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PROTOCOLO DE INVESTIGAÇÃO – TRABALHO DE CAMPO 2

Surdez Profissonal nos trabalhadores da TAAG

Curso de Pós-Graduação em Medicina do Trabalho

Trabalho de Campo 2

Romeu Francisco Aguiar

Dezembro de 2023
PROTOCOLO DE INVESTIGAÇÃO – TRABALHO DE CAMPO 2

Surdez Profissonal nos trabalhadores da TAAG da Secção de


Rodas e Travões, e da Secção de Máquinas em 2023

Trabalho de Campo que será apresentado para cumprimento dos requisitos


necessários à obtenção da Pós-Graduação em Medicina do Trabalho a ser realizado
sob a orientação científica de Luís Galaio

Novembro de 2023

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SUMÁRIO

PERTINÊNCIA DO TEMA EM SAÚDE OCUPACIONAL (MEDICINA DO TRABALHO)


E CARÁCTER INOVADOR.............................................................................................4

PERGUNTA DE PARTIDA..........................................................................................4

INTRODUÇÃO................................................................................................................5

PERGUNTA DE INVESTIGAÇÃO............................................................................17

OBJETIVO(S) DO ESTUDO (GERAIS E ESPECÍFICOS)...........................................18

Gerais:.......................................................................................................................18

Específicos:..............................................................................................................18

DELINEAMENTO METODOLÓGICO...........................................................................19

Propõe-se a criação de um estudo transversal, observacional, descritivo.......19

Descrição das Fases do Estudo.............................................................................19

O estudo irá decorrer entre novembro de 2023 e fevereiro de 2024, na secção


de rodas e travões, e de máquinas que pertence à direção de manutenção e
engenharia................................................................................................................19

VARIÁVEIS................................................................................................................19

POPULAÇÃO DO ESTUDO......................................................................................20

MÉTODOS DE RECOLHA DE INFORMAÇÃO........................................................21

MÉTODOS DE ANÁLISE DE DADOS......................................................................21

RESULTADOS ESPERADOS...................................................................................21

VIABILIDADE/EXEQUIBILIDADE DO ESTUDO..........................................................22

QUESTÕES ÉTICAS....................................................................................................23
CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES............................................................................24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA...............................................................................25
ANEXOS........................................................................................................................26
GUIA DO EXAME FÍSICO DO OUVIDO...................................................................26
DECLARAÇÃO DE CONSENTIMENTO INFORMADO............................................27

3
PERTINÊNCIA DO TEMA EM SAÚDE OCUPACIONAL
(MEDICINA DO TRABALHO) E CARÁCTER INOVADOR

A perda auditiva induzida pelo ruído é das doenças mais comuns a nível ocupacional,
com uma incidência mundial de 1,6 milhões de casos em todo planeta, sendo que
áreas industriais são as mais afectadas (Domingues De Oliveira Vilela, 2015) .

Estima-se que, aproximadamente nove milhões de trabalhadores americanos


apresentam perda auditiva ocasionada pela exposição ao ruído ocupacional. Nos
países em desenvolvimento, a situação é geralmente mais grave, pois são comuns
níveis intensos de ruído aos quais os trabalhadores estão expostos
(Manuel, sem data)

O levantamento feito em Angola é escasso e incompleto, no entanto sabe-se que os


trabalhadores Angolanos estão expostos a níveis excessivos de ruído em diversos
sectores da actividades com particular destaque aqui a aviação civil, concretamente a
TAAG (António, sem data) .

A Organização Mundial da Saúde (OMS), infere que, relativamente a surdez


incapacitante, 16% são resultados da exposição ao ruído ocupacional, e recomenda
uma exposição media de 24 horas ao ruído ocupacional até 70 decíbeis (db), de forma
a evitar alterações irreversíveis da capacidade auditiva
(Domingues De Oliveira Vilela, 2015)
.

A detecção precoce deste tipo de perda auditiva através do audiograma pode ser
fulcral no que toca a sua prevenção (Domingues De Oliveira Vilela, 2015) .

O tema escolhido teve em consideração a prevalência citadas em vários estudos


mencionados e a avaliação hierárquica dos factores de riscos identificados no trabalho
de campo 1, no qual o ruído foi um importante factor de risco com a consequente
probabilidade aumentada de ocorrência de surdez profissional por parte dos
trabalhadores da secção de rodas e travões da TAAG.

PERGUNTA DE PARTIDA

Qual a capacidade auditiva dos trabalhadores da TAAG da seccção de rodas e


travões, e motores?

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INTRODUÇÃO

A Exposição ao ruído pode provocar diversos efeitos adversos para a saúde entre os
quais um desvio permanente do limiar da audição (surdez profissional). Para além
desse, outros efeitos auditivos, o ruído pode ainda causar efeitos extra-auditivos
(UVA, 2010)
.

A surdez profissional caracteriza-se, no seu início, por um atingimento das altas


frequências, essencialmente na oitava dos 4 KHz ou nas meias oitavas contíguas (3
KHz e 6 KHz) (UVA, 2010).

A surdez profissional é uma condição de saúde que resulta da exposição ao ruído


excessivo no ambiente de trabalho, durante tempo prolongado.O termo corresponde
na língua Francesa é “surdité profissionelle”, na língua Espanhola é “sordera
profesional”, e na língua Inglesa é “ocupational hearing loss”. A audição humana esta
condicionada a recepção de estímulos sonoros pelo aparelho auditivo, de onde são
conduzidos por fibras cocleares ao VIII par craniano (nervo coclear) em direcção ais
centros romboencenfálicos. Daí são transmitidos para a zona auditiva do córtex
cerebral, localizado no lobo temporal
(SURDEZ PROFISSIONAL EM TRABALHADORES METAL0RGICOS: ESTUDO EPI-DEMIOLOGI

O que interessa na surdez profissional, é o fenómeno físico vibratório, que pode


provocar perdas definitivas da audição, indepenedemente de ser agradável ou não. O
sons distribuem-se nas frequências entre 16 e 20000 Hz, que é a faixa audível pelo
homem. Abaixo de 16 Hz têm-se os infrassons, e acima de 20000 Hz os ultrassons. As
frequências mais lesivas para a audição humana situam-se acima de 1500 Hz. Os
ruídos intermitentes são muito comuns no meio industrial, o que reduz o risco de
perdas auditivas, se comparado ao ruído contínuo
(SURDEZ PROFISSIONAL EM TRABALHADORES ME
.

5
1. Anatomia e fisiologia do Ouvido Humano

A audição humana constitui um dos sistemas mais complexos e elaborados do


organismo. O ouvido humano é capaz de detectar com precisão, desde sons graves
(frequências baixas – 16 Hz) aos mais agudos (frequências altas – cerca de 20.000
Hz); dos mais tênues (20 mPa) aos mais intensos (200 Pa) (pair-mendes, sem data) .

É capaz de dar sensação de frequência (pitch ou fonia), de intensidade (loudness ou


sonia), e dos variados timbres. Tem capacidade de discriminar sons similares, mas
diferentes, de reconhecer ou identificar dados sonoros, interpretá-los em nível de
compreessão e armazená-los na memória (pair-mendes, sem data) .

Anatomicamente o ouvido humano é dividido em três partes: o ouvido externo, o


ouvido médio e o ouvido interno (Figura 1)

Figura 1: Anatomia do ouvido humano Fonte: SVETLANA VERBINSKAYA

O ouvido externo é constituído pelo pavilhão auricular e pelo canal auditivo externo. O
ouvido médio, sendo a ligação entre o ouvido externo e o interno, é constituído pela
membrana do tímpano, que separa o ouvido médio do ouvido externo, e pela cavidade
do ouvido médio e seu conteúdo (ossículos - martelo, bigorna e estribo). No ouvido
médio estão contidos dois músculos que operam no martelo (tensor tympani) e no
estribo (stapedius), contraindo-se na resposta a níveis sonoros elevados. A sua acção
reduz a amplitude do movimento dos ossículos, limitando a intensidade sonora
transmitida ao ouvido interno. O ouvido médio, tal como o externo, está envolvido por
ar, enquanto o interno tem líquido no seu interior (Moniz & Pinto, 2008).

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O ouvido interno inserido numa cápsula óssea, designada por labirinto ósseo,
comunica com o ouvido médio pela janela oval e pela janela redonda. O ouvido interno
é um sistema complexo de canais preenchidos por um líquido (perilinfa) e pode ser
dividido em dois sistemas: Cóclea ou caracol - órgão de audição;  Canais
semicirculares - órgãos de equilíbrio. A cóclea (órgão receptor de sons) tem a forma
de um canal de paredes ósseas enrolado, em forma de espiral (Figura 2), canal este
que se encontra dividido a meio por uma membrana (membrana basilar). Nessa
membrana existem cerca de 24.000 terminais nervosos extremamente finos, que
levam as sensações ao cérebro (Moniz & Pinto, 2008).

1. Canal semicircular (csc) superior


(anterior)
2. Ampola (do csc superior)
3. Ampola (csc lateral ou horizontal)
4. Sáculo
5. Canal coclear
6. Helicotrema
7. Canal sc lateral (horizontal)
8. Canal sc posterior
9. Ampola (canal posterior)
10. Janela do vestíbulo (oval)
11. Janela coclear (redonda)
12. Rampa vestibular
13. Rampa timpânica
14. Utrículo

Figura 2 : Anatomia do ouvido interno Fonte: Remy Puyol (2016)

De uma forma relativamente simples, o processo de audição processa-se da seguinte


forma: Os sons, captados pela orelha, são ampliados pelo ouvido médio e as
vibrações resultantes fazem movimentar o fluído no interior da Cóclea. O fluído
(perilinfa) percorre o canal de ambos os lados da membrana que o separa,
comunicando entre si por um pequeno orifício o helicotrema, (reapresentado pelo
número 6 da figura 2).

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As variações de pressão são detectadas pela membrana, de ambos os lados e de uma
forma diferenciada, através dos terminais nervosos que tem diferentes sensibilidades a
diferentes níveis de pressão (Figura 3). Estes terminais nervosos transformam as
variações de pressão em variações de voltagem eléctrica que são transmitidas e
interpretadas pelo cérebro (Moniz & Pinto, 2008).

Figura 3: Diferente sensibilidade da cóclea Fonte: Guy Rebillard


(2021)

De uma forma relativamente simples, o processo de audição processa-se da seguinte


forma: Os sons, captados pela orelha, são ampliados pelo ouvido médio e as
vibrações resultantes fazem movimentar o fluído no interior da Cóclea. O fluído
(perilinfa) percorre o canal de ambos os lados da membrana que o separa,
comunicando entre si por um pequeno orifício o helicotrema, (reapresentado pelo
número 6 da figura 2).
O processo fisiológico da audição ocorre quando as ondas sonoras que chegam ao
conduto auditivo externo atingem o tímpano, que entra em vibração, reproduzindo as
características daquelas ondas, e as transmite aos ossículos do ouvido médio. Estes
actuam como alavancas, amplificando sua força e transmitem-nas à base do etsribo,
accionando a janela oval
(SURDEZ PROFISSIONAL EM TRABALHADORES METAL0RGICOS: ESTUDO

.
Daí, as ondas seguem pela perilinfa através do conduto vestibular e retornam pelo
conduto timpânico, terminando em vibrações da janela redonda. Dependendo do tipo
de frequência, o cotovelo de volta, faz-se perto da janela oval (frequências altas), e
próximo ao ápice da cóclea (frequências baixas). A passagem do conduto vestibular
para o tímpano das sonoras, atravessando o conduto coclear, depende da frequência

8
sonora
(SURDEZ PROFISSIONAL EM TRABALHADORES METAL0RGICOS: ESTUDO EPI-DEMIO
.
A vibração da membrana basilar origina correntes microfónicas que reproduzem as
características do som original, sendo captadas pelas células sensoriais do órgão de
Corti. Estas as transmitem aos respectivos filetes do nervo coclear, como potencias de
acção, que seguem as vias aferentes em direcção aos centros romboencefálicos.
Finalmente atingem o córtex cerebral em seu lobo temporal, onde se localiza a zona
auditiva
(SURDEZ PROFISSIONAL EM TRABALHADORES METAL0RGICOS: ESTUDO EPI-DEMIOLOGICO
.

2. O ruído

O ruído é entendido como o conjunto de sons desagradáveis, ou todo grupo de sons


desagradável que interferr em uma actividade humana (09_introdu__o_1_, sem data) .

Fisicamente não existe qualquer diferença entre o som e o ruído. O som é uma
perceção sensorial e o ruído é visto como sendo um som indesejado. O ruído está
normalmente presente em todas as atividades humanas. Quando se avalia o impacto
do ruído que ocorre durante o trabalho no bem-estar e saúde dos trabalhadores, o
ruído é normalmente designado por ruído laboral ou ruído ocupacional. O som pode
ser explicado por variações em maior ou menor grau da pressão do ar, que provocam
uma resposta sensitiva no sistema auditivo (De Engenharias et al., sem data) .

Os ruídos muito intensos, de impacto, tendem a produzir lesões nas estruturas do


órgão de Corti, por acção mecânica, com consequente processo degenerativo. Os
ruídos contínuos e prolongados originam alterações predominantemente por exaustão
metabólica (pair-mendes, sem data) .

Dependendo do meio de propagação, o som pode-se propagar a velocidades


diferentes. No ar, o som propaga-se a uma velocidade aproximada de 340 m/s. Em
líquidos e sólidos a velocidade de propagação é maior (1500m/s na água e 5000 m/s
no aço por exemplo). Uma variação de pressão sonora de 20 µPa1 corresponde ao
valor médio do limiar de audição humana. Por outro lado uma variação de 100 Pa é
suficientemente grande para causar dor. É por isso chamado de limiar da dor
(De Engenharias et al., sem data)
.

9
Por outro lado o ouvido humano responde de forma logarítmica e não de forma linear
aos estímulos. Quer isto dizer que um estímulo sonoro com o dobro da pressão sonora
que outro, não produz o dobro do efeito no ouvido humano. Desse modo é mais
prático expressar os parâmetros acústicos como sendo um rácio logarítmico entre um
valor de pressão sonora medida e um valor de pressão sonora de referência (limiar da
audição). Este rácio logarítmico é denominado por decibel ou dB. A vantagem da
utilização da escala em dB pode ser verificada na imagem da figura 4
(De Engenharias et al., sem data)
.

Aí uma escala linear com uma grande distância entre os seus valores extremos [20
µPA a 100.000.000 µPa] transforma-se numa escala de valores tratáveis e facilmente
relacionáveis entre si. O cuidado a ter na utilização desta escala é não cair no engano
que uma pequena diferença de dB significa também uma pequena diferença de
energia sonora efetiva, ou ruído. Uma diferença de apenas 3 dB significa o dobro ou
metade da energia sonora (De Engenharias et al., sem data) .

Figura 4: escala dos parâmetros acústicos Fonte: Trigueiro (2016)

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3. Efeitos do Ruído sobre a saúde humana

O efeito mais provável do ruído sobre o ouvido humano é a surdez (hipoacusia neuro-
sensorial). Esta acontece em função da frequência e da intensidade do ruído, sendo
mais evidente para os sons puros e para as frequências elevadas.O efeito da
exposição repetida ao ruído é cumulativo não sendo, até aos dias de hoje, tratável
(Moniz & Pinto, 2008).

A exposição continuada a níveis elevados de ruído é a causa mais comum para a


perca de audição. Quando estamos expostos a níveis de pressão sonoros elevados,
os terminais nervosos existentes na Cóclea são comprimidos, recuperando, após
algum tempo, o seu estado inicial. A exposição continua a estes níveis de pressão
fazem com que estes terminais nervosos percam essa capacidade de recuperação,
provocando perca de capacidade auditiva. Outro factor importante é o indivíduo. A
idade, defeitos congénitos ou a existência de alguma doença podem influenciar na
degradação das células auditivas. Tendo em conta que o ruído actua, através do
ouvido, sobre os sistemas nervosos central e autónomo, a ultrapassagem dos limites
produz efeitos patológicos em ambos os sistemas, tanto de uma forma instantânea
como diferida.
As perdas auditivas também ocorrem de forma natural devido ao envelhecimento
(presbiacusia), sendo mais marcante na gama superior de frequências audíveis. Um
dos fenómenos associados à exposição ao ruído é o deslocamento temporário dos
limiares auditivos (Temporary Threshold Shift ou TTS). Este fenómeno representa uma
redução de sensibilidade acústica após a exposição a uma fonte de ruído, sendo esta
recuperada ao fim de um determinado tempo. Para este fenómeno contribuem
variáveis como intensidade, a duração, o espectro e a intermitência do estímulo
sonoro (Moniz & Pinto, 2008).
São distinguidos 4 tipos de TTS: TTS de muito curta duração, TTS de curto prazo, TTS
“ordinário” ou normal, e TTS de longa duração. A classificação dos TTS passa pelo
tempo de recuperação da capacidade auditiva normal, podendo demorar 2 minutos até
16 horas. No último caso, o elevado tempo de recuperação poderá indiciar a
ocorrência de danos irreversíveis. A baixos níveis de exposição o ruído produz
desconforto e dificuldade de atenção, dificultando a comunicação, a concentração, o

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descanso e até o sono. Uma exposição recorrente resulta em estados de nervosismo
e stress, que, em casos extremos pode originar efeitos psicológicos, doenças
cardiovasculares e alterações do sistema imunitário (Moniz & Pinto, 2008).

3.1. Desconforto.
O desconforto é o efeito mais comum do ruído sobre as pessoas, e as principais
queixas reportam falta de tranquilidade, inquietude, desassossego, depressão e
ansiedade.

3.2. Interferência com a comunicação.


Partindo do principio que uma palavra seja perfeitamente compreensível quando a sua
intensidade seja superior ao ruído de fundo em 15 dB(A), e que os 50 e 55 dB(A)
representam o nível de som de uma conversação em tom normal, é fácil concluir que
um ruído de fundo superior a 50 dB(A) irá representar dificuldades na comunicação
oral. A forma de contornar esta situação passa pelo aumento do tom de voz, o que
acabará por provocar cansaço, ou diminuir a distância de conversão (com um valor
padrão de um metro, para os valores acima apresentados).

3.3.Perda de atenção, concentração e rendimento.


A existência de um ruído repentino, ou constante no mesmo tom, produzirá percas de
atenção momentâneas (ruído repentino) ou dificuldades de concentração (ruído
constante no mesmo tom), que reduzirá o rendimento em muitos tipos de trabalho,
especialmente naqueles que necessitam de atenção constante para o seu
desenvolvimento. Para além de perca de rendimento, estas distracções podem
provocar acidentes de trabalho, tanto por uma distracção momentânea, como pela
“camuflagem” da fonte de perigo pelo ruído ambiente.

3.4. Transtornos durante o sono.


Ainda que não seja um dado universal, até porque diversas pessoas conseguem
adormecer e dormir em ambientes ruidosos, o ruído, regra geral, influencia
negativamente o sono. Como efeito, a partir dos 30 dB(A) pode verificar-se a
dificuldade em adormecer ou impossibilidade de dormir continuamente. Valores a
partir de 45 dB(A) podem provocar interrupções no sono que, sendo repetidas, podem
levar a insónias. A partir deste valor a probabilidade de despertar é grande. O efeito
indirecto do ruído sobre o sono é a diminuição da qualidade do mesmo, que, em casos
mais extremos, pode provocar aumento da pressão arterial e do ritmo cardíaco.

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3.5. Danos no ouvido.
A perda de capacidade auditiva depende directamente de dois factores: o nível de
pressão sonora a que um individuo está sujeito, e ao tempo de exposição associado a
este nível de pressão.
Na surdez transitória ou fadiga auditiva, não existe lesão. A recuperação é quase total
ao fim de algumas horas e completa ao fim de 16 horas do final da exposição ao ruído.
A surdez permanente, provocada por lesões do ouvido interno, é derivada de
exposições prolongadas a níveis superiores a 85 dB(A), bem como a sons de curta
duração a mais de 137 dB(A) ou por acumulação da fadiga auditiva sem tempo
suficiente de recuperação.

3.6. Stress.
A exposição a ruído que provoque dificuldade de atenção, concentração ou
comunicação, ou percas de tranquilidade, descanso ou no sono, podem desenvolve
alguns das síndromas seguintes:  Cansaço crónico;  Tendência para contraírem
insónias;  Doenças cardiovasculares (o risco de ataques de coração em pessoas
submetidas a valores superiores a 65 dB(A) no período diurno, aumenta entre os 20 a
30%);  Transtornos no sistema imunitário;  Transtornos psicológicos (ansiedade,
depressão, irritabilidade, náuseas, enxaquecas);  Variações de comportamento,
especialmente comportamentos anti-sociais, tais como a hostilidade, intolerância e a
agressividade.

3.7. Produtividade. Ainda que seja difícil associar directamente a perca de


rendimento pela exposição ao ruído, muito devido ao elevado número de factores
intervenientes, e não tendo em conta os efeitos físicos existentes, é fácil de
depreender que existe uma eventual correlação entre a existência de ruído e a perca
de concentração. Desta forma todo o trabalho intelectual pode ser afectado pela
exposição a ruído.

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4. Surdez Sonotraumática

O dano auditivo produzido pela exposição a níveis elevados de pressão sonora pode
ser classificado em três tipos: o trauma acústico, a perda auditiva temporària, e a
perda auditiva permanente (pair-mendes, sem data).

Na definição de surdez profissional é importante distingui-lo da surdez por deflagração


a qual é quase sempre unilateral ou apresenta forte assimetria, sendo as curvas tonais
aéreas mais ou menos profundamente encurvadas nas proximidades dos 4000 Hz,
sendo a deficiência a este nível crescente em função da duração em anos de
exposição ao ruído (Ruído-V Ribeiro, n.d.).

A exposição repetida, dia após dia, ao ruído excessivo durante a actividade laboral, ao
cabo de alguns anos, pode levar a uma perda auditiva permanente e irreversível. De
instalação lenta e progressiva, sendo que a percepção do problema por parte da
pessoa acometida acontece depois de muitos anos de exposição
(Ruído-V Ribeiro, sem data)
.

A perda auditiva relaciona-se a uma grau de destruição menor ou maior de sectores


do órgão de Corti, sendo sempre do tipo sensorioneural ou neurosensorial. Como a
maior concentração da lesão situa-se na espiral basal da cóclea, ela compromete
primeiro e predominante as frequências mais altas, e nas fases mais avançadas, o
entalhe do audiograma se alarga em direcção as frequências médias e baixas
(pair-mendes, sem data)
.

As curvas tonais aéreas e ósseas são aproximadamente sobrepostas, indicando que a


surdez afecta o aparelho de percepção (Ruído-V Ribeiro, sem data) .

No traçado do audiograma a surdez sonotraumática, tem como formato característico,


de entalhe nas frequências altas, similar bilateralmente. A doença é também

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caracterizada por não da progressão da perda auditiva após cessação da exposição
ao ruído (pair-mendes, sem data) .

A avaliação da surdez sonotraumática, ainda é feito universamente com o exame


audiométrico tonal, por via área e via óssea. Os acúfenos ou zumbidos ou tinnitus
constituem uma queixa frequente em mais de um terço dos trabalhadores com surdez
sonotraumática. Pode ocorrer também deterioração da fala, e otalgia, embora esse
último é habitual no trauma acústico, e efeitos sobre a fala (pair-mendes, sem data) .

O diagnóstico dos problemas causados pela exposição a agentes otoagressores do


ambiente de trabalho é feito, mediante uma anamnse clínico-ocupacional, exame físico
com otoscopia, e testes audiométricos (pair-mendes, sem data) .

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5. Enquadramento legal e normativo

Actualmente, e actualizando o Decreto-Lei nº 72/92, e o Decreto Regulamentar n.º


9/92, de 28 de Abril, encontra-se em vigor o Decreto-Lei nº 182/2006 de 6 de
Setembro em Portugal, que transpôs para o quadro legislativo nacional a Directiva n.º
2003/10/CE, do Parlamento e Conselho Europeu, de 6 de Fevereiro (Figura 5).
Através do presente Decreto-Lei foram definidas as prescrições mínimas de segurança
e saúde respeitantes à exposição dos trabalhadores aos riscos devidos ao ruído. O
Decreto-lei em causa também actualizou as designações das grandezas físicas
utilizadas em questão, de acordo com as designações constantes na norma ISO
1999:1990.

Objectivos

Figura 5: Legislação europeia sobre o ruído Fonte: Trigueiro (2016)

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Os níveis de exposição diária ou semanal ou os níveis de pressão sonora de pico que
em caso de ultrapassagem implicam a tomada de medidas preventivas adequadas à
redução do risco para a segurança e saúde dos trabalhadores”.

Valores Limite de Exposição – “O nível de exposição diária ou semanal ou o nível de


pressão sonora de pico que não deve ser ultrapassado.
Valores Limites de exposição são:
 Lex,8h = 87 dB(A);
 LCpico = 140 dB(C) equivalente a 200 Pa.
Os Valores de Acção Superiores são:
 Lex,8h = 85 dB(A);
 LCpico = 137 dB(C) equivalente a 140 Pa.
Os Valores de Acção Inferiores são:
 Lex,8h = 80 dB(A);
 LCpico = 135 dB(C) equivalente a 112 Pa

A norma ISO 9612 introduz um conjunto de medidas padrão relacionadas com a


exposição ao ruído, no local de trabalho, com o objectivo genérico de uniformizar as
metodologias de avaliação de ruído ocupacional e garantir a validade dos dados
obtidos. O procedimento proposto contém os seguintes passos:
- Análise do posto de trabalho;
- Selecção da estratégia de medição:
- Processo de medição:
- Cálculo da incerteza de medição:
- Cálculo e apresentação dos resultados.
No âmbito da norma em causa, são descritas três estratégias de medição;
- Medição baseada na tarefa;
- Medição baseada na função;
- Medição baseada num dia completo de trabalho.

PERGUNTA DE INVESTIGAÇÃO

Qual a prevalência de hipoacusia sonotraumática entre os trabalhadores nas secção

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de rodas e travões, e da secção de motores da TAAG, expostos a ruído ocupacional?

OBJETIVO(S) DO ESTUDO (GERAIS E ESPECÍFICOS)

Gerais:
1. Estudar a prevalência de hipoacúsia sonotraumática nos trabalhadores da
TAAG da Secção de rodas e travões e motores em 2023-2024.
2. Classificar o grau de hipoacusia nos trabalhadores identificados com o
diagnóstico de hipoacusia de natureza sonotraumática

Específicos:
1. Caracterizar a população em estudo segundo as características
Socioprofissionais
2. Caracterizar a população em estudo segundo os antecedentes pessoais:
I. Hábitos etílicos
II. Hábitos tabágicos
III. Uso de drogas ototóxicas (quinino, salicilatos)
3. Caracterizar a perda auditiva sonotraumática segundo o tempo de exposição,
pela frequência de exposição dos trabalhadores e o tipo de protector auditivo
individual utilizado pelos trabalhadores da empresa em estudo
4. Definir um programa de vigilância a saúde auditiva para os trabalhadores em
estudo.

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DELINEAMENTO METODOLÓGICO

Propõe-se a criação de um estudo transversal, observacional, descritivo

Descrição das Fases do Estudo

O estudo irá decorrer entre novembro de 2023 e fevereiro de 2024, na secção de


rodas e travões, e de máquinas que pertence à direção de manutenção e engenharia.

VARIÁVEIS

 Variáveis independentes
o Idade
o Tempo de serviço
o Tempo de exposição
o Escolaridade
o Antecedentes pessoas sobre alterações auditivas
 Variáveis dependentes
o hipoacusia

A sua classificação será feita com base nos resultados obtidos da audiometria Tonal
óssea a ser realizada aos trabalhadores seleccionados para o estudo de hipoacusia,
mediante a escala (ver tabela), de perda auditiva do gabinete internacional de
audiofonologia (BIAP) em: perda audtiva ligeira, perda auditiva moderada, e perda
auditivida severa
(RECOMENDAÇÃO 02/1 DO GABINETE INTERNACIONAL DE AUDIOFONOLOGIA (BIAP)-CLASSIF

Perda auditiva ligeira (que significa que a fala é percepcionada se a voz for
normal, as dificuldades surgem se a voz for baixa ou ou distante do sujeito;
a maior parte dos ruídos da vida quotidiana são percebidos)

(RECOMENDAÇÃO 02/1 DO GABINETE INTERNACIONAL DE AUDIOFONOLOGIA (BIAP)-CL


.

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Perda auditiva moderada (corresponde a uma percepção da voz falada se
realizada com nível de intensidade aumentado, o sujeito compreende
melhor o que está a ser dito se se puder ver o seu interlocutor.; alguns
ruídos da vida quotidiana continuam a ser percebidos)

(RECOMENDAÇÃO 02/1 DO GABINETE INTERNACIONAL DE AUDIOFONOLOGIA (BIA

Perda de audição severa (a fala é percepcionada se a voz for emitida com


elevada intensidade e e próxima do ouvido; os ruídos fortes são
percepcionados)
(RECOMENDAÇÃO 02/1 DO GABINETE INTERNACIONAL DE AUDIOFONO

Tipo de Surdez Grau

Perda auditiva ligeira perda auditiva de 21 a 40 db

Perda auditiva 1º grau: perda auditiva de 41 a 55 db


moderada 2º grau: perda auditiva de 56 a 70 db

surdez severa 1º grau: perda auditiva de 71 a 80 db


2º grau: perda auditiva de 81 a 90 db

POPULAÇÃO DO ESTUDO

A população será constituída por 10 trabalhadores do sexo masculino das áreas de


Rodas e travões, e de Máquinas da TAAG.

Serão incluidos todos os trabalhadores da secção de rodas e travões e das máquinas

que concordarem participar no estudo mediante a assinatura do consentimento


esclarecido.

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Serão excluídos todos os trabalhadores da secção de rodas e travões e das máquinas,
que não aceitaram participar do estudo e com lesão auditiva prévia diagnosticada.

MÉTODOS DE RECOLHA DE INFORMAÇÃO

Os dados serão obtidos mediante uma anamnese clínico-ocupacional no qual teremos


em consideração a identificação, os aspectos relacionados com os antecendentes
familiares, doenças auditivas anteriores, medicação ototóxicas utilizadas, se
apresentam alguma dificuldade auditiva, a percepção da sua própria capacidade
auditiva, cirúrgias, exposição ocupacional ou não a substâncias que podem causar
perda auditiva, procedido de uma inspecção do conduto auditivo externo, finalizado
com o audiograma (número de serial, 310-181173-GNDK, tipo Oscila USB-310), última
calibração em 2018.

MÉTODOS DE ANÁLISE DE DADOS

Os dados colhidos com pela anamnese clínico-ocupacional com as variáveis em


estudo, pela audiometria serão digitalizadas em uma folha do microsoft office Excel
versão

Ao tionários preenchidos com as variáveis em estudo, pela audiometria e medição da


dose de ruído no ambiente de trabalho. Aspectos estatísticos: As informações foram
digitados em uma folha do microsoft excel versão 2019 e depois importados para o
programa SPSS, para processamento e análise dos resultados. A apresentação dos
mesmos será feita em frequência simples e relativa com auxílio de tabelas e gráficos.

RESULTADOS ESPERADOS

O estudo visa avaliar o limiar auditivo dos trabalhadores em estudo, muito


provavelmente causada por trauma acústico derivado da exposição ao ruído
ocupacional, tendo em consideração o tempo de prestação de serviço na área em
estudo e os audiogramas com graduação das mesmas perdas auditivas.

21
VIABILIDADE/EXEQUIBILIDADE DO ESTUDO

O estudo foi autorizado pela regência do curso de pós-graduação em Medicina do


trabalho.

A falta de audiograma de admissão na população de trabalhadores em estudo


inviabilizou que conseguisses cumprir os objetivos inicialmente definidos que visava
avaliação dos audiogramas existentes e a comparação com os que serão realizados e
assim a definição da relação da hipoacusia neurossensorial e o sonotraumatismo.

O estudo será feito mediante um pedido de autorização (por intermédio de uma carta)
pela direcção da TAAG e através de um termo de consentimento livre e esclarecido ao
trabalhador. O estudo irá preservar a identidade do trabalhador, respeitando a
privacidade, ou qualquer outro dado ou elemento que possa, de qualquer forma,
identificar o participante, será mantido em sigilo.

A médica do trabalho da TAAG autorizou e disponibilizou um consultório na clínica da


TAAG para a realização da avaliação médica e os audiogramas com câmara com
isolamento sonoro por um técnico qualificado e certificado.

22
QUESTÕES ÉTICAS

Este projeto de investigação está em conformidade com as diretrizes para estudos


com seres humanos e foi conduzida de forma ética de acordo com a Declaração da
Associação Médica Mundial de Helsínquia.

A participação no estudo será de total liberdade de escolha. Qualquer trabalhador


poderá abandonar o estudo em qualquer altura da sua fase. Nenhum trabalhador
receberá quaisquer benefícios ou admoestações por aceitar ou recusar participar no
estudo.

Os dados coletados serão baseados na recolha de informação em, consulta médica-


ocupacional mediante um questionário de recolha de dados.Todos os participantes
assinarão um termo de consentimento livre e esclarecido, após serem informados
sobre os objetivos e procedimentos do estudo e terem sido respondidas a todas as
eventuais dúvidas colocadas.

O autor nega quaisquer conflitos de interesse

23
CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES

Leituras/ Redação recolha de descrição de outros


pesquisas do texto dados resultados
Novembro
Dezembro
Janeiro
Fevereiro
Março

24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

1. 09_introdu__o_1_. (sem data).


o
2. António, B. F. (sem data). Curso de Especialização em Medicina do Trabalho
Luanda-2013/2015 TRABALHO de CAMPO 2 Relatório Final.
3. De Engenharias, F., Patrícia, A., & Tomé, F. (sem data). UNIVERSIDADE DA
BEIRA INTERIOR Avaliação da Exposição dos Trabalhadores ao Ruído (Estudo de
Casos) Engenharia e Gestão Industrial.
4. Domingues De Oliveira Vilela, M. (2015). Trauma sonoro como mecanismo de
surdez-Artigo de revisão.
o
5. Manuel, N. (sem data). Curso de Especialização em Medicina do Trabalho
Luanda-2013/2015 TRABALHO de CAMPO 2 Relatório Final.
6. Moniz, B., & Pinto, S. B. (2008). Processos e métodos de monitorização de ruído
ocupacional.
7. pair-mendes. (sem data).
8. RECOMENDAÇÃO 02/1 DO GABINETE INTERNACIONAL DE AUDIOFONOLOGIA
(BIAP)-CLASSIFICAÇÃO AUDIOMÉTRICA DAS DEFICIÊNCIAS AUDITIVAS. (sem
data). https://www.biap.org/en/recommandations/recommandations/ct-02-
classification-des-deficiences-
9. Ruído-V Ribeiro. (sem data).
10. SURDEZ PROFISSIONAL EM TRABALHADORES METAL0RGICOS: ESTUDO
EPI-DEMIOLOGICO EM UMA INDOSTRIA DA GRANDE SÃO PAULO. (sem data).
11. UVA, A. D. S. (2010). DIAGNÓSTICO E GESTÃO DO RISCO EM SAÚDE
OCUPACIONAL. ACT.

25
ANEXOS

Guia do Exame físico do Ouvido

Ouvido Externo
• Pavilhão auditivo - coloração, tamanho e forma, implantação, presença de tofos
gotosos, hipertricose, compressão do tragus, sinal do lobo da orelha
• Conduto auditivo - cerume, corpo estranho, otorreia (secreção), otorragia
(hemorragia);
• Membrana timpânica - opacidade, abaulamento, nível hidroaéreo, perfurações.
• Caracterização do odor da secreção que sai no espéculo do otoscópio

Ouvido Médio : Compressão de região mastóidea e sinais flogísticos locais.

Ouvido Interno: Acuidade auditiva-Audiometria Tonal áerea

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DECLARAÇÃO DE CONSENTIMENTO INFORMADO

Eu, Romeu Francisco Aguiar, Médico, a frequentar o Curso de pós-graduação em


Medicina do trabalho na Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova
de Lisboa, sob a orientação do Dr. Luís Mendonça Galaio, pretendo desenvolver
um estudo/investigação subordinado ao tema “surdez profissional nos
trabalhadores da TAAG.”

Esta investigação pressupõe a consulta dos seus dados clínicos contidos no


arquivo da equipa médica do Serviço de Saúde Ocupacional da TAAG. Serão
analisados os exames auditivos realizados até ao momento no sentido de ser
avaliada a saúde auditiva de cada um dos trabalhadores.

A participação no estudo será de total liberdade de escolha. Poderá abandonar o


estudo em qualquer altura da sua fase, com destruição completa dos dados
obtidos. Sendo garantida a confidencialidade dos dados recolhidos, não receberá
quaisquer benefícios ou admoestações por aceitar ou recusar participar no estudo,
respetivamente.

Os dados coletados serão baseados na recolha de informação em, consulta


médica mediante um questionário de recolha de dados. Todos os participantes
assinarão um termo de consentimento livre e esclarecido, após serem informados
sobre os objetivos e procedimentos do estudo e terem sido respondidas a todas as
eventuais dúvidas colocadas.

A concretização deste estudo só será possível se mediante a assinatura desde


consentimento escrito, após o investigador ter esclarecido todas e quaisquer
dúvidas que possa ter.

Se concordar em participar neste estudo, por favor assine no espaço abaixo,


obrigado por aceitar dar o seu imprescindível contributo.

Eu____________________________________________, tomei conhecimento do


objetivo e finalidade do estudo de investigação no âmbito do trabalho de campo 2.

27
A explicação que me foi fornecida, incidiu sobre a finalidade, os procedimentos, os
riscos e benefícios do estudo, sendo-me garantido o anonimato e
confidencialidade da informação.

Assim, declaro que aceito participar no presente estudo de investigação


respondendo às questões que forem colocadas no estudo.

Data:_____/_______/2023

Assinatura do participante

Data:_____/_______/2023

Data Assinatura do investigador

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