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TRABALHO DE HST

Higiene e Condições Ambientais no Posto de Trabalho

Formador

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Nampula, Novembro de 2020


Índice

Introdução ............................................................................................................................... 3

Higiene e condições ambientais do posto de trabalho ............................................................ 4

O inimigo invisível ................................................................................................................. 4

Os riscos que rodeiam o posto de trabalho ............................................................................. 4

Riscos físicos .......................................................................................................................... 5

Ruído ................................................................................................................................... 5

Vibrações............................................................................................................................. 6

Amplitudes térmicas ............................................................................................................ 6

Stress térmico ...................................................................................................................... 7

Riscos químicos ...................................................................................................................... 8

Agentes de risco químico ........................................................................................................ 8

Efeitos dos poluentes químicos ............................................................................................... 9

Poluentes sólidos..................................................................................................................... 9

Conclusão .............................................................................................................................. 10

Bibliografia ........................................................................................................................... 11

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Introdução

O presente trabalho da cadeira de Higiene e Segurança no trabalho tem como tema Higiene e
condições ambientais no posto de trabalho. O trabalho tem como objectivo geral saber sob
que condições ambientais encontramo-nos no posto de trabalho e objectivos específicos:
conceituar os termos higiene, condições ambientais e posto de trabalho; identificar o inimigo
invisível; e descrever os riscos que rodeiam o posto de trabalho.

A metodologia usada para a elaboração do presente trabalho foi a pesquisa e consulta das
obras bibliográficas que encontram-se listadas na bibliografia.

O trabalho está estruturado da seguinte maneira: capa, índice, introdução, desenvolvimento,


conclusão e bibliografia.

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Higiene e condições ambientais do posto de trabalho

Higiene do trabalho é realizada por meio de avaliação e estudo do controle do homem e do


seu ambiente e condições de trabalho, tem como objectivo combater, as doenças profissionais,
identificando os factores que podem afectar o ambiente de trabalho e o trabalhador, propondo-
se eliminar ou reduzir os riscos profissionais.

O conjunto de elementos que temos à nossa volta, tais como as edificações, os equipamentos,
os móveis, as condições de temperatura, de pressão, a humidade do ar, a iluminação, a
organização, a limpeza e as próprias pessoas, fazem parte das condições de trabalho e
constituem assim o que se designa por condições ambientais.

O posto de trabalho é considerado como o espaço que o trabalhador ocupa quando


desempenha uma tarefa, seja durante a totalidade do período laboral, seja através da utilização
de vários locais. (FREITAS, 2011).

O inimigo invisível

Situações que colocam em risco a segurança e a saúde física do trabalhador, que podem
passar despercebidos. Estes riscos são considerados como inimigos invisíveis, pois não são
captados pelos órgãos dos sentidos (audição, visão, olfacto, paladar e tacto), fazendo com que
o trabalhador não se sinta ameaçado. Inconsciente do perigo, a tendência é ele não dar
importância à prevenção.

As experiências e os estudos médicos demonstram que muitas pessoas adquiriram doenças


pulmonares depois de trabalhar anos, sem nenhuma protecção, com algum tipo de produto
químico ou produtos minerais. Este tipo de doença progride lentamente, tornando difícil seu
diagnóstico inicial, acabando a doença por se manifestar muito mais tarde e muitas vezes sem
recuperação. (ZOCCHIO, 2001).

Os riscos que rodeiam o posto de trabalho

Segundo ZOCCHIO (1998) Um risco profissional é qualquer situação de perigo que esteja
associado a uma actividade profissional, podendo atingir a saúde do trabalhador.

Os principais tipos de risco ambiental que afectam os trabalhadores de um modo geral, estão
separados em:

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 Riscos físicos;
 Riscos químicos;
 Riscos Biológicos;
 Riscos Ergonómicos.

Riscos físicos

Os riscos físicos são todos aqueles oferecidos no ambiente de trabalho por meio de
equipamentos, instrumentos ou condições que estão fora dos parâmetros correctos, sendo
assim, podem representar uma série de perigos ao trabalhador que está exposto a esse
ambiente. os principais riscos físicos mais comuns encontrados são: ruídos, vibrações,
amplitudes térmicas, stress térmico, etc. (ZOCCHIO,1998).

Ruído

Os especialistas no assunto definem o ruído como todo som que causa sensação desagradável
ao homem.

Exemplo de máquinas e ferramentas ruidosas:

 Serras circulares;
 Rebarbadoras portáteis;
 Martelos pneumáticos;
 Motosserras.

Efeitos do ruído no ser humano:

 Diminuição da circulação do sangue, que leva a tensões nervosas, que implicam


dificuldade em dormir (insónia);
 Lesões nos órgãos da audição;
 Abafamento sonoro;
 Irritação ou aborrecimento;
 Aumento de fadiga no trabalho;
 Doenças do sistema nervoso;
 Perdas de audição;
 Agravamento das condições de risco.

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Vibrações

As vibrações caracterizam-se pela sua amplitude e frequência. Apresentam geralmente baixas


frequências e conduzem-se por materiais sólidos. Os efeitos no homem das forças vibratórias
podem ser resumidos nos seguintes casos:

Exemplos práticos:

 Automóvel que passa lomba no asfalto; Alta Amplitude; Baixa Frequência;


 Automóvel em piso de paralelo; Baixa Amplitude; Alta Frequência;
 Barco à deriva; Alta Amplitude; Baixa Frequência;
 Barco a motor; Baixa Amplitude; Alta Frequência.

Os efeitos prejudiciais causados pelas vibrações, englobam cinco categorias de lesões:

 Lesão neurológica: afecta o sentido do tacto;


 Aspecto vascular: afecta a circulação do sangue nos dedos;
 Lesão neuro-vascular: afecta a força muscular;
 Elasticidade muscular: afecta a capacidade de abrir ou fechar completamente os dedos
e as mãos;
 Lesão ósseo-articular: afecta a qualidade dos ossos, provoca dores que bloqueiam os
movimentos da mão.

Amplitudes térmicas

Frio ou calor em excesso, ou a brusca mudança de um ambiente quente para um ambiente frio
ou vice-versa, também são prejudiciais à saúde.

Nos ambientes onde há a necessidade do uso de fornos, maçaricos etc., ou pelo tipo de
material utilizado e características das construções (insuficiência de janelas, portas ou outras
aberturas necessárias a uma boa ventilação), toda essa combinação pode gerar alta
temperatura prejudicial à saúde do trabalhador.

A sensação de calor que sentimos é proveniente da temperatura resultante, existente no local e


do esforço físico que fazemos para executar um trabalho.

A temperatura resultante é função dos seguintes factores:

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 Humidade relativa do ar;
 Velocidade e temperatura do ar;
 Calor radiante (produzido por fontes de calor do ambiente, como fornos e maçaricos.

Os ambientes térmicos podem ser classificados como:

 Quentes (Fundições, Cerâmicas, Padarias),


 Frios (armazéns frigoríficos, actividades piscatórias)
 Neutros (escritórios).

Logicamente que as situações mais preocupantes ocorrem em ambientes térmicos frios e


quentes ou sobretudo quando as duas possibilidades existem na mesma empresa ou no mesmo
posto de trabalho.

Stress térmico

Em geral está relacionado com o desconforto do trabalhador em condições de trabalho em que


a temperatura ambiente é muito elevada, podendo-se conjugar uma humidade baixa e uma
circulação de ar deficiente. Os sintomas de exposição a ambientes térmicos hostis podem ser
descritos por:

Ambiente térmico quente:

 Redução da capacidade muscular;


 Temperatura interna aumenta ligeiramente;
 Desidratação;
 Mal-estar generalizado;
 Tonturas e desmaios;
 Esgotamento e morte.

Ambientes térmicos frios:

 Frieiras, localizadas nos dedos das mãos e dos pés;


 Alteração circulatória do sangue leva a que as extremidades do corpo humano
adquiram uma coloração vermelho-azulada;
 Pé-das Trincheiras, surge em situações de grande humidade, os pés ficam
extremamente frios e com cor violácea;

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 Enregelamento, é a congelação de tecidos devido a exposição a temperaturas muito
baixas ou por contacto com superfícies muito frias.

As medidas a tomar para minimizar os efeitos do Stress Térmico podem passar por:

 Em primeiro lugar uma correcta dieta alimentar de modo a fortalecer o organismo;


 Ingerir bastante água à temperatura ambiente. Não beber álcool;
 Evitar alimentação rica em gorduras visto que estas retêm os líquidos no organismo,
moderar o consumo de cafeína;
 Em situações de elevadas temperaturas, a água a ingerir deve conter uma pequena
porção de sal de modo a compensar as perdas devido á transpiração;
 Devem ser tomadas a nível de medidas de ventilação;
 Implementar turnos com menor carga horária em situações onde ocorre exposição a
ambientes hostis;
 Contra o Calor Radiante - O uso de viseiras é essencial, pois a radiação emitida por
materiais em fusão levam ao surgimento de cataratas a nível ocular.

Riscos químicos

Segundo ZOCCHIO (2001) o risco químico é o perigo a que determinado indivíduo está
exposto ao manipular produtos químicos que podem causar-lhe danos físicos ou prejudicar-
lhe a saúde.

Os danos físicos relacionados à exposição química incluem, desde irritação na pele e olhos,
passando por queimaduras leves, indo até aqueles de maior severidade, causado por incêndio
ou explosão. Essas substâncias podem apresentar se nos estados sólido, líquido e gasoso. No
estado sólido, temos poeiras de origem animal, mineral e vegetal, como a poeira mineral de
sílica encontrada nas areias para moldes de fundição. No estado gasoso, como exemplo, temos
o GLP (gás liquefeito de petróleo), usado como combustível, ou gases libertados nas queimas
ou nos processos de transformação das matérias-primas. Quanto aos agentes líquidos, eles
apresentam-se sob a forma de solventes, tintas, vernizes ou esmaltes.

Agentes de risco químico

Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos que possam


penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos

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gases, neblinas, névoas ou vapores, ou que seja, pela natureza da actividade, de exposição,
possam ter contacto ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.

Assim, os graus de Intoxicação com produtos Químicos podem ser classificadas em:

 Intoxicação aguda, corresponde a uma absorção rápida num curto período de tempo
(geralmente ocorrem em situações de acidente).
 Intoxicação crónica, absorção de pequenas doses em certos períodos de tempo
(ocorrem no local de trabalho, num turno ou em parte dele).

Efeitos dos poluentes químicos

 Sensibilizantes: produtos que levam a reacções alérgicas. Manifestam-se por afecções


da pele ou respiratórias (Isocianatos usados por exemplo no fabrico de espumas);
 Irritantes: produtos que levam a inflamações no tecido onde actuam. Também nesta
situação os produtos inaláveis são os que levantam mais preocupação. (ácido
clorídrico, óxidos de azoto);
 Anestésicos ou narcóticos: produtos que actuam sobre o sistema nervoso central, tais
como os solventes usados na indústria das colas ou tintas, (toluol, acetato butilo,
hexano, etc.);
 Asfixiantes: produtos que dificultam o transporte de oxigénio a nível sanguíneo.
(Monóxido de Carbono);
 Cancerígenos: substâncias que podem provocar o cancro;
 Corrosivas: substâncias que actuam quimicamente sobre os tecidos quando em
contacto com estes;
 Pneumoconiótica: apresentam-se sob a forma de poeiras ou fumo. São exemplo
destas substâncias a sílica livre cristalina comum em minas ( provoca a silicose a nível
pulmonar).

Poluentes sólidos

 Poeiras - Partículas esferoidais de pequeno tamanho que se encontram em suspensão


no ar. As mais perigosas são as de quartzo, (originam a silicose);
 Fibras - Partículas não esféricas, geralmente o seu comprimento excede em 3 vezes o
seu diâmetro;
 Fumos - partículas esféricas em suspensão, geralmente têm origem em combustões.
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Conclusão

Chegado ao termino do presente trabalho conclui-se que fazem parte das condições
ambientais o conjunto de elementos que temos à nossa volta, tais como as edificações, os
equipamentos, os móveis, as condições de temperatura, de pressão, a humidade do ar, a
iluminação, a organização, a limpeza e as próprias pessoas. E que situações que colocam em
risco a segurança e a saúde física do trabalhador, que podem passar despercebidos estes
podem ser considerados como inimigos invisíveis, pois fazem com que o trabalhador não se
sinta ameaçado. Inconsciente do perigo, tende a não dar importância a sua prevenção. Os
principais tipos de risco ambiental que afectam os trabalhadores de um modo geral, são os
riscos físicos; riscos químicos; riscos Biológicos; e riscos Ergonómicos. Os principais riscos
físicos mais comuns encontrados são: ruídos, vibrações, amplitudes térmicas e stress térmico.
Já os agentes de risco químico constituem substâncias, compostos ou produtos que possam
penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, ocular, película e ingestão. Nestas
situações os efeitos dos poluentes químicos que se dão agem como sensibilizantes exemplo
isocianatos usados no fabrico de espumas; irritantes como o ácido clorídrico e óxidos de
azoto; anestésicos ou narcóticos como o acetato butilo e hexano; asfixiantes como monóxido
de Carbono; cancerígenos; corrosivas e pneumoconiótica como a sílica livre cristalina comum
em minas.

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Bibliografia

FREITAS, Luís Conceição, 2011 – Manual de Segurança e Saúde do Trabalho. Lisboa,


Edições Sílabo Lda, 2011

ZOCCHIO, Álvaro. Segurança e Saúde no Trabalho. São Paulo: LTR Editora, 2001.

ZOCCHIO, Tuffi Messias...[et al.]. Higiene do trabalho e programa de riscos ambientais. São
Paulo. 1998.

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