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Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Gestão de Recursos Florestais e Faunísticos

Licenciatura em Gestão de Recursos Florestais e Faunísticos ,3oano.

Cadeira: Exploração e processamento florestal

Trabalho em Grupo

Tema: Ergonomia Aplicada ao Trabalho

Discentes:

Flávio Mateus Kanyinji

Jacqueline Duarte Miguel

Jasmin José Achida

Josué de João Chapotera Hale

Justino Rodolfo Justino

Herculano Da Z. Viegas

Docente:

Américo Fiel Meleco

Lichinga, Março 2024


Introdução
O presente trabalho que tem como tema ergonomia aplicada ao trabalho, diz que A palavra
Ergonomia vem do grego, onde ergus significa trabalho e nomos significa leis. Portanto, “
Ergonomia pode ser definida como o conjunto de leis que regem o trabalho” (Barros 1996, p. 6).

A primeira definição de Ergonomia foi feita em 1857 por um Cientista polonês, Wojciech
Jastrzebowski, onde estabelecia que a Ergonomia como uma 22 ciência do trabalho requer que
entendamos a atividade humana em termos de esforço, pensamento, relacionamento e dedicação.
(Vidal, 2002, p. 29).

Objetivo geral

Descrever a ergonomia aplicada ao trabalho.

Objetivos específicos

Contextualizar a ergonomia;

Identificar e aplicar as formas de controlo de risco no local de trabalho;

Compreender a importância de uma abordagem ergonômica no trabalho.

Metodologia

Para a realização do trabalho usamos fontes eletrônicas (PDFs e manuais), e também fizemos
consultas a biblioteca física da UCM.
Ergonomia

A primeira definição de Ergonomia foi feita em 1857 por um Cientista polonês, Wojciech
Jastrzebowski, onde estabelecia que a Ergonomia como uma 22 ciência do trabalho requer que
entendamos a atividade humana em termos de esforço, pensamento, relacionamento e dedicação.
(Vidal, 2002, p. 29)

A palavra Ergonomia vem do grego, onde ergus significa trabalho e nomos significa leis. Portanto,
“ Ergonomia pode ser definida como o conjunto de leis que regem o trabalho” (Barros 1996, p. 6).

Já para a inglesa Ergonomics Research Society, Ergonomia é o estudo do relacionamento entre o


homem e o seu trabalho, equipamento e ambiente, particularmente, a aplicação dos conhecimentos
de anatomia, fisiologia e psicologia, na solução dos problemas surgidos desses relacionamentos.
(Barros, 1996, p. 7)

A Ergonomia faz um estudo bastante amplo, abrangendo não apenas as máquinas e equipamentos
utilizados, mas também toda a situação em que ocorre relacionamento entre o homem e o seu posto
de trabalho.

O conceito de ergonomia é derivado das palavras gregas ergon (trabalho) e nomos (lei ou regra).
“Pode-se dizer que a ergonomia se aplica ao projeto de máquinas, equipamentos, sistemas e tarefas,
com o objetivo de melhorar a segurança, saúde, conforto e eficiência no trabalho” (Pires, 2001, p.
17).

“Ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e seu trabalho, equipamentos e ambiente,


e particularmente, a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução
dos problemas surgidos desse relacionamento” (Iida, 2005, p. 54).

Factores de risco inerente ao Trabalhador

Os riscos ergonômicos no ambiente de trabalho são responsáveis pela maior parte das doenças
ocupacionais. Muitas vezes, o colaborador permanece horas sentado realizando as mesmas
atividades. Essa monotonia, somada ao sedentarismo e à alimentação desregrada tão comuns hoje
em dia, comprometem o bem-estar físico e mental do funcionário (Iida, 2005)
Quando a saúde do colaborador começa a falhar, ele se sente desmotivado e precisa se afastar do
ambiente corporativo para buscar tratamento. Assim, oferecer um ambiente de trabalho adequado,
com menos risco ergonômico, é essencial para garantir a produtividade da empresa.

1. Postura inadequada

A dor nas costas é a razão pela qual a maior parte dos colaboradores precisa se afastar do trabalho.
Ela aparece quando adotamos posturas inadequadas e é mais comum em atividades que exigem
que o funcionário passe muito tempo sentado.

A má postura pode, ainda, causar enfraquecimento e lesões em outras áreas do corpo, como ombros
e pulsos. Com isso, o colaborador fica mais propenso a desenvolver um quadro de DORT
(Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho).

2. Repetição de movimentos

Realizar sempre os mesmos movimentos, tais como trabalhar no computador ou operar máquinas,
pode desencadear um caso especial de tendinite, conhecido como LER (Lesão por Esforço
Repetitivo). Essa enfermidade causa dores e limita a movimentação da região afetada.

3. Iluminação deficiente

A iluminação inadequada reduz a segurança no ambiente de trabalho. O colaborador fica mais


sujeito a sofrer acidentes por não conseguir enxergar apropriadamente o que acontece ao seu redor.
Além disso, a baixa luminosidade causa fadiga visual, deixando os olhos vermelhos, doloridos e
lacrimejantes.

4. Ritmo acelerado de trabalho

O excesso de tarefas e cobranças causam estresse físico e psicológico. Com isso, a saúde se torna
mais frágil e o colaborador fica mais suscetível a diversos distúrbios. Entre eles, podemos destacar
a hipertensão arterial, o transtorno de ansiedade, a depressão e as doenças do trato gastrointestinal,
como úlceras e gastrite.
5. Monotonia de atividades

Fazer todos os dias a mesma coisa, sem novos desafios, é desestimulante. O colaborador, mesmo
presente na empresa, não se sente motivado a realizar a tarefa. A falta de interesse compromete a
saúde mental e favorece o desenvolvimento de distúrbios de ansiedade e depressão.

6. Grandes jornadas de trabalho

O esforço físico ou mental exagerada causa fadiga e estresse. O esgotamento profissional —


ou burnout — é um quadro cada vez mais comum em um ambiente de trabalho onde as cobranças
são excessivas. Ele corresponde ao colapso físico e mental e exige atenção médica imediata.

7. Levantamento de cargas pesadas

Levantar ou transportar cargas pesadas é um risco para o colaborador, que fica mais sujeito a
desenvolver lesões, principalmente na coluna, nos ombros e nos braços. Por isso, o trabalhador
nunca deve carregar pesos além da sua capacidade.

Todos os riscos ergonômicos no ambiente de trabalho que foram aqui mencionados podem ser
evitados. Para isso, é importante que a empresa passe por uma análise ergonômica e corrija o que
for necessário para garantir o conforto e a segurança de sua equipe.
Os benefícios da ergonomia para a saúde profissional

Tendo o entendimento de quais são os riscos ergonômicos em um espaço laboral,


você já deve ter se conscientizado sobre a importância da adoção de programas
preventivos.

Redução do sedentarismo dos colaboradores

Muitas pessoas dizem que não praticam atividades físicas por falta de tempo. Assim
sendo, se as atividades puderem ser feitas na empresa, haverá redução do sedentarismo dos
colaboradores.
Pequenas pausas durante a jornada de trabalho para fazer alongamentos e exercícios
breves combatem o sedentarismo e diminuem as chances de várias doenças se
desenvolverem.

Minimização de ausências e afastamentos.

Com funcionários saudáveis, a empresa terá menos registros de ausências no


trabalho por conta de doenças. Isso vale tanto para os males físicos, quanto para os mentais.

Aumento da produtividade.

Com a saúde em dia, os colaboradores se sentirão mais produtivos e terão mais


disposição para desenvolver as tarefas do seu dia a dia profissional.

Valorização dos colaboradores

Quando as empresas investem em saúde ocupacional, demonstra aos seus


colaboradores que se preocupa com eles. Dessa forma, os profissionais se sentirão mais
valorizados e felizes em seu local de trabalho (Vidal,2002).

Factores de risco ligados a tarefa

Riscos de acidentes: Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação


vulnerável e possa afetar sua integridade, e seu bem-estar físico e psíquico. São exemplos
de risco de acidente: as máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio
e explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento inadequado, etc.

Riscos físicos: Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de


energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, calor, frio, pressão,
umidade, radiações ionizantes e não-ionizantes, vibração, etc.

Riscos químicos: Consideram-se agentes de risco químico as substâncias,


compostos ou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via
respiratória, nas formas de poeiras, fumos gases, neblinas, névoas ou vapores, ou que seja,
pela natureza da atividade, de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo
organismo através da pele ou por ingestão.

Riscos biológicos: Consideram-se como agentes de risco biológico as bactérias,


vírus, fungos, parasitos, entre outros (Vidal,2002).

Factores de risco inerentes ao ambiente de trabalho


Clima do local de trabalho
Segundo Machado (2014) refere que:
Um dos factores responsáveis pela atenção no trabalho são as condições de clima
desfavoráveis, como excesso de calor ou frio, o calor causa desconforto no trabalho e o seu
excesso pode aumentar o risco de acidentes e provocar danos consideráveis a saúde.
Durante os meses de verão, a superposição da carga do trabalho físico e as condições
climáticas desfavoráveis podem gerar sinais nítidos de sobrecarga térmica do trabalhador
de colheita florestal. Sobrecarga térmica é a situação em que o organismo está ganhando
determinada quantidade de calor, devido ao metabolismo ou as condições ambientais
desfavoráveis, tendo de utilizar a sudorese para perder calor (p.342).
Ruído no local de trabalho
Segundo Machado (2014): E definido como som que provoca sensação de desconforto ou som não
desejável. Os efeitos do ruído no organismo humano são:

Perda de audição temporária ou permanente: E aquela que pode desaparecer


com o descanso diário. A permanente depende de vários factores, como frequência,
intensidade e tempo de duração da exposição, não sendo descanso diário suficiente para
recuperação.
Há neste caso, um efeito acumulativo, podendo a surdez temporária transformar-se em
permanente, de caractere irreversível,

Efeitos fisiológicos e psicológicos: Podem resultar em prejuízo para o estado de


alerta das pessoas, perturbação do sono e surgimento de tensão de natureza psíquica,

Interferência na conversação: Resulta de ruídos intensos que dificultam a


comunicação verbal,

Decréscimo da produção: Ocorre em razão de ruídos intensos que prejudicam as


tarefas que exigem concentração mental atenção, velocidade e precisão dos movimentos.
Iluminação no local de trabalho
A iluminação inadequada no local de trabalho pode contribuir para o aumento de fadiga visual,
incidência de erro e taxa de acidentes e para uma negativa influencia psicológica sobre as pessoas.
Esse fator causa desconforto, aumentado o risco de acidentes e podendo causar danos considerados
a saúde.

Visibilidade no local de trabalho


O operador de máquina de colheita florestal deve ter uma visão clara da área operacional sem
necessidade de adotar, frequentemente posturas incorretas de trabalho.

Controlo dos factores risco

Fatores de Proteção

Segundo Pires (2001), com a análise estatística empregada, obtivemos os seguintes fatores de
proteção:

1. Realização de pausas durante o serviço

Um dos eixos em que a ergonomia torna-se aliada da saúde do trabalhador está no fato de
considerar que o trabalho deve se ajustar ao trabalhador, não o contrário.
Isto é possível mediante modificações no sentido de eliminar esforço excessivo e posturas
incômodas, e reduzir movimentos repetitivos. Um excelente exemplo disto, e ratificado neste
estudo, é proporcionar pausas de descanso para aliviar grupos músculo tendinosos fatigados. O
tempo necessário também não deverá ser predeterminado, dependendo exclusivamente do esforço
global de trabalho e da duração do ciclo/jornada de trabalho.

2. Disponibilidade de EPI

A disponibilidade de EPI é um dado importante no que se refere à prevenção de acidentes. Os EPIs


devem estar disponíveis no local onde são necessários, e o treinamento especial para seu uso deve
ser ministrado principalmente para os profissionais de apoio.

Além disso, ao selecionar o equipamento de proteção individual (EPI) deve-se prestar atenção aos
agentes de estresse. O EPI deve existir em diversos tamanhos, deve satisfazer as características
físicas dos trabalhadores e do trabalho e, mais importante, não deve contribuir para posturas
extremas e esforço excessivo.

3. Utilização de EPI

O clima institucional e o apoio gerencial têm um papel importante na adequação entre o


treinamento e a aderência às recomendações, destacando-se a importância dos supervisores na
orientação e reforço das práticas adequadas. Além disso, é válido ressaltar o que foi dito
anteriormente, sobre o fato de o EPI não dever contribuir para posturas extremas e esforço
excessivo.

Na verdade, o EPI é direito de qualquer trabalhador, mas não deve servir de medida paliativa para
mascarar uma condição inapropriada de trabalho, como, por exemplo, o uso de máscaras tipo N95,
conhecida pela proteção que confere contra bacilos de Kock (que causam tuberculose) em
enfermarias de Doenças Infecto parasitárias, porque a unidade não dispõe de leitos de precaução
respiratória. Enfim, uma medida não deve ser substituta à outra, mas complementar.

Os próximos fatores de proteção, embora destacados, relacionam-se à satisfação que se obtém


através do trabalho. A satisfação no trabalho é um estado de prazer emocional que ocorre devido
a duas variáveis: valores e interesses que são da própria personalidade do indivíduo e refletem a
sua vocação, o que ele gosta de fazer e a avaliação que faz da própria natureza do cargo; benefícios
tangíveis que a empresa oferece e fazem o indivíduo trabalhar melhor, como um bom salário,
qualidade da chefia, equipamentos e infraestrutura adequada. As empresas sempre encontrarão
dificuldades para motivar todos os empregados. Cada ser humano tem sua escala de valores, suas
expectativas, seus sonhos e necessidades diferentes. Além disso, a natureza humana é marcada
pela insatisfação, e esta mobiliza posturas e estimula a ação e a transformação. Pode-se ampliar os
níveis de satisfação, mas eliminar por completo a insatisfação não parece uma medida possível.

4. Compatibilidade de atividade exercida com maior nível de formação

A possibilidade de mobilidade horizontal (quadro de carreira), com o respetivo aumento salarial,


além da possibilidade de treinamento e reciclagem, trazem satisfação no trabalho. Não foi
incomum, no momento da coleta de dados, encontrarmos profissionais com cargo inferior ao seu
maior nível de formação (por exemplo, auxiliares de enfermagem que já possuem nível superior
completo, mas permanecem exercendo atividades de auxiliar de enfermagem). Este era um fator
ansio génico, já que, como auxiliar, o profissional não pode interferir em certas condutas ou
realizar certas atividades por impedimento da própria chefia, que pode ser inflexível, ou por
aspetos legais, pois isto configuraria um deslocamento de função sem adicional salarial para isto.

Tal quadro nos traz a comprovação de que, quando o profissional realiza suas tarefas com plena
propriedade para a qual teve formação/capacitação, estas atividades são mais bem recebidas pela
pessoa, que se sente valorizada por sua qualificação profissional. Este fator elimina boa parte do
estresse e da insatisfação no trabalho, que eventualmente poderiam propiciar um acidente
ocupacional.

5. Retorno da chefia quanto ao desempenho exercido

Para ter satisfação, o funcionário também precisa entender quais os resultados da sua tarefa para a
empresa. É muito fácil estabelecer metas e objetivos quase inatingíveis, mas ninguém se lembra
de dar o feedback, etapa muito importante para o colaborador sentir-se reconhecido, valorizado e,
portanto, satisfeito.
Sentindo-se satisfeito, o trabalhador irá se empenhar cada vez mais para realizar as tarefas da
maneira mais correta possível, tendo em vista que é valorizado por isso. Trata-se de uma
retroalimentação, que só contribui para que as atividades sejam realizadas com empenho e
qualidade, o que dificulta a ocorrência de acidentes.

6. Realização profissional

Para que haja plena realização profissional, ou seja, para que o profissional esteja bem resolvido
com sua tarefa e a desenvolva de forma prazerosa, é necessário um conjunto de condições
favoráveis a isso: um grupo que esteja trabalhando na solução de um problema ou a formação de
uma própria equipe; os meios de funcionamento como o elo entre os clientes; ter colegas, clientes
ou um chefe dispostos a oferecer uma opinião objetiva sobre algo específico; uma oportunidade
de fazer algo que exija muito do indivíduo (por exemplo, falar com os diretores, comandar uma
força-tarefa, fazer um trabalho para uma nova área); um modo de variar a programação, o local ou
as tarefas do trabalho diário; um modo de obter informações sobre o processo de trabalho antes
das resoluções finais. Estas condições determinarão o nível de adesão do trabalhador ao seu ofício,
e esta realização é indispensável para que o trabalho seja realizado da forma correta, afastando
com isso risco de acidentes de trabalho.

Conclusão

Chegado a este ponto, no que diz respeito a tema do trabalho, concluímos que a ergonomia é uma
ciência aplicada que abrange nos contributos da ciência social humana exata da tecnologia para
adaptar-se ao trabalho, as condições físicas e mentais do ser humano, de modo a estabelecer
condições favoráveis, a saúde, segurança, produtividade no trabalho e ao seu bem-estar.

A ergonomia é importante porque ela promove um ambiente mais saudável e com condições mais
apropriadas para o trabalho e o desenvolvimento das capacidades dos colaboradores. As
consequências podem ser vistas no aumento da produtividade e em melhores resultados da
empresa.
Referências bibliográficas

Iida, I. (2005). Ergonomia: projeto e produção. (2ᵃ. ed.). São Paulo, Brasil: Edgar Blücher.

Vidal, M. C. R. (2002). Ergonomia na empresa: útil, prática e aplicada. Rio de Janeiro, Brasil:

Virtual científica.

Barros, I. F. R. (1996). Fatores antropométricos e biomecânicos da segurança do trabalho.

Manaus, Brasil: Editora da Universidade do Amazonas.

Pires, R. L. (2001). Ergonomia. São Paulo, Brasil: LTR.

Machado, C. C. (2014). Colheita Florestal. (3ᵃ.ed.). São Paulo, Brasil: Universidade Federal de

Viçosa.

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