Você está na página 1de 31

ERGONOMIA DO TRABALHO

1
Sumário
NOSSA HISTÓRIA ....................................................................................................... 3
1. ERGONOMIA: CONCEITUAÇÃO, IMPORTÂNCIA E APLICAÇÕES ................. 4
2. A NORMA REGULAMENTADORA (NR-17) E A ATIVIDADE PROFISSIONAL
DO ERGONOMISTA .......................................................................................... 11
3. ERGONOMIA NAS EMPRESAS ........................................................................ 14
4. DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO ................................................. 24
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ............................................................................... 27

2
NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em


atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso
foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível
superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento,
aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da
sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de
conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e
comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e


eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa
forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos,
primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço
oferecido.

3
1. ERGONOMIA: CONCEITUAÇÃO, IMPORTÂNCIA E APLICAÇÕES

A ergonomia é uma disciplina científica focada na interação do ser humano com


os artefatos sob a perspectiva da ciência, engenharia, design, tecnologia e
gerenciamento de sistemas compatíveis com o ser humano (KARWOWSKY, 2005).
Tais sistemas incluem uma variedade de produtos, processos e ambientes naturais e
artificiais. Assim, a ergonomia lida com uma grande variedade de interesses e
aplicações, incluindo o lazer e o trabalho. Neste contexto, segundo a Associação
Internacional de Ergonomia (IEA, 2018), a ergonomia (ou fatores humanos) é a
disciplina científica dedicada ao conhecimento das interações entre o ser humano e
outros elementos de um sistema, e a profissão que aplica teorias, princípios, dados e
métodos para o projeto, de modo a otimizar o bem-estar do ser humano e,
consequentemente, o seu desempenho, aumentando assim naturalmente a
produtividade. O ergonomista contribui para a projetação e avaliação de tarefas,
trabalhos, produtos, meio ambiente e sistemas para torná-los compatíveis com as
necessidades, habilidades e limitações das pessoas.
Mais ainda, a ergonomia é uma ciência humana aplicada, que objetiva
transformar a tecnologia para adaptá-la ao ser humano. Disciplinas como as ciências
biológicas, a psicologia e as ciências da engenharia convergiram para que a
ergonomia pudesse conceber produtos e sistemas dentro da capacidade física e
intelectual dos seres humanos, de forma que o sistema humano-máquina fosse mais
seguro, mais confiável e mais eficaz. De uma forma geral, a ergonomia promove uma
visão holística, uma abordagem centrada no ser humano, aplicada a sistemas de
trabalho, considerando os aspectos físicos, cognitivos, sociais, organizacionais,
ambientais e outros fatores relevantes (KROEMER & GRANDJEAN, 2005; WILSON
& CORLETT, 1990; SANDERS & MCCORMICK, 1993; CHAPANIS, 1996;
SALVENDY, 1997; KARWOWSKY, 2001, 2005; VICENTE, 2004; STANTON et
al., 2004).
A IEA (2018) define três domínios e competências da ergonomia: o físico, o
cognitivo e o organizacional. Os aspectos físicos estão relacionados com os aspectos
que caracterizam as atividades físicas do corpo humano, como os aspectos

4
antropométricos, biomecânicos, anatômicos e fisiológicos. Assim, os aspectos físicos
do trabalho estudam a postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos
repetitivos, distúrbios musculoesqueléticos relacionados com o trabalho, bem como
aspectos ambientais (ruído, vibração, iluminação, temperatura e agentes tóxicos),
projetos de posto de trabalho envolvidos com saúde, segurança, conforto e eficiência.
Os aspectos cognitivos estão focados nos processos mentais, que envolvem a
percepção, memória, processamento de informação, raciocínio e resposta motora que
afeta a interação entre os seres humanos e os outros elementos do sistema. Como
exemplo de estudos neste domínio tem-se: carga mental de trabalho, tomada de
decisão, desempenho especializado, interação humano-computador, estresse e
treinamento, conforme estes se relacionam com os projetos que envolvem seres
humanos e sistemas. Os aspectos organizacionais (também conhecidos como
macroergonomia) estão relacionados com a otimização dos sistemas sociotécnicos,
incluindo a sua estrutura organizacional, políticas e processos. Exemplos deste último
domínio incluem comunicações, projeto de trabalho, organização temporal do
trabalho, trabalho em grupo, projeto participativo, novos paradigmas do trabalho,
cultura organizacional, organizações em rede, teletrabalho e gestão da qualidade.

Com base na informação destes três domínios é possível organizar o trabalho


de forma favorável ao ser humano e ao sistema produtivo. O objetivo da ergonomia é
adaptar o trabalho ao ser humano e não o inverso, como ocorre erroneamente em
muitas situações de trabalho.
Desta forma, podemos explicitar que a ergonomia contemporânea estuda e
aplica as informações sobre o comportamento humano, as habilidades, limitações e
outras características dos seres humanos ao design de ferramentas, máquinas,
sistemas, tarefas, trabalhos e ambientes para o seu uso de forma produtiva, segura,
confortável e efetiva (SANDERS & MCCORMICK, 1993; HELANDER, 1997).
Karwowsky (2005) advoga que, na sua origem, a ergonomia estava focada na
interação humano-máquina; hoje em dia ela pode ser definida, de maneira geral, como
a interação humano-tecnologia. Neste contexto, o autor define tecnologia como um
sistema composto por pessoas e organizações, processos e equipamentos que irão
criar e operar artefatos tecnológicos.

5
Assim, a ergonomia estuda a adaptação do trabalho ao ser humano e o
comportamento humano no trabalho. Ela enfoca:
 O ser humano: características físicas, fisiológicas, cognitivas, psicológicas e

sociais;
 A máquina: equipamentos, ferramentas, mobiliário e instalações;

O ambiente: efeitos da temperatura, ruído, vibração, iluminação e


aerodispersoides;
 A organização do trabalho: jornada de trabalho, turno, pausa, monotonia etc.

Tal enfoque pode ser trabalhado sob contribuições (aplicações) que viabilizam
as condições de trabalho (IIDA & BUARQUE, 2016), como:
 Ergonomia de concepção: quando a aplicação diz respeito ao
desenvolvimento de produto, máquina, ambiente ou sistema.
 Ergonomia de correção: quando a ergonomia é aplicada em situações reais

condizentes aos problemas relacionados com segurança, excesso de fadiga (física


e/ou mental), doenças do trabalho ou quantidade e qualidade da produção.
 Ergonomia de conscientização: busca capacitar os trabalhadores, por meio

de cursos de treinamento e reciclagens, visando a identificação de problemas do


cotidiano ou os que necessitam de interferências emergenciais.
 Ergonomia de participação: trabalha o envolvimento do trabalhador na busca

de solução de problemas de forma ativa.


Com base no exposto, podemos dizer que o risco ergonômico deve ser avaliado
englobando os aspectos físicos, cognitivos e organizacionais na interação do ser
humano com tarefas, produtos, ambientes e sistemas.

1.1 A Ergonomia na História

A ergonomia emergiu como uma disciplina científica nos anos 1940, como
consequência da crescente complexidade dos equipamentos técnicos. Começou-se a
perceber que as vantagens decorrentes do uso dos novos equipamentos não estavam
se concretizando, visto que as pessoas não conseguiam entendê-los e utilizá-los.

6
Figura 1: O homem vitruviano de Da Vinci

Fonte: Janka Dharmasena/iStock/Thinkstock.

Inicialmente, esses problemas eram mais evidentes no setor militar, em que se


exigia muito dos operadores, tanto física quanto cognitivamente. Conforme os
avanços tecnológicos da Segunda Guerra Mundial eram aplicados ao cotidiano civil,
percebeu-se a dificuldade que as pessoas tinham de lidar com os equipamentos,
resultando numa performance pobre e aumentando a chance de erro humano. Isso
levou acadêmicos e psicólogos militares a realizarem pesquisas na área e,
posteriormente, investigações sobre a interação entre pessoas, equipamentos e
ambiente. Embora o foco inicial tenha sido ambientes de trabalho, a importância da

7
ergonomia foi gradualmente se tornando reconhecida em outras áreas, como no
projeto de produtos para consumidores (carros e computadores, p.ex.).
Em 1949, em um encontro de psicólogos e fisiologistas renomados, o termo
ergonomia foi cunha- do. Mais tarde naquele ano, o mesmo grupo de cientistas formou
a Ergonomics Research Society (ERS), que se tornou a primeira sociedade mundial
de ergonomia.
De acordo com Hendrick (1993), a evolução da ergonomia a partir da Segunda
Guerra Mundial pode ser organizada em quatro fases, segundo a tecnologia enfocada.
Veja mais detalhes no Quadro 1.

Quadro 1: Fases da ergonomia segundo Hendrick (1993)


Teve início durante a 2ª Guerra Mundial e
concentrava-se no estudo das características
físicas do ser humano (capacidades e limites),
primeiramente na área militar e, em seguida, na
1ª fase: Ergonomia de Hardware ou Tradicional
área civil, com ênfase nas questões fisiológicas
e biomecânicas do ambiente de trabalho e na
interação dos sistemas homem-máquina

Trata das questões ambientais naturais e


artificiais (ruído, vibrações, temperatura,
iluminação, aerodispersoides) que interferem no
trabalho. Fortaleceu-se em função do interesse
2ª fase: Ergonomia do Meio Ambiente
em compreender melhor a relação do ser
humano com o meio ambiente, atualmente muito
em voga em função do conceito de
sustentabilidade.

Trata do processamento de informações, que


eclodiu com o advento da informática a partir da
década de 1980. Essa modalidade é focada na
interface da interação entre o homem e a
máquina, que deixa de ser como na fase
3ª fase: Ergonomia de Software ou Cognitiva tradicional (antropométrica, biomecânica e
fisiológica): o operador não manuseia mais o
produto, mas comanda uma máquina que opera
sobre o produto. A tecnologia da informação
passa a ser uma extensão do cérebro e as
interfaces para a operação devem levar em conta
fatores cognitivos para facilitar o comando.

8
Visão mais ampla da ergonomia, que não mais
se restringe ao operador e sua interação com a
máquina, atividade e ambiente, mas também en-
globa o contexto organizacional, psicossocial e
político de um sistema. Diferencia-se das
4ª fase: Macroergonomia
anteriores por priorizar o processo participativo
envolvendo administração de recursos, trabalho
em equipe, jornada e projeto de trabalho,
cooperação e rompimento de paradigmas, o que
garante intervenções ergonômicas com
melhores resultados, reduzindo o índice de erros

9
e gerando maior aceitação e colaboração por
parte dos envolvidos.
Fonte: Janka Dharmasena/iStock/Thinkstock.

No Brasil, as pesquisas na área são relativamente recentes. Embora haja


registros de pesquisas realizadas no século XIX, foi apenas a partir da década de 1970
que pesquisadores de várias universidades brasileiras começaram a introduzir a
ergonomia no escopo de várias áreas do conhecimento, sendo que o primeiro trabalho
acadêmico data de 1973 – Ergonomia: notas de classe, escrito por Itiro Iida e Henry
A. J. Wierzbicki.
Em 1983, surge a Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO), uma
entidade sem fins lucrativos cujo objetivo é o estudo, a prática e a divulgação das
interações das pessoas com a tecnologia, a organização e o ambiente, considerando
as suas necessidades, habilidades e limitações. Hoje, nosso país conta com inúmeros
profissionais diretamente relacionados à saúde dos trabalhadores, à organização do
trabalho e aos projetos de equipamentos e produto.

10
2. A NORMA REGULAMENTADORA (NR-17) E A ATIVIDADE PROFISSIONAL
DO ERGONOMISTA

A NR-17 é a única norma brasileira relacionada com a Ergonomia. Visa


estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às
características psicofisiológicas do trabalhador, de modo a proporcionar um máximo
de conforto, segurança e desempenho eficiente.
Os aspectos envolvidos na norma são: levantamento, transporte e descarga
individual de materiais; mobiliário dos postos de trabalho; equipamentos dos postos
de trabalho, condições ambientais de trabalho e organização do trabalho.
De acordo com a NR-17, para avaliar a adaptação das condições de trabalho
às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a
análise ergonômica do trabalho, a qual deve abordar, no mínimo, as condições de
trabalho, conforme estabelecido na Norma Regulamentadora.

O Ministério do Trabalho e Emprego disponibilizou na internet um


manual de aplicação da NR-17:
(http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR17.pdf).

A ABERGO (Associação Brasileira de Ergonomia), através da Norma


Regulamentadora BR 1001 (2009), reconhece que o praticante profissional de
ergonomia é a pessoa que:
(i) Investiga e avalia as demandas de projeto ergonômico no sentido de
assegurar a ótima interação entre trabalho, produto ou ambiente e as capacidades
humanas e suas limitações;
(ii) Analisa e interpreta os achados das investigações em ergonomia;
(ii) Documenta de forma adequada os achados ergonômicos;
(iv) Determina a compatibilidade da capacidade humana com as solicitações
planejadas ou existentes;
(v) Desenvolve um plano para o projeto ergonômico ou a intervenção
ergonômica;
(vi) Faz recomendações apropriadas para projeto ou intervenção
ergonômica;
(vii) Implementa recomendações para otimizar o desempenho humano;

11
(vii) Avalia os resultados da implementação das recomendações
ergonômicas; e
(ix) Demonstra comportamento profissional.
Para possuir esta competência técnica-profissional é essencial que o
profissional em ergonomia possua uma formação adequada e tenha uma qualificação
técnica compatível com esta função. Para isto a ABERGO criou o Sistema de
Certificação do Ergonomista Brasileiro (SisCEB), que é um conjunto de normas e
procedimentos que tem como objetivo certificar pessoas, equipes e empresas
prestadoras de serviços de ergonomia com a garantia de assegurar a competência
técnica para o fornecimento de tais serviços aos seus clientes.

Mais informações podem ser obtidas no site da associação


(http://www.abergo.org.br).

2.1 Laudo Ergonômico

O laudo ou análise ergonômica identifica os riscos ergonômicos, bem como


recomenda as intervenções e ou adaptações necessárias, seja no ambiente de
trabalho, mobiliário, máquinas, equipamentos e ferramentas, ou nos processos de
trabalho, de modo a proporcionar o máximo de conforto, segurança e desempenho
eficiente, além de preservar a saúde do trabalhador, em especial, o acometi- mento
das LER/DORT (Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios Ósteosmusculares
Relacionados ao Trabalho).
Os riscos dos ambientes de trabalho são avaliados de forma qualitativa,
procedendo-se em seguida, o enquadramento de acordo com os dispositivos legais.
O laudo ergonômico deve ser realizado por equipe de especialistas em estudos
ergonômicos e riscos ambientais à saúde, produzindo material descrito das
operações, dos ambientes, dos equipamentos utilizados, que permitirá elaborar
considerações e recomendações a respeito dos métodos e da organização do

12
trabalho com relação às atividades inerentes à administração. O responsável pelo
laudo é a pessoa que tem a habilitação para a função, ou seja, o engenheiro de
segurança do trabalho, o profissional “legalmente habilitado” na área de segurança do

trabalho e devidamente credenciado junto ao CREA (Conselho Regional de


Engenharia).
O laudo ergonômico deverá ser realizado sempre que necessário, observando
o seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento de
novas metas e prioridades. Deve, ainda, ser refeito se houver modificações no posto,
no trabalho ou no usuário. Ele, por fim, deve ser guardado por um período mínimo de
vinte (vinte) anos.
A Norma Regulamentadora – NR-17 – Ergonomia (Lei no 6514/77 – Portaria no
3751/90) estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de
todas as empresas que admitam empregados que estejam expostos a riscos
ergonômicos.
O laudo ergonômico de uma estação de trabalho deve ser direcionado à análise
global do posto de trabalho, sempre levando em consideração o psicobiofísico do seu
operador. Ele deve ser elaborado por posto de trabalho individual, levando em
consideração a empresa como um todo. Nada deve ser analisado de forma
segmentada.
Conforme a NR 17, o objetivo do laudo ergonômico é estabelecer parâmetros
para a adaptação das condições de trabalho as características psicofisiológicas dos
trabalhadores.
Existem três tipos de laudos ergonômicos:
a) Laudo ergonômico do objeto;
b) Laudo ergonômico do posto de trabalho;
c) Laudo ergonômico funcional.
O laudo ergonômico denominado “consciente” deve ser realizado com estudos
visando os três tipos de laudos mencionados anteriormente, para que se tenha uma
real avaliação ergonômica do posto de trabalho.
O desenvolvimento de um laudo ergonômico consta de:
a) Estudo detalhado dos processos utilizados no desenvolvimento das
atividades;
b) Avaliações qualitativa e quantitativa dos riscos ergonômicos;

13
c) Avaliação do mobiliário e equipamentos frente às atividades (hora x
homem x trabalho);
d) Aferição e análise das condições ambientais dos locais de trabalho;
e) Aferição e análise do psicobiofísico do operador;

f) Recomendações técnicas para melhoria das condições de


g) Implantação de medidas de controle;
h) Treinamentos e cursos sobre ergonomia.

3. ERGONOMIA NAS EMPRESAS

Ergonomia promove uma abordagem holística na qual são levados em conta


fatores físicos, cognitivos, sociais, organizacionais, ambientais, entre outros fatores
relevantes. Os ergonomistas trabalham ainda em setores particulares da economia ou
em domínios de aplicação, aqui entendidos não como exclusivos e, sim, em constante
desenvolvimento. Esses domínios de especialização dentro da disciplina da
Ergonomia são tão amplos como os listados a seguir:
a) ergonomia física: se refere às características humanas anatômicas,
antropométricas, fisiológicas e biomecânicas, e como estas se relacionam com a
atividade física. Tópicos importantes incluem posturas de trabalho, levantamento de
material, movimentos repetitivos, distúrbios muscoesqueléticos relacionados ao
trabalho, layout do local de trabalho, segurança e saúde.
A Figura 1, apresenta (a) postura errada (b) postura correta de sentar-se à mesa
de um escritório para utilizar computador de mesa. É possível perceber (a) a coluna
curvada para a frente.

14

Figura 1: (a) Postura errada e (b) postura correta.

Fonte: (ABRAHÃO, 2002).

b) ergonomia cognitiva: se relaciona com processos mentais, como


percepção, memória, raciocínio e respostas motoras. Estuda, também, como esses
processos afetam as interações entre pessoas e outros elementos do sistema. Entre
os tópicos relevantes destacam-se: carga de trabalho mental, tomada de decisão,
performance especializada, interação humano-computador, confiabilidade humana,
estresse e treinamento de trabalho da maneira que possam se relacionar com o
projeto humano-sistema.

A Figura 2, apresenta uma funcionária apresentando dor no ombro e o modelo


apresentando distâncias adequadas para a utilização de um notebook sobre uma
mesa.
c) ergonomia organizacional: se relaciona com a otimização de sistemas
sociotécnicos, incluindo suas estruturas organizacionais, políticas e processos. São
tópicos relevantes: comunicação, gerenciamento de recursos humanos, projeto do
trabalho, projeto de turnos de trabalho, equipe de trabalho, projeto participativo,
trabalho cooperativo, novos paradigmas do trabalho, organizações virtuais,
teletrabalho e gerência de qualidade.

15
Figura 2: Distâncias adequadas

Fonte: (ABRAHÃO, 2002).

A questão ergonômica passou a ser uma preocupação constante das empresas


a partir do momento em que foi identificada como uma das maiores causas de
absenteísmo. As consequências desses afastamentos, além da geração de custos
diretos e indiretos elevados, têm contribuído para a queda da qualidade de vida dos
trabalhadores lesionados, já que são bem conhecidos os efeitos psicológicos e sociais
dos acometidos por doenças causadas pela inadequabilidade dos postos de trabalho
e dos processos produtivos, que impõem ritmos repetitivos, emprego de força,
posições antiergonômicas, entre outros múltiplos fatores de riscos potenciais.

16
3.1 Ergonomia na Construção Civil

Atitudes ergonômicas são muito necessárias também na indústria da


construção civil. Levantamento manual de carga, transporte, e movimentação podem
ser feitos com segurança, minimizando, assim, o desgaste nos discos vertebrais.
O treinamento dos funcionários pode ser uma forma de conscientização poderosa.
Afinal, em se tratando principalmente das posições corretas, a decisão entre fazer o
certo ou o errado acaba ficando a cargo do próprio funcionário. Sem uma conscien-
tização adequada não há nem a possibilidade de um comporta- mento adequado.
Os riscos ergonômicos da construção civil são esforço físico intenso,
levantamento e transporte manual de pesos, trabalho em turnos diurno e noturno e
situações causadoras de stress físico e/ou psíquico. As principais doenças do trabalho
são LER (lesão por esforço repetitivo), lombalgia, fadiga, sono, irritabilidade e
acidentes.
A Figura 3, apresenta (a) trabalhadores instalando uma placa de forro e (b)
trabalhador revestindo com argamassa.

Figura 3: Instalação de placa de forro

Fonte: (ABRAHÃO, 2002).

17
Figura 4: Trabalhador revestindo com argamassa

Fonte: (ABRAHÃO, 2002).

3.2 Transporte Manual

O transporte manual de objetos é sem dúvida uma das situações de trabalho


que mais causam acidentes. Muitos são os motivos, entre eles postura incorreta,
excesso de carga e formato da embalagem de difícil fixação das mãos. Estas lesões,
em sua maioria, afetam a coluna vertebral, e também podem causar outros problemas,
como a hérnia escrotal.

18
A movimentação manual de cargas é cara, ineficaz (o rendimento útil para
operações de levantamento é da ordem de 8 a 10%), penosa (provoca fadiga intensa)
e causa inúmeros acidentes. Portanto, sempre que possível, deve ser evitada ou
minimizada.

A Figura 5 (a) mostra a técnica correta para o levantamento de cargas (caixa,


barra, saco, etc.). O joelho deve ficar adiantado em ângulo de noventa graus, braços
esticados entre as pernas, dorso plano, queixo não dirigido para baixo, pernas
distanciadas entre si lateralmente, carga próxima ao eixo vertical do corpo, tronco em
mínima flexão.

Figura 5: (a) Postura correta para carregar telhas que estão no chão; (b) Postura errada para
levantar do chão uma caixa de ferramentas pesada.

Fonte: (ABRAHÃO, 2002).

19
É claro que o uso de equipamentos mecanizados representa um custo de
investimento, razão por que devem ser adquiridos e empregados apenas quando
forem constantemente utilizados. A Figura 6, apresenta uma esteira rolante ou
transportador de correia, muito usado no manuseio de sacas e outros materiais (brita
e areia).

Figura 6: Transportador de correia.

Fonte: (ABRAHÃO, 2002).

20
O transporte vertical por cabos ou correntes utilizando-se de um guincho
(içamento) é necessário quando a carga é muito pesada e o acesso ao local de seu
uso é limitado.
Algumas considerações podem ser apresentadas sobre os cuidados advindos
de manuais de ergonomia:
a) Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga
é suporta- do inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e
a deposição da carga;
b) Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de
maneira contínua ou que inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte manual
de cargas. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas cujo
peso possa comprometer a saúde ou a segurança do trabalhador.
c) Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas deve
receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que
deverá utilizar com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes.

21
Figura 7, apresenta (a) maneira errada de transportar mercadorias e (b) maneira
cor- reta de transportar.

Figura 7: (a) Carregamento errado; (b) carregamento correto.

Fonte: (ABRAHÃO, 2002).

d) Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o


transporte manual de cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente
inferior aquele admitido para os homens, para não comprometer sua saúde ou sua
segurança.
e) Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas, deverão
ser usados meios técnicos apropriados. O trabalho de levantamento de material feito
com equipamento mecânico de ação manual deverá ser executado de forma que o
esforço físico realiza- do pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de
força e não comprometa sua saúde ou sua segurança.

22
A Figura 8: Apresenta (a) um funcionário utilizando uma empilhadeira manual para transportar
cargas e (b) um carrinho para transporte de pneus.

Fonte: (ABRAHÃO, 2002).

23
4. DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO
4.1 Introdução

As doenças ocupacionais ou profissionais, os acidentes e as doenças do


trabalho constituem as principais causas de afastamento temporário do trabalho. Por
desconhecimento, muitos empregam os termos doenças ocupacionais e doenças do
trabalho como sinônimos. No entanto, tratam-se de conceitos diferentes.
Diretamente voltada ao ambiente laboral, a doença do trabalho é adquirida em
decorrência do ambiente em que as atividades laborais são efetuadas, como níveis
de ruído, condições de temperatura e de ventilação. Já as doenças ocupacionais ou
profissionais são desencadeadas pelo exercício da função do trabalhador. Ambas as
formas de doença decorrentes do trabalho são consideradas acidente de trabalho e
têm o respaldo da Lei 8.213, de 24 de julho de 1991 (BRASIL, 1991):

Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo


anterior, as seguintes entidades mórbidas:

I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada


pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante
da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da
Previdência Social;
II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada
em função de condi- ções especiais em que o trabalho é realizado e
com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no
inciso I.

Doenças ocupacionais são moléstias de evolução lenta e progressiva,


originárias de causa igual- mente gradativa e durável, vinculadas às condições de
trabalho (COSTA, 2009).
Adriano (2013) classifica como modalidades de doenças ocupacionais:
 Doença do trabalho: enfermidade adquirida ou desencadeada em decorrência
das condições de realização das tarefas.
 Doença profissional: enfermidade ocasionada pelas peculiaridades de certa
função, tendo como causadores agentes físicos, químicos e biológicos.
 Acidente de trabalho: lesão corporal ou perturbação funcional que pode resultar

24
em morte ou redução da capacidade temporária e permanente de trabalho. Pode
acontecer no exercício da função a serviço da empresa.

4.2 Acidente de Trajeto ou de Percurso

Acontece no trajeto entre residência e o local de trabalho, resultando em


doença profissional ou do trabalho.
Ao contrapor a doença ocupacional e a doença do trabalho, Costa (2009) cita
que, ao passo que nas doenças profissionais o trabalhador não tem a obrigatoriedade
do ônus probatório, nas enfermidades do trabalho há a obrigatoriedade desse ônus.
Apesar de haver a hipótese de que o funcionário tenha iniciado suas atividades em
determinada função com a saúde perfeita, ou que apresentava uma doença que não
o impossibilitasse de atuar, ele deve comprovar que a patologia ou perturbação
funcional surgiu ou foi agravada pelo ambiente de trabalho. Nesse caso, o trabalhador
deverá confirmar a impossibilidade de continuar executando suas atividades.
Segundo o Portal Repórter Brasil (2007), as doenças ocupacionais têm relação
direta com a atividade efetuada pelo profissional ou às condições de trabalho
vivenciadas por ele. As lesões por esforços repetitivos, ou distúrbios osteomusculares
relacionados ao trabalho (LER/DORT), são mais corriqueiras. Tais lesões englobam
aproximadamente 30 doenças, como as tendinites (ou inflamações nos tendões) e as
tenossinovites (ou inflamações da membrana que recobre os tendões). As LER/DORT
atuam modificando as composições osteomusculares, como tendões, articulações,
músculos e nervos.
Segundo Adriano (2013), as doenças ocupacionais ocorrem pela alteração na
saúde física e/ou mental do trabalhador, originada pela exposição demasiada a
agentes químicos, físicos, biológicos e radiativos, prejudiciais à saúde humana. Outras
causas têm relação com uma situação extrema à da permitida pela lei, quando não
são utilizados equipamentos de proteção e segurança compatíveis ao risco.
Geralmente a manifestação das doenças ocupacionais demora a ocorrer, podendo
surgir em forma de tumores ou lesões em órgãos humanos.
Outros problemas desencadeados pelo estresse e pela pressão diária no

25
trabalho são o alcoolismo, o consumo de drogas, a síndrome do pânico, a claustrofobia
e o transtorno obsessivo compulsivo (TOC). A qualidade de vida no trabalho (QVT)
busca justamente oferecer melhores condições aos trabalhadores para suportarem
essas tensões, sejam de ordem física ou emocional. Na impossibilidade de resolução
dos problemas, a prática de novas concepções de trabalho procura amenizá-los.

Entre as principais classes de trabalhadores que sofrem com problemas de


saúde que podem estar relacionados ao trabalho, destacam-se:
1. Condutores de veículos, como táxi e ônibus, e profissionais que atuam
no transporte de cargas exercendo funções de carregamento e descarregamento.
Esses profissionais estão submetidos a constantes tensões envolvendo o sistema
musculo esquelético. Além disso, podem ter problemas relacionados à má postura,
uma vez que permanecem muito tempo em uma mesma posição.
2. Digitadores, caixas de supermercado e cabeleireiros. Esses profissionais
estão sujeitos a desenvolver LER e DORT, uma vez que forçam músculos e
ligamentos ao realizar as mesmas atividades diariamente, horas a fio.
3. Balconistas de farmácia, seguranças e professores são profissionais que
têm maior propensão a desenvolver problemas circulatórios, como varizes, varicoses
e trombose venosa (formação de trombos ou coágulos nas veias), uma vez que
permanecem muito tempo na posição estática em pé.
4. Mulheres que atuam como médicas, jornalistas e policiais militares,
segundo pesquisas, estão na relação das profissionais que mais desenvolvem
endometriose. Uma das razões para isso é que essas profissionais se submetem a
constantes pressões e a altos níveis de estresse.

26
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ABRAHÃO, Júlia Issy. Ergonomia; Modelo, Métodos e Técnicas. In: II CONGRESSO


LATINO-AMERICANO DE ERGONOMIA E 6. SEMINÁRIO BRASILEIRO DE
ERGONOMIA. Anais... Florianópolis, 1993. ABRAHÃO, Júlia Issy. Reestruturação
produtiva e variabilidade no trabalho: uma abordagem da ergonomia. Revista
Psicologia: teoria e pesquisa, jan.-abr. 2000, v. 16, n. 1, p. 49-54, Brasília, 2000.

ABRAHÃO, J. I. ; ASSUNÇÃO, A. A. A concepção dos postos de trabalho


informatizados visando a prevenção de problemas posturais. Revista de Saúde
Coletiva da UEFS. Feira de Santana, v. 1, n. 1, p. 38-45, 2002.

ANDERSON, John Robert. Problem solving and learning. American Psychologist, n.


48, p. 35-44, 1993. ANDERSON, John Robert. Cognitive Psychology and its
implications. 5. ed. New York: Worth Publishers, 2000. ANDERSON, John Robert.
Psicologia cognitiva e suas implicações experimentais. São Paulo: LTC, 2004.

ASSUNÇÃO, Ada Ávila. De la déficience à la gestion collective du travail: les troubles


musculo-squelettiques dans la restauration collective. Paris, 1998, 207f. Tese
(Doutorado). École Pratique des Hautes Études.

BEST, John B. Cognitive Psychology. 5. ed. St. Paul, MN: West Publishing Company,
1995. BODKER, Susanne; GRONBAEK, Kaj. Users and designers in mutual activity:
an analysis of cooperative activities in systems design. In: ENGESTRÖM, Yrjö;
MIDDLETON, David. Cognition and communication at work. New York: Cambridge
University Press, 1998.

BRASIL. Constituição Federal. República Federativa do Brasil. Brasília: Centro Gráfico


do Senado Federal, 1998. CAILLIET, René. Dor cervical e no braço. 3. ed. Tradução
de Jacques Vissoky. Porto Alegre: Artmed, 2003. CAÑAS, José J.; ANTOLÍ,
Adoración; QUESADA, José F. The role of working memory on measuring mental
models of physical systems. Psicologica, v. 22, n. 1, p. 25-42, 2001. CANÃS, José J.;
WAERNS, Yvonne. Ergonomia cognitiva. Aspectos psicológicos de la interacción de
las personas con la tecnología de la información. Madrid: Editorial Médica
Panamericana, S.A., 2001.

COLACIOPPO, Sérgio; SMOLENSKY, M. H. A importância do estudo da ritmicidade


biológica para a Higiene e To-xicologia Ocupacional. In: FISCHER, F. M.; MORENO,
C. R. C.; ROTENBERG, L. (Org.). Trabalho em Turnos e Noturno na Sociedade 24
horas. São Paulo: Atheneu, 2003, v. 1, p. 115-136.

CURIE, Jacques. Condições da pesquisa científica em ergonomia. In: DANIELLOU,


François (Coord.). A ergonomia em busca de seus princípios. Debates
epistemológicos. São Paulo: Edgard Blucher, 2004. p. 19-28.

DEJEAN, P.; PRETTO, J.; RENOUARD, J. Organiser et concevoir des espaces de


travail. Paris: Anact, 1998.

27
DEJOURS, Christophe. Por um novo conceito de saúde. Revista Brasileira de Saúde
Ocupacional, v. 54, n. 14, p. 7-11, 1986.

DESNOYERS; LE BORGNE, D. Vision et travail in laprotection oculaire. Montréal.


Institut de recherche appliquée sur le travail, 1982.

FALZON, Pierre. Ergonomia. São Paulo: Edgard Blucher, 2007, 627p.

FISCHER, Frida Marina; MORENO, Claudia Roberta de Castro; ROTENBERG, Lúcia.


Trabalho em turnos e notur-no na sociedade 24 horas. Rio de Janeiro: Atheneu, 2003.

GADBOIS, C. Horaries Postes et santé. In: Encyclopedie Medico-Chirurgicale. Paris:


Elsevier, 1998. GAZZANIGA, M. S.; HEATHERTON, T. F. Ciência Psicológica: mente,
cérebro e comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2005. 624 p. GINGERENZER, Gerd;
TODD, Peter M.; THE ABC RESEARCH GROUP. Simple heuristics that make us
smart. New York: Oxford University Press, 1999.

GRANDJEAN, E. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. Porto


Alegre: Bookman, 1998. 338 p. GUÉRIN, François; LAVILLE, Antoine; DANIELLOU,
François; DURAFFOURG, Jacques; KERGUELEN, A. Com-preender o trabalho para
transformá-lo. A prática da ergonomia. Tradução de L. Sznelwar et al. São Paulo:
Edgard Blucher, 2001.

HERCULANO-HOUZEL, Suzana. O cérebro nosso de cada dia. Rio de Janeiro: Vieira


& Lent, 2002. HOLYOAK, K. J. Problem solving. In: OSHERSON, D. N.; SMITH, E. E.
(Eds.). An invitation to cognitive science: v. 3. Thinking. Cambridge, MA: MIT Press,
1990. p. 116-146.

IIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Edgard
Blucher, 2005. JOUVENCEL, M. Rodriguez. Ergonomia básica aplicada a la medicina
del trabajo. Madrid: Diaz de Santos, 1994. KEREN, G. On the importance of identifying
the correct ‘problem space’. Cognition, n. 16, p. 121-128, 1984.

KNOPLICH, José. Viva bem com a coluna que você tem: dores nas costas –
tratamento e prevenção. 29. ed. São Paulo: IBRASA, 2002.

KROEMER, K. H. E.; GRANDJEAN, E. Manual de ergonomia, adaptando o trabalho


ao homem. Tradução de Lia Buarque de Macedo Guimarães. 5. ed. Porto Alegre:
Bookman, 2005.

LAVILLE, Antoine. Cadence de travail et posture. Le travail humain. 1968, p. 73-94.

LAVILLE, Antoine; VOLKOFF, Serge. Age, santé, travail: le déclin et la construction.


In: RAMACIOTTI, D.; BOUS-QUET, A. Ergonomie et Santé, Actes du XXVIIIème
congrès de la SELF, Genève, Sept. 1993, UMTE/ECOTRA, p. XXIX-XXXV. LLANEZA
ALVAREZ, F. J. Ergonomia y psicosociologia aplicada: manual para la formación del
especialista. 5. ed. Valladolid: Editorial Lex Nova, 2005.

MAGGI, Bruno. O trabalho e a abordagem ergonômica. In: DANIELLOU, F. (Coord.).


A ergonomia em busca de seus princípios. Debates epistemológicos. São Paulo:

28
Edgard Blucher, 2004. p. 79-104.

MAGGI, Bruno. Do agir organizacional. São Paulo: Edgard Blucher, 2006.

MARMARAS, N.; KONTOGIANIS, T. Cognitive Task. In: SALVENDY, G. Handbook of


Industrial Engineering. New York: John Wiley & Sons, 2001. MARMARAS, N.;
PAVARD, Bernard. Problem-driven approach to the design of information technology
systems suppor-ting complex cognitive tasks. Cognition, technology & work. London:
Springer-Verlag London Limited, 1999.

MATLIN, Margaret. W. Psicologia cognitiva. São Paulo: LTC, 2004. MATOS, Dirce
Guilhem de. O trabalho do enfermeiro de centro cirúrgico: um estudo sob a ótica da
ergonomia. Brasília, 1994. Dissertação (Mestrado). Universidade de Brasília.
MENDES, Ana Magnólia; ABRAHÃO, Júlia Issy. A influência da organização do
trabalho nas vivências de prazer-sofrimento do trabalhador: uma abordagem
psicodinâmica. Revista Psicologia: teoria e pesquisa, v. 2, n. 26, p. 179-184, 1996.

MENNA-BARRETO, Luiz. Cronobiologia Humana. In: FISCHER, Frida Marina;


MORENO, Claudia Roberta de Castro; ROTENBERG, Lucia. Trabalho em turnos e
noturno na Sociedade 24 horas. São Paulo: Atheneu, 2003, p. 33-41. MONTMOLLIN,
Maurice. A ergonomia. Lisboa: Instituto Piaget, 1990. MONTMOLLIN, Maurice.
Vocabulaire de l’Ergonomie. Toulouse: Octarés Éditions, 1995. NEWELL; A.; SIMON,
H. A. Human problem solving. Englewood Cliffs, NJ: Prentice Hall, 1972. NORDIN,
Margareta; FRANKEL, Victor H. Biomecânica básica do sistema musculoesquelético.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.

NORMAN, Donald. Things that make us smart. Defending human attributes in the age
of the machine. Cambridge: Perseus Books, 1993.

PACAUD, Suzanne. L’ergonomie face aux grandeurs et aux dificultés de


l’interdisciplinarité. Le Travail Humain, XXXIII, 1.2, 1970, p. 141-158.

PANERO, J.; ZELNIK, M. Lãs dimensiones humanas em los espacios interiores –


estandares antropométricos. Cida-de do México: Gustavo Gili, 1989.

QUESADA, José F.; CAÑAS, José J.; ANTOLÍ, Adoración. In: WRIGHT, P. DEKKER,
S.; WARREN, C. P. (Eds.). ECCE-10: confronting reality. Sweden: EACE, 2000.

QUESADA, José F.; KINTSCH, W.; GOMEZ, E. A theory of complex problem solving
using latent semantic analysis. In: GRAY, W. D.; SCHUNN, C. D. (Eds.). Proceedings
of the 24th Annual Conference os the Cognitive Science Society, p. 750-755. Mahwah,
NJ: Fairfax, VA Lawrence Earbaum Associates, 2002.

SARMET, Mauricio Miranda. Análise ergonômica de tarefas cognitivas complexas


mediadas por aparato tecnológico: quem é o tutor na educação a distância? Brasília,
2003. Dissertação (Mestrado). Universidade de Brasília.

SILVINO, Alexandre Magno Dias. Análise ergonômica do trabalho como suporte à


formação profissional: a articulação entre estratégia operatória e expertise. Brasília,
1999. Dissertação (Mestrado). Universidade de Brasília.

29
SILVINO, Alexandre Magno Dias. Ergonomia cognitiva e exclusão digital: a
competência como elemento de (re) concepção de interfaces gráficas. Brasília, 2004.
Tese (Doutorado). Universidade de Brasília.

SOARES, Marcelo Márcio. 21 anos da Abergo: a Ergonomia brasileira atinge a sua


maioridade. In: ABERGO 2004. XIII CONGRESSO BRASILEIRO DE ERGONOMIA, II
FÓRUM BRASILEIRO DE ERGONOMIA E I CON-GRESSO DE INICIAÇÃO
CIENTÍFICA EM ERGONOMIA. Anais... Fortaleza, 29 de agosto a 2 de setembro de
2004.

STERNBERG, Robert. J. Psicologia cognitiva. Porto Alegre: Artmed, 2000.

TEIGER, Catherine. Le travail, cet obscur objet de l’érgonomie. In: Actes du Colloque
Interdisciplinaire “Traval: Recherche et prospective” – Thème Transversal N. 1 –
Concept de Travail. CNRS, PIRTTEM, ENS de Lyon, 1992.

TEIGER, Catherine. Représentation du travail, travail de la représentation. In: WEILL-


FASSINA, A.; RABARDEL, P.; DUBOIS, D. (Ed.). Représentation pour láction.
Toulouse: Octarés Éditions, 1993.

TERSSAC, Gilbert de. Le travail organisé: fautil repenser le travail?. In: Actes du XXX
Congrès de la Société d’Érgonomie de Langue Française, Biarritz, França, 1995.

VIDAL, M. C. R. Ergonomia útil, prática e aplicada. Rio de Janeiro: Editora Virtual


Científica, 2001. v. 1. 236 p. WISNER, Alain. A inteligência no trabalho. Textos
selecionados em ergonomia. São Paulo: Fundacentro, 1994. WISNER, Alain.
Antropotecnologia. Rio de Janeiro, 2004. 188p. WISNER, Alain; MARCELIN, Jeanne.
A quel homme le travail doit-il être adapté. Rapport n. 22. CNAM, Paris, 1971. WHO.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Genebra, 1980.

30
31

Você também pode gostar