Estudante: Aléxia Lorenza de Araújo Magalhães Disciplina: Engenharia de Segurança Prof. Dr. Felipe Mendes Turma: TI 2023.1 O capítulo se inicia falando sobre a importância de conhecer e trabalhar os conceitos de segurança, saúde e higiene do trabalho para um gerenciamento eficaz de riscos em diferentes setores produtivos da indústria. Ao longo do capítulo o autor discorre sobre os conceitos que permeiam a segurança do trabalho. O primeiro termo analisado pelo autor é "segurança" que se refere ao estado de estar protegido e livre de risco de lesões, perigos ou perdas. "Saúde" relacionada ao trabalho engloba não apenas a ausência de doenças, mas também os elementos físicos e mentais que afetam a saúde e estão diretamente relacionados à segurança e higiene no ambiente de trabalho. O termo "higiene", de origem grega, significa "o que é saudável" e, ao aplicar esse conceito ao ambiente de trabalho, temos o termo "Higiene do Trabalho", também conhecido como Higiene Ocupacional ou Higiene Industrial. Por fim, o "trabalho" é definido como um conjunto de atividades realizadas por indivíduos com o objetivo de alcançar um objetivo. A Segurança e Saúde no Trabalho (SST) tem como principal objetivo promover o bem-estar social, mental e físico dos trabalhadores. Isso é alcançado por meio da promoção e manutenção do bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores, prevenção de efeitos adversos à saúde decorrentes do trabalho, proteção contra riscos ocupacionais e adaptação do trabalho às necessidades físicas e mentais do trabalhador. O "local de trabalho" é definido como qualquer lugar físico onde atividades relacionadas ao trabalho são realizadas sob o controle da organização. O "relatório de segurança" é um documento que contém informações técnicas, administrativas e operacionais sobre perigos e riscos de uma instalação sujeita a acidentes graves, bem como as medidas adotadas para garantir a segurança da instalação. O autor afirma que agente, perigo e risco são comumente confundidos e por isso deve ser feita a diferenciação entre esses termos. Com relação ao agente, o texto aborda a NR 9 (Norma Regulamentadora 9), chamada Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, que trata da proteção dos trabalhadores em relação aos agentes presentes nos ambientes de trabalho. Esses agentes são divididos em três categorias: físicos, químicos e biológicos. O perigo é qualquer fonte, situação ou ato que apresenta potencial para causar danos à saúde, lesões ou ferimentos. Definições e abordagens da OHSAS e da OIT são utilizadas para compreender e lidar com os perigos no contexto da segurança e saúde ocupacional. O risco é a combinação da probabilidade de ocorrência de um evento perigoso ou exposição com a gravidade das lesões ou danos à saúde. Definições da OHSAS e da NR 9 são utilizadas para compreender o risco, considerando fatores como concentração, intensidade, tempo de exposição e natureza dos agentes. O conceito de risco aceitável é aquele que foi reduzido a um nível tolerável pela organização, considerando suas obrigações e políticas relacionadas à segurança e saúde ocupacional. Ainda se apegando às definições dos termos utilizados na segurança do trabalho, o capítulo fala também sobre desvio, incidente e acidente, que mais uma vez são confundidos na rotina do ambiente laboral. O autor se utiliza de diversas fontes para basear suas definições, como a Norma OHSAS 18001 e ABNT NBR ISO 9000. Desvio é toda situação fora dos padrões de segurança, que tenha um potencial de desencadear eventos indesejáveis, ou seja, causar um acidente de trabalho ou uma doença ocupacional. Incidente é uma ocorrência não esperada no ambiente de trabalho que não causa danos aos funcionários ou aos processos empresariais, mas tem o potencial de se tornar um acidente se não for tratado adequadamente. Acidente pode ser definido como um incidente que resultou em lesões, ferimentos, danos à saúde ou fatalidade. Eles podem ser classificados em três tipos: acidentes típicos, doenças ocupacionais (profissionais e do trabalho), acidentes de trajeto e outros tipos de acidentes. O capítulo também traz a importância da normatização da segurança e da saúde no trabalho, afirmando que no Brasil são utilizadas Normas Regulamentadoras (NR), Normas Técnicas Brasileiras (NBR), Normas de Higiene Ocupacional (NHO) e Relatório Técnico de Procedimento (RTP). Algumas dessas normas são gerais, enquanto outras são voltadas a riscos específicos ou para áreas e setores específicos, podendo ser utilizadas para a identificação dos perigos, avaliação ou tratamento de riscos. Os perigos/riscos podem ser classificados de acordo com o tipo de fonte, situação ou ato, ou com base na frequência de ocorrência dos riscos. Por exemplo, se os efeitos são imediatos ou de longo prazo. Também é possível fazer uma classificação considerando uma combinação desses aspectos. A classificação mais abrangente é a da OIT, que considera não apenas os riscos pessoais e psicossociais, mas também os perigos relacionados a primeiros socorros, alimentos e bebidas. De acordo com a classificação da NR 12 (2018), os riscos ocupacionais podem ser divididos em riscos ambientais (físicos, químicos e biológicos) e riscos de segurança (ergonômicos e de acidentes). Além disso, os riscos podem ser classificados como riscos operacionais (acidentes) e riscos comportamentais, que podem causar danos à saúde e à integridade física do trabalhador devido à sua natureza, concentração, intensidade, suscetibilidade e tempo de exposição. Para facilitar a identificação dos riscos, o livro utiliza 5 cores, cada uma correspondendo a um grupo de riscos ocupacionais, com base na classificação brasileira. Verde para riscos físicos, vermelho para riscos químicos, marrom para riscos biológicos, amarelo para riscos ergonômicos e azul para riscos de acidentes. Os riscos físicos, de acordo com o Ministério do Trabalho, são riscos ambientais gerados por máquinas, equipamentos e condições físicas, características do local de trabalho que podem causar prejuízos à saúde do trabalhador. Os riscos químicos, de acordo com a NR 12, são riscos ambientais representados pelas substâncias químicas, que podem ser encontradas nas formas líquidas, sólidas e gasosas. Os riscos biológicos são riscos ambientais causados por microrganismos, como bactérias, fungos, vírus, bacilos e outros capazes de causar danos à saúde. Os riscos ergonômicos são riscos de segurança, envolvendo situações de estresse físico, trabalhos em turnos, jornadas prolongadas, exigência de postura inadequada e outros, afetando o bem-estar físico e psicológico da pessoa. Por fim, os riscos de acidentes são riscos de segurança que envolvem perigos que levam a consequências imediatas para a segurança e a saúde da pessoa.