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Riscos ocupacionais

Apresentação
Há diferentes tipos de riscos no ambiente de trabalho, e eles estão presentes em todas as
organizações. Cada atividade oferece diferentes riscos ocupacionais aos trabalhadores, em função
das características da atividade, dos materiais utilizados e das máquinas e ferramentas necessárias
para o desenvolvimento das atividades.

Cada organização é responsável pelo gerenciamento dos riscos ocupacionais, e tem como objetivo
eliminá-los do ambiente de trabalho ou reduzir seus efeitos. Para que fosse possível identificar
esses riscos de forma mais fácil, foi feita uma classificação de acordo com suas características.
Assim, os riscos ocupacionais podem ser físicos, biológicos, químicos, ergonômicos ou de acidente.

Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender a identificar os diversos riscos ocupacionais
existentes nos ambientes de trabalho e antecipar esses riscos. Além disso, você vai conhecer a
classificação dos riscos em seus diferentes grupos e quais riscos integram cada um dos grupos.

Bons estudos.

Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Reconhecer os riscos ocupacionais e suas diferentes classificações.


• Identificar os riscos originados no ambiente de trabalho.
• Explicar como é feito o monitoramento dos riscos ocupacionais.
Desafio
A empresa é responsável por garantir a saúde e a segurança do trabalhador durante sua jornada
laboral. No ambiente de trabalho, existem inúmeros riscos ocupacionais que devem ser observados
para que seja possível aplicar medidas de proteção. Nesse sentido, analise a situação a seguir.

Nesse contexto, você deve observar as imagens e descrever os riscos ocupacionais aos quais o
trabalhador está exposto.
Infográfico
O trabalhador passa grande parte do seu dia na empresa na qual ele atua. O ambiente de trabalho é
um local que pode expor os trabalhadores a diversos riscos ocupacionais. Esses riscos podem
prejudicar a saúde e a segurança dos trabalhadores de diferentes formas.

Confira, neste Infográfico, a classificação dos riscos ocupacionais aos quais os trabalhadores podem
ser expostos no ambiente de trabalho.
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Conteúdo do livro
Prezado(a) aluno(a), seja muito bem-vindo(a) ao estudo da disciplina Riscos Ocupacionais! No atual
panorama de produção, a gestão de riscos emerge como uma área de extrema importância para
garantir a segurança e o bem-estar dos trabalhadores, além de preservar o patrimônio e a
reputação das organizações. Por meio do estudo dos riscos ocupacionais, torna-se possível
promover um ambiente de trabalho seguro, prevenir acidentes e doenças ocupacionais, além de
garantir o cumprimento das normas e regulamentações vigentes.

Por isso, nesta unidade, você compreenderá o que são riscos ocupacionais e como podem ser
classificados. Conhecerá algumas técnicas de identificação e análise de riscos e, por fim, a
importância de monitorar os riscos dentro do ambiente de trabalho.
SEGURANÇA DO
TRABALHO E SAÚDE
OCUPACIONAL
Riscos ocupacionais
Elisabet Gabrieli Fernandes Gasques

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

> Reconhecer os riscos ocupacionais e suas diferentes classificações.


> Identificar os riscos originados no ambiente de trabalho.
> Explicar como é feito o monitoramento dos riscos ocupacionais.

Introdução
No cenário industrial, os avanços tecnológicos permitiram que muitos produtos se
tornassem acessíveis a um público mais amplo. Entretanto, o decorrente cresci-
mento na produção aumentou a exposição dos trabalhadores a riscos ocupacionais.
De fato, os riscos têm evoluído ao longo do tempo. Devido a essa relação, é prati-
camente impossível eliminá-los por completo. É possível, porém, gerenciá-los e
controlá-los de forma a reduzir os danos para níveis mínimos aceitáveis, incluindo
lesões, incapacidades, mortes e danos materiais.
O gerenciamento de riscos envolve o estudo de processos e técnicas que
visam a aumentar a segurança, como a antecipação de condições inseguras por
meio da identificação, análise e avaliação dos riscos (RUPPENTHAL, 2013). Para
identificar e lidar com esses riscos de forma eficaz, é necessário seguir um processo
sistemático. Esse processo começa com a avaliação da situação atual e envolve
análises contínuas, resultando na geração de diferentes soluções. Estas podem
ser de natureza física ou organizacional, implementadas na fonte, no ambiente ou
no receptor do risco, e podem ser preventivas ou corretivas. As opções de solução
são avaliadas até que um conjunto detalhado seja selecionado e implementado,
e esse processo é acompanhado para aprimoramento contínuo e monitoramento
(MATTOS; MÁSCULO, 2019).
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Neste capítulo, você verá os conceitos de riscos ocupacionais e como eles são
classificados. Na sequência, a partir dessas definições iniciais, tomará conheci-
mento das técnicas para identificar os riscos no ambiente de trabalho e, por fim,
verá como é feito o monitoramento desses riscos.

Riscos ocupacionais: definição e


classificações
O trabalho não se limita a ser apenas uma fonte de subsistência, mas tam-
bém desempenha um papel significativo na satisfação pessoal. Além disso,
ele contribui para o desenvolvimento de hábitos, relacionamentos sociais e
conhecimentos. No entanto, no ambiente de trabalho, várias variáveis, como
ambiente físico, ferramentas, máquinas e posturas adotadas, podem expor os
trabalhadores a riscos que afetam sua integridade e saúde. Embora não seja
possível prever com certeza se esses danos ocorrerão, é possível estimar a
probabilidade de cada um desses elementos de contribuir para a ocorrência
de acidentes. Essas situações que podem causar danos à integridade e saúde
no ambiente de trabalho são conhecidas como riscos ambientais (BARBOSA
FILHO, 2019).
O termo risco é amplamente utilizado em diversos campos do conheci-
mento, de modo que sua definição pode variar de acordo com o contexto em
que é aplicado. Para Mattos e Másculo (2019), o conceito de risco tem duas
dimensões distintas, que podem ser abordadas tanto quantitativa quanto
qualitativamente. A abordagem quantitativa se refere à probabilidade de
ocorrência de um acidente, enquanto a abordagem qualitativa se concentra
no perigo resultante de uma disfunção, a qual pode ser causada por falhas,
quebras ou consequências secundárias.

Os termos risco e perigo têm definições diferentes daquelas com


as quais estamos acostumados no cotidiano. Risco se trata da “pro-
babilidade ou chance de lesão ou morte”, enquanto perigo consiste em “uma
condição ou um conjunto de circunstâncias que têm o potencial de causar ou
contribuir para uma lesão ou morte” (SANDERS; MCCORMICK, 1993, p. 675).
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Com relação ao ambiente de trabalho, o risco pode ser entendido como


qualquer variável que esteja presente e tenha a capacidade de alterar ou
condicionar a produtividade de um indivíduo, podendo causar danos à sua
saúde, sejam eles agressões físicas ou psicológicas. Essas variáveis podem
incluir aspectos como mobília, organização do espaço físico, condições tér-
micas, prescrição e natureza das tarefas, relacionamentos interpessoais,
informações disponíveis, maquinário, ferramentas e as intervenções realizadas
sobre eles (BARBOSA FILHO, 2019).
Segundo Norma Regulamentadora (NR) 01, “Disposições gerais e geren-
ciamento de riscos ocupacionais”, risco ocupacional se trata da “combinação
da probabilidade de ocorrer lesão ou agravo à saúde causado por um evento
perigoso, exposição a agente nocivo ou exigência da atividade de trabalho e
da severidade dessa lesão ou agravo à saúde” (BRASIL, 2020, p. 13). Junto com
a NR pertinente, a ABNT NBR ISO 31000:2018 apresenta diretrizes e princípios
específicos para a gestão de riscos e define o risco como o efeito da incerteza
sobre os objetivos. Além disso, descreve o risco como uma combinação das
consequências de um evento e a probabilidade de sua ocorrência associada
(ABNT, 2018).
De acordo com a NBR ISO 31000, é importante considerar as caracterís-
ticas dos ambientes ao analisar os riscos. Essas características de trabalho
se referem aos aspectos presentes nos ambientes em questão (ABNT, 2018).
No campo da segurança do trabalho, o risco é definido como uma ou mais
condições que têm o potencial de causar danos. Conforme definido na NR 09,
os riscos ambientais são “os agentes físicos, químicos e biológicos presentes
nos ambientes de trabalho, que, devido à sua natureza, concentração, inten-
sidade e duração da exposição, têm o potencial de causar danos à saúde dos
trabalhadores” (BRASIL, 2021, p. 2).
Conforme com a NR 09, são considerados riscos ambientais os agentes
físicos, químicos, biológicos presentes nos ambientes de trabalho que, por
sua natureza, concentração, intensidade e seu tempo de exposição, têm o
potencial de causar danos à saúde dos trabalhadores. No entanto, alguns
autores argumentam que os agentes ergonômicos e os agentes mecânicos
(de acidente), embora não estejam explicitamente mencionados como riscos
ambientais na NR 09, devem ser avaliados em um ambiente de trabalho, pois
também são considerados agentes que podem causar danos à saúde dos tra-
balhadores e são os grupos representados em mapas de riscos (PEIXOTO, 2010).
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Mattos e Másculo (2019) vão além, classificando os riscos em sete tipos:

1. físicos;
2. químicos;
3. biológicos;
4. mecânicos;
5. ergonômicos;
6. sociais;
7. ambientais.

Para os autores, essa classificação tem o propósito de distinguir os di-


ferentes fatores causais e, além disso, levar em consideração as situações
que hoje estão presentes nos ambientes de trabalho, mesmo que não sejam
reconhecidas legalmente. Isso permite uma abordagem mais abrangente e
atualizada na identificação e avaliação dos riscos presentes no contexto
laboral (MATTOS; MÁSCULO, 2019).
Por sua vez, a Portaria nº 24, de 29 de dezembro de 1994, caracteriza os
riscos conforme sua representação no mapa de riscos (BRASIL, 1994). Esses
riscos serão descritos na sequência.

A Portaria nº 24/1994, expedida pela Secretaria de Segurança e Saúde


do Trabalhador, tornou obrigatória a elaboração e fixação, nos locais
de trabalho, do mapa de riscos. O mapa de riscos consiste na representação
gráfica do processo produtivo de uma empresa e é utilizado para registrar
os riscos e fatores de risco aos quais os trabalhadores estão expostos. Em
resumo, seus objetivos são reunir as informações necessárias para estabele-
cer o diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho na empresa
e possibilitar, durante sua elaboração, a troca e divulgação de informações
entre os trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades
de prevenção (BRASIL, 1994).

Riscos físicos
Barbosa Filho (2019, p. 104) define os riscos físicos como “aqueles que com-
preendem danos de variáveis como ruído, vibração, temperaturas extremas
(altas e baixas), pressões anormais, radiações ionizantes e não ionizantes”.
São classificados no mapa de riscos pela cor verde (BRASIL, 1994) e causados
por agentes que modificam as características físicas do ambiente. Além
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disso, requerem um meio de transmissão (geralmente o ar), afetam inclusive


as pessoas que não têm contato direto com a fonte de risco e podem gerar
lesões crônicas e imediatas (MATTOS; MÁSCULO, 2019).

Riscos químicos
Os riscos químicos, sinalizados no mapa de riscos pela cor vermelha (BRASIL,
1994), são aqueles provocados por agentes químicos. Segundo a NR 09, os
agentes químicos são produtos compostos ou substâncias que podem ser
absorvidos pelo trato respiratório por meio da inalação de aerodispersoides,
gases ou vapores (BRASIL, 2021). Os aerodispersoides podem ser subdivididos
em poeiras, fumos, névoas, neblinas e fibras (SESI, 2007).
A classificação também pode ser feita com base no tipo de tarefa realizada
durante o período de exposição ao agente, seja por meio de contato ou ab-
sorção pelo organismo através da pele, respiração ou ingestão (BRASIL, 2020).

Riscos biológicos
Os riscos biológicos são introduzidos nos processos de trabalho quando
seres vivos, especialmente microrganismos como vírus, bacilos e bactérias,
fazem parte integrante do processo produtivo, representando potenciais
ameaças à saúde humana. Além disso, esse risco pode advir de deficiências
na higienização do ambiente de trabalho, o que pode facilitar a presença
de animais transmissores de doenças, como ratos e mosquitos, ou animais
peçonhentos, como cobras (MATTOS; MÁSCULO, 2019).
É fato que os riscos biológicos estão presentes em praticamente todas as
atividades realizadas por trabalhadores que atuam em ambientes onde há a
possibilidade de exposição a esses agentes. Esses locais incluem hospitais,
serviços de esgoto, etc., onde agentes biológicos estão presentes independen-
temente da vontade do trabalhador (BARSANO; BARBOSA, 2013). Nesses casos,
os riscos são sinalizados no mapa de riscos pela cor marrom (BRASIL, 1994).

Riscos ergonômicos
Os riscos ergonômicos estão associados aos aspectos físicos e psicológicos
inerentes à realização de atividades. Eles apresentam potencial de causar
modificações no corpo e no estado emocional dos trabalhadores, prejudi-
cando sua saúde, segurança e produtividade (PEIXOTO, 2010). Para Mattos e
Másculo (2019), os riscos ergonômicos são aqueles oriundos do uso de agentes,
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como máquinas, métodos, etc., que não são adequados às capacidades dos
trabalhadores.
Segundo Barsano e Barbosa (2013), alguns exemplos de distúrbios provo-
cados pelos riscos ergonômicos incluem lesão por esforço repetitivo (LER),
fadiga, dores musculares, hipertensão arterial, distúrbios do sono, diabetes,
doenças nervosas, problemas digestivos, tensão, ansiedade, problemas de
coluna, agressividade e outras doenças ainda desconhecidas. No mapa de
riscos, esses agentes são identificados pela cor amarela (BRASIL, 1994).

A ergonomia atualmente é regulamentada pela NR 17, cujo principal


objetivo é estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das
condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores,
visando a proporcionar o máximo de conforto, segurança e desempenho efi-
ciente. As condições de trabalho abrangem aspectos relacionados a manuseio,
transporte e descarga de materiais, mobiliário, equipamentos, condições am-
bientais no local de trabalho, bem como à própria organização do trabalho
(BRASIL, 2018).

Riscos mecânicos
Os riscos mecânicos, também conhecidos como riscos de acidentes, são
todos os fatores que representam perigo para o trabalhador ou que afetam
sua saúde física ou mental durante o trabalho. Esses riscos são responsáveis
por acidentes de origem mecânica que, quando não resultam em fatalidades,
podem causar amputações, cortes, arranhões, queimaduras, choques elétricos,
entre outros danos físicos. Além disso, esses acidentes também podem causar
desconforto emocional e psicológico (BARSANO; BARBOSA, 2013).
Mattos e Másculo (2019) acrescentam que os riscos mecânicos são aqueles
que resultam do contato físico direto entre o agente e a vítima, manifestando
sua nocividade. Conforme Rojas (2023), esses agentes mecânicos incluem
arranjos físicos inadequados, máquinas e equipamentos sem proteção, fer-
ramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada, eletricidade,
probabilidade de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado e animais
peçonhentos. Esses agentes serão sinalizados pela cor azul no mapa de riscos
(BRASIL, 1994).
Ao longo desta seção, foram elucidados os conceitos fundamentais dos
riscos ocupacionais, abrangendo as principais classificações existentes, como
riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos. Na próxima
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seção, você lerá sobre algumas técnicas utilizadas para identificar e analisar
esses riscos. Esses métodos e procedimentos ajudam a identificar os riscos
presentes no local de trabalho, fornecendo uma base para o desenvolvimento
de estratégias de prevenção e controle.

Técnicas para identificar os riscos no


ambiente de trabalho
Segundo Barbosa Filho (2015), para que medidas de segurança sejam alcan-
çadas, é preciso identificar os potenciais perigos presentes no ambiente e
nas condições de trabalho, realizando intervenções controladas para ga-
rantir a prevenção adequada. Além disso, cabe às organizações acompanhar
individualmente a saúde dos trabalhadores, levando em consideração as
exigências e os estímulos enfrentados durante a atividade laboral.
Antes de abordar a identificação dos riscos, é necessário destacar que
a análise de riscos é apenas uma etapa do controle de riscos. Para Mattos e
Másculo (2019), a gestão estratégica de uma organização tem, na gestão de
riscos, um aspecto fundamental, cuja aplicação ocorre ao longo do desen-
volvimento e da implementação da estratégia. Um elemento-chave para uma
gestão de riscos eficiente é a identificação e o tratamento adequado dos
riscos. A organização deve realizar uma análise sistemática de todos os riscos
associados às suas atividades passadas, presentes e futuras, incorporando
essa prática à cultura organizacional. Além disso, é necessário estabelecer
uma política efetiva e um programa liderado pela alta direção.

Segundo Rojas (2023), o gerenciamento de riscos envolve plane-


jamento, organização, direção e controle dos recursos humanos e
materiais de uma organização, com o objetivo de minimizar os efeitos dos riscos
ao mínimo possível. É um conjunto de técnicas que busca reduzir ao mínimo as
perdas acidentais, focando no tratamento dos riscos que possam causar danos
pessoais, ambientais e à reputação da empresa.

De acordo com Mattos e Másculo (2019), por meio do gerenciamento de


riscos, devem ser estabelecidos critérios de avaliação e estrutura de análise,
além de comunicados e consultados os colaboradores internos e externos em
todas as etapas. A identificação dos riscos, determinando como, quando e por
que podem afetar os objetivos, precede a análise dos controles existentes, das
consequências e probabilidades. A avaliação, por sua vez, compara os níveis
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estimados com critérios preestabelecidos, buscando equilibrar benefícios


e resultados adversos. O tratamento dos riscos, por meio de estratégias de
custo-benefício e planos de ação, visa a maximizar benefícios e minimizar
custos. Em suma, o monitoramento e a análise crítica contínuos asseguram
a manutenção das prioridades estabelecidas e a efetividade das medidas
de tratamento.
Dessa forma, para dar início a um processo de gerenciamento de riscos, são
necessárias a identificação e a análise de um problema; nesse caso, os riscos
ocupacionais. A identificação e análise dos riscos engloba uma variedade de
métodos e técnicas que objetivam identificar e avaliar os diferentes tipos de
riscos, levando em consideração tanto sua natureza qualitativa quanto sua
natureza quantitativa. Uma das principais finalidades de uma análise de riscos
é proteger os interesses da comunidade, do meio ambiente e da empresa
em questão. Os resultados obtidos permitem a identificação do panorama
dos riscos analisados, incluindo probabilidade de ocorrência, frequência e
consequências (ROJAS, 2023).
Rojas (2023, p. 92) define análise de riscos como uma “análise integrada
dos riscos inerentes a um determinado produto, sistema, operação, funciona-
mento, atividade, no contexto apropriado”. Para o autor, as técnicas utilizadas
na identificação dos riscos visam a identificar o cenário, a frequência e as
consequências dos riscos analisados. Na sequência, serão apresentadas as
principais técnicas de identificação e análise de riscos.

Técnica de incidentes críticos


Trata-se de uma técnica empregada para detectar falhas e condições inseguras
que possam contribuir para a ocorrência de acidentes com lesões reais ou
potenciais. É recomendada em situações que demandam uma identificação
rápida de perigos ou não exigem técnicas mais complexas. O objetivo é identi-
ficar incidentes críticos para prevenir os riscos associados (RUPPENTHAL, 2013).
Mattos e Másculo (2019) indicam que a aplicação da técnica consiste na
utilização de uma amostra aleatória estratificada de colaboradores dos
departamentos selecionados da empresa. O objetivo é obter uma amostra
representativa das diferentes operações e categorias de risco. Durante a
aplicação da técnica, um entrevistador conduz entrevistas com um grupo
de pessoas, solicitando que relembrem e descrevam atos inseguros que
tenham cometido ou presenciado, bem como condições inseguras que tenham
chamado sua atenção dentro da organização.
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Análise preliminar de riscos (APR)


A análise preliminar de perigo (APP) é uma metodologia recomendada para
a identificação de perigos e riscos presentes em atividades que envolvem
substâncias perigosas, bem como a identificação de novos perigos e riscos
que possam surgir devido a novos processos de produção. Por meio dessa
técnica, é possível investigar eventos perigosos nas instalações, abrangendo
tanto aspectos mecânicos como sistemas e operações de produção e manu-
tenção (ROJAS, 2023).
Essa técnica é empregada com o propósito de reconhecer origens de
risco, suas consequências e ações corretivas simples sem necessidade de
um detalhamento técnico, gerando tabelas de fácil compreensão. A APR é
considerada como uma avaliação qualitativa inicial que é conduzida durante a
fase de projeto e desenvolvimento de qualquer processo, produto ou sistema
(MATTOS; MÁSCULO, 2019).

Análise “what if?”


A técnica “what if?” (traduzido como “e se”) é uma forma geral e qualitativa
de análise de fácil aplicação, cujo propósito é permitir uma primeira avalia-
ção para identificar riscos. Pode ser empregada no estágio de projeto, pré-
-operacional ou durante a produção. Os principais objetivos da técnica são
reconhecer, por meio dos diagramas de fluxo disponíveis, os perigos presentes,
identificar problemas nas operações, estabelecer relações entre diferentes
ações de melhoria complementares que resultem em um nível aceitável de
segurança e investigar minuciosamente possíveis desvios (RUPPENTHAL, 2013).
Segundo Rojas (2023), essa técnica é desenvolvida a partir de questioná-
rios e checklists. O autor recomenda que os seguintes procedimentos sejam
seguidos para a aplicação da técnica:

1. formação de uma equipe para aplicação do questionário;


2. planejamento das atividades a serem desenvolvidas;
3. organização e apresentação da proposta em uma reunião;
4. criação do formulário;
5. aplicação do questionário.
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Matriz de riscos
A matriz de riscos consiste em uma matriz em que se procura examinar as
consequências da junção de duas variáveis. Um exemplo icônico de seu
emprego é no contexto das reações químicas, em que são avaliados os im-
pactos decorrentes da união acidental de duas substâncias distintas (MATTOS;
MÁSCULO, 2019).

Análise de modos de falhas e efeitos (FMEA)


Traduzida do inglês failure mode and effect analysis (FMEA), a análise de modos
de falhas e efeitos pode ser entendida como uma ferramenta cujo objetivo
é evitar falhas no projeto do produto ou do processo por meio da análise
de possíveis falhas e de propostas de melhorias. O objetivo é identificar
falhas antes da produção do produto. Para isso, realiza-se uma avaliação
minuciosa, de natureza quantitativa ou qualitativa, do sistema e de seus
componentes, com o intuito de identificar possíveis falhas em equipamentos
ou sistemas, bem como os efeitos futuros para o sistema, o meio ambiente e
os componentes em si. Além disso, é possível estimar taxas de falha e buscar
implementar mudanças e alternativas para aumentar a confiabilidade do
sistema (RUPPENTHAL, 2013).

Análise da operabilidade de perigos (Hazop)


Traduzida do inglês hazard and operability study (Hazop), a análise da opera-
bilidade de perigos é uma análise sistemática e estruturada de processos que
pode ser aplicada desde as fases iniciais do projeto até as etapas operacionais
e pós-operacionais. Essa abordagem é comumente utilizada na indústria de
processos para identificar e avaliar falhas que possam resultar em riscos
tanto para o pessoal envolvido quanto para os equipamentos utilizados no
processo. Além disso, a Hazop também busca identificar falhas que possam
prejudicar a eficiência operacional ou causar operações anormais (HERRERA
et al., 2018).

Se você deseja ver a aplicação de uma das técnicas abordadas, acesse,


por meio do site da Associação Brasileira de Engenharia de Produção
(Abepro), o artigo “Análise de riscos na atividade de poda de árvores na área
urbana próximo a redes energizadas”, de Oliveira et al. (2017).
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Nesta seção, você leu a respeito das principais técnicas empregadas para
identificar e analisar os riscos presentes no ambiente de trabalho a fim de
garantir a implementação de medidas de segurança adequadas. Agora, a
atenção será direcionada para um aspecto igualmente relevante: o monito-
ramento dos riscos ocupacionais. Você verá a importância de acompanhar
continuamente os riscos no local de trabalho para garantir a eficácia das
medidas de controle adotadas.

A importância do monitoramento dos riscos


ocupacionais
No dia a dia das empresas, podem ocorrer eventos indesejados, os quais
podem ser previsíveis ou não. Para evitar esses eventos, reduzindo sua pro-
babilidade de ocorrência, é necessário que os gestores adotem práticas
de prevenção e controle. Isso envolve a investigação minuciosa de todas
as possibilidades de incidentes, acidentes e perdas a fim de compreender
suas causas e efeitos. Além disso, é fundamental estabelecer uma cultura
organizacional que promova a conscientização, participação e formação de
hábitos voltados para a integridade, saúde e segurança. Essas práticas são
essenciais para o efetivo gerenciamento dos riscos (BARBOSA FILHO, 2019).
De acordo com a NR 01, é de responsabilidade da organização implementar
o gerenciamento de riscos ocupacionais por unidade operacional, setor ou
atividade (BRASIL, 2020). Ainda, as ações devem compor um Programa de
Gerenciamento de Riscos (PGR). Após a identificação, análise e classificação
dos riscos, a empresa deve adotar medidas de prevenção para eliminar, reduzir
ou controlar os riscos identificados. Na sequência, deve-se definir um plano
de ação com cronograma e as formas que as medidas serão acompanhadas
e aferidas para mensurar os resultados.
De forma complementar, a NR 09 define os critérios para analisar as ex-
posições profissionais a elementos físicos, químicos e biológicos quando
mencionados no PGR, conforme especificado na NR 01. Também fornece
orientações sobre as medidas preventivas relacionadas aos riscos ocupacio-
nais. O plano de ação deve conter as medidas de prevenção e controle das
exposições ocupacionais (BRASIL, 2021).
Para Moraes (2022), as organizações com alto potencial de risco devem
adotar medidas específicas para emergências de grande magnitude. O autor
cita alguns exemplos de situações que merecem uma atenção maior, como
vazamentos significativos de substâncias químicas perigosas, armazenamento
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de grandes quantidades de materiais inflamáveis ou explosivos e risco de


rompimento de barragens devido a chuvas intensas na região.
Uma forma de monitorar e acompanhar a gestão de riscos é por meio
de auditorias. Barbosa Filho (2019) afirma que existe a crença de que estar
sujeito a uma auditoria implica suspeitas de conduta inadequada e até mesmo
ocultação de informações. Em outras palavras, uma auditoria visa a verificar
se as atividades planejadas para atender a uma especificação estão sendo
realizadas de forma satisfatória e se representam o melhor que pode ser
feito nesse contexto. Além disso, a auditoria proporciona uma oportunidade
para identificar e implementar melhorias no sistema de controle. Os efetivos
objetivos de uma auditoria incluem (BARBOSA FILHO, 2019, p. 406):

1. Determinar a conformidade ou não com a especificação.


2. Determinar a eficácia do SSST implementado no atendimento dos objetivos
especificados.
3. Prover ao auditado, oportunidade de melhoria.
4. Atender aos requisitos regulamentares.
5. Avaliar uma organização visando estabelecer uma relação contratual, inclusive
no caso de fusões ou aquisições.
6. Verificar a continuidade do SSST aos requisitos especificados e a sua evolução
na organização ou nas contratadas.
7. Avaliar o SSST em face de uma norma de sistema de SST.

Avaliar as condições de segurança e saúde no trabalho é de extrema


importância. Uma das formas de monitorar os riscos é por meio
de auditorias ou vistorias. Para isso, podem ser utilizadas checklists a fim de
verificar as não conformidades presentes no local com base nas NRs.
Castro e Okawa (2016) apresentam a checklist aplicada em uma indústria
alimentícia que atuava no mercado há 12 anos e contava com um quadro de 104
colaboradores. Veja, a seguir, algumas das perguntas avaliadas.
1) Os trabalhadores estão expostos a agentes físicos?
2) Os trabalhadores estão expostos a agentes biológicos?
3) Os trabalhadores estão expostos a agentes químicos?
4) Há transporte manual de carga no local?
5) Todas as máquinas e equipamentos têm proteção?
6) O local é insalubre?
Ao longo da aplicação, deve-se, para cada pergunta, responder “Sim”, “Não”
ou “N/A”, que corresponde ao que não se aplica, além de ser possível inserir
observações.
Para conferir as outras perguntas e os resultados encontrados no estudo,
acesse-o na íntegra.
Riscos ocupacionais 13

O profissional de segurança desempenha um papel importante na reali-


zação de inspeções e monitoramentos regulares, especialmente no ambiente
industrial. Esses monitoramentos incluem a medição dos níveis de contamina-
ção química no ar e a exposição física a ruídos, vibração e radiação. Embora
o higienista industrial geralmente seja responsável pelo monitoramento,
o profissional de segurança também participa dessa tarefa. Em algumas
situações, é necessário realizar o monitoramento médico individual. Nesse
caso, o médico do trabalho lidera o processo, enquanto o profissional de
segurança fica encarregado dos aspectos administrativos e da manutenção
dos registros do programa (LADOU; HARRISON, 2016).
Por fim, a NBR ISO 31000:2018 (ABNT, 2018) afirma que o processo de gestão
de riscos envolve a aplicação sistemática de políticas, procedimentos e práti-
cas de gestão para as atividades de comunicação, consulta, estabelecimento
do contexto e identificação, análise, avaliação, tratamento e monitoramento
dos riscos. O monitoramento é realizado de forma contínua para identificar
mudanças no nível de desempenho requerido ou esperado. Pode ser aplicado
à estrutura da gestão de riscos, ao processo, ao risco ou ao controle.
Neste capítulo, foram explorados os riscos ocupacionais, com destaque
para sua definição e as classificações e técnicas para identificação e análise
no ambiente de trabalho. Além disso, foi ressaltada a importância dos pro-
gramas de gerenciamento de riscos, que incluem o monitoramento constante
desses riscos. O conhecimento adquirido por meio da leitura deste material é
de suma importância para você, aluno-leitor, na medida em que proporciona
uma compreensão sobre a importância de reconhecer, avaliar e controlar os
riscos ocupacionais no ambiente laboral. Ao aplicar esses conceitos, você
estará capacitado a contribuir para a promoção de um ambiente de trabalho
mais seguro e saudável.

Referências
ABNT. NBR ISO 31000:2018: gestão de riscos: diretrizes. Rio de Janeiro: ABNT, 2018.
BARBOSA FILHO, A. N. Segurança do trabalho e gestão ambiental. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 2019.
BARBOSA FILHO, A. N. Segurança do trabalho na construção civil. São Paulo: Atlas, 2015.
BARSANO, P. R.; BARBOSA, R. P. Controle de riscos: prevenção de acidentes no ambiente
ocupacional. São Paulo: Érica, 2013.
BRASIL. Ministério do Trabalho. Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho. Portaria
nº 24, de 29 de dezembro de 1994. Brasília, DF: Ministério do Trabalho, 1994. Disponível
em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/
secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-portarias/1994/
portaria_24_aprova_nr_07_e_altera_nr_28-doc.pdf. Acesso em: 21 jun. 2023.
14 Riscos ocupacionais

BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. NR 01: Disposições gerais e gerencia-


mento de riscos ocupacionais. Brasília, DF: Ministério do Trabalho e Previdência,
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normas-regulamentadoras/nr-01-atualizada-2020.pdf. Acesso em: 21 jun. 2023.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. NR 09: Avaliação e controle das exposições
ocupacionais a agentes físicos, químicos e biológicos. Brasília, DF: Ministério do Tra-
balho e Previdência, 2021. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/
pt-br/acesso-a-informacao/participacao-social/conselhos-e-orgaos-colegiados/ctpp/
arquivos/normas-regulamentadoras/nr-09-atualizada-2021-com-anexos-vibra-e-calor.
pdf. Acesso em: 21 jun. 2023.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. NR 17: Ergonomia. Brasília, DF: Ministério
do Trabalho e Previdência, 2018. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-pre-
videncia/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-social/conselhos-e-orgaos-cole-
giados/ctpp/arquivos/normas-regulamentadoras/nr-17.pdf. Acesso em: 21 jun. 2023.
CASTRO, T. R.; OKAWA, C. P. Auditoria de segurança e saúde do trabalho em uma indús-
tria de alimentos do Estado do Paraná. Produção Online, v. 16, n. 2, p. 678-704, 2016.
HERRERA, M. A. et al. Análise de risco: estado da arte da metodologia Hazop genera-
lizada, aplicações e perspectivas na indústria de processos. Vigil Sanit Debate, v. 6,
n. 2, p. 106-121, 2018.
LADOU, J.; HARRISON, R. J. CURRENT medicina ocupacional e ambiental: diagnóstico e
tratamento. 5. ed. Porto Alegre: AMGH, 2016.
MATTOS, U. A. O.; MÁSCULO, F. S. Higiene e segurança do trabalho. 2. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2019.
MORAES, M. V. G. Gerenciamento de Risco Ocupacional (GRO): como implementar um
plano de emergência para atendimento previsto na NR-1. São Paulo: Expressa, 2022.
OLIVEIRA, K. A. et al. Análise de riscos na atividade de poda de árvores na área urbana
próximo a redes energizadas. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO,
37., 2017, Joinville. Anais [...]. Joinville: Enegep, 2017. Disponível em: https://abepro.org.
br/biblioteca/TN_STP_241_399_33931.pdf. Acesso em: 21 jun. 2023.
PEIXOTO, N. H. Curso técnico em automação industrial: segurança do trabalho. 3. ed.
Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, 2010.
ROJAS, P. Técnico em segurança do trabalho. Porto Alegre: Bookman, 2023. (Tekne).
RUPPENTHAL, J. E. Gerenciamento de riscos. Santa Maria: Universidade Federal de
Santa Maria, 2013.
SANDERS, M. S.; MCCORMICK, E. J. Human error, accidents, and safety. In: SANDERS,
M. S.; MCCORMICK, E. J. Human factors in engineering and design. 7. ed. New York:
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SESI. Técnicas de avaliação de agentes ambientais: manual SESI. Brasília, DF: SESI/
DN, 2007.

Leitura recomendada
EQUIPE ATLAS. Segurança e medicina do trabalho. 88. ed. Barueri: Atlas, 2022.
Riscos ocupacionais 15

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Dica do professor
Há diversos tipos de riscos ocupacionais no ambiente de trabalho, e cada risco tem um efeito único
na saúde e segurança do trabalhador. Para gerenciar mais facilmente esses riscos, eles foram
classificados em físicos, químicos, biológicos, ergonômicos ou de acidente.

Nesta Dica do Professor, acompanhe uma apresentação dos riscos existentes de acordo com sua
classificação.

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Exercícios

1) Os riscos ocupacionais estão presentes em todos os ambientes de trabalho,


independentemente do segmento e do tamanho da organização. Esses riscos ocupacionais
são classificados em determinado grupo, e cada grupo recebe uma cor correspondente à
classificação do risco.

Assinale a alternativa que apresenta as cores que classificam os grupos de riscos


ocupacionais.

A) Verde, azul, vermelho, rosa, preto.

B) Amarelo, laranja, vermelho, azul e verde.

C) Vermelho, amarelo, marrom, azul, verde.

D) Laranja, azul, marrom, vermelho, verde.

E) Azul, verde, preto, amarelo, vermelho.

2) O ambiente de trabalho pode oferecer diferentes riscos ocupacionais. Cada um desses riscos
deverá ser tratado por uma medida única que atenda às especificações do risco. Para definir
as medidas de controle mais eficazes, os riscos são classificados em grupos. Sobre essas
questões, analise as assertivas a seguir:

I. Os riscos são classificados em: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes.


II. O grupo dos riscos biológicos é representado pela cor vermelha.
III. O grupo dos riscos ergonômicos é representado pela cor amarela.
IV. Poeiras minerais é um exemplo de um risco classificado como químico.

Assinale a alternativa que apresenta as assertivas corretas:

A) Apenas I, III, IV.

B) Apenas I, II, IV.

C) Apenas II, III, IV.

D) Apenas I e III.
E) Apenas II e IV.

3) O trabalhador pode estar exposto a diferentes riscos ocupacionais, que são gerados pelas
suas atividades diárias. João atua como soldador na empresa Conexões e Tubos S.A. Entre as
atividades exercidas por João, foi identificada a presença de diversos riscos, com destaque
para ruído, vibrações, calor, fumos metálicos, postura inadequada, esforço físico intenso,
choque elétrico e queimaduras.

Os riscos ruído, vibrações e calor pertencem a qual grupo de riscos?

A) Grupo de riscos químicos.

B) Grupo de riscos físicos.

C) Grupo de riscos biológicos.

D) Grupo de riscos ergonômicos.

E) Grupo de riscos de acidente.

4) O trabalhador deve ser informado dos riscos aos quais está exposto em seu ambiente de
trabalho. Para isso, a empresa elabora diversos documentos.

Assinale a alternativa que indica o documento que deve ser fixado em local visível ao
trabalhador, elaborado com legendas de cores e símbolos, com a participação dos
trabalhadores para identificar os riscos ocupacionais.

A) Programa de gerenciamento de riscos.

B) Ordem de serviço.

C) Programa de controle médico de saúde ocupacional.

D) Mapa de riscos.

E) Laudo técnico das condições ambientais de trabalho.

5) O mapa de riscos é um dos muitos documentos elaborados pela empresa para atender a área
de saúde e segurança ocupacional. Trata-se de um documento utilizado para identificar os
riscos existentes no ambiente de trabalho a partir do mapa do local.

Quem são os agentes responsáveis pela elaboração do mapa de riscos?


A) Técnicos em segurança do trabalho.

B) Sindicatos.

C) Trabalhadores.

D) Agentes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho


(SESMT).

E) Agentes da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).


Na prática
O ambiente de trabalho oferece diversos riscos aos trabalhadores. É papel da empresa identificar
esses riscos ocupacionais e propor medidas de controle que garantam a eliminação dos riscos ou a
sua minimização, tornando o ambiente de trabalho seguro e salubre.

Neste Na Prática, aprenda a identificar e classificar os riscos ocupacionais existentes nos ambientes
de trabalho.
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:

Análise da percepção dos riscos ocupacionais entre


trabalhadores de uma indústria do segmento têxtil (Minas
Gerais, Brasil)
Este estudo objetivou analisar a percepção dos trabalhadores de uma fábrica de produtos têxteis
em relação aos riscos ambientais e possíveis agravos à saúde, visando proporcionar um processo de
reflexão-ação entre esses profissionais.

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Saúde do trabalhador
No capítulo Normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho, são apresentadas as
normas regulamentadoras, legislações desenvolvidas pelo governo com o objetivo de orientar as
organizações sobre como tratar os riscos ocupacionais.

Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!

Segurança do trabalho: definição, tipos e características do


mapa de risco
Neste vídeo, conheça a definição de mapa de risco, suas características e saiba como deve ser
elaborado um mapa de risco.

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