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Universidade Federal da Paraíba

Curso de Engenharia Mecânica


Departamento de Engenharia Mecânica
Disciplina Ergonomia

Alexandre Dantas da Silva Junior - 20180140730

Sinopse 1

JOÃO PESSOA - PB
2023
A Ergonomia é uma disciplina científica que busca entender a interação entre
seres humanos e o ambiente de trabalho. Seu objetivo é otimizar a eficiência,
segurança, bem-estar e desempenho global do sistema por meio da aplicação de
teorias, princípios, dados e métodos em projetos e atividades laborais.

O termo "ergonomia" deriva das palavras gregas "ergon" (trabalho) e "nomos"


(leis e regras), refletindo a preocupação em adaptar o trabalho às características do ser
humano. A Ergonomia engloba uma ampla gama de domínios, como ergonomia
física, ergonomia cognitiva e ergonomia organizacional, abordando diferentes
aspectos da interação humana com o trabalho. A ergonomia física se concentra na
análise da interação entre o corpo humano e os elementos físicos do ambiente de
trabalho, como posturas, movimentos, esforços físicos, vibração e conforto térmico.
Já a ergonomia cognitiva investiga os processos mentais, tomada de decisões,
percepção, memória e carga mental envolvidos nas tarefas laborais. Por sua vez, a
ergonomia organizacional estuda a organização do trabalho, gestão, aspectos sociais e
sua influência no desempenho e satisfação dos trabalhadores.

Os objetivos básicos da ergonomia envolvem alcançar eficiência, saúde,


segurança e satisfação no trabalho, proporcionando condições de trabalho
compatíveis com as capacidades e limitações dos trabalhadores. Além disso, busca-se
a produtividade como resultado de uma abordagem ergonômica, levando em conta
não apenas os aspectos técnicos, mas também os fatores humanos. Ao longo do
tempo, a ergonomia passou por um desenvolvimento significativo, consolidando-se
como uma disciplina científica formal. As primeiras pesquisas em fisiologia do
trabalho surgiram no início do século XX, e após a Segunda Guerra Mundial, o
conhecimento aplicado durante o conflito começou a ser direcionado para melhorar
as condições de trabalho civis. O conceito de ergonomia moderna ganhou força nessa
época, com a formalização da Ergonomics Research Society em 1949. No Brasil, a
ergonomia surgiu vinculada às áreas de Engenharia de Produção e Desenho
Industrial, e a disciplina tem sido cada vez mais reconhecida e aplicada em diversos
setores da indústria e dos serviços. A criação da Associação Brasileira de Ergonomia
(Abergo) em 1983 impulsionou o desenvolvimento da área no país, e normas
regulamentadoras, como a NR 17, foram estabelecidas para assegurar a adequação
das condições de trabalho à ergonomia.

As aplicações da ergonomia são diversas e se adaptam a diferentes contextos. Na


fase de concepção, a ergonomia busca influenciar o projeto de produtos, máquinas e
sistemas, considerando as características e necessidades dos usuários. Na fase de
correção, o foco é solucionar problemas ergonômicos existentes, muitas vezes por
meio de treinamento e conscientização dos trabalhadores. A conscientização dos
usuários é uma abordagem na qual os próprios trabalhadores são capacitados para
identificar e solucionar problemas ergonômicos no dia a dia do trabalho. A
participação dos trabalhadores no processo de solução de problemas é fundamental
para o sucesso das intervenções ergonômicas. A ergonomia tem aplicações em
diversos setores, como indústria, agricultura, serviços e vida diária. Em indústrias, a
ergonomia é aplicada no aperfeiçoamento do sistema homem-máquina-ambiente,
considerando fatores físicos, cognitivos e organizacionais. Na agricultura e
construção civil, a atenção recai sobre questões como o desenvolvimento de tarefas e
condições de trabalho seguras. Já nos serviços, a ergonomia é utilizada para projetar
sistemas de informação, organizar o trabalho em grupo e melhorar a gestão da
qualidade. A ergonomia também se preocupa com a inclusão de minorias
populacionais, como idosos, obesos e pessoas com necessidades especiais. A
adaptação do trabalho a essas condições específicas é fundamental para garantir a
igualdade de oportunidades e o bem-estar de todos os trabalhadores.

Ao analisar o custo e o benefício da ergonomia, é essencial considerar o


investimento necessário para implementar as medidas ergonômicas em relação aos
resultados obtidos. A relação custo-benefício deve ser favorável, ou seja, o retorno
gerado pelas intervenções ergonômicas deve ser maior do que o investimento
realizado. Além disso, fatores intangíveis, como o impacto na motivação e satisfação
dos trabalhadores, também devem ser levados em conta.

Em suma, a ergonomia é uma disciplina essencial para garantir que o ambiente


de trabalho seja adequado às necessidades e características dos trabalhadores. Sua
aplicação abrange diversos campos, buscando melhorar a eficiência, a segurança, a
saúde e a satisfação dos profissionais, resultando em benefícios tanto para as
empresas quanto para os colaboradores. A implementação de princípios ergonômicos
permite criar ambientes de trabalho mais produtivos, saudáveis e confortáveis,
contribuindo para um melhor desempenho global do sistema laboral.

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