata

Qualquer um com níveis Interromper a exposição Emergência Imediata


individuais acima de 115
dB (A)

Tabela 3 – Nível de Ruído


Fonte: Santos; Silva (2000)

4.2 DADOS OBTIDOS NO LOCAL DO OPERADOR DA SERRA CIRCULAR.

Operando o decibelímetro, podemos fazer o segundo teste, que foi feito em um


operador que manuseava o equipamento Serra Circular Manual Modelo Bosch GSK 190
Professional, colocamos os equipamentos próximo ao ouvido para analisamos os níveis de
ruído que proporcionava ao funcionário.
O teste foi feito enquanto ele utilizava a serra circular para cortes de madeira, para
manuseio da serra circular o operador estava bem equipado, utilizando protetores auricular
tipo concha, capacete, protetor facial e luvas. Os dados obtidos do teste foram em um período
de cinco horas e 20 minutos podemos observar na tabela 3.
Tempo de exposição Tempo exposição
Equipamentos Atividade Ruído dB (A) Total (min) permitido pela NR-
15 (min)
Serrando 100,2 60 60
Ligada 87 60 360
Serra circular Desligada 33,1 40 -
Sem Atividade 31,1 40 -
Total 320
Tabela 4 – Dados obtido equipamento serra circular manual
Fonte: Elaborado autor próprio.

Com a obtenção dos dados do segundo teste, utilizaremos para calcular os níveis de
ruído, e verificar se estão dentro do limite de tolerância segundo a NR 15. Utilizamos apenas
o tempo de exposição serra circular ligada e serrado, pois não foi necessário avaliar os NPS
do equipamento desligado e sem atividade, utilizando a equação 1.

Portanto através da formula da NR 15 poderemos calcular a dose diária conforme os


dados da tabela 4 acima.
Memória de Cálculo 2.

Após ter calculado a dose diária, utilizaremos a formula 2, NHO Norma de Higiene
Ocupacional a seguir:

Utilizando a equação 2 termos o seguinte resultado.

Conforme os resultados obtidos os valores máximos de ruído encontrado foram de


100,2 dB (A) no momento em que o operador usava o equipamento no corte das madeiras
onde podemos observar na a tabela 1 o período de exposição e de 1 hora, e o valor encontrado
pelo decibelímetro foi de 87 dB (A) com o equipamento ligado.
Os dados de ruído conseguido excederam o limite de tolerância, como podemos
observar na tabela 2, portanto o ambiente de trabalho do operado da serra circular a dose de
exposição diária não está dentro dos padrões da norma permitido.
Conforme a NR -15 o limite de tolerância e de 85 dB (A), na memória de cálculo 2
podemos observa que a dose diária ultrapassou padrões da NR – 15, que conforme a NHO a
dose diária de exposição ao ruído deve ser abaixo de Deq = 1,0. Conforme tabela 2 o
ambiente de trabalho do operador da serra circular e insalubre pois não está dentro dos
padrões das normas.
O tempo de exposição do operador foi no total de 80 minutos exposto ao ruído e 240
minutos com o equipamento parado, sem atividade já o nível de exposição equivalente foi de
91,03 um índice elevado de ruído. Segundo a Norma Regulamentadora – 15 e a Norma de
Higiene ocupacional – 01, para este caso e necessário o uso do protetor auricular

4.3 RESULTADOS OBTIDOS NO LOCAL DE TRABALHO OPERADOR DA


BETONEIRA.

O terceiro teste aconteceu em um operador de betoneira, modelo Horbach 400 litros,


trifásica, colocamos o medidor de ruído (decibelímetro), para realização do teste a betoneira
estava com um carregamento de areia e brita para o preparo do concreto, no momento em que
o equipamento entrou em execução podemos constatar que ao ligar o equipamento e no
momento da mistura a um elevado índice de ruído.
Para Maia (2001), não há máquinas isentas de imperfeição e ruídos. Os resultados dos
testes das análises de dados, observamos que a forma como a betoneira foi instalada, a
potência, e a quantidade volumétrica, os níveis de carregamento (vazia, meia carga, cheia), o
material trabalhado, manutenção, dentre outros fatores, fazem variar a emissão de ruído das
betoneiras. Os níveis de pressão sonora são emitidos através de um conjunto de fatores,
motor/redutor e pelas consequências do impacto dos materiais na parede da cuba de mistura.
O teste realizado foi em um período de três horas e vinte minutos, com base nos dados
obtido da tabela 4 observamos que o ruído ficou, mas impactante no momento da mistura e no
descarregamento.
Calcularemos dose diária de ruído com as informações a obtidas pela medição de
ruído na betoneira, utilizaremos as informações segundo a norma NR 15 e suas equações.
Para os cálculos a seguir utilizamos apenas os dados da misturarão é descarregamento pois
não houve necessidade de utilizarmos os dados de enchimento e sem atividade pois os dados
estão abaixo do dos limites de tolerância de ruído de 85 dB (A).
Equipamentos Atividade Ruído dB (A) Tempo de exposição Tempo exposição
Total (min) permitido pela NR-
15 (min)
Enchimento 70.1 40 -
Mistura 93.2 120 160
Betoneira Descarregamento 90.1 120 240
Sem Atividade 57.2 40 -
Total 320
Tabela 5 – Dados obtidos do equipamento Betoneira
Fonte: Elaborado autor próprio

Para calcular dose diária usaremos a equação 1 a seguir:


Memória de cálculo 3.

Calculando dados:

Calculando o NE Nível de Exposição equivalente segundo a equação 2 da NHO.

Usando a equação NHO termos a seguir o resultado NE.

Segundo informações mostradas na tabela 5, os valores máximos obtidos para o


operador da betoneira foram no momento que misturarão os elementos para composição da
argamassa no valor de 93,2 dB (A) em um período de 40 minuto, o segundo valor encontrado,
foi de 90,1 dB (A) valor encontrado no momento do descarregamento.
Utilizamos a equação 1 para encontrarmos a dose de exposição ao ruído conforme
mostra na memória de cálculo 3, o valor obtido foi de Deq = 1,25 resultado que conforme a
tabela 3 está acima de 1,0 temporariamente aceitável no caso o ambiente de trabalho e
insalubre, para o cálculo do NE nível de exposição equivalente de ruído o valor encontrado
foi de 88,03.
Com bases nos dados da tabela 5 o ambiente de trabalho do operador da betoneira
precisa- se de protetores auriculares, pois o nível de ruído ultrapassou o limite de tolerância de
85 dB (A).

Os resultados das análises de ruído medidas pelo decibelímetro podem ser observado
no gráfico 1 onde podemos notar que o maior nível de pressão sonora acontece no ambiente
de trabalho onde fica o operador da serra circular, o valor encontrado nesse ponto foi de 100,2
dB (A), o resultado final mostra um ambiente de trabalho preocupante para o operador da
serra circula onde podemos constatar insalubridade no local de trabalho.

Já para o operador da furadeira o ambiente de trabalho o resultado também ultrapassou


o limite de exposição de 85 dB (A) o resultado apresentou um valor de 95,5 dB (A) os dados
apresentados aconteceram no momento em que o operado utiliza o equipamento para
perfuração. O resultado de nível de pressão sonora para o operador de betoneira foi 93,2 dB
(A) o valor encontrado foi no momento da mistura dos agregados.

Os operadores da furadeira, serra circular e betoneira durante as realizações das


analise de ruído estavam todos equipado de forma correta equipado com o uso de todos os
EPI necessários, onde o mesmo utilizava, luvas, capacetes, protetores auriculares, capacete e
protetor visual.

Ruido dB (Max)
105
100,2
100
95,5
95 93,2

90
85
Operador da Operador da Operador da
Furadeira Serra Circular Betoneira
Manual

Gráfico 1 – Resultado das analises de dose de ruído feita nos operadores e seus respectivo equipamentos
Fonte: Elaborado pelo autor

Conforme já foi calculado a dose diária de ruído, os resultados apontam que o limite
de exposição diária está acima da média permitida 1,0 segundo a tabela 3, encontramos nos
equipamentos analisados valores preocupantes, para o ambiente de trabalho do operador da
furadeira, a dose de exposição ao ruído foi 1,25, a serra circular foi de 1,16 e o operador de
betoneira 1,25 segundo os cálculos apresentado. Podemos analisar detalhadamente no gráfico
2 a seguir.

Doses de Exposição Diaria de Ruido (Deq)


1,3
1,25 1,25
1,25
1,2 1,16
1,15
1,1
1,05
1
Operador da Operador da Operador da
Furadeira Serra Circular Betoneira
Manual

Gráfico 2 – Resultado das analises de dose de ruído feitas na jornada diária dos trabalhadores.
Fonte: Elaborado pelo autor.

Conforme encontramos o a pressão sonora no ambiente de trabalho dos operadores e


calculamos o tempo de exposição ao ruído, utilizando a equação 2 para calcular o nível de
exposição equivalente normalizado conforme a NHO, o calculo apontam que os níveis de
pressão normalizados ultrapassaram o limite que a NR-15 exige, como podemos observar n
gráfico 3 o NE da serra circular deu 91,03 dB (A).

Nivel de Exposição Equivalente (NE)


95
93
91,03
91
89 88,03 88,03
87
85
Operador da Operador da Serra Operador da
Furadeira Circular Manual Betoneira

Gráfico 3 – Resultado das medias de exposição ao ruído normalizado.


Fonte: Elaborado pelo autor.

Tendo em vista com o resultado dos dados apresentados podemos confirmar que
nenhum dos ambientes de trabalho dos operadores e seus equipamentos ultrapassaram o valor
máximo segundo a tabela de 115 dB (A) valor estimado pela NR – 15 como limite para risco
grave.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através das análises de ruídos realizadas nos equipamentos podemos constatar que a
furadeira, serra circular e betoneira excedeu o limite de permitido de 85 dB (A) que conforme
a norma regulamentadora NR – 15 os níveis de pressão sonora o limite de oito horas de
jornada de trabalho, portanto as ações de controle de ruído estão acima do limite permitido,
consequentemente as atividades executadas pelos operadores não atenderam as normas NR –
15 e a NHO sendo insalubre.
De acordo com o estudo realizado e sua aplicação com relação a classificação do
ruído, os equipamentos estão acima do permitido pela norma o os Deq dos equipamentos
foram: furadeira Deq= 1,25; serra circular manual Deq= 1,16; betoneira Deq= 1,25. Portanto
desta maneira podemos classificar como inaceitável, sendo necessário tomar medidas de
controle e higiene ambiental
Conforme o Programa de Controle Médico Saúde Ocupacional devem ser realizados
analises de ruídos para a cada seis meses, ou anual, seguido de acompanhamento médico para
que possam ser feitos exames de audiometria dos funcionários que executam tarefas.
Portanto considerando os cálculos dos dados obtidos, o limite de exposição e a dose
diária ultrapassaram o permitido, fazendo assim com que a empresa crie programas e cursos
para ensinar métodos de como usar os EPI individual, e fazer o uso do protetor auricular,
modelos tipo plug e colocado na parte externa da orelha, modelo tipo concha, levando em
conta os equipamentos mas ruidosos para fim de reduzir a intensidade do ruído.

NOISE ANALYSIS IN THE CONSTRUCTION CONSTRUCTION SITE

Abstract

To know the importance of the use of personal protective equipment (shell type and insertion)
and very important, because we know that the use of the ear protector is fundamental in the
life of the worker, because it is through the correct use of these equipment that guarantees
professional safety at the time of the performance of their duties, thus preserving possible
harm to the health of the worker. Through field research in a work in the neighborhood Turu
in São Luís - MA, where in the location happened a construction of a condominium Moradas
of the island. This work caught the attention because there were high noise levels at the
construction site, so we tried to analyze the noise control in the Moradas of the Island located
in the neighborhood Turu. In order to make noise analysis, the following equipments were
selected: Drill, Manual Circular Saw and Concrete Mixer, in this way we can analyze the
noise index and sound pressure that these equipments provide in the day to day of the
operators, and to verify if tolerance limit and levels of (NR-15) and the Occupational Hygiene
Standard (NHO-01), as it is through these regulatory norms that we can use to have greater
noise control using to provide a journey to the worker and give c more safety and avoid harm
to your health.

Key Words: Hearing Loss, Ear Protectors, Work Safety, Noises, Construction.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, S. M. M. Metodologia para Avaliação de Impacto Ambiental Sonoro da


Construção Civil no Meio Urbano. 2004. Tese (Doutorado) – URFJ, Rio de Janeiro, Brasil

BRASIL, Ministério do Trabalho. Norma Regulamentadora NR-15. Manual de Legislação


Atlas. 59. ed., 2006.

BRASIL 2012a, Ministério do Trabalho. Norma Regulamentadora n° 6 Equipamento de


proteção individual, 2012.

FIORINI, A. C. Audição: impacto ambiental e ocupacional. In: FERREIRA, L. P.;


BERFILOPES, D. M.; LIMONGI, S. C. O. (Org.). Tratado de fonoaudiologia. São Paulo:
Roca, 2004. p. 631-642.

FUNDACENTRO NHO-01 – Procedimento técnico: avaliação da exposição ocupacional ao


ruído. Disponível em : <http:// www.fudacentro.gov.br/biblioteca/normas-de-
higieneocupacional/publicação/detalhe/2012/9/nho-01-procedimento-tecnico-avaliação-da-
exposição-ocupacional-ao-ruido>. Acesso em: 5 de mar. 2018.

GABAS, G.C. Programa de Conservação Auditiva – Guia Prático 3M, 2004. 71 p.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Estatísticas da


Construção Civil. Rio de Janeiro: 2000. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/>.
Acesso em: 29 fev. 2018.

MAGRINI, Rosana Jane. Poluição sonora e lei do silencio. RJ nº 216. Out/1995.

MAIA, Paulo A.; BERTOLLI, Stelamaris R. Ruído e seus efeitos no homem na construção
civil. VII Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído – Qualidade no Processo
Construtivo. Florianópolis/SC, 1998. Disponível em:
<http://www.higieneocupacional.com.br/download/ruido-bertoli.pdf> Acesso em: 3 jan.2018.

PAZ, E.C. Estudo de um modelo de avaliação e predição acústica para o ruído de


tráfego. 458 p. Dissertação (Mestrado em Construção Civil), Setor de Tecnologia,
Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2004.

SALIBA, T. M. Manual Prático de Avaliação e Controle do Ruído. São Paulo: LTr, 2004.

SANTOS, U. P.; SANTOS, M. P. Exposição a ruído: efeitos na saúde e como prevení-


los. Cadernos de Saúde do Trabalhador. 2007.

VIEIRA, S. Manual de Saúde e Segurança do Trabalho: qualidade de vida no trabalho,


volume 2. São Paulo: LTr, 2005.

GERGES, S.N.Y. Ruído: fundamentos e controle. 2 ed. Florianópolis: NR Editora, 2000. 696
p.

Você também pode gostar