Você está na página 1de 19

5

POLUIÇÃO SONORA

5.1 INTRODUÇÃO:

O vocábulo ruído vem do latim rugitus, que significa rugido. O ruído é identificado por todos
como som indesejável. Contudo, ainda que assim o seja, não é suficiente para tal generalização, o
som que pode parecer indesejável para um, pode não ser para outro. Por isso dizemos que os sons
são polissêmicos, ou seja, possuem significados diferentes para pessoas diferentes. Esta definição
tem um caráter eminentemente subjetivo. Esta subjetividade deixa aberta a questão do quanto é
indesejável e para quem resulta indesejável, pois além desta, não leva em consideração as
conseqüências que este fenômeno produz no ser humano. Paradoxalmente, o mesmo som que é
agradável para uma pessoas, poderá tornar-se desagradável para ela mesma se, por alguma razão
encontrar-se cansada ou preocupada no momento em que este som manifestar-se diante dela. Como
exemplo, uma bela música para você pode tornar-se ruído se você for obrigado a ouvi-la quando
encontra-se muito cansado.

5.2. CONCEITOS BÁSICOS:

5.2.1. Definição de o que é Som:

O som pode ser definido como toda qualquer vibração ou onda mecânica em um meio
elástico, dentro da faixa de áudio-frequência. Simplificadamente, o som é entendido como qualquer
variação de pressão (na água, no ar ou em outro meio qualquer) que o ouvido humano possa
detectar.

5.2.2. Definição de Ruído:

O ruído é caracterizado como um conjunto de sons indesejáveis ou que provoquem um a


sensação desagradável. Um ruído pode consistir de um simples tom puro, duas ou mais
componentes tonais. Geralmente percebido com conjunto complexo de várias freqüências. Segundo
o conceito que é predominante em textos de normas, nacionais e internacionais, o ruído é todo som
que cause moléstias, interfira no sono, no descanso, ou que lesione ou danifique física ou
psicologicamente o indivíduo, a flora, a fauna e os bens de nação ou particulares. Em outras
palavras, o ruído é uma forma de contaminação da atmosfera, só que na forma de energia.
Ruído e Som, sob o ponto de vista físico, não têm qualquer distinção, o fato é que um é
agradável e outro não. A maneira de distinguirmos ambos é através da sensação de
conforto/desconforto.

5.2.3. Diferentes Tipos de Ruídos:

5.2.3.1. Infrasônico:

Os sons inaudíveis também existem. Várias freqüências baixas podem ser suficientemente
intensa. O conhecimento dos efeitos no homem são ainda incompletos.

119
Estes sons são em freqüência inferior a 20 Hz (limiar auditivo). Podem causar os mesmos
sintomas que determinadas pessoas experimentam com os movimentos marítimos: indisposição,
náusea e vômitos. Segundo sua freqüência podem causar dores diversas em partes do corpo. Afeta
os músculos, causa dores lombares dificultando o andar.
O ruído infrasônico pode ser gerado por grandes ventiladores nas plantas industriais e
propagadas através das vibrações (ressonância ) nos condutos, entre outros equipamentos.

5.2.3.2. Ultra-Som:

Estes sons estão em freqüência acima de 20 Hz, não tem importante influência sobre o corpo
humano à intensidade moderada. Quando demasiado elevado para que possamos percebê-lo pode
causar dores de cabeça e náusea. Em intensidade extremamente poderosa desprende parte de sua
energia térmica, sentimos em forma de queimadura sobre a pele.
O ultra-som é utilizado em técnica de diagnóstico muito importante nos exames médicos de
órgãos internos. Hoje é usado para diagnósticos de patologia clínica em gestantes, pode-se detectar
doenças, anomalias e prognosticar o fim de período de gestação. O ultra-som muito intenso,
dificilmente chega ao contato com o homem, pois o ultra-som é fortemente absorvido durante a
propagação através do ar. Se o ouvido é exposto ao ultra-som entretanto, poderá causar mudança no
fluido do sistema auditivo, tornando-se viscoso.
Em, industrias de fabricação de aço por exemplo, altos níveis de ultra-som podem ser
encontrados mas, na maioria dos casos este som é audível o que causa grandes problemas.

5.2.3.3. Ruído Cor-de-Rosa, Ruído Branco e Música de Fundo:

O fato é que muito pouco ou nada se tem feito para proteger o trabalhados do excesso de
ruído em seu local de trabalho. As condições de trabalho são fundamentais, além do respeito
humano, os trabalhadores produzem mais e melhor.
Algumas das desculpas que normalmente são utilizadas a fim de combater o ruído estão o
Ruído Branco, o Ruído Cor-de-Rosa e a Música de Fundo, não passam de mais uma contaminação
sonora do ambiente. Embora sejam preferidas pelos trabalhadores aos sons normais de seu ambiente
de trabalho, estes na verdade, não passam de uma forma de tentar ocultar o problema do ruído.
Os instrumentos de Ruído Branco geram sons em todas as freqüências nos limites da audição.
Alegam que o ruído branco emudece os sons indesejáveis no local de trabalho, de modo que um
zumbindo ao ruído parasitário num receptor de rádio superpõe aos sinais usuais.
O ruído Cor-de-Rosa é análogo ao Ruído Branco, exceto que é gerado para mascarar os sons
nas freqüências mais altas, uma vez que são mais inconvenientes que as mais baixas (GERGES,
1992).

5.2.4. O Som como Fenômeno Físico:

Na prática, a geração do ruído é causada pela variação da pressão ou da velocidade da


moléculas do meio. O som é uma forma de energia que é transmitida pela colisão das moléculas do
meio, umas contra as outras, sucessivamente. Portanto, o som pode ser representado por uma série
de compressões e rarefações do meio em que se propaga, a partir da fonte sonora. Nas figuras
abaixo percebe-se que estes objetos ao vibrarem da posição (a’) para a posição (a”) eles comprimem
as porções adjacentes da atmosfera, e a compressão vai se transmitindo sucessivamente de cada
camada às adjacentes (onda de compressão). Quando retorna para a posição original, cria-se uma
zona de rarefação e o ar da região contínua se deslocando para preenchê-la, e assim sucessivamente,
produzindo uma onda de expansão. É importante ficar claro, no entanto, que não há deslocamento
120
permanente de moléculas, ou seja, não há transferência de matéria, apenas de energia (com exceção,
por exemplo, em pontos nas proximidades de grandes explosões). Um grito de uma pessoa promove
um alto ruído, contudo a energia envolvida não ultrapassa 1/1000 de Watt (GERGES, 1992).
Figura 5.1: Propagação do Som

Fonte: (GERGES, 1992)

5.2.5. O Som como Fenômeno Psicológico:

Nosso sistema auditivo ao de deparar com as ondas sonoras numa determinada distância,
sofre o impacto da pressão proporcionada pelos mesmos através da membrana do tímpano, esta
vibrará na mesma freqüência que o objeto ou instrumento produtor do som. As vibrações da
membrana timpânica são transmitidas do ouvido médio até o Órgão de Corti, onde transformam-se
em estímulos transmitidos ao cérebro a sensação auditiva (GERGES, 1992).

Figura 5.2: Recepção Auditiva do Ouvido Humano

Fonte: (GERGES, 1992)

5.2.6. Propagação do Som:

Teoricamente o som se propaga em forma de ondas esféricas a partir de uma fonte pontual.
Duas situações podem dificultar este modelo simples: a presença de obstáculos na trajetória de
propagação e, em campo aberto, a não uniformidade do meio, causada por ventos e ou gradientes de
temperatura.

121
Se uma onda sonora encontra um obstáculo com dimensões menores do que o seu
comprimento de onda, o efeito não é perceptível, ocorrendo o oposto se a dimensão do obstáculo for
comparável ao comprimento de onda do som. Portanto, para impedir a passagem de som, barreiras
dever ser colocadas perto da fonte ou do receptor, e suas dimensões devem ser três a cinco vezes o
comprimento de onda do som envolvido (GERGES, 1992).

5.2.7. Ressonância e Reverberação de Ondas Sonoras:

- Ressonância: é o fenômeno que aparece quando uma superfície ou corpo susceptível de


vibrar recebe um choque ou impacto. Após haver cessada a causa do impacto, a superfície continua
a vibrar sucessivamente, produzindo, assim, ruído, e amplificando-o devido à sucessiva vibração.
Uma estrutura mecânica, como por exemplo uma ponte, um edifício ou um circuito elétrico, é
caracterizado por uma freqüência própria, ou seja, por uma freqüência mediante o qual o sistema
pode vibrar. Da mesma forma, em acústica, as cordas vibrantes. Tais como os tubos sonoros são
caracterizados por uma freqüência própria. Assim, se dispusermos duas cordas iguais, separadas
uma da outra por uma curta distância, podemos observar que, ao pulsar uma delas, a outra entrará
em vibração com uma freqüência igual a primeira ou seja, diz-se que entra em ressonância.
- Reverberação: é um fenômeno característico de ambientes fechados e muito importante para
avaliação de teatros, cinemas, auditórios, igrejas, etc. Quando um som é emitido em um ambiente
fechado, ele se propaga em todas as direções devido aos obstáculos e duraria indefinidamente se
não houver absorção no ambiente. Observa-se que a reflexão das ondas sonoras aumenta de forma
evidente a intensidade do som emitido, efeito que se manifesta através do aumento do volume
sonoro sem aumento considerável da potência irradiada pela fonte sonora (GERGES, 1992).

5.3. POLUIÇÃO SONORA:

O rápido crescimento das cidades brasileiras, e em particular das capitas é um fato


incontestável e não existem indicações de que taxas de crescimento hoje ocorrentes venham a
decrescer em um futuro próximo. Tal crescimento é acompanhado por vários problemas, muitos
deles afetando diretamente a qualidade de vida dos habitantes. Um desses problemas é o ruído
urbano ou comunitário, que pode ser originado principalmente por: fontes estacionárias ou fixas:
indústrias, casas de diversões, bares, restaurantes, templos religiosos, construção civil, prestadoras
de serviços, aeroportos, carnavais fora de época, etc., e as fontes móveis veículos automotores,
aviões, navios, trens, trios elétricos, etc. Um outro problema do ruído urbano é a vibração, que pode
ser originada principalmente por: fontes estacionárias ou fixas: indústrias, construção civil,
aeroporto, mineração com desmonte por explosivos, etc., e as fontes móveis trens, metrô, martelo
pneumático, etc.
A poluição sonora é um dos problemas ambientais mais freqüentes nas cidades, gerando
incômodos e um grande número de reclamações. Os efeitos do ruído no homem tem sido alvo de
constantes estudos. A literatura científica nas últimas duas décadas vem divulgando trabalhos sobre
os distúrbios na saúde e no sono dos cidadãos dos grandes centros urbanos, relacionados
diretamente ou indiretamente ao ruído.
Se o ruído é excessivo, o corpo ativa o sistema nervosos, que o prepara contra o ataque de um
inimigo invisível, sem pegadas, que invade todo o meio ambiente pelas menores frestas por onde
passa o ar ou por toda ligação rígida à fonte ruidosa. O cérebro acelera-se e os músculos consomem-
se sem motivo. Sintomas secundários aparecem: aumento da pressão arterial, paralisação do
estômago e intestino, má irrigação da pele e até mesmo impotência sexual.
Embora tenha ficado de fora da Lei de Crimes Ambientais, a poluição sonora é um dos
problemas que mais atormenta a vida do cidadão comum. Nas grandes cidades o excesso de ruído é
122
uma das maiores fontes do “stress”, que tira uma grande parcela da população do trabalho e pode
até conduzir aos leitos de hospital, gerando problemas graves ou mesmo fatais, como a hipertensão.
As fontes naturais de emissão de ruído geralmente não causam poluição sonora, e apenas mal
estar passageiro, dado o caráter intermitente ou ocasional do barulho emanado delas (já que é de
freqüência curta no tempo, como o trovão). Já as fontes artificiais de emissão de ruído geralmente
as causadoras de poluição sonora, como ocorre com as emanações provindas das atividades
humanas nas aglomerações urbanas, porque é pela intensidade e ininterrupção do barulho que o
ouvido humano é molestado (SILVA, 1981).
Figura 5.3: Poluição Sonora

Fonte: (AZEVEDO, 1984)

5.4. EFEITOS DO RUÍDO NO HOMEM:

O ouvido humano é o mais sofisticado sensor de som. Devido a deterioração do sistema


auditivo por exposição prolongada ao ruído é necessário que se tenha conhecimento sobre o
funcionamento e o comportamento do sistema de audição. Também é importante conhecer os
efeitos dos ruídos e das vibrações sobre o corpo humano.
Qualquer redução na sensibilidade de audição é considerada perda de audição. A exposição a
níveis altos de ruído por tempo longo danifica as células da cóclea. O tímpano, por sua vez,
raramente é danificado por ruído excessivo.
Existe outro tipo de perda de audição, especialmente na altas freqüências, causadas por
envelhecimento.
É comum observar-se um barulho repentino produzir um susto. Quando o barulho é esperado,
existe uma reação de todo o organismo que se prepara para o evento: os vasos sangüíneos contraem-
se, a pressão sangüínea eleva-se, as pupilas dilatam-se e os músculos tornam-se tensos. Toda estas
reações desaparecem cessado o estímulo ou a ameaça. Tratam-se de reações completamente
reversíveis, podendo repetir-se toda vez que o estímulo ocorrer.
Podemos dividir as ações do ruído sobre o organismo humano em:
a) Efeitos sobre o Sistema Auditivo: Dentro os vários efeitos que o ruído pode produzir no
homem, o mais conhecido é perda auditiva que, em resultado da exposição profissional ao barulho
excessivo, por longos períodos de tempo, é denominado de surdez profissional. A ocorrência da
surdez profissional depende de fatores ligados ao homem e ao meio (presença de barulho excessivo
no ambiente de trabalho).
As perdas auditivas causadas pelo barulho pode ser divididas em três tipos:
123
- Mudança Temporária de Limiar de Adição: Também conhecida como surdez temporária,
ocorre após a exposição do indivíduo ao barulho intenso, mesmo por um curto período de tempo;
- Surdez Permanente: A exposição ao barulho acima dos níveis aceitáveis, por um período
diário excessivo, durante vários anos, pode levar o indivíduo à surdez permanente. O nível do ruído
e o tempo de exposição para os trabalhadores está na NR-15 (Norma Regulamentadora para o
Controle de Ruídos do Ministérios do Trabalho – Portaria no 3.214, de 08 de junho de 1978);
- Trauma Acústico: Chamamos de trauma acústico, a perda auditiva de instalação repentina,
após a exposição a um barulho intenso, do tipo impacto, causado por explosões, por exemplo, no
qual o deslocamento de ar produzido, ao atingir o ouvido pode causar perfurações do tímpano ou
até desarticulações dos ossículos do ouvido médio.
b) Efeitos nos Sistemas Extra-Auditivos: Os danos causados pelo barulho não se limitam à
esfera do aparelho auditivo. Vários autores descrevem alterações em quase todos os aparelhos ou
órgãos que constituem o organismo humano. Algumas dessas alterações são temporárias, outras
permanentes, umas verificadas no homem, outras em animais de experimentação. A esfera psíquica
também não escapa à ação nociva do barulho. São conhecidos sérios efeitos tais como: náuseas,
fadiga, cefaléia, tontura, aceleração da pulsação, aumento da pressão sangüínea e estreitamento dos
vasos sangüíneos, redução da secreção gástrica e salivar o que causa uma certa diminuição da
velocidade de digestão.

Tabela 5.1: Limites de Tolerância para o Ruído Contínuo ou Intermitente

Limites de Tolerância para Ruídos Contínuos ou Intermitentes


Nível de Ruído em dB(A) Máxima Exposição Diária Permissível
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
Fonte: (NR-15 do Ministério do Trabalho)

124
Assim, supõe-se que, não havendo exposição excessivas a este limite, a maioria dos
trabalhadores não venha a sofrer de surdez permanente. Entretanto, exposições repetidas e em
excesso a este limite, parecem levar os indivíduos à surdez, logicamente na dependência das
susceptibilidades individuais;
c) Efeitos sobre a Comunicação: Um dos efeitos do ruído mais facilmente demostráveis é a
sua interferência na comunicação oral. O barulho intenso causa mascaramento da voz. Este tipo de
interferência pode atrapalhar a execução de trabalhos que dependam da comunicação oral, bem
como pela dificuldade de ouvir a voz de comando ou de aviso pode ser considerado como uma
situação que aumenta a probabilidade de acidentes. Por exemplo, uma pessoa alertando ou avisando
a outra de um perigo, poderá não ser ouvida, acarretando a ocorrência de acidente (GERGES,
1992).

Figura 5.4: Efeitos do Ruído Organismo Humano

Fonte: (GERGES, 1992)

5.5. INTRUMENTOS PARA MEDIÇÃO E AS TÉCNICAS DE MEDIÇÃO:

5.5.1. Instrumentos de Medição:

Segundo a NBR 10151- Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas Visando o Conforto da


Comunidade, de dezembro de 1987, da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, relata
sobre os equipamentos de medição. As medições devem ser efetuadas com um medidor sonoro,
como especificado na IEC 651 - Sonômetros. Deve ser utilizada a escala de compensação A e
resposta de leitura rápida. O nível sonoro deve ser medido no local e hora de ocorrência do
incômodo. Outros equipamentos de medição incluindo, por exemplo, registrador de níveis ou
gravador podem ser utilizados, desde que o desempenho geral se ajuste às características do
medidor de nível sonoro, com escala de compensação A e resposta rápida.
a) Medidor de Nível de Pressão Sonora: Um medidor de nível de pressão sonora (comumente
chamado de Decibelímetro) deverá ter um sistemas básico que deverá compor um conjunto de
medições com: um microfone de alta qualidade capacitivo para converte a grandeza física pressão
sonora em um sinal elétrico, (energia acústica em energia elétrica), este sinal de pequena amplitude
deve passar por um pré-amplificadores lineares e um circuito de ponderação considerando a
resposta do ouvido (A,B,C, ou Linear). Depois o sinal passa a uma outra amplificação variável e
125
detector RMS com várias constantes de tempo de média e um medidor com escala logarítmica. O
sinal é indicado em dB, dB(A), dB pico ou dB impulso. Esse sinal instantâneo é disponível em saída
analógica para gravação monitoramento no osciloscópio, análise digital (FFT) ou análise analógica
externa.
Um protetor para o vento, chamado de Tela de Vento. Um calibrador para a calibração do
equipamento, chamado de áudio-calibrador a cada nova medição, que fornece um sinal senoidal
estável na freqüência de 1000 Hz com 94 dB de pressão sonora de acordo com as normas IEC 942
de 1988 classe 1. Podem possuir filtro de passa banda (1/1 ou 1/3 de oitavas), dentre outras vários
recursos, dentre os quais um bom programa de computador para efetuar os diferentes indicadores de
quantidade sonora;

Figura 5.5: Medidor de Nível de Pressão Sonora

Fonte: (Brüel & Kjaer)

Figura 5.6 : Áudio-Calibrador

Fonte: (Brüel & Kjaer)

b) Analisadores de Freqüências: São equipamentos compostos de um conjunto de filtros


analógicos passa banda associados a um amplificador de medição. O objetivo destes equipamentos
é quantificar os níveis de ruído ou vibrações em cada banda de freqüência do filtro. Geralmente são

126
conectados registradores para transar o espectro medido. Os analisadores tornam-se cada vez mais
baratos devido ao desenvolvimento rápido de sistemas digitais como computadores e calculadoras;
c) Tape Recorder (Gravador de Fitas): São utilizados em medições de ruído e inclusive
vibrações para aquisição de dados “in loco”. Estes possibilitam a análise posterior em laboratório;
d) Dosímetro: É utilizado para medição da dose de ruído (nível equivalente) durante a jornada
de trabalho. Este instrumento tem a vantagem de ser pequeno, portátil e leve e, seu microfone
possui um cabo de extensão, que permite ser colocado próximo ao ouvido. O dosímetro é utilizado
para situações quando o nível de ruído é variável em função do deslocamento do trabalhador em
diferentes ambientes de trabalho. Ele registra o nível equivalente, indicando se a dose de ruído
passou de 100%. Estes equipamentos possuem um recurso de “hardware” e “software” para
processamento em computadores pessoais (GERGES, 1992).

Figura 5.7: Trabalhadores com Dosímetros

Fonte: (GERGES, 1992)

5.5.2. Técnicas de Medição:

Segundo a NBR 10151- Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas Visando o Conforto da


Comunidade, de dezembro de 1987, da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, as
condições para medição são:
a) Medição Externa: As medições no ambiente externo devem ser efetuadas a 1,20m acima do
solo e, no mínimo a 1,50m de paredes, edifícios e outras superfícies refletoras;
b) Medições Internas: As medições internas devem ser efetuadas a uma distância no mínimo
1,0m das paredes; 1,20m acima do piso e a 1,50m de janelas.
Figura 5.8: Medição Sonora Externa

Fonte: (AZEVEDO, 1984)


c) O Ruído em relação à Expectativa de Resposta da Comunidade: Se o nível sonoro corrigido
exceder o valor critério, o ruído pode provocar a resposta da comunidade.
127
Tabela 5.2: Resposta Estimada da Comunidade ao Ruído
Valor em dB(A) pelo Resposta Estimada da Comunidade
qual o nível corrigido
Categoria Descrição
ultrapassa o nível critério
0 Nenhuma Não se observa reação
5 Pouca Queixas esporádicas
10 Média Queixas generalizadas
15 Enérgicas Ação comunitária
20 Muito enérgicas Ação comunitária vigorosa
Fonte: (NBR 10151- Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas Visando o Conforto da
Comunidade, de dezembro de 1987, da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT)

5.5.3. Conceitos Básicos Utilizados nas Medições Sonoras:


a) Unidade de Medição: A unidade do nível de intensidade, nível de potência e pressão sonora
é o Bel. O Bel foi o nome dado devido a Alexandre Graham Bell, o inventor do telefone. Dois sons
diferem de 1 Bel quando a intensidade de um é 10 vezes maior que a do outro. Ao tomarmos a
diferença entre o limiar da sensibilidade, notamos que a distância numérica entre ambos é imensa da
ordem de 012 unidades, daí a necessidade de trabalhar na escala logarítmica e utilizando a décima
parte do Bel, o Decíbel (dB);
b) Escala de Compensação (A): O ouvido humano, responde de forma diferente de acordo
com a freqüência do som que incide sobre o mesmo. Após inúmeras pesquisas se chegou à uma
curva de ponderação ou escala de compensação chamada de dB(A), a qual é um filtro de banda
larguíssima, que atribui atenuações às diversas freqüências conforme o ouvido as percebem,
realizando por final um somatório dos resultados que redundam em um valor único. Os dados
obtidos na curva de ponderação (A), são os que mais se aproximam das características de resposta
do ouvido humano para níveis de som de baixa intensidade;
c) Nível de Pressão Sonora: Sendo o som composto de ondas de pressão, é lógico que a
medição de sua magnitude se dê através da pressão, que pode ser medida em N/m 2 ou qualquer
outra unidade (força por unidade de área). Entretanto, enquanto a pressão sonora é a quantidade
mais fácil de ser medida, em algumas oportunidades necessitaremos conhecer a potência sonora
emitida pelas fontes de ruído.
A potência sonora é expressa em Watt. A faixa de variação da potência sonora emitida pelas
diversas fontes de ruído é muito ampla, variando desde uns poucos (0,000000001) Watt para um
simples sussurro até uns 1.000 Watts devido à uma turbina de uma aeronave.
Da mesma forma, a pressão sonora varia desde alguns poucos 0,000.02 N/m 2, próximo ao
limiar da audição, até valores acima de 600 N/m 2, valor este medido a poucos metros de uma
turbina.
Devido a esta ampla faixa de variação dos valores da pressão sonora e da potência sonora é
conveniente representá-las em uma escala logarítmica, cuja unidade é o Bel, com sua subunidade
mais conhecida o decíbel (dB).
O nível de pressão sonora, expresso em decíbel, é dado pela seguinte expressão:
NPS = 20. Log P/Pref dB
Onde:
NPS = Nível de Pressão Sonora
P = pressão sonora
Pref = pressão sonora de referência
A pressão sonora de referência é igual à 0,000.02 N/m 2, valor correspondente ao limiar da
audição, o valor mais baixo que o ouvido humano é capaz de perceber, e que resulta em um nível de
0 dB, chamado de Limiar de Audição;
128
d) Exposição Sonora (ES): Exposição sonora é análogo a quantidade aritmética não
logarítmica do nível de exposição sonoro. Ela proporciona a base para descrever a exposição sonora
total durante um período estacionário de tempo. Isso inclui um ampla variedade de situações de
ruído ambiental no qual a magnitude do som é consequentemente modificado com o tempo.
Exposição sonora é o tempo integral, linear da média quadrática de pressão sonora, tendo a
dimensão da pressão quadrada vezes o tempo. Sua unidade é pascal por segundo;
e) Ruído Contínuo: Aquele com flutuações de nível de período da observação. Um barulho
cujo nível de pressão sonora varia numa faixa de  3 dB(A) durante um período longo (mais de 15
minutos) de observação;
f) Ruído Intermitente: Aquele com duração menor que 15 minutos e superior a 0.2 segundos,
com variações iguais ou maiores que  3 dB(A), ou cujo nível de pressão acústica cai bruscamente
ao nível do ambiente, várias vezes durante o período de observação, desde que, o tempo em que o
nível se mantém com valor constante, diferente daquele do ambiente, seja da ordem de 01 (um)
segundo a mais;
g) Ruído Impulsivo: Duração de 0,2 segundos ou menos, com freqüência de ocorrência
inferior a 1 impulso por segundo, ou aquele que consiste em uma ou mais explosões de energia
acústica, tendo cada uma duração menor do que 01 (um) segundo;
h) Ruído de Fundo: É a média dos níveis de som mínimos no local e hora considerados, na
ausência do ruído em questão. Todo e qualquer ruído que esteja sendo captado e que não seja
proveniente da fonte, objeto das medições;
i) Nível de Pressão Sonora Equivalente (Leq): É a média logarítmica dos diversos níveis
sonoros que ocorrem em um determinado local durante um período de tempo especificado. Nível
médio de energia sonora, medido em dB(A), avaliada durante um período de tempo de interesse.

5.5.4. Padrões de Emissão Sonora Visando o Conforto da Comunidade:


Como legislação, utilizamos a Resolução CONAMA/no 001, de 08 de março de 1990, a qual
estabelece que a emissão de ruídos, em decorrência de quaisquer atividades industriais, comerciais,
sociais, ou recreativas, inclusive as de propaganda política, obedecerá, no interesse da saúde e do
sossego público, aos padrões, critérios e diretrizes estabelecidos nessa Resolução. São prejudiciais à
saúde e ao sossego público, para fins do item anterior, os ruídos com níveis superiores aos
aceitáveis pelas normas NBR 10151 - Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas, de dezembro
de1987, e NBR 10152 - Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas, de dezembro de 1987, da
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, visando o conforto acústico da comunidade. As
medições deverão ser efetuadas de acordo com a NBR 10151 da ABNT.
Tabela 5.3: Limites Máximos de Pressão Sonora Visando o Conforto da
Comunidade
Período
Tipos de Zona
Diurno Noturno
Zona Residencial de Hospitais (Ruído Externo) 45 dB(A) 40 dB(A)
Zona Residencial de Hospitais Ruído Interno) 35 dB(A) 30 dB(A)
Zona Residencial Urbana (Ruído Externo) 55 dB(A) 50 dB(A)
Zona Residencial Urbana (Ruído Interno) 45 dB(A) 40 dB(A)
Zona Centro da Cidade (Ruído Externo) 65 dB(A) 60 dB(A)
Zona Centro da Cidade (Ruído Interno) 55 dB(A) 50 dB(A)
Zona Predominantemente Industrial Ruído Externo) 70 dB(A) 65 dB(A)
Zona Predominantemente Industrial Ruído Interno) 60 dB(A) 55 dB(A)
Fonte: (NBR 10151- Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas Visando o Conforto da
Comunidade, de dezembro de 1987, da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT)

129
O período diurno está compreendido entre 6 horas às 20 horas e o noturno de 20 horas às 6
horas.
5.6. MEDIDAS DE CONTROLE:
A atividade industrial é caracterizada pelos instrumentos e métodos de produção que
interferem na produtividade do trabalho.
A diversificação dos processos de produção e a distinção dos equipamentos levam à ruídos
que diferem entre si em intensidade, duração e espectro não só de indústria, mas também dentro de
uma mesma indústria. O ruído industrial está em conflito com as condições de vida humana, e em
outro aspecto também se contrapõe ao aumento da produtividade do trabalho, ou seja, muitas vezes
o funcionário é obrigado a trabalhar em ambientes que pelas suas características acústicas, diminui
a produtividade, por efeitos psicofisiológicos, que vão desde a simples irritação até a perda de
audição. Controle de ruído é a obtenção de um nível de ruído ambiental aceitável para uma fonte de
emissão, consistente com a economia e nas condições de operacionalidade, o receptor pode ser uma
pessoa, um grupo de pessoas, uma comunidade inteira, ou até um conjunto de equipamentos cuja
operação poderá ser afetada pelo ruído. Quando a palavra aceitável é empregada, várias questões
poderão ser levantadas assim como: aceitáveis sob que condições? Aceitáveis para quem? Existe
geralmente, mais de uma resposta para semelhantes questões e para um dado problema, porque a
complexidade das considerações de ordem econômicas e operacionais que estão envolvidas, e por
causa do todos elementos que variam com o tempo. Entretanto, fixados os valores padrões e limites,
pode ser útil aproximação (da situação) para tornar-se aceitável aquela intensidade de ruído.

5.6.1. Redução do Ruído:


Tabela 5.4: Grau de isolamento de alguns materiais

130
Fonte: (FUSCO, s.d.)
Existem três métodos principais para a redução do ruído:
a) A redução do ruído na fonte, este é o método mais eficiente, pois onde isso é possível, se
obtém a redução do ruído interno e externo ao parque industrial, melhorando assim a qualidade dos
ambientes;
b) A redução do ruído feito pelo planejamento físico, isolando os edifícios ou máquinas. A
disposição dos equipamentos dos setores e finalmente de estrutura de vibrações apropriadas podem
levar as níveis acústicos recomendados para as atividades internas, assim como proteger o ambiente
externo à indústria;
c) O controle sistemático dos níveis de ruído através do conhecimento dos níveis existentes,
não permitindo que estes se elevem pelo desgaste ou falta de manutenção, a níveis excessivos.

5.6.2. Absorção:

Uma das propriedades dos materiais mais úteis ao controle e condicionamento acústico é a
capacidade de absorção dos materiais.
Utilizando-se adequadamente essa propriedade podemos diminuir a capacidade sonora do
ambiente.
Os materiais absorventes podem ser porosos. Os materiais fibrosos, quando sob a ação de uma
onda sonora, vibram, absorvendo uma parte da energia sonora, transformando-a em calor, enquanto
que os porosos permitem múltiplas reflexões até a absorção de parte da energia sonora incidente.
Uma parte da energia sonora é refletida, outra absorvida e uma terceira é transmitida através do
material. A absorção não funciona muito próximo da fonte (campo direto), mas somente no campo
reverberante. A unidade de absorção é dada em Sabine, que representa um metro quadrado de
absorção perfeita (FUSCO, s.d.).

Figura 5.9: Esquema de Absorção

Fonte: (FUSCO, s.d.)


Figura 5.10: Efeitos da Absorção

131
Fonte: (GERGES, 1992)
Características dos Sons de Alta Freqüência: Consideramos sons de alta freqüência aqueles
cuja oscilações superam 2000 Hz (2000 ciclos por segundo). Exemplos de sons de alta freqüência:
ruído de serra, esmeril, apitos lixadeiras, buzinas estridentes, puncionadeira, etc.
 os sons de alta freqüência propagam-se em linha reta e são refletidos facilmente,

Figura 5.11: Emissão de Sons de Alta Freqüência

Fonte: (FUSCO, s.d.)


 quando um som de alta freqüência atinge uma superfície dura e lisa é refletido como o
raio de luz em um espelho,
 os sons de alta freqüência não passam facilmente através de bordas,
 os sons de alta freqüência são grandemente reduzidos passando pelo ar,
 um som de alta freqüência não causa problemas perceptíveis as pessoas,
 próximos a fonte os ruídos de alta freqüência perturbam mais que os de baixa freqüência,
 movimentos bruscos produzem altas freqüências,
 repetições rápidas produzem altas freqüências e repetições demoradas baixas freqüências.
Características dos Sons de Baixa Freqüência: Consideramos sons de baixa freqüência aqueles
cuja oscilação fica abaixo de 500 Hz (quinhentos ciclos por segundo). Os sons entre 500 a 2000 Hz
são de média freqüência e podem ser tratados dentro de uma ou outra categoria para efeito prático
de abordagem do problema. Exemplo de sons de baixa freqüência: motores a explosão, tambores,
ventiladores, compressores, ruído de trânsito, ruído de fundo, etc.
 os sons de baixa freqüência passam através de aberturas e também por sobre os objetos,

Figura 5.12: Emissão de Sons de Baixa Freqüência

Fonte: (FUSCO, s.d.)


 os sons de baixa freqüência se irradiam em todas as direções,
 jatos com ruídos de baixa freqüência são mais fáceis de serem reduzidos se transformados
em jatos de alta freqüência.

Os três tipos de materiais de absorção acústica mais usados são:


a) Espuma de Polímeros: A espuma de polímeros é um excelente material de absorção;

132
b) Lã de Vidro: A lã de vidro é um material que existe sob muitas formas em termos de
disponibilidade comercial no Brasil: painéis, mantas, feltros, cordões ou aplicados por processo de
jateamento para materiais da Santa Maria e Eucatex Mineral. Suas propriedades acústicas são bem
conhecidas e previsíveis. Para melhoria da resistência a vibrações e fluxo de fluidos pode ser usado
processo de selamento com resina;
c) Lã de Rocha: A lã de rocha é obtida pela fusão de diversos tipos de rochas e ou escória a
uma temperatura de cerca de 1500 oC, para a obtenção de fibras que são posteriormente aglutinadas
por uma resina para formar uma manta ou painel.

Figura 5.13: Configurarão dos Absorvedores

Fonte: (GERGES, 1992)


Tabela 5.5: Absorção de Alguns Materiais

133
Fonte: (FUSCO, s.d.)
Tabela 5.6: Absorção de Alguns Materiais e de Pessoas

Fonte: (FUSCO, s.d.)

5.6.3. Isolamento ou Enclausuramento Acústico:

O isolamento ou enclausuramento acústico de ruídos fornecidos por paredes, pisos, divisórias


ou partições, é apenas uma maneira de atenuar a transmissão da energia sonora de um ambiente
para outro. A energia sonora pode ser transmitida via aérea (som carregado pelo ar) e ou via sólido
(som carregado por estrutura).
O controle de ruído por enclausuramento é uma solução do problema na trajetória de
propagação do ruído, sendo uma solução prática e viável para redução de uma máquina que já está
instalada e em funcionamento. O mecanismo de redução de ruído neste caso, se baseia em manter a
energia sonora por reflexão dentro do enclausuramento, e também, dissipar parte dessa energia
através do revestimento interno do enclausuramento com materiais de absorção sonora.
Enclausuramento são ambientes fechados, por exemplo, feitos de alvenaria, madeira ou metal
(GERGES, 1992).
Figura 5.14: Exemplo de Enclausuramento e Cabine

134
Fonte: (GERGES, 1992)
5.6.4. Barreiras Acústicas:

Barreiras são usadas para atenuação de ruído de tráfego causada por fluxo de veículos,
máquinas de construção, geradores ou transformadores. Também podem ser usadas em ambientes
internos para separar processos ruidosos. A presença de barreiras ou divisor bloqueia a linha reta de
visão entre a fonte e o receptor causando atenuação por difração. A zona de sombra acústica é maior
para barreiras altas e em altas freqüências. A atenuação obtida depende da altura e da posição da
barreira e do comprimento da onda acústica (GERGES, 1992).

Figura 5.15 : Efeito da Barreira

Fonte: (GERGES, 1992)

5.6.5. Atenuadores:

A forma mais simples de atenuador absorvente de som é um duto revestido internamente com
material absorvente. A espessura do material absorvente é maior se a freqüência do som for menor.
Se um ruído for de alta freqüência, a distância entre as camadas das paredes absorventes é menor.
Um duto grande pode ser subdividido em dutos menores (FUSCO, s.d.).

Figura 5.16: Exemplos de Atenuadores

Fonte: (FUSCO, s.d.)

5.6.6. Câmaras Absorventes:

Uma câmara absorvente é um atenuador simples. Um espaço vazio numa construção pode ser
revestido com material absorvente e se transformar em um atenuador. Quando o som é refletido
contra as paredes dessa câmara, a energia sonora é absorvida. Para que os sons de alta freqüência
passem da entrada e atinja a saída. Será necessário que o tubo de entrada e o tudo de saída seja
135
colocados não na mesma direção. O tamanho da câmara e a espessura da camada absorvente serão
de acordo com o tipo de freqüência sonora a ser eliminada (FUSCO, s.d.).
Figura 5.17: Câmara Absorvente

Fonte: (FUSCO, s.d.)

5.6.7. Silenciadores:

Os silenciadores são utilizados na entrada e saída de ar ou gases nos enclausuramentos


acústicos de equipamentos como: compressores, turbinas, ventoinhas, exaustores, motores a
explosão.
O princípio básico da atenuação é baseado num fluxo de ar ou gás passando através de um
duto revestido com material absorvente, a atenuação será proporcional ao perímetro e inversamente
proporcional à área do duto. São projetados de forma a deixar passar um fluído reduzindo
fortemente sua energia sonora. Como exemplo, pode-se citar os silenciadores de compressores,
escarpamentos de motores automotivos de combustão interna, entre outros (GERGES, 1992).

Figura 5.18: Silenciador típico com várias câmaras de expansão

Fonte: (GERGES, 1992)

5.7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 10151 – Avaliação


do ruído em áreas habitadas visando o conforto da comunidade. s.l: ABNT, 1987. 11p.
2. _______________________________________________________. NBR 10152 – Níveis de
ruído para conforto acústico. s.l: ABNT, 1987. 7p.
3. ASTETE, Martin G. Wells, KITAMURA, Satoshi. Manual prático de avaliação do barulho
industrial. 1.ed. São Paulo: FUNDACENTRO, 1978. 120 p. il. (série técnica H6)
4. AZEVEDO, Alberto Vieira de. Avaliação e controle do ruído industrial. Rio de Janeiro: CNI
SESI/DN/SENAI/DN, 1984.118p: il., tabs ( Manuais CNI ).
5. CONSELHO NACIONAL DE MEIOAMBIENTE – CONAMA. Resolução n o 01, de 08 de
março de 1990. Resolução que dispõe sobre a emissão de ruídos em decorrência de
quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais ou recreativas, inclusive as de
propaganda política. s.l: 1990. 02p.

136
6. _____________________________________________________. Resolução no 02, de 08 de
março de 1990. Resolução que institui em caráter nacional o programa nacional de
educação e controle de poluição sonora – “silêncio”. s.l: 1990. 02p.
7. _____________________________________________________. Resolução no 20, de 07 de
dezembro de 1994. Resolução que institui o selo ruído. s.l: 1994. 02p.
8. DIÁRIO OFICIAL DO MUNICÍPIO-DOM. Lei n o 8097 de 02 de dezembro de 1977. Dispõe
sobre medidas de combate a poluição sonora e dá outras providências.
9. FUSCO, Luiz Silvério. Acústica controle de ruídos – guia prático para redução do ruído
industrial. São Paulo: Acústica São Luiz Engenharia e Construções Ltda, /s.d./.196p.
il.grafs,tabs.
10. GERGES, Samir N.Y. Ruído: fundamentos e controle. Florianópolis: S.N.Y, 1992. 600p. il.,
grafs,tabs.
11. MINISTÉRIO DO TRABALHO. Portaria no 3.214, de 08 de junho de 1978, NR 15. Norma
regulamentadora para o controle de ruídos. s.l: 1978. 10p.

137

Você também pode gostar