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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFATECIE


AELITON APARECIDO SILVA

ERGONOMIA

SERRA-ES
2024
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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFATECIE


AELITON APARECIDO SILVA

ATIVIDADE PRÁTICA DE APRENDIZAGEM


ERGONOMIA / LER-DORT

Atividade Prática, pesquisa apresentada ao


Centro Universitário Unifatecie disciplina
Ergonomia.

SERRA-ES
2024
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CONCEITOS DE ERGONOMIA

O que é ergonomia?
Na prática, ela é o conjunto de regras e procedimentos que estudam a organização do
ambiente de trabalho e as interações entre o homem, as máquinas e equipamentos. Seu
objetivo é reduzir riscos, atuando nas condições dos espaços físicos da empresa e organização
de processos corporativos.
Por isso, práticas como a ginástica laboral, podem ser consideradas ergonômicas.
Além de proporcionar conforto para o trabalhador, ela busca prevenir doenças ocupacionais.
Como por exemplo lesões, dores no corpo e preservação das capacidades físicas e
psicológicas do colaborador.
De maneira resumida, podemos entender ergonomia como o estudo da relação que existe
entre o homem e a forma como ele executa seu trabalho – presente, inclusive, na legislação
por meio da Norma Regulamentadora 17.
A história da ergonomia
Apesar de ser um tema atual, sua história mostra como a preocupação com a adaptação do
trabalho vem de muito tempo atrás. Isso porque ela nasceu oficialmente no século XX, mas
desde a pré-história o ser humano busca soluções para adaptar o trabalho e tarefas às suas
próprias condições.
A ergonomia, portanto, consiste em possibilitar a uma pessoa realizar uma determinada
atividade adequando os recursos e o meio a seu favor.
Os ancestrais pré-históricos do ser humano perceberam que era necessário adaptar armas
para garantir a sua sobrevivência. Facilitando assim, a caça e a defesa. Também
desenvolveram objetos, utensílios e ferramentas para modificar o ambiente ao seu redor.
Mesmo com uma tradição tão antiga, o conceito de ergonomia foi utilizado pela primeira vez
apenas em 1857, pelo polonês Wojciech Jarstembowsky. A partir daí, ele passou a ser
explorado não apenas no ambiente de trabalho, mas também nas atividades rotineiras, no
esporte e até mesmo no lazer.
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Qual é o principal objetivo da ergonomia?
Com a intenção de prevenir acidentes, corrigir erros e diminuir riscos, seu principal objetivo é
aumentar o conforto, a saúde e a segurança do trabalhador.
Por meio da análise da postura, dos movimentos corporais, dos equipamentos usados e dos
fatores físicos do ambiente de trabalho, ela busca promover a perfeita integração entre as
capacidades e limitações do trabalhador, suas condições de trabalho e a eficiência do sistema
produtivo.
Ao analisar esses fatores em um local de trabalho, pode surgir a necessidade de intervenções
que informem, sensibilizem e corrijam problemas. A partir daí, é possível obter aumento na
eficiência organizacional e, consequentemente, na produtividade e nos lucros da empresa.
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Quais são os tipos de ergonomia?


A ergonomia tem uma abordagem bastante ampla que considera diferentes fatores. Sendo eles
físicos, cognitivos, ambientais, sociais, organizacionais e outros que sejam relevantes. Por isso,
pode ser classificada em tipos de especialização com abordagens mais aprofundadas.
Muito se fala sobre a ergonomia e como ela é fundamental para garantir conforto e bem-estar
para aos trabalhadores, além de reduzir os riscos de acidentes e doenças laborais:
Ergonomia física
Estuda a relação entre a anatomia do ser humano,
sua fisiologia, biomecânica e antropométrica com as atividades físicas que ele realiza. Envolve
aspectos como:
 Posturas;
 Manuseio de materiais;
 Movimentos repetitivos;
 Distúrbios musculoesqueléticos.
Analisa, por exemplo, se a cadeira utilizada favorece uma postura correta ou se a
movimentação para manipular e levantar determinado objeto é adequada ou prejudicial.
Ergonomia organizacional
Envolve clima organizacional, cultura, processos e políticas da empresa. Considera as pessoas
como partes inerentes do sistema. Alguns aspectos são:
 Trabalho em grupo;
 Tempo de trabalho;
 Gestão de qualidade;
 Processos comunicativos;
 Projetos participativos.

Ergonomia cognitiva
Trata de processos mentais, como raciocínio e memória — utilizados pelo trabalhador na
realização de funções —, e sua influência na interação com outros fatores. São aspectos como:
 Tomadas de decisão;
 Confiabilidade humana;
 Estresse profissional;
 Carga mental;
Ergonomia organizacional
Trata da otimização dos sistemas sociotécnicos – ou seja, que incluem pessoas como partes
inerentes do sistema – e suas estruturas organizacionais, de processos e políticas. Os tópicos
mais relevantes nesse tipo de ergonomia são:
 As comunicações;
 O trabalho realizado em grupo;
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 Os projetos participativos;
 O trabalho cooperativo;
 A organização em rede;
 A cultura organizacional;
 A organização temporal do trabalho;
 A gestão da qualidade.
Essa área da ergonomia, então, se propõe a estudar e intervir na cultura e no clima
organizacional. Seu objetivo é adaptar as condições da empresa para preservar a saúde e o
bem-estar do trabalhador.
Ergonomia cognitiva
Trata dos processos mentais utilizados pelo ser humano na realização de suas atividades e
como eles afetam suas interações com outros elementos de um sistema. Entre esses
processos, destacam-se raciocínio, resposta motora, percepção e memória.
Os principais aspectos avaliados por esse tipo de ergonomia são:
 o estudo da carga mental exigida pelo trabalho;
 os processos de tomada de decisão;
 o desempenho especializado em determinadas áreas;
 a forma como ocorre a interação entre homem e máquinas;
 a confiabilidade humana;
 o estresse de origem profissional;
 a formação da concepção de pessoa-sistema;
 o treinamento concernente aos projetos que envolvem seres humanos e sistemas.
Podemos dizer, de modo geral, que a ergonomia cognitiva se propõe a avaliar e intervir nas
questões que podem influenciar no nível mental dos trabalhadores. Por exemplo, ações de
prevenção de doenças mentais, como a depressão.
Seu principal objetivo é buscar medidas que diminuirão os fatores de estresse no ambiente de
trabalho. Confira como executar a ergonomia cognitiva e quais são os pontos necessários
nesse caminho.
Ergonomia no trabalho
Como você já sabe, a ergonomia se preocupa em oferecer melhores condições de trabalho aos
funcionários de uma empresa, adequando os espaços físicos e processos organizacionais.
São objetos de estudo da área fatores que causam problemas à saúde física e mental dos
trabalhadores, uma vez que a principal causa da baixa produtividade é o desconforto
decorrente da má adequação dos postos e instrumentos de trabalho.
Esse desconforto pode ser causado por ruídos, temperatura e até iluminação. Desse modo, a
ergonomia minimiza esses problemas, atuando diretamente nos fatores que contribuem para o
baixo desempenho, redução na capacidade de entregas, de produção com qualidade, entre
outros aspectos.
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A exposição a ruídos excessivos no ambiente de trabalho pode influenciar diretamente na


saúde auditiva do trabalhador. Logo, a falta de medidas preventivas pode causar perda
temporária ou total da audição. Já a falta de uma iluminação adequada pode causar danos à
visão, proporcionar dores de cabeça e causar problemas relacionados a capacidade de
produção do colaborador. Por fim, a exposição a elevados índices de temperaturas, seja de
calor, seja de frio, seja de umidade, aumenta o índice de erros, causando, inclusive, danos à
saúde do funcionário.
Investir em melhorias nos postos de trabalho e nos instrumentos utilizados é indispensável
para se ter uma boa qualidade de vida no trabalho. Confira, a seguir, os principais benefícios
que reforçam a importância da ergonomia no trabalho.

DORT (DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES RELACIONADOS AO TRABALHO) E LER


(LESÕES POR ESFORÇO REPETITIVO)

Apesar de bastante conhecida, a LER é apenas uma denominação informal. Segundo a


Sociedade Brasileira de Reumatologia, a LER não é uma doença, mas sim diversas lesões
sofridas pelo corpo em virtudes de sobrecarga mecânica.
O termo DORT é o mais adequado, pois abrange tanto queixas simples, como lesões mais
graves.
DORT: como os distúrbios podem acontecer?
O surgimento de DORT pode surgir a partir de inúmeras ocorrências no ambiente de trabalho.
Existem fatores decisivos que propiciam o desenvolvimento de Distúrbios Osteomusculares
Relacionados ao Trabalho.
A falta de capacitação é um grande agravante dos riscos de desenvolvimento de um DORT.
Caso não tenha a preparação física ideal para desenvolver suas atividades, o trabalhador está
propício a sofrer com tais distúrbios.
Outros fatores menos óbvios também podem prejudicar a saúde do colaborador. As jornadas
excessivas com pausas insuficientes são exemplos disso. É indispensável que o trabalhador
tenha uma jornada de trabalho saudável e balanceada entre atividade e descanso.
DORT também acontecem em escritórios!
Quando pensamos em ocorrências no ambiente de trabalho, muitas pessoas acreditam que os
riscos só existem em setores operacionais. Mas esse é um grande equívoco: trabalhadores
que atuam com computadores, por exemplo, podem desenvolver DORT caso não tenham
equipamentos e postura adequados.
Quais são os sintomas?
Os sintomas variam de acordo com o distúrbio, mas em geral apresentam-se em dores,
formigamento, dormência e fadiga. Caso não tratados, eles podem se intensificar, causando
problemas que afetam o desempenho do colaborador.
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Ou seja, a atenção à Saúde no Trabalho deve ser garantida a toda equipe, pois um ambiente
de trabalho saudável respeita o limite dos indivíduos, garantindo mais qualidade de vida aos
colaboradores e reduzindo os afastamentos.

BIBLIOGRAFIA TÉCNICA

 Norma Regulamentadora no 17 (NR – 17) do MTE;

 Manual de Aplicação da Norma Regulamentadora no 17 do MTE;

 Apostila Aplicação Prática da Norma Regulamentadora NR-17 – Ergonomia para


Auditores Fiscaisdo Trabalho;

 Apostilas do Projeto Saúde e Trabalho;

 Normas NBR 5413, 10151, 10152 da ABNT;

 Livro Avaliação de Conforto Térmico, contribuição à aplicação prática


das normasinternacionais;

 Livro Avaliação Ergonômica - Universidade Federal de Santa Catarina;

 Livro Pontos de Verificação Ergonômica - FUNDACENTRO -MTE.

 CHAPANIS, Alphonse. A engenharia e o relacionamento homem máquina. São Paulo,


Atlas, 1972.153 p..

 DEJOURS, Christophe. A loucura do trabalho. São Paulo, Cortez/Oboré, 1988. 163 p..

 DUL, Jan; WEERDMEESTER, Bernard. Ergonomia prática. São Paulo, Edgard Blucher, 1995.
147 p.

 FIALHO, Francisco; SANTOS, Neri dos. Manual de análise ergonômica no trabalho.


Curitiba,Genesis, 1995. 283 p.

 FISCHER, Frida Marian; GOMES, Jorge da Rocha; COLACIOPPO, Sérgio. Tópicos de


saúde dotrabalhador. São Paulo, Hucitec, 1989. 237 p..

 IIDA, Itiro. Ergonomia - Projeto e produção. São Paulo, Edgard Blücher, 1990. 465 p..

 LAVILLE, Antoine. Ergonomia. São Paulo, EPU/ EDUSP, 1977. 99 p..

 MORAES, Anamaria de; SOARES, Marcelo Márcio. Ergonomia no Brasil e no mundo:


um quadro, uma fotografia. Rio de Janeiro, ABERGO/UNIVERTA, 1989.

 MUCCHIELLI, Roger. Postos de trabalho: conhecimento do problema; aplicações


práticas. Rio deJaneiro, Livros Técnicos e Científicos, 1978.

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