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O ÁUDIO NA IGREJA

WORKSHOP

Caxias do Sul, 2022


APRESENTAÇÃO

Este workshop tem o objetivo de ampliar o conhecimento de todos os


envolvidos com o áudio na igreja, seja participando do Louvor ou de alguma área
da técnica.

De nenhuma maneira se conseguiria abranger todos os temas que


envolvem o áudio em apenas um workshop, por isso selecionamos alguns que
são muito importantes e necessários a todos os envolvidos com a área.

Queremos apresentar os seguintes temas:

 Conceitos básicos do som


 Equipamentos
 Ligações
 Microfones
 Mesa de som

Como já mencionado, de forma alguma estes temas abrangem tudo o que


envolve áudio, mas traz um conhecimento básico para que todos compreendam o
porquê de algumas coisas/eventos acontecerem.
CONCEITOS BÁSICOS DO SOM

 Natureza do som

O som é uma onda do tipo mecânica, pois precisa de um meio para


propagar-se, e é tridimensional, já que pode ser percebida em todas as direções.
O fato de ser tridimensional restringe a sua forma de propagação, que não pode
ser transversal, mas, sim, longitudinal, isto é, as ondas terão uma direção de
propagação paralela à vibração que as gerou.

Para que possamos perceber o som, é necessário que as variações de


pressão que chegam aos nossos ouvidos estejam dentro de certos limites de
velocidade e intensidade. Nosso ouvido foi projetado para perceber essas
variações entre 20 e 20.000 vezes por segundo, ou seja, entre 20Hz e 20.000Hz.

 Representação gráfica do som

A forma como “enxergamos” o som é através de uma senoide. (sabia que


um dia usaria geometria para alguma coisa).

A imagem acima mostra ciclos completos de uma onda senoidal. No eixo


horizontal temos a representação do TEMPO, e no vertical temos representada a
VARIAÇÃO DE PRESSÃO (positivo e negativo) em um determinado ponto do
meio como também a AMPLITUDE.

A amplitude ou intensidade quer dizer que quanto mais intensa a vibração


da fonte, maior se torna a compressão (positivo) e a rarefação (negativo) das
moléculas no meio. O movimento de subida (positivo) ou de descida (negativo)
pode ser medido. Temos, então, uma característica da onda sonora: sua
amplitude ou intensidade, também podendo ser chamada de volume.

A frequência é o número de vezes que uma onda se repete no tempo de 01


segundo, ou seja, em ciclos por segundo ou HERTZ (Hz). Por exemplo, se essa
onda sobe e desce dentro de 01 segundo, temos a frequência de 1Hz. Como
citado anteriormente, a faixa de frequência que é perceptível ao ouvido humano é
de 20Hz a 20.000Hz (20KHz).

Não há uma regra rígida quanto a divisão das frequências, mas, se


fossemos dividir em “áreas”, ficaria aproximadamente desta forma:

▫ Subgraves: 20Hz a 80 Hz
▫ Graves: 80Hz a 200Hz
▫ Médio Grave: 200Hz a 600Hz
▫ Médios: 600Hz a 2000Hz
▫ Médio Agudo: 2000Hz a 6000Hz
▫ Agudos: 6000Hz a 10000Hz
▫ Super Agudo (brilho): 10000Hz a 20000Hz

 Timbre, harmônico e oitava

Timbre é o resultado da onda fundamental somada de seus harmônicos.


(Parece muito complicado, mas não é!!).

Começando pelos harmônicos, se pegarmos uma frequência de 100Hz


que, neste caso, é a Onda Fundamental ou Primeiro Harmônico, o Segundo
Harmônico está em 200Hz, ou seja, onda fundamental multiplicada por dois, o
Terceiro Harmônico está em 300Hz, ou seja, a onda fundamental multiplicada por
três. Isto posto, podemos concluir que para encontrarmos os harmônicos,
precisamos multiplicar a Onda Fundamental pelo número correspondente ao
harmônico que queremos encontrar.

Voltando ao timbre, podemos concluir que ele faz as somas de


determinados harmônicos terem o som de guitarra, piano... Uma sequência de
ondas fundamentais que caracterizam cada instrumento.

Já a oitava é a frequência fundamental com a metade do valor ou o dobro.


De uma maneira mais didática, se pegarmos a frequência de 440Hz (nota Lá do
piano), a próxima nota Lá que você terá se for uma oitava acima será em 880Hz e
uma oitava abaixo, 220Hz.

 Reflexão, refração, difração e ressonância

Quando uma onda sonora que se propaga no ar encontra uma superfície


sólida como barreira para sua propagação, esta é refletida, de acordo com as leis
da Reflexão Ótica. A reflexão em uma superfície é diretamente proporcional à
dureza do material. Paredes de concreto, mármore, azulejo, vidro, por exemplo,
refletem praticamente 100% do som incidente. Ambientes que contenham
paredes com muita reflexão sonora, sem um projeto acústico aprimorado, terão
uma péssima inteligibilidade da linguagem. É o que se percebe em muitas igrejas.

Na imagem acima, podemos compreender de forma muito simples como


funciona a reflexão. O ouvinte recebe o som direto e pouco tempo depois o som
refletido.

A reflexão não é o eco. Para que ouçamos eco, nossos ouvidos precisam
distinguir o som produzido por nossas cordas vocais daquele que chega aos
ouvidos após a reflexão. Para isso, o som refletido deve chegar aos nossos
ouvidos 0,1 segundo (ou mais) após ter sido emitido. Portanto, se estivermos a
pelo menos 17 metros de um obstáculo, seremos capazes de ouvir o eco de
nossa própria voz.

A refração é a mudança de direção que uma onda sonora sofre quando


passa de um meio de propagação para outro. Essa alteração de direção é
causada pela variação da velocidade de propagação que a onda sofre. Um fator
principal que causa a refração do som é a mudança da temperatura do ar. Na
medida que a transição entre a massa fria e a massa quente se chocam, o som
que foi previamente direcionado para locais específicos, agora tende a seguir
para onde a temperatura é mais fria.

Por isso, no momento de projetar um sistema de sonorização devemos


levar em conta esse fenômeno, compensando a refração, direcionando as caixas
ainda mais para o local a ser sonorizado, ou seja, trazendo uma maior
directividade.

O som é capaz de rodear obstáculos ou propagar-se por todo um


ambiente, através de uma abertura, isto é o que chamamos difração. Os sons
graves (baixa frequência) atendem melhor a este princípio. Significa que estes
sons tem maior facilidade em propagar-se no ar, como também maior capacidade
de contornar obstáculos. Um exemplo que podemos citar é quando ouvimos uma
música que está sendo emitida dentro de um veículo, nem sempre
compreendemos, do lado de fora, todas as nuances da música, mas o grave
(batidas), conseguimos perceber claramente.

A coincidência de frequências entre estados de vibração de dois ou mais


corpos, é o que chamamos de ressonância. Como sabemos, todo corpo capaz de
vibrar, sempre o faz em sua frequência natural. Quando temos um corpo vibrando
na frequência natural de um segundo corpo, o primeiro induz o segundo a vibrar,
dizemos, assim, que eles estão em ressonância.

Um exemplo clássico de ressonância é uma pessoa quebrar uma taça com


sua voz. Isso acontece se a frequência emitida pela pessoa se encontrar com a
frequência natural da taça. Mas porque a taça quebra? A resistência do material
não suporta a intensidade da vibração produzida, esse fenômeno se chama
simpatia acústica. Além de vibrarem na mesma frequência, a vibração teve uma
intensidade tão forte que tendeu ao infinito quebrando a taça.
EQUIPAMENTOS

 Cabos

Antes de colocar a mão nas mesas de som, processadores, ou qualquer


outra etapa que compõe um sistema de áudio, nós iremos entrar em contato com
eles, os famosos cabos.

Muitas vezes pensamos que cabos e conectores não mereçam uma grande
atenção, mas em qualquer evento, teremos uma ou duas mesas de som, alguns
amplificadores, algumas caixas de som e dezenas de cabos, com os mais
variados tipos de conectores. Justamente pela grande quantidade deles, e por
serem componentes frágeis, é grande a chance de problemas. A maior parte dos
problemas de som (tiros, estalos, ruídos, barulhos, falhas) são causados pela
utilização de cabos e/ou conectores inadequados ou em mau estado. Por isso,
devemos valorizar e cuidar de nossos cabos e conectores, pois, embora custem
muito menos que outros componentes, a utilização de cabos impróprios ou com
defeito pode ter efeitos que vão desde a degradação da qualidade do som até a
queima de aparelhos a que estiverem ligados.

Na sonorização utilizamos basicamente três tipos de cabos que são o


Paralelo, Coaxial Simples e Coaxial Duplo.

O Paralelo é o tipo mais comum e barato, mas não possui nenhum tipo de
blindagem. Basicamente são dois condutores que são presos juntos, um ao lado
do outro. Esses fios devem ser utilizados, em sonorização, apenas onde o nível
de sinal elétrico seja suficientemente elevado, para que os sinais
eletromagnéticos presentes na atmosfera não tenham poder de interferir.

Fios coaxiais recebem este nome por serem compostos de dois condutores
– um central e outro que o envolve. Como ambos tem o mesmo centro (eixo
axial), recebem o nome de co + axial. No cabo Coaxial Simples, o condutor
central (que conduz o sinal positivo) é protegido pelo condutor externo, que
funciona como blindagem, e conduz o sinal negativo. O condutor externo também
é chamado de malha. As interferências eletromagnéticas que atingem o fio ficam
“presas” no condutor externo, que só conduz o retorno dos elétrons (sinal
negativo). São estes cabos que utilizamos para instrumentos musicais e para
montar cabos desbalanceados.

Já o cabo Coaxial Duplo é um tipo de fio coaxial que tem no seu centro não
um, mas dois condutores, sempre em cores diferentes, revestidos por uma malha,
o condutor externo. Os condutores internos carregam os sinais positivo e
negativo, e a malha serve como aterramento. Qualquer interferência captada pelo
cabo fica “presa” na malha e vai para o aterramento não afetando o sinal de
áudio. Este tipo de cabo utilizamos para microfones e para montar cabos
balanceados.

cabo paralelo coaxial simples

Coaxial duplo
 Conectores

Assim como temos um tipo de fio para cada uso, há um tipo de conector
para cada tipo de utilização também, por isso, respeitar este regramento é
fundamental. Vamos apresentar aqui somente os conectores mais utilizados.

Conector TS: significa Tip (ponta) Sleeve


(capa). Tem o nome técnico também chamado
conector ¼ de polegada ou 6,35mm.
Popularmente chamado de conector P10
mono. Muito utilizado em instrumentos
musicais.

Conector TRS: significa Tip (ponta) Ring (anel) e


Sleeve (capa). Tem o nome técnico também chamado
conector ¼ de polegada ou 6,35mm. Popularmente
chamado de conector P10 Stéreo. Pode ser utilizado
para transportar sinais balanceados ou stéreo.

Conector TS 3,5mm: Ele é uma miniatura do TS


porém com 3,5mm. comumente chamado de P2 mono.
muito utilizado para ligar microfones em computadores.
Conector
TRS 3,5mm: ele é uma miniatura do TRS,
porém com 3,5mm. É popularmente chamado
de conector P2 stéreo. Leva sinal L e R para
um fone de ouvido, por exemplo.

Conector XLR fêmea: popularmente chamado de


Cannon fêmea. Muito utilizado para conexões em
mesas de som e microfones.

Conector XLR macho: popularmente chamado de


Cannon macho. Também muito utilizado em
conexões de mesas e microfones.

Jack TRS: é a entrada fêmea do conector TRS,


podendo ser TS também. Muito utilizado em
inputs e outputs de mesas, amplificadores, etc.
Conector XLR fêmea de painel: muito utilizado em
mesas de som e medusas.

Conector XLR macho de painel: também


muito utilizado em mesas de som e medusas.

Conector combo XLR/TRS fêmea de painel: utilizado


também em mesas de som e medusas, tendo a
vantagem de poder conectar os conectores TS, TRS e
XLR macho.

Há muitos outros tipos de conectores, como o Conector Banana, utilizado


em saídas de amplificadores, conector RCA, aquele utilizado para ligar um
aparelho de DVD a uma TV, conector Speakon macho, geralmente utilizado nas
ligações entre amplificador e caixas acústicas, ppodendo ser de 4 ou 8 vias,
Speakon fêmea de painel, conector Powercon, por onde trafega a corrente dos
equipamentos, parecido com o Speakon, mas um sistema diferente de pinos,
conector TS 2,5mm, também chamado de P1 e conector TRRS 3,5mm que é
utilizado em fones para celular, pois leva sinal L e R mais sinal de microfone.
 Montagem de cabos

Aqui vamos apresentar os tipos mais comuns de montagem de cabos. Não


há necessidade de explicações, pois as imagens que apresentaremos são bem
didáticas.

Cabo stéreo TRS/TS/TS

Cabo desbalanceado TS/TS


Cabo balanceado TRS/XLR fêmea

Cabo desbalanceado TS/XLR fêmea


Cabo stéreo TS/TS/XLR macho

Cabo balanceado XLR fêmea/XLR macho

 Direct box

O Direct box (DI) é uma “caixinha” responsável por fazer o casamento de


impedância e transformar um sinal desbalanceado em balanceado, transformar
um sinal de linha (line) em sinal de microfone (mic). Eles podem ser tanto ativos,
isto é, precisam de uma bateria, uma fonte ou do Phantom Power para funcionar,
ou passivos não necessitam desta alimentação extra, entretanto não funcionam
muito bem com instrumentos passivos. Por isso, o ideal é utilizar um DI ativo para
instrumentos passivos e um DI passivo para instrumentos ativos, salientando que
isto não é uma regra, somente uma dica.

LIGAÇÕES

 Instrumentos

Você sabe como ligar seu instrumento e porque deve ser ligado assim?
Não há muitos segredos para ligar um instrumento musical. Se ele estiver próximo
a mesa de som pode ser ligado diretamente nela, ou, dependendo do sistema,
pode ser ligado em uma caixa de som própria para cada instrumento e
posteriormente, daí, enviar o sinal para a mesa de som, ou ainda em um pedal de
efeitos. Também pode ser ligado em um direct box, em caso de estar mais longe
da mesa. Enfim, são várias as formas de ligar seu instrumento. Vamos ver na
sequência detalhadamente como fazer estas ligações.

Uma sugestão que deixamos, é que cada músico tenha seu(s) próprio(s)
cabos, sempre revisados, para evitar problemas de última hora com as conexões.

 Instrumentos, microfones e fones de ouvido

Basicamente, qualquer ligação deve considerar entradas e saídas. No caso


de instrumentos, por exemplo, eles são a fonte sonora, portanto o som “sai” dele,
significando que a outra extremidade do cabo deve ser conectado na entrada do
próximo equipamento, seja pedal, direct box, mesa, caixa.

Microfones são bem simples, pois o cabo sai do microfone e deve ser
conectado na entrada MIC do equipamento. Posteriormente falaremos sobre os
tipos de microfones e a utilização ou não do Phantom Power (48v).

Fones de ouvido recebem sinal, e portanto devem ser conectados a uma


saída para fones.

O que devemos sempre atentar é que qualquer tipo de plugue deve estar
bem conectado para evitar ruídos e mau funcionamento.
MICROFONES

 Tipos de microfone e suas aplicações

Os microfones são transdutores, isto é, transformam uma forma de energia


em outra. No caso, eles transformam a energia mecânica de uma movimentação
de massa de ar em energia elétrica.

Podem ser classificados de acordo com dois critérios que são quanto ao
padrão de construção da cápsula e de acordo com o padrão polar.

Em relação a construção da cápsula, os microfones podem ser Dinâmicos


ou Condensadores.

Os microfones Dinâmicos possuem uma bobina móvel de princípio


magnético. Microfones dinâmicos são, em geral, os mais comuns do mercado,
sendo que seus elementos permitem, além de uma fabricação bastante fácil,
grande variedade de características eletroacústicas. Tem como característica uma
grande resistência, aliada a uma boa qualidade. Alguns modelos são capazes de
aguentar os piores tratamentos, como por exemplo, caírem no chão sem que
sofram danos. (Claro que não é pra sair jogando microfones no chão, eles vão
estragar, mas não com facilidade). Esses microfones possuem, em sua
construção, um diafragma, uma bobina móvel e um imã, os quais formam um
gerador elétrico de ondas de som. O conjunto diafragma-bobina móvel que se
encontra dentro de um campo magnético fixo é movimentado pelas ondas
sonoras, com isso gera em seus terminais uma energia elétrica proporcional as
ondas de som. O sinal gerado pode ser utilizado diretamente, não necessitando
de um circuito pré-amplificador para aumentar o sinal.

Os microfones Condensadores funcionam com um capacitor utilizando o


princípio eletrostático. Os microfones que utilizam o princípio do capacitor variável
são conhecidos como microfones capacitivos ou condensadores. Esses
microfones utilizam um diafragma condutivo e uma placa paralela fixa chamada
de backplate a qual é carregada eletricamente para formar um capacitor sensível
a todas as variações provocadas pela pressão das ondas sonoras que incidem no
diafragma. Na verdade, o microfone capacitivo consiste de uma placa fixada muito
próxima ao diafragma, sendo que entre a placa e o diafragma é mantida uma
carga elétrica polarizada, de tal forma que quando este se movimentar em função
da influência das ondas sonoras a voltagem entre ele e a placa irá variar da
mesma forma. Esse tipo de microfone precisa de uma energia para alimentar todo
esse sistema, conhecida como Phantom Power (alimentação fantasma). Essa
tensão pode variar entre 1,5V até 56V, porém hoje já é um padrão global a
padronização em 48V.

Microfone condensador

Microfone dinâmico

Quanto ao Diagrama Polar ou Padrão Polar, os microfones se classificam


em Omnidirecionais, Unidirecionais e Bidirecionais.

Os omnidirecionais são microfones que captam em todas as direções. São


mais utilizados para captação de festas, orquestras, corais, ou ainda como única
fonte de captação de determinado ambiente. São extremamente suscetíveis a
realimentação, ou seja, microfonia.

Os unidirecionais, como o nome sugere, tem a principal característica de


captar o som vindo de uma única direção. Dentro desta divisão, há outras quatro
divisões que são os chamados Cardioides, Supercardioides, Hipercardioides e
Ultradirecionais ou Shotgun.

Os bidirecionais são microfones que captam o som de duas direções


opostas, conhecido como figura 8, em razão da forma do gráfico que o
representa.

Gráficos de captação dos microfones.

A escolha do microfone e sua disposição na captação das fontes de áudio


tem grande influência na definição da qualidade do sinal, tanto para sonorização
ao vivo, quanto para gravação.

 Uso correto

Em relação ao uso correto, ou empunhadura correta do microfone, não há


uma regra rígida, mas sim mais uma orientação que é ele ficar a uma distância de
mais ou menos três dedos da boca, ou em centímetros, é interessante ficar entre
5cm e 10cm e no ângulo correto de captação que varia conforme o tipo de
microfone que está sendo utilizado.

Na imagem abaixo temos algumas imagens que mostram as alterações de


frequência de captação conforme a mão está posicionada no microfone.

A primeira de cima para baixo é a correta.

 Microfonia

Os termos técnicos para microfonia são Realimentação Acústica ou


Oscilação Regenerativa. O termo popular microfonia surgiu pelo fato deste
fenômeno ocorrer principalmente quando estamos utilizando microfones.

A Realimentação acústica significa que a microfonia depende do


acoplamento acústico entre o projetor de som e o microfone, ou seja, para que
este fenômeno ocorra é necessário que o microfone receba o som produzido pelo
projetor. É uma realimentação porque o som emitido pelo projetor é o próprio som
que já foi captado pelo microfone. Neste processo o microfone recebe um som
que é amplificado pelo sistema e reproduzido pelo alto falante, o microfone recebe
novamente esse som e o processo entra em um ciclo infinito de captação,
amplificação e reprodução.

Já a Oscilação regenerativa significa que este fenômeno ocorre em


algumas frequências do espectro de áudio; especificamente nas frequências que
estão se sobressaindo no sistema de áudio como um todo. Isso quer dizer que na
prática a microfonia vai ocorrer primeiro nas frequências que estão sendo mais
acentuadas pelo sistema de som. Por isso é importante que o som esteja bem
equalizado, mantendo um equilíbrio entre todas as frequências, desde os graves
até os agudos.

MESA DE SOM

 Ligar, carregar uma cena, liberar canais, volume PA e desligar

Este tópico sobre mesa de som será focado na Behringer X32 que é o
console utilizado na Igreja Evangélica Encontros de Fé de Caxias do Sul. Não é
um curso sobre como operar uma mesa de som, mas somente algumas
instruções para fazê-la funcionar corretamente.

O primeiro passo é verificar se os disjuntores estão ligados. São duas


caixas de distribuição. A primeira tem o disjuntor que liga as tomadas da
Plataforma, já, na segunda, o restante, como o som, a mesa de som, as luzes e
as televisões.
1ª caixa, disjuntor marcado com círculo.

2ª caixa, os quatro primeiros. (na porta tem a indicação).

O segundo passo é ligar a mesa de som no interruptor que fica na parte


traseira da console.
Interruptor liga/desliga.

O terceiro passo é escolher e carregar uma cena. Para isso na área de


SCENES, apertar a tecla VIEW.

SCENES fica no canto inferior direito da tela.

Quando apertar a tecla VIEW, na tela, aparecerá o que mostra na imagem


a seguir. Para ir para a aba de cenas deve-se apertar a seta para a direita (yes)
em PAGE SELECT como indicado na imagem.
Tela que abre ao clicar na tecla VIEW botões de seleção de páginas.

Já na aba de cenas, deve-se girar o primeiro botão que fica na parte


inferior da tela até a cena desejada e para selecionar, deve-se apertar o mesmo
botão que foi utilizado para selecionar. Aparecerá uma mensagem para confirmar
se você quer realmente carregar a cena, e para isso, deve-se clicar na seta para
direita (yes) em PAGE SELECT. Feito isso, a cena estará carregada.

Tela de cenas

Agora falta liberar os canais para que tenha áudio. Para isso pode-se
apertar a tecla MUTE em cada canal para que apague a luz vermelha, ou na área
de MUTE GROUPS e apertar a tecla número 1, que deve apagar a luz vermelha
também. Vale lembrar que neste grupo não está o teclado e os microfones sem
fio que devem ser liberados individualmente. Para liberar o som para todo o
ambiente (PA) é preciso deslizar o Fader master até 0dB, este fader fica
localizado ao lado da área de MUTE GROUPS.

Área de MUTE GROUPS e Fader Master (PA).

Para desligar a mesa, primeiro deve-se deslizar para baixo o Fader Master
e “mutar” os canais (processo inverso do parágrafo anterior). Feito isso, na tela,
lado direito deve-se apertar o botão SETUP. Ao apertar este botão, deve aparecer
na tela a página “global” (caso não abra diretamente nesta página, utilizar os
botões do PAGE SELECT para ir até a página correta). Na página “global”, no
canto inferior esquerdo deve estar selecionado com a cor laranja em System
Control a palavra “Shutdown”. Estando tudo correto, apertar o primeiro botão na
parte inferior da tela. Após este procedimento aparecerá na tela a mensagem
“You can safely switch off the console now (or press HOME to continue)”, significa
que a mesa está pronta para ser desligada, portanto, daí, basta desligar o
interruptor na parte traseira da console.
Procedimento para desligar a mesa de som.

Com isso, encerramos este Workshop, com a certeza de que muita


informação ainda há que envolve o áudio, mas cremos que este conhecimento
básico já ajuda a sanar muitas dúvidas que ocorrem no dia a dia. Nos colocamos
a disposição para o que precisarem em relação a este tema tão amplo e tão
importante.

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