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UFCD 0349 - AMBIENTE, SEGURANÇA,

HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO -


CONCEITOS BÁSICOS
Formador: Luís Martins

Objetivos:
 Identificar os principais problemas ambientais.
 Promover a aplicação de boas práticas para o meio ambiente.
 Explicar os conceitos relacionados com a segurança, higiene e saúde no
trabalho.
 Reconhecer a importância da segurança, higiene e saúde no trabalho.
 Identificar as obrigações do empregador e do trabalhador de acordo com a
legislação em vigor.
 Identificar os principais riscos presentes no local de trabalho e na atividade
profissional e aplicar as medidas de prevenção e proteção adequadas.
 Reconhecer a sinalização de segurança e saúde
 Explicar a importância dos equipamentos de proteção coletiva e de proteção
individual.

Introdução

▪A indústria sempre teve associada a vertente humana,


nem sempre tratada como sua componente
preponderante.
▪Até meados do século XX, as condições de trabalho
nunca foram levadas em conta, sendo sim importante a
produtividade, mesmo que tal implicasse riscos de
doença ou mesmo à morte dos trabalhadores.
▪Para tal contribuíam dois factores, uma mentalidade
em que o valor da vida humana era pouco mais que
desprezível e uma total ausência por parte dos
Estados de leis que protegessem o trabalhador.

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Introdução

•Década de 50 / 60: surgem as primeiras tentativas


sérias de integrar os trabalhadores em actividades
devidamente adequadas às suas capacidades.

•Actualmente em Portugal existe legislação que permite


uma protecção eficaz de quem integra actividades
industriais, ou outras , devendo a sua aplicação ser
entendida como o melhor meio de beneficiar
simultaneamente as Empresas e os Trabalhadores na
salvaguarda dos aspectos relacionados com as condições
ambientais e de segurança de cada posto de trabalho.

Introdução

Na actualidade, em que certificações de Sistemas de


Garantia da Qualidade e Ambientais ganham tanta
importância, as medidas relativas à Higiene e
Segurança no Trabalho tardam em ser implementados
pelo que o despertar de consciências é fundamental.

É precisamente este o objectivo principal deste curso, o


de SENSIBILIZAR para as questões da Higiene e
Segurança no Trabalho.

Ambiente, Higiene,
Segurança e Saúde no Trabalho

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A higiene, a segurança e a saúde estão
intimamente relacionadas com o objectivo de
garantir condições de trabalho capazes de
manter um bom nível de saúde dos
colaboradores e trabalhadores de uma
organização/empresa.

1.1. Trabalho

Podemos definir trabalho como qualquer


actividade física ou intelectual, realizada pelo ser
humano, cujo objectivo é fazer, transformar ou obter
algo.

1.2. Saúde

 A higiene e a segurança são duas actividades que


estão intimamente relacionadas com o objectivo de
garantir condições de trabalho capazes de manter
um nível de saúde dos colaboradores e
trabalhadores de uma Empresa.
 Segundo a O.M.S.-Organização Mundial de Saúde,
a verificação de condições de Higiene e Segurança
consiste "num estado de bem-estar físico, mental e
social e não somente a ausência de doença e
enfermidade ".

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1.2. Saúde

1.3. Higiene do Trabalho


 A higiene do trabalho propõe-se
combater, dum ponto de vista não
médico, as doenças profissionais,
identificando os factores que podem
afectar o ambiente do trabalho e o
trabalhador, visando eliminar ou reduzir
os riscos profissionais (condições inseguras
de trabalho que podem afectar a saúde,
segurança e bem estar do trabalhador).

1.4. Segurança do Trabalho


 A segurança do trabalho propõe-se combater,
também dum ponto de vista não médico, os
acidentes de trabalho, quer eliminando as
condições inseguras do ambiente, quer
educando os trabalhadores a utilizarem
medidas preventivas.

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 Para além disso, as condições de segurança,
higiene e saúde no trabalho constituem o
fundamento material de qualquer programa
de prevenção de riscos profissionais e
contribuem, na empresa, para o aumento da
competitividade com diminuição da
sinistralidade.

1.5. Ambiente e Segurança no local de


trabalho

 A iluminação, a temperatura e o ruído fazem parte das


condições ambientais de trabalho.
Uma má iluminação, por exemplo, causa fadiga à visão,
afecta o sistema nervoso, contribui para a má qualidade
do trabalho podendo, inclusive, prejudicar o desempenho
dos funcionários.
A falta de uma boa iluminação também pode ser
considerada responsável por uma razoável parcela dos
acidentes que ocorrem nas organizações. Envolvem riscos
os trabalhos nocturnos ou turnos, temperaturas extremas -
que geram desde fadiga crónica até incapacidade
laboral.

1.5. Ambiente e Segurança no local de


trabalho
 Um ambiente de trabalho com temperatura e
humidade inadequadas é considerado doentio. Por
isso, o funcionário deve usar roupas adequadas
para se proteger do que “enfrenta” no dia-a-dia.
O mesmo ocorre com a humidade. Já o ruído
provoca perda da audição e quanto maior o
tempo de exposição a ele maior o grau da perda
da capacidade auditiva.
 A segurança do trabalho implica o uso de
equipamentos adequados para evitar lesões ou
possíveis perdas.

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1.5. Ambiente e Segurança no local de
trabalho

A qualidade do ambiente de trabalho tem relevantes


implicações sociais.

Os sintomas de más organizações para trabalhar - stress,


desequilíbrio da saúde física e mental, reduzidos níveis de
produtividade são-nos familiares.

Uma sociedade de melhores organizações para trabalhar,


em que as pessoas confiem nos gestores e sejam
respeitadas, seria benéfico para todos.

Resumindo…

Higiene - A higiene do trabalho propõe-se combater, dum


ponto de vista não médico, as doenças profissionais.
Segurança - A segurança do trabalho propõe-se combater,
também dum ponto de vista não médico, os acidentes de
trabalho.

A higiene e a segurança são duas actividades que estão


intimamente relacionadas com o objectivo de garantir condições
de trabalho capazes de manter um nível de saúde dos
colaboradores e trabalhadores de uma Empresa.

PREVENÇÃO DE ACIDENTES

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O QUE É UM ACIDENTE?

Se procurarmos num dicionário poderemos encontrar

“Acontecimento imprevisto , casual , que


resulta em ferimento , dano , estrago ,
prejuízo , avaria , ruína , etc ..”

Os acidentes, em geral, são o resultado de uma combinação de


factores, entre os quais se destacam as falhas humanas e falhas
materiais.

Vale a pena lembrar que os acidentes não escolhem hora nem


lugar.

Podem acontecer em casa, no ambiente de trabalho e nas


inúmeras locomoções que fazemos de um lado para o outro,
para cumprir nossas obrigações diárias.

Quanto aos acidentes do trabalho o que se pode dizer é que


grande parte deles ocorre porque os trabalhadores se
encontram mal preparados para enfrentar certos riscos.

O que diz a Lei?

Acidente do trabalho…

“é o que ocorre pelo exercício do trabalho a


serviço da empresa, provocando lesão corporal
ou perturbação funcional que cause a morte, a
perda ou redução da capacidade para o
trabalho, permanente ou temporária...”

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Lesão corporal é qualquer dano produzido no
corpo humano, seja ele leve, como, por
exemplo, um corte no dedo, ou grave, como
a perda de um membro.

Perturbação funcional é o prejuízo do


funcionamento de qualquer órgão ou sentido.
Por exemplo, a perda da visão, provocada por
uma pancada na cabeça, caracteriza uma
perturbação funcional..

Dos acidentes de trabalho podem resultar


diferentes tipos de incapacidade:

Um acidente de trabalho pode levar o trabalhador a


ausentar-se da empresa apenas por algumas horas, o
que é chamado de acidente sem afastamento.

É o que ocorre, por exemplo, quando o acidente


resulta num pequeno corte no dedo, e o trabalhador
retorna ao trabalho em seguida.

Acidentes com afastamento – em que o trabalhador


não regressa até ao dia seguinte

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Segundo a Autoridade para as Condições de Trabalho

 Acidente de trabalho é todo o acontecimento


inesperado e imprevisto, incluindo os actos de violência,
derivado do trabalho ou com ele relacionado, do qual
resulta uma lesão corporal ou mental, de um ou vários
trabalhadores.
 São também considerados acidentes de trabalho os
acidentes de viagem , de transporte ou circulação,
nos quais os trabalhadores ficam lesionados e que
ocorrem por causa , ou no decurso, do trabalho, isto é,
quando exercem uma atividade económica, ou estão a
trabalhar, ou realizam tarefas para o empregador.

Segundo a Autoridade para as Condições de Trabalho

Acidente de Itinerário:
Acidente que ocorre no trajeto normalmente utilizado
pelo trabalhador, qualquer que seja a direcção na
qual se desloca, entre o seu local de trabalho ou de
formação ligado à sua atividade profissional e a sua
residência principal ou secundária, o local onde toma
normalmente as suas refeições ou o local onde recebe
normalmente o seu salário, do qual resulte a morte ou
lesões corporais.
O acidente de trajeto é também designado de acidente
in itinere.

Segundo a Autoridade para as Condições de Trabalho

Acidente de trabalho mortal


Para além das comunicações dirigidas à ACT previstas
na Lei, os acidentes mortais devem ser notificados em
todos os Estados-Membros da UE para efeitos de
tratamento estatístico.

O acidente é registado como mortal se a vítima morrer


dentro de um certo período-limite após a lesão.

Em Portugal, como em alguns outros Estados-Membros,


o período-limite é de um ano após a data do acidente
(cfr. Art. 8.º Dec. Lei n.º 362/93 de 15-10 e Portaria
n.º 137/94 de 08-03).

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Segundo a Autoridade para as Condições de Trabalho

Acidente que evidencia uma situação particularmente grave na perspetiva


da segurança e saúde no trabalho:

A lesão que signifique que num período até três dias o trabalhador se
ausenta do trabalho ou que nesse período fica incapaz de assegurar
integralmente as suas funções normais
(art. 18.º n.º 1 al. I) da Lei n.º 102/2009, de 10-09, art. 24.º n.º 1 do Dec. Lei n.º 102/2000), na medida em que a
ambas as situações corresponde uma noção que só pode ser considerada distinta pela diferente previsão da própria lei
(Lei n.º 102/2009, de 10-09, art.º 18.º n.º 1 al. I).

Nestas circunstâncias a “situação particularmente grave” pode ser


identificada a partir da “gravidade da lesão” e/ou do tipo de “evento que
assuma uma particular gravidade” na perspetiva da segurança e da saúde
no trabalho, apesar de não ter produzido vítimas.

Segundo a Autoridade para as Condições de Trabalho

 Não obstante a ausência de uma definição legal específica pode


considerar-se como “acidente (…) que evidencie uma situação
particularmente grave” todo o acidente relacionado com o trabalho
no qual um trabalhador, trabalhador independente que
trabalhe em instalações alheias, pessoa terceira da
relação de emprego, é vítima mortal ou sofre uma lesão
grave (incluindo a lesão em consequência de violência física), ou no
qual releve a ocorrência de eventos que, não produzindo lesão,
assumem uma particular gravidade na perspetiva da segurança e
saúde no trabalho.

Acidentes de trabalho em Portugal

 Acidentes de trabalho mortais

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Acidente de Trabalho
(Consequências para o País)

•PLANO HUMANO
Baixa do potencial humano

•PLANO MATERIAL
Perda de produção
Recuperação do acidentado
Reformas antecipadas
Despesas de reeducação
Diminuição do poder de compra

Acidente de Trabalho
(Consequências para a Empresa)
•PLANO HUMANO
Desmotivação/receio de colaboradores
Má reputação/ publicidade negativa

•PLANO MATERIAL
Estragos/Paragem da máquina ou instalação
Atrasos/Perda de produção
Perda Qualidade/rendimento
Selecção/Formação de substitutos
Perdas comerciais
Degradação imagem externa
Indemnizações/Gastos assistência médica

Perigo e Risco Profissional


Noção de PERIGO Noção de RISCO PROFISSIONAL

É a capacidade É qualquer situação


intrínseca de uma capaz de provocar
coisa potencialmente uma lesão ou um
causadora de danos atentado contra a
(materiais, saúde.
equipamentos,
métodos de trabalho).

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A Doença Profissional também é
acidente de trabalho?
 Doenças profissionais são aquelas que são
adquiridas na sequência do exercício do trabalho
em si.
 Doenças do trabalho são aquelas decorrentes das
condições especiais em que o trabalho é realizado.

Ambas são consideradas como acidentes do


trabalho, quando delas decorrer a incapacidade
para o trabalho.

 Um funcionário pode apanhar uma gripe, por


contágio com colegas de trabalho .

Essa doença, embora possa ter sido adquirida no


ambiente de trabalho, não é considerada doença
profissional nem do trabalho, porque não é
ocasionada pelos meios de produção.

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Riscos profissionais
Uma definição:

Considera-se risco profissional qualquer


situação de perigo que esteja associada a
uma actividade profissional, podendo
atingir a saúde do trabalhador. O
desconhecimento dos perigos da
sinalização e de regras básicas de
segurança são os principais riscos!

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Outra definição de risco profissional

É a possibilidade de um
trabalhador sofrer um dano
provocado pelo trabalho.

Para qualificar um risco interessa


avaliar conjuntamente a
probabilidade de ocorrência do
dano e a sua gravidade.

No desenvolvimento das respectivas


actividades profissionais, os
trabalhadores encontram-se expostos
a determinados factores de risco que
podem ter influência, quer na saúde,
quer na integridade física.

A Lei nº 102/2009, de 10 de Setembro considera de risco elevado


as seguintes actividades:

Consideram-se de risco elevado:


•Trabalhos em obras de construção, escavação,
movimentação de terras, túneis, com riscos de quedas de
altura ou de soterramento, demolições e intervenção em
ferrovias e rodovias sem interrupção de tráfego;
•Actividades de indústrias extractivas;
•Trabalho hiperbárico (que utiliza pressão superior à
pressão normal, especialmente de oxigénio)
•Actividades que envolvam a utilização ou armazenagem
de quantidades significativas de produtos químicos
perigosos susceptíveis de provocar acidentes graves;

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•Fabrico, transporte e utilização de explosivos e pirotecnia;
•Actividades de indústria siderúrgica e construção naval;
•Actividades que envolvam contacto com correntes eléctricas
de média e alta tensão;
•Produção e transporte de gases comprimidos, liquefeitos ou
dissolvidos, ou a utilização significativa dos mesmos;
•Actividades que impliquem a exposição a radiações;
•Actividades que impliquem a exposição a agentes
cancerígenos, mutagénicos(físicos, químicos e biológicos) ou
tóxicos para a reprodução;
•Actividades que impliquem a exposição a agentes
biológicos do grupo 3 ou 4;
•Trabalhos que envolvam risco de silicose (é a formação permanente
de tecido cicatricial nos pulmões causada pela inalação de pó de sílica (quartzo)..

CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES BIOLÓGICOS:


GRUPO 1 - cuja probabilidade de causar doença
no ser humano é baixa.
GRUPO 2 - que pode causar doenças no ser
humano e constituir um perigo para os
trabalhadores, sendo escassa a probabilidade
de se propagar na colectividade e para o qual
existem, em regra, meios eficazes de profilaxia
ou de tratamento.

GRUPO 3 - que pode causar doenças graves no


ser humano e constituir um risco grave para os
trabalhadores, sendo susceptível de se propagar
na colectividade, mesmo que existam meios
eficazes de profilaxia ou de tratamento.
GRUPO 4 - que causa doenças graves no ser
humano e constitui um risco grave para os
trabalhadores, sendo susceptível de apresentar um
elevado nível de propagação na colectividade e
para o qual não existem, em regra, meios eficazes
de profilaxia ou de tratamento.

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Identificação de perigos e avaliação e
controlo de riscos

Mecânicos Físicos
. Quedas em altura . Iluminação
. Queda de objectos . Ruído
. Golpes . Ambiente térmico
. Choques . Vibrações
. Projecções

Químicos Eléctricos
. Poeiras . Contacto directo
. Gases e vapores . Electricidade estática
. Líquidos
. Fumos
Biológicos
. Vírus
. Bactérias
. Fungos

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Psicossociais Ergonómicos
. Monotonia . Esforços e sobrecargas
. Carga de trabalho . Postura habitual
. Stress . Concepção do posto de
trabalho

Incêndios
. Armazenagem de materiais
. Vias de evacuação
. Meios de intervenção

- Na União Europeia afecta mais de um quarto dos


trabalhadores, incluindo jovens trabalhadores;

- O Stress ocupa o segundo lugar entre os problemas


de saúde mais frequentes relacionados com o trabalho;
- O Stress no trabalho surge devido à inadaptação das
pessoas ao trabalho, isto é, quando as exigências em
torno do trabalho superam a capacidade das pessoas
para enfrentá-las ou mantê-las sob controlo, e por
conflitos que vão surgindo.

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O que é o Stress?

Mais ou menos todos nós temos um conceito intuitivo do


que seja o stress…

…uma resposta do organismo frente a uma


situação que exige algum tipo de resposta,
que se traduz em colocar o próprio organismo
em situação de alerta para poder actuar.

Este processo é normal e tem permitido o homem sobreviver


até aos nossos dias.

O que é o Stress?

Face a uma situação de ameaça,


todo o nosso corpo se prepara
para fugir ou lutar e, quando a
ameaça desaparece, o
organismo volta para o seu
estado normal.

(stress positivo)

O que é o Stress?
Stress como risco…

Surge quando a situação de alerta se


prolonga no tempo, impedindo o organismo
de se relaxar e, portanto, ficando em um
estado contínuo de tensão.

Esta situação mantida no tempo pode dar


lugar a todo tipo de alterações no organismo.

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Podemos assim dizer que a maioria das causas do
stress está relacionada com a maneira como o
trabalho está ordenado e as organizações são
geridas.

Há ainda outras fontes de stress possíveis:


- progressão na carreira;
-o estatuto e a retribuição;
- o papel do indivíduo na organização;
-as relações interpessoais;
-a relação entre a vida pessoal e a vida
profissional.

Factores de Risco Associados

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A Sinalização divide-se em 5 classes:

Proibição – sinal que proíbe um comportamento;

Aviso – adverte de um perigo ou de um risco;

Obrigação – impõe certo comportamento;

Salvamento/socorro/emergência – dá indicações
sobre as saídas de emergência ou meios de socorro
e salvamento;

Indicação – fornece indicações não abrangidas por


qualquer dos anteriores.

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Lembre-se!

Uma sinalização correcta é eficaz na


qualidade de técnica de segurança
complementar, mas não se deve
esquecer de que não elimina os riscos.

Equipamentos de Protecção
Individual

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Equipamentos de Protecção
Individual
Quando as medidas técnicas colectivas e as
medidas administrativas não são suficientes para
reduzir a exposição a um nível aceitável, deverá
fornecer-se aos trabalhadores um equipamento
de protecção individual (EPI) apropriado.

Equipamentos de Protecção Individual

Qualquer equipamento destinado a ser


usado pelo trabalhador para a sua protecção
contra um ou mais riscos susceptíveis de
ameaçar a sua segurança ou saúde no
trabalho.

Todo o equipamento de protecção deve ter


Marcação CE.

Os EPIs são pessoais e intransmissíveis. Devem


estar perfeitamente adaptados ao trabalhador,
não causando incómodo e permitindo um bom
desempenho das funções.

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Equipamentos de protecção individual
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É obrigação do empregador:
 Fornecer equipamento de protecção individual e garantir
o seu bom funcionamento;
 Fornecer e manter disponível nos locais de trabalho
informação adequada sobre cada equipamento de
protecção individual;
 Informar os trabalhadores dos riscos contra os quais o
equipamento de protecção individual os visa proteger;
 Assegurar a formação sobre a utilização dos
equipamentos de protecção individual.

Equipamentos de protecção individual


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É obrigação dos trabalhadores:


 Utilizar correctamente o equipamento de protecção
individual de acordo com as instruções que lhe forem
fornecidas;
 Conservar e manter em bom estado o equipamento
que lhe for distribuído;
 Participar de imediato todas as avarias ou
deficiências do equipamento de que tenha
conhecimento.

EPI - Equipamento de protecção individual


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Protecção da Cabeça: capacete de segurança


contra impactos, perfurações, acção dos agentes
meteorológicos, etc.

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Equipamentos de protecção individual

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Protecção dos Olhos e do Rosto: óculos contra


impactos, que evita a cegueira total ou parcial e a
conjuntivite. É utilizado em trabalhos onde existe o
risco de impacto de estilhaços e limalhas.
Os olhos e também o rosto protegem-se com óculos e
viseiras apropriados, cujos vidros deverão resistir ao
choque, à corrosão e às radiações, conforme os casos.

Equipamentos de protecção individual


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Protecção dos Ouvidos:


ABAFADORES (protectores auriculares):
- com banda (de cabeça, de pescoço, de queixo, nasal e
universal)
- montados com capecetes de protecção

TAMPÕES AUDITIVOS
- pré-moldados
- Moldados pelo utilizador
- Feitos por medida
- Ligados por uma banda

Equipamentos de protecção individual


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Protecção das Mãos: luvas, que evitam problemas de pele,


choque eléctrico, queimaduras, cortes e raspões e devem ser
usadas em trabalhos com solda eléctrica, produtos químicos,
materiais cortantes, ásperos, pesados e quentes.

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Equipamentos de protecção individual

Protecção de Pernas e pés:


Os trabalhos em meios húmidos obrigam à
utilização de botas de borracha de cano alto.

Para resistir ao calor deve ser utilizado couro


ou fibras sintéticas com revestimento reflector
(aluminizado).

Equipamentos de protecção individual

Quando há possibilidade de quedas de


materiais deverão ser utilizados sapatos ou
botas (couro, borracha ou matéria plástica)
revestidos interiormente com biqueiras de aço,
eventualmente com reforço no artelho e no
peito do pé.

Quando há perigo de perfuração deverá ser


incorporada uma palmilha de aço.

Equipamentos de protecção individual

A sola do calçado deverá ser resistente a produtos químicos,


resistência eléctrica, capacidade de absorção de energia.
A biqueira de aço deverá ser resistente à deformação e à
corrosão.

O couro é muito utilizado nas polainas dos soldadores, com


vista à protecção dos membros inferiores.
Os joelhos podem ser protegidos, utilizando joelheiras
apropriadas.

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Equipamentos de protecção individual

Vias respiratórias: protector respiratório, que previne


problemas pulmonares e das vias respiratórias, e deve
ser utilizado em ambientes com poeiras, gases, vapores
ou fumos nocivos.

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EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL


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Protecção do Tronco:
Aventais de couro, que protegem de impactos, gotas
de produtos químicos, choque eléctrico, queimaduras e
cortes. Devem ser usados em trabalhos de soldagem
eléctrica e corte a quente.

Fatos de protecção contra produtos químicos; fatos de


aproximação ao fogo; colete de identificação; fato de
protecção contra a intempérie.
Arnês

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PRINCÍPIOS GERAIS DE PREVENÇÃO
 Eliminação de risco
 Avaliação de riscos
 Combater os riscos na origem
 Adaptação do trabalho ao homem
 Atender ao estado de evolução da técnica
 Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo
ou menos perigoso
 Organização do trabalho
 Prioridade da protecção colectiva face à protecção
individual
 Informação e formação

Objectivos do SHT:
 Reduzir os índices de sinistralidade
 Reduzir o índice de frequência em 10% ao ano
 Diminuir os custos indirectos dos acidentes
 Diminuir os custos indirectos em 5% em dois anos
 Eliminar os acidentes de quedas em um ano
 Obter ganhos de produtividade com a melhoria
das condições de trabalho
 Melhorar a imagem da empresa em relação aos
acidentes de trabalho

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Higiene e Saúde no Trabalho 30
As Boas Práticas
SHT
Exemplos:
 Organizacionais:
 Obrigatoriedade de uso de EPI’s
 Limpeza dos locais de trabalho
 Arrumação dos locais de trabalho
 Rotatividade de empregados expostos a certos riscos
 Permissão de pausas curtas e frequentes em certas tarefas
 Ventilação
 Aquisição de meios auxiliares de elevação
 Registo de acidentes
 Investigação de acidentes

As Boas Práticas
SHT
Exemplos:
 Individuais:
 Utilização correcta do mecanismo corporal na
movimentação manual de cargas
 Utilização de EPI em locais não obrigatórios
 Higiene pessoal, após execução de tarefas de
manuseamento de produtos químicos
 Arrumação e limpeza do seu posto de trabalho
 Desligar sempre uma máquina antes de executar qualquer
tarefa
 Rotatividade e substituição de colegas por iniciativa própria

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