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Sumário
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 3
RUÍDO ................................................................................................................ 5
VIBRAÇÕES .................................................................................................... 22
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 31
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NOSSA HISTÓRIA
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INTRODUÇÃO
A diversidade dos processos de produção, os mais variados agentes
presentes nos ambientes laborais e os diferentes tipos de equipamentos levam
aos riscos ambientais/ocupacionais que diferem entre si em características como
intensidade, duração e espectro, não só entre as indústrias, mas também dentro
de uma mesma indústria.
A exposição aos riscos ocupacionais pode trazer perda na qualidade de
desempenho do trabalho do empregado, que resulta, inclusive, no
comprometimento da sua qualidade de vida e saúde, incluindo-se os
acometimentos por adoecimentos e acidentes de trabalho.
Várias são as situações em que o trabalhador não percebe a evolução de
sua doença relacionada ao trabalho, vindo a perder a eficiência no rendimento
laboral, com casos em que ocorrem os aumentos sintomáticos de absenteísmo
e, até mesmo, afastamentos temporários, chegando ao extremo de
afastamentos por invalidez em pessoas relativamente jovens.
Esse é um ônus caro que pode ser evitado com o monitoramento da saúde
do empregado, através do conhecimento dos riscos ambientais locais e
buscando-se ações de bloqueio para os riscos cujas ocorrências forem
comprovadamente acima dos limites permissíveis.
Os riscos físicos expõem uma troca de energia surpreendente entre o
organismo e o ambiente, mas, se a quantia for excedente ao que o organismo
pode resistir, as doenças podem aparecer.
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LEGISLAÇÃO SOBRE HIGIENE OCUPACIONAL
Definição e histórico
Conforme a Organização Internacional do Trabalho (OIT), Higiene
Ocupacional-HO, é a ciência e a arte dedicada a antecipação,
reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ambientes, existentes
ou que venham a existir no ambiente de trabalho, visando à
preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores.
(FANTAZZINI E OUTRO,2007).
Doenças industriais são conhecidas desde Hipócrates (Grécia antiga
aproximadamente ano 400 AC). Até há evidências mostrando que as doenças
ocupacionais foram reconhecidas pelos antigos egípcios.
Com o tempo, as ligações entre a ocupação e os problemas de saúde
aumentaram e as associações se fortaleceram. Em paralelo a isto, técnicas
foram desenvolvidas para avaliar e controlar os riscos.
Os primeiros estudos sobre a saúde dos trabalhadores datam do século
XVI, mas o principal marco ocorreu em 1700 com a publicação da obra De morbis
artificum, de Bernardino Ramazzini.
Desde então, os estudos evoluíram, principalmente após a Revolução
Industrial, quando surgiram as primeiras leis trabalhistas visando
proteger o trabalhador de acidentes e possíveis doenças ocupacionais
em suas relações de trabalho (PACHECO JÚNIOR, (1995).
Em consequência da evolução das operações industriais e das técnicas
de trabalho os conhecimentos avançam significativamente e a legislação dos
diversos países, torna-se mais rigorosa. Isto propicia uma redução relativa da
incidência dos acidentes do trabalho e dos casos de doenças ocupacionais, mas
as ocorrências acidentárias, dificilmente deixarão de existir e têm causado, ao
longo dos anos, transtornos a saúde dos trabalhadores e às instituições.
Os custos dos acidentes de trabalho e doenças ocupacionais são de tal
monta que, afora os prejuízos aos trabalhadores também afetam, sobretudo, a
saúde financeira das empresas e dos cofres públicos.
Por isso, empresas, governantes, os próprios trabalhadores e vários
segmentos sociais comprometem-se cada vez mais em definir meios que
reduzam e previnam as ocorrências indesejáveis à segurança e higiene do
trabalho, bem como a eliminação de seus efeitos.
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RUÍDO
Todos os dias acontecem várias situações que envolvem som ou ruído,
mas nunca percebemos ou paramos para decifrar o que está acontecendo. E
esse é o problema quando o assunto é ruído no ambiente de trabalho, onde, hoje
em dia, passamos a maior parte do nosso tempo.
Segundo Russo, Toise e Pereira (1984), o ruído é uma superposição
de vários movimentos vibratórios, com frequências e intensidades
diferentes.
Seus componentes não são harmônicos entre si, comportando-se como
um todo único.
Geralmente, a sensação auditiva subjetiva provocada por ele é
desagradável e perturbadora, principalmente quando se apresenta intenso e
inesperado. Leal (2008, S.P) relata que os riscos físicos se caracterizam por:
a) Exigirem um meio de transmissão (em geral o ar) para propagarem sua
nocividade.
b) Agirem mesmo sobre pessoas que não têm contato direto com a fonte
do risco.
c) Em geral ocasiona lesões crônicas, mediatas.
Com isso podemos ter uma noção do quanto o ruído é um problema na
vida dos empregados e dos empregadores, porque ele não prejudica apenas
quem está operando a máquina ou outro equipamento, pois, por ser o meio de
transmissão o ar, o ambiente todo apresenta o ruído, afetando todos os
empregados que estão lá.
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Dependendo da frequência e da intensidade, ele pode ser relativamente
danoso.
Frequência: é a quantia de ondas de um som difuso no período de 1
segundo. Os sons agudos são considerados os de alta frequência, já os sons
graves são considerados os de baixa frequência.
Nossos ouvidos são mais vulneráveis em algumas frequências do que em
outras. A forma de medida da frequência é o Hertz (Hz).
Intensidade: é a ação ou pressão que o som desempenha em nossos
ouvidos. É chamado como altura ou volume.
Podemos diferenciar os sons de alta e baixa intensidade da seguinte
forma: um sítio onde só existe a tranquilidade do mato e nada mais tem sons de
baixa intensidade, enquanto uma fábrica onde tem máquinas ruidosas tem sons
de alta intensidade.
Então, conhecendo a diferença, conseguimos entender que quanto maior
os valores da intensidade, mais o ruído torna-se uma ameaça para o empregado.
A forma de medida da intensidade é o decibel (dB).
Outros limites de Ruído Na Europa, a Diretiva 2003/10/CE, de agentes
físicos (ruído) também coloca deveres dos empregadores em cada país da
seguinte forma:
_ O empregador é obrigado a avaliar os riscos associados à exposição ao
ruído.
_ Proteger os funcionários da exposição ao ruído por:
_ Eliminar e controlar os riscos associados ao ruído
_ Fornecer proteção auditiva adequada
_ Fornecer informações adequadas, instrução e treinamento a
funcionários sobre os riscos, medidas de controle, proteção auditiva e práticas
de trabalho seguras.
_ Fornecer vigilância em saúde (verificações auditivas) para os
empregados que estão em risco.
_ Realizar manutenção de equipamentos, em especial em qualquer
equipamento que seja fornecido para controlar o ruído.
_ Rever a avaliação de risco e as ações apropriadas regularmente
(normalmente pelo menos a cada dois anos) (ALVINO et al., 2009).
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Os regulamentos especificam os valores-limite e os valores de exposição
que desencadeiam a ação, conforme segue:
_ Os valores de exposição inferiores que desencadeiam a ação: a
exposição diária ou semanal pessoal ao ruído de 80dB (ponderada pela
frequência A) e pressão acústica de pico de 135 dB (ponderada pela frequência
C).
_ Os valores de exposição superiores que desencadeiam a ação: a
exposição diária ou semanal pessoal ao ruído de 85 dB (ponderada pela
frequência A) e pressão acústica de pico de 137 dB (ponderada pela frequência
C).
_ Valores-limite de exposição: a exposição diária ou semanal de pessoal
ao ruído de 87dB (ponderada pela frequência A) e pressão de acústica de pico
de 140 dB (ponderada pela frequência C).
Limites de ruído se tornaram mais rigorosos durante as últimas duas
décadas. Na Europa, o limite de 85 dB (A) Lep,d é usado, enquanto que um limite
de 90 dB (A) é especificado no Canadá.
Nos EUA um conjunto mais complexo de critérios é utilizado, que
correlaciona dose com nível de pressão sonora e tempo. Isto é conhecido como
um conceito duplicação de 5 dB e é largamente desacreditada fora dos EUA.
Do ponto de vista prático, o padrão adotado em uma empresa, ou
nacionalmente, e até que ponto esse padrão é alcançado por medidas de
controle de engenharia, depende de uma interpretação do banco de dados de
avaliação de risco, e depois sobre o que é considerado “razoavelmente possível”
de ser implementado.
Um estudo da legislação de diferentes países constatou que a maioria
utiliza o parâmetro de 85 dB(A) ou 90 dB(A), para o critério normatizado para um
período de 8 horas de exposição nas atividades ruidosas.
O mesmo levantamento faz referência para que num futuro próximo,
nenhum país adote como nível de critério, valores inferiores a 85 dB(A),
em função de razões socioeconômicos (INTERNATIONAL INSTITUTE
OF NOISE CONTROL ENGINEERING, 1997).
Normas e legislações que fazem recomendações sobre o problema do
ruído em ambientes de trabalho estabelecem limites baseados em
relações entre exposição ocupacional a determinado nível de pressão
sonora e os benefícios que o individuo e a sociedade auferem do
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trabalho realizado nessas condições. Deverá ser avaliado critérios
levando em consideração fatores médicos, legais, sociológicos e
econômicos (BISTAFA, 2011).
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Doenças e sintomas que o ruído causa no organismo
O ruído, sem que notem, causa uma série de problemas à saúde. Brito
(1999, p. 16) deixa claro em seu estudo sobre o assunto: O corpo
humano começa a responder aos ruídos a partir de 85 dB.
Essa reação ao ruído leva nosso organismo a ter diferentes respostas,
como: dilatação da pupila; aumento da produção de hormônios da tireoide;
aumento de batimento cardíaco; contração dos vasos sanguíneos; aumento da
produção de adrenalina; baixo rendimento no trabalho; ansiedade; tensão;
irritabilidade; insônia; alteração nos ciclos menstruais; impotência; nervosismo;
baixa concentração; cansaço; aumento da pressão sanguínea; acidentes e
outros.
Os efeitos do ruído são inúmeros, mas existe um facilmente demonstrável,
que é a interferência com a comunicação oral.
Esta acontece principalmente nas frequências de 500, 1000 e 2000 Hz,
as denominadas bandas de oitava.
Quando existe um som que possui níveis semelhantes aos da voz
humana, e este é emitido nas frequências da voz, ocorre uma espécie de
“mascaramento” que pode dificultar a comunicação oral, propiciando, assim, um
aumento do número de acidentes de trabalho.
A vulnerabilidade da orelha humana à ação do ruído pode desencadear
uma perda auditiva. Quando ocorre uma lesão auditiva neurossensorial, surge a
possibilidade de vários outros sintomas, entre eles:
· Zumbidos.
· Dificuldade no entendimento da fala.
· Outros (algiacusia; sensação de plenitude auricular; dificuldade de
localização da fonte sonora).
Na audição, os efeitos podem ser: Perda Auditiva Temporária (TTS) –
ocorre quando o indivíduo é exposto a ruído intenso mesmo que por pouco
tempo, e faz com que o limiar auditivo sofra alteração. Essa redução é
temporária, e a audição volta ao normal após um período de repouso auditivo.
Trauma Acústico – é considerado como uma perda auditiva repentina,
quando ocorre uma única exposição de ruído de impacto como explosões,
produzindo lesões irreversíveis na cóclea, pois os níveis sonoros excedem os
limites fisiológicos dessa estrutura.
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Perda Auditiva Permanente (PAIR) – é decorrente da exposição a ruídos
de alta intensidade por longos períodos. É também irreversível, pois há
destruição de células auditivas.
A PAIR pode acarretar dificuldades para perceber sons agudos, como
telefone, campainhas, relógio e outros.
Rapidamente a lesão também começa a comprometer as frequências das
áreas de conversação, afetando, assim, o reconhecimento da fala.
O ruído não demonstra que está chegando à vida das pessoas, por isso
precisa ser tratado com muita cautela.
Avaliação do ruído
Conforme Saliba (2013, p. 205), a avaliação do ruído pode ser feita
com os seguintes objetivos:
Avaliação Ocupacional: Esse tipo de controle visa constatar os possíveis
riscos de dano auditivo e seu controle.
Avaliação do ruído para caracterização da insalubridade: A perícia
visando à possível caracterização da insalubridade tem como base legal a NR
15, Anexos 1 e 2, e na maioria das vezes é realizada em perícias judiciais.
Avaliação para fins de aposentadoria especial: Essa avaliação é realizada
para fins de comprovação junto ao INSS da exposição a níveis de ruído
prejudiciais à saúde.
O critério utilizado são as normas da NR 15, ACGIH, e da Previdência
Social (Decreto nº 3.048/99).
Avaliação para fins de conforto: O critério utilizado nessa avaliação está
regulamentado na NR 17 da Portaria nº 3.214/78 e nas normas da ABNT, em
especial, NBR 10152, que serão mais detalhadas no capítulo VII – Ergonomia.
Avaliação da perturbação do sossego público: Nessa avaliação, a
regulamentação em legislação municipal, estadual ou federal e as normas
técnicas pertinentes encontram-se, em especial, nas normas da NBR 10151 e
10152 da ABNT, que sugerimos aos leitores que fossem consultadas.
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Processos para caracterização de exposição ao ruído
Para ser constatada a exposição ao ruído de um trabalhador, precisa ser
realizado o levantamento do ambiente de trabalho englobando a função do
trabalhador, o que ele faz durante sua jornada de trabalho, quais são as
máquinas e os equipamentos que ele opera, quais são os EPIs que ele utiliza,
entre outras informações necessárias.
Depois de realizado o levantamento de informações, são efetuadas as
medições em cada operador ou em cada grupo homogêneo, que é um grupo de
trabalhadores que realiza a mesma atividade.
Após as medições concluídas, são expostos os resultados e é averiguado
o que precisa ser feito para melhorar o ambiente de trabalho e quais são os tipos
de EPI que o operador terá que utilizar caso o ruído passe do seu limite de
tolerância estabelecido pela NR 15.
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O dosímetro de ruído é colocado no cinto ou no cós da calça do
trabalhador, e próximo ao seu ouvido fica o microfone conectado a um cabo que
leva as informações até o dosímetro.
Esse aparelho pode ser utilizado em diversos trabalhadores em um dia,
contando que as medições realizadas em cada trabalhador seja o suficiente de
informações necessárias do seu dia de trabalho.
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NORMA REGULAMENTADORA Nº 15 – ANEXOS 1 E 2
A Norma Regulamentadora nº 15, em seus anexos 1 e 2, traz os limites
de tolerância para os ruídos contínuos ou intermitentes e de impacto.
Anexo 1
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2) Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em
decibéis (dB) com instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito
de compensação "A" e circuito de resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser
feitas próximas ao ouvido do trabalhador.
3) Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os
limites de tolerância fixados no Quadro deste anexo.
4) Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário será
considerada a máxima exposição diária permissível relativa ao nível
imediatamente mais elevado.
5) Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para
indivíduos que não estejam adequadamente protegidos.
6) Se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais períodos de
exposição a ruído de diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos
combinados, de forma que, se a soma das seguintes frações:
C1 + C2 + C3 + Cn T1 T2 T3 Tn
Exceder a unidade, a exposição estará acima do limite de tolerância. Na
equação acima, Cn indica o tempo total que o trabalhador fica exposto a um nível
de ruído específico, e Tn indica a máxima exposição diária permissível a este
nível, segundo o quadro deste anexo.
7) As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis
de ruído, contínuo ou intermitente, superiores a 115 dB(A), sem proteção
adequada, oferecerão risco grave e iminente.
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
14
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
Anexo 2
O anexo 2 da Norma Regulamentadora nº 15 (2014) trata sobre o ruído
de impacto:
1) Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de
energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a
1 (um) segundo.
2) Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com
medidor de nível de pressão sonora operando no circuito linear e circuito de
resposta para impacto. As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do
trabalhador. O limite de tolerância para ruído de impacto será de 130 dB (linear).
Nos intervalos entre os picos, o ruído existente deverá ser avaliado como ruído
contínuo.
3) Em caso de não se dispor de medidor do nível de pressão sonora com
circuito de resposta para impacto, será válida a leitura feita no circuito de
resposta rápida (FAST) e circuito de compensação "C". Neste caso, o limite de
tolerância será de 120 dB(C).
4) As atividades ou operações que exponham os trabalhadores, sem
proteção adequada, a níveis de ruído de impacto superiores a 140 dB(LINEAR),
medidos no circuito de resposta para impacto, ou superiores a 130 dB(C),
medidos no circuito de resposta rápida (FAST), oferecerão risco grave e
iminente.
O grau de insalubridade afixado para os ruídos contínuos ou intermitentes
e de impacto é de 20%.
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NORMA DE HIGIENE OCUPACIONAL – NHO 01
A NHO 01 tem por objetivo estabelecer critérios e procedimentos para a
avaliação da exposição ocupacional ao ruído, que implique risco potencial de
surdez ocupacional.
Ela se aplica à exposição ocupacional a ruído contínuo ou intermitente
e a ruído de impacto, em quaisquer situações de trabalho, contudo não
está voltada para a caracterização das condições de conforto acústico
(FUNDACENTRO, 2001).
Vamos ver o que diz a Norma de Higiene Ocupacional NHO 01
(FUNDACENTRO, 2001) referente aos ruídos contínuos, intermitentes
e de impacto: Ruído contínuo ou intermitente: todo e qualquer ruído
que não está classificado como ruído de impacto ou impulsivo.
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Dose > 1,0 Nesse caso, devem-se, prioritariamente, estudar medidas de
controle na fonte e na trajetória.
Se essas medidas forem suficientes para reduzir a intensidade do ruído
abaixo do limite (dose < 0,50), devem-se apenas monitorar os riscos
periodicamente.
Se essas medidas não forem suficientes para reduzir a dose a < 1, devem-
se adotar medidas de controle no homem, tais como limitação do tempo de
exposição e o uso de EPIs.
No caso dos EPIs, após a seleção deve-se calcular sua atenuação,
conforme explicado anteriormente.
Caso sua atenuação reduza a intensidade abaixo do Limite de Tolerância,
deve ser implantado o seu uso.
O treinamento para o uso correto, Ruído de impacto ou impulsivo: ruído
que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo,
a intervalos superiores a 1 (um) segundo.
A orelha humana está constituída conforme descrição a seguir:
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Esta equalização de pressão é necessária porque o tímpano é necessário
para responder às rápidas e pequenas flutuações na pressão, e não à pressão
absoluta.
A janela oval, por sua vez, passa as vibrações para a cóclea, um órgão
em forma de caracol que contém líquido e cerca de 25.000 células receptivas
(terminações nervosas).
As vibrações geram ondas de pressão no líquido da cóclea, e estas
estimulam as terminações nervosas que transmitem sinais elétricos
correspondentes ao cérebro.
Cada célula receptiva responde a um tom e, portanto, é capaz de analisar
e separar uma mistura de sinais de entrada em seus componentes de frequência
individual.
Esta facilidade permite que o ouvido humano identifique notas individuais
entre a saraivada de sons.
Som Audível
Duas das principais características do som são a frequência e
intensidade. O número de ondas de pressão / vibrações por segundo é
conhecido como a frequência, e é expresso na unidade Hertz (Hz), quanto mais
flutuações por segundo maior a altura do som.
A faixa de frequência do ouvido humano é normalmente citada como
sendo entre 20 Hz e 20.000 Hz (20 KHz).
A nota dó na música está em aproximadamente 260 Hz (as opiniões de
músicos variam entre 255-278 Hz), e dobrando, a frequência aumenta o tom uma
oitava, então a oitava acima de dó (260 Hz) tem uma frequência de 520 Hz.
Por intensidade (I) entendemos a amplitude (tamanho) das ondas de
pressão e é definida como a quantidade média de energia que passa através de
uma unidade de área na unidade de tempo e é expressa em watts por metro
quadrado (Wm2).
Torna-se muito complicado citar os níveis de ruído em medidas de
pressão sonora (Pa) ou intensidade (Watts/metro2), pois os números são muito
difíceis de controlar.
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Portanto, está citado com um nível de referência (neste caso, o limiar de
audição) e usado como uma escala logarítmica para o resultado, e um número
muito mais gerenciável pode ser produzido.
Este é o chamado decibel, que é um décimo de um Bel. O decibel (dB)
não tem dimensões, como tal; é apenas uma unidade de comparação disposta
em uma escala logarítmica, de modo que o aumento do número corresponde a
uma multiplicação de intensidade.
O volume de ruído é uma função tanto da intensidade quanto da
frequência.
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Deve-se ressaltar que a simples utilização do EPI não implica a
eliminação de o risco do trabalhador vir a sofrer diminuição da capacidade
auditiva.
Os protetores auriculares, para serem eficazes, deverão ser usados de
forma correta e obedecer aos requisitos mínimos de qualidade representada pela
capacidade de atenuação, que deverá ser devidamente testada por órgão
competente.
O uso constante do protetor é importante para garantir a eficácia da
proteção (SALIBA, 2013).
Equipamentos de Proteção Coletivos – EPC Os EPCs, ou medidas de
controle, são mais eficientes do que os EPIs e também não geram tantos
transtornos ao trabalhador.
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- Substituir engrenagens metálicas por outras de plástico ou celeron.
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VIBRAÇÕES
A vibração no meio industrial é bem comum e seu acompanhamento deve
ser levado em conta, assim como qualquer outro agente.
As consequências que ele gera na saúde humana são significativas,
sendo essencial avaliação e monitoramento.
A vibração é um deslocamento oscilatório de um corpo em razão de forças
desequilibradas de elementos rotativos e movimentos intermitentes de uma
máquina ou equipamento.
É representado um movimento oscilatório e periódico caso o corpo vibre,
abrangendo deslocamento em um determinado tempo.
Vamos entender dois tipos de vibrações ocupacionais que são muito
presentes nos ambientes industriais: vibração de corpo inteiro e vibração
localizada ou de mão e braço.
• Vibração ocupacional de corpo inteiro: Essas vibrações são passadas
ao corpo em uma totalidade, frequentemente por meio da superfície de
sustentação, como os pés, costas, nádegas de um indivíduo assentado.
Normalmente, ocorrem em trabalho com máquinas pesadas: tratores,
caminhões, ônibus, aeronaves, máquinas de terraplanagem, grandes
compressores, máquinas industriais.
• Vibração ocupacional localizada ou de mão e braço: Essas vibrações
abrangem certas partes do corpo, em especial mãos e braços.
Normalmente, ocorrem em operações com ferramentas manuais
vibratórios: marteletes, britadores, rebitadeiras, compactadores,
politrizes, motosserras, lixadeiras, peneiras vibratórias, furadeiras
(HABRA, 2015, p. 5).
Os materiais mais utilizados para fazer o isolamento acústico são cortiça
e lã de vidro, que são absorventes de som. Esses materiais devem ser utilizados
para envolver as barreiras isolantes de som.
Percebem como vários dos tipos de medidas de controle são os EPCs
que auxiliam a empresa a não terem gastos com os EPIs, e não ter o desgaste
dos profissionais de segurança no trabalho e lideranças na imposição ao seu
uso faz toda a diferença?
Sempre devemos ter em mente que os EPCs e as medidas de controle
precisam estar sempre em primeiro lugar. Só salvo quando estes saem muito
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caro financeiramente ou deem muito trabalho para a sua instalação, aí sim, entra
o uso do EPI.
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metabólica, o tônus vascular (especialmente cedo, pela manhã) e o estado
emocional.
- Os ataques de branqueamento geralmente duram de 15 a 60 minutos,
mas, nos casos avançados, podem durar uma ou duas horas.
A recuperação se inicia com um rubor, uma hiperemia reativa,
especialmente vista na palma da mão, avançando do pulso para os dedos.
- Nos casos avançados, devido aos repetidos ataques isquêmicos, o tato
e a sensibilidade à temperatura ficam comprometidos.
Há perda de destreza e incapacidade para a realização de trabalhos
minuciosos.
- Prosseguindo a exposição, o número de ataques de branqueamento se
reduz, sendo substituído por uma aparência cianótica dos dedos.
- Finalmente, pequenas áreas de necrose da pele aparecem na ponta dos
dedos (acrocianose).
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medição não tenha problemas e que seja realmente como o trabalhador está
exposto.
Quando as medições forem encerradas, os valores da medição serão
comparados aos limites de exposição que são indicados na NR 15 em seu anexo
nº 8, que será estudado logo abaixo.
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- fator de multiplicação em função do eixo considerado:
f j = 1,0 para os eixos “x”, “y” e “z”; - medição em rms.
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NORMA REGULAMENTADORA Nº 15 – ANEXO Nº 8
A Norma Regulamentadora nº 15 (2014), no seu anexo nº 8, referente a
vibrações, diz que deve: Estabelecer critérios para caracterização da condição
de trabalho insalubre decorrente da exposição às Vibrações de Mãos e Braços
(VMB) e Vibrações de Corpo Inteiro (VCI).
Os procedimentos técnicos para a avaliação quantitativa das VCI e VMB
são os estabelecidos nas Normas de Higiene Ocupacional da FUNDACENTRO.
Caracterização e classificação da insalubridade Caracteriza-se a condição
insalubre caso seja superado o limite de exposição ocupacional diária a VMB
correspondente a um valor de aceleração resultante de exposição normalizada
(aren) de 5 m/s2.
Caracteriza-se a condição insalubre caso sejam superados quaisquer dos
limites de exposição ocupacional diária a VCI: a) valor da aceleração resultante
de exposição normalizada (aren) de 1,1 m/s2; b) valor da dose de vibração
resultante (VDVR) de 21,0 m/s1,75.
Para fins de caracterização da condição insalubre, o empregador deve
comprovar a avaliação dos dois parâmetros acima descritos.
As situações de exposição a VMB e VCI superiores aos limites de
exposição ocupacional são caracterizadas como insalubres em grau médio.
A avaliação quantitativa deve ser representativa da exposição,
abrangendo aspectos organizacionais e ambientais que envolvam o trabalhador
no exercício de suas funções.
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A caracterização da exposição deve ser objeto de laudo técnico que
contemple, no mínimo, os seguintes itens:
a) Objetivo e datas em que foram desenvolvidos os procedimentos;
b) Descrição e resultado da avaliação preliminar da exposição, realizada
de acordo com o item 3 do Anexo 1 da NR-9 do MTE;
c) Metodologia e critérios empregados, inclusas a caracterização da
exposição e representatividade da amostragem;
d) Instrumentais utilizados, bem como o registro dos certificados de
calibração;
e) Dados obtidos e respectiva interpretação;
f) Circunstâncias específicas que envolveram a avaliação;
g) Descrição das medidas preventivas e corretivas eventualmente
existentes e indicação das necessárias, bem como a comprovação de sua
eficácia;
h) Conclusão. O grau de insalubridade para vibração, conforme inspeção
em local de trabalho, tem o percentual de 20%.
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em mãos e braços que implique risco à saúde do trabalhador, entre os
quais a ocorrência da síndrome da vibração em mãos e braços (SVMB)
(FUNDACENTRO, 2013).
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- executar práticas adequadas de trabalho que permitam manter as mãos
e o corpo do trabalhador aquecidos bem como minimizar o acoplamento
mecânico entre o trabalhador e a ferramenta vibratória;
- limitar o tempo de exposição;
- implantar programa de supervisão médica.
Entre outras medidas de prevenção, podemos sempre colocar em pauta
os treinamentos com os operadores, sua conscientização sobre os riscos que
estão expostos, quais os problemas que podem causar à sua saúde e também
à implantação de sinalizações de segurança.
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REFERÊNCIAS
AGÊNCIA EUROPEIA PARA A SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO. Noise.
Disponível em: . Acesso em: 27 fev. 2013.
AGÊNCIA EUROPEIA PARA A SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO.
Perspectivas 1: novos riscos emergentes para segurança e saúde no trabalho.
Luxemburgo: Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Europeias,
2009. Disponível em: . Acesso em: 13/5/2013
ALVINO, M. et al. Guia indicativo de boas práticas para aplicação da Diretiva
2003/10/CE “Ruído no Trabalho”. Luxemburgo: Serviço das Publicações da
União Europeia, 2009.
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Segurança e saúde no trabalho, legislação - normas regulamentadoras. Brasília,
2012. Disponível em: Acesso em: 18 abr. 2015.
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