No vídeo, “Ergonomia - Aula 01 - Conceitos Básicos e História” da Univesp
(Universidade Virtual do Estado de São Paulo), o professor Danilo Corrêa Silva, fala que o surgimento da Ergonomia não tem uma data específica, pois já existia a necessidade, mas que no pós guerra, no fim da Segunda Guerra Mundial surgiu a primeira organização de ergonomia, no Reino Unido em 12 de julho de 1949. Vários pesquisadores de várias disciplinas se reuniram para desenvolver essa disciplina e essa data ficou marcada, esse grupo é conhecido hoje por Ergonomics Research Society. A definição citada no vídeo é a ergonomia como disciplina científica que trata da adaptação dos sistemas ou artefatos tecnológicos às características humanas. Ou seja, uma adaptação do meio para preservar a saúde, segurança e eficiência do ser humano. Já no texto Introdução à Ergonomia, do Prof. Mario Cesar Vidal e Dr. Ing. a ergonomia adotada foi por um comitê formado por médicos, fisiologistas e engenheiros que diz o seguinte: "ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e seu trabalho, equipamento e ambiente, e particularmente a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas surgidos desse relacionamento" . Em outras palavras, a ergonomia é uma disciplina que busca adaptar o trabalho, o equipamento e o ambiente às características físicas, cognitivas e psicológicas dos trabalhadores, a fim de melhorar a eficiência, a segurança, o conforto e a qualidade de vida no trabalho. A ergonomia está presente em diversas cenas do cotidiano, como por exemplo, o trabalho em escritórios, fábricas, hospitais, escolas, transportes, entre outros. Em cada uma dessas cenas, a ergonomia busca adaptar o ambiente, o equipamento e o trabalho às características físicas, cognitivas e psicológicas dos trabalhadores, a fim de melhorar a eficiência, a segurança, o conforto e a qualidade de vida no trabalho . Por exemplo, no caso do trabalho em escritórios, a ergonomia pode abordar questões como a disposição dos móveis, a iluminação, a temperatura, a acústica, o uso de computadores e outros equipamentos, a organização do trabalho, entre outros aspectos que possam afetar a saúde e o bem-estar dos trabalhadores . Um conceito importante é o de intervenção ergonômica é uma forma de atuação do profissional que trabalha com a ergonomia. No texto coloca como, “uma tecnologia da prática que objetiva modificar a situação de trabalho para torná-la mais adequada às pessoas que nela operam. Diferencia-se desta forma de estudos e análises de caráter apenas descritivo ou sem comprometimento de fato com as mudanças no trabalho, como a produção de laudos ou diagnósticos puramente acadêmicos.” Ela consiste em um processo de análise, diagnóstico e intervenção em sistemas de trabalho, com o objetivo de adequar a atividade neles existentes às características, habilidades e limitações das pessoas, visando ao seu desempenho eficiente, confortável e seguro. A intervenção ergonômica pode envolver mudanças no design do trabalho, na organização do trabalho, na formação e treinamento dos trabalhadores, na comunicação entre os operadores e em outros aspectos relacionados ao trabalho. O importante na intervenção é chegar à tomada de providências úteis, práticas e aplicadas ao caso . Ademais, o conceito de demanda são as solicitações que as organizações fazem aos profissionais de ergonomia, visando à melhoria das condições de trabalho e à prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. Essas demandas podem ser de diferentes tipos, como a análise de um posto de trabalho, a avaliação de um equipamento, a elaboração de um programa de treinamento, entre outras. No vídeo, mostra cenas do filme de Charlie Chaplin, onde na época da Segunda Guerra Mundial, a demanda das indústrias era o aumento da produtividade e pouca preocupação com o ser humano. É importante que as demandas sejam bem formuladas e claras, para que os profissionais de ergonomia possam atuar de forma eficiente e eficaz na solução dos problemas identificados. Além disso, é fundamental que haja uma boa comunicação entre os profissionais de ergonomia e as organizações, para que as demandas sejam atendidas de forma satisfatória e os resultados esperados sejam alcançados. Existem três principais tipos de ergonomia: ergonomia física, ergonomia cognitiva e ergonomia organizacional. A ergonomia física se preocupa com as características físicas do ambiente de trabalho, como a iluminação, a temperatura, o ruído, a vibração, a postura, o esforço físico, entre outros aspectos que possam afetar a saúde e o bem-estar dos trabalhadores. A ergonomia cognitiva se concentra nas habilidades mentais e cognitivas dos trabalhadores, como a percepção, a atenção, a memória, o raciocínio, a tomada de decisão, entre outras funções que possam influenciar o desempenho e a segurança no trabalho. A ergonomia organizacional aborda as questões relacionadas à organização do trabalho, como a divisão de tarefas, a comunicação, a liderança, a cultura organizacional, a gestão de recursos humanos, entre outros aspectos que possam afetar a eficiência, a satisfação e a qualidade de vida no trabalho. Entretanto, cada tipo de ergonomia tem suas próprias metodologias, técnicas e ferramentas de análise e intervenção, elas estão inter-relacionadas e devem ser consideradas de forma integrada na análise e intervenção em sistemas de trabalho. No texto, aborda que a ergonomia pode ajudar a resolver problemas emergentes por meio da intervenção ergonômica em sistemas de trabalho. Isso envolve a construção de um diagnóstico ergonômico para identificar problemas retrospectivos, prospectivos ou emergentes, como custo de doenças ligadas ao trabalho, inadequação dos postos de trabalho ou dos ambientes, qualidade insatisfatória dos produtos e dos processos de produção, ineficiências dos métodos de produção, de formação, de inspeção, defeitos dos produtos, com consequente perdas de mercado e aumento do nível de reclamações dos clientes, funcionamento inadequado de equipamentos e softwares. A intervenção ergonômica pode ajudar a solucionar esses problemas por meio de mudanças no design do trabalho, na organização do trabalho, na formação e treinamento dos trabalhadores, na comunicação entre os operadores e em outros aspectos relacionados ao trabalho. No vídeo é contextualizado, os desafios da ergonomia para o período ao qual eles estavam vivendo na indústria 4.0, com a automação de vários processos, com a Internet das coisas. Ao qual os profissionais da área de ergonomia são desafiados a se adaptarem a essas novas tecnologias, hoje já entrando na indústria 5.0, a complexidade dos sistemas de trabalho, a diversidade dos trabalhadores, a evolução tecnológica, a globalização, a competitividade econômica, entre outros fatores . A ergonomia precisa lidar com esses desafios de forma integrada e multidisciplinar, buscando soluções que sejam eficientes, eficazes e sustentáveis para os sistemas de trabalho e para as pessoas que neles trabalham.
Risco ergonômico do trabalho repetitivo: Utilização da estesiometria da mão e força de preensão manual na prevenção e reabilitação das síndromes compressivas