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Instituto Superior Politécnico “TOCOISTA”

Departamento de Engenharias

Resumo
Os equipamentos de proteção individuais ( EPI´s ) são instrumentos de uso
pessoal, cuja finalidade é neutralizar a ação de certos acidentes que poderiam causar
lesões ao trabalhador, e protegê-lo contra possíveis danos à saúde, causados pelas
condições de trabalho.
Os EPI´s devem ser usados como medida de proteção quando:
o Não for possível eliminar o risco, como proteção coletiva;
o For necessário complementar a proteção coletiva com a proteção individual;
o Em trabalhos eventuais e em exposição de curto período.
De qualquer forma, o uso do EPI deve ser limitado, procurando-se primeiro eliminar
ou diminuir o risco, com a adoção de medidas de proteção geral. Os EPI’s necessários
devem ser fornecidos gratuitamente pelo empregador, e cabe ao funcionário cuidar da
manutenção, limpeza e higiene de seus próprios EPI’s.
A escolha do EPI a ser utilizado cabe ao Engenheiro de Segurança, que deverá usar
os seguintes critérios para a definir qual o tipo correto de equipamento que poderá ser
usado:

 Os riscos que o serviço oferece;


 Condições de trabalho;
 Parte a ser protegida;
 Qual o trabalhador que irá usar o EPI.
Definido o tipo de EPI a ser utilizado, o Engenheiro de Segurança deverá fazer um
trabalho de orientação e conscientização sobre a importância do uso dos EPI’s.

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Índice
Resumo ............................................................................................................................. 1
1. Introdução ................................................................................................................. 3
2. Fundamentação Teórica ............................................................................................ 4
2.1. Noções básicas de higiene e segurança do trabalho........................................... 4
2.2. Conceitos e definições ....................................................................................... 4
2.2.1. Higiene do Trabalho ....................................................................................... 4
2.2.2. Segurança do Trabalho ................................................................................... 4
2.2.3. Acidente do trabalho ...................................................................................... 4
Doenças decorrentes do trabalho .............................................................................. 4
Doença do trabalho ................................................................................................... 5
Não são consideradas como doenças do trabalho:.................................................... 5
Principais conceitos dentro de segurança do trabalho .................................................. 5
Acidente .................................................................................................................... 5
Incidente ................................................................................................................... 5
Perigo ........................................................................................................................ 5
Risco ......................................................................................................................... 5
Dano ......................................................................................................................... 6
Saúde ........................................................................................................................ 6
3. Equipamentos de Proteção........................................................................................ 8
3.1. Equipamentos de Proteção Coletiva ( EPC) ...................................................... 8
Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s).................................................................. 8
Proteção de cabeça........................................................................................................ 9
Proteção dos olhos ...................................................................................................... 10
Proteção auditiva ........................................................................................................ 10
Proteção respiratória ................................................................................................... 11
Proteção para membros superiores e Inferiores .......................................................... 11
Luva de proteção em raspa ..................................................................................... 12
Luva de proteção Luvas de borracha ...................................................................... 12
Luvas de algodão .................................................................................................... 12
Proteção para membros inferiores .............................................................................. 12
Proteção do tronco ...................................................................................................... 13
Avental de proteção ................................................................................................ 13
Protecção contra quedas em altura ............................................................................. 13
4. Conclusão ............................................................................................................... 14
5. REFERÊNCIA ....................................................................................................... 15

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1. Introdução
Com o intuito de proteger a integridade física e mental do trabalhador, existem
normas e procedimentos que chamamos de “higiene do trabalho”. Ela está diretamente
relacionada ao diagnóstico e prevenção de doenças ocupacionais e para isso, observa e
analise o comportamento humano em suas atuações no ambiente de trabalho.
A higiene do trabalho se preocupa também com as condições de trabalho que
muito influenciam no desenvolvimento e comportamento do homem no setor de
trabalho onde desempenha sua função. É preciso mudar os hábitos e as condições de
trabalho para que a higiene e a segurança no ambiente de trabalho se tornem
satisfatórios.
Nessas mudanças se faz necessário resgatar o valor humano. Pois, a partir do
momento que a organização está preocupada com a higiene e a segurança do
trabalhador, ele está sendo valorizado. E quando os colaboradores percebem o fato de
serem valorizados, reconhecidos, isso os torna mais motivados para o trabalho. A
motivação para o trabalho é um dos fatores mais importantes a ser pontuado, pois
impulsiona o homem a trabalhar por prazer e desperta nele os mais valorosos
sentimentos.
Por estes e outros motivos, abordarei de forma resumida, neste trabalho sobre
Equipamentos de Protecção individuais, propriamente sobre equipamentos ligados a
Engenharia Civil.

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2. Fundamentação Teórica

2.1. Noções básicas de higiene e segurança do trabalho


A higiene do trabalho compreende normas e procedimentos adequados para
proteger a integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde
inerente às tarefas do cargo e ao ambiente físico onde são executadas. A higiene do
trabalho está ligada ao diagnóstico e à prevenção das doenças ocupacionais, a partir do
estudo e do controle do homem e seu ambiente de trabalho.
Ela tem caráter preventivo por promover a saúde e o conforto do funcionário,
evitando que ele adoeça e se ausente do trabalho. Envolve, também, estudo e controle
das condições de trabalho. Já a segurança do trabalhador durante o desenvolvimento de
suas atividades necessita, principalmente, de medidas por parte das empresas, que visem
o treinamento e a conscientização dos mesmos.

2.2. Conceitos e definições

2.2.1. Higiene do Trabalho


A higiene do trabalho ou higiene ocupacional é um conjunto de medidas
preventivas relacionadas ao ambiente do trabalho, visando a redução de acidentes do
trabalho e doenças ocupacionais.A higiene no trabalho consiste em combater as doenças
profissionais.

2.2.2. Segurança do Trabalho


É o conjunto de medidas técnicas, médicas e educacionais, empregadas para
prevenir acidentes, quer eliminando condições inseguras do ambiente de trabalho quer
instruindo ou convencionando pessoas na implantação de práticas preventivas.
Também pode ser definida como estudo ou avaliação que controla os riscos de
uma operação, sendo assim a habilidade de manter os riscos dentro dos limites durante
um período de tempo.

2.2.3. Acidente do trabalho


É o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou instituição,
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou a
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
Ou também, um imprevisto que ocorre no exercício da actividade laboral ou
serviço da empresa ou instituição que provoca aos trabalhadores lesões ou danos
corporais que resulta a incapacidade parcial temporária ou permanente para o trabalho
ou ainda morte.

 Considera-se também como sendo acidente de trabalho:


Doenças decorrentes do trabalho
- Doença ocupacional, produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho
peculiar a determinada atividade.

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- O trabalho com manipulação de areia, sem a devida proteção, pode levar ao


aparecimento de uma doença chamada silicose. A própria atividade laborativa basta
para comprovar a relação de causa e efeito entre o trabalho e a doença.

Doença do trabalho:
É a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o
trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente. Exemplo: O trabalho em um
local com muito ruído e sem a proteção recomendada pode levar ao aparecimento de
uma surdez. Neste caso, necessita-se comprovar a relação de causa e efeito entre o
trabalho e a doença.

Não são consideradas como doenças do trabalho:


 Doença degenerativa, o diabetes;
 A inerente a grupo etário, o reumatismo;
 A que não produza incapacidade laborativa, a miopia;
 A doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se
desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto
determinado pela natureza do trabalho, malária.

Principais conceitos dentro de segurança do trabalho

Acidente
É o evento não-programado nem planejado que resulta em lesão, doença ou
morte, dano ou outro tipo de perda.
Tipos de Acidentes
1- Acidente de Lesão: toda ocorrência anormal da qual resulta lesão sem prejuízo
material associado.
2- Acidente Impessoal: é aquele onde não há vítimas, embora haja danos materiais.
3- Acidente de trajecto: é aquele sofrido durante o percurso da residência para o
local de trabalho.
Incidente
É o evento que tem o potencial de levar a um acidente ou que deu origem a um
acidente.

Perigo
É a fonte ou situação com potencial para provocar danos ao homem, à
propriedade ou ao meio ambiente, ou a combinação destes.
Risco
É a combinação da probabilidade de ocorrência e da gravidade de um
determinado evento perigoso.
Tipos de Riscos
1- Físicos
2- Químicos
3- Biológicos
4- Ergonómicos
5- Acidentais

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A importância de conhecer os riscos


Os locais de trabalho, pela própria natureza da atividade desenvolvida e pelas
características de organização, relações interpessoais, manipulação ou exposição a
agentes físicos, químicos, biológicos, situações de deficiência ergonômica ou riscos de
acidentes, podem comprometer o trabalhador em curto, médio e longo prazo,
provocando lesões imediatas, doenças ou a morte, além de prejuízos de ordem legal e
patrimonial para a empresa.
É importante salientar que a presença de produtos ou agentes nocivos nos locais
de trabalho não quer dizer que, obrigatoriamente, existe perigo para a saúde. Isso vai
depender da combinação ou inter-relação de diversos fatores, como a concentração e a
forma do contaminante no ambiente de trabalho, o nível de toxicidade e o tempo de
exposição da pessoa. Entretanto, na visão da prevenção, não existem micro ou pequenos
riscos, o que existem são micro ou pequenas empresas.
Desta forma, em qualquer tipo de atividade laboral, torna-se imprescindível a
necessidade de investigar o ambiente de trabalho para conhecer os riscos a que estão
expostos os trabalhadores.
Dano
É a consequência de um perigo, em termos de lesão, doença, prejuízo ao homem,
a propriedade, meio ambiente ou uma combinação destes.

Saúde
É o equilibrado bem-estar físico, mental e social do ser humano.

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3. Treinamento
Todos os empregados devem receber treinamento admissional e periódico,
visando garantir a execução de suas atividades com segurança. O treinamento deve Ter
carga horária mínima de 06 ( seis ) horas, ser ministrado dentro do horário de trabalho,
antes do trabalhador iniciar suas atividades, constando de:
 Informações sobre Condições e Meio Ambiente de Trabalho;
 Riscos inerentes à função;
 Uso adequado dos equipamentos de proteção individual – EPI;
 Informações sobre os equipamentos de proteção coletiva – EPC, existentes no
canteiro de obra.
O treinamento periódico deve ser ministrado:
 Sempre que se tornar necessário;
 Ao início de cada fase da obra.
Nos treinamentos, os trabalhadores devem receber cópias dos procedimentos e
operações a serem realizados com segurança.

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4. Equipamentos de Proteção
Para prevenir os acidentes e as doenças decorrentes do trabalho, a ciência e a
tecnologia colocam à nossa disposição uma série de medidas e equipamentos de
proteção, coletiva e individual.

4.1. Equipamentos de Proteção Coletiva ( EPC)


É toda medida ou dispositivo, sinal, imagem, som, instrumento ou equipamento
destinado à proteção de uma ou mais pessoas expostos a risco durante a realização de
um trabalho.
Exemplos:

 Limpeza e organização dos locais de trabalho;


 Sistema de exaustão colocado em um ambiente de trabalho onde há poluição;
 Colocação de aterramento elétrico nas máquinas e equipamentos;
 Proteção nas escadas através de corrimão, rodapé e pastilha antiderrapante;
 Instalação de avisos, alarmes e sensores nas máquinas, nos equipamentos e
elevadores;
 Isolamento de áreas internas ou externas com sinalização vertical e horizontal.

Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s)


É todo dispositivo de uso individual, destinados a ser utilizados por uma pessoa
contra possíveis riscos ameaçadores da sua saúde ou segurança durante o exercício de
uma determinada atividade.

Os equipamentos de protecção individual (EPI) são dispositivos e/ou acessórios


destinados a serem utilizados pelo trabalhador para o proteger dos riscos quando estes
não puderem ser evitados ou limitados, dentro de limites aceitáveis, por meios técnicos
de protecção colectiva ou por processos de organização do trabalho. Há que ter presente
que os EPI’s exigem do trabalhador um sobre esforço no desempenho das suas funções
devendo, também por esta razão, ser usados quando as medidas de protecção integrada e
de protecção colectiva não são suficientes para garantir a segurança e a saúde do
trabalhador.
Os EPI’s devem respeitar as disposições comunitárias referentes à sua
concepção e construção em matéria de segurança e saúde, devem ser adequados
relativamente aos riscos a prevenir, sem que eles próprios induzam a um incremento do
risco e por último devem ser adequados às características do portador. Todo o EPI é de

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uso pessoal pelo que na realização de qualquer trabalho deva estar à disposição dos
trabalhadores, o equipamento mais adequado para o trabalho a efectuar. Um
equipamento de protecção individual deve ser:
- Eficaz (adequado aos riscos a proteger);
- Robusto;
- Prático;
- Cómodo;
- De fácil limpeza e conservação

Seu uso será quando não for possível tomar medidas que permitam eliminar os
riscos do ambiente em que se desenvolve a actividade. Devemos utilizá-lo quando não
for possível eliminar o risco por outras medidas ou equipamentos de proteção coletiva,
para complementar a proteção coletiva, em trabalhos eventuais ou emergenciais e em
exposição de curto período.
A escolha do EPI deve ser feita por pessoal especializado, conhecedor não só do
equipamento, como também das condições em que o trabalho é executado. É preciso
conhecer também o tipo de risco, a parte do corpo atingida, as características e
qualidades técnicas do EPI, se possui Certificado de Aprovação do Ministério do
Trabalho e Emprego e, principalmente, o grau de proteção que o equipamento deverá
proporcionar. Os equipamentos de proteção individual são classificados de
conformidade com a parte do em corpo que deve ser protegida.

Proteção de cabeça
Para o crânio, usam se diversos tipos de capacetes ou chapéus, e para o rosto
utilizam-se protetores faciais. Utilizado para proteção da cabeça do empregado em
trabalho a céu aberto e em local confinado, impactos provenientes de queda ou projeção
de objetos, queimaduras, choque elétrico e irradiação solar.
Em todos os locais de trabalho, deverão existir e ser usados pelos trabalhadores
capacetes rígidos com armação interna apropriada (elevada resistência ao impacto e à
penetração) e sempre que necessário, com abas e pala que proteja a face e a nuca.
Os capacetes também poderão estar equipados com viseiras, protectores
auriculares e óculos de protecção. A protecção da cabeça contra a projecção de
partículas ou líquidos corrosivos pode também fazer-se através de capuzes. Um caso
especial de protecção é o do capacete integral utilizado em decapagens com jactos de
areia e grenalha de aço.

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Proteção dos olhos


Os trabalhadores que realizem trabalhos que apresentem perigo para os olhos,
devem usar dispositivos específicos de protecção: óculos de protecção e viseiras
apropriadas. Os óculos de protecção devem ajustar-se correctamente não devem limitar
excessivamente o campo de visão (no máximo 20%).
Os óculos de protecção são geralmente designados em função dos riscos que
visam proteger ou em função da natureza do trabalho a realizar, desta forma
consideram-se óculos contra impactos, óculos contra poeiras, óculos contra produtos
químicos, óculos contra radiações luminosas e óculos de soldador.

Utilizado para proteção dos olhos contra impactos mecânicos, partículas


volantes e raios ultravioletas.
As viseiras destinam-se à protecção da face e dos olhos contra o risco de
penetração de partículas (sólidas e contundentes, sólidas e líquidas incandescentes,
irritante, causticas, etc.) e contra as radiações ópticas. De acordo com os riscos a
proteger, existem vários modelos de viseiras, mas no essencial consideram-se dois tipos:
viseiras de permutação (que são formadas por duas peças – o adaptador de cabeça e o
anteparo facial –, fixados por molas de pressão ou orifícios de encaixe) e as viseiras de
casco (que são formadas por uma armação moldada com formato semi-circular e onde
se encaixa uma janela de vidro filtrante). As viseiras de casco podem ser de utilização
manual ou de fixação à cabeça (monobloco).

Proteção auditiva
Utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que apresentem
ruídos excessivos.
O ruído é um dos principais responsáveis pela degradação das condições
ambientais, contribuindo para o aparecimento de doenças no aparelho auditivo e do foro
psíquico ou ocasionar situações favoráveis à ocorrência de acidentes. Para a eliminação
destes riscos deve limitar-se a exposição dos trabalhadores ao ruído, através de medidas
técnicas aplicadas aos equipamentos/máquinas e só quando estas são impossíveis de
concretizar por razões económicas ou técnicas recorrer às medidas organizacionais e/ou
à utilização de EPI’s.
O ouvido humano é sensível a pressões acústicas com frequências entre os 20 Hz
e os 20 KHz. Os efeitos prejudiciais que essas pressões provocam estão relacionadas
com o seu nível de pressão, a sua frequência e a sua duração e são aferidos através do
nível sonoro contínuo equivalente ponderado de um ruído, Leq, e que é quantificado em
decibel.

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Proteção respiratória
Para além da via cutânea e da via digestiva, a via respiratória é também uma
porta de entrada dos agentes agressivos no corpo, sendo esta última a forma mais rápida
e directa por estar directamente relacionada com o sistema circulatório. Os dois riscos
associados são a falta de oxigénio no ar e a contaminação do ar.
Utilizado para proteção respiratória em atividades e locais que apresentem tal
necessidade como manuseio de materiais de pintura como tintas, solventes, produtos
químicos e combustíveis.

Os fumos gerados na soldadura por arco contêm poluentes que podem danificar
as vias respiratórias, os pulmões e o sistema nervoso e em determinados casos podem
provocar o cancro. Estes locais de trabalho têm que ser ventilados e devem ser usados
extractores de fumos, junto ao posto de soldadura. Em situações em que não seja
possível usar extractores de fumos, deve utilizar-se um equipamento que filtre o ar que
o trabalhador respira. O tipo de dispositivo necessário para o soldador depende:
- Do ambiente de trabalho;
- Do tipo de material usado;
- Do método de solda

Proteção para membros superiores e Inferiores


De acordo com os dados estatísticos, os ferimentos nas mãos constituem o tipo
de lesão mais frequente. O braço e o antebraço estão, geralmente, menos expostos do
que as mãos, no entanto há que não subestimar a sua protecção. Em trabalhos que
apresentem riscos para as mãos ou braços, tais como trabalhos de soldadura e
manuseamento de substâncias os materiais que caustiquem a pele, os trabalhadores
deverão usar protecções especiais, de forma e material adequados.

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Luva de proteção em raspa


Utilizada para proteção das mãos e braços do empregado contra agentes
abrasivos e escoriantes.

Luva de proteção Luvas de borracha


Utilizadas para proteção das mãos e punhos do empregado em manuseio de
combustíveis e contra agentes químicos e biológicos.
Luvas de algodão
Utilizadas contra riscos mecânicos, protegem as mãos contra produtos
abrasivos, escoriantes, resistentes à cortes ou contém rebarbas, onde se necessite boa
aderência.

Proteção para membros inferiores


Os pés e as pernas devem ser protegidos contra o risco de esmagamento,
perfuração (por pregos, varões,...), contacto com corrente eléctrica, produtos químicos,
queda de objectos e derrapagem. O uso de calçado e de equipamento de protecção dos
membros inferiores adequados é fundamental na prevenção contra as lesões referidas. A
protecção é feita através de sapatos, botas, joelheiras e polainas.
Interessa referir que:
- Os trabalhadores que operem em ambientes quentes devem usar botas em
couro ou em fibras sintéticas com revestimento reflector (aluminizado);
- Os trabalhos realizados em solos encharcados ou em ambientes húmidos
obrigam a utilização de botas de PVC de cano alto com solas antiderrapantes;
- Nos trabalhos de soldadura pode não ser suficiente o uso de calçado de
segurança, havendo que usar polainas de protecção.

Calçado de proteção tipo botina de couro: Utilizado para proteção dos pés contra
torção, escoriações e derrapagens.

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Proteção do tronco
O tronco é protegido com diversos tipos de vestuário confeccionado em
diferentes tecidos, em função do agente/elemento que põe em rico a integridade física
do trabalhador. O vestuário de trabalho deve ser cingido ao corpo para evitar a sua
prisão por acção dos movimentos.

Avental de proteção
Confeccionado em raspa de couro com ajuste no pescoço e cintura. Para
proteção do usuário contra agentes cortantes ou escoriantes, para uso em soldagem e
processos similares.

Protecção contra quedas em altura


Os trabalhos em altura implicam sempre um grande risco cuja importância é
grande parte das vezes descurada. Sempre que a protecção colectiva não puder, por
razões técnicas ou por razões económicas (o seu custo é tão elevado que não justifica a
respectiva utilização), ser aplicada, é necessário utilizar o equipamento individual para
protecção contra quedas – cinto ou arnês de segurança com cabo de amarração e
dispositivos de fixação, de modo a limitar quedas livres superiores a 1 metro.
O cinto de segurança é utilizado para diversos trabalhos em altura em que seja
essencial uma posição apoiada na qual as mãos estejam livres para executar as
diferentes tarefas, o seu componente principal é um cinto que envolve o corpo do
trabalhador e o mantém preso à estrutura.

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5. Conclusão
Assim, as propriedades dos materiais usados no fabrico dos equipamentos de
Protecção Individual não devem sofrer alterações apreciáveis pela sua utilização, pela
acção do sol, da chuva, do pó ou do suor. A selecção de um EPI deve ser antecedida de
um estudo do posto de trabalho de forma a aferir os riscos a que o trabalhador está
exposto, sendo essencial tomar em consideração a colaboração do próprio trabalhador.
A colaboração do trabalhador é, pois, um factor fundamental, no processo de
selecção do EPI, porque, por um lado, permite receber informação directa do próprio
trabalhador (que pelo seu contacto diário com o processo/máquina conhece aspectos que
a outros podem passar despercebidos) e por outro, a co-decisão entre a chefia e o
trabalhador permite que este se sinta parte integrante no processo de selecção do
equipamento (aumentando a motivação para o seu uso) reduzindo a possibilidade da sua
rejeição. Interessa também referir que o trabalhador tende a ser influenciado pelo
exemplo dos seus superiores hierárquicos, ou seja, um chefe que não faz uso correcto do
EPI pode motivar o desinteresse do seu uso no trabalhador.
O uso de EPI exige responsabilidades, tanto da Chefia quando dos trabalhadores.
Cabe a Chefia adquirir o tipo adequado à atividade do empregado, fornecer EPI
aprovado com o Certificado de Aprovação, orientar o trabalhador sobre o seu uso,
tornando-o obrigatório, substituí-lo quando danificado ou extraviado.
Cabe ao empregado usá-lo apenas para a finalidade a que se destina,
responsabilizar-se por sua guarda e conservação e comunicar ao empregador qualquer
alteração que o torne impróprio para uso.

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6. REFERÊNCIA
Manual de Equipamentos de Proteção da Comissão Tripartite permanente de
Negociação do Setor Elétrico do Estado de São Paulo
Manual de Prevenção de acidentes do Trabalho para Membros da CIPA – FIRJAM /
SENAI Rio de Janeiro, 1996
Cartilha de Prevenção e Doenças no Trablaho, SESI - SEBRAE -Janeiro /2005
Legislação de Segurança e Medicina no Trabalho, FIESP-Março/ 2003
CABAÇO, António; “Gestão da Construção: um guia prático para construir com
segurança e qualidade”; Verläg Dashofer, Lisboa, 2003
Conselhos de segurança, edifícios e obras públicas; Direcção Geral de Higiene e
Segurança do Trabalho, Lisboa, 1982

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