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INDICE

1.Introdução………………………………………………………………………………..5

2.Definições……………………………………………………. …................................…5

2.1.Acidente de trabalho………………………………………….....……………………..5

2.2.Objectivo da higiene do trabalho………………………………………………………7

3. Factores que afectam a higiene e segurança no trabalho……………………………….7

3.1.As perdas de produtividade e qualidade…………………………………………8

4.Segurança no posto de trabalho……………………………………………………….….9

4.2.1.O local de trabalho……………………………………………………………….…11

4.2.2.Movimentação de cargas…………………………………………………………….11

4.2.3.Posição de trabalho………………………………………………………………..…11

4.2.4.Condições psicológicas do trabalho…………………………………………………11

4.2.5.Máquinas………………………………………………………………………..……11

4.2.6.Ruido e vibrações……………………………………………………………………11

4.2.7.Iluminação……………………………………………..…………………………….11

4.2.8.Riscos químicos…………………………………………………………………...…12

4.2.9.Riscos biológicos…………………………………………………………………. 12

4.2.10. Pessoal de socorro……………………………………………………………… 12

5.O efeito domínó e os acidentes de trabalhos……………………………………………12

6.Segurança de máquinas…………………………………………...…………….……13

6.1.Definição de fabricantes de máquinas…………………………………………………13

6.1.1.Conceito de fabricante de segurança………………………………………...….…...14

6.2.1.Dispositivos de proteção……………………………………...………………….….14
7.Redução dos riscos de acidente………………………………………….....…………….15
8.Protecção colectiva e proteção individual (EPIs,EPCs) ……………….....................….15
9.Sinalização de Segurança…………………………………………………………………22
9.1.Sinais de perigo……………………………………………………………...……….…22

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9.1.1.Sinais de proibição………………………………………………………………22
9.2.1.Sinais de obrigação…………………………………………………………...23
9.2.2.Sinais de Emergência………………………………………………23
10.Higiene e condições ambientais do posto de trabalho…………………………….24
10.1.Introdução………………………………………………………………………..24
10.1.1.Os riscos que rodeiam o posto de trabalho……………………………....24
10.1.2.1.Riscos físicos…………………………………...……………………………25
10.1.2.2.Riscos químicos……………………………...………………………………30
10.1.2.3.Riscos biológicos…………………………………………………...………..33
10.1.4.Riscos ergonómicos…………………...……………………………………….33
11.prevenção e combate a incêndio…………………………………...………………36
11.2.1.Extintor portáteis…………………………………………....….........................39
11.2.2.Classificação quanto ao modo de funcionamento……………………………...41
11.2.3.Extintor de incêndio……………………………....…………….........................42
11.2.4.Manutenção de extintores……………………………………………….……...45
12.Mapa de riscos……………………………………………………………….……..46
12.1.Conceito…………………………………………………………………….……..46
12.1.1.Criteiros para elaboração…………………………………………………….…46
12.2.1.Circulos ………………………………………………………………...............47
13.Avaliação de riscos………………………………………………………...……….48
16.1.Segurança………………………………………………...……………………….48
13.1.1.Segurança no posto de trabalho………………………………………………..48
14.Apnr……………………………………………...…………………………….…...50
14.1.Etapas da Apnr………………………………………………………...………..52
14.1.1.Orientação para preenchimento da tabela Apnr………………………………53
14.2.1.Exercicios de uma Apnr……………………………………………...……..…54
15.Organização do trabalho na indústria……………………………………………...60
16.Espaços confinados…………………………………………………………………61
17.Bibiografi……...……………………………………………………………………….....70

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Apresentação

Com o objectivo de apoiar e proporcionar a melhoria contínua no nível de qualidade e


produtividade da indústria, o CINFOTEC desenvolve programas de educação profissional, além de
prestar serviços técnicos e tecnológicos.

Essas actividades, com assuntos tecnológicos são voltadas para indústrias nos vários
ramos de actividade, através de programas de educação profissional, consultorias e informação
tecnológica, para profissionais da área industrial ou para pessoas que desejam especializarem-se a
visar participar no mercado de trabalho.

Este material didáctico foi preparado para funcionar como instrumento de consulta.
Possui informações que são aplicáveis diariamente pelo profissional, de forma prática e apresenta
uma linguagem simples e de fácil assimilação.
É um meio que possibilita, de forma eficaz, o aperfeiçoamento do aluno através do estudo
do assunto apresentado no módulo.

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1.Intrudução

A indústria sempre teve associada a vertente humana, nem sempre tratada como seu
componente preponderante.

Até meados do século 20, as condições de trabalho nunca foram levadas em conta, sendo
sim importante a produtividade, mesmo que tal implicasse riscos de doença ou mesmo à morte dos
trabalhadores. Para tal contribuíam dois factores, uma mentalidade em que o valor da vida humana
era pouco mais que desprezível e uma total ausência por parte dos Estados de leis que
protegessem o trabalhador.

Apenas a partir da década de 50 / 60, surgem as primeiras tentativas sérias de integrar os


trabalhadores em actividades devidamente adequadas às suas capacidades.

Actualmente em alguns paises existe legislação que permite uma protecção eficaz de quem
integra actividades industriais, ou outras, devendo a sua aplicação ser entendida como o
melhor meio de beneficiar simultaneamente as empresas e os trabalhadores na salvaguarda dos
aspectos relacionados com as condições ambientais e de segurança de cada posto de trabalho.

Na actualidade, em que certificações de Sistemas de Garantia da Qualidade e ambientais


ganham tanta importância, as medidas relativas à Higiene e Segurança no Trabalho tardam em ser
implementados pelo que o despertar de consciências é fundamental.

o objectivo principal deste curso, e de sensibilizar para as questões da higiene e


segurança no trabalho.

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2- Definições

A higiene e a segurança são duas actividades que estão intimamente relacionadas


com o objectivo de garantir condições de trabalho capazes de manter um níve de saúde dos
colaboradores e trabalhadores de uma empresa.

Segundo a O.M.S.-Organização Mundial de Saúde, a verificação de condições de Higiene


e Segurança consiste "num estado de bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência
de doença e enfermidade ".

A higiene do trabalho propõe-se combater, dum ponto de vista não médico, as doenças
profissionais, identificando os factores que podem afectar o ambiente do trabalho e o trabalhador,
visando eliminar ou reduzir os riscos profissionais (condições inseguras de trabalho que podem
afectar a saúde, segurança e bem estar do trabalhador).

A segurança do trabalho propõe-se combater, também dum ponto de vista não médico,
os acidentes de trabalho, quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer educando os
trabalhadores a utilizarem medidas preventivas.

 Segurança; Estudo, avaliação e controlo dos riscos de operação

 Higiene; Identificar e controlar as condições de trabalho que possam


prejudicar a saúde do trabalhador

 Doença Profissional; Doença em que o trabalho é determinante para o seu


aparecimento.

2.1- Acidente de trabalho

O que é acidente

Se procurarmos num dicionário poderemos encontrar acontecimento imprevisto, casual,


que resulta em ferimento, dano, estrago, prejuízo, avaria, ruína, etc....”

Os acidentes, em geral, são o resultado de uma combinação de factores, entre os quais se


destacam as falhas humanas e falhas materiais. vale a pena lembrar que os acidentes não
escolhem hora nem lugar. Podem acontecer em casa, no ambiente de trabalho e nas inúmeras
locomoções que fazemos de um lado para o outro, para cumprir nossas obrigações diárias.

Quanto aos acidentes do trabalho o que se pode dizer é que grande parte deles ocorre
porque os trabalhadores se encontram mal preparados para enfrentar certos riscos.

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O que diz a lei

Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa,


provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da
capacidade para o trabalho, permanente ou temporária...”

 Lesão corporal é qualquer dano produzido no corpo humano, seja ele leve,
como, por exemplo, um corte no dedo, ou grave, como a perda de um membro.

 Perturbação funcional é o prejuízo do funcionamento de qualquer órgão ou


sentido. Por exemplo, a perda da visão, provocada por uma pancada na cabeça,
caracteriza uma perturbação funcional...

Doença profissional também é acidente do trabalho

 Doenças profissionais são aquelas que são adquiridas na sequência do


exercício do trabalho em si.

 Doenças do trabalho são aquelas decorrentes das condições especiais em


que o trabalho é realizado. Ambas são consideradas como acidentes do trabalho, quando
delas decorrer a incapacidade para o trabalho.

Um funcionário pode apanhar uma gripe, por contagio com colegas de trabalho. Essa
doença, embora possa ter sido adquirida no ambiente de trabalho, não é considerada doença
profissional nem do trabalho, porque não é ocasionada pelos meios de produção.

Contudo, se o trabalhador contrair uma doença ou lesão por contaminação acidental, no


exercício de sua actividade, temos aí um caso equiparado a um acidente de trabalho. Ou doença de
trabalho

Noutro caso, se um trabalhador perder a audição por ficar longo tempo sem protecção
auditiva adequada, submetido ao excesso de ruído, gerado pelo trabalho executado junto a uma
grande prensa, isso caracteriza igualmente uma doença de trabalho.

Um acidente de trabalho pode levar o trabalhador a se ausentar da empresa apenas por


algumas horas, o que é chamado de acidente sem afastamento. É que ocorre, por
exemplo, quando o acidente resulta num pequeno corte no dedo, e o trabalhador retorna ao
trabalho em seguida.

Outras vezes, um acidente pode deixar o trabalhador impedido de realizar suas actividades
por dias seguidos, ou meses, ou de forma definitiva. Se o trabalhador acidentado não retornar ao
trabalho imediatamente ou até no dia seguinte, temos o chamado acidente com afastamento,
que pode resultar na incapacidade temporária, ou na incapacidade parcial e permanente, ou,
ainda, na incapacidade total e permanente para o trabalho.

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A incapacidade temporária é a perda da capacidade para o trabalho por um período
limitado de tempo, após o qual o trabalhador retorna às suas actividades normais.

A incapacidade parcial e permanente é a diminuição, por toda vida, da capacidade física


total para o trabalho. É o que acontece, por exemplo, quando ocorre a perda de um dedo ou de
uma vista incapacidade total e permanente é a invalidez incurável para o trabalho.

Neste ultimo caso, o trabalhador não reúne condições para trabalhar o que acontece, por
exemplo, se um trabalhador perde as duas vistas num acidente do trabalho. Nos casos extremos, o
acidente resulta na morte do trabalhador.

2.2- Objectivos da higiene do trabalho

Reduzir a exposição média e de longo prazo, uma vez que nem sempre se podem eliminar
totalmente os riscos do ambiente de trabalho.

3- factores que afectam a higiene e segurança

Em geral a actividade produtiva encerra um conjunto de riscos e de condições de trabalho


desfavoráveis em resultado das especificidades próprias de alguns processos ou operações, pelo
que o seu tratamento quanto a Higiene e Segurança costuma ser cuidado com atenção.

Contudo, na maior parte dos casos, é possível identificar um conjunto de factores


relacionados com a negligência ou desatenção por regras elementares e que potenciam a
possibilidade de acidentes ou problemas.

Acidentes devido a condições perigosas;

 Máquinas e ferramentas
 Condições de organização (Lay-Out mal feito, armazenamento perigoso, falta
de Equipamento de Protecção Individual - E.P.I.)
 Condições de ambiente físico, (iluminação, calor, frio, poeiras, ruído)

Acidentes devido a acções perigosos;

 Falta de cumprimento de ordens (não usar E.P.I.)


 Ligado à natureza do trabalho (erros na armazenagem)
 Nos métodos de trabalho (trabalhar a ritmo anormal, manobrar empilhadores,
distracções, brincadeiras).

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3.1- as perdas de produtividade e qualidade

Foi necessário muito tempo para que se reconhecesse até que ponto as condições de
trabalho e a produtividade se encontram ligadas. Numa primeira fase, houve a percepção da
incidência económica dos acidentes de trabalho onde só eram considerados inicialmente os custos
directos (assistência médica e indemnizações) e só mais tarde se consideraram as doenças
profissionais.

Na actividade corrente de uma empresa, compreendeu-se que os custos indirectos


dos acidentes de trabalho são bem mais importantes que os custos directos, através de
factores de perda como os seguintes:

 Perda de horas de trabalho pela vítima


 Perda de horas de trabalho pelas testemunhas e Responsáveis
 Perda de horas de trabalho pelas pessoas encarregadas dos inquéritos
 Interrupções da produção,
 Danos materiais,
 Atraso na execução do trabalho,
 Diminuição do rendimento durante a substituição
 a retoma de trabalho pela vítima

Estas perdas podem ser muito elevadas, podendo mesmo representar quatro
vezes os custos directos do acidente de trabalho.

A diminuição de produtividade e o aumento do número de peças defeituosas e dos


desperdícios de material imputáveis à fadiga provocada por horários de trabalho excessivos e por
más condições de trabalho, nomeadamente no que se refere à iluminação e à ventilação,
demonstraram que o corpo humano, apesar da sua imensa capacidade de adaptação,
tem um rendimento muito maior quando o trabalho decorre em condições óptimas.

Com efeito, existem muitos casos em que é possível aumentar a produtividade


simplesmente com a melhoria das condições de trabalho. De uma forma geral, a Gestão
das Empresas não explora suficientemente a melhoria das condições de higiene e a
segurança do trabalho nem mesmo a ergonomia dos postos de trabalho como forma de aumentar
a Produtividade e a Qualidade.

Um trabalhador desvia sua atenção do trabalho por fracção de segundo,


ocasionando um acidente sério. Além do próprio trabalhador são atingidos mais dois colegas que
trabalham ao seu lado. O trabalhador tem de ser removido urgentemente para o hospital e os dois
outros trabalhadores envolvidos são atendidos no ambulatório da empresa. Um equipamento de
fundamental importância é paralisado em consequência do dano em algumas peças da máquina.
O equipamento parado é uma guilhotina que corta a matéria-prima para vários sectores de
produção.

Analise a situação anterior e liste as consequências directas e indirectas que consegue


prever, em resultado deste acidente.

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A relação entre o trabalho executado pelo operador e as condições de trabalho do local de
trabalho, passou a ser melhor estudada desde que as restrições impostas pela tecnologia
industrial moderna constituem a fonte das formas de insatisfação que se manifestam
sobretudo entre os trabalhadores afectos às tarefas mais elementares, desprovidas de
qualquer interesse e com carácter repetitivo e monótono.

Desta forma pode-se afirmar que na maior parte dos casos a Produtividade é afectada,
pela conjugação de dois aspectos importantes:

 Um meio ambiente de trabalho que exponha os trabalhadores a


riscos profissionais graves (causa directa de acidentes de trabalho e de doenças
profissionais)
 A insatisfação dos trabalhadores face a condições de trabalho que
não estejam em harmonia com as suas características físicas e psicológicas.

Em geral as consequências revelam-se numa baixa quantitativa e qualitativa da


produção, numa rotação excessiva do pessoal e a num elevado absentismo.

Claro que as consequências de uma tal situação variarão segundo os meios


socioeconómicos.

Fica assim explicado que as condições de trabalho e as regras de segurança e Higiene


correspondentes, constituem um factor da maior importância para a melhoria de desempenho das
empresas, através do aumento da sua produtividade obtida em condições de menor absentismo e
sinistralidade.

Por parte dos trabalhadores de uma empresa, o emprego não deve representar somente o
trabalho que se realiza num dado local para auferir um ordenado, mas também uma oportunidade
para a sua valorização pessoal e profissional, para o que contribuem em mito as boas condições do
seu posto de trabalho.

Querendo evitar a curto prazo um desperdício de recursos humanos e monetários e a longo


prazo garantir a competitividade da Empresa, deverá prestar-se maior atenção às condições de
trabalho e ao grau de satisfação dos seus colaboradores, reconhecendo-se que, uma empresa
desempenha não só uma função técnica e económica mas também um importante papel social.

4- segurança do posto de trabalho

4.1-Significado e Importância da Prevenção

A Prevenção é certamente o melhor processo de reduzir ou eliminar as possibilidades de


ocorrerem problemas de segurança com o trabalhador.

A prevenção consiste na adopção de um conjunto de medidas de protecção, na previsão de


que a segurança física do operador possa ser colocada em risco durante a realizaçãodo seu
trabalho. Nestes termos, pode-se acrescentar que as medidas a tomar no domínio da
higiene industrial não diferem das usadas na prevenção dos acidentes de trabalho.

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Como princípios de prevenção na área da Higiene e Segurança industrial, poderemos
apresentar os seguintes:

1. Tal como se verifica no domínio da segurança, a prevenção mais eficaz em matéria


de higiene industrial exerce-se, também, no momento da concepção do edifício, das
instalações e dos processos de trabalho, pois todo o melhoramento ou alteração posterior já
não terá a eficácia desejada para proteger a saúde dos trabalhadores e será certamente muito
mais dispendiosa.

2. As operações perigosas (as que originam a poluição do meio ambiente ou causam ruído
ou vibrações) e as substâncias nocivas, susceptíveis de contaminar a atmosfera do local de
trabalho, devem ser substituídas por operações e substâncias inofensivas ou menos nocivas.

3. Quando se torna impossível instalar um equipamento de segurança colectivo, é


necessário recorrer a medidas complementares de organização do trabalho, que, em certos
casos, podem comportar a redução dos tempos de exposição ao risco.

4. Quando as medidas técnicas colectivas e as medidas administrativas não são suficientes


para reduzira exposição a um nível aceitável, deverá fornecer-se aos trabalhadores um
equipamento de protecção individual (EPI) apropriado.

5. Salvo casos excepcionais ou específicos de trabalho, não deve considerar-se o


equipamento de protecção individual como o método de segurança fundamental, não só por razões
fisiológicas mas também por princípio, porque o trabalhador pode, por diversas razões, deixar de
utilizar o seu equipamento.

Um qualquer posto de trabalho representa o ponto onde se juntam os diversos meios de


produção (Homem, Máquina, Energia, Matéria-prima, etc) que irão dar origem a uma operação de
transformação, daí resultando um produto ou um serviço.

Para a devida avaliação das condições de segurança de um Posto de Trabalho é necessário


considerar um conjunto de factores de produção e ambientais em que se insere esse mesmo posto
de trabalho.

Para que a actividade de um operador decorra com o mínimo de risco, têm que se criar
diferentes condições passivas ou activas de prevenção da sua segurança.

Os principais aspectos a levar em contas num diagnóstico das condições de


segurança (ou de risco) de um Posto de Trabalho, podem ser avaliados pelas seguintes
questões:

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4.2.1- O local de trabalho

 Tem acesso fácil e rápido


 É bem iluminado
 É suficientemente afastado dos outros postos de Trabalho
 As escadas têm corrimão ou protecção lateral

4.2.2- Movimentação de cargas

 As cargas a movimentar são grandes ou pesadas


 Existem e estão disponíveis equipamento de transporte auxiliar
 Existem passagens e corredores com largura compatível
 Existem marcações no solo delimitando zonas de movimentação

4.2.3-posições de trabalho

 O Operador trabalha de pé muito tempo


 O Operador gira ou baixa-se frequentemente
 O operador tem que afastar para dar p a s s a g e m a máquinas ou outros
operadores
 A altura e a posição da máquina são adequadas

4.2.4- condições psicológicas do trabalho

 O trabalho é em turnos ou normal


 O Operador realiza muitas Horas extras
 A tarefa é de alta cadencia de produção
 É exigida muita concentração dados os riscos da operação

4.2.5. Maquina

 A engrenagens e partes móveis estão protegidas


 Estão devidamente identificados os dispositivos de segurança
 A formação do Operador é suficiente

4.2.6. Ruídos e vibrações

 No PT sentem-se vibrações ou ruído intenso


 A máquina a operar oferece trepidação
 Existem dispositivos que minimizem vibrações e ruído

4.2.7. Iluminação (posto de trabalho PT)

 A iluminação é natural
 Está bem orientada relativamente ao PT
 Existe alguma iluminação intermitente as imediações do PT

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4.2.8. Riscos químicos

 O ar circundante tem Poeiras ou fumos


 Existe algum cheiro persistente
 Existem ventilação ou exaustão de ar do local
 Os produtos químicos estão bem embalados
 Os produtos químicos estão bem identificados
 Existem resíduos de produtos no chão no PT

4.2.9. Riscos biológicos

 Há contacto directo com animais


 À contacto com sangue ou resíduos animais
 Existem meios de desinfecção no PT

4.2.10.pessoal de socorro

 EXISTE alguém com formação em primeiros socorros


 Os números de alerta estão visíveis e actualizados
 Existem caixas de primeiros socorros e Macas

Com a redução dos acidentes poderão ser eliminados problemas que afetam o homem e a
produção.

Para que isso aconteça, é necessário que tanto os empresários (que têm por obrigação
fornecer um local de trabalho com boas condições de segurança e higiene, maquinaria segura
e equipamentos adequados) como os trabalhadores (aos quais cabe a responsabilidade de
desempenhar o seu dever com menor perigo possível para si e para os companheiros)
estejam comprometidos com uma mentalidade de Prevenção de Acidentes

 Prevenir quer dizer:


Ver antecipadamente; chegar antes do acidente; tomar todas as providências para que o
acidente não tenha possibilidade de ocorrer ...

5- O efeito e os acidentes de trabalho

Podemos imaginar que algo semelhante acontece quando um acidente ocorre,


considerando que se podem conjugar três factores que se complementam da seguinte forma:
 Ambiente social
 Causa pessoal
 Causa mecânica

O Ambiente Social do trabalhador relaciona-se com dois factores principais a saber:


Hereditariedade e Influencia Social. As características físicas e psicológicas do individuo são
determinadas pela hereditariedade transmitida pelos pais. Por outro lado o comportamento de cada

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um é muitas vezes influenciado pelo ambiente social em que cada um vive (A moda tanto é usar
cabelos longos, como usar a cabeça raspada).

A causa pessoal está relacionada com o conjunto de conhecimentos e habilidades


que cada um possui para desempenhar uma tarefa num dado momento. A probabilidade de
envolvimento em acidentes aumenta quando as condições psicológicas não são as melhores
(depressão), ou quando não existe preparação e treino suficiente.

A causa mecânica diz respeito às falhas materiais existentes no ambiente de trabalho.


Quando o equipamento não apresenta protecção para o trabalhador, quando a iluminação do
ambiente de trabalho é deficiente ou quando não há boa manutenção do equipamento, os
riscos de acidente aumentam consideravelmente.
Quando um ou mais dos factores anteriores se manifestam, ocorre o acidente que pode
provocar ou não lesão no trabalhador.

6.Segurança de Máquinas

Muitos processos produtivos dependem da utilização de máquinas, pelo que é importante a


existência e o cumprimento dos requisitos de segurança em máquinas industriais ou a sua
implementação no terreno de modo a garantir a maior segurança aos operadores.

Máquina: Todo o equipamento, (inclusive acessórios e equipamentos de segurança), com


movimento, (engrenagens), e com fonte de energia que não a humana

Os requisitos de segurança de uma máquina podem ser identificados, nomeadamente o


que diz respeito ao seu acionamento a partir de Comandos:

 Devem estar visíveis e acessíveis a partir do posto de trabalho normal

 Devem estar devidamente identificados em português ou então por símbolos

 O comando de arranque: a máquina só entra em funcionamento quando se


acciona este comando, não devendo arrancar sozinho quando volta a corrente

 O comando de paragem: deve sempre sobrepor-se ao comando de


arranque
 Stop de emergência: corta a energia, pode ter um aspecto de barra botão ou
cabo

6.1.Definição de Fabricantes de Maquinas

- Quem assume a responsabilidade da concepção e do fabrico da máquina. Pode estar


estabelecido na UE ou fora dela.
- Quem modifica a utilização prevista de uma máquina, assumindo a responsabilidade das
consequências que derivem desse facto.
- Quem fabrica máquinas ou componentes de segurança, para uso próprio.
- Quem monta máquinas, partes de máquinas ou componentes de segurança, de origens
diferentes.

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6.1.1.Conceito de “componentes de segurança”

Componente que não seja um intermutável, que o fabricante ou o seu mandatário


estabelecido na Comunidade coloque no mercado com o objectivo de assegurar, através da sua
utilização, uma função de segurança, e cuja avaria ou mau funcionamento ponha em causa a
segurança ou a saúde das pessoas expostas.

Exigências essenciais de Segurança e de Saúde, relativas à concepção e ao fabrico de


máquinas.

De acordo com as diferentes Directivas as Máquinas, devem ter descritas as especificações


técnicas a respeitar pelo fabricante, desde a fase de concepção e fabrico da máquina, tendo como
objectivo a garantia da segurança e da saúde das pessoas expostas durante o seu tempo de vida
útil (instalação, utilização, afinação, manutenção e desmantelamento).

O fabricante tem a obrigação de determinar todos os riscos aplicáveis à máquina e,


seguidamente, concebê-la e construí-la tendo em conta a análise efectuada

6.2.1. Dispositivos de Protecção

 Protectores Fixos: os mais vulgarmente utilizados são as guardas. São


estruturas metálicas aparafusadas à estrutura da máquina e devem impedir o acesso aos
órgãos de transmissão. O acesso só para acções de manutenção.

 Protectores Móveis: neste caso as guardas são fixadas à estrutura por


dobradiças ou calhas o que as torna amovíveis. A abertura da protecção deve levar à
paragem automática do movimento perigoso, (pode-se recorrer a um sistema de
encravamento eléctrico).

 Comando Bi-Manual: para uma determinada operação, em vez de uma só


betoneira existem duas que devem ser pressionadas em simultâneo. Isto obriga a que o
trabalhador mantenha as duas mãos ocupadas evitando cortes e esmagamentos
(Guilhotinas, Prensas)

 Distâncias de Segurança: Define-se distância de segurança, a distância


necessária que impeça que os membros superiores alcancem zonas perigosas do
equipamento .

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7- Redução dos riscos de acidente

Como já vimos, os acidentes são evitados com a aplicação de medidas específicas de


segurança, seleccionadas de forma a estabelecer maior eficácia na prevenção da segurança. As
prioridades são:

 Eliminação do risco: significa torná-lo definitivamente inexistente. (Exemplo:


uma escada com piso escorregadio apresenta um sério risco de acidente. Esse risco
poderá ser eliminado com um piso antiderrapante)

 Neutralização do risco: o risco existe, mas está controlado. Esta opção é


utilizada na impossibilidade temporária ou definitiva da eliminação de um risco. (Exemplo: as
partes móveis de uma máquina como polias, engrenagens, correias etc. - devem ser
neutralizadas com anteparos de protecção, uma vez que essas peças das máquinas não
podem ser simplesmente eliminadas.

 Sinalização do risco: é a medida que deve ser tomada quando não for
possível eliminar ou isolar o risco. (Exemplo: máquinas em manutenção devem ser
sinalizadas com placas de advertência; locais onde é proibido fumar devem ser
devidamente sinalizados.

8- Protecção colectiva e protecção individual (EPIS, EPCS)

As medidas de protecção colectiva, através dos equipamentos de protecção colectiva


(EPC), devem ter prioridade, conforme determina a legislação. Uma vez que beneficiam todos
os trabalhadores, indistintamente

Os EPCs devem ser mantidos nas condições que os especialistas em segurança


estabelecerem, devendo ser reparados sempre que apresentarem qualquer deficiência.

Vejamos alguns exemplos de aplicação de EPCs:

 Sistema de exaustão que elimina gases, vapores ou poeiras


contaminantes do local de trabalho;
 Cabo de segurança para conter equipamentos suspensos sujeitos a
esforços, caso venham a se desprender.
 Sinalização
 Corrimao
 Guarda corpos
 Cones
 Protetores de maquinas
 Serene de alarme de incendio

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Equipamentos de proteção individual (EPIs)

EPI: são ferramentas de trabalho que visam proteger a saúde do trabalhador

Quando não for possível adoptar medidas de segurança de ordem geral, para garantir a
protecção contra os riscos de acidentes e doenças profissionais, devem-se utilizar os equipamentos
de protecção individual, conhecidos pela sigla EPI.

São considerados equipamentos de protecção individual todos os dispositivos de uso pessoal


destinados a proteger a integridade física e a saúde do trabalhador.

Os EPIs não evitam os acidentes, como acontece de forma eficaz com a protecção
colectiva. Apenas diminuem ou evitam lesões que podem decorrer de acidentes.

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Veja um exemplo:

Existem EPIs para protecção de praticamente todas as partes do corpo.

Veja alguns exemplos:

Cabeça e crânio: capacete de segurança contra impactos, perfurações, acção dos


agentes meteorológicos etc.

Capacete

Olhos: óculos contra impactos, que evita a cegueira total ou parcial e a conjuntivite.
E utilizado em trabalhos onde existe o risco de impacto de estilhaços e limalhas .

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Vias respiratórias: protector respiratório, que previne problemas pulmonares e das vias
respiratórias, e deve ser utilizado em ambientes com poeiras, gases, vapores ou fumos nocivos.

Mascaras simples para pó e mascaras de filtro para pinturas diluentes

Face: máscara de solda, que protege contra impactos de partículas, respingos de produtos
químicos, radiação.

Viseira ou protector facial

Um operador derramou metal fundido dentro de um molde, com uma concha.sem reparar
que havia um pouco de água no fundo do molde. Ao derramar o metal, este reagiu com a água,
causando uma explosão que lhe atingiu o rosto. Dado que o operador usava mascara, Isso
impediu que o rosto e os olhos fossem atingidos. Graças ao uso correcto do EPI, o operador não
teve nenhuma lesão.

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Ouvidos: Auriculares, que previne a surdez, o cansaço, a irritação e outros problemas
psicológicos. Deve ser usada sempre que o ambiente apresentar níveis de ruído superiores aos
aceitáveis, de acordo com a norma regulamentadora.

Mãos e braços: luvas, que evitam problemas de pele, choque eléctrico, queimaduras,
cortes e raspões e devem ser usadas em trabalhos com solda eléctrica, produtos químicos,
materiais cortantes, ásperos, pesados e quentes.

Luvas de Raspa de zinco luvas de burracha

Pernas e pés: botas de borracha, que proporcionam isolamento contra electricidade e


humidade. Devem ser utilizadas em ambientes húmidos e em trabalhos que exigem contacto com
produtos químicos.

Botas com biqueira de aço

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Botas de borrachas

Tronco: aventais de couro, que protegem de impactos, gotas de produtos químicos,


choque eléctrico, queimaduras e cortes. Devem ser usados em trabalhos de soldagem eléctrica,
oxiacetilénica, corte a quente

Aventais

A lei determina que os EPIs sejam aprovados pelo Ministério do Trabalho, mediante
certificados de aprovação (CA). As empresas devem fornecer os EPIs gratuitamente aos
trabalhadores que deles necessitarem.

A lei estabelece também que é obrigação dos empregados usar os equipamentos de


protecção individual onde houver risco, assim como os demais meios destinados a sua segurança.

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Responsabilidades

A legislação trabalhista prevê que:

É obrigação do empregador

 Fornecer os EPI adequados ao trabalho, devidamente higienizados


 Instruir e treinar quanto ao usodos EPI
 Fiscalizar e exigir o uso dos EPI
 Repor os EPI danificados

É obrigação do Trabalhador

• usar e conservar os EPI

9- sinalização de segurança

No interior e exterior das instalações da empresa, devem existir formas de aviso e


informação rápida, que possam auxiliar os elementos da empresa a actuar em conformidade com
os procedimentos de segurança.

Com este objectivo, existe um conjunto de símbolos e sinais especificamente criados para
garantir a fácil compreensão dos riscos ou dos procedimentos a cumprir nas diversas situações
laborais que podem ocorrer no interior de uma empresa ou em lugares públicos. Em seguida dão-
se alguns exemplos do tipo de sinalização existente e a ser aplicada nas empresas

21
9.1. Sinais de Perigo

Indicam situações de risco potencial de acordo com o pictograma inserido no sinal. São
utilizados em instalação, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc....
Têm forma triangular, o contorno e pictograma a preto e o fundo amarelo.

9.1.1.nais de Proibição

Indicam comportamentos proibidos de acordo com o pictograma inserido no sinal. São


utilizados em instalação, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc.. Têm forma
circular, o contorno vermelho, pictograma a preto e o fundo branco.

22
9.2.1.nais de Obrigação

Indicam comportamentos obrigatórios de acordo com o pictograma inserido no sinal.


São utilizados em instalação, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc.. Têm forma
circular, fundo azul e pictograma a branco.

9.2.2.nais de Emergência

Fornecem informações de salvamento de acordo com o pictograma inserido no sinal. São


utilizados em instalação, acessos e equipamentos, etc. Têm forma rectangular, fundo verde e
pictograma a branco.

23
10. Higiene e condições ambientais do PT

10.1-introdução

O conjunto de elementos que temos à nossa volta, tais como as edificações, os


equipamentos, os móveis, as condições de temperatura, de pressão, a humidade do ar, a
iluminação, a organização, a limpeza e as próprias pessoas, fazem parte das condições de trabalho
e constituem assim o que se designa por ambiente.

Nos locais de trabalho, a combinação de alguns desses elementos gera produtos e serviços.
O todo esse conjunto de elementos e acções denominamos condições ambientais.
Em muitos casos, o ambiente de trabalho é agressivo para o trabalhador, dadas as
condições de ruído, temperatura, esforço, etc, a que o mesmo se encontra sujeito durante o
cumprimento das suas funções.

O desenvolvimento tecnológico permitiu que em algumas das condições mais duras de


trabalho para o ser humano, sejam usados robots ou dispositivos mecânicos que substituem
total ou parcialmente a acção directa do trabalhador (Siderurgia , Pintura , Indústria química ,
etc).

Entretanto, apesar de todo o avanço científico e tecnológico, ainda há situações em que o


homem é obrigado a enfrentar condições desfavoráveis ou perigosas na realização de
determinadas tarefas (Minas, Construção civil, etc).

10.1.1- Os riscos que rodeiam o posto de trabalho (PT)

Há vários factores de risco que afectam o trabalhador no desenvolvimento das suas tarefas
diárias.

Alguns destes riscos atingem grupos específicos de profissionais, como é o caso, dos
mergulhadores, que trabalham submetidos a altas pressões e a baixas temperaturas. Por esse
facto, são obrigados a usar roupas especiais, para conservar a temperatura do corpo, e passam por
cabines de compressão e descompressão, cada vez que mergulham ou sobem à superfície.

Outros factores de risco não escolhem profissão: agridem trabalhadores de diferentes áreas
e níveis ocupacionais, de maneira subtil, praticamente imperceptível.

Esses últimos são os mais perigosos, porque são os mais ignorados. Os principais tipos
de risco ambiental que afectam os trabalhadores de um modo geral, estão separados em:

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Agentes de riscos ambientais

Riscos Riscos Riscos


Físicos Químicos Biológicos
Ruídos Poeiras Vírus

Vibrações Fumos Bactérias

Radiações Gases Protozoários


Ionizantes
Não
ionizantes

Fungos
Vapores
Frio
Parasitas

Calor Substancias
ou Bacilos
humidade Produtos
químicos

10.1.1 Riscos físicos estão sempre presentes mas nem sempre causam danos,
choque elétrico é risco de acidente

Todos nós, ao desenvolvermos o nosso trabalho, gastamos uma certa quantidade de


energia para produzir um determinado resultado. Em geral, quando dispomos de boas as
condições físicas do ambiente, como, por exemplo, o nível de ruído e a temperatura são
aceitáveis, produzimos mais com menor esforço.

Mas, quando essas condições fogem muito aos nossos limites de tolerância, atinge-se
facilmente o incómodo e a irritação determinando muitas vezes o aparecimento de cansaço,
a queda de produção, falta de motivação e desconcentração.

Por outras palavras, os factores físicos do ambiente de trabalho interferem


directamente no desempenho de cada trabalhador e na produção obtida , pelo que se
justifica a sua analise com o maior cuidado.

Ao estudar cada um dos factores apresentados a seguir, pense no seu próprio local
de trabalho.

Identifique os problemas, liste-os e proponha uma medida de correcção para esse problema

25
Ruído

Quando um de nós se encontra num ambiente de trabalho e não consegue ouvir


perfeitamente a fala das pessoas no mesmo recinto , isso é uma primeira indicação de que
o local é demasiado ruidoso.Os especialistas no assunto definem o ruído como todo som que
causa sensação desagradável ao homem.

Medidor de Ruído (sonómetro integrador)

O que é som?

Fenómeno acústico que consiste na propagação de ondas sonoras produzidas por um corpo
que vibra em meio material elástico (especialmente o ar). Algo que promove a sensação de escutar.
O som pode ser definido como uma variação de pressão que o ouvido humano consegue
captar.

26
O que é o Ruído?

Qualquer barulho, estrondo, estrépito, fragor. Um conjunto de frequências sem relação

Específica entre elas.

As perdas de audição são derivadas da frequência e intensidade do ruído. A fadiga


evidencia-se por uma menor acuidade auditiva. As ondas sonoras transmitem-se tanto pelo ar
como por materiais sólidos.

O ruído é pois um agente físico que pode afectar de modo significativo a qualidade de vida.
Mede-se o ruído utilizando um instrumento denominado sonómetro integrador, e a unidade usada
como medida é o decibel ou abreviadamente dB.

Para 8 horas diárias de trabalho, o limite máximo de ruído estabelecido é de 85 decibéis.


O ruído emitido por uma britadeira é equivalente a 100 decibéis.
O limite máximo de exposição contínua do trabalhador a esse ruído, sem protecção
auditiva, é de 1 hora.

Sem medidas de controlo ou protecção, o excesso de intensidade do ruído,


acaba por afectar o cérebro e o sistema nervoso.

Em condições de exposição prolongada ao ruído por parte do aparelho auditivo, os


efeitos podem resultar na surdez profissional cuja cura é impossível, deixando o trabalhador
com dificuldades para se relacionar com os colegas e família , assim como dificuldades acrescidas
em se aperceber da movimentação de veículos ou máquinas , agravando as suas condições de
risco por acidente físico.

27
Vibrações

As vibrações caracterizam-se pela sua amplitude e frequência. Apresentam geralmente


baixas frequências e conduzem-se por materiais sólidos (Exprimem-se em m/s 2 ou em dB).

Consoante a posição do corpo humano, (de pé, sentado ou deitado), a sua resposta às
vibrações será diferente sendo igualmente Importante o ponto de aplicação da força vibratória.

Os efeitos no homem das forças vibratórias podem ser resumidos nos seguintes casos:

Frequência entre 8 e 1000 Hz; O uso prolongado de martelos pneumáticos ou motosserras,


conduz a complicações nos vasos sanguíneos e articulações e á diminuição na circulação
sanguínea, Estas lesões podem ser permanentes.

Frequência acima de 1000 Hz; O efeito restringe-se a nível da epiderme (danos em células
e efeitos térmicos). Com o passar do tempo, afecções a nível das articulações e da coluna.
Em geral, as massas pequenas estão mais sujeitas a altas

frequências. As massas grandes, às baixas frequências.

Amplitudes Térmicas

Frio ou calor em excesso, ou a brusca mudança de um ambiente quente para um ambiente


frio ou vice-versa, também são prejudiciais à saúde.

Nos ambientes onde há a necessidade do uso de fornos, maçaricos etc., ou pelo tipo de
material utilizado e características das construções (insuficiência de janelas, portas ou outras
aberturas necessárias a uma boa ventilação), toda essa combinação pode gerar alta
temperatura prejudicial à saúde do trabalhador.

28
A sensação de calor que sentimos é proveniente da temperatura resultante existente no
local e do esforço físico que fazemos para executar um trabalho.

A temperatura resultante é função dos seguintes factores:

 Humidade relativa do ar

 Velocidade e temperatura do ar

 Calor radiante (produzido por fontes de calor do ambiente, como fornos e


maçaricos.

A unidade de medida da temperatura adoptada é o grau Celsius, abreviadamente ºC, de um


modo geral, a temperatura ideal situa-se entre 21ºC e 26 ºC enquanto a humidade relativa do ar
deve estar entre 55% a 65%, e a velocidade do ar deve ser cerca de 0,12 m/s.

Condições ambientais aconselhadas;

 a temperatura ideal situa-se entre 21ºC e 26 ºC


 a humidade relativa do ar deve estar entre 55% a 65%
 a velocidade do ar deve ser cerca de 0,12 m/s

Os ambientes térmicos podem ser classificados como:

 Quentes (Fundições, Cerâmicas, Padarias),


 Frios (armazéns frigoríficos, actividades piscatórias)
 Neutros (escritórios).

Logicamente que as situações mais preocupantes ocorrem em ambientes térmicos frios


e quentes ou sobretudo quando as duas possibilidades existem na mesma empresa ou no mesmo
posto de trabalho .

Stress térmico

Em geral está relacionado com o desconforto do trabalhador em condições de


trabalho em que a temperatura ambiente é muito elevada , podendo-se conjugar uma
humidade baixa e uma circulação de ar deficiente .

Os sintomas de exposição a ambientes térmicos hostis podem ser descritos


por :

Ambiente Térmico Quente:

 Temperatura superficial da pele aumenta (vasodilatação dos capilares, o


indivíduo cora),

 Temperatura interna aumenta ligeiramente


 Sudação
 Mal estar generalizado
 Tonturas e desmaios
 Esgotamento e morte

29
Ambientes Térmicos Frios:

 Frieiras, localizadas nos dedos das mãos e dos pés


 Alteração circulatória do sangue leva a que as extremidades do corpo
humano adquiram uma coloração vermelho-azulada
 Pé-das Trincheiras, surge em situações de grande humidade, os pés ficam
extremamente frios e com cor violácea
 Enregelamento, é a congelação de tecidos devido a exposição a temperaturas
muito baixas ou por contacto com superfícies muito frias

As medidas a tomar para minimizar os efeitos do Stress Térmico podem passar por ;

 Em primeiro lugar uma correcta dieta alimentar de modo a fortalecer o


organismo.
 Ingerir bastante água à temperatura ambiente. Não beber alcoól
 Evitar alimentação rica em gorduras visto que estas retêm os líquidos no
organismo, moderar o consumo de cafeína.
 Em situações de elevadas temperaturas, como por exemplo uma siderurgia a
água a ingerir deve conter uma pequena porção de sal de modo a compensar as
perdas devido á transpiração.
 Devem ser tomadas a nível de lay-Out medidas de ventilação.
 Implementar turnos com menor carga horária em situações onde ocorre
exposição a ambientes hostis.
 Contra o Calor Radiante - O uso de viseiras é essencial, pois a radiação
emitida por materiais em fusão levam ao surgimento de cataratas a nível ocular.

10.1.2.Riscos químicos

Certas substâncias químicas, utilizadas nos processos de produção industrial, são lançadas
no ambiente de trabalho através de processos de pulverização, fragmentação ou emanações
gasosas. Essas substâncias podem apresentar-se nos estados sólido, líquido e gasoso.
No estado sólido, temos poeiras de sílica encontrada nas areias para moldes de
fundição.
No estado gasoso, como exemplo, temos o GLP (gás liquefeito de petróleo), usado
como combustível, ou gases libertados nas queimas ou nos processos de transformação das
matérias-primas.

Quanto aos agentes líquidos, eles apresentam-se sob a forma de , tintas , vernizes .
Esses agentes químicos ficam em suspensão no ar e podem penetrar no organismo do
trabalhador por:

30
 Via respiratória: essa é a principal porta de entrada dos agentes
químicos, porque respiramos continuadamente, e tudo o que está no ar acaba por
passar nos pulmões.

 Via digestiva: se o trabalhador comer ou beber algo com as mãos


sujas, ou que ficaram muito tempo expostas a produtos químicos, parte das
substâncias químicas serão ingeridas com o alimento, atingindo o estômago e podendo
provocar sérios riscos à saúde.

 Epiderme: essa via de penetração é a mais difícil, mas se o trabalhador


estiver desprotegido e tiver contacto com substâncias químicas, havendo deposição no
corpo, serão absorvidas pela pele.
 Via ocular: alguns produtos químicos que permanecem no ar causam
irritação nos olhos e conjuntivite, o que mostra que a penetração dos agentes químicos
pode ocorrer também pela vista.

Falso remédio!
Quando se respira um ar com produtos químicos, eles são arrastados para os
pulmões.
Quando se bebe um copo de leite, ele vai para o estômago.
Daí a pergunta: o que o leite tem a ver como desintoxicante pulmonar por substâncias
nocivas?

Resposta: Nada! O leite pode ser considerado alimento, nunca um preventivo de


intoxicação. Sua utilização é até prejudicial, uma vez que acreditando no seu valor, as
medidas de higiene industrial e os cuidados higiénicos ficam em segundo plano.

As medidas ou avaliações dos agentes químicos em suspensão no ar são obtidas por


meio de aparelhos especiais que medem a concentração, ou seja, percentagem existente em
relação ao ar atmosférico.

Os limites máximos de concentração de c a d a u m dos produtos diferem de acordo


com o seu grau de perigo para a saúde .

Valores Limite de Exposição

Os Valores Limite de Exposição não são mais do que concentrações no ar dos locais de
trabalho de diferentes substâncias. Abaixo destes valores a exposição contínua do trabalhador
não representa risco para este.
Pode ser determinada uma “concentração média” no tempo inerente a um
turno de trabalho de 8 horas.

Concentração Limite é um valor que nunca deve ser ultrapassado mesmo


que a “concentração média” esteja abaixo do Valor Limite.
As substâncias químicas quando absorvidas pelo organismo em quantidades
suficientes, podem provocar lesões no mesmo. Assim surge a definição de

DOSE: Quantidade de substância absorvida pelo organismo.

Os efeitos no organismo, vão pois depender da dose absorvida e da quantidade de


tempo de exposição a essa dose.

31
Assim, os graus de Intoxicação com produtos Químicos podem ser classificadas em:

Intoxicação Aguda , corresponde a uma absorção rápida num curto período de


tempo (geralmente ocorrem em situações de acidente).

Intoxicação Crónica , absorção de pequenas doses em certos períodos de tempo


(ocorrem no local de trabalho, num turno ou em parte dele).

Efeitos dos Poluentes Químicos

Sensibilizantes: produtos que levam a reacções alérgicas.


Manifestam-se por afecções da pele ou respiratórias. (Isocianatos usados por exemplo
no fabrico de espumas. )

Irritantes: produtos que levam a inflamações no tecido onde actuam.

Também nesta situação os produtos inaláveis são os que levantam mais preocupação.
(ácido clorídrico ,óxidos de azoto).
Anestésicos ou narcóticos: produtos que actuam sobre o sistema nervoso
central, tais como os solventes usados na indústria das colas ou tintas, (toluol, acetato butilo,
hexano, etc...)

Asfixiantes: produtos que dificultam o transporte de oxigénio a nível sanguíneo.


(Monóxido de Carbono).

Cancerígenos: substâncias que podem provocar o cancro.

Corrosivas: substâncias que actuam quimicamente sobre os tecidos quando em


contacto com estes.

Poluentes sólidos

Poeiras - Partículas esferoidais de pequeno tamanho que se encontram


em suspensão no ar. As mais perigosas são as de quartzo, (originam a silicose).

Fibras - Partículas não esféricas, geralmente o seu comprimento excede em 3 vezes o seu
diâmetro.

Fumos - partículas esféricas em suspensão, geralmente têm origem em


combustões.
Com o fim de proteger o trabalhador os Valores Limite de Exposição, referenciados
na legislação devem ser cumpridos . Deve ser feita igualmente a identificação dos contaminantes
para de seguida se efectuar a respectiva medição da sua concentração.

Mediante os valores obtidos há que tomar medidas , devendo-se recorrer a


equipamento de protecção pessoal sempre que possível, bem como a alterações no
processo produtivo que permitam a redução dos emissões de poluentes .

Estas alterações podem ser ao nível do equipamento ou de matérias-primas.

32
10.1.3. Riscos Biológicos

Estes tipo de riscos relaciona-se com a presença no ambiente de trabalho de


microrganismos como bactérias , vírus , fungos , bacilos ,etc, normalmente presentes em
alguns ambientes de trabalho, como :

 Hospitais,
 Laboratórios de análises clínicas,
 Recolha de lixo,
 Indústria do couro,
 Tratamento de Efluentes líquidos.

Penetrando no organismo do homem por via digestiva, respiratória, olhos e pele, são
responsáveis por algumas doenças profissionais, podendo dar origem a doenças menos graves
como infecções intestinais ou a simples gripe, ou mais graves como a hepatite, meningite ou Sida.

Como estes microrganismos se adaptam melhor e se reproduzem mais em ambientes sujos,


as medidas preventivas a tomar terão de ser relacionadas com:

 A rigorosa higiene de Locais de trabalho,


 A rigorosa higiene de Corpo e das roupas;
 Destruição por processos de elevação da temperatura (esterilização) ou uso
de cloro;
 Uso de equipamentos individuais para evitar contacto directo com os
microrganismos;
 Ventilação permanente e adequada;
 Controle médico constante,
 Vacinação sempre que possível

A verificação da presença de agentes biológicos em ambientes de trabalho é feita por meio


de recolha de amostras de ar e de água, que serão analisadas em laboratórios
especializados.

10.1.4. Riscos ergonómicos


Verifica-se que algumas vezes que os postos de trabalho não estão bem adaptados ás
características do operador , quer quanto à posição da máquina com que trabalha, quer no
espaço disponível ou na posição das ferramentas e materiais que utiliza nas suas funções .

Para estudar as implicações destes problemas existe uma ciência que avalia as
condições de trabalho do operador , quanto ao esforço que o mesmo realiza para executar
as suas tarefas .

33
Ergonomia é a ciência que procura alcançar o ajustamento mútuo ideal entre o homem e o
seu ambiente de trabalho.

Segundo um conceito Ergonómico A execução de tarefas deve ser feita com o mínimo de
consumo energético de modo a sobrar "atenção" para o controlo das tarefas e dos produtos, assim
como para a proteção do próprio trabalhador .

Um dos aspectos mais curiosos da Ergonomia está relacionado com a indústria


automóvel em que muitas vezes o dimensionamento do habitáculo do condutor, varia
consoante o país onde o veículo é comercializado. Entretanto, se não existir esse ajuste,
teremos a presença de agentes ergonómicos que causam doenças e lesões no
trabalhador.

Os agentes ergonómicos presentes nos ambientes de trabalho estão relacionados com:

 exigência de esforço físico intenso,


 levantamento e transporte manual de pesos,
 postura inadequada no exercício das actividades,
 exigências rigorosas de produtividade,
 períodos de trabalho prolongadas ou em turnos,
 actividades monótonas ou repetitivas

34
Movimentos repetitivos dos dedos, das mãos, dos pés, da cabeça e do tronco produzem
monotonia muscular e levam ao desenvolvimento de doenças inflamatórias, curáveis em
estágios iniciais, mas complicadas quando não tratadas a tempo, chamadas genericamente
de lesões por esforços repetitivos.

As doenças que se enquadram nesse grupo caracterizam-se por causar fadiga


muscular, que gera fortes dores e dificuldade de movimentar os músculos atingidos.

Há registros de que essas doenças já atacavam os escribas e notários, há séculos.


Hoje afectam diversas categorias de profissionais como funcionários bancários, metalúrgicos,
costureiras, pianistas, telefonistas, operadores informáticos, empacotadores, enfim, todos os
profissionais que realizam movimentos automáticos e repetitivos.

Contra os males provocados pelos agentes ergonómicos, a melhor arma,


como sempre, é a prevenção , o que pode ser conseguido a partir de:

 Rotação do Pessoal
 Intervalos mais frequentes
 Exercícios compensatórios frequêntes para trabalhos repetitivos;
 Exames médicos periódicos
 Evitar esforços superiores a 25 kg para homens e 12 kg para
mulheres
 Postura correcta sentado, em pé, ou carregando e levantando pesos.

Outros fatores de risco ergonómico podem ser encontrados em circunstâncias


aparentemente impensáveis, como:

 falhas de projeto de máquinas,


 equipamentos, ferramentas, veículos e prédios;
 deficiências de layout ;
 iluminação excessiva ou deficiente;
 uso inadequado de cores;

A ergonomia é assim uma forma de adaptar o meio envolvente ás dimensões e capacidades


humanas onde máquinas, dispositivos, utensílios e o ambiente físico sejam utilizados com o
máximo de conforto, segurança e eficácia.

A análise e intervenção ergonómica traduz-se em:

 Melhores condições de trabalho


 Menores riscos de incidente e acidente
 Menores custos humanos
 Formação com o objectivo de prevenir
 Maior produtividade
 Optimizar o sistema homem / máquina

35
Algumas medidas da Ergonomia

 Corpo em Movimento – Tornar os movimentos compatíveis com a acção.


Reduzir o esforço de músculos e Tendões.

 Precisão de movimentos – Ter em atenção a sua amplitude, posição e quais


os membros a utilizar.

 Rapidez dos movimentos – Salientar sinais visuais ou auditivos.

 Esforço estático – Uma cadeira deve fornecer vários pontos de apoio no


corpo humano. altura do assento regulável. A cadeira deve ter 5 apoios no chão.
deve ter apoio para os pés sempre que necessário, etc...

 Rampas e Escadas – Para rampas a inclinação deve ser entre 0 e 20º, para
escadas a inclinação deve ser entre 20 e 50º. Altura mínima do degrau entre 13 e
20 cm. Largura mínima do degrau é de 51 cm. etc...

 Portas e Tectos – Altura mínima de uma porta é de 200 Cm. Altura mínima
de um tecto é de 200 Cm. Corredor com passagem para 3 pessoas deve ter largura mínima
de 152 cm.

11.Prevenção e combate a incêndios

Fogo
Definição: reacção química com desprendimento de luz e calor
O que é necessário para que haja fogo?
A união de três elementos básicos:

Material combustível, Calor e Comburente.

TRIÂNGULO DO FOGO

TETRAEDRO DO FOGO

36
Métodos de extinção de incêndio
Abafamento
Arrefecimento
Eliminação do combustível

Retira o oxigénio do ar

O AR

1% 21%

78%

OXIGENIONITROGENIOOUTROS GASES

Não existirá fogo em ambientes com menos de 14 % de O2


1-Retira o oxigénio
2 – Retira o calor
3- Retira o material combustível do ambiente incendiado

11.1.Transmisão de calor

Condução, Convecção, Irradiação


Condução: é o tipo de transmissão de calor que transmite a temperatura molécula a
molécula.

Exemplo: uma colher na água a ferver

Convecção: a massa de ar quente sobe e encontra uma massa de ar fria e como dois
corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, há a formação de um looping – ar quente e ar frio.

A temperatura do ar quente pode atingir o ponto de fulgor de alguns materiais e iniciar outro
incêndio em outro local.

Exemplo:

37
Irradiação: é a transmissão realizada por ondas caloríferas vindas de uma fonte de calor .

Exemplo: o sol

Classes de incêndio

Incêndio classe A - características:

1ª - Queima na superfície e em profundidade


2ª - Queima deixando resíduos ou cinzas
EXEMPLOS – CLASSE A

Incêndio classe B - características:

1ª - Queima somente na superfície e não queima em profundidade.


Exemplos – classe B

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Incêndio classe: C

Gases – exemplo: butano, propano, gás natural, maquinae energizadas etc.

Incêndio Class: D

Metais: Estes metais não são encontrados em escritórios e oficinas. Encontram-se em


indústrias automóveis e pirotécnicas, por exemplo:
Raspa de zinco, limalhas de magnésio,

11.2.1.Extintores Portáteis

Define extintor como:


“Um aparelho que contém um agente extintor que pode ser projectado e dirigido sobre um
fogo por acção de uma pressão interna”.

Essa pressão pode ser exercida por:

39
Extintores:

Podem ser utilizados por qualquer pessoa, O êxito da utilização depende dos seguintes
factores:
 Da colocação, se está visível e em boas condições;
 Conter o agente extintor adequado ao tipo de fogo;
 Utilizar na fase inicial do incêndio;
 Operador bem treinado.

Classificação quanto:

 Agente extintor
 Modo de funcionamento
 Eficácia
Classificação quanto ao Agente Extintor:
Água
Espuma
Dióxido de Carbono (CO2)
Pó químico
Halon (actualmente está proibida a produção e comercialização)
Os extintores podem classificar-se quanto à sua mobilidade em:

40
11.2.2.Classificação quanto ao modo de funcionamento
Extintores pressão permanente (I)

Extintor de pressão permanente (II)

Nos extintores cuja pressurização se realiza no momento da utilização, o gás


propulsor, encontra-se armazenado numa garrafa de gás pode encontrar-se no interior ou
no exterior do extintor.

TIPOS DE EXTINTORES

41
11.2.3.Extintores de incêndio

CLASSE A: SIM
CLASSE B: NÃO
CLASSE C: NÃO
CLASSE D: NÃO

CLASSE A: NÃO
CLASSE B: SIM
CLASSE C: SIM
CLASSE D: NÃO

CLASSE A: NÃO
CLASSE B: SIM
CLASSE C: SIM
CLASSE D: NÃO

CLASSE A: SIM
CLASSE B: SIM
CLASSE C: NÃO

CLASSE D: NÃO

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Identificação

Cor: Em Angola a cor do corpo dos extintores é obrigatoriamente encarnada


Inscrições (rótulo): Deve ter inscrições em língua portuguesa, colocados de forma visível.

Atuação com Extintores

Sendo os extintores considerados como meios de primeira intervenção, é indispensável ter


em atenção os seguintes pontos:
 Conhecer o modo de utilização dos extintores

 Combater o fogo o mais rapidamente possível

 Utilizar o extintor adequado à classe de fogo em presença.

 Combater o fogo o mais rapidamente possível

43
 Utilizar o extintor adequado à classe de fogo em presença.

 Actuar com o extintor com o vento pelas costas

 Só accionar o extintor face ao sinistro

 A aproximação ao fogo tem que ser progressiva

 Não avançar sem estar seguro de que o fogo não o encurralará pelas
costas

44
11.2.4.Manutenção de extintores

Tipo de Manutenção Revisão ou Vida útil


Extintor recarga
Água e 1 Ano 1 Ano 20 Anos
Espuma
Pó 1 Ano 5, 10 e 15 20 Anos
Anos
CO2 1 Ano Todos os 10 20 Anos
Anos

Os extintores que são retirados para revisão devem ser Substituídos por outros do
mesmo agente e capacidade.

Conclusão
Utilidade:  Se o rótulo está
visível
 Estar bem colocado
 O estado
 Estar visível e de operacional do extinto
fácil acesso
 Um extintor serve
 Ser apropriado para apenas paruma única utilização
o combate à classe de fogo

 O operador deve
estar bem treinado

 Estar em perfeito
estado de conservação

Verificar pelos menos uma vez


por mês:
 Se o extintor está
em local próprio

 Se o seu acesso
está desobstruído

45
12.Mapa de Riscos

Na decada de 70, na Italia, foi introduzida uma nova metodologia para mapear os riscos
ambientais de cada local, visando controla-los e, ao mesmo tempo, informar os trabalhadores de
todos os niveis hierarquicos sobre os riscos a que estavam expostos durante a jornada.

O principio basico dessa nova metodologia era o de, ao inspecionar uma fabrica, incorporar
a visao de seus funcionarios sobre os riscos ambientais de cada local de producao, incentivando-
os a participar como agentes do processo de diagnostico e prevencao de acidentes.

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), saúde ocupacional “é o


completo de bem estar físico, mental e social” do trabalhador.

12.1.Conceito:

O que é Mapa de Riscos:

O Mapa de Riscos consiste na representação gráfica dos riscos a saúde identificados em


cada um dos diversos locais de trabalho de uma empresa.

12.1.1.Critérios para Elaboração:

Levantamento de Riscos Ambientais:


Para cada setor de serviço a ser analisado, utilizar um roteiro de abordagem,
relatando os riscos ambientais encontrados.

Sector de serviço e a “menor unidade administrativa ou operacional compreendida


no mesmo estabelecimento”.
Dialogar com os empregados do setor, de modo a obter o maximo possivel de
informações sobre sua atividade, sem contudo induzi-los ou direciona-los.
Nesta mesma etapa e desnecessaria a utilizacao de equipamentos de
monitoramento ambiental, tais como luxímetro (para medir a iluminação), decibelímetro
(ruído) e outros.

A representacao gráfica dos riscos ambientais em mapas devera ser feita de


maneira clara para permitir rapida identificação de cada tipo de risco existente em cada
setor.
Para representar cada tipo de risco, convencionou-se usar uma cor diferente e
assinala-los no mapa por meio de circulos.
As simbologias utilizadas sao:

CORES:
Riscos Físicos: Verde;
Riscos Químicos: Vermelho;
Riscos Biológicos: Castanho
Riscos Ergonómicos: Amarelo;
Riscos de Acidente: Azul.

46
12.2.1.Círculos: seu tamanho indicara o grau de risco; quanto maior o circulo,
maior o risco.

Cada sector devera receber um número, que constara no Mapa de Riscos


Ambientais. Esse número de identificação devera ser o mesmo no relatório de
levantamento dos riscos por sector.
O número de trabalhadores expostos ao risco como tambem especificação do
agente devem ser colocados dentro do circulo ou ao lado dele com ponto de ligação.

Representação gráfica dos

47
13 . Avaliação de risco

Processo global de estimativa da magnitude do risco e de decisão se ele é ou não


tolerável ou aceitável.

13.1.Segurança

É a habilidade de se manter o risco dentro dos limites aceitáveis durante um determinado


período de tempo.

13.2.1.Segurança no trabalho

 Segurança no projecto
 Segurança na concepção
 Segurança nos locais de trabalho
 Segurança de máquinas
 Segurança de equipamentos
 Manutenção

Segurança?

É com ....

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Perigo (factor de risco)

Fonte ou situação com potencial de provocar danos em termos de ferimentos humanos


ou problemas de saúde, danos à propriedade, ao ambiente, ou uma combinação destes.

Risco

A combinação da probabilidade e gravidade de um determinado evento perigoso (factor


de risco) ocorrer.

Para qualquer perigo, o risco pode sempre ser


reduzido através de um aumento significativo das
salvaguardas;

O risco decorrente de um perigo, somente pode ser totalmente


eliminado pela supressão da fonte de risco.

Perigo (Trabalhos em valas)

Risco (Quedas de pedras)

Segurança no trabalho

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Controlo

Instalações, equipamentos, instrumentos ou procedimentos, que objectivem


controlar os perigos (factores de risco).

Incidentes ou “quase acidentes

Incidente
Evento não previsto (programado) que tem o potencial de conduzir a acidentes

Acidente
Evento não planeado que acarrete morte, doença, lesão, ferimento, danos ou
outras perdas

14. APNR
A APR é uma técnica para a identificação de perigos, derivada do Programa
Militar de Defesa Americano - MIL-STD-882B

Definição

Técnica estruturada para identificar “a priori” os perigos / riscos potenciais


decorrentes da instalação de novas unidades ou da operação de unidades existentes.

Normalmente uma APR fornece uma ordenação qualitativa das perdas


identificadas, a qual pode ser utilizada como um primeiro elemento no estabelecimento de
prioridade entre as medidas propostas para redução dos riscos da instalação analisada.

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Equipe Técnica
Os componentes variam de acordo com a natureza das actividades e
procedimentos analisados:

 Coordenador: Responsável pelo evento

 Líder: Conhecedor da técnica, conduz as reuniões

 Especialistas: Pessoas conhecedoras dos sistemas / unidades a


serem analisados

 Relator: Preenche as tabelas de forma clara e objetiva.

Natureza dos Resultados

Na APR são levantados os eventos capazes de dar origem a acidentes nas


instalações analisadas, que são os chamados eventos iniciadores de acidentes.

São identificadas as causas relativas à ocorrência de cada um dos eventos e as


suas respectivas conseqüências.

A próxima etapa é uma avaliação qualitativa da freqüência de ocorrência do cenário


de acidente, da severidade das conseqüências e do risco associado.

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Os resultados obtidos através da aplicação da APR são qualitativos, não fornecem
estimativas numéricas dos riscos, apenas uma classificação dos mesmos.

14.1.tapas da APR

 Definição dos objectivos da análise.

 Recolha de informações sobre a instalação e a região.

 Subdivisão da instalação em subsistemas e trechos de análise.

 Realização da APR propriamente dita (preenchimento das


tabelas)Análise dos resultados, selecção dos cenários acidentais e preparação do
Relatório.

Revisão Rápida

Técnica estruturada para identificar os perigos / riscos potenciais nas instalações e


ou operações.

Actividade a ser desenvolvida por equipe técnica

 Coordenador

 Técnico

 Especialista

 Líder

 Relator

 Resultados

 Indicadores de acidente

 Causa dos acidentes

 Classificação dos riscos

 Freqüência

 Severidade

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14.1.1.Orientação para preenchimento da Tabela APR

1ª Coluna – EVENTO (PERIGOS / RISCO)


Preencher esta coluna com a ocorrência perigosa identificada, com o risco provável.

 Pequena liberação de líquido inflamável;


 Grande liberação de líquido inflamável;
 Pequena liberação de líquido tóxico;
 Grande liberação de líquido tóxico;
 Pequena liberação de gás inflamável;
 Grande liberação de gás inflamável;
 Pequena liberação de gás tóxico;
 Grande liberação de gás tóxico;
 Liberação de Material Reactivo;
 Liberação de Material Corrosivo;
 Reacção Imprópria;
 Reacção Descontrolada;
 Pressurização excessiva.

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14.2.1.exercicios de uma APNR

Categoria Denominação Descrição


Cenários que dependam de falhas
Extremamente múltiplas de sistemas de proteção ou
A Remota ruptura por falha mecânica de vasos de
pressão.
Falhas múltiplas no sistema (humanas
B Remota e/ou equipamentos) ou rupturas de equi-
pamentos de grande porte.
A ocorrência do cenário depende de
C Improvável uma única falha (humana ou equipa-
mento).
Esperada uma ocorrência durante a
D Provável
vida útil do sistema. Atividade
Pelo menos uma ocorrência do cenário
E Freqüente
já registrada no próprio sistema.

54
55
Diligencia

56
57
14.2.2. Exercicio:

Dada a figura em anexo, use a técnica de análise de riscos APR (Análise Preliminar
de Riscos), em áreas da instalação industrial, para identificar perigos/riscos
potenciais decorrentes.

Nota: usar tabela em anexo e matriz de tolerância

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15. Organização do trabalho na indústria

6 Fatores relacionados a qualidade de vida no trabalho:

Atendimento às necessidades higiênicas;

Identidade com a tarefa;

Autoridade sobre o processo;

Criatividade sobre o processo;

Montagem completa

Enriquecer tarefas (Ter atividades diferenciadas para desenvolver).

Automatizar as tarefas.

Obs: Mais que 6.000 repetições por turno – substituir por máquinas.

Evitar o ritmo pré-determinado pela esteira

Evita stress e conflitos de interesse (pressa x perfeição);

Estabelecer pausas necessárias

Trabalho sentado: 10 min. a cd 2 horas / Trabalho em pé: 15 mi. a cd 90 min. Trabalhados;

Evitar horas extras e dobras de turno para o aumento da demanda de serviço

Empregados novos – Ritmo menor.

Trancar mecanicamente o mecanismo de velocidade da esteira.

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16.Espaços confinados

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62
Tipos de Espaços Confinados

 Porões de navios;
 Silos;
 Oleodutos;
 Tanques;
 Esgotos;
 Escavações;

Cisternas;

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Riscos associados

 Uma atmosfera perigosa/agressiva;


 Material que pode soterrar;
 Maquinas que possam prejudicar os trabalhadores;
 Fontes de energia perigosas como linhas de vapor ou eléctricas;
 Calor extremo;
 Fogos ou explosões;
 Os riscos resultantes de áreas
 Próximas do EC, tais como escapes de veículos;
 Altos níveis de ruído;
 Níveis de oxigénio baixos;
 Queda de objectos.

Riscos específicos

São riscos ocasionados pelas condições especiais em que se desenvolvem este


tipo de trabalho.
– Insuficiência de oxigénio atmosférico;
– Existência de gases ou vapores perigosos;
– Contacto com reagentes, águas residuais ou lamas;
– Aumento brusco de caudal e inundações súbitas.

Criação EC segura

 Identificação dos  Designação


espaços confinados; Vigilante;
 Avaliação dos  Designação
riscos; Supervisor;
 Determinação de  Meios de resgate;
procedimentos /equipamentos adequados;  Autorização de
 Funcionários entrada
treinados;

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Work Permit
 Autoriza o trabalhador a entrar;
 Informações sobre os perigos;

Informações como eliminar os riscos

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Contem:
 Localização de entrada e validade;
 Nome dos trabalhadores e vigilantes;
 Perigos e exposições admissíveis a agentes tóxicos;
 Medidas de prevenção, equipamento de segurança e protecção
individual;
 Qualidade do ar e nome do responsável;
 Tipo de trabalho a ser efectuado;
 Telefones de emergência e procedimentos a seguir;
 Nome, assinatura, e categoria do indivíduo que autoriza a entrada.

Deve estar colocada na entrada do espaço confinado

Responsabilidades do trabalhador

 Conhecer todos os perigos e sintomas de exposição;


 Apto para utilizar o EPI;
 Manter comunicação com o vigilante;
 Evacuar de imediato sempre que um alarme soar, o vigilante o
ordenar ou se surgir algum risco.

Responsabilidades do vigilante:

Permanecer à entrada do EC;


Conhecer todos os perigos e sintomas de exposição;
Acompanhar os trabalhos dentro do EC;
Manter comunicação com os trabalhadores;
Monitorizar as actividades dentro e fora do EC;
Contactar equipa resgate ou outros serviços emergência;
Nunca entrar no EC

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Supervisor de entrada:

 Identificação dos perigos;


 Garantir que o espaço é seguro para entrar,
confirmando que as condições são cumpridas e assinando a
autorização de entrada;
 Findar e/ou cancelar a autorização.

Riscos atmosféricos

As atmosferas são a maior causa de acidentes em


espaços confinados;
Uma atmosfera pode ser segura a entrada, mas mortal alguns metros
abaixo

Tipos de atmosferas:

 Deficiente em oxigénio;
 Combustível/explosiva;
 Tóxica.

É possível ter qualquer combinação destes 3 riscos, os nossos


sentidos não nos podem proteger.

Atmosferas AIV (ameaça Imediata de Vida).

 Uma atmosfera que constitui uma ameaça imediata à


vida;
 Pode causar efeitos graves e irreversíveis para a
saúde;

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 Alteração da capacidade de um indivíduo de sair
pelos seus próprios meios duma atmosfera perigosa.

Combustíveis explosivos

Deficiente em oxigénio

Sintomas
20 %
19,5 %
Nível mínimo permitido

15-19%
Coordenação prejudicada

12-14% Aumento ritmo respiratório, juízo/coordenação


prejudicado
8-12% Náuseas, vomito, lábios azuis e possibilidade
de inconsciência
4-5 min: Recuperação com tratamento
6-8 %
6 min: Mortalidade de 50%
8 min: Mortalidade de 100%
0-6%
Coma em 40 segundos ou menos

tipos de combustíveis

 Gases: Metano, hidrogénio, acetileno, e os vapores


combustíveis de líquidos inflamáveis como álcool ou gasolina;
 Poeiras: nuvem ou névoa de vapores dos líquidos
inflamáveis ou partículas como farinha, carvão pulverizado, pós
suspensos no ar.

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Limites de inflamabilidade
 LSI - Limite superior de inflamabilidade, valor limite
além do qual a mistura se torna demasiada rica para inflamar/explodir,
(UEL);
 LII - Limite inferior de inflamabilidade, valor abaixo do
qual a mistura é demasiada pobre para se inflamar/explodir.

Atmosferas tóxicas:

• Armazenagem de produtos no EC.

 Gases libertados em operações de limpeza;


 Material absorvido nas paredes;
 Decomposição de materiais no interior.
• Realização de trabalhos no EC.

 Soldaduras, cortes;
 Pinturas.
Áreas adjacentes ao EC considerado

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10. Bibliografia

Biosafety in microbiological and Biomedical Laboratories, US

Department of Health and Human Services, 3rd Ed (1993);

Guia de Acreditação de Laboratórios de Ensaios Microbiológicos,

RELACRE – Associação dos Laboratórios Acreditados de Portugal;

Riscos dos Agentes Biológicos, IDICT, Manual de Prevenção (1999);

Decreto-Lei 84/97 de 16 de Abril

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