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O nosso ouvido é sensível a uma gama específica de frequências (sons graves e agudos) e de intensidades
(sons fracos e fortes) que definem o campo auditivo humano. Todas as vibrações acústicas que saem desses
limites não são considerados como sons para os nossos ouvidos.
graphe S. Blatrix
O ouvido humano consegue discriminar sons compreendidos entre 20 Hz (a frequência mais grave) e 20 000Hz
(frequência mais aguda). Por antropomorfismo, consideramos infrasons todas as frequências inferiores a 20 Hz,
mesmo que certos animais, como a toupeira e o elefante, consigam ouvir sons 2 oitavas abaixo do ouvido
humano; eles conseguem ouvir o som dum terramoto de apenas alguns Hz. Da mesma forma, classificamos de
ultrasons todos os sons de frequência superior a 20 000Hz, apesar do cão e o gato ouvirem até 40 kHz e o
morcego e o golfinho até 160kHz (respectivamente uma e três oitavas mais que o Homem).
O ouvido humano capta níveis de intensidade acústica compreendida entre 0 e 120 dB. Para que um som puro
com a frequência de 1000 Hz seja perceptível pelo ouvido humano, é necessário que seja superior a 0 dB. A essa
mesma frequência, 120 dB é a intensidade acústica mais forte suportada pelo ouvido humano. A cima deste
valor, os sons são nocivos e podem destruir de forma irreversível as estruturas do ouvido interno (ver o capítulo "
Ruido: atenção! Perigo (http://www.cochlea.org/bruit-attention-danger-!-protection)!").
graphe P. Minary
A curva inferior representa os limiares auditivos nas diferentes frequências do ouvido humano saudável. Para
cada frequência o limiar auditivo é diferente: as frequência que o ouvido humano melhor discrimina (a curva
aproxima-se de 0) situam-se na gama média, entre os 1 e 3 kHz. É também nesta gama de frequências que o
campo dinâmico auditivo é maior (0 a 130 dB). A curva superior representa o limiar de desconforto, acima do
qual surge desconforto e/ou dor, e em que pode haver destruição das células do ouvido interno.
A zona de conversação define a banda sonora utilizada para a comunicação pela voz humana. Só quando esta
zona é afectada é que a surdez se torna perceptível e surge dificuldade na comunicação.
Nota: É frequente ser referido o "Limiar de dor" (>120 dB), mas com efeito só existe dor se houver ruptura da
membrana timpânica, o que por si só não é muito grave. Pelo contrário, não devemos esperar que surja
desconforto auditivo para proteger o nosso ouvido de sons nocivos (ver o capítulo " Ruido: atenção! Perigo
(http://www.cochlea.org/bruit-attention-danger-!-protection)!").
Última atualização: 2018/06/06 16:25
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