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NOSSA HISTÓRIA
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Sumário
NOSSA HISTÓRIA ............................................................................... 2
ALGUNS CONCEITOS....................................................................... 14
Aerodispersoides ............................................................................ 16
Pneumoconioses ............................................................................ 19
Asbestose ....................................................................................... 22
Saturnismo ...................................................................................... 26
Hidrargirismo .................................................................................. 28
Benzenismo .................................................................................... 32
Dermatite ........................................................................................ 33
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Dermatites alérgicas de contato (DAC) ........................................... 35
Ulcerações ...................................................................................... 36
REFERÊNCIAS .................................................................................. 40
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AGENTES QUÍMICOS
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por exemplo, solubilidade (na água ou ar), pH (indicação de acidez), concentra-
ção, propriedades de alerta (com ou sem odor, por exemplo), estado físico, vo-
latilidade, reatividade e níveis de toxicidade, podendo este agir de modo diferen-
ciado em diversos órgãos do organismo, variando de acordo com via de pene-
tração (respiratória, pele ou ingestão) e o tempo de exposição a que o trabalha-
dor está submetido ao agente. Além do fato de que a avaliação de um agente
químico pode ser prejudicada pelas condições do clima como, por exemplo, um
dia de chuva ou dias frios.
O ar próprio para a respiração no ambiente ocupacional deve estar livre
de substâncias agressivas ao organismo e ter quantidade de oxigênio (O2) apro-
priada. Uma atmosfera é considerada normal quando apresenta um teor aproxi-
mado de oxigênio de 20,9% em volume. Contudo, para fins de proteção da saúde
contra a deficiência de oxigênio nos ambientes de trabalho, normas brasileiras
recomendam um teor mínimo de 18% de oxigênio em volume e, nos Estados
Unidos, um percentual de 19,5% em volume.
Os agentes químicos são classificados de acordo com a sua estrutura
física, em outras palavras, por estado físico, como os aerodispersóides (particu-
lados na forma sólida ou líquida), gases e vapores. Cada um, também pode ser
dividido conforme o efeito causador de dano ao organismo humano. Eles são
capazes de produzir desde uma sensação de desconforto ou incômodo até um
câncer
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Particulado Sólido: Poeiras, Fumos e Fibras
Gases e Vapores
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contaminante é um líquido em condições normais, sua fase gasosa será cha-
mada de vapor.
De acordo com suas propriedades químicas, os gases e vapores podem
ser classificados, resumidamente, como orgânicos, ácidos, alcalinos e inertes.
EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS
A relação entre as exposições ocupacionais e o aparecimento de doenças
já é conhecida há muito tempo.
Em 1556, Georg Bauer divulgou a primeira obra descrevendo a associa-
ção entre o trabalho de mineração e a manifestação de doença respiratória, cha-
mada de re metallica.
Já Bernardino Ramazzini, considerado o pai da medicina do
trabalho, publicou na Itália, em 1700, o livro 'De morbis artificum diatri-
ba' (as doenças dos trabalhadores), no qual descreve 54 doenças re-
lacionadas com o trabalho e introduz na anamnese clínica a pergunta:
'qual é a sua ocupação?' (BAGATIN; KITAMURA, 2005).
Em 1845, Friedrich Engels também denunciou as condições
dos trabalhadores em 'A situação da classe trabalhadora na Inglaterra'
(ENGELS, 1998). Desde então, diversos estudos foram realizados, evi-
denciando essa relação causal tão expressiva, e ainda hoje pouco va-
lorizada.
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ou aerodispersoides, durante parte ou toda jornada de trabalho. Devido à plura-
lidade de vias e formas de exposição, o indivíduo sempre estará em risco em um
ambiente de trabalho, fato este com influência em seu estado de saúde, podendo
gerar um quadro de adoecimento.
Embora as populações possam ser afetadas por fontes naturais (exposi-
ções ambientais), tais como erupções vulcânicas ou depósitos naturais de subs-
tâncias de elevada toxicidade, em geral, as poluições ambientais antropogênicas
têm como principal origem os processos produtivos.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estimou, em 2004, em 35
milhões de casos anuais de doenças relacionadas com o trabalho por exposição
a substâncias químicas com a ocorrência de 439 mil mortes, incluindo, entre ou-
tras causas relacionadas, 36 mil óbitos por pneumoconioses, 35,5 mil óbitos por
doenças respiratórias crônicas, 30,7 mil óbitos por doenças cardiovasculares e
315 mil óbitos por câncer.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2002, estimou
que esses cânceres provoquem uma perda anual de 1,4 milhão de
anos de vida saudável, e que as intoxicações agudas por produtos quí-
micos sejam responsáveis por outros 7,5 milhões de anos de vida sau-
dável perdidos pela população mundial. Isso mostra que há muito o
que se discutir a respeito da origem, do controle e da prevenção des-
ses problemas, que não são recentes, embora cada vez mais novas
substâncias químicas cheguem ao mercado (KATO; GARCIA;
WUNSCH FILHO, 2007).
Apenas para que se tenha uma ideia do cenário brasileiro,
em termos de exposições agudas, em 2012, o Sistema Nacional de
Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox) registrou 99.035 casos
de intoxicação humana por agentes tóxicos, sendo que 5.989 (6,0%)
casos foram em ambiente ocupacional (BRASIL, 2012).
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ocupacional, as exposições crônicas têm maior frequência em relação aos efei-
tos na saúde, porém não existe a mesma notificação.
Os dados do Sinitox (2012) indicam que a intoxicação hu-
mana por substâncias químicas em ambientes ocupacionais é rele-
vante e merece atenção nas discussões sobre saúde pública, uma vez
que estes acidentes e seus desdobramentos irão fazer parte da rotina
de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
Assim, tentar entender as relações de causalidade implícitas
nesses casos pode gerar ações de prevenção mais eficazes. Inclusive,
a ST é uma atribuição, entre diversas outras, do SUS (art. 6º), contem-
plada na Lei Orgânica de Saúde (BRASIL, 1990), e em geral, preterida
por envolver questionamento direto das empresas e implicar enfrenta-
mentos com o capital.
O trabalho, enquanto fator imprescindível ao desenvolvi-
mento técnico, econômico e social, tem representado um papel de im-
portância ao longo de toda a história da humanidade (UVA; FARIA,
2000).
Ele representa meio de subsistência, status, formação, identidade e lugar
social. Ele ainda pode ter mais significações, dependendo da cultura e contexto
social.
Dessa forma, considerar a questão dos determinantes sociais da saúde e
sua influência nas exposições ocupacionais traz uma abordagem mais completa
de como o trabalhador interage com o ambiente insalubre e os riscos da exposi-
ção.
De forma bem generalizada, Determinantes Sociais de Saúde (DSS) ex-
pressam o conceito de que as condições de vida e trabalho dos indivíduos e de
grupos da população estão relacionadas com sua situação de saúde. Para a
Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS), os DSS
são os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e com-
portamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores
de risco na população.
A Comissão sobre DSS da OMS adota a definição na qual os
DSS são as condições sociais em que as pessoas vivem e trabalham
(BUSS; PELLEGRINI, 2007). Assim, fica mais evidente como o traba-
lho de um indivíduo afeta sua condição de saúde e como está direta-
mente ligado às suas condições de vida, ou seja, forma-se uma rede
de fatores indissociáveis.
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A Lei Orgânica de Saúde (BRASIL, 1990, P. 1) já ditava como
norte que: A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes,
entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio
ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o
acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da popula-
ção expressam a organização social e econômica do país.
Isso mostra que esse debate apenas relembra o papel importante da rea-
lidade socioeconômica quando se pensa em avaliação de saúde. Não esque-
cendo que tal fato é hoje reforçado pela Política Nacional de Saúde do Traba-
lhador e Trabalhadora (Portaria nº 1.823, de 23 de agosto de 2012, do Ministério
da Saúde), em que fica mais clara ainda a importância da transversalidade das
ações de ST e o trabalho como um dos determinantes do processo saúde-do-
ença.
Ainda de acordo com Buss e Pellegrini (2007), o principal de-
safio dos estudos sobre as relações entre determinantes sociais e sa-
úde consiste em estabelecer uma hierarquia de determinações entre
os fatores mais gerais de natureza social, econômica, política e as me-
diações por meio das quais esses fatores incidem sobre a situação de
saúde de grupos e pessoas, já que a relação de determinação não é
uma simples relação direta de causa-efeito.
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uma realidade social, inerente ao seu status socioeconômico, dese-
nha-se o conceito de vulnerabilidade social, aqui representado como
uma série de fatores que propiciam uma somatização e que implicam
em diferenças nos tipos e na extensão dos impactos dos riscos sofri-
dos, tais como, estado nutricional, escolaridade, possibilidades de
acesso à informação, grau de qualidade das políticas públicas, mora-
dia, entre outros (RIGOTTO; AUGUSTO, 2007).
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Do ponto de vista do campo da ST, a adequação de proces-
sos e ambientes faz parte da luta dos trabalhadores por melhores con-
dições de trabalho e de vida, buscando processos de trabalho mais
saudáveis para eles (LACAZ, 2007).
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quais as condições sociais afetam a saúde e que potencialmente po-
dem ser alterados pela luta dos trabalhadores pela saúde, que inclui
conhecer o processo de trabalho e os riscos a que estão expostos
(BUSS; PELLEGRINI, 2007; MARX, 1988).
ALGUNS CONCEITOS
Gases e Vapores
Vapor: é o estado gasoso de substâncias que em condições normais de
temperatura e pressão (25ºC e 760mmHg), se encontram no estado líquido ou
sólido.
Ex.: Vapor de água. Gás: em condições normais de temperatura e pres-
são, a substância já se encontra no estado gasoso.
Ex.: Oxigênio. Como se pode observar, gás e vapor não são sinônimos,
porém apresentam comportamento similar.
Outro ponto importante a se destacar é que quando do aumento da tem-
peratura, a concentração do vapor tende a aumentar, porém, existe um ponto de
saturação que corresponde ao valor máximo de concentração, no qual, seja qual
for o acréscimo, o vapor se converterá em líquido ou sólido.
Quando se trata de Higiene Ocupacional, gases e vapores são estudados
em conjunto, uma vez que se trabalha com concentrações inferiores às concen-
trações de saturação, que é o que basicamente os diferencia.
Os gases e vapores podem ser classificados em irritantes, anestésicos e
asfixiantes, e uma substância pode ser enquadrada em mais de um tipo ao
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mesmo tempo. Por exemplo, um gás pode ser anestésico e asfixiante. Esta clas-
sificação é baseada no efeito que o agente causa no organismo humano.
Irritantes: são gases e vapores que irritam as mucosas assim que entram
em contato direto. Esses se dividem em irritantes primários e irritantes secundá-
rios.
Aqueles caracterizam-se pela ação apenas irritante no local em que o
contato ocorre; não afetam o organismo como um todo. Já estes, além de irrita-
rem o local de contato, o organismo como um todo é atingido.
O grau de irritação dependerá da solubilidade da substância.
Anestésicos: estes atuam sobre o sistema nervoso central, possuem
efeito narcótico ou depressivo.
Os gases e vapores anestésicos podem ainda ser classificados como
anestésico primário, anestésico de efeito sobre o fígado e rins, anestésico de
efeito sobre o sistema formador do sangue e anestésico de efeito sobre o sis-
tema nervoso central.
Vale ressaltar que esses agentes penetram o organismo através das vias
respiratórias e quando atingem os pulmões são transferidos para o sangue e,
consequentemente, para o restante do corpo, podendo também penetrar o orga-
nismo através da pele.
Asfixiantes: sabe-se que o ar deve possuir 19,5% a 23,5% de oxigênio,
onde concentrações superiores a 23,5% configuram risco de explosão devido à
alta concentração de oxigênio e valores inferiores a 19,5% configuram riscos
iminentes à saúde do trabalhador.
Os asfixiantes são divididos em: asfixiantes simples, que são aqueles ca-
pazes de deslocar o oxigênio do ambiente, não atuam dentro do organismo do
trabalhador; e asfixiante químico, que atua no organismo do trabalhador, dificul-
tando a entrada de oxigênio nos tecidos.
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Aerodispersoides
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Fibras: assim como as poeiras, as fibras são partículas sólidas produzidas
através de ruptura mecânica de sólidos. A fibra se diferencia da poeira por suas
características físicas.
A fibra possui um formato mais alongado, com comprimento de 3 a 5 ve-
zes maior que seu diâmetro.
A exposição prolongada a este tipo de aerodispersoides também provoca
agressões aos pulmões. Fumaça: São partículas sólidas provenientes de pro-
cessos de combustão incompleta.
Em geral, possuem tamanhos inferiores a 0,1 micra.
Neblinas: são partículas líquidas oriundas da condensação de vapores de
substâncias que em condições normais de temperatura e pressão são líquidas.
Este tipo de aerodispersoide é raro de ser encontrado na indústria, uma
vez que para sua formação é necessária uma atmosfera saturada de vapor para
que ocorra a condensação, ficando mais associada a fenômenos climáticos.
Névoas: assim como a neblina, a névoa é uma partícula líquida que fica
em suspensão no ar atmosférico, porém, as névoas são geradas através de rup-
turas mecânicas de líquidos.
Os aerodispersoides podem ser classificados conforme o tamanho de
suas partículas.
O quadro a seguir representa esta classificação.
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Lembrando sempre que, para que os agentes químicos causem danos à
saúde do trabalhador, eles devem estar em concentração prejudicial e o traba-
lhador precisa ficar exposto por determinado tempo.
Como se pode observar, a maior parte dos agentes químicos contamina
o ar e a principal via de penetração no organismo é o sistema respiratório. A
seguir, serão abordadas as principais vias de penetração dos agentes químicos
no organismo.
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substâncias atravessam a barreira cutânea atingindo a corrente sanguínea. Exis-
tem substâncias associadas a outras que também são capazes de penetrar a
derme.
Via digestiva: corresponde ao sistema formado pela boca, faringe, esô-
fago, estômago e intestinos. O grau de absorção está diretamente ligado à solu-
bilidade da substância, isto é, quanto menor a solubilidade, menor será a capa-
cidade de absorção pelo organismo.
O hábito de comer e beber no posto de trabalho é um dos grandes vilões
desta via de absorção.
Pneumoconioses
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físico-químicas, da susceptibilidade individual e do local de deposição das partí-
culas (nariz, traqueia, brônquios ou parênquima pulmonar).
Deposição no nariz: geralmente, provoca rinite, perfuração septal ou cân-
cer nasal.
Deposição na traqueia ou brônquios: podem provocar broncoconstricção,
devido à reação antígeno x anticorpo ou induzida por reflexo irritativo.
Deposição no parênquima pulmonar: pode provocar alveolite alérgica ex-
trínseca (poeiras orgânicas), pneumoconiose (poeiras minerais) ou lesão pulmo-
nar aguda, bronquiolite e edema pulmonar.
Quando da presença de poeiras e gases radioativos no ambiente laboral,
o câncer pulmonar pode ser uma das doenças desencadeadas.
Pneumoconioses são doenças originadas pela deposição de partículas
sólidas no parênquima pulmonar, causando fibrose, que nada mais é do que o
endurecimento intersticial do tecido pulmonar.
As pneumoconioses mais comuns são as causadas pela poeira de sílica
(silicose) e as causadas pelo asbesto (asbestose).
Dentre outras pneumoconioses, podemos citar: pneumoconiose do traba-
lhador do carvão (pulmão preto), siderose (por ferro), estanose (estanho), baga-
çose (fibras vegetais), aluminíose (alumínio) e bissinose (algodão). O quadro a
seguir traz uma lista com algumas pneumoconioses com suas denominações,
seus agentes causadores e suas consequências ao organismo.
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FONTE: Brasil (2006a)
Algumas Pneumoconioses
Silicose
É a mais comum no Brasil. Sua causa está associada à inalação de poeira
de sílica livre cristalina (quartzo).
Trabalhadores da indústria extrativa (mineração), de beneficiamento de
minerais (corte de pedras, britagem, moagem, lapidação), fundições, cerâmicas,
olarias, jateamento de areia, escavação de poços, polimentos e limpezas de pe-
dras estão sujeitos à exposição à poeira de sílica.
A silicose se caracteriza por um processo de fibrose intersticial, com o
desenvolvimento de nódulos isolados ou aglomerados, posterior dificuldade res-
piratória.
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Os sintomas podem demorar de 10 a 20 anos de exposição para surgirem.
Inicialmente, o paciente é acometido de tosse e escarros e a doença não é de-
tectada em exames como o raio X.
Conforme a doença vai se agravando, o paciente passa a ter dispneia de
esforço e astenia.
Em estágios já avançados, a dispneia ocorre com o menor esforço ou até
mesmo em repouso, caracterizando uma insuficiência respiratória. Sua evolução
pode chegar à cor pulmonale crônico.
A silicose é doença irreversível. Raramente, pode ocorrer na sua forma
aguda, para isso é necessária a exposição a elevadíssimas concentrações de
poeira de sílica. Para seu diagnóstico é necessário avaliar o histórico clínico-
ocupacional do paciente, investigar o ambiente laboral, avaliar o exame físico e
as alterações supostamente encontradas em radiografias de tórax.
A análise destas radiografias deve seguir as técnicas descritas pela Or-
ganização Internacional do Trabalho (OIT) e deve ser realizada por três diferen-
tes profissionais.
Asbestose
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Os sintomas podem surgir após 20 ou 30 anos da exposição, por esta
razão, em alguns países, o surgimento de casos é crescente, mesmo banida a
utilização desta substância.
Esta doença leva à fibrose pulmonar, enrijecendo o tecido pulmonar atra-
vés de cicatrizes.
Conforme Brasil (2001), os primeiros sintomas e sinais da asbestose
são: falta de ar quando se realiza esforço físico, estertores crepitantes
nas bases pulmonares, baqueteamento digital, alterações funcionais e
pequenas opacidades irregulares na radiografia de tórax.
Assim como na silicose, é necessário avaliar o histórico clínico-ocupacio-
nal do paciente, investigar o ambiente laboral, avaliar o exame físico e as altera-
ções supostamente encontradas em radiografias de tórax para se chegar ao di-
agnóstico da asbestose, sempre considerando as técnicas descritas pela OIT
para a leitura das radiografias.
A exposição ao amianto pode desencadear, além da asbestose, altera-
ções pleurais benignas, o câncer de pulmão e os mesoteliomas malignos, que
podem acometer a pleura, o pericárdio e o peritônio.
O mesotelioma maligno atinge o mesotélio, que é um tecido composto de
finas membranas que envolvem alguns dos principais órgãos do nosso corpo.
Esta doença é um tipo de câncer raro.
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Podem se fazer presente, isoladamente ou associadas, a bronquite crô-
nica e o enfisema. Em rochas impuras com a presença de sílicas, a silicose pode
ser desencadeada simultaneamente.
O diagnóstico é feito com o estudo das radiologias e do histórico ocupaci-
onal do paciente.
Prevenção da Pneumoconiose
Inicia-se o processo de prevenção com medidas simples de higiene pes-
soal e do local de trabalho, modificações do ambiente de trabalho a fim de torná-
lo mais salubre, ações educativas e de controle médico dos trabalhadores ex-
postos aos riscos químicos etc.
Medidas de engenharia também podem ser adotadas para o controle de
partículas respiráveis, e até mesmo na dispersão de particulados.
Medidas como adoção de operações a úmido, lavagem do ambiente la-
boral constantemente, instalação de ventilação exaustora localizada, bem como
a ventilação geral do ambiente, enclausuramento da fonte produtora de poeira,
isolamento de processos como polimentos e mudança de layout são medidas
indicadas quando viável.
Com a vasta disponibilidade de matérias-primas e produtos, a substituição
de algumas substâncias é de grande valia: o uso de outros abrasivos em opera-
ções de jateamento com areia e a utilização de fibras alternativas em produtos
de cimento-amianto, materiais de fricção e outros são exemplos desta medida
de prevenção.
É de suma importância o estudo e conhecimento de todas as proprieda-
des físico-químicas das substâncias que se desejam utilizar em substituições.
Após aplicadas todas as medidas administrativas e coletivas possíveis e ainda
assim persistir o problema, devem-se adotar medidas de proteção individuais
com a adoção de Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs).
Para o uso de máscaras, deve-se fazer uma análise de qual é a mais
indicada para o tipo de particulado em suspensão. Esses equipamentos devem
estar em boas condições de uso, ter boa qualidade, serem eficientes, de fácil
adaptação no rosto do trabalhador, possuírem manutenção periódica, limpeza e
troca de filtros sempre que for necessário.
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Quando as roupas estiverem contaminadas com poeiras, elas devem ser
lavadas na empresa, evitando levar para casa sob o risco de contaminação da
família.
Como em todo processo de prevenção, seja de acidentes ou de doenças
ocupacionais, a conscientização tem papel primordial. Sendo assim, as ações
educativas devem conter informações sobre os riscos aos quais os trabalhado-
res estão expostos, o tipo de poeira que possa estar em suspensão, bem como
seus possíveis danos e agravos à saúde do trabalhador e como se proteger de
tais danos.
Os programas preventivos da empresa devem ser claros e os colabora-
dores devem estar cientes de como proceder no ambiente de trabalho, levando,
assim, os programas preventivos ao sucesso.
Como sempre falamos em prevenção, o diagnóstico das doenças ocupa-
cionais devem ocorrer ainda em sua fase inicial para que o tratamento seja efi-
caz. Diante disso, o controle médico exerce papel fundamental neste diagnós-
tico.
Questionários de sintomas, exames físicos, radiografias, espirometrias
periódicas são exemplos de um controle médico.
Através destas repostas é que serão identificadas as medidas que estão
funcionando, bem como aquelas que necessitam de alterações, até mesmo o
afastamento de um funcionário.
Para os exames complementares e periódicos, a NR 7 traz em seu texto
o que é preciso, sempre baseado em uma leitura especializada e de bom senso
clínico.
Resumidamente, a prevenção deve seguir a seguinte hierarquia de con-
trole: Na fonte do risco (que deve ser a primeira escolha):
− Substituição da areia, como abrasivo, por materiais menos perigosos.
− Utilização de materiais numa forma menos poeirenta.
− Modificação de processos de modo a produzir menos poeira.
− Utilização de métodos úmidos.
Na transmissão do risco (entre a fonte e o receptor): uma vez gerada a
poeira, sua disseminação no local de trabalho deve ser evitada ou controlada
por meio de medidas como:
− Isolamento, enclausuramento de operações.
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− Ventilação local exaustora.
− Limpeza nos locais de trabalho.
No trabalhador: Utilização de proteção respiratória de boa qualidade, efi-
ciente, que se adapte ao rosto do trabalhador, e bem utilizada dentro de um pro-
grama que inclua manutenção, higienização e reposição de filtros.
Asma ocupacional
Atualmente, a asma vem crescendo significativamente como doença res-
piratória relacionada ao trabalho. A asma ocupacional se caracteriza com a obs-
trução generalizada e aguda das vias respiratórias ocasionada pela inalação de
alergênicos de origem biológica, poeiras, gases ou vapores no ambiente de tra-
balho.
A asma é uma doença de caráter reversível. Segundo Brasil (2001), os
sintomas são: falta de ar, tosse, aperto e chiado no peito, acompanhados de
rinorreia, espirros e lacrimejamento.
Os sintomas surgem logo após a exposição ao agente nocivo e desapa-
recem após alguns dias de suspensa a exposição.
A asma ocupacional pode ser subdividida em dois grupos: asma alérgica
ocupacional e síndrome da disfunção reativa das vias aéreas (RADS).
Observa-se que a RADS também pode ser chamada de asma induzida
por irritantes.
O diagnóstico da asma ocupacional não pode ser baseado apenas no his-
tórico clínico do paciente.
Hoje, o método mais utilizado para diagnosticar a doença é o teste de
provocação específico em laboratório ou no próprio local de trabalho, que deve
ser supervisionado por um médico habilitado.
Saturnismo
O chumbo está presente no meio industrial, na água, no solo, no ar e até
mesmo no organismo humano, porém, em pequenas quantidades, o que não
acarreta danos à saúde.
No ambiente ocupacional, atividades como mineração, fundição, refino,
reciclagem de acumuladores, utilização de tintas, esmaltes, betumes e cores
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com chumbo, construção e reparação automóvel, trabalho em joalheria, entre
outros, são exemplos de atividades com exposição ao chumbo. O chumbo se
apresenta na forma de vapor, fumo ou poeira.
O chumbo pode penetrar no organismo humano através das três vias de
absorção (respiratória, digestiva e cutânea), porém, cerca de 35 a 50% do
chumbo inalado atinge a corrente sanguínea, enquanto apenas 10% do chumbo
ingerido chega ao sangue.
A doença oriunda da intoxicação por chumbo recebe o nome de satur-
nismo. Intoxicações agudas são mais raras de ocorrer, caracterizando o satur-
nismo como uma intoxicação em longo prazo (crônica) e pode atingir o sistema
nervoso, renal, cardiovascular e hematológico.
Podem ocorrer dermatites e úlceras na epiderme quando existir o contato
com os compostos de chumbo.
Segundo Brasil (2001), os sinais e sintomas mais comuns da intoxica-
ção crônica por chumbo são: cefaleia, astenia, cansaço fácil, altera-
ções do comportamento (irritabilidade, hostilidade, agressividade, re-
dução da capacidade de controle racional), alterações do estado men-
tal (apatia, obtusidade, hipoexcitabilidade, redução da memória), alte-
ração da habilidade psicomotora, redução da força muscular, dor e pa-
restesia nos membros. Modificação da frequência e do volume urinário,
das características da urina, aparecimento de edema e hipertensão ar-
terial também são sintomas e sinais dessa intoxicação.
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Uma vez detectada a exposição ao chumbo, o controle médico deve ser reali-
zado individualmente, tratando cada trabalhador exposto.
Segundo Brasil (2006a), as principais medidas de prevenção
primária da exposição excessiva ao chumbo metálico são:
Medidas de engenharia:
• Substituição do chumbo por outros agentes menos tóxicos.
• Isolamento das operações que utilizam chumbo.
• Enclausuramento das operações que utilizam chumbo.
• Instalação de sistema de exaustão.
• Adequado tratamento de efluentes.
Uso de Equipamentos de Proteção Individuais (EPI):
• Uso de máscaras de filtro químico.
• Uso de luvas.
• Uso de uniformes que devem ser lavados pela empresa (evitar o carre-
amento de chumbo para o espaço domiciliar).
Boas práticas de trabalho:
• Manutenção da limpeza da área de trabalho por via úmida (evitar varri-
ção).
• Adequada deposição de rejeitos contendo chumbo.
• Evitar consumo de bebidas, alimentos e tabagismo no local de trabalho.
• Proteger depósitos de água para consumo da possibilidade de contami-
nação pelo chumbo.
• Informação dos trabalhadores quanto aos riscos decorrentes da exposi-
ção, manifestações da intoxicação por chumbo e formas de prevenção da absor-
ção do metal.
• Informação aos trabalhadores dos resultados de exames toxicológicos.
• Divulgação dos resultados das avaliações ambientais.
Hidrargirismo
Hidrargirismo é o nome da doença causada pela exposição ao mercúrio.
A principal via de penetração é a via respiratória.
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Em garimpos, por exemplo, é utilizado o mercúrio metálico; em células
eletrolíticas para produção de cloro e soda, na fabricação de termômetros, barô-
metros, aparelhos elétricos e em amálgamas para uso odontológico também se
emprega este metal.
O mercúrio inorgânico e seus compostos são utilizados nas indústrias de
compostos elétricos, eletrodos, polímeros sintéticos e como agentes antissépti-
cos.
Já os compostos orgânicos são utilizados como fungicidas fumigantes e
inseticidas. Indústrias de fabricação de tintas e lâmpadas também fazem uso do
mercúrio em seus processos, expondo, assim, seus trabalhadores a essa subs-
tância nociva.
Existem casos de intoxicação por mercúrio na área de saúde, principal-
mente em processos de esterilização de materiais, e no setor odontológico, pois,
como já mencionado, utiliza-se mercúrio na composição das amálgamas. O mer-
cúrio, quando lançado na natureza, pode contaminar rios devido à sua precipita-
ção e, consequentemente, os peixes, afetando a cadeia alimentar.
Na pele e mucosas, ele possui efeito irritante e sua intoxicação aguda age
nos pulmões provocando intersticial aguda, bronquite e bronquiolite. Por ele agir
sobre o sistema nervoso central, o hidrargirismo causa tremores e aumento da
excitabilidade.
Já na exposição crônica (longos períodos a baixas concentrações), se-
gundo Brasil (2006a), os sintomas são: cefaleia, redução da memória,
instabilidade emocional, parestesias, diminuição da atenção, tremores,
fadiga, debilidade, perda de apetite, perda de peso, insônia, diarreia,
distúrbios de digestão, sabor metálico, sialorreia, irritação na garganta
e afrouxamento dos dentes.
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Vale ressaltar que, em caso de doenças do trabalho diagnosticadas, se o
trabalhador possua carteira de trabalho assinada, deve-se emitir uma CAT e en-
caminhar o trabalhador ao INSS.
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DOENÇAS CAUSADAS PELA EXPOSIÇÃO A SOLVENTES OR-
GÂNICOS
Estes efeitos podem ser favorecidos por fatores de ordem ambiental (tem-
peratura), individual (dieta, tabagismo, etilismo, enzimáticos, peso, idade, gené-
ticos etc.), além da comum interação entre os diversos solventes na maioria dos
processos industriais.
Além disso, é importante frisar que algumas destas substâncias possuem
efeito ototóxico, causando problemas funcionais e degeneração celular dos teci-
dos da orelha interna, especialmente nos órgãos sensoriais e neurônios da có-
clea e aparelho vestibular. Para que isso ocorra é necessário que o trabalhador
esteja exposto ao solvente orgânico e ao ruído em doses prejudiciais e sem a
devida proteção.
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Benzenismo
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Dermatite
Dentre as doenças ocupacionais mais importantes temos a dermatite. Po-
rém, ela não chega a entrar nas estatísticas, uma vez que em inúmeros casos o
próprio paciente a trata sem auxílio médico ou ela é tratada no próprio ambula-
tório da empresa.
Mas o que é a dermatite ocupacional? É toda alteração das mucosas,
pele e seus anexos que seja direta ou indiretamente causada, condici-
onada, mantida ou agravada por agentes presentes na atividade ocu-
pacional ou no ambiente de trabalho (ALI, 1995).
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A dermatite irritativa crônica é mais frequente que a aguda ou acidental.
Agressões repetidas, por irritantes de baixo grau, ocorrem ao longo do tempo.
Nesses casos, a secura da pele e o aparecimento de fissuras são, frequente-
mente, os primeiros sinais, que evoluem para eritema, descamação, pápulas,
vesículas e espessamento gradual da pele. As dermatites de contato irritativas
podem ser facilmente diagnosticadas pelas histórias clínica e ocupacional.
Os testes epicutâneos ou patch test não estão indicados para o diagnós-
tico. Mas para dermatites de contato por irritantes crônicas, que não respondem
bem ao tratamento pode ser realizado o teste de contato para investigar sensi-
bilização às vezes ao medicamento usado.
A dermatite de contato por irritantes (DCI) pode se dividir em: Dermatite
irritativa de contato forte (DICF) Etiopatogenia Quando a substância química,
em contato com a pele, provocar graves lesões inflamatórias já no primeiro con-
tato, estas são consideradas irritantes fortes.
O contato com cimento, que é abrasivo, alcalino, altamente higroscópico,
causa ulcerações (rasas ou profundas).
Estas lesões irão aparecer devido ao tempo de contato com a massa de
cimento associado ao atrito gerado pelo calçado e vestimentas na pele do traba-
lhador, podendo chegar à necrose da região atingida.
Por exemplo, após 12 horas de contato com o cimento úmido podem sur-
gir ulcerações profundas na região atingida.
Quadro Clinico: após algumas horas de uma determinada região estar em
contato com o cimento, podem surgir eritema com prurido, ardor, queimação.
Após 24h, podem ser observadas lesões em fase ativa, exulceradas, ul-
ceradas ou necrosadas, dependendo somente do tempo de contato e da alcali-
nidade do cimento ou concreto.
Segundo Brasil (2006b, p. 27, grifo do autor), os principais aspectos
clínicos das principais dermatites de contato são: Dermatite irritativa de
contato (DIC). Ressecamento da pele na área de contato.
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Dermatite irritativa forte de contato (DIFC). Surge ulceração na área de
contato com posterior necrose. Ardor, queimação e dor são sintomas presentes.
O contato com ácidos, álcalis fortes são os principais agentes responsá-
veis. Outro agente importante é a queda de massa de cimento ou concreto den-
tro da bota, calçado ou luvas.
Dermatite Alérgica de Contato (DAC). Presença de eritema, edema, vesi-
culação e prurido.
Ao se cronificar, verifica-se a formação de crostas serosas às vezes com
infecção secundária às vezes ocorre liquenificação (espessamento da pele).
Observação: prurido, juntamente com os demais achados clínicos, é um
bom indicador de Dermatite Alérgica de Contato (DAC).
Ainda segundo Brasil (2006b, p. 27), os agentes que causam as prin-
cipais dermatites de contato por irritantes são: Dermatite de contato por
irritantes devido a detergentes.
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Este tipo de substância é capaz de penetrar a pele e estimular o sistema
imunológico do indivíduo a produzir linfócitos T que liberam várias citocinas, pro-
vocando uma reação inflamatória. Após a exposição inicial, os primeiros sinto-
mas podem aparecer entre 5 e 21 dias.
Caso o trabalhador já tenha sensibilidade ao agente, os sintomas apare-
cem em até 3 dias da nova exposição.
Caso o trabalhador seja afastado do agente, poderá haver uma diminui-
ção no quadro ou até sua total cura, porém a hipersensibilidade latente perma-
nece e reexposições voltam a desencadeá-lo.
Segundo Brasil (2006b, p. 29), os agentes que causam as principais
dermatites alérgicas de contato são: Dermatite alérgica de contato de-
vido a metais. Dermatite alérgica de contato devido a adesivos.
Ulcerações
Úlcera crônica da pele não classificada em outra parte Se-
gundo Brasil (2006c), o contato da pele com ácidos ou álcalis fortes
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pode provocar ulceração da pele em curto prazo (forma aguda) ou em
longo prazo (forma crônica).
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Quando o agente causador da doença for o cromo, devem ser investi-
gados outros efeitos lesivos, como ulceração, perfuração de septo na-
sal, câncer de septo nasal e efeitos crônicos sobre o pulmão (BRASIL,
2006c)
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• Orientação sobre riscos específicos atinentes à atividade. Metodologia
segura de trabalho.
• Orientação sobre doenças gerais: tuberculose, aids, diabetes, hiperten-
são, estresse e outras.
• Males sociais: tabagismo, alcoolismo, drogas, medicamentos, ansiolíti-
cos psicotrópicos, outros.
• Normas de higiene e imunização.
Prevenção secundária
Conforme Brasil (2006c, p. 53), após observadas possíveis lesões que
estejam afetando o trabalhador, a prevenção ocorrerá por:
Prevenção terciária
Quando o trabalhador apresenta lesões em fase crônica ou se sentir
sensibilizado a algum agente presente no ambiente de trabalho, é fun-
damental a adoção de medidas terapêuticas adequadas, como: reti-
rada do ambiente de trabalho, testes epicutâneos a fim de se detectar
a presença de possíveis alérgenos etc. (BRASIL, 2006c).
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REFERÊNCIAS
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exposição aos agentes químicos ambientais. Revista Brasileira de Epidemiolo-
gia, São Paulo, v. 6, supl., p. 1-13, 2003. Disponível em: <http://www.scie-
losp.org/pdf/rbepid/v6n2/09.pdf>. Acesso em: 8 mar. 2016.
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PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO
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Acesso em: 29 jun. 2016.
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