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Higiene, saúde e segurança no trabalho

Trabalho realizado por:


Miriam Santos 10ºN

Higiene, saúde e segurança no trabalho 2


Índice

1. Introdução......................................................................................................................................................3
2. Enquadramento legislativo nacional da SHST.................................................................................................3
2.1. Conceito de acidente de trabalho..........................................................................................................3
2.2. Causas dos acidentes de trabalho..........................................................................................................3
2.3. Consequências dos acidentes de trabalho.............................................................................................3
2.4. Custos diretos e indiretos dos acidentes de trabalho............................................................................4
3. Doenças profissionais.....................................................................................................................................4
3.1. Conceito.................................................................................................................................................4
3.2. Principais doenças profissionais............................................................................................................4
4. Principais riscos profissionais.........................................................................................................................5
4.1. Riscos biológicos....................................................................................................................................5
4.2. Agentes biológicos.................................................................................................................................5
4.3. Vias de entrada no organismo...............................................................................................................5
4.4. Medidas de prevenção e proteção........................................................................................................6
4.5. Riscos físicos..........................................................................................................................................7
4.6. Ambiente térmico..................................................................................................................................7
4.7. Iluminação.............................................................................................................................................8
4.8. Radiações (ionizantes e não ionizantes)................................................................................................8
4.9. Ruído.....................................................................................................................................................9
4.10. Vibrações.............................................................................................................................................10
4.11. Riscos químicos....................................................................................................................................10
4.12. Riscos de incêndios ou explosão..........................................................................................................12
4.13. Riscos elétricos....................................................................................................................................14
4.14. Riscos mecânicos.................................................................................................................................15
4.15. Riscos psicossociais..............................................................................................................................16
5. Sinalização de segurança e saúde.................................................................................................................16
5.1. Conceito...............................................................................................................................................16
5.2. Tipos de sinalização.............................................................................................................................16
6. Equipamentos de proteção coletiva e de proteção individual......................................................................17
6.1. Principais tipos de proteção coletiva e de proteção individual............................................................17
7. Conclusão.....................................................................................................................................................18
8. Webgrafia.....................................................................................................................................................18

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1. Introdução
Este trabalho foi solicitado pelo professor Nuno Gonçalves, no âmbito da disciplina de
Tecnologia Química. O módulo a ser abordado neste trabalho é “Segurança, higiene e saúde
no trabalho”. O objetivo deste trabalho é aprender os conceitos e importância da
segurança, higiene e saúde no trabalho, a legislação, direitos e deveres do empregador e do
trabalhador, os riscos no trabalho e como preveni-los e os equipamentos de proteção
coletiva e individual.

2. Enquadramento legislativo nacional da SHST


2.1. Conceito de acidente de trabalho.
Segundo o Código de Trabalho, acidente de trabalho é qualquer lesão corporal,
perturbação funcional ou doença que resulte na diminuição da capacidade de trabalho, ou
na morte, que aconteça durante o horário e no local de trabalho.
Também é considerado acidente de trabalho qualquer acidente que aconteça no trajeto
de ida e regresso entre:
- O local de residência e o local de trabalho;
- O local de trabalho e o local de refeição;
- O local de trabalho e o local onde o trabalhador foi prestar quaisquer serviços
relacionados ao seu trabalho.

2.2. Causas dos acidentes de trabalho


Os acidentes de trabalho devem-se a diversos fatores como:
- Atos inseguros: Métodos perigosos de utilização de dispositivos ou utilização de
ferramentas e equipamentos inadequados;
- Condições inseguras: Dispositivos de segurança ineficazes, ausência de dispositivos de
segurança ou roupa e acessórios inadequados para o trabalho.
- Execução da gestão da segurança: Instruções inadequadas, carência de dispositivos de
segurança ou ausência de formações sobre segurança aos trabalhadores;
- Condição mental do trabalhador: Ausência de coordenação, ausência de estabilidade
mental, nervosismo ou reação mental lenta;
- Condição física do trabalhador: Fadiga, surdez, visão deficiente, problemas auditivos ou
ausência de qualificação física para o trabalho.

2.3. Consequências dos acidentes de trabalho.


Os acidentes de trabalho podem ser prejudiciais para a empresa originando atrasos na
produção, redução de qualidade dos produtos, horas de trabalho perdidas, dano no
equipamento, aumento dos seguros de saúde, constrangimento e afeta a imagem da
empresa. Além disso, os acidentes de trabalho também podem ser prejudiciais para o

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trabalhador, lesionando-o, incapacitando-o devido a lesões específicas, diminuindo o seu
salário e o seu potencial profissional ou até mesmo levando-o à morte.

Assim como o trabalhador, a sua família pode ser afetada, causando-lhe preocupações,
sofrimento moral e dificuldades económicas. Já os colegas de trabalho podem ser afetados
pelo mau ambiente de trabalho, inquietação, medo coletivo, perda de tempo e prémios de
produção, sobrecarga de tarefas e diminuição da produtividade. Por mais incrível que
pareça, o país também pode ser afetado pela diminuição de produção e do poder de
compra e aumento das despesas sociais.

2.4. Custos diretos e indiretos dos acidentes de trabalho.


Custos diretos:
- Assistência médica e medicamentos;
- Indemnizações;
- Remuneração de trabalho não realizado;
- Subsídios consequentes do acidente;
- Transportes;
- Aumento do seguro de acidentes de trabalho.

Custos indiretos:
- Custos salariais;
- Perda de material;
- Perda da produtividade do trabalhador e da própria empresa;
- Perda da qualidade de vida do acidentado;
- Reintegração profissional e social;
- Reparação/substituição das máquinas e equipamentos danificados;
- Perda de contratos;
- Desvalorização da marca da empresa.

3. Doenças profissionais.
3.1. Conceito.
As doenças profissionais são todas as doenças contraídas pelo trabalhador devido à exposição
de um ou mais fatores de risco na sua profissão, nas condições de trabalho ou nas técnicas usadas
durante o seu trabalho. É necessário salientar que qualquer lesão corporal, perturbação funcional
ou doença que não está incluída na “Lista das Doenças Profissionais”, mas que se prove que é uma
consequência direta da atividade profissional do trabalhador é considerada uma doença
profissional pelo artigo 283º da Lei nº 7/2009, de 12 de fevereiro do Código do trabalho.

3.2. Principais doenças profissionais.

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A “Lista das Doenças Profissionais”, publicada pelo Decreto-Regulamentar nº 76/2007,
de 17 de julho, apresenta as 5 categorias de doenças profissionais mais comuns: doenças
provocadas por agentes químicos; doenças do aparelho respiratório; doenças cutâneas e
outras; doenças provocadas por agentes físicos; doenças infeciosas e parasitárias.

4. Principais riscos profissionais.


4.1. Riscos biológicos.
Um risco biológico é a possibilidade de um trabalhador sofrer um acidente consequente da
exposição a um agente biológico durante o seu horário de trabalho.

4.2. Agentes biológicos.


Segundo a Diretiva 2000/54/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 18 de setembro de
2000 relacionada à proteção dos trabalhadores contra riscos biológicos, os agentes biológicos
definem-se como bactérias, vírus e fungos, incluindo os geneticamente modificados, as culturas de
células e os endoparasitas humanos que podem provocar infeções, alergias ou toxicidade no corpo
humano. A classificação dos diversos agentes biológicos foi aprovada pela Portaria nº 405/98, de 11
de julho alterada pela Portaria nº1036/98 e apresentam uma enorme listagem de diversos agentes
biológicos consoante a sua natureza (bactérias, vírus, fungos e parasitas) e o seu grau de
perigosidade (classe 1, 2, 3, e 4).

Bactéria Vírus

Parasitas Fungos

4.3. Vias de entrada no organismo.


Os agentes biológicos podem entrar no nosso organismo por diversas vias, nomeadamente:
- Via respiratória: É a principal via de entrada e deve-se à presença de agentes biológicos, na
forma de bioaerossóis, no local de trabalho;

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- Via cutânea: A entrada de agentes biológicos pela pele saudável, ferida ou pelas mucosas
(olhos, nariz e boca) deve-se ao manuseamento de materiais, como ferramentas, contaminados;
- Via oral: A entrada do agente biológico acontece pela ingestão de alimentos ou água
contaminados. No local de trabalho deve-se principalmente à prática desadequada de higiene,
como lavar as mãos;
- Via percutânea: A entrada dos agentes biológicos acontece devido à sua introdução
numa camada mais profunda da pele consequente de um material corto-perfurante, como
um corte ou mordedura de um animal.

4.4. Medidas de prevenção e proteção.


Para que se possa tomar as medidas de prevenção e proteção mais adequadas é necessário fazer
a valoração do risco e pode ser realizada através da Informação Técnica 006/2013 da DGS (Gestão
do Risco Biológico e a Notificação de acordo com o Decreto-Lei nº 84/97, de 16 de abril) que
relaciona a probabilidade de ocorrência com a gravidade do dano:

Através dos resultados da valoração do risco será possível hierarquizar os níveis de risco e
tomar as medidas adequadas:

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O risco de exposição a agentes biológicos para os trabalhadores deve ser evitado ou reduzido o
máximo possível, por isso o empregador deve:
- Substituir os agentes perigosos por outros agentes que sejam menos perigosos ou menos
prejudiciais para a saúde e segurança dos trabalhadores;
- Definir métodos de trabalho adequados e utilizar técnicas adequadas para evitar ou minimizar
a presença de agentes biológicos;
- Reduzir o número de trabalhadores expostos o quanto for possível;
- Adotar medidas de proteção coletivas integradas com medidas de proteção individual, caso a
exposição não possa ser evitada através de outros meios;
- Definir medidas de segurança para a recolha, manipulação e transporte de agentes biológicos.
Quando há agentes biológicos envolvidos, a periodicidade mínima dos exames de vigilância da
saúde dos trabalhadores pode ser alterada se o médico do trabalho achar necessário. Para que a
saúde do trabalhador esteja assegurada, é importante seguir os seguintes procedimentos:
- Registar o historial clínico e profissional do trabalhador;
- Avaliar individualmente o estado de saúde do trabalhador;
- Sempre que necessário fazer uma vigilância biológica;
- Rastrear efeitos precoces e reversíveis.
Também é importante que os trabalhadores tenham formações asseguradas e sejam informados
de forma adequada sobre:
- A natureza dos microrganismos;
- Os riscos para a saúde;
- As precauções necessárias para evitar a exposição aos riscos presentes;
- O conceito de desinfeção e descontaminação dos equipamentos;
- Os procedimentos caso haja um acidente.

4.5. Riscos físicos.


Os riscos físicos são resultados causados por máquinas, equipamentos, condições físicas e
características do local de trabalho que podem prejudicar a saúde do trabalhador.

4.6. Ambiente térmico.


O ambiente térmico é um fator bastante importante que, direta ou indiretamente, tem
consequências na saúde e bem-estar do trabalhador, assim como na realização das tarefas
atribuídas, e pode ser definido pelo conjunto de variáveis térmicas presentes no local de trabalho.
O controlo da temperatura, humidade e renovação do ar no local de trabalho contribui para um
ambiente térmico saudável. A temperatura excessiva contribui para um fator de stress para o
organismo humano e que pode dar origem a perturbações físicas e psicológicas.

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A avaliação do ambiente térmico deve ter em consideração estas situações:
- Stress térmico: Definido pelo estado físico e psicológico do indivíduo quando exposto a
situações extremas de frio ou calor;
- Conforto térmico: Relação da temperatura, humidade e velocidade do ar existentes do local
que, em simultâneo, podem causar desconforto.

4.7. Iluminação.
No local de trabalho, uma iluminação desadequada pode prejudicar a saúde física ou psicológica
do trabalhador, afetar a sua produtividade ou provocar um acidente de trabalho. Portanto, a
iluminação no local de trabalho deve ser considerada um risco que, dependendo do local e
circunstâncias, pode ser tão perigoso como o risco das substâncias explosivas.
Para que possa abordar o risco da iluminação do local de trabalho, o Técnico de HST deve ter
conhecimentos técnicos gerais, específicos do tema, como:
- Grandezas relacionadas com a iluminação;
- Fenómenos de propagação, reflexão, absorção e difusão da luz;
- Tipos de dispositivos de iluminação e as suas características.
Desta forma, o Técnico de HST poderá cumprir o seguinte objetivo: Controlar certas variáveis de
forma a obter uma iluminação adequada e que proporcione um bom ambiente no local de
trabalho, sem colocar em risco a saúde, segurança e rendimento do trabalhador.

4.8. Radiações (ionizantes e não ionizantes).


Por ter bastante energia, a radiação ionizante pode entrar na matéria, ionizar os átomos, romper
ligações químicas e danificar os tecidos biológicos. A radiação pode ter diferentes efeitos no corpo
humano e dependem do tipo de radiação, intensidade e energia. Porém, a radiação ionizante tem
utilizações que são benéficas para a sociedade. Como por exemplo o uso de raios-X na medicina.
Num contexto mais industrial, as radiações ionizantes também têm diversas aplicações,
destacando a gamagrafia industrial de ensaios não-destrutivos, esterilização por irradiação e
diferentes métodos de controlo de processo que envolvem medidores nucleares de densidade,
humidade, peso e nível de interface.
A exposição do ser humano a radiações ionizantes é orientada por 3 princípios fundamentais:
- Justificação: A exposição a radiações ionizantes só deve ser adotada quando o benefício
resultante para o ser humano seja maior do que os malefícios causados;
- Otimização: A exposição dos indivíduos deve ser a mais baixa que é possível atingir, tendo em
conta fatores económicos e sociais;

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- Limitação das doses: A exposição do ser humano deve estar sempre abaixo dos níveis
estabelecidos.
Em Portugal, o Decreto-lei nº 222/208 de 17 de novembro estabelece os limites de dose e está
de acordo com o prescrito na Diretiva 96/29/EURATOM do Conselho, de 13 de maio, e são
destacados:
- Limites de dose para os trabalhadores expostos:
* 100 mSv durante um período de 5 anos consecutivos, com a condição da dose efetiva
máxima ser 50 mSv por cada ano;
* O limite de dose equivalente para o cristalino é 150 mSv por ano;
* O limite de dose equivalente para a pele é 500 mSv por ano;
* O limite de dose equivalente para as extremidades é 500 mSv por ano.

- Limites de dose para os não trabalhadores expostos:


* 1 mSv por ano, porém pode ser excedido num ano, desde que não exceda 1mVs ao longo
de 5 anos consecutivos;
* O limite de dose para o cristalino é 15 mSv por ano;
* O limite de dose para a pele é 50 mSv por ano.
A radiação não ionizante é caracterizada por não ter energia suficiente para partir as ligações
das partículas dos átomos, por isso não tem competências para produzir ionização. Qualquer
equipamento elétrico, seja um eletrodoméstico ou um telemóvel com a maior tecnologia, gera
campos eletromagnéticos e a sua intensidade pode variar consoante as suas necessidades de
aplicação. Como por exemplo, as linhas de transporte de eletricidade têm campos
eletromagnéticos com baixa frequência, já os sistemas de comunicações móveis estão no lado
oposto do espetro. Com o desenvolvimento da tecnologia dos telemóveis, a perceção do risco para
a saúde consequente da utilização do telemóvel e da instalação das respetivas instalações-base foi
aumentando e resultou:
- Da ausência de uma estratégia de comunicação do risco adequada por parte das entidades
competentes;
- Da falta de legislação específica;
- Da ausência de resultados científicos que se relacionassem com os avanços tecnológicos.
A Organização Mundial da Saúde recomenda o estabelecimento de limites de exposição
adequados a radiações não ionizantes. Desaconselha também a adoção fortuita de níveis de
referência mais baixos do que os recomendados pela Comissão de Proteção Contra Radiações
Ionizantes, uma vez que não há indicações científicas que sejam aceites internacionalmente para
que se ofereça uma proteção mais adequada.
A ANACOM (Autoridade Nacional paras as Comunicações) tem como obrigação zelar pelo
cumprimento dos níveis de exposição definidos pela Portaria nº 1421/2004, que adotou os limites
recomendados pela OMS e pela Comissão Europeia.

4.9. Ruído.

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Durante a sua atividade laboral os trabalhadores podem ser expostos a níveis de ruído bastante
elevados. A exposição a esses ruídos, a curto prazo, pode causar perda de audição temporária,
podendo durar entre alguns segundos e alguns dias. A exposição prolongada pode causar perda de
audição permanentemente. Ao longo do tempo, é difícil reconhecer a perda auditiva e a maior
parte dos trabalhadores só se apercebem da surdez até a sua audição ter sofrido danos
permanentes. A exposição ao ruído pode ser controlada de forma fácil e com custos mínimos e este
controlo tem como objetivo reduzir, e se possível eliminar, o ruído na sua origem.
O Decreto-Lei nº 182/2006, de 6 de setembro, relacionado às prescrições mínimas de segurança
e saúde em matéria de exposição dos trabalhadores aos riscos físicos (ruído), definiu que não é
permitida a exposição diária ou semanal de trabalhadores a níveis de ruído iguais ou superiores a
87 dB(A) ou a valores de pico iguais ou superiores a 140 dB(A). Estes valores são definidos por
Valores Limite de Exposição (VLE) ao ruído.

4.10. Vibrações.
As vibrações são riscos físicos nocivos que afetam o trabalhador e são originadas pela oscilação
de um corpo, seja por fontes internas ou externas. Exemplificando, o manuseamento de um
equipamento que vibra rapidamente, que é a origem da vibração, transmite a vibração para a mão
e braço do trabalhador.
Na atividade laboral, as vibrações são uma constante preocupação devido aos diversos perigos
que afetam o trabalhador e às doenças associadas.
As vibrações nas mãos e braços são provocadas por:
- Martelos demolidores;
- Retificadoras;
- Berbequins por percussão;
- Martelos pneumáticos;
- Lixadoras.
E podem originar:
- Distúrbios vasculares, a Síndrome de Raynaud;
- Distúrbios neurológicos, como formigueiro ou dormência nos dedos e nas mãos;
- Síndrome Túnel Cárpico, devido à combinação de movimentos repetitivos, posturas incorretas
e aperto firme na máquina;
- Distúrbios musculares. A exposição prolongada pode levar ao enfraquecimento muscular e
dores nas mãos e braços.
Já as vibrações no corpo inteiro podem ser provocadas por:
- Tratores;
- Escavadora de rodas e de lagartas;
- Empilhador;
- Trator rebocador;
- Camião como caixa basculante.
E podem originar:

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- Dor lombar;
- Distúrbios nas costas, ombros ou pescoço.

4.11. Riscos químicos


Há presença de riscos químicos quando, no local de trabalho, existem agentes químicos
prováveis de provocar lesões aos trabalhadores.
Reagentes perigosos são todas as substâncias que, sejam gasosas, líquidas ou sólidas, incluindo
aerossóis, possam meter em risco a saúde e segurança dos trabalhadores. Os reagentes perigosos
incluem produtos químicos fabricados, substâncias que provêm de processos de trabalho, como o
petróleo.
Os reagentes químicos podem ser classificados de acordo com a sua perigosidade, uma vez que
as suas características físico-químicas, toxicológicas e ecotoxicológicas constituem diferentes
perigos para o homem e ambiente.

Os reagentes podem ser agrupados em 3 tipos de perigosidade:


- Perigo físico: Explosivos, inflamáveis, comburentes e corrosivos;
- Perigo para a saúde: Tóxicos, muito tóxicos, corrosivos, sensibilizantes, irritantes,
mutagénicos, cancerígenos e tóxicos para a reprodução;
- Perigo para o ambiente: Tóxicos para o meio aquático e perigosos para a camada de ozono.
Os reagentes químicos podem entrar no organismo por 3 vias:
- Via respiratória;
- Via percutânea/mucosas;
- Via digestiva.
Ao entrar em contacto com o organismo, os reagentes químicos podem originar problemas de
saúde. Os efeitos podem manifestar-se a curto ou a longo prazo. Os problemas de saúde mais
comuns são:
- Alergias;
- Doenças do foro cutâneo;
- Problemas reprodutivos e deficiências congénitas;
- Doenças respiratórias;
- Intoxicação.
Os reagentes químicos podem ser classificados por serem:

Explosivo Comburente Corrosivo

Inflamável Nocivo/irritante

Tóxico Nocivo para o Radioativo


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Cancerígeno

A rotulagem dos produtos químicos é a primeira fonte de


informação que o trabalhador tem referente às propriedades
químicas daquele produto, como a fórmula química e os sinais
de perigo, e deve estar em língua portuguesa para que possa
ser facilmente lido e compreendido. O reagente químico deve
também ser acompanhado pela ficha de dados de segurança
disponibilizada pelo fornecedor.

Todos os frascos armazenados no laboratório têm de estar


obrigatoriamente rotulados e devem indicar a data que foram comprados e que o frasco foi aberto.
Deve-se ter em atenção a compatibilidade dos reagentes para que, ao serem armazenados, não
causem qualquer tipo de risco a quem trabalha no laboratório. Todos os reagentes devem ser
armazenados num local fresco, seco e ventilado, sempre no frasco de origem e bem fechado. Os
ácidos e bases concentrados devem ser armazenados num armário fechado à chave e com um
De forma a zelar pela saúde dos trabalhadores, o empregador deve identificar e avaliar os
riscos do local de trabalho, procurando medidas de proteção e prevenção para que esses riscos
possam ser reduzidos ou eliminados. Essas medidas devem de se focar no seguinte:
- Prevenção técnica: medidas de proteção, como por exemplo processos de trabalho
adequado, manutenção, ventilação localizada e medidas de organização do trabalho;
- Prevenção médica;
- Formação dos trabalhadores sobre os riscos químicos dos reagentes e as medidas necessárias
para os reduzir.

4.12. Riscos de incêndios ou explosão


A combustão de qualquer material é nada mais nada menos do que uma reação química de
oxidação-redução com uma elevada libertação de energia. A existência do fogo só é possível com a
presença dos seus reagentes, o combustível (a matéria inflamável) e o comburente (o oxigénio). O
fogo só acontece se os reagentes estiverem a temperaturas elevadas. Por isso, a ativação do fogo

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deve-se ao aquecimento de um material inflamável até à sua temperatura de ignição na presença
de um comburente e após iniciada a reação de combustão, vai gerar o calor necessário para que o
material aqueça mais e o incêndio alastre. Porém, basta remover um dos elementos, o combustível,
comburente ou a fonte de calor, para que o fogo seja extinto.

Triângulo do fogo

Para que a reação da combustão inicie é necessário haver energia, normalmente na forma de
calor, e é designada por energia de ativação. As principais fontes de energia de ativação são:
- Fonte elétrica: Resistência, arco voltaico/faísca e eletricidade estática;
- Fonte mecânica: Fricção e compressão;
- Fonte térmica: Superfícies quentes e radiação;
- Fonte química: Como por exemplo a reação de uma limalha de ferro com óleo.
Os fogos podem ser divididos em 4 classes consoante as suas características:
- Classe A: Fogos de materiais sólidos onde a combustão origina brasas, como por exemplo a
combustão de papel, madeira, carvão e palha.
- Classe B: Fogo de líquidos os sólidos liquidificáveis, como por exemplo o petróleo, alcatrão,
parafina e álcool;
- Classe C: Fogo de gases, como por exemplo o gás natural, acetileno, propano e hidrogénio;
- Classe D: Fogos que envolvem metais, como por exemplo o sódio, potássio, alumínio e o
titânio.
Para que a extinção do fogo seja possível tenta-se sempre eliminar, ou diminuir, um dos
elementos do triângulo do fogo. No entanto, tenta-se sempre eliminar mais do que um elemento
do triângulo para que a combustão seja extinta o mais rápido possível. Podem ser utilizados 4
métodos de extinção:
- Carência: Teoricamente, este é o método mais eficaz na extinção do incêndio, porém a sua
complexidade pode dificultar a sua execução. Nos combustíveis sólidos, o objetivo é tentar diminuir
a sua quantidade, reduzindo as dimensões do incêndio;
- Limitação do comburente: É um método que consiste em impedir o acesso do comburente ao
combustível e pode ter dois aspetos distintos:

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* Asfixia: O comburente é limitado através do seu consumo na combustão onde as
circunstâncias não permitem a renovação do ar;
* Abafamento: Quando o comburente é limitado através de uma ação exterior que impede a
renovação do ar;
- Arrefecimento: É um método que consiste em eliminar a energia através da diminuição do
combustível, através da água, por exemplo;
- Inibição: É um método que consiste na rutura da transmissão de energia de umas partículas
do combustível para as outras. Desta forma limita-se a formação de radicais livres ou consomem-se
consoante se vão formando.
Os extintores são bastante importantes no combate a incêndios e podem ser classificados
consoante o agente extintor que contêm. Podem ser classificados em:
- Extintores à base de água;
- Extintores de espuma;
- Extintores de dióxido de carbono;
- Extintores de pó;
- Extintores de hidrocarbonetos halogenados;
A tabela seguinte define quais os agentes extintores se devem escolher consoante a classe de
fogo:

4.13. Riscos elétricos


Quem trabalha com eletricidade enfrenta riscos elétricos durante toda a sua atividade laboral.
Um risco elétrico resulta do contacto de pessoas com a corrente elétrica. Podem ocorrer de
diferentes formas:
- Contacto direto: Ocorre quando o trabalhador entra em contacto com uma parte ativa da
corrente elétrica que está sob tensão. Por exemplo, quando alguém, fura uma parede e atinge a
ligação elétrica com a furadora;

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- Contacto indireto: Ocorre quando o trabalhador entra em contacto, de forma acidental, com
elementos metálicos sob tensão. Por exemplo, quando se toca na superfície de uma máquina
elétrica que, por ter o isolamento danificado devido ao envelhecimento do material, está sob
tensão elétrica.

Por ser um bom condutor, o corpo humano permite que a corrente elétrica passe pelo nosso
organismo. A corrente elétrica gera calor e pode queimar e destruir os tecidos, sejam internos ou a
pele. Uma descarga elétrica pode levar ao curto-circuito dos sistemas elétricos do nosso organismo
e prejudicar a transmissão de impulsos dos nervos. Quando a transmissão dos impulsos é
danificada pode afetar:
- Os músculos, contraindo-os de forma violenta;
- O coração, originando uma paragem cardíaca;
- O cérebro, provocando convulsões, perda de consciência ou outro tipo de anomalia.
A gravidade da lesão varia segundo os seguintes fatores:
- Intensidade da corrente;
- Tipo de corrente;
- Percurso da corrente no corpo;
- Duração da exposição à corrente;
- Resistência elétrica à corrente.
Para que os riscos elétricos sejam eliminados ou diminuídos é importante que:
- Os trabalhadores recebem uma formação adequada;
- Haja uma elaboração de instrução e normas de segurança para que os trabalhadores saibam a
que perigos estão expostos;
- Exista sinalética que informe a existência de riscos elétricos;
- O equipamento de proteção individual seja utilizado;
- Os equipamentos elétricos apresentem os elementos básicos de segurança;
- Todos os materiais tenham uma boa qualidade e sejam certificados pelo fornecedor em como
oferecem menor risco elétrico e melhor funcionamento da parte elétrica.

4.14. Riscos mecânicos


Os riscos mecânicos são o conjunto de fatores que podem originar um ferimento devido à ação
mecânica de máquinas, ferramentas, peças ou projeções de materiais sólidos. Alguns exemplos de
riscos mecânicos são:
- Risco de esmagamento;
- Risco de cisalhamento;
- Risco de decepamento;
- Risco de impacto;
- Risco de perfuração;

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- Risco de ejeção de fluído a alta pressão.
A movimentação de cargas consiste nas operações de elevação, transporte e descarga de
objetos que pode ser feita manualmente ou com o auxílio de sistemas mecânicos. A movimentação
mecânica de cargas permite que as cargas sejam movimentadas de um ponto para o outro de uma
forma planeada e segura e com recurso a um conjunto de materiais e meios. Essa operação é
constituída pelas seguintes fases: elevação; manobra livre e assentamento.

4.15. Riscos psicossociais.


Segundo a Organização Internacional do Trabalho, riscos psicossociais podem ser definidos por
“interações entre o conteúdo do trabalho, organização e gestão do trabalho e outras condições
organizacionais e ambientais, por um lado, e as competências e necessidades dos trabalhadores
através das suas perceções e experiências.”
Os riscos psicossociais podem trazer consequências negativas à saúde psicológica e física dos
trabalhadores e são originados por:
- Cargas de trabalho excessivas;
- Falta de nitidez na definição de funções;
- Falta de controlo sobre como o trabalhador realiza o seu trabalho;
- Insegurança laboral;
- Má comunicação e falta de apoio dos superiores e colegas;
- Assédio psicológico ou sexual, violência no local de trabalho.
É importante não confundir os riscos psicossociais, como a carga de trabalho excessiva
com as condições, por vezes estimulantes e desafiantes, de um ambiente de trabalho
produtivo onde os trabalhadores estão bem preparados e motivados para dar o seu melhor.
Um ambiente de trabalho saudável contribui para um bom desempenho e desenvolvimento
pessoal e para o bem-estar psicológico e físico dos trabalhadores.

5. Sinalização de segurança e saúde.


5.1. Conceito.
Sinalização de segurança é qualquer objeto, atividade ou situação que nos dá uma indicação
relativa à segurança e saúde no trabalho. A função destes equipamentos é informar os
trabalhadores dos riscos referentes às suas atividades, de forma que todos adotem medidas
preventivas que diminuam o risco de acidentes no trabalho.

5.2. Tipos de sinalização.


Existem 12 tipos de sinalização, nomeadamente:
- Sinal de proibição: Indica a proibição de determinada ação;
- Sinal de aviso: Informa sobre um perigo ou risco;
- Sinal de obrigação: Impõe determinada ação;

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- Sinal de salvamento ou socorro: Dá indicações sobre saídas de emergência, meios de socorro
ou salvamento;
- Sinal de indicação: Fornece indicações não incluídas pelos sinais de proibição, aviso, obrigação
ou de salvamento ou socorro;
- Sinal luminoso: Emitido por um dispositivo composto por materiais transparentes ou
translúcidos.
- Sinal acústico: Emitido por um dispositivo específico, sem recurso à voz humana ou artificial;
- Sinal gestual: Movimentos, posições dos braços e das mãos, ou uma combinação entre
ambos, que oriente a realização de atividades que apresentem riscos ou perigos para os
trabalhadores;
- Símbolo ou pictograma: Imagem que descreve uma situação ou impõe determinada ação;
- Placa: Fornece uma indicação através da combinação de formas geométricas, cores e um
símbolo ou pictograma;
- Placa adicional: Fornece informações adicionais à placa que está a ser utilizada em conjunto;
- Comunicação verbal: Dá indicações através da utilização da voz humana ou artificial.
As cores dos sinais são igualmente importantes e podem ter diversos significados e finalidades:
- Vermelho: Proibição, stop, dispositivos de corte de emergência, evacuação e identificação e
localização de materiais de equipamento de combate a incêndios;
- Amarelo: Aviso, atenção, precaução e verificação;
- Azul: Obrigação, ação específica, utilização obrigatória dos equipamentos de proteção
individual;
- Verde: Salvamento ou socorro, portas e saídas de emergência, vias, material, postos, locais
específicos e segurança no regresso à normalidade.

Sinal de proibição Sinal de aviso Sinal de obrigação Sinal de socorro

Sinal deMaterial
indicaçãode combate a Sinal acústico e luminoso
incêncios
6. Equipamentos de proteção coletiva e de proteção
individual.

Higiene, saúde e segurança no trabalho 18


6.1. Principais tipos de proteção coletiva e de proteção individual.
Equipamentos de proteção coletiva:
- Sistemas de ventilação e exaustão;
- Proteção de circuitos e equipamentos
elétricos;
- Proteção contra ruídos (isolantes
acústicos) e vibrações;
- Sensores de presença;

-Barreiras contra luminosidade intensa e


descargas atmosféricas;
-Extintores, hidrantes e mangueiras de combate a incêndio;
-Detetores de fumo;
- Caixas de primeiros socorros;
- Sistemas de sinalização.
Equipamentos de proteção individual:
- Capacete;
- Tampões;
- Óculos/Viseiras faciais;
- Máscaras;
- Luvas;
- Botas/sapatos de biqueira de aço;
- Cintas/aventais;
- Arneses;
- Roupa ignífuga.

7. Conclusão
Durante a elaboração deste trabalho fiquei a conhecer os deveres do empregador e do
trabalhador e a importância da segurança, saúde e higiene no trabalho, assim como os
possíveis riscos presentes no local de trabalho e como preveni-los, através da utilização de
equipamentos de proteção individual e coletiva e/ou medidas definidas pelo empregador.
Também aprendi que, em caso de acidente de trabalho, existe uma legislação que me
protege assim como uma entidade seguradora, fornecida pelo empregador, que cobre os
prejuízos originados pelo acidente.

8. Webgrafia
ASF - O que é um acidente de trabalho?
Causas de acidentes de trabalho - blog Safemed
AMAN.PT
Os custos dos acidentes de trabalho e doenças profissionais (safemed.pt)

Higiene, saúde e segurança no trabalho 19


MedialCare - Medicina e Segurança Higiene no Trabalho - A Saúde Ocupacional é um investimento
no presente e para o futuro, vital e lucrativo para qualquer empresa
Programa Nacional de Saúde Ocupacional (dgs.pt)
Agentes Biológicos no Local de Trabalho - Apo Partner
Agentes Biológicos: Avaliação de Riscos e Medidas de controlo e proteção (apopartner.pt)
Ambiente Térmico no Trabalho - Apo Partner
Iluminação nos Postos de Trabalho - SafeMed
Direção-Geral da Saúde (dgs.pt)
Direção-Geral da Saúde (dgs.pt)
O Ruído no Local de Trabalho - APSEI - Associação Portuguesa de Segurança
Vibrações Ocupacionais - Riscos e Avaliação - Apo Partner
Agentes químicos- saiba o que são e como prevenir os riscos de exposição (advancecare.pt)
Substâncias perigosas - Segurança e saúde no trabalho - EU-OSHA (europa.eu)
https://www.google.pt/url?
sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwik2rrFjefwAhWzIMUKH
VnqAz0QFjAIegQIChAD&url=http%3A%2F%2Fwww1.ipq.pt%2FPT%2FNormalizacao
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%2FGuia_Quimicos_Web.pdf&usg=AOvVaw0EW6XMP4dxfFyN7LLl4MTL
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%2F2403&usg=AOvVaw3VqqEfeevqMlkoTcHNkpH4
A Química do Fogo « A Química das Coisas (aquimicadascoisas.org)
VII-fenomenologia-2ªed.v1 (ahbvoliveiradobairro.pt)
Como Escolher um Extintor de Incêndio - APSEI - Associação Portuguesa de Segurança
Riscos Elétricos - APSEI - Associação Portuguesa de Segurança
Lesões provocadas pela eletricidade - Lesões e envenenamentos - Manual MSD Versão Saúde para
a Família (msdmanuals.com)
Setembro-Riscos-Elétricos.pdf (cm-moura.pt)
https://elearning.iefp.pt/pluginfile.php/47787/mod_folder/content/0/maquinas_movimentacao_
modulo5.ppt?forcedownload=1
Microsoft Word - Mov_mecanica de cargas.doc (factor-segur.pt)
Fatores de risco psicossociais | Direção de Recursos Humanos • DRH (ulisboa.pt)
Riscos psicossociais e stresse no trabalho - Segurança e saúde no trabalho - EU-OSHA (europa.eu)
Importância da sinalização de emergência e segurança no trabalho (mmprotek.pt)
https://www.google.com/url?
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egQIAxAD&url=https%3A%2F%2Fwww.ugt.pt%2Fdownloadcomunicados%3Fcomunicado
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%3D56b252b7170583dcc4f1a2dff8d4abead98cb9d3&usg=AOvVaw3xfMteANf6NVobZXZFnRF_
Equipamentos de proteção (uminho.pt)
Manual Segurança ISASTUR

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