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O que é Ergonomia?

O termo ergonomia é derivado das palavras gregas ergon (trabalho) e nomos (lei ou

regra). 

Poderíamos, portanto, resumir dizendo que são as "leis do trabalho" ou “ciência do

trabalho”. Porém, o estudo da ergonomia é muito mais amplo e visa promover a adaptação

do trabalho ao ser humano, considerando suas capacidades e limitações e bem-estar.

Ou seja, a ergonomia é o conjunto dos conhecimentos científicos relativos ao

homem e necessários para a concepção de ferramentas, máquinas e dispositivos que

possam ser utilizados com o máximo de conforto, de segurança e de eficácia. Para isso, o

conhecimento de diferentes áreas como anatomia, fisiologia e psicologia são aplicados na

solução dos problemas no relacionamento entre o homem e seu trabalho, equipamentos e

ambiente.

O lema da ergonomia é: Adaptar o trabalho ao ser humano e nunca o contrário!

Como começou a Ergonomia?


A imagem abaixo mostra ferramentas utilizadas na pré-história pelo homem para realizar

atividades cotidianas, como furar, colher, pescar e caçar. 

Observe a imagem e pense: Qual o critério foi utilizado para escolher essas ferramentas?

Conseguimos perceber que o homem pré-histórico escolhia pedras cujo formato melhor se

adaptasse à sua mão e que ao mesmo tempo permitisse desenvolver as tarefas com mais

rapidez, eficiência e segurança. 

Ou seja, desde os tempo remotos há registro da aplicação da ergonomia na construção de

objetos artificiais para adaptar o ambiente natural e atender às necessidades e conveniências

dos seres humanos.


A segunda fase da Ergonomia
Com o avanço dos estudos, a ergonomia passou a não abranger apenas o sistema homem-

máquina, mas também a relação com o meio ambiente, considerando aspectos como

iluminação, ruído e temperatura.

 Então, a partir da década de 1970, a ergonomia passou a se preocupar com o grau de

repetitividade, monotonia, desempenho, turnos de trabalho, segurança, higiene, layout e

biorritmo.

Essa pode ser considerada a segunda fase da ergonomia.

A terceira fase da Ergonomia


A partir do desenvolvimento tecnológico, as máquinas e os postos de trabalho se tornaram

cada vez mais automatizados. 

Por outro lado, se tornou maior a exigência de capacitação técnica, processamento de

informação, rápidas tomadas de decisão. Isto trouxe novos desafios à ergonomia, que

passou a abordar também os aspectos cognitivos da relação humano-máquina-ambiente,

ou seja, o trabalho mental ganhou o reconhecimento de importância, tanto quanto o

físico.

A Ergonomia hoje
Da produção artesanal, passando pela automação a robótica, a relação do homem com seu

trabalho tem sofrido mudanças estruturais profundas. 

Pode-se dizer que a origem e evolução da ergonomia são consequência das

transformações socioeconômicas e tecnológicas que ocorreram no mundo do trabalho. 

Nós vimos que nos primórdios da sua história, a ergonomia se preocupou com aspectos

antropométricos, definição de controles, painéis, arranjo de espaço físico e ambiente de

trabalho. Com a evolução tecnológica a ergonomia voltou seu interesse, também, para

o desenvolvimento de sistemas automáticos e informatizados com ênfase na natureza

cognitiva do trabalho.
Atualmente, o escopo da ergonomia ampliou-se significativamente, passando a

incorporar aspectos organizacionais. Ou seja, a ergonomia está integrada no contexto do

projeto e gerência de toda a organização. 

Nas últimas décadas, a ergonomia científica se diversificou, sendo aplicada em ambientes

domésticos, no trânsito, na segurança, em hospitais e escolas, no esporte e no lazer.

A legislação brasileira sobre Ergonomia tem a NR 17 como referencial e objetiva estabelecer

parâmetros que permitam adaptar as condições de trabalho às características psicofisiológicas

dos trabalhadores, proporcionando um máximo de conforto, segurança e desempenho

eficiente.
Ergonomia x Acidentes
Vamos ler o relato de situações presentes em 2 empresas diferentes!

NA EMPRESA 1, o número de acidentes não estava de acordo com a expectativa da gerência e
da área de SST (saúde e segurança do trabalho). As investigações dos acidentes apontavam
sempre para o mesmo fator: conscientização dos empregados. Como medida, a área de SST
retornou os trabalhadores para a sala de aula e reciclou seus conhecimentos. Mas, ainda
assim, acidentes continuaram a ocorrer. O técnico em segurança do trabalho resolver aplicar
as "regras de ouro", um conjunto de 10 comportamentos fundamentais que, caso não sejam
seguidos, são acompanhados de medidas disciplinares. Apesar disso, não houve queda no
número de acidentes. 

NA EMPRESA 2, nas reuniões da CIPA eram abordados e resolvidos os perigos evidentes, eram
discutidas novas medidas de conscientização das pessoas, novos temas, novas campanhas
e técnicas interessantes de motivação na SIPAT. Mas novos acidentes permaneciam
ocorrendo na empresa. A área de SST decidiu implementar o procedimento operacional
padrão, com treinamento e registro do treinamento. No entanto, o cenário de SST da empresa
não mudou, e novos acidentes continuaram ocorrendo. 

QUAIS SOLUÇÕES VOCÊS PENSARIAM PARA ESSE CONTEXTO?

Acertou quem pensou em avaliar as condições ergonômicas das atividades envolvidas nos
acidentes ocorridos. 

É muito comum a investigação de acidentes ser finalizada na identificação do ato inseguro e


acreditar que a solução será feita apenas por meio da conscientização dos trabalhadores. 

Porém, muitas vezes são as condições ergonômicas inadequadas que potencializam a


ocorrência desses acidentes.

Atenção a questões simples como o uso de ferramentas adequadas, pisos nivelados, escadas,
rampas, iluminação, fadiga e outras devem ser incorporadas às técnicas de comportamento
seguro para que tenhamos resultado efetivo na prevenção de acidentes. 

Saberemos mais sobre como fazer isso, nessa componente curricular. 

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