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Sumário
NOSSA HISTÓRIA ....................................................................................................... 3
1. ERGONOMIA: CONCEITUAÇÃO, IMPORTÂNCIA E APLICAÇÕES ................. 4
2. A NORMA REGULAMENTADORA (NR-17) E A ATIVIDADE PROFISSIONAL
DO ERGONOMISTA .......................................................................................... 11
3. ERGONOMIA NAS EMPRESAS ........................................................................ 14
4. DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO ................................................. 24
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ............................................................................... 27
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NOSSA HISTÓRIA
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento,
aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da
sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de
conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e
comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.
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1. ERGONOMIA: CONCEITUAÇÃO, IMPORTÂNCIA E APLICAÇÕES
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antropométricos, biomecânicos, anatômicos e fisiológicos. Assim, os aspectos físicos
do trabalho estudam a postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos
repetitivos, distúrbios musculoesqueléticos relacionados com o trabalho, bem como
aspectos ambientais (ruído, vibração, iluminação, temperatura e agentes tóxicos),
projetos de posto de trabalho envolvidos com saúde, segurança, conforto e eficiência.
Os aspectos cognitivos estão focados nos processos mentais, que envolvem a
percepção, memória, processamento de informação, raciocínio e resposta motora que
afeta a interação entre os seres humanos e os outros elementos do sistema. Como
exemplo de estudos neste domínio tem-se: carga mental de trabalho, tomada de
decisão, desempenho especializado, interação humano-computador, estresse e
treinamento, conforme estes se relacionam com os projetos que envolvem seres
humanos e sistemas. Os aspectos organizacionais (também conhecidos como
macroergonomia) estão relacionados com a otimização dos sistemas sociotécnicos,
incluindo a sua estrutura organizacional, políticas e processos. Exemplos deste último
domínio incluem comunicações, projeto de trabalho, organização temporal do
trabalho, trabalho em grupo, projeto participativo, novos paradigmas do trabalho,
cultura organizacional, organizações em rede, teletrabalho e gestão da qualidade.
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Assim, a ergonomia estuda a adaptação do trabalho ao ser humano e o
comportamento humano no trabalho. Ela enfoca:
O ser humano: características físicas, fisiológicas, cognitivas, psicológicas e
sociais;
A máquina: equipamentos, ferramentas, mobiliário e instalações;
Tal enfoque pode ser trabalhado sob contribuições (aplicações) que viabilizam
as condições de trabalho (IIDA & BUARQUE, 2016), como:
Ergonomia de concepção: quando a aplicação diz respeito ao
desenvolvimento de produto, máquina, ambiente ou sistema.
Ergonomia de correção: quando a ergonomia é aplicada em situações reais
A ergonomia emergiu como uma disciplina científica nos anos 1940, como
consequência da crescente complexidade dos equipamentos técnicos. Começou-se a
perceber que as vantagens decorrentes do uso dos novos equipamentos não estavam
se concretizando, visto que as pessoas não conseguiam entendê-los e utilizá-los.
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Figura 1: O homem vitruviano de Da Vinci
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ergonomia foi gradualmente se tornando reconhecida em outras áreas, como no
projeto de produtos para consumidores (carros e computadores, p.ex.).
Em 1949, em um encontro de psicólogos e fisiologistas renomados, o termo
ergonomia foi cunha- do. Mais tarde naquele ano, o mesmo grupo de cientistas formou
a Ergonomics Research Society (ERS), que se tornou a primeira sociedade mundial
de ergonomia.
De acordo com Hendrick (1993), a evolução da ergonomia a partir da Segunda
Guerra Mundial pode ser organizada em quatro fases, segundo a tecnologia enfocada.
Veja mais detalhes no Quadro 1.
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Visão mais ampla da ergonomia, que não mais
se restringe ao operador e sua interação com a
máquina, atividade e ambiente, mas também en-
globa o contexto organizacional, psicossocial e
político de um sistema. Diferencia-se das
4ª fase: Macroergonomia
anteriores por priorizar o processo participativo
envolvendo administração de recursos, trabalho
em equipe, jornada e projeto de trabalho,
cooperação e rompimento de paradigmas, o que
garante intervenções ergonômicas com
melhores resultados, reduzindo o índice de erros
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e gerando maior aceitação e colaboração por
parte dos envolvidos.
Fonte: Janka Dharmasena/iStock/Thinkstock.
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2. A NORMA REGULAMENTADORA (NR-17) E A ATIVIDADE PROFISSIONAL
DO ERGONOMISTA
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(vii) Avalia os resultados da implementação das recomendações
ergonômicas; e
(ix) Demonstra comportamento profissional.
Para possuir esta competência técnica-profissional é essencial que o
profissional em ergonomia possua uma formação adequada e tenha uma qualificação
técnica compatível com esta função. Para isto a ABERGO criou o Sistema de
Certificação do Ergonomista Brasileiro (SisCEB), que é um conjunto de normas e
procedimentos que tem como objetivo certificar pessoas, equipes e empresas
prestadoras de serviços de ergonomia com a garantia de assegurar a competência
técnica para o fornecimento de tais serviços aos seus clientes.
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trabalho com relação às atividades inerentes à administração. O responsável pelo
laudo é a pessoa que tem a habilitação para a função, ou seja, o engenheiro de
segurança do trabalho, o profissional “legalmente habilitado” na área de segurança do
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c) Avaliação do mobiliário e equipamentos frente às atividades (hora x
homem x trabalho);
d) Aferição e análise das condições ambientais dos locais de trabalho;
e) Aferição e análise do psicobiofísico do operador;
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‘
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Figura 2: Distâncias adequadas
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3.1 Ergonomia na Construção Civil
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Figura 4: Trabalhador revestindo com argamassa
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A movimentação manual de cargas é cara, ineficaz (o rendimento útil para
operações de levantamento é da ordem de 8 a 10%), penosa (provoca fadiga intensa)
e causa inúmeros acidentes. Portanto, sempre que possível, deve ser evitada ou
minimizada.
Figura 5: (a) Postura correta para carregar telhas que estão no chão; (b) Postura errada para
levantar do chão uma caixa de ferramentas pesada.
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É claro que o uso de equipamentos mecanizados representa um custo de
investimento, razão por que devem ser adquiridos e empregados apenas quando
forem constantemente utilizados. A Figura 6, apresenta uma esteira rolante ou
transportador de correia, muito usado no manuseio de sacas e outros materiais (brita
e areia).
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O transporte vertical por cabos ou correntes utilizando-se de um guincho
(içamento) é necessário quando a carga é muito pesada e o acesso ao local de seu
uso é limitado.
Algumas considerações podem ser apresentadas sobre os cuidados advindos
de manuais de ergonomia:
a) Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga
é suporta- do inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e
a deposição da carga;
b) Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de
maneira contínua ou que inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte manual
de cargas. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas cujo
peso possa comprometer a saúde ou a segurança do trabalhador.
c) Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas deve
receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que
deverá utilizar com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes.
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Figura 7, apresenta (a) maneira errada de transportar mercadorias e (b) maneira
cor- reta de transportar.
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A Figura 8: Apresenta (a) um funcionário utilizando uma empilhadeira manual para transportar
cargas e (b) um carrinho para transporte de pneus.
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4. DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO
4.1 Introdução
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em morte ou redução da capacidade temporária e permanente de trabalho. Pode
acontecer no exercício da função a serviço da empresa.
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trabalho são o alcoolismo, o consumo de drogas, a síndrome do pânico, a claustrofobia
e o transtorno obsessivo compulsivo (TOC). A qualidade de vida no trabalho (QVT)
busca justamente oferecer melhores condições aos trabalhadores para suportarem
essas tensões, sejam de ordem física ou emocional. Na impossibilidade de resolução
dos problemas, a prática de novas concepções de trabalho procura amenizá-los.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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