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* Higiene

Ocupacional I
Riscos Biológicos e Físicos
Os primeiros estudos sobre a Higiene
Ocupacional oficialmente registrados são dos
séculos XII e XIII, quando em 1473 foi publicado um
panfleto sobre noções do que seriam as doenças
ocupacionais pela Editora Ulrich Ellenbog.
Este foi seguido em 1556 pelos escritos do sábio
alemão Georgius Agrícola, quem efetivamente
descreveu fatores de risco associados à indústria da
mineração em seu “De Re Metallica”, traduzido
para o inglês somente em 1912.

História
No século XVIII muitos problemas de Higiene
Ocupacional foram reconhecidos e relatados.
George Baker atribuiu a “Cólica de Devonshire” à
utilização de chumbo na indústria de vinho de
maçã (sidra) e colaborou na remoção do seu uso.
Percival Pott reconheceu a fuligem como uma
das causadoras do câncer escrotal, doença
comum entre os limpadores de chaminés na
Inglaterra em 1788.
No Brasil, século XX, os primeiros estudos
sobre Higiene Ocupacional foram feitos por
Oswaldo Cruz  com estudos e trabalhos voltados
às epidemias de “doenças infecciosas
relacionadas ao trabalho”. (malária e
ancilostomose, que incapacitaram e mataram
milhares de trabalhadores na construção de
ferrovias e a febre amarela nos portos).
* Durante o Governo Getúlio Vargas, e após a
reestruturação do Estado, é que ficou definida a
atuação do Ministério do Trabalho Indústria e
Comércio no campo da “Higiene e Segurança do
Trabalho”, retirando da Saúde Pública suas funções
anteriores neste campo. A partir da sua criação, o
Ministério do Trabalho exerceu influência na
formação de profissionais por meio da realização
de cursos de formação para médicos, engenheiros,
enfermeiros e técnicos de Segurança do Trabalho.
A Higiene Ocupacional é uma ciência que tem
como função reconhecer, dentro de determinado
ambiente de trabalho, os agentes que fornecem
riscos associados à exposição a perigos no local
de trabalho ou decorrentes dele, que podem
resultar em lesões, doenças, deficiências ou
afetar o bem-estar dos trabalhadores e membros
da comunidade.

Definição
Antecipação de riscos

Em um primeiro momento, é necessário que a equipe


qualificada faça uma análise do ambiente laboral. É nessa
fase que são avaliadas quais as possibilidades de risco aos
trabalhadores. Por meio dessa observação, é possível
notar se existem agentes que podem acarretar acidentes
de trabalho a determinadas atividades desenvolvidas
naquele local. Essa etapa é fundamental, pois por meio
dela será possível tomar medidas preventivas antes da
implementação ou modificação dos processos industriais.

Objetivos
Reconhecimento de riscos

É nessa fase que será feita uma avaliação qualitativa a respeito dos
agentes de risco. Nesse sentido, devem ser avaliados quais os tipos de
agentes existentes no ambiente. Perceber quais os agentes de risco,
sejam eles físicos, químicos, biológicos, ergonômicos, de acidentes e
até mesmo riscos Psicológicos , é crucial para poder estabelecer com
eficiência as medidas necessárias para conter cada um deles.
Além disso, é válido lembrar que nessa etapa não basta analisar
apenas o ambiente em que ocorrem as atividades, sendo importante
também levar em conta a rotina de trabalho, os processos realizados,
as instalações e também os equipamentos utilizados pelos
trabalhadores do local.
Avaliação do risco

Na avaliação quantitativa dos riscos, é necessário que


sejam levados em conta os limites de tolerância a riscos
previstos na Norma Regulamentadora Nº 15 (NR 15).
 Organizada pelo Ministério do Trabalho, esta norma
prevê quais os níveis aceitáveis para determinado agente
de risco. Por isso, é necessário que esses sejam
percebidos adequadamente para, caso excedam os limites
previstos, a empresa poder investir em meios para
controlar, amenizar e até mesmo neutralizar os riscos.
Controle de riscos

Após serem avaliadas as condições e possíveis


riscos presentes no ambiente de trabalho, seja em
termos quantitativos, quanto em termos qualitativos,
é necessário controlar esses riscos percebidos. A
última fase, longe de ser a menos importante,
consiste no estabelecimento de certas medidas e
ações preventivas que devem ser adotadas para,
como o nome sugere, controlar os riscos percebidos.
São considerados riscos biológicos: vírus, bactérias,
parasitas, protozoários, fungos e bacilos. Os riscos
biológicos ocorrem por meio de microorganismos que,
em contato com o homem, podem provocar inúmeras
doenças. Muitas atividades profissionais favorecem o
contato com tais riscos.

Riscos Biológicos
A ocorrência do evento danoso está ligado à :

1) Existência ou não de medidas preventivas “Níveis de


Biossegurança”.

2) Existência ou não de medidas preventivas que


garantam a execução dos procedimentos respeitadas as
normas de Biossegurança.
A necessidade de proteção contra o risco biológico é definida:

1) Pela fonte do material;

2) Pela natureza da operação;

3) Pela natureza do experimento a ser realizado ;

4) Pelas condições ambientais de sua realização.


* Avaliação dos riscos biológicos ;

* Localização das áreas de risco elevado segundo os


parâmetros;

* Vigilância médica dos trabalhadores expostos;

* Programa de vacinação.

Prevenção
São todos os riscos que precisam do ar como
meio de condução para se propagar,
diferentemente dos biológicos e químicos, que
dependem do contato direto do trabalhador, os
riscos físicos são por si só os agentes causadores
como, por exemplo, vibrações, ruídos,
temperatura, umidade, radiação e pressão.

Riscos Físicos
Vibração ou oscilação é qualquer movimento que se repete,
regular ou irregularmente dentro de um intervalo de tempo.
O corpo se comporta como um sistema mecânico (massa e
mola, por exemplo), assim todo o corpo possui uma
frequência natural de oscilação, porém pode sofrer ações de
forças externas, que podem aumentar a oscilação do sistema.
As consequências da vibração no corpo dependem de quatro
fatores: pontos de aplicação no corpo; frequência das
oscilações; aceleração das oscilações; e, duração da ação.

*Vibração
*Vibração e o corpo
Humano
Quando exposto às vibrações por um curto período, o
trabalhador pode apresentar vários males à saúde como:
dores musculares, dores abdominais, náuseas e até
mesmo aumento dos batimentos cardíacos por conta do
estresse geral. Pessoas que trabalham muito tempo nestes
ambientes, por sua vez, podem ter o sistema nervoso
danificado, além de problemas no coração, problemas na
coluna e até impotência do aparelho reprodutor. Algumas
pessoas passam a sofrer com a Doença de Raynaud, que
prejudica a irrigação de sangue nas mãos por conta da
obstrução de vasos e artérias, podendo até causar necrose
dos dedos.
• Furadeiras elétricas – Manuais;
• Motoserras;
• Lixadeiras;
• Furadeiras pneumáticas;
• Marteletes;
• Etc.

*Fontes
• Para evitar ou diminuir as conseqüências das
vibrações é recomendado o revezamento dos
trabalhadores expostos aos riscos (menor tempo
de exposição);
• Melhora no equipamento;
• Uso de EPI´s (Luvas anti-vibração)

*** O ideal é a associação de todas as medidas,


para um melhor trabalho preventivo.

*Prevenção
Ruídos são os riscos físicos mais comuns,
sendo oscilações provenientes de vibrações que
se dissipam no ar e dependendo da intensidade
podem prejudicar a audição dos colaboradores,
podendo ser contínuos, intermitentes e variáveis.
O Ruído Ocupacional é todo aquele barulho,
som ou poluição sonora que não é desejada e
acaba interferindo na produtividade do
trabalhador.

*Ruído
Dentre os problemas que pode causar, á
exposição ao ruído, está a perda da capacidade
auditiva; insônia; dores de cabeça; vertigens;
problemas digestivos; perda de apetite; estresse
emocional; e até mesmo a perda de libido (entre
outros). 
“Entende-se por “Limite de Tolerância”, a
concentração ou intensidade  máxima  ou
mínima, relacionada com a natureza e o tempo
de exposição ao agente, que não causará dano à
saúde do trabalhador, durante a sua vida
laboral.” (NR-15)

Limite de Tolerância
Limites de Tolerancia para
agentes contínuos e
intermitentes
O Ruído Ocupacional de Impacto é aquele reconhecido por apresentar picos
de energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo até intervalos
superiores a 1 (um) segundo.
Para atenuar este tipo de ruído, ele também deverá ser avaliado em decibéis
(dB), através de um medidor de nível de pressão sonora operando no circuito
linear e circuito de resposta para impacto. Essa leitura deverá ser feita bem
próxima ao ouvido do trabalhador, para que seja de fato eficiente.
Neste caso, o limite de tolerância aos ruídos de impacto será de 130 dB
(linear). Além disso, durante os intervalos entre os picos, o ruído deverá ser
avaliado como um ruído contínuo.
Se não houver um  medidor do nível de pressão sonora com circuito de
resposta para impacto no local, deverá ser necessário realizar a leitura
através do circuito de resposta rápida (FAST) e do circuito de compensação
“C”. Nestes casos, o limite de tolerância será de 120 dB(C).

Limite de Tolerância
para ruido de impacto
Segundo a NHO (Norma de Higiene Ocupacional)
1 da Fundacentro “Nível de Exposição (NE): nível
médio representativo da exposição ocupacional
diária”.
Como o NE representa a exposição do
trabalhador ao ruído em decibel (não apenas em
dose como apresentado no anexo 1 da NR 15), o
parâmetro acaba sendo muito utilizado no PPRA, é
utilizado também no LTCAT e no Laudo de
Insalubridade.

*NE (Nível de
exposição)
*Fórmula
16,61 = é uma constante da fórmula.
Log = é Logaritmo. É uma escala que você
encontra em calculadoras e em alguns modelos

Adaptada
de celular.
TE = que é o Tempo de Exposição do
trabalhador ao ruído. No nosso caso, usamos 8
horas (que corresponde a jornada diária de
trabalho). Deve ser dado em minutos, exemplo,
8 (horas) x 60 (minutos) = 480 (minutos).
D = o valor da dose de ruído. (C1/T1  + C2/T2 
+ C3/T3…+ Cn/Tn, onde C é o tempo e T é a
máxima exposição diária para esse tempo,
segundo tabela anexo 1 NR-15)
100 = é uma constante da fórmula. Equivale a
100% da dose.
85 = é um valor constante em  dB.
* Método ambiental qualitativo – destina-se apenas a detectar a presença do agente no
ambiente, com ou sem o uso de ferramentas de detecção.
* Método quantitativo ambiental – Tem como objetivo quantificar o fator no
ambiente utilizando instrumentos de medição.
* Monitoramento biológico – visa detectar os efeitos de fatores no corpo humano,
utilizando exames médicos e dados estatísticos.
* Para Ruído contínuo ou intermitente, o nível de pressão sonora deve ser determinado
por um medidor de nível sonoro ou um dosímetro. 
* Recomendo que seja utilizado  dosímetro de ruído(medidor integrado de uso pessoal)
para a determinação da dose de exposição ao ruído, pela maior precisão e
confiabilidade dos resultados. A utilização do medidor instantâneo não refletem a
realidade das intensidades do agente nas frentes de trabalho.
* Neste caso o limite de exposição ocupacional diário ao ruído contínuo ou intermitente
correspondente a dose diária igual 100%.
* O nível de ação para a exposição ocupacional ao ruído é de dose diária igual a 50%.

Avaliação e
Monitoramento
As medidas que deverão estar contemplada no Plano de Conservação
Auditiva(PCA) como ações de prevenção são:
* Ações que eliminam ou reduzem o uso ou a formação de agentes nocivos à saúde. 
Assim, podemos citar como as principais medidas: a Eliminação de ruídos com a
manutenção das máquinas e equipamentos; troca de maquinário outras mais
modernas e menos ruidosas; e Instalação de amortecedores acústicos em partes
ruidosas.
* Medidas que impedem a liberação ou disseminação desses agentes no ambiente
de trabalho. assim sendo, podemos citar como medida a remoção de obstáculos
que refletem o som,
* Ações que reduzem os níveis de intensidade do agente no ambiente de trabalho,
com a instalação de telas e revestimentos acústicos.
* Medidas de natureza administrativa ou de organização do trabalho. Podemos
citar como exemplo o Revezamento ou distanciamento dos postos de trabalho das
fontes ruidosa e a Restrição de acesso à área com este agente.
* Uso de 
equipamentos de proteção individual (EPIs) – Protetores auditivos individuais.

Plano de conservação
auditiva
No dicionário a definição para “calor” é:
“qualidade, estado ou condição do que é quente
ou está aquecido; temperatura (relativamente)
alta”.
Em relação à Segurança do Trabalho, então
veremos outros fatores que vão além da
definição do dicionário, como por exemplo o
anexo 3 da NR-15, que aborda a ligação entre
calor e insalubridade.

*Calor
Conforme vemos no anexo 3 da NR-15, a exposição ao calor deve ser
avaliada através do IBUTG (Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo).
Para calcular o IBUTG em ambientes internos ou ambientes externos SEM
CARGA SOLAR direta, é utilizada a fórmula IBUTG = 0,7tbn + o,3tg.
Em ambientes externos COM CARGA SOLAR direta, a fórmula aplicada é
IBUTG = 0,7tbn + 0,2tg + 0,1tbs.
Em ambas as fórmulas, tbn é a sigla para temperatura de bulbo úmido
natural, tg é a sigla para temperatura de globo e tbs é a sigla utilizada para
designar temperatura de bulbo seco.

Onde:
tbs = Temperatura indicada pelo termômetro comum;
tbn = Temperatura medida com um termômetro cujo bulbo úmido natural;
tg = Temperatura de termêtro globo.
IBTUG
O agente físico calor é um dos mais
complexos de ser trabalhado, pois pouco
podemos fazer para amenizar ou neutralizar os
efeitos causados pela sua exposição. Por isso a
medida mais comum de proteção ao trabalhador
é o período de descanso, apresentado pelo
quadro I do anexo 3 da NR-15:
Segundo a norma, os períodos de descanso devem ser
considerados, para todos os efeitos legais, como tempo de serviço
e devem ser realizados em ambientes termicamente mais amenos,
com o trabalhador em repouso ou exercendo atividades leves.
Nesse sentido a própria NR-15 estipula o que são as chamadas
atividades “leves”, “moderadas” e “pesadas”, como podemos ver
no quadro 3 do anexo 3:
* Desidratação;

* Cãibras;

* Fadiga física;
*
Problemas cardiocirculatórios;

* Estresse

Diante desses aspectos é sempre importante manter próximo ao local de


trabalho pontos de água potável e em casos mais extremos onde a atividade
desenvolvida é considerada pesada e o ambiente de trabalho tem um IBUTG
elevado, pode-se também oferecer a reposição eletrolítica

Consequencias
* EPI : Óculos de segurança com lentes especiais para retenção da radiação;
Vestimenta térmica que envolva todo o corpo; Luvas térmicas; Máscara de segurança
facial; Capuz; Respiradores com filtros específicos;Botas de couro; Protetor solar.

* Redução das taxas de metabolismo: viabilizando formas de minimizar os esforços


realizados pelo trabalhador, automatizando parte do processo (como fazer uso de
ponte rolante, esteiras ou outras formas de reduzir o esforço físico do trabalhador).

* Movimentação do ar no ambiente: adoção de aparelhos de ar condicionado sempre


que possível, além de climatizadores, ventiladores, abertura de janelas, exaustores
e todo tipo de medida que possibilite resfriar o ambiente laboral.Utilização de
barreiras que minimizem a incidência do calor radiante, como barreiras de reflexão
ou absorção, evitando/minimizando a chegada do calor ao trabalhador.

Medidas de Controle
Qualquer pessoa que trabalhe em um ambiente frio pode
estar em risco de estresse por frio. O trabalho em ambientes
extremamente frios pode causar mais que apenas desconforto
térmico, mas também pode contribuir para doenças
ocupacionais e acidentes.

*Frio
A exposição ambiental de colaboradores ao frio ocorre em muitos
tipos de indústrias, destacando-se as atividades realizadas em:
* Câmaras frigoríficas;
* Câmaras de resfriados;
* Câmaras climatizadas; 
* Ambientes climatizados; 
* Caminhão frigorífico.

Não podemos nos esquecer da exposição ao risco nos ambientes


naturalmente frios, como nos segmentos agro, construção civil,
exploração de petróleo, pesca, vigilância, portuário, dentre outros.

Exposição
* Urticáriaou alergia ao frio : caracteriza-se pelo aparecimento de coceiras na pele,
sensação de dor e queimação, áreas avermelhadas, inchaço nos dedos, feridas e
descamação da pele. Ocorre após o contato com água gelada, objetos gelados ou a
exposição ao ar frio já é suficiente para desencadear os primeiros sintomas, em pessoas
mais sensíveis;  

* Frosbite:congelamento da pele formando cristais de gelo na derme e epiderme. A pele


fica adormecida e pálida, podendo causar lesões como queimaduras. Pode ocorrer ainda a
morte do tecido congelado e, consequentemente, a perda do membro afetado;

* Queimaduras: As áreas afetadas geralmente ficam avermelhadas e dormentes e o


tratamento é feito por reaquecimento destas áreas;

* Hipotermia: De todas as condições acima causadas pelo frio, esta certamente é a mais
grave. Ocorre após um longo período de exposição a temperaturas extremamente baixas
sem a proteção adequada. A hipotermia acontece quando o corpo dissipa mais calor do
que produz. Nessas situações, a temperatura corporal costuma ficar entre 34ºC e 35ºC. 

Danos a Saúde
Os principais meios de prevenção contra o frio são:

* Uso de EPI’s como luvas, toucas e aventais que


mantém a temperatura do corpo;

* Intervalos durante a jornada de trabalho;

* Monitoramento da temperatura do ambiente.

Prevenção
A umidade é um agente caracterizado pelo
excesso de água no ambiente laboral, em
forma líquida ou vapor. São áreas alagadas,
encharcadas ou com umidades excessivas.

*Umidade
A exposição do trabalhador à umidade pode acarretar
doenças do aparelho respiratório, quedas, doenças de
pele, doenças circulatórias, entre outras.
Para o controle da exposição do trabalhador à umidade
podem ser tomadas medidas de proteção coletiva
(como o estudo de modificações no processo do
trabalho, colocação de estrados de madeira, ralos para
escoamento) e medidas de proteção individual (como o
fornecimento do EPI - luvas de borracha, botas, avental
para trabalhadores em galvanoplastia, cozinha,
limpeza etc).

Exposição e Controle
São formas de energia que se transmitem por ondas
eletromagnéticas. A absorção das radiações pelo
organismo é responsável pelo aparecimento de diversas
lesões. Podem ser classificadas em dois grupos: Ioniozante
e Não Ionizante.

*Radiação
Radiação ionizante é a radiação que possui energia
 suficiente para ionizar átomos e moléculas, ou seja, é capaz
de arrancar um elétron de um átomo ou molécula. A radiação
ionizante pode ser classificada como diretamente ionizante,
quando composta por partículas carregadas, como elétrons, 
pósitrons, prótons, alfas e indiretamente ionizantes quando
compostas por partículas sem carga elétrica, como fótons (
raios X e raios gama) e nêutrons. No caso dos nêutrons, a
ionização é produzida pela partícula carregada que se origina
da interação deste com a matéria.

*Radiação Ionizante
Os operadores de raios-X e radioterapia estão
freqüentemente expostos a esse tipo de radiação, que pode
afetar o organismo ou se manifestar nos descendentes das
pessoas expostas.

Exposição
Os efeitos biológicos da radiação podem ser classificados quanto ao
mecanismo de ação:

* Mecanismo direto: ocorre quando a radiação age sobre uma biomolécula


 importante como o ADN (em inglês DNA), principal constituinte dos 
cromossomos do núcleo da célula. A radiação pode danificar a molécula de
ADN e isso pode levar a aberrações cromossômicas;
* Mecanismo indireto: ocorre quando a radiação age na molécula da água, que
compõe cerca de 70% das células. A molécula da água é quebrada (radiólise)
e formam-se radicais livres como a hidroxila (OH) e produtos oxidantes como
o peróxido de hidrogênio (água oxigenada). Estes produtos são muito reativos
e atacam moléculas importantes para o funcionamento celular como o ADN

Efeitos
É importante salientar que os organismos vivos possuem mecanismos de 
reparo do ADN, porém se o número de danos for muito alto ou se houver alguma
falha no reparo, danos irreversíveis podem surgir. Os efeitos biológicos podem
ainda ser classificados quanto a sua natureza:

* Reações teciduais: (também conhecidos como efeitos não estocásticos ou


determinísticos), ocorrem quando uma alta dose de radiação causa a morte
celular de um número muito grande de células de um determinado tecido ou
órgão a ponto do mesmo ficar com seu funcionamento prejudicado.

* Efeitosestocásticos: são alterações que surgem nas células normais, sendo os


principais o efeito cancerígeno e o efeito hereditário. O primeiro ocorre em 
células somáticas, ou seja o câncer ocorre na pessoa que recebeu a radiação, e
o último em células germinativas, portanto pode ter seu efeito passado para os
descendentes de quem foi irradiado. Os efeitos estocásticos são probabilísticos,
portanto não aparecem em todas as pessoas irradiadas. Diferentemente das
reações teciduais (descrito acima), os efeitos estocásticos podem ser causados
por qualquer dose de radiação, alta ou baixa.
Radiações não ionizantes são as radiações cuja
energia é insuficiente para ionizar átomos ou moléculas.
Radiação infravermelha, proveniente de operação em
fornos , ou de solda oxiacetilênica, radiação ultravioleta
como a gerada por operações em solda elétrica, ou ainda
raios laser, microondas, etc.

Radiação não Ionizante


* Perturbações visuais (conjuntivites, cataratas);

* Queimaduras

* Lesões na pele, etc.

Efeitos
* Medidas de proteção coletiva: isolamento da fonte de radiação (ex:
biombo protetor para operação em solda), enclausuramento da fonte
de radiação (ex: pisos e paredes revestidas de chumbo em salas de
raio-x);

* Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI adequado ao


risco (ex: avental, luva, perneira e mangote de raspa para soldador ,
óculos para operadores de forno);

* Medida administrativa: (ex: dosímetro de bolso para técnicos de raio-


x);

* Medida médica: exames periódicos.

Controle
São chamados de pressões anormais aqueles ambientes com a pressão acima ou abaixo
do normal. Entende-se por pressão normal a pressão atmosférica a que normalmente
estão expostos os trabalhadores fora do ambiente de trabalho.

Existem dois tipos de pressões anormais causadas pela variação da pressão


atmosférica:

* Pressões hiperbáricas: quando o homem está sujeito a pressões maiores que a pressão
atmosférica, como por exemplo, em mergulhos e o uso do ar comprimido, enfim,
quanto mais fundo;

* Pressões hipobáricas: quando o homem está sujeito a pressões menores que a pressão
atmosférica, como por exemplo, topo de algum arranha-céu, pilotos e comissários de
bordo, enfim, quanto mais alto.

*Pressões Anormais
Pressão Hiperbárica:

* LESÃO DE TECIDO PULMONAR OU PNEUMOTÓRAX


* EMBOLIA ARTERIAL GASOSA
* BAROTRAUMA DE OUVIDO
* BAROTRAUMA SINUSAL
* BAROTRAUMA DENTAL
* BAROTRAUMA FACIAL
* DOENÇA DESCOMPRESSIVA (DD)
* DORES EM ARTICULAÇÕES (BENDS)
* DD NEUROLÓGICA

Consequencias
* Pressão Hipobárica: pode causar desde dificuldade
para respirar e fraqueza a paralisias, formigamentos
e morte;

Consequencias
Pressão Hiperbárica

Paradas: O ato de fazer paradas durante a subida é


fundamental para permitir que o nitrogênio seja
eliminado sem risco de causar formação de bolhas.
Essas paradas recebem o nome de descompressão. Outra
forma de prevenção fazendo uso da descompressão é
fazer uso da Câmara Hiperbárica (CH).

Prevenção
Pressão Hipobárica

* Ingestão de Muita água;

* Uso de Bombas de Oxigênio.

Prevenção

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