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de Construção Civil

APRENDENDO E CONTRIBUINDO
Manual Básico

Manual Básico de Construção Civil Aprendendo e Contribuindo


ApresentaÇão

Ao Fim de Satisfazer as suas necessidades didáticas, elaboram do Manual Baico de


Construção com o objetivo de permitir aos Estudantes do Cuso de Construção (Pedreiro)
o acompanhamento das aulas teóricas e praticas, desenvolvidas no decorrer do mesmo,
no sentido de auxiliar o aluno mo aprendizagem dos conhecimentos, das técnicas e
atitudes do oficio de pedreiro.

O Autor
Sumario
1. Introdução
2. Fundamento de Higiene e Segurança no Trabalho
3. Noções Básicas
4. Materiais de Construção
5. Ferramentas
6. Locação de Obras
7. Escavação
8. Fundação
9. Parede
10. Acabamento
11. Bibliografia
INTRODUÇÃO

O pedreiro é o profissional; da obra que actua na construção das etapas


de fundação, paredes e acabamento. Ele deve ter conhecimento sobre o
emprego de materiais, sobre ferramentas e equipamentos, sobre as
técnicas utilizadas na construção entre outros.

Deve saber construir vigas, pilares e laje, assentamento de parede,


revestimento de piso e paredes, etc. e como funciona um estaleiro de obra
e suas instalações. Ter nocções sobre instalações de água, esgoto e
instalação electricas, saber ler e interpretar projectos e ter conhecimento
sobre cálculos de área e volume são conhecimentos essenciais que completa
a formação do pedreiro.
FUNDAMENTOS DA HIGIENE E SEGURANÇA É precisamente este o objectivo principal deste curso, o de
SENSIBILIZAR para as questões da Higiene e Segurança no
Trabalho.
INTRODUÇÃO
A indústria sempre teve associada a vertente humana, nem DEFINIÇÕES
sempre tratada como sua componente preponderante.
A higiene é a segurança são duas actividades que estão
Até meados do século 20, as condições de trabalho nunca foram
intimamente relacionadas com o objectivo de garantir condições
levadas em conta, sendo sim importante a produtividade, mesmo
de trabalho capazes de manter um nível de saúde dos
que tal implicasse riscos de doença ou mesmo à morte dos
colaboradores e trabalhadores de uma Empresa.
trabalhadores. Para tal contribuíam dois factores, uma
mentalidade em que o valor da vida humana era pouco mais que
desprezível e uma total ausência por parte dos Estados de leis
Segundo a O.M.S. - Organização Mundial de Saúde, a
que protegessem o trabalhador.
verificação de condições de Higiene e Segurança consiste "num
Apenas a partir da década de 50 / 60, surgem as primeiras estado de bem-estar físico, mental e social e não somente a
tentativas sérias de integrar os trabalhadores em actividades ausência de doença e enfermidade ".
devidamente adequadas às suas capacidades.
Actualmente em Portugal existe legislação que permite uma
A higiene do trabalho propõe-se combater, dum ponto de vista
protecção eficaz de quem integra actividades industriais, ou
não médico, as doenças profissionais, identificando os factores
outras, devendo a sua aplicação ser entendida como o melhor
que podem afectar o ambiente do trabalho e o trabalhador,
meio de beneficiar simultaneamente as Empresas e os
visando eliminar ou reduzir os riscos profissionais (condições
Trabalhadores na salvaguarda dos aspectos relacionados com as
inseguras de trabalho que podem afectar a saúde, segurança e
condições ambientais e de segurança de cada posto de trabalho.
bem estar do trabalhador).
Na actualidade, em que certificações de Sistemas de Garantia
da Qualidade e Ambientais ganham tanta importância, as
medidas relativas à Higiene e Segurança no Trabalho tardam em A segurança do trabalho propõe-se combater, também dum
ser implementados pelo que o despertar de consciências é ponto de vista não médico, os acidentes de trabalho, quer
fundamental. eliminando as condições inseguras do ambiente, quer educando
os trabalhadores a utilizarem medidas preventivas.
Para além disso, as condições de segurança, higiene e saúde no
trabalho constituem o fundamento material de qualquer
Quanto aos acidentes do trabalho o que se pode dizer é que
programa de prevenção de riscos profissionais e contribuem, na
grande parte deles ocorre porque os trabalhadores se encontram
empresa, para o aumento da conetividade com diminuição da
mal preparados para enfrentar certos riscos.
sinistralidade.

O que diz a lei?


 Segurança: Estudo, avaliação e controlo dos riscos de
operação; Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a
serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação
 Higiene: Identificar e controlar as condições de trabalho funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade
que possam prejudicar a saúde do trabalhador para o trabalho, permanente ou temporária...”

 Doença Profissional: Doença em que o trabalho é


determinante para o seu aparecimento. Lesão corporal é qualquer dano produzido no corpo humano, seja
ele leve, como, por exemplo, um corte no dedo, ou grave, como a
perda de um membro.
ACIDENTES DE TRABALHO

O que é ACIDENTE?
Perturbação funcional é o prejuízo do funcionamento de
Se procurarmos num dicionário poderemos encontrar qualquer órgão ou sentido. Por exemplo, a perda da visão,
“Acontecimento imprevisto, casual, que resulta em ferimento, provocada por uma pancada na cabeça, caracteriza uma
dano, estrago, prejuízo, avaria, ruína, etc...” perturbação funcional.

Os acidentes, em geral, são o resultado de uma combinação de Doença profissional também é acidente do trabalho?
factores, entre os quais se destacam as falhas humanas e falhas
materiais.
Doenças profissionais são aquelas que são adquiridas na
sequência do exercício do trabalho em si.
Vale a pena lembrar que os acidentes não escolhem hora nem
Doenças do trabalho são aquelas decorrentes das condições
lugar. Podem acontecer em casa, no ambiente de trabalho e nas
especiais em que o trabalho é realizado. Ambas são consideradas
inúmeras locomoções que fazemos de um lado para o outro, para
cumprir nossas obrigações diárias.
como acidentes do trabalho, quando delas decorrer a acidente com afastamento, que pode resultar na incapacidade
incapacidade para o trabalho. temporária, ou na incapacidade parcial e permanente, ou, ainda,
na incapacidade total e permanente para o trabalho.

Um funcionário pode apanhar uma gripe, por contágio com


colegas de trabalho. Essa doença, embora possa ter sido A incapacidade temporária é a perda da capacidade para o
adquirida no ambiente de trabalho, não é considerada doença trabalho por um período limitado de tempo, após o qual o
profissional nem do trabalho, porque não é ocasionada pelos trabalhador retorna às suas actividades normais.
meios de produção.
A incapacidade parcial e permanente é a diminuição, por toda
vida, da capacidade física total para o trabalho. É o que
acontece, por exemplo, quando ocorre a perda de um dedo ou
Contudo, se o trabalhador contrair uma doença ou lesão por
de uma vista.
contaminação acidental, no exercício de sua catividade, temos aí
um caso equiparado a um acidente de trabalho. Por exemplo, se
operador de um banho de decapagem se queima com ácido ao
Incapacidade total e permanente é a invalidez incurável para o
encher a tina do banho ácido isso é um acidente do trabalho.
trabalho.

Noutro caso, se um trabalhador perder a audição por ficar longo


Neste ultimo caso, o trabalhador não reúne condições para
tempo sem protecção auditiva adequada, submetido ao excesso
trabalhar o que acontece, por exemplo, se um trabalhador perde
de ruído, gerado pelo trabalho executado junto a uma grande
as duas vistas num acidente do trabalho. Nos casos extremos, o
prensa, isso caracteriza igualmente uma doença de trabalho.
acidente resulta na morte do trabalhador.

Um acidente de trabalho pode levar o trabalhador a se ausentar


Um trabalhador desvia sua atenção do trabalho por fracção de
da empresa apenas por algumas horas, o que é chamado de
segundo, ocasionando um acidente sério. Além do próprio
acidente sem afastamento. É que ocorre, por exemplo, quando o
trabalhador são atingidos mais dois colegas que trabalham ao
acidente resulta num pequeno corte no dedo, e o trabalhador
seu lado. O trabalhador tem de ser removido urgentemente para
retorna ao trabalho em seguida.
o hospital e os dois outros trabalhadores envolvidos são atendidos
Outras vezes, um acidente pode deixar o trabalhador impedido no ambulatório da empresa. Um equipamento de fundamental
de realizar suas actividades por dias seguidos, ou meses, ou de importância é paralisado em consequência do dano em algumas
forma definitiva. Se o trabalhador acidentado não retornar ao peças da máquina. O equipamento parado é uma guilhotina que
trabalho imediatamente ou até no dia seguinte, temos o chamado corta a matéria-prima para vários sectores de produção.
Analise a situação anterior e liste as consequências directas e Situação perigosa
indirectas que consegue prever, em resultado deste acidente.
Situação perigosa é toda a condição em que o homem é exposto
a riscos perigosos.

AVALIAÇÃO DE RISCOS E CONSEQUÊNCIAS DE ACIDENTES


A indústria da construção é considerada actividade perigosa, Acidente/Dano
devido ao aumento de ocorrência dos acidentes de trabalho, Segundo a mesma Edição da PRONACI, acidente ou dano é um
principalmente dos acidentes desastrosos. Conforme dados facto que não foi planeado e que pode provocar a morte, um
estatísticos disponíveis indicam, no mundo todo, que o risco de um prejuízo para a saúde ou um ferimento.
trabalhador da construção civil sofrer um acidente de trabalho
fatal é “várias vezes maiores que o risco existente entre os
trabalhadores de outras actividades económicas”. Acidente de trabalho
Esta actividade da construção engloba um amplo e diferenciado Um acidente de trabalho é aquele que ocorre no local e tempo de
leque de actividades com características regularmente muito trabalho produzindo lesão corporal, perturbação funcional ou
específicas. Atendendo ao funcionamento complexo do sistema doença que causa a morte, a perda ou a redução da capacidade
onde se integram estas actividades, mais especificamente os de trabalho.
estaleiros, surgem riscos específicos para os trabalhadores que
importa prevenir, eliminando-os logo na sua origem ou, quando tal
não for possível, minimizando os seus efeitos.
RISCOS ESPECIAIS PARA OS TRABALHADORES
Segundo a (Agência Europeia para a Segurança e Saúde no
Trabalho, os trabalhadores da construção também estão expostos As situações de maior risco normalmente ocorrem durante a fase
a um grande número de problemas de saúde, que vão da asbestos de abertura de caboucos, na eventualidade de recorrer a
às dores nas costas, da síndrome da vibração transmitida ao explosivos. A fase de preparação de cofragens, colocação de
sistema mão-braço às queimaduras provocadas pelo cimento. armadura e betonagens em elementos situados a grande altura
reveste-se também de algum risco.

CONCEITOS BÁSICOS PROTECÇÃO COLECTIVA E PROTECÇÃO INDIVIDUAL


Risco/Fenómeno perigoso
Risco/fenómeno é algo capaz de fomentar uma lesão para a As medidas de protecção colectiva, através dos equipamentos de
saúde. Normalmente é avaliado em função da probabilidade e
protecção colectiva (EPC), devem ter prioridade, conforme
das consequências da ocorrência de um acidente.
determina a legislação. Uma vez que beneficiam todos os Existem EPIs para protecção de praticamente todas as partes do
trabalhadores, indistintamente corpo. Veja alguns exemplos:

Os EPCs devem ser mantidos nas condições que os especialistas Cabeça e crânio: capacete de segurança contra
em segurança estabelecerem, devendo ser reparados sempre que impactos, perfurações, acção dos agentes
apresentarem qualquer deficiência. meteorológicos etc.

Quando não for possível adoptar medidas de segurança de


ordem geral, para garantir a protecção contra os riscos de
acidentes e doenças profissionais, devem-se utilizar os Olhos: óculos contra impactos, que evita a cegueira
equipamentos de protecção individual, conhecidos pela sigla EPI. total ou parcial e a conjuntivite. É utilizado em
trabalhos onde existe o risco de impacto de
estilhaços e limalhas.
São considerados equipamentos de protecção individual todos os
dispositivos de uso pessoal destinados a proteger a integridade
física e a saúde do trabalhador. Os EPIs não evitam os acidentes, Vias respiratórias: protector respiratório, que previne
como acontece de forma eficaz com a protecção colectiva. problemas pulmonares e das vias respiratórias, e
Apenas diminuem ou evitam lesões que podem decorrer de deve ser utilizado em ambientes com poeiras, gases,
acidentes. vapores ou fumos nocivos.

Veja um exemplo: Face: máscara de solda, que protege contra


Um operador derramou metal fundido dentro de um molde, com impactos de partículas, respingo de
uma concha sem reparar que havia um pouco de água no fundo produtos químicos, radiação (infravermelha
do molde. Ao derramar o metal, este reagiu com a água, e ultravioleta) e ofusca.
causando uma explosão que lhe atingiu o rosto. Dado que o
operador usava mascara, Isso impediu que o rosto e os olhos
fossem atingidos. Graças ao uso correcto do EPI, o operador não
teve nenhuma lesão.
Ouvidos: Auriculares, que previnem a surdez, o A lei determina que os EPIs sejam aprovados pelo Ministério do
cansaço, a irritação e outros problemas Trabalho, mediante certificados de aprovação (CA). As empresas
psicológicos. Deve ser usada sempre que o devem fornecer os EPIs gratuitamente aos trabalhadores que
ambiente apresentar níveis de ruído superiores deles necessitarem. A lei estabelece também que é obrigação dos
aos aceitáveis, de acordo com a norma empregados usar os equipamentos de protecção individual onde
regulamentadora. houver risco, assim como os demais meios destinados a sua
segurança.

Mãos e braços: luvas, que evitam


problemas de pele, choque eléctrico,
queimaduras, cortes e raspões e devem
ser usadas em trabalhos com solda
eléctrica, produtos químicos, materiais
cortantes, ásperos, pesados e quentes.

Pernas e pés: botas de borracha, que


proporcionam isolamento contra
electricidade e humidade. Devem ser
utilizadas em ambientes húmidos e em
trabalhos que exigem contacto com produtos
químicos.

Tronco: aventais de couro, que protegem de


impactos, gotas de produtos químicos,
choque eléctrico, queimaduras e cortes.
Devem ser usados em trabalhos de
soldagem eléctrica, oxiacetilénica, corte a
quente.
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA c) Sinais de Aviso: indicam atitudes perigosas ou proibidas para
o local. Exemplo:
A sinalização de segurança alerta trabalhadores e visitante sobre
os riscos existentes e a necessidade de utilização de
equipamentos de protecção. Ou seja, é uma forma rápida de
chamar a atenção, de modo inteligente, para objectos ou
situações que signifiquem riscos ou possam originar perigos.

As placas de sinalização devem obedecer a características


mínimas, como: corresponder às especificações normativas de cor
e dimensões mínimas; ser simples e resistentes; ser visíveis e
compreensíveis; e se for o caso, ser retiradas quando o risco
desaparecer.
d) Sinais de Emergências: indicam direcções de fuga, saídas de
emergências ou localização de equipamentos de segurança.
A sinalização de segurança pode ser classificada como:
a) Sinais de Obrigação: indicam comportamentos ou acções
específicas e a obrigação de utilizar EPI. Exemplo:

Também há outro tipo de classificação, denominada sinalização


permanente, que normalmente é utilizada para proibições, avisos,
obrigações, meios de salvamento ou de socorro, equipamento de
b) Sinais de Perigo: indicam situações de atenção, precaução, combate a incêndios, assinalar recipientes e tubulações, riscos de
verificação ou actividades perigosas. Exemplo: choque ou queda, vias de circulação etc.
Todos os tipos de sinalização já mencionados são tidos como
permanentes. Mas há também os de carácter acidental, que
seriam:
a) Sinais Luminosos: destinados a chamar a atenção para
acontecimentos perigosos, chamar os trabalhadores para uma
acção específica ou facilitar a evacuação emergencial de
trabalhadores;
b) Sinais Acústicos: a mesma função dos luminosos; tem como objectivo alertar os motoristas e pedestres, e deve estar
de acordo com as determinações do órgão competente.
c) Comunicações Verbais e Gestuais: a mesma função dos
luminosos.
Normalmente a sinalização obedece a pictogramas (símbolos) CORES DOS CAPACETES NA CONSTRUÇÃO CIVIL
internacionais, como por exemplo sinais de obrigação: forma Nenhuma norma regulamentadora (NR) do Ministério do Trabalho (MTE)
circular, fundo azul e pictograma branco. Exemplo: protecção faz qualquer referência às cores dos capacetes de segurança. Mesmo
obrigatória dos olhos, protecção obrigatória da cabeça. assim, é bastante comum perceber que nos canteiros, para cada função,
há uma cor diferente, o que identifica o trabalhador.

“Não é por uma questão de segurança, mas de organização do canteiro


Segundo a Norma Regulamentadora – todo canteiro de obras de obras”, explica o técnico em segurança do trabalho. “As empresas
deve estar sinalizado a fim de: adotam cores nos capacetes para identificarem os profissionais:
serventes, pedreiros, encarregado”, enumera.
a) indicar as saídas existentes;
b) identificar os locais de apoio; Como o capacete é de uso obrigatório por todos que estejam no
c) advertir contra eventuais perigos que possam vir a existir canteiro de obras, com a padronização das cores de acordo com os
na obra; cargos fica fácil saber quem é quem, ou quais são os responsáveis por
um determinado serviço em andamento. “Diferencia também
d) advertir contra risco de queda; funcionários daqueles que não trabalham no canteiro”.
e) indicar a obrigatoriedade do uso de equipamento de
protecção individual mínimo (EPI)e para actividades
Exemplo possível de organização das cores dos capacetes é:
específicas, através de sinalização próxima ao local de
execução desta actividade;  Engenheiros: Capacete Cinza / Branco;
 Mestre-de-Obras e Encarregados: Capacete Branco
f) indicar as áreas isoladas devido ao transporte e à  Pedreiro: Capacete Azul
circulação de materiais;  Serventes e Operários: Capacete Verde
g) identificar os acessos e circulações de veículos e  Carpinteiros: Capacete Vermelho
equipamentos;  Eletricista: Capacete Laranja
h) identificar locais onde a passagem de pessoas ocorrer em  Pintores: Capacete Amarelo
 Técnico em Segurança do Trabalho: Capacete Preto
pé-direito menor de 1,80 m, advertindo-os;  Visitantes: Capacete Marrom / Amarelo
i) identificar os locais em que existam substâncias tóxicas,
corrosivas, inflamáveis, explosivas e radioactivas.
Mas não há uma regra geral. As cores podem variar, de empresa
para empresa. Não há motivos para que exista uma norma
determinando quais cores devem ser usadas por profissional.
Em caso de obras em vias públicas, o trabalhador deve estar
portando colete ou tiras reflexivas na região do tórax e das O importante é que o uso do capacete seja sempre observado, e que
costas, e o canteiro de obras deve ter seu acesso e sinalizar a cada canteiro tenha suas atividades organizadas. “O que é definido
movimentação e transporte vertical de materiais. Esta sinalização no começo da obra, deve seguir válido até o seu final”, pondera.
NOÇÕES BÁSICAS Para se utilizar a técnica de alinhamento é necessário que esteja
estabelecido o ponto inicial e final do mesmo a partir dai fixar
Nivelamento uma linha (Fio de nylon) entre estes pontos.
Numa obra utilizamos este procedimento no assentamento de
Operação que consiste em transportar uma referência de nível alvenaria (paredes) contruindo as fiadas de blocos, no
marcada em uma determinada altura para outro local, assentamento das mestras intermediárias dos revestimentos de
estabelecendo assim um plano no horizontal. Numa obra a parede e piso, etc.
referência de nível (marca) é estabelecida a 1,0metro do nível do
piso e transportada para as paredes dos outros cómodos. É
através do nivelamento que marcamos as alturas das alvenarias,
dos vão de janelas e portas, do pé direito das alturas do piso e
contra piso na pavimentação.

A ferramenta utilizada para realizar o nivelamento é o nível de


mangueira.

Nível de Mangueira

Prumada
Operação que consiste em posicionar numa direcção vertical os
elementos de uma construção. É utilizada na construção das fiadas
de blocos, levantamento de paredes aprumada os blocos iniciais e
finais de cada fiada.

Alinhamento
Operação que consiste em posicionar numa mesma direção,
através de uma linha fina, os elementos de uma construção.
UNIDADES DE MEDIÇÕES 1 metro = 1,00 m
1 decímetro = 1,00 dm ou 0,1m ou 0,10m
Metro 1 centímetro = 1,0 cm ou 0,1 dm ou 0,01m
O metro como medida de comprimento. 1 milímetro = 1mm ou 0,1cm ou 0,01 dm ou 0,001m
Na medição compara-se uma dimensão desconhecida com uma
conhecida. A dimensão conhecida chama-se medida. Mudança De Unidade
Para medir comprimentos usavam-se nos tempos de outrora, entre
outros, o palmo e o pé. Atualmente, emprega-se o metro, Na expressão 1,00m temos de considerar dois fatores:
internacionalmente divulgado e conhecido. O metro é a unidade 1,00 é o valor, e “m” é a unidade. Graficamente representado:
para medidas lineares e é divido em decímetros, centímetro e
milímetros. Escreve-se e fala-se:

Ou
O Metro Quadrado
1m = 10dm = 100cm = 1000mm
1dm = 10 cm = 100mm Toda área tem duas dimensões: o comprimento e a largura. A fim
de medi-la, deve ser comparada a uma unidade conhecida. A
1cm = 10mm unidade para medir áreas chama-se “metro quadrado”.

Representação com vírgula O metro quadrado é um quadrado cujos lados têm 1,00m de
comprimento cada um (ver figura).
O metro e suas subdivisões podem ser representados com vírgula,
ou seja, com inteiros e uma fração decimal. Assim sendo, temos:
Multiplicando dm com dm recebemos dm2
Multiplicando cm com cm recebemos cm2
Multiplicando mm com mm recebemos mm2

Portanto, a unidade no cálculo de áreas sempre deve ser igual.

As unidades são:

Achamos à área de um quadrado multiplicando lado vezes lado, Fórmula para cálculo de áreas
ou melhor, comprimento vezes largura:
Área do quadrado: L x L, onde L = lado.
Deduzimos que:

Área do triângulo: B x H / 2, B = base e H = altura.


Multiplicando o comprimento vezes a largura, recebemos a área em m2,
dm2, cm2 ou mm2. O único cuidado deverá ser o seguinte:
Usando o metro quadrado como unidade e o exposto a respeito
do cálculo da área, podemos calcular também as áreas de um
Multiplicando m com m recebemos m2
compartimento ou de uma parede.
Multiplicando dm com dm recebemos dm2
Multiplicando o comprimento vezes a largura, recebemos a área
em m2, dm2, cm2 ou mm2. O único cuidado deverá ser o seguinte: Multiplicando cm com cm recebemos cm2
Multiplicando mm com mm recebemos mm2
Multiplicando m com m recebemos m2
Portanto, a unidade no cálculo de áreas sempre deve ser igual. Área do círculo: πr2 , π = 3,1415 - r = raio da circunferência.

Fórmula para cálculo de áreas

Área do quadrado: L x L, onde L = lado.

Área do triângulo: B x H / 2, B = base e H = altura.

Área do trapézio: (B + b) x H / 2, onde B = base maior,


b = base menor, H = altura.

Área do retângulo: A x B, A e B lados do retângulo.


OPERÁRIOS ENVOLVIDOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL Servente E Auxiliar De Pedreiro

Arquitecto Como o próprio nome diz, auxilia o pedreiro. É o profissional que


fica com o trabalho mais pesado. Na hora da quebradeira, de
Ponto de partida em qualquer obra, é o responsável por decidir carregar todo o entulho e de organizar os materiais, pode ter
como o trabalho será realizado. É ele quem faz todos os certeza que será o servente de pedreiro quem fará este serviço.
projectos necessários, como os estudos preliminares e a planta Nas horas vagas é ele quem ajuda os operários nas execuções da
com detalhes sobre instalações eléctricas e hidráulicas. obra.

Engenheiro Carpinteiro

É o executor dos projectos desenvolvidos pelo arquitecto. Chefia Este é quem cuida dos materiais de madeira na construção. Monta
a equipe e orienta todos os profissionais que trabalham no local. formas, como tapumes, andaimes, distribuição dos cavaletes e
outras peças usadas na construção.
Mestre-De-Obras
Armador
É quem planeja todas as actividades. Organiza e controla a
montagem e instalação dos equipamentos, assim como o Responsável pelas ferragens na obra, faz operações como moldar,
lançamento dos cabos nas linhas de transmissão. Além disso, o cortar e dobrar as estruturas, armações e vergalhões, além de fixar
Mestre-de-obras fiscaliza o andamento da construção, cuida os estribos e montar gabarito para corte e barras em geral.
para que os prazos sejam cumpridos e o resultado final entregue
conforme o combinado. Encanadores e Electricistas

Encarregado Geral Que cuidam de toda a instalação hidráulica e eléctrica. O toque


final fica por conta dos trabalhadores do acabamento, como
Tem funções bem-parecidas com as executadas pelo Mestre-de- pintores, telhadistas e serralheiros.
obras e, em alguns casos, pode até substituí-lo.

Pedreiro

É aquele que literalmente coloca a mão na massa. É o operário,


que cuida da alvenaria e faz todo o acabamento.
FERRAMENTAS DE PEDREIRO

Os pedreiros utilizam muitas ferramentas manuais no seu dia-a-


dia de trabalho. Abaixo vamos conhecer cada uma delas e suas
funções:

Colher de pedreiro: a colher serve para o pedreiro fazer


trabalhos com argamassa, chapisco, execução de alvenaria.

Fita métrica: auxilia o pedreiro a coletar medidas na obra para marcar


alvenaria, conferir distâncias, altura de janelas, altura de peitoril, pé direito e
outras medidas em geral. As Fitas métricas têm, geralmente, comprimentos de
3,0m – 5,0m – 8,0m – 10,0m – 15,0m – 20,0m – 30,0m – 50,0m. Elas podem ser
metálicas e de fibra de vidro.

Desempenadeira lisa: a desempenadeira auxilia o pedreiro nos


trabalhos com argamassa, tem a função de dar o acabamento
nos rebocos e assentamento de alvenaria e execução de pisos de
concreto e lajes.

Régua de alumínio: as réguas de alumínio auxiliam na execução de reboco


(sarrafeamento de massa), na conferência de prumo de paredes, alinhamento.
Tem também a função de executar pisos e lajes de concreto e contra-pisos.

Desempenadeira dentada: tem a função de preparar a


argamassa industrializada para o assentamento de cerâmicas e
azulejos.

Macete 1: antes de assentar cerâmicas e azulejos verifique a


largura dos dentes da desempenadeira indicada para o tipo de
cerâmica/azulejo que você vai assentar.
Esquadro: tem a função de conferir esquadro na marcação de
alvenarias, azulejos e cerâmicas. No mercado encontra-se
esquadros de 30cm, 50cm, 100cm e 120cm.

Macete 2: Esquadros maiores dão melhor auxílio na marcação de


alvenarias.

Prumo de centro: muito utilizado por carpinteiros tem a função de definir de


centro de pilares, materializar encontro de eixos de locação topográfica,
materializar os eixos de cintamentos.

Mangueira de nível: tem a função de transportar níveis pela obra


para a marcação de nível de pisos e revestimentos de paredes,
peitoris de janelas, dentre outros.

Macete 3: Hoje a mangueira de nível está sendo substituída pelo


nível a laser. Tenha um desses na sua obra.

Linha de pedreiro: a linha tem a função de auxiliar na marcação de


alvenarias com auxílio de esquadros, nível e inclinação de pisos. Auxilia
também na marcação de mestras de pisos de cerâmicas.

Prumo de parede: tem a função de conferir prumos de paredes


em fase de alvenaria ou reboco e, também, conferir o prumo das
mestras de reboco.
Espuma: auxilia no acabamento de arremates de reboco tornando Carrinho de mão: o carrinho tem a função de transportar argamassa, concreto,
as superfícies lisas e bem acabadas. areias e britas em pequenas distâncias dentro da obra.

Macete 5: prefira carrinhos reforçados chapa 16.

Trincha: ajuda a molhar as superfícies quando necessário. Muito


utilizada na execução de reboco e assentamento de azulejos e
cerâmicas.

Turquez: Serve para cortar e amarrar arames de formas e


ferragens.

Balde: o balde auxilia no transporte de ferramentas, colocar Martelo: Para pregar e arrancar pregos.
água, transportar massa e concreto. Os baldes podem ter
capacidade de: 10L, 12L e 16L.

Macete 4: prefira os baldes reforçados de 16 litros.


Pé de Cabra: Utilizado nos serviços mais pesados, como separar Pá de Bico: Muito usada para fazer concreto, cavar buracos, encher o carrinho
tabuas bem pregadas, arrancar pregos grandes, abrir caixas etc.

Enxada: Esta ferramenta é usada para cavar, misturar cimento e


areia, misturar concreto etc.

Pá Quadrada: Usada em muitos serviços na obra.


OS EQUIPAMENTOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
A construção civil não tem vida própria sem o uso dos diversos
equipamentos inerentes ao setor, e essa diversidade que engloba
tanto máquinas como ferramentas, vai desde pequenos protetores
auriculares, a grandiosas máquinas pesadas.

Classificação dos equipamentos quanto a função


Os equipamentos para realização das atividades de movimento Mini carregadeira: É uma pá carregadeira de pequeno porte, porém com
de terra, estão inseridos num vasto catálogo, que possui várias uma grande versatilidade, montada sobre pneus ou esteiras pode ser
modalidades, com suas respetivas especificações para cada área utilizada para movimentar e carregar com sua pá com capacidade que
de atuação dentro do canteiro de obra. Os principais são: varia de 0,5 a 1 m³, com capacidade de carga de 5 a 9 Ton e com altura
de elevação e descarga até 2,80m de altura.
Escavadeira sobre esteira: É um equipamento fundamental para
grandes escavações e movimentações de terra, é acoplada a uma
estrutura que lhe permite girar 360º em torno do seu próprio eixo,
montada sobre esteiras permite que se locomova em terrenos com
pouca resistência.

Escoramento metálico: São escoras pontuais reajustáveis através de uma


trava que apoia as longarinas do assoalho da laje.

Pá carregadeira: As pás carregadeiras são máquinas de


terraplenagem próprias para escavação e como o nome sugere,
para o carregamento de caminhões basculantes.
Unidades de transportes: Após as atividades escavação de terra, Guarda corpo
o material necessita ser transportado, essa função demanda
Equipamento destinado a Proteção de vazios, poços de elevadores,
equipamentos específicos que podem ser caminhões basculantes e
escadarias e periferia de lajes, como mostra a figura 34. São fixados
motorscrapers e fora de estrada.
diretamente à estrutura, por meio de parafusos ou por pressão. Para
concretagens, são fixados na forma de madeira. Ser construída com
altura de 1,20m (um metro e vinte centímetros) para o travessão superior
e 0,70m (setenta centímetros) para o travessão intermediário.

Andaime fachadeiro
É um equipamento de suporte provisório de pessoas, usados para
reformas ou construções de prédios, galpões e fachadas de
grande porte, e são utilizados onde há necessidade de
movimentação de pessoas e/ou em mais de um nível de piso. Carrinho hidráulico ou Transpalete
Apresentam como vantagem a facilidade de montagem, Também conhecido como transpalete, é um equipamento indispensável a
versatilidade nas aplicações além de proporcionar trabalhos qualquer empresa que efetue movimentação de cargas.
grandes alturas. É composto por elementos tubulares.
Empilhadeira: Uma empilhadeira ou empilhador é uma máquina Fixos
usada principalmente para carregar e descarregar mercadorias
São os que precisam de um planejamento prévio, no sentido de serem
em paletes. Os mais comuns, em galpões fechados e centros de
posicionados nas posições mais otimizadas possíveis. Alguns equipamentos
distribuição são as empilhadeiras de combustão em gás liquefeito
de transporte vertical, como os elevadores de obra, gruas, que são de
(GLP) e elétricas.
grande porte, permanecem por um longo período de tempo no local
determinado para sua operação.
Semifixos
Essa classe de equipamentos tende a se deslocar, na medida que a frente
de trabalho em que estão sendo utilizados avança. São representados
pelos equipamentos de transporte vertical de pequeno porte como os
andaimes e as plataformas para suporte de bandejas aparadoras de
Guindaste de torre ou Grua resíduos em obra vertical.
Numa construção moderna, o equipamento central usado para Grua X Ponte rolante
todos os tipos de transporte na obra é a grua. Existem dois tipos
básicos de grua: as de torre giratória e as de lança giratória. As A ponte rolante pode ser comparada com as gruas, pois podem fazer o
gruas de torre giratória têm a coroa de rotação na parte inferior mesmo serviço porem com muitas diferenças na operação. A ponte rolante
da torre de lança giratória na parte superior. exige dois trilhos que se estendem ao longo de toda a edificação para
sua locomoção, impedindo a execução dos serviços periféricos em torno da
edificação, se utilizássemos a grua precisaríamos de apenas um trilho onde
a mesma corra atendendo todos os pontos da construção.

Móveis
São aqueles que devem ser guardados ao final do dia de
trabalho, alguns representantes desta classe, são os equipamentos
de transporte horizontal como os carrinhos porta-pallets, gíricas,
caminhões, bob-cats, dentre outros encontrados no canteiro de
obras.
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Os materiais de construção devem satisfazer as condições de acordo com
a função que desempenham:

Materiais de construção são todos os materiais utilizados nas obras  Facilidade de aplicação dos materiais na obra;
(construção de casa, prédios, etc.), podendo ser obtido da  Resistência a Acão do tempo;
natureza ou através da intervenção do homem para produzi-los.  Preservação das condições de higiene como isolamento do
calor, do som e de infiltração de água;
Materiais são corpo que entregam na obra independentemente Tipos de materiais de construção
da sua natureza composição e forma.
Agregados – são materiais que constituem grande parte das argamassas
Classificação segundo a Origem: e do betão. Tem menor custo e sua presença da maior resistência ao
 Natural; desgaste.
 Artificial; São classificados em naturais ou artificiais, miúdos ou graúdos e em leves
ou pesados.
Resistente ou Principais
 Pedra;  Areia;
 Betão;  Arenoso;
 Blocos.  Brita.

Areia – componente das argamassas e do betão. É um agregado miúdo.


Ligantes ou Aglomerantes São materiais minerais que se apresentam sob a forma de grãos. Área de
 Cimentos; boa qualidade é aquela em que não há presença de raízes, barro, óleo
 Cal; ou graxa e outros tipos de sujeira. Classificam-se em areais finas, médias
e grossas.
 Gesso;
Arenoso – material de origem mineral sob a forma de grãos finos. É um
Auxiliares agregado miúdo. Fazem parte das argamassas e na sua composição
 Madeira; encontra-se a argila, um tipo de solo que da liga (cola) quando misturado
com agua. Tem a aparência de barro.
 Metais;
 Tinta; Brita - componente dos concretos. É um agregado graúdo. São materiais
 Vidro; que resultam da quebra de pedaços pequenos de rochas através do
 Aço; britamento de pedras nas pedreiras. A brita utilizada na construção deve
 Cerâmica. ser limpa sem presença de terra ou barro e sem pó de pedra.
Os tipos de brita são classificados segundo suas dimensões: Gesso- material a base de cálcio usado em forros e pinturas. Pó
branco que misturado com água forma uma pasta e seu momento
de pega é mais rápido com menos água.
 Brita 0 menor que 1,0cm (Gravilhao);
 Brita 1 ente 1,0 e 2,5cm.
 Pedra de mão de 10,0 a 30,0cm. Cal – usado em pintura e em argamassa. Serve como
aglomerante ou corante. A cal virgem não e diretamente
empregada, tem que ser extinta (hidratada) para ser utilizada.
Aglomerante - Sãos os materiais que unidos aos agregados
formam o betão ou as argamassas. Também chama dos de
ligantes pois são componentes que dão liga ou seja tem a
propriedade de colar os agregados.
Outros materiais
 Aço;
 Cal;  Agua;
 Cimento;  Cerâmica;
 Gesso.  Madeira;
 Metais;
 etc..
Cimento – material que da liga aos componentes das argamassa
e do betão. Quando em contacto com a agua, ocorrem reações
químicas e endurece. Com o passar do tempo torna-se mais ARGAMASSA
resistente atingindo maior resistência ao 28 dias. Cimento e
vendido em sacos de 50 quilos.
Argamassa é a mistura homogénea de agregado miúdo,
aglomerante inorgânico e água, contendo ou não aditivos ou
Cuidados quanto ao armazenamento de cimento adições, com propriedades de aderência e endurecimento,
podendo ser dosada em obra ou em instalação própria
(argamassa industrializada). Argamassa é a mistura plástica de
 Proteger da chuva e do contacto direito com o terreno; areia água e ligante.
 Empilhar no máximo 10 sacos por fileira
As argamassas são empregadas com as seguintes finalidades:
 Usar o cimento de forma a não envelhecer na obra.
 Assentar tijolos e blocos, azulejos, ladrilhos, cerâmica e
tacos de madeira;
 Impermeabilizar superfícies;
 Regularizar (tapar buracos, eliminar ondulações, nivelar e A dosagem de água tem consequências directas sobre a
aprumar) paredes, pisos e tetos; qualidade dessa massa após a secagem. Deve-se então dosá-la
 Dar acabamento às superfícies (liso, áspero, rugoso, com precisão e evitar a dosagem “a olho”, que é frequentemente
texturado, etc.). praticada. Use um recipiente de pequenas dimensões para que a
água seja medida previamente.Ponha-a aos poucos, tombando a
A argamassa é um material que serve para assentamento de mistura da areia mais o cimento do alto da cratera.
tijolos, ladrilhos, azulejos etc., ou proteger uma superfície. A
argamassa é o resultado da mistura de areia com cal
adicionando-se água. Após a secagem completa, a argamassa
Amassamento
endurece, dando solidez à construção. Uma boa argamassa
depende tanto das proporções entre esses dois elementos quanto Estando a massa toda molhada, junte ainda um pouco de água
do modo pelo qual se faz a adição da água. até obter uma massa oleosa, suficientemente espessa para ficar
na pá sem escorregar quando inclinada. Para obter uma mistura
homogénea, corte a massa com golpes sucessivos de pá. A massa
Mistura de Areia com Cimento pode ser usada durante mais ou menos meia hora.
O preparo sobre uma área exige que esta seja plana, firme e
limpa. Comece com uma porção de areia remexendo-a com a pá
Características das Argamassas
para obter uma boa homogeneidade. Use de preferência areia
fina, bem seca, de modo que as proporções não sejam alteradas Chama-se traço a proporção em volume ou em massa entre os
no momento do preparo. componentes das argamassas (cimento, cal e areia), que varia de
acordo com a finalidade e as características desejadas da
Em seguida junte o cimento e misture até obter um pó cinza-claro.
argamassa.
Se essa massa for destinada a acabamento, é necessário peneirá-
As argamassas mais comuns são constituídas por cimento, areia e
la para eliminar os grãos de areia maiores ou outros
água. Em alguns casos, costuma-se adicionar outro material como
aglomerados.
cal, saibro, barro, caulim, e outros para a obtenção de
Pronta a mistura, faça um monte e depois com a pá faça uma propriedades especiais.
cratera no centro. A água será colocada aos poucos até que a
A argamassa é uma cola que permite unir diversos materiais de
massa esteja no ponto desejado.
construção.

Água para o preparo da Argamassa


Tipos de Argamassa
É com o contacto com a água que o elemento (cimento) endurece
progressivamente. É essencial que a água seja limpa e não As argamassas são classificadas, segundo a sua finalidade, em
contenha substâncias químicas que possam perturbar a reacção argamassas para assentamento de alvenarias, para revestimento
química que causa o endurecimento. e para assentamento de revestimentos.
Argamassas Para Assentamento Argamassa para Assentamento de Revestimentos
As argamassas para assentamento são usadas para unir blocos Revestimentos como azulejos, ladrilhos e cerâmicas são aplicados
ou tijolos das alvenarias. sobre o emboço. Para esta aplicação, também são utilizadas
argamassas.

Dependendo do tipo de bloco ou tijolo, podem ser utilizadas


diversas técnicas de assentamento com argamassa. Normalmente
ela é colocada com colher de pedreiro, mas podem ser utilizadas
também bisnagas.
As três primeiras fiadas de uma parede de blocos ou tijolos
devem ser revestidas inicialmente com uma camada de
argamassa de impermeabilização, que protege a parede contra
a penetração da humidade.
No piso, utiliza-se uma camada de contrapeso e pode-se dar o
acabamento por sobre esta camada. Este acabamento é
Argamassas Para Revestimento
conhecido como cimentado. O contra piso é uma camada de
Usualmente são aplicadas três camadas de argamassa em uma argamassa de regularização e de nivelamento.
parede a ser revestida:

COMO PREPARAR UMA BOA ARGAMASSA


Chapisco: primeira camada fina e rugosa de argamassa
aplicada sobre os blocos das paredes e nos tetos. Sem o chapisco, Misture apenas a quantidade suficiente para 1 hora de
que é a base do revestimento, as outras camadas podem descolar aplicação. Esse cuidado evita que a argamassa endureça ou fique
e até cair. difícil de ser trabalhada.

Emboço: sobre o chapisco é aplicada uma camada de massa


grossa ou emboço, para regularizar a superfície. Ferramentas e Equipamentos
Reboco: é a massa fina que dá o acabamento final. Em alguns  Pá;
casos não é usado o reboco, por motivo de economia. Geralmente  Enxada;
tem em seu traço areias mais finas, pois servem para dar o  Betoneira;
acabamento ao revestimento.  Carrinho de mão;
Em alguns casos, como em muros, o chapisco pode ser o único  Lata de 18 litros;
revestimento.  Desempenadeira;
 Colher de pedreiro.
A Mistura Da Argamassa Adicione e misture a água aos
poucos, evitando que escorra para
fora da coroa.

Coloque primeiro a areia,


formando uma camada a cerca
de 15 cm de altura.
Como Preparar Um Bom Betão

A mistura do concreto

Sobre essa camada coloque o


cimento (e a cal ou outros
Espalhe a areia, formando uma camada de
materiais locais, se for o caso).
uns 15 cm.

Mexa até formar uma mistura


uniforme. Depois, faça um monte
com um buraco no meio (coroa).

Sobre a areia, coloque o cimento.


Com uma pá ou enxada, mexa
a areia e o cimento até formar
Adicione e misture a água aos poucos,
uma mistura bem uniforme.
evitando que ela escorra.
Espalhe a mistura, formando
uma camada de 15cm a 20 cm.

Ferramentas e Equipamentos

 Enxada;
 Pá;
 Carrinho de mão;
Coloque as pedras sobre esta  Lata de 18 litros;
camada, misturando tudo muito bem.  Colher de pedreiro.

Use pedra e areia limpas (sem argila ou barro), sem materiais


orgânicos (como raízes, folhas, gravetos, etc.) e sem grãos que
esfarelam quando apertados entre os dedos. A água também
deve ser limpa. É muito importante que a quantidade de água da
mistura esteja correta. Tanto o excesso como a falta é prejudicial
ao Betão. Excesso de água diminui a resistência do Betão.

Faça um monte com um buraco


FABRICO DE BLOCOS DE CIMENTO
(coroa) no meio.
Os blocos de cimento são fabricados na obra por mistura de
cimento e areia no traço 1:8.
 Um Saco de cimento fabrica 45 a 50 blocos de 10;
 Um Saco de cimento fabrica 36 a 40 blocos de 15;
 Um Saco de cimento fabrica 26 a 30 blocos de 20.
A argamassa deve levar no mínimo de água suficiente apenas Tipos De Amassadura
para fazer aderir blocos de modo que o mesmo não se de
segrega ao ser tirado da maquina.
 Manualmente;
 Mecanicamente.
Depois de tirar da maquina o bloco e colocado no chão no lugar
protegido de sol e chuva. Depois de secar 12h os blocos recebem
1º rega, enchendo os buracos de água. Repete-se esta rega Amassadura Manualmente
diariamente durante um período de 5 dia. Na época quente a
rega deve ser feita no início e fim de cada dia. Os buracos de Usa-se para pequenas obras em que não há necessidade de
blocos devem ter sempre água durante o período de cura. obter 102m3 de betão por obra. O betão obtido não e
homogéneo do que o fabricado mecanicamente.
Depois de cura os blocos podem ser amontoados. As tabuas
podem ser tiradas depois de 48h. O bloco ficara pronto para ser
utilizado dentro de duas semanas. A resistência do bloco depende
do processo de cura (rega diária).
Muitas vezes os blocos de cimento só recebem um pouco de água,
durante o 1º dia e depois são amontoados e aquecidos. Também
são frequentemente postos a secar ao sol perdendo assim a sua
água muito rapidamente com a evaporizarão. Dai que seja
normal encontrar blocos que se desfazem com os dedos das mãos.
Esta baixa qualidade prejudica a resistência do edifício.
Por tanto uma pequena prova de resistência tipo controlo e ute
para o técnico fiscal ao deixar cair um bloco não deve partir.
Claro que esta prova não e muito científica e regeres mais A amassadura manual e feita de seguinte maneira:
oferece uma indicação rápida e efectiva da resistência do bloco.

 Procura-se um terreno resistente e solo impermeável;


AMASSADURA DE BETÃO  Vertesse o cimento na área medida, amassa-se em primeiro
lugar a areia com cimento seco até obter a uniformidade
Tem como finalidade principal de revestir todas superfícies de
todas as partículas do inerte com a pasta do cimento e levar todos da cor;
componentes do betão a forma homogenia, esta uniformidade  A superfície do corte deve apresentar única cor uniforme
não deve ser perturbada pelo desgaste do betão do sistema que sinal que á mistura está pronta para ser usada, se assim
promove a sua amassadura. não acontecer deve-se prolongar a mistura;
 Depois de se obter uma cor uniforme acrescenta-se a O recomeço da betonagem exige certos cuidados especiais para
pedra e por último água. que se obtenham um perfeito ligação entre o betão anterior e o
novo.

Amassadura Mecânica
Os primeiros cuidados deve se ter, ao findar de cada secção do
trabalho preparando a junta para que o recomeço se possa fazer
Emprega-se com equipamento denominado Betoneira, depois sem dificuldade ‘’faz-se sobre a superfície de contacto uma
deve-se introduzir todos os componentes do betão na betoneira. inclinação de 45°’’. A junta da betonagem deve ser regosa, e
tanto quanto possível.

A mistura é feita pela rotação do tambor que leva o material por


meio de palhetas deixando cair em queda livre. Evitam-se que fiquem fragmentos do betão solto ou dissolvido ou
insuficientemente ligados a massa pedra soltas. Deste modo antes
de abandonar o trabalho deve ser passado revista as juntas de
betonagem e mandar retirar ou incorporar na massa todos os
elementos que se achem desligados tomando sempre em
consideração que esta trabalho e feito enquanto o betão estiver
fresco e mas fácil e rápido do que depois de seco e com a presa
feita.

ORDEM DE INTRODUÇÃO DE COMPONENTES NA BETONEIRA Quando o recomeço for mesmo dia faz-se uma pasta de
argamassa com um traço rico. O recomeço exige primeiramente
lavagem das juntas para que sejamos arrastadas as partículas do
Coloca-se metade de água na betoneira, em seguida coloca-se betão ou argamassa endurecida.
todos os sólidos em simultâneo e por fim adiciona-se o restante de
água. Assim permite que o escoamento de cada um dos
componentes se faça durante o mesmo período. Depois uma rega com pasta de cimento sobre as superfícies do
betão endurecido. Quando o recomeço do betão, acontece antes
do betão ter endurecido bastante em geral uma rega com pasta
Interrupção Da Betonagem de cimento.
A execução das obras de betão podem ser feitas continuamente,
mas, em geral isso não acontece é a interrupção dos trabalhos.
TRAÇOS
Traço é a indicação das proporções dos seus componentes sólidos.
Primeiro número corresponde o aglomerante; e esse primeiro
número é usualmente 1.
Traço 1:0 corresponde à pasta pura, sem agregado.
A argamassa simples, de um só aglomerante (pasta) corresponde
o traço genérico 1:n.
Para as argamassas com mais de um aglomerante adota-se a
ordem, para os aglomerantes do mais caro para o mais barato.
Tradicionalmente o traço é indicado em volume;
Uma argamassa de cimento e areia 1:3 significa que no seu
preparo entra um volume de cimento para cada três volumes de
areia.
IMPLANTAÇÃO E DEMARCAÇÃO DE OBRAS Se o edifício tiver a planta rectangular a diagonais devem ter
exactamente o mesmo comprimento e se tal não acontecer, é
porque aconteceu um erro e deve-se repetir o processo.
A implantação de uma obra, é a tarefa da sua marcação no
terreno com a sua dimensão natural a partir da interpretação do
desenho. Materiais necessários:
Consiste em marcar no terreno por meio de estacas e cordéis a  Martelos;
disposição das paredes e a largura dos caboucos.  Estacas e tábuas de madeira;
 Pregos;
As medidas efectuam-se com auxílio de uma fita de 25 a 30 ou
 Fio de Nylon;
mais.
 Fita métrica;
Os cordéis de Nylon ou outro material semelhante esticam-se  Esquadro;
utilizando cavaletes formados por duas estacas e um travessão  Nivel de Mangueira;
horizontal que as unem.  Prumo de Centro;
 Plantas Desenhadas;
 Etc.

Factor a ter em conta na escolha do terreno

Localização:

 Uma escola primária deve estar localizada no centro da


Estes cavaletes colocam-se do lado exterior da construção zona e longe das estradas principais;
afastado a uma posição de 1,5m de linha das paredes para
permitir a escavação do cabouco se as tapas pela terra extraída.  Uma zona residencial deve se localizar perto das escolas,
loja, posto médicos, locais de trabalho, etc.
A implantação pode ser basear também no teorema do Pitágoras
de geometria plana que diz;
 Tamanho suficiente para qualquer aplicação futura.
‘’No triângulo rectângulo o quadrado da hipotenusa é igual a soma
do quadrado do cateto’’.
𝒄𝟐 = 𝒂𝟐 + 𝒃𝟐
Factores a ter em conta na Implantação de uma Obra

Depois da escolha do terreno terá de se decidir como implantar


o edifício, para ajudar a esta camada de decisão, se necessário
fazer um levantamento do terreno e deve indicar:

 As dimensões principais;
 As árvores existentes;
 Os níveis (uma aproximação);
 A orientação;
 As vistas que podem ser aproveitadas;
 Os afastamentos laterais;
 Os acessos;
 As construções a volta;
 Por onde fazer as condutas de água, electricidade, dreno;
 Observar a orientação de vento;
 As vistas que pode ser aproveitada;
 Afastamentos laterais. Portanto:
 Medir 3m ao longo do fio ̅̅̅̅ ̅;
AD refazer uma marca E
Para se construir um ângulo recto existem dois métodos:
 Medir 4m ao longo do fio ̅̅̅̅
AB e fazer uma marca F̅;
Utilizando um esquadro do pedreiro, este conta com a precisa do
esquadro e deve ser de aço com as dimensões mínimas de 70 X  Medir a distancia DF (diagonal), se tiver 5m e porque o
70cm; ângulo e recto, se tiver menos e porque há qualquer coisa
que não estão certa, dai e necessário rever as medições ou
então e necessário mudar o fio no ponto D na direcção C
Utilizando a regra matemática que diz que num triângulo com as ate que a diagonal tenha 5m se a diagonal tiver mais de
seus lados na proporção 3, 4, 5 de um ângulo recto. 5m e necessário fazer o contrario onde se cruzam os fios
será o corte de (coeficiente) edifício;
Por exemplo: Vamos implantar um pavilhão escola de forma
triangular com dimensões de 16m x 6m e com duas divisões.
É o passo a seguir: 6º Passo - Verificar as diagonais: se a marcação estiver certa a
diagonal AB será igual BC.

1º Passo - Limpar o terreno e tirar o solo solto: No caso a diferença for maior 2% do comprimento do edifício (no
nosso ex. 2% de 16 = 3,2cm) terá que se verificar de novo os
Arranjar estacas, pregos uma fita metálica de 20m ou mais ângulos e ajustar consequentemente os fios laterais. Normalmente
metros e um nível de bolha de ar. o acerto numérico será pequeno.
2º Passo - Esticar o fio sobre os cavaletes para marcar uma
parede principal ̅̅̅̅
AB. O fio deve ter 19m.
Verificar de novo as diagonais e as dimensões totais. Manter
definitivamente as posições aos fios aos cruzamentos com pregos.
3º Passo - Marcar uma das paredes lateral ̅̅̅̅
AD: 7º Passo - Esticar dois fios, um ao longo de cada lado do eixo
para indicar a largura do cabouco.
O fio deve ter 9m e estica-se entre duas cruzetas formando um
ângulo recto, cruzado com o fio a uma distância de 1,5m ou mais. 8º Passo - Marcar os caboucos no terreno com pá ou ponta da
picareta. Depois tirar o fio para facilitar a escavação do solo.
4º Passo - Marcar a outra parede lateral BC:
medir 19m ao longo do fio ̅̅̅̅
AB, a partir do canto fazer uma
marca.
̅̅̅̅ entre duas cruzetas e repetir o processo. Verificar
Esticar o fio BC
de novo se a distancia entre os cantos AB ̅̅̅̅ é de 19m.

Nota B: por enquanto podia-se tirar o fio de dentro ou ao meio


do eixo para facilitar a entrada e saída de trabalhadores.

9º Passo - Escavados caboucos:


5º Passo - Marcar a parede traseira: medir 9m ao longo de cada
̅̅̅̅̅entre as cruzetas.
fio lateral, fazer marcas e esticar o fio CD
De princípio a escavação devera-se concluir ao mesmo dia para
permitir que a fundação seja feita no dia seguinte, abastecendo
o desabamento dos caboucos.

O solo escavado deve deitar-se dentro da areia do edifício para


servir como base no pavimento do piso.
10º Colocar no fundo dos caboucos para facilitar o enchimento e
nivelar com régua e nível.
11º Regar bem o fundo e pôr o betão de limpeza dentro de um
dia e se for possível. Deixar secar 24 horas, cobrir com capim,
saco ou areia limpa regando bem em intervalos frequentes
durante 7 dias (uma semana).

MARCAÇÃO DA OBRA
A marcação da obra ou piquetagem consiste em traçar no terreno
a situação exata da futura obra. A piquetagem é feita com a
colocação de estacas marcando os pontos mais importantes do
traçado. Esta tarefa pode ser feita pelo mestre ou pedreiro.
A marcação não só situa a obra em relação as divisões externas
do terreno, mas como também demarca as paredes externas e as
principais paredes interna, divisórias, do projeto.
Para que esse traçado permaneça durante a execução dos
trabalhos, é importante que a marcação fique situada no
alinhamento correto, mas fora do espaço da obra, em si. O ideal
é que as estacas tenham no mínimo 1,0 m de altura e sejam bem
contra ventadas, para durarem o tempo necessário, isto é,
durante a execução da fundação e estruturas, no mínimo. No caso
de alvenaria autoportante é necessário que a marcação dure,
pelo menos, até o levantamento das primeiras fiadas.
FUNDAÇÕES Escolher locais afastados de pontos insalubres; Terrenos turfosos
e resultantes de aterro de lixo devem ser evitados, por serem
Todas as obras rurais começam pela escolha do terreno onde fracos e úmidos, sujeitos à decomposição da matéria orgânica.
serão executadas. O terreno deve ser pouco inclinado, firme e
seco.
Recomenda-se evitar grandes cortes e/ou aterros, obras de A necessidade de enterrio das fundações se deve a duas razões:
drenagem e fundações caras.
Evitar o escorregamento lateral da construção
Eliminar a camada superficial, geralmente composta de material
em decomposição.

Leito da fundação: refere-se ao plano que se prepara no Leito


da fundação: refere-se ao plano que se prepara no subsolo para
o assentamento dos alicerces. O alicerce serve como ancoragem
da fundação, e suporta as lajes, sendo feito até a altura do solo.

As fundações são obras enterradas no terreno, com a finalidade


de receber todas as cargas da construção, transmitindo-as,
uniformemente, sobre o leito de fundação. Por isto, as fundações
devem ser resistentes e dimensionadas para as condições do local.
Nas propriedades rurais, alguns cuidados devem ser tomados: Etapas de construção

Preferir terreno de natureza geológica boa, se possível, As fundações de uma construção compreendem três itens
protegido de ventos dominantes da região; essenciais: a marcação dos alinhamentos, as escavações e os
alicerces:
Evitar terrenos baixos, de lençol freático muito próximo à sua
superfície; Marcação dos alinhamentos: A locação da construção pode ser
efetuada por meio de dois métodos:
Método dos cavaletes: Consiste em marcar a posição dos pilares
e das paredes, cravando pregos em cavaletes de pilares e das
paredes, cravando pregos em cavaletes de madeira, a fim de
estabelecer os alinhamentos;

Método das tábuas corridas: é marcar a posição dos pilares e


das paredes, cravando pregos em um contorno de tábuas, a fim
de estabelecer os alinhamentos. Fundo da vala – Deve ser nivelado e compactado, para
proporcionar uma base firme à fundação. Em seguida, é
realizado um lastro de concreto (traço 1:3:6 ou 1:4:8), com
espessura de 10 cm a 15 cm, sendo indispensável aos terrenos
incompressíveis (rochas, etc).

Escavações: Devem atingir a camada sólida do terreno para a


boa estabilidade da obra. Conforme a natureza do terreno, a
profundidade da camada e o valor da carga a ser transmitida
ao solo, as escavações podem ser desde simples valetas e poços
pequenos até aquelas que exigem técnicas de escavação.

Alicerces: em terrenos de resistência satisfatória, para construção


simples, os alicerces podem ser feitos em alvenaria de pedra, de
tijolos ou de concreto ligeiramente armado:
Alicerces de tijolos: possui espessuras de 1 tijolo ou 1 ½ -Alicerces
de tijolos: possui espessuras de 1 tijolo ou 1 ½ tijolo para paredes
de ½ e 1 tijolo, respetivamente.
meio rural são: blocos e sapatas, fundações usados no meio rural
são: blocos e sapatas, baldrame, broca e radier.

Diretas: Aquelas que transmitem os esforços diretamente,


Indiretas: Aquelas que apresentam transmissão de esforços
indiretamente ao solo, por atrito lateral, podendo ou não
apresentar, simultaneamente, transmissão direta, por ponta.

Alicerce de pedra: Para terrenos húmidos, para grandes cargas,


com custo inferior ao dos tijolos aliado à facilidade de obtenção.
Fundações diretas
Alicerce de concreto: Feito de cimento e cascalho (traço 1:10 mais Fundações diretas contínuas
40% de pedra-de-mão, ou 1:4:9 mais 40% de pedra de mão.
Baldrame ou Sapata Corrida: Acompanha as paredes da
construção, sendo usada como apoio a elas. É uma fundação
contínua, com formato de viga, feita de concreto simples ou
armado, de solo-cimento ou de blocos de simples ou armado, de
solo-cimento ou de blocos de concreto (blocos-canaletas).

Tipos de Fundações
A primeira etapa efetiva da construção é a execução das
fundações. Há vários tipos de fundações, dependendo do tipo de Radier ou Laje Radier: é uma fundação em formato de laje, feita
solo (resistência) e das condições do local onde a benfeitoria será de concreto armado e apoiada diretamente sobre o solo
construída. Os quatro principais tipos de fundações usados no compactado. Possui a mesma área da benfeitoria, podendo ser
um pouco maior que o seu contorno (geralmente, 60 cm para cada Este tipo de fundação direta é recomendado para casas com
um dos lados), para já servir (geralmente, 60 cm para cada um qualquer número de pavimentos, pois suporta o peso concentrado
dos lados), para já servir de calçada. dos pilares.
São fundações isoladas, com formato de cubo, paralelepípedo ou
pirâmide.
Feitas de concreto simples ou armado, e apoiadas -Feitas de
concreto simples ou armado, e apoiadas diretamente sobre o
terreno, quando este é firme e seco.

Fundações diretas descontínuas As fundações diretas


descontínuas são indicadas para profundidades variando de 1,5
a 5,0m, quando o telhado e a laje descarregam o seu peso sobre
as vigas e os pilares. A amarração entre pilares será feita pela
viga baldrame. São elas.

NOÇÕES DE SEGURANÇA NA EXECUÇÃO DE FUNDAÇÃO

 Evitar queda de pessoas nas aberturas utilizando proteção


com guarda corpos de madeira, metal ou telas.
B.1)  Realizar escoramento em valas para evitar
Blocos e Sapatas: composta de elementos de concreto, construída desmoronamentos.
nos pontos que recebem as cargas dos pilares.  O canteiro de obra deverá ser mantido limpo, organizado
e desimpedidos, para evitar escorregões, e tropeços.
 Sinalizar com guarda-corpo, fitas, bandeirolas, cavaletes
as valas, taludes poços e buracos
ALVENARIA

Alvenaria é o sistema construtivo de paredes e muros por meio de


um conjunto de materiais pétreos, naturais ou artificiais, unidos
entre si através de uma argamassa de ligação, em fiadas
horizontais ou em camadas parecidas, que se repetem
sobrepondo umas sobre as outras, formando um conjunto rígido e
coeso”. Pedras artificiais
Tijolo

TIPOS DE ALVENARIAS Ao longo dos séculos passados a actividade construtiva, um pouco


por todo mundo, manteve sempre o uso do tijolo como um dos seus
A alvenaria também é conhecida pelo tipo de material, a qual principais materiais, independentemente dos estilos
pode ser executada com pedras naturais e pedras artificiais. arquitectónicos ou de modo como era empregue.
A criação deste material pelo homem terá resultado da exigência
de reproduzir um elemento construtivo que proporcionasse, ao
Pedras naturais mesmo tempo, resistência as intempéries e ao fogo, isolamento do
Pedras regulares - pedras naturais trabalhadas, com formas frio e do calor, sendo do emprego fácil e de produção rápida e
regulares ou não, assentadas com juntas secas ou juntas económica.
argamassadas, alinhadas ou desencontradas (travadas).

Tijolo comum ou maciço


Pedras irregulares – pedras em estado natural são simplesmente Esse tijolo é, normalmente, aplicado na construção de paredes,
encaixadas entre si ou assentadas com argamassas; pilares, muros em geral, pisos secundários, fundações direitas,
ornatos, etc.
peso do tijolo, sendo recomendado sua aplicação em alvenaria
de vedação interna (separação de compartimentos). Podem ser
de 4, 6, 8 e 10 furos, sendo o mais comum o de oito furos (20 x
25 x 10 cm). Destinam-se à execução de paredes de meio e de
um tijolo, conforme sua posição.

Vantagens:
Regularidade de formas e dimensões (melhor assentamento);
Arestas vivas e cantos resistentes;
Massa homogénea (sem fenda, trincas, cavidades ou impurezas);
Cozimento uniforme (produz som metálico quando percutido com
Vantagens:
martelo);
 Menor peso por unidade de volume;
Resistência à compressão;
 Aspectos mais uniformes, arestas e cantos mais fortes;
Absorção de água.  Diminuem a propagação da humidade;
 Economia de mão-de-obra;
 Economia de argamassa;
Tijolos refractários  Melhores isolantes térmicos e acústicos
São aplicados em revestimento de lareiras, fornos, etc, pois
resistem, sem que ocorram deformações ou vitrificações, a
Desvantagens:
temperatura máxima de 1200 ºC, possuindo resistência à
compressão superior a 100 kgf/cm2.  Pequena resistência à compressão não devendo ser
aplicado em paredes estruturais;
 Não possuir juntas verticais argamassadas;
 Faces externas não apresentam a porosidade necessária
para fixação do revestimento, devendo receber antes uma
demão de chapiscado de argamassa de cimento e areia
(1:4);
 Nos vãos de portas e janelas são necessários tijolos comuns
Tijolo furado para remate;
É laminado, apresentando na parte externa uma série de  São necessários tijolos comuns para eventuais
rachaduras e, no seu interior, pequenos furos, que diminuem o encunhamentos nas faces inferiores de vigas e lajes;
 Os rasgos para embutir os encanamentos de água,  Estragam quando nas aberturas de rasgos para
electricidade e tacos são grandes devido à fragilidade embutimento de canos;
desse tipo de tijolo.  Os desenhos dos blocos aparecem nas alvenarias externas
em dias de chuva, mesmo depois de revestidos, devidos a
diferença de absorção de humidade entre os blocos e a
Blocos de concreto argamassa de assentamento;
 O assentamento de tacos de madeira para fixação de
São blocos vazados, no sentido da altura, com resistência a batentes e rodapés torna-se difícil;
compressão de 30 MPa, assentados com argamassa de cimento e  São bimanuais.
areia, ou utilizados em sistemas de construção de alvenaria
armada. São produzidos com agregados inertes e cimento
Portland, com ou sem aditivos, moldados em prensas vibradoras.
Podem ser empregados com e sem revestimentos, podendo
aplicar a pintura directamente sobre o bloco. Suas dimensões mais
usuais são: 20 x 20 x 40 cm, 10 x 20 x 40 cm.

Vantagens:
 Apresentam carga de ruptura à compressão superior a 80
kgf/cm2;
Blocos de solo-cimento
 Cada bloco tem o peso bem menor do que o da alvenaria
de tijolos comuns, proporcionando economia no
dimensionamento;
Fabricados a partir da massa de solos argilosos mais cimento
 Demandam menor tempo de assentamento e revestimento,
Portland, com baixo teor de humidade, em prensa hidráulica,
economizando mão-de-obra;
formando tijolos maciços. Podem ser construídas também, paredes
 Consomem menos quantidade de argamassa de
monolíticas, através do apiloamento da massa em formas
assentamento;
deslizantes, entre pilares guia. Dimensões em torno de 23 x 11 x
 Apresentam melhor acabamento e são mais uniformes.
5,5 cm. Para além das alvenarias de pedras naturais e artificiais
também existem:
Desvantagens:
 Não permitem corte;  Alvenarias ciclópicas;
 Nos remates de vãos são necessários tijolos comuns;  Alvenarias seca;
 Não permitem perfeito cunhamento nas faces inferiores das  Alvenarias com argamassa;
vigas e lajes;  Alvenarias hidráulicas;
 Alvenarias ordinárias; As paredes de adobe eram construídas segundo as mesmas
 Alvenarias de gaiolas; regras que para o tijolo, com a particularidade da sua grande
 Alvenarias de vedação; maioria ser apenas empregue em construções pobres, ou em locais
 Alvenarias de divisão; de terreno arenoso, onde por ventura o acesso a outros materiais
 Alvenarias estruturais ou armadas. era mais difícil. Este tipo de construção, apesar de ser um dos mais
antigos, não é muito vulgar, existindo principalmente na região
Sul do País.
Finalidade das alvenarias e principais exigências A moldagem dos blocos é feita com uma forma de madeira
rudimentar, normalmente construída pelo operário no local e
denominada adobeira. As espessuras das paredes neste tipo de
 Divisão, vedações e protecção; construção rondam os 35 cm.
 Estrutural: paredes que recebem esforços verticais (lajes e
coberturas em construções não estruturadas) e horizontais Como inconveniente maior, tem a vulnerabilidade de ser
(em puxo de terra); facilmente atacado por roedores e ser fraco na estabilidade face
a sismos e a esforços laterais provocados pela fluência das cargas
 Resistência mecânica;
da cobertura. Para contrariar estas fraquezas, eram em muitos
 Isolamento térmico;
casos reforçados com a introdução de testemunhos ou gigantes.
 Isolamento acústico;
Por isso não era técnica indicada para a construção de grandes
 Proteger contra acções do meio externo;
edifícios.
 Segurança ao fogo;
 Economia de facilidade construção;
 Estética;
Paredes de adobe
 Estanquidade à água e ao ar;
 Estabilidade; O adobe é um tijolo cru, feito de argila não cozida, seca ao sol
 Durabilidade e facilidade de manutenção. a uma temperatura moderada e pode se usar na construção de
casas de um ou dois andares, desde que a composição e a
secagem da massa de argila seja correcta. As paredes feitas de
Paredes de adobe e bloco de água – argila adobe precisam de serem protegidas contra a humidade, razão
pela qual depois de terminado o assentamento um ou dois anos a
Adobe pois construída há que rebocar as paredes ou revesti-la com tijolo
Designa-se por adobe o pequeno bloco de forma regular de de barro cozido numa espessura igual a metade de um tijolo.
argamassa de barro ordinário amassado com areia e palha,
cortado em forma de tijolo e seco ao sol.
Paredes de madeiras O processo de assentamento é semelhante ao já descrito para a
alvenaria de tijolos maciços. As paredes iniciam-se pêlos cantos
As paredes de madeiras são feitas de barrotes ou armação. Para
utilizando o escantilhão para o nível da fiada e o prumo.
tal é necessário que a madeira esteja seca, pois quando húmida,
vai criando fendas a madeira que vai secando. As madeiras ou A argamassa de assentamento dos blocos de concreto é mista
barrotes colocam se na posição horizontal entrelaçando as tuas composta por cimento cal e areia no traço 1:1/2:6.
extremidades nas esquinas exteriores. Alem disso, as madeiras
são reunidas pelos talugos (pregos de madeira) cada 1,5 a 2
metros de altura da parede. As junções de madeiras devem ser ASSENTAMENTO DE ALVENARIA
vedadas com fibras de linho ou mosto.

Assentamento de alvenaria de tijolos maciços


Paredes de tabiques
Depois de, no mínimo, um dia da impermeabilização, serão
São normalmente paredes divisórias ou de compartimentação, erguidas as paredes conforme o projecto de arquitectura. O
dividindo os espaços e limitadas pelas paredes-mestras. serviço é iniciado pêlos cantos após o destacamento das paredes
(assentamento da primeira fiada), obedecendo o prumo de
pedreiro para o alinhamento vertical e o escantilhão no sentido
Este tipo de paredes, de um modo geral, desempenha também horizontal.
funções estruturais importantes, porque, mesmo que não recebam
directamente cargas verticais, têm um importante papel no
travamento das estruturas, mediante a interligação entre Os cantos são levantados primeiro porque, desta forma, o
paredes, pavimentos e coberturas. restante da parede será erguida sem preocupações de prumo e
As paredes de tabique são obtidas pela pregarem de um horizontalidade, pois estica-se uma linha entre os dois cantos já
fasquiado sobre tábuas colocadas ao alto, sendo o conjunto levantados, fiada por fiada. A argamassa de assentamento
revestido em ambas as faces, com reboco de argamassa de cal. utilizada é de cimento, cal e areia ao traço 1:2:8.
Pela sua importância, os tabiques são aliás, um exemplo muito
particular de paredes divisórias que, também estão
generalizadas um pouco por todo o País, e caracterizam a Assentamento de alvenarias de tijolos cerâmicos
construção pós-pombalina.

Assentamento com juntas desencontradas:


Paredes com bloco de concreto  Junta horizontal – 1,5 cm
São paredes executadas com blocos de concreto vibrado. Com o  Junta vertical – 1,0 cm
desenvolvimento dos artigos pré-moldados, se estendem
rapidamente em nossas obras.
Espalhamento da massa: Cuidados na execução das alvenarias

1° Métodos - A argamassa é colocado em abundância em cima No assentamento dos tijolos, devem-se observar atentamente as
de cada fiada e o excesso rebatido com a colher. seguintes instruções:
2°Metodo - A argamassa é aplicada no tijolo a ser assente com
a colher.
 Pouco antes do assentamento o tijolo deve ser molhado,
para facilitar a aderência, eliminando o pó que envolve o
tijolo e impedindo a absorção da água da argamassa.
Processo de assentamento
 Perfeito prumo e nível na disposição das diversas fiadas.
Para a execução de paredes de alvenaria, devem-se seguir os Recomenda-se verificá-los a cada 3 ou 4 fiadas, com nível
seguintes passos: de bolha e fio-de-prumo, respectivamente.
 Desencontro de juntas para que a amarração seja perfeita,
evitando a “sorela” (superposição de juntas).
 Após marcar a alvenaria no piso, posicionar os escantilhões  Saliências maiores que 4,0 cm, deverão ser previamente
(régua de madeira ou metálica com o comprimento do pé- preenchidas com os próprios tijolos da alvenaria, sendo
direito, graduada fiada por fiada - espessura do tijolo vetado, o uso da argamassa.
mais junta);  Não cortar tijolo para formar espessura de parede.
 Limpar e humedecer a superfície que receberá a fiada de  Atingindo-se a altura de 1,50 m, prever a utilização de
marcação; andaimes;
 Estender a linha de um escantilhão para outro;  Não construir paredes inferiores a ¼ de tijolo ou cutelo.
 Iniciar a parede assentando-se os tijolos de canto, que
servirão de guia;
 Assentar os tijolos de acordo com a primeira fiada do Colocação de tacos de madeira para fixação de batentes de
projecto; porta em número de seis unidades, sendo três para cada lado e
 Verificar o alinhamento das faces e o nivelamento de cada para fixação de rodapés com espaçamento de 60cm. Essa
unidade, à medida que esta vai sendo assentada; colocação se faz juntamente com os tijolos para se evitar a quebra
 Posicionar novamente o escantilhão e a linha, na parede a da alvenaria para embutir os tacos de fixação.
ser elevada; Vãos situados directamente sobre o solo levarão vergas, em se
 Assentar os tijolos utilizando juntas verticais e horizontais; tratando de portas, e vergas e contra vergas (peitoris), em vãos
 Verificar a espessura e o nivelamento das juntas; de janelas.
 Assentar tacos, vergas e contra vergas, de acordo com o
projecto.
1° – Depois de colocar a linha, a argamassa é posta sobre a
fiada anterior, conforme ilustra a figura a baixo.

2° - Sobre a argamassa o tijolo é assentado com a face, batendo


e acertando com a colher conforme ilustra a figura.

Podemos ver nos desenhos a maneira mais prática de


executarmos o assentamento da alvenaria, por meio de nível e
prumo.
3° - A sobra de argamassa é retirada cuidadosamente com ajuda Vantagens:
de uma colher, que normalmente tem estado na posse do próprio
pedreiro conforme ilustra a figura.  Peso menor;
 Menor tempo de assentamento e revestimento,
economizando mão-de-obra;
 Menor consumo de argamassa para assentamento;
 Melhor acabamento e uniformidade.

Desvantagens:
 Não permite cortes para dividi-los;
 Geralmente, nas espaletas e arremates do vão, são
necessários tijolos comuns;
 Difícil para se trabalhar nas aberturas de rasgos para
Mesmo sendo os tijolos da mesma olaria, nota-se certa embutimento de canos e conduítes;
diferença de medidas, por este motivo, somente uma das faces
Nos dias de chuva aparecem nos painéis de alvenaria externa, os
da parede pode ser aparelhada, sendo a mesma à externa por
desenhos dos blocos; Isto ocorre devido à absorção da
motivos estéticos e mesmo porque os andaimes são montados por
argamassa de assentamento ser diferente da dos blocos.
este lado fazendo com que o pedreiro trabalhe aparelhando esta
face.
Quando as paredes atingirem a altura de 1,5m Os blocos de concreto para execução de obras não estruturais
aproximadamente, deve-se providenciar o primeiro plano de têm o seu fundo tampado para facilitar a colocação da
andaimes, o segundo plano será na altura da laje, se for sobrado, argamassa de assentamento. Portanto, a elevação da alvenaria
e o terceiro 1,5m acima da laje e assim sucessivamente. se dá assentando o bloco com os furos para baixo.
Os andaimes são executados com tábuas de 1"x12" (2,5x30cm)
utilizando os mesmos pontaletes de marcação da obra ou com
andaimes metálicos.
No caso de andaimes utilizando pontaletes de madeira as tábuas
devem ser pregadas para maior segurança dos usuários.
COBERTURA
 Coberturas vegetais beneficiadas: podem ser executadas
com pequenas tábuas (telhado de tabuinha) ou por tábuas
A cobertura é a parte superior da construção que serve de corridas superpostas ou ainda, em chapas de papelão
proteção contra o sol, os ventos, etc. existem superfícies planas, betumado;
como as lajes horizontais e inclinadas e os telhados com telhas
cerâmicas, de alumínio, de plástico, de fibrocimento, de zinco de  Coberturas com membranas: caracterizadas pelo uso de
ardosia, e superfícies curvas, como as abobadas, as cúpulas, as membranas plásticas (lonas), assentadas sobre estruturas
estruturas em arco e as cascas. metálicas ou de madeiras ou atirantadas com cabos de aço
- tensoestruturas, ou ainda, por sistemas infláveis com a
utilização de motores insufladores;
TIPOS DE COBERTURA
 Coberturas em malhas metálicas: caracterizadas por
De acordo com os sistemas construtivos das coberturas, ou seja, sistemas estruturais sofisticados, em estruturas metálicas
quanto às características estruturais determinadas pela aplicação articuladas, com vedação de elementos plásticos, acrílicos
de uma técnica construtiva e/ou materiais utilizados, podemos ou vidros.
classificar as coberturas em:
 Coberturas tipo cascas: caracterizadas por estruturas de
lajes em arcos, em concreto armado, tratadas com sistemas
Naturais de impermeabilização;

 Terraços: estruturas em concreto armado, formadas por


 Coberturas Minerais: são materiais de origem mineral, tais painéis apoiados em vigas, tratados com sistemas de
como pedras em lousas (placas), muito utilizadas na impermeabilização, isolamento térmico e assentamento de
antiguidade (castelos medievais) e mais recentemente material para piso, se houver tráfego;
apenas com finalidade estética em superfícies cobertas
com acentuada declividade (50% <d> 100 %).  Telhados: são as coberturas caracterizadas pela
Atualmente vem sendo substituída por materiais similares existência de uma armação -sistema de apoio de
mais leves e com mesmo efeito arquitetônico (placas de cobertura, revestidas com telhas (materiais de
cimento amianto); revestimento). É o sistema construtivo mais utilizado na
construção civil, especialmente nas edificações.
 Coberturas vegetais rústicas (sapé): de uso restrito a
construções provisórias ou com finalidade decorativa, são
caracterizadas pelo uso de folhas de árvores, depositadas
e amarradas sobre estruturas de madeiras rústicas ou
beneficiadas.
TIPOS DE TELHADOS Três águas
Caracterizada como solução de cobertura de edificações de
áreas triangulares, onde se definem três tacaniças unidas por
Uma água (meia água) linhas de espigões.
Caracterizada pela definição de somente uma superfície plana,
com declividade, cobrindo uma pequena área edificada ou
estendendo-se para proteger entradas (alpendre).
Edificação

Três águas
tacaniça

Alpendre Meia-água

Quatro águas
Duas águas
Caracterizada por coberturas de edificações quadriláteras, de
Caracterizada pela definição de duas superfícies planas, com formas regulares ou irregulares.
declividades iguais ou distintas, unidas por uma linha central
denominada cumeeira ou distanciadas por uma elevação (tipo
americano). O fechamento da frente e fundo é feito com oitões.
o

pi
es

com beirais com platibanda


Quarto águas
cumeeira
rufo e calha
Tipo cangalha Duas águas Tipo americano

cumeeira

ventilação
Múltiplas águas Telhas de alumínio
Coberturas de edificações cujas plantas são determinadas por  é o material mais leve, e de maior custo;
superfícies poligonais quaisquer, onde a determinação do número  fornecidas em perfil ondulados e trapezoidais;
de águas é definida pelo processo do triângulo auxiliar.  refletem 60% das irradiações solares, mantendo o conforto
térmico sob a cobertura. São resistentes e duráveis;
 cuidado deve ser observado para não apoiar as peças
Cobrimento Ou Telhamento diretamente sobre a estrutura de apoio em metal ferroso,
as peças devem ser isoladas no contato;
O mercado oferece uma diversidade de materiais para
telhamento de coberturas, cuja escolha na especificação de um
projeto depende de diversos fatores, entre eles o custo que irá
Telhas plásticas
determinar o patamar de exigência com relação à qualidade
final do conjunto, devendo-se considerar as seguintes condições  fornecidas em chapas onduladas e trapezoidais,
mínimas: translúcidas e opacas, de PVC ou Poliester e em cores;
 principais fornecedores: Goyana, Tigre, Plagon, Trorion
etc.
 deve ser impermeável, sendo esta a condição fundamental
mais relevante; Telhas cerâmicas
 resistente o suficiente para suportar as solicitações e  são tradicionalmente usadas na construção civil;
impactos;  tipos principais: francesa, colonial, plan, romana, plana ou
 possuir leveza, com peso próprio e dimensões que exijam germânica.
menos densidade de estruturas de apoio;  zenital.
 deve possuir articulação para permitir pequenos
movimentos;
 ser durável e devem manter-se inalteradas suas Telhas de fibrocimento
características mais importantes;
 deve proporcionar um bom isolamento térmico e acústico.
 são fabricadas com cimento portland e fibras de amianto,
sob pressão;
Chapa de aço zincado  incombustíveis, leves, resistentes e de grande durabilidade;
 existem perfis ondulados, trapezoidais e especiais;  fácil instalação, existindo peças de concordância e
 podem ser obtidas em cores, com pintura eletrostática; acabamento, e exigindo estrutura de apoio de pouco
 permitem executar coberturas com pequenas inclinações; volume;
 podem ser fornecidas com aderência na face inferior de  perfis variados e também autoportantes, com até 9,0 m de
poliestireno expandido para a redução térmica de calor; comprimento.
galvanizadas geralmente medem 1,00m e 1,20m de
largura por 2,00m de comprimento mas para a confecção
Telhas de concreto
das calhas o que se utiliza é a bobina de chapa
 telhas produzidas com traço especial de concreto leve, galvanizada (pois diminui o número de emendas) e mede
proporcionando um telhado com 10,5 telhas por metro 1,0 ou 1,20m de largura e comprimento variável.
quadrado e peso de 50 kg/m2;

 perfis variados com textura em cores obtidas pela Tipos de calhas:


aplicação de camada de verniz especial de base polímero
acrílica;
 Coxo - São calhas que captam uma quantidade de água
 alta resistência das peças, superior a 300 kg. maior devido a sua seção, geralmente são utilizadas para
grandes áreas cobertas. Podem Ter a sua seção variável,
promovendo assim uma inclinação no fundo da mesma,
Lona e membrana auxiliando o escoamento das águas (calhas coxo cônica).

Sistema De Captção De Águas Pluviais


São os complementos das coberturas, tendo como função a
drenagem das águas pluviais (calhas, águas furtadas, condutores)
e arremates (rufos, pingadeiras) evitando com isso as infiltrações
de águas de chuvas.

 Platibanda - São peças executadas em alvenaria que


Os sistemas de captação de águas pluviais podem ser escondem os telhados e podem eliminam os beirais ou não.
encontrados em PVC para as calhas e condutores ou executados Neste caso, sempre se coloca uma calha, rufos e
em chapas galvanizadas para as calhas, águas furtadas, rufos e pingadeiras.
pingadeiras.

Partes constituintes do sistema de águas pluviais:


 Calhas - São captadoras de águas pluviais e são
colocadas horizontalmente. São geralmente
confeccionadas com chapas galvanizadas. As chapas
 Coletores - São canalizações compreendidas entre os
condutores e o sistema público de águas pluviais.

 Rufos e Pingadeiras - Os rufos e as pingadeiras


 Moldura geralmente são confeccionados com chapa (mais finas).

 Água furtada - São captadoras de águas pluviais e são


colocadas inclinadas. São confeccionadas, como as calhas,
com chapas galvanizadas.

 Condutores - São canalizações verticais que transportam


as águas coletadas pelas calhas e pelas águas furtadas
aos coletores. Podem ser de chapas galvanizadas ou de
PVC e devem ter diâmetro mínimo de 75mm.
ACABAMENTOS Chapisco
Chapisco é argamassa básica de cimento e areia grossa, na
proporção de 1:3 ou 1:4, bastante fluída, que aplicada sobre as
Revestimentos - são todos os procedimentos utilizados na superfícies previamente umedecidas e tem a propriedade de
aplicação de materiais de protecção e de acabamento sobre produzir um véu impermeabilizante, além de criar um substrato
superfícies horizontais e verticais de uma edificação ou obra de de aderência para a fixação de outro elemento.
engenharia, tais como: alvenarias e estruturas.
Nas edificações, consideraram-se três tipos de revestimentos:
Emboço
 revestimento de paredes;
 revestimento de pisos; O emboço é a argamassa de regularização que deve determinar
 revestimento de tetos ou forro. a uniformização da superfície, corrigindo as irregularidades,
prumos, alinhamento dos painéis e cujo traço depende do que vier
a ser executado como acabamento.
REVESTIMENTO DE PAREDES
Os revestimentos de paredes têm por finalidade regularizar a É o elemento que proporciona uma capa de impermeabilização
superfície, proteger contra intempéries, aumentar a resistência da das alvenarias de tijolos ou blocos e cuja espessura não deve ser
parede e proporcionar estética e acabamento. maior que 1,5 cm. O emboço é constituído de uma argamassa
grossa de cal e areia no traço 1:3. Usualmente adiciona-se
cimento na argamassa do emboço constituindo uma argamassa
Os revestimentos de paredes são classificados de acordo com o mista, em geral nos traços 1/2:1:5; 1:1:6; 1:2:9 (cimento, cal e
material utilizado em revestimentos argamassados e não- areia).
argamassados.

Nas figuras a seguir são mostradas as etapas executivas do


Revestimentos argamassados - são os procedimentos emboço
tradicionais da aplicação de argamassas sobre as alvenarias e
estruturas com o objetivo de regularizar e uniformizar as
superfícies, corrigindo as irregularidades, prumos, alinhamentos
dos painéis e quando se trata de revestimentos externos, atuam
como camada de proteção contra a infiltração de águas de
chuvas.
Colocação dos tacos ou taliscas – são pequenas peças de mestras. No caso da espessura do revestimento ficar maior que 2
madeira ou de ladrilhos cerâmicos colocados sobe a superfície a a 3 cm, executar em camadas menores em intervalos de no mínimo
ser revestida e que servirá de referencia para o acabamento. 16 horas. As chapadas deverão ser comprimidas com colher de
Usa-se fixar os tacos com a mesma argamassa que vai ser pedreiro num primeiro espalhamento, tomando o cuidado de
utilizada no emboço. Os tacos devem ser aprumados e nivelados recolher o excesso de argamassa depositado sobre o piso antes
nas distâncias indicadas na figura, redobrando o cuidado em que endureçam.
relação ao alinhamento em que se encontram os registros, as
tomadas d’água, caixas dos interruptores e tomadas elétricas. Se

Plano de acabamento
Plano de acabamento
necessário, fazer os ajustes nesses elementos para obedecer o
Tubula ç ã o
hidrá ulic a
Ele troduto

plano de acabamento (prumo) desejado.


Ta co
1 a 1,5 cm (ta lisca ) Má ximo
30 cm do teto

Ca ixa de
toma da Re gistro
de ga ve ta

Cha pa da de
1,0 a 1,5 m

Pa rede c ha pisca da a rga ma ssa p/


fixa r ta cos

Cuida dos na e ta pa 1 - de finiç ã o do pla no de a c a ba me nto (prumos)

Arga ma ssa cha pea da


Má ximo 30 cm 1,0 a 2,0 m Má ximo
30 cm do piso em ponto de desempeno

Eta pa 1 - Coloca çã o dos ta cos a pruma dos e nivela dos

Execução das mestras – depois que os tacos estiverem


consolidados (2 dias, no mínimo), preenche-se o espaço entre as
taliscas verticalmente com a mesma argamassa do emboço e
estando a massa firme com o uso de uma régua de alumínio Superfície
(desempenadeira), apruma-se as mestras que servirão de guia Régua sa rra fea da
desempena deira
para a execução do revestimento.
Eta pa 4 - Sa rra fea mento

Emassamento da parede – depois de consolidadas as mestras


(mínimo 2 dias), executa-se o preenchimento dos vãos entre as
mestras com argamassa de revestimento em porções chapadas
cuidando para que fique um excesso em relação ao plano das
Cha pa da s de
A aplicação é feita sobre a superfície do emboço, após 7 dias
a rga ma ssa (sem que tenha sido desempenado) com desempenadeira de mão,
comprimindo-se a massa contra a parede, arrastando de baixo
para cima, dando o acabamento (alisamento) com movimentos
circulares tão logo estejam no ponto, trocando-se de
desempenadeira (aço, espuma, feltro) dependendo do
acabamento desejado.
Eta pa 3 - Ema ssa ma nto e e spa lha me nto

Sarrafeamento – iniciar o sarrafeamento tão logo a argamassa


tenha atingido o ponto de sarrafeamento usando uma régua Revestimentos Cerâmicos
desempenadeira de baixo para cima, retirando o excesso de São produtos industrializados com grande controle do processo
material chapeado. Para verificar o ponto de desempeno, que de fabricação, que exigem atenção desde a composição da
depende do tipo de argamassa usada, da capacidade de sucção massa, que utiliza argilas, filitos, talcos, feldspatos (grês) e areias
da base e das condições climáticas, deve-se pressionar com o (quartzo), até a classificação final do material, caracterizado por
dedo a superfície chapeada. O ideal é quando o dedo não mais elementos cerâmicos, de grande variedade de cores, brilhantes e
penetra na argamassa (apenas uma leve deformação), acetinados, em diversos padrões, lisos e decorados, de alta
permanecendo praticamente limpo. vitrificação, ou sejam, de grande coesão, resistência a compressão
e abrasão. A espessura média é de 5,4 mm. A face posterior
(tardoz) não é vidrada e apresenta saliências para aumentar a
Desempeno – dependendo do acabamento desejado pode-se capacidade de aderência da argamassa de assentamento.
executar o desempeno da superfície com desempenadeira de
mão adequada para cada caso (madeira, aço ou feltro). Se a
parede for receber revestimento cerâmico, basta um leve Finalidade e vantagens do revestimento cerâmico
desempeno com desempenadeira de madeira, cuidando para
não deixar incrustações nos cantos e no piso próximo ao rodapé.  Protecção à alvenaria;
 É anti-alérgico;
 Facilidade de limpeza (é higiênico);
Reboco  Beleza (possui inúmeras opções decorativas);
 É durável (quando de boa qualidade);
É a argamassa básica de cal e areia fina, onde a nata de cal
 É anti-inflamável.
(água e cal hidratada) adicionada em excesso no traço, constitui
uma argamassa gorda, que tem a característica de pequena
espessura (na ordem de 2 mm) e de preparar a superfície, com
aspecto agradável, acetinado, com pouca porosidade, para a
aplicação de pintura.
REVESTIMENTO DE PISOS
Considerações gerais quanto aos cuidados na execução de
pavimentações:
Ao revestimento de pisos designa-se a denominação de
pavimentação. Assim sendo, pavimentação é definida como
sendo uma superfície qualquer, continua ou descontínua com
 Para a execução de uma pavimentação, devemos
finalidade de permitir o trânsito pesado ou leve. São diversos os
considerar os procedimentos de preparo da base que
materiais utilizados como pisos na construção civil, sendo que as
pode ocorrer sobre o solo ou em lajes de concreto armado;
qualidades gerais da pavimentação são:
 Na pavimentação em que a base é o solo, deve-se ter o
cuidado com a compactação do aterro, execução de lastro
 Resistência ao desgaste ao trânsito; para drenagem e impermeabilização do contra-piso.
 Apresentar atrito necessário do trânsito;
 Quanto a higiene necessária;  Deve-se ter o cuidado de planejar as declividades das
 Fácil conservação; superfícies externas, na execução dos contra-pisos ou lastro
 Inalterabilidade (cor, dimensões, etc.); de regularização, de acordo com a orientação de
 Função decorativa; captação d’água, do projeto hidráulico;
 Econômica.
 Nas áreas de garagens, não deixar de executar
declividades mínimas para o escoamento natural d’água.
Classificação quanto ao tipo de material
 Se possível, a cota do piso interno de uma edificação deve
 Em concreto: simples, armado ou em peças pré-moldadas
estar sempre elevado em relação ao piso externo;
intertravadas (tipo paver);
 Antes da execução do contrapiso, deve ser executado o
 Em cerâmica: piso cerâmico não vidrado (lajota colonial) e
assentamento das redes de esgotos sob o piso;
piso cerâmico vidrado de resistência variável (decorados e
antiderrapantes);
 Nos trabalhos de assentamento de piso conjugado,
madeira e rochas polidas, deve-se executar primeiro o
 Em madeira: soalho (tábua), taco e parquete
assentamento das pedras, para evitar que a água de
amassamento infiltre na madeira, provocando distorção
Em pedra: nas peças.
 Naturais – arenitos, granitos, mármores, mosaico português,
etc.
 Artificiais – granitina, ladrilho hidráulico e concreto
 Antes da execução do contrapiso, deve ser executado o concreto (armado). A seguir é mostrado alguns dos tipos de
assentamento da rede de esgoto e dutos embutidos sob o revestimentos feitos em concreto:
piso;

 A pavimentação com placas ou réguas de laminado


plástico termoestável – laminado fenólico-melamínico –
devem ser executados sobre base de cimento plastificado Tipo “blokre t” pa ra ti

(argamassa de cimento 1:3 adicionado de acetato de De c ora tivo

polivinila – PVC), para um perfeito nivelamento da


superfície aplicado com desempenadeira metálica;


Tipo “Blokre t” a rtic ula do

Nos trabalhos de assentamento de piso conjugado,


De c ora tivo

madeira e rochas polidas, deve-se executar primeiro o


assentamento das pedras, para evitar que a água de Pisos de madeira
amassamento infiltre na madeira, provocando distorção
nas peças;
Pisos de tábuas (assoalho)
São pavimentos feitos com madeiras frisadas (com encaixe tipo
Na execução de pisos e contrapisos em concreto em concreto não
macho e fêmea) com larguras e comprimentos variáveis fixados
se deve esquecer de dimensionar o número de juntas e suas
sobre vigamento ou contrapiso. Geralmente os de largura de 5 a
locações.
8 cm são pregados com a pregação ficando oculta na mecha
(encaixe). Para larguras maiores pode-se usar cola ou pregação
aparente ou ainda, parafusos.
Pisos em concreto pré-moldados
Além de pisos de concreto moldados in-loco em painéis de
variados tamanhos e tipos de juntas, é cada vez mais frequente a
execução de pisos diferentes das tradicionais pedras
portuguesas. Atualmente, existem muitos fornecedores de pisos
para os mais diversos usos, tais como: pátios, calçadas, passeios,
quadra esportivas.

A base de tais revestimentos depende do material utilizado e


podem variar desde arenito apiloado até um contrapiso de
Veja na figura a seguir esquemas de fixação de assoalhos de  Concreto aparente (laje aparente) – é o teto sem nenhum
madeira: revestimento especial, a não ser em alguns casos, uma
pintura (verniz) diretamente sobre a face inferior da laje
de concreto;

 Argamassados – são a aplicação de camadas de


revestimento argamassados da mesma forma com que se
revestem as paredes (chapisco, emboço, reboco etc.) sobre
a face inferior de laje maciça, premoldada ou mista;

 Madeira – executados como forro falso em chapas, réguas


ou colméias, fixados por meio de vigamentos,
tarugamentos e contraventamento;

 Gesso – em placas lisas, perfuradas ou estriadas, placas


de gesso acartonado (placas de 0,60x0,60 m) suspensas
por arames galvanizados fixados nas lajes por pino de aço
REVESTIMENTO DE TETOS (FORROS)
cravado com pistola à pólvora. As placas podem ser
Elemento de acabamento interno da edificação, o forro é um rejuntadas, lixadas e pintadas e receber arremates
sistema de revestimento superior de um ambiente (cômodo). especiais também em gesso ou outro material (plástico,
Caracterizado como forro falso quando reveste abaixo do teto PVC e isopor);
(que tecnicamente define o pé-direito), o forro é o sistema que
regula o espaço e o conforto do ambiente, possuindo uma relação  Fibras vegetais ou minerais – em placas prensadas de
direta com a reverberação dos sons, o conforto térmico. fibras de madeira (pinus e eucalipto) e lã de vidro, rocha
ou polietireno expandido (isopor), caracterizando o
chamado "forro pacote", que são fixados em estruturas de
Os tipos de forros mais comumente utilizados, segundo as perfis de alumínio, aço ou madeira atirantados ao teto, por
características de fixação são: forros colados, forros tarugados e meio de pendurais de aço, ou chapas de alumínio;
forros suspensos.
 Metal – principalmente alumínio e aço, apresentando as
mais variadas configurações e acabamentos;
De uma forma mais ampla os revestimentos de tetos podem ser
resumidos como segue:  PVC rígido – apresentados em réguas com encaixe tipo macho
e fêmea, fixados em tarugamentos de madeira.

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