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ERGONOMIA

Definição
A ergonomia surge após a II Guerra Mundial, como consequência do trabalho interdisciplinar realizado por
diversos profissionais, tais como engenheiros, filósofos e psicólogos, durante o período daquela guerra.

Existem várias definições de ergonomia, mas todas procuram ressaltar o caráter indisciplinar e o objeto do
seu estudo que é a interação entre o homem e o trabalho, no sistema homem-máquina-ambiente.

A ergonomia visa dar respostas ao sistema em trinómio:

Ergonomia— é um sistema (algo plural, um conjunto de ciências as quais a ergonomia se encontra)

Os ergonomistas devem analisar o trabalho de uma forma global incluindo os aspectos físicos, cognitivos,
sociais, organizacionais, ambientais, entre outros, e realizam o planejamento, projeto e avaliação de tarefas,
postos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas, tornando-se compatíveis com as necessidades,
habilidades e limitações das pessoas. E para isso, trabalham em domínios especializados:
● Ergonomia física: características da anatomia humana, antropometria física e biomecânica,
relacionados com a atividade física. Os tópicos relevantes incluem a postura no trabalho, manuseio de
materiais, movimentos repetitivos, distúrbios músculo-esqueléticos relacionados ao trabalho, projeto de
postos de trabalho, segurança e saúde do trabalhador.
● Ergonomia Cognitiva: ocupa-se dos processos mentais, como a percepção, memória, raciocínio e
resposta motora, relacionados com as interações entre as pessoas e outros elementos de um sistema.
Os tópicos relevantes incluem a carga mental, a tomada de decisões, interação homem-computador,
stress e treino.
● Ergonomia organizacional: otimização dos sistemas sócio-técnicos, abrangendo as estruturas
organizacionais, políticas e processos. Os tópicos relevantes, incluem, comunicações, projeto de
trabalho, programação do trabalho em grupo, projeto participativo, trabalho cooperativo, cultural e
organizacional, organizações em rede, teletrabalho e gestão de qualidade.

No entanto, as fases da ergonomia acabam por se expandir conforme as fases da história:


1. Ergonomia Física (1940-1960)- após a II Guerra Mundial
2. Ergonomia dos sistemas físicos/ meio ambiente (1970)
3. Ergonomia cognitiva (1980)
4. Ergonomia organizacional ou Macroergonomia (1990)

Objetivos Básicos da Ergonomia

A ergonomia estuda os diversos fatores que influem no desempenho do sistema produtivo, e procura reduzir
as suas consequências nocivas sobre o trabalhador. Assim procura reduzir a fadiga, o stress, os erros e os
acidentes, proporcionando, segurança, satisfação e saúde aos trabalhadores. Alcançando estes
objetivos, atinge-se a eficiência.

Em definição:
1. Saúde- é mantida quando as exigências do trabalho e do ambiente não ultrapassam as suas
limitações energéticas e cognitivas, de modo a evitar situações de stress, riscos de acidentes e
doenças ocupacionais.
2. Segurança- a segurança é conseguida com os projetos do posto de trabalho, ambiente e organização
do trabalho, que estejam dentro das capacidade e limitações do trabalhador, de modo a reduzir os
erros, acidentes e doenças ocupacionais.
3. Satisfação- é o resultado do atendimento das necessidades e expectativas do trabalhador. Contudo,
há muitas diferenças individuais e culturais. Uma coisa pode ser considerada satisfatória para alguns,
mas para outros já não, dependendo das necessidades e expectativas de cada um. Os trabalhadores
mais satisfeitos costumam adotar comportamentos mais seguros e mais produtivos.
4. Eficiência- (não deve ser considerada o objetivo principal da ergonomia, mas sim o objetivo que a
ergonomia pretende alcançar, ao aglomerar os outros conceitos) é a consequência de um bom
planejamento e organização do trabalho, que proporcionam saúde, segurança e satisfação ao
trabalhador. Ela deve ser colocada dentro de certos limites, pois o aumento indiscriminado da
eficiência pode implicar em prejuízos à saúde e à segurança.

Nascimento e evolução da ergonomia


Ao contrário das outras ciências, a ergonomia tem uma data oficial de nascimento: 12 de julho dde 1949-
dia onde se reúnem cientistas especializados, para formalizar o conceito, ao qual surge o nome ergonomia,
formado pelos termos gregos ergon (trabalho) e nomos (regras e leis naturais).

Apesar do Homem sempre ter pensado em ergonomia de uma forma indireta, os estudos mais sistemáticos
começaram a ser realizados a partir do final do século XIX, no auge da revolução industrial, quando surge,
nos EUA, o movimento da administração científica, conhecido por Taylorismo.

Taylorismo
O taylorismo provém de Frederick Winslow Taylor (1856-1915), e consistiu num trabalho de administração
científica, onde se denota que, o trabalho haveria de ser observado de modo a que, para cada tarefa fosse
estabelecido um método correto para a executar.
Deste modo os trabalhadores tinham de ser contratados, mediante a sua produtividade, pagando-lhes
incentivos salariais (só aos mais produtivos).

Métodos e técnicas da ergonomia

A unidade básica da ergonomia é o sistema homem-máquina-ambiente. Isto significa que uma parte desse
sistema é governada pelas ciências naturais (biologia, fisiologia, física e química) e pelas ciências sociais
(psicologia, sociologia, antropologia). Cada um destes ramos da ciência utiliza métodos de estudo diferentes.

O enfoque da ergonomia é baseado na teoria de sistemas- um sistema é um conjunto de elementos (ou


subsistemas) que interagem entre si, com um objetivo comum, evoluindo entre si. Deste modo, existem três
aspetos que caracterizam um sistema: componentes (elementos ou subsistemas); relações (interações entre
subsistemas); evolução (fator permanente).

Componentes de um sistema

Um sistema é definido de uma forma ampla, assim o sendo, é composto pelos seguintes elementos:
● Fronteira- limites de um sistema (fronteira/delimitação imaginária ou existente, para efeitos de estudo).
● Subsistemas- elementos que compõem um sistema, e estão contidos dentro de uma fronteira.
● Interações- são as relações entre os subsistemas
● Entradas (inputs)- representam os insumos (aquilo que abarca e que é utilizado) ou variáveis
independentes do sistema.
● Saídas (outputs)- representam os produtos, ou as variáveis dependentes de um sistema.
● Processamento- atividades desenvolvidas pelos subsistemas.
● Ambiente- variáveis que se situam dentro ou fora da fronteira e podem fluir no desempenho do
sistema.
Sistema Homem-Máquina-Ambiente (unidade básica de estudo para a ergonomia)

O sistema homem-máquina-ambiente é constituído por um homem e uma máquina que interagem entre si
para a realização de um trabalho entre si, podendo evidentemente, abranger mais homens e mais maquinas.

Mas aqui, o conceito de máquina é mais amplo. Abrange qualquer tipo de artefato usado pelo homem para
realizar um trabalho ou melhorar o seu desempenho. Pode portanto ser um simples objeto, como um lápis
ou uma chave, até complexos, como os computadores.

Existem dois tipos básicos de máquinas:


1. Máquinas tradicionais- são as que nos ajudam a realizar trabalhos físicos, como é o caso das
ferramentas manuais, ou as máquinas-ferramentas (como é exemplo dos automóveis, incluídos nesta
categoria).
2. Máquinas Cognitivas- são aquelas que operam sobre as informações (como é o caso dos
computadores) o computador é uma máquina cognitiva, uma vez que o ser humano tem que aprender a trabalhar com ele, chegamos
então à conclusão que o nosso cérebro, também é uma máquina cognitiva.

Curva da Aprendizagem VS Curva do Esquecimento


(Herman Ebbinghaus 1885)

● A teoria explica a tendência que o cérebro humano tem para se ir esquecendo de algo que foi
aprendido, de uma matéria à qual se debruçou por algum tempo, de uma forma gradual (ao longo do
tempo).
Porque é que a curva de esquecimento é superior à curva de aprendizagem? Sem arranjarmos um método
que nos facilite relembrar aquilo que nos vamos esquecendo, a tendência é a memória ir desaparecendo
percentualmente conforme o tempo. Para que isto não aconteça, devemos rever (fazer revisões do
aprendido).

Levantamento do “estado da arte”


O levantamento do “estado da arte” destina-se a verificar tudo aquilo que já se conhece sobre o
aspeto/assunto, tendo em conta dois objetivos básicos:
1. Saber se a pesquisa ou o projeto pretendido ainda não foi realizado.
2. Dar suporte à pesquisa/projeto (verificar quais foram os métodos e as técnicas utilizadas em casos
semelhantes, levantamento que é feito através de revisões bibliográficas…)
Em relação à ergonomia, existem diversos livros editados que enfatizam determinadas áreas de domínio:
1. Em primeiro lugar, tem havido uma ênfase crescente em pesquisas na área de processos cognitivos,
como percepção, memória e decisão.
2. Em segundo lugar, há preocupações cada vez maiores sobre as influências do avanço tecnológico,
principalmente da informática e automação, em praticamente todos os setores, modificando
substancialmente a natureza do trabalho humano.
3. Em terceiro lugar, tem havido uma consideração maior em certas minorias, como é o exemplo dos
idosos.

Elaboração do projeto de pesquisa


Para a elaboração do trabalho/projeto, normalmente, são as seguintes, as informações mínimas exigidas:
● Objetivo- definir aquilo que se pretende comprovar, descobrir e/ou desenvolver.
● Justificativa- apresentar o histórico (estado da arte) e possíveis vantagens e benefícios.
● Metodologia- explicar como será realizada a pesquisa e quais as suas principais etapas.
● Equipa- quantidade e quantificação do pessoal envolvido.
● Cronograma- fixação de datas para cada etapa do projeto, ou atividade, incluindo a data final (dead
line).
● Orçamento- quantificação dos recursos necessários.
Organismo humano

A ergonomia aborda os aspectos do organismo humano, sendo estes aspetos de cariz principalmente
operacional, não aprofundado aspetos fisiológicos.

Fadiga Muscular

A fadiga muscular, é a redução da força provocada pela deficiência da irrigação sanguínea do músculo. É,
portanto, um processo reversível, que pode vir a ser superado por um período de descanso. Se houver uma
deficiência de irrigação sanguínea, o oxigênio não chega em quantidade suficiente, e começa a haver, dentro
do músculo, um acumolar de ácido lático e potássio, assim como calor e dióxido de carbono e água, gerados
durante o metabolismo.

O nosso corpo pode ter diferentes tipos de fadiga, sendo esta a física (relacionada com a fadiga muscular) e a
mental- Síndrome de Burnout (acaso de levarmos a fadiga a um nível extremo) toda ela relacionada com o
sono e as suas fases.

Fases do sono

As fases do sono são 5:


1. Sonolência- o sono é sensível, e há uma maior facilidade de acordar.
2. Sono ligeiro- o movimento dos olhos abranda tal como as ondas cerebrais.
3. Sono moderado- as ondas delta começam a aparecer, é o momento em que o sono vai passar para o
quarto estágio/fase.
4. Sono profundo- onde as ondas delta apresentam maiores magnitudes, sendo mais difícil de acordar.
5. REM- a respiração passa a ser mais rápida e regular.
O corpo Humano como um sistema de alavancas

Um músculo só tem dois estados possíveis: desenvolver tensão dentro de si mesmo, ou relaxar-se. Quando
a tensão do músculo é suficiente para superar uma certa resistência, há um encurtamento, que é chamado de
contração concêntrica. Quando a resistência supera a tensão, é chamada de contração excêntrica.
Quando um músculo desenvolve uma tensão sem provocar movimento do corpo, chama-se contração
estática ou isométrica.
A estrutura biomecânica do corpo humano pode ser vista como um conjunto de alavancas, formado pelos
seus ossos maiores que se conectam nas articulações e são movimentadas pelos músculos.
Para cada movimento, há pelo menos dois músculos que trabalham antagonicamente: quando um se contrai,
o outro distende. O músculo que se contrai é chamado de protagonista, aquele músculo que se relaxa é
o antagonista.

Fig. 1- modelo biomecânico do corpo humano, composto por articulações


Fig. 2- funcionamento dos músculos, sempre aos pares, de modo a que, quando um deles se contrai, o seu antagônico se distende em oposição. Este
mecanismo possibilita realizar movimentos suaves e controlados.

Coluna Vertebral

A coluna vertebral é uma estrutura constituída por 33 vertebras empilhadas umas sobre as outras, sendo
classificadas em 5 grupos:

1. Região Cervical- de cima para baixo (5 vértebras)-


localizadas no pescoço, chamam-se cervicais (C1 a C7), é a
zona mais frágil da coluna.
2. Região Toráxica- às 12 seguintes estão localizadas na
região do tórax (T1 a T12).
3. Região Lombar- estão localizadas na região do
abdômen (L1 a L5)
4. Região sacral- estão abaixo, são 5 e estão fundidas
com o cóccix (S1 a S5)
5. Cóccix- integra a zona sacral, também chamada de
Região sacrococcigiana.
Apenas 24 das 33 vértebras são flexíveis, e destas, as que têm maior flexibilidade são as cervicais (o
pescoço) e as lombares (abdominais). Os 12 pares de vértebras que constituem a região torácica, estão mais
limitados ao movimento. Cada vértebra sustenta o peso de todas as partes do corpo, situadas acima delas, é
por isso que as vértebras inferiores são maiores, estão expostas a um maior peso.

Deste modo, a coluna vertebral tem duas prioridades:


1. Rigidez- garante a sustentação do corpo, permitindo que este esteja numa postura ereta.
2. Mobilidade- permite a rotação para os lados tais como os movimentos para a frente e para trás.
Entre cada vértebra existe um disco cartilaginoso, composto por uma massa gelatinosa, mas as vértebras
também estão conectadas por ligamentos. Assim, os movimentos da coluna são possíveis devido a
deformação dos discos e deslizamento dos ligamentos.
A coluna vertebral contém ainda um canal formado pela superposição das vértebras onde passa a medula
espinhal, que funciona como canal de passagem de todas as informações sensitivas transmitidas pelo
cérebro. No caso de termos uma lesão grave na medula espinhal, podemos ficar imóveis, uma vez que é cortada a ligação do cérebro ao corpo..

Deformações da coluna
A coluna é uma das estruturas mais frágeis e fracas do nosso organismo, assim o sendo, está sujeita a
diversas deformações, podendo ser estas congênitas (o indivíduo nasce com estas condições) ou adquiridas
durante a vida, por diversas causas, entre elas o esforço físico, a má postura no trabalho, deficiência da
musculatura de sustentação, infecções, entre outras.
As principais anormalidades são:
● Lordose- aumento da
concavidade posterior da curvatura na
região cervical ou lombar,
acompanhado por uma inclinação dos
quadris para a frente.
● Cifose- aumento da
convexidade, acentuando-se na curva
para a frente, na região torácica,
correspondendo à corcunda. Apesar de ser
um problema mais comum nas pessoas idosas,
começa a ser um problema comum nos jovens, que
por sua vez, cada vez tem problemas agravados, no
que toca à cifose. O problema tem se agravando
tanto, que foi criado um termo para o extremo desta
anomalia- Hipercifose.
● Escoliose- um desvio lateral da
coluna, ou seja, a pessoa vista de
frente ou de costas, pende para um dos lados, ou para a esquerda, ou para a sua direita.

Lombalgia
A lombalgia significa a “dor na região lombar”, e é provocada pela fadiga da musculatura na zona das costas.
Acontece em maioria dos casos pelo facto de se permanecer muito tempo na mesma posição (postura), com
a cabeça inclinada para a frente.

Uma vez sendo a cabeça a parte mais pesada


do corpo, que pesa no total 5kg, abdicando da
boa postura, a inclinação constante da cabeça
também influência problemas na coluna. Estando a
cabeça sem inclinação, alinhada com a coluna, esta não causa
transtorno relativamente ao seu peso, em relação à coluna.
O Exoesqueleto
Tendo em conta que muitos trabalhos, essencialmente as indústrias automóveis, causavam graves problemas
na coluna dos seus trabalhadores, uma vez que o trabalho é duro, repetitivo, e sujeito à elevação de pesos
posteriormente, as empresas procuraram resolver estes problemas de forma a haver maior eficiência no
trabalho, como garantia de saúde e segurança.

Em prole desta situação, surge nas linhas de produção, o exoesqueleto. Após a aplicação desta medida, os
funcionários começaram a ter uma melhor postura, como uma coluna mais saudável.

O exoesqueleto permite que a postura se adapte à função que o funcionário tem no seu trabalho, estando
também programado para que o funcionário descanse após algum tempo, depois do início do seu turno (a
pausa).

Este engenho foi criado na Suíça, se bem que hoje em dia já existem várias marcas que produzem o produto
para os mesmos efeitos.

Metabolismo

O metabolismo é o estudo dos aspectos energéticos do organismo humano. Sabemos que a energia humana
provém da alimentação, que é o combustível, usado para manter o organismo a funcionar.

Capacidade Muscular

É a capacidade que um músculo tem para realizar qualquer tipo de exercício que envolva a elevação de um
peso, de forma prolongada. Esta depende diretamente da quantidade de glicogênio armazenado inicialmente
no músculo, porque a sua reposição é mais lenta que o consumo.

Metabolismo Basal

O metabolismo basal é a energia necessária para manter apenas as funções vitais do organismo, sem
realizar nenhum trabalho externo. O organismo funciona como uma máquina térmica que nunca é desligada.
Portanto, uma pessoa viva, mesmo em estado de repouso absoluto, consome uma certa quantidade de
energia para o funcionamento dos órgãos, como o coração, os pulmões, os rins, que nunca deixam de
funcionar.

Antropometria
A antropometria trata das medidas físicas do corpo humano. Serve para fins da indústria moderna, uma vez
que esta precisa de medidas antropométricas detalhadas e confiáveis.

Variações das medidas


Até a idade média, todos os calçados eram do mesmo tamanho. Não havia sequer a diferença entre o pé
esquerdo e o pé direito. Essa seria uma situação indesejável pelo fabricante, pois a produção de um único
modelo padronizado do produto simplifica enormemente os seus problemas de produção, distribuição e
controle de estoques.

Em alguns casos os produtos destinam-se a apenas um segmento da população. Por exemplo, até à década
de 50, os automóveis eram projetados apenas para os homens, pois era raro haver uma mulher a dirigir um
automóvel.
Variações intra-individuais- são aquelas que ocorrem durante a vida de uma pessoa, de diferentes
maneiras. Há alterações do tamanho, das proporções corporais, da forma e do peso.
Um exemplo, durante o envelhecimento, observa-se também uma gradativa perda de forças e de mobilidade,
tornando os movimentos musculares mais fracos, lentos e de amplitude menor. Isto deve-se ao processo de
perda de elasticidade das cartilagens e de calcificação. A força de uma pessoa de 70 anos equivale a
metade de uma outra com 30 anos.

Variações inter-individuais- é a diferença aparente entre indivíduos de uma mesma população,


congestionados pela etnia e pela genética (principais motivos).

Variações étnicas- em termos de diferenças étnicas, as variações extremas são encontradas em áfrica. As
pessoas menores, são os pigmeus da áfrica central. Já as pessoas mais altas, também são encontradas em
áfrica, não os negros que habitam a região sul do sudão.

As pesquisas de Sheldon

Nestas pesquisas o pretendido é mostrar as diferenças intra-individuais classificando os tipos físicos em três
categorias:
1. Ectomorfo- tipo físico de forma alongada (as pessoas mais magras). Tem o corpo e os membros mais
alongados e finos, com o mínimo de gorduras e músculos. Os ombros são mais largos, mas mais
caídos. O pescoço é mais fino e comprido, o rosto é magro, queixo recuado e testa alta, abdômen
estreito e fino.
2. Mesomorfo- tipo físico musculoso de formas angulosas. Apresentam a cabeça cúbica, maciça e peitos
largos e abdômen pequeno. Os membros são musculosos e fortes. Possuem pouca gordura.
3. Endomorfo- tipo físico de formas arredondadas (os mais gordos) e maciças, com grandes depósitos
de gordura. Abdómen grande e cheio, e o tórax aparece relativamente pequeno, os braços e as pernas
são pequenos, curtos e flácidos. Os ombros e a cabeça são arredondados. Os ossos são pequenos e
o corpo tem baixa densidade, podendo flutuar na água.

Medições na definição dos objetivos


A primeira providência é definir o onde ou para quê que
serão utilizadas as medidas antropométricas . Desta
definição, decorre a aplicação da antropometria estática,
ou dinâmica, escolha das variáveis a serem medidas e os
detalhamentos ou precisões com que essas medidas
devem ser realizadas.
Tomamos como exemplo um projeto para um posto de
trabalho (imagem ao lado), para alguém que trabalhe
como digitador. devem ser tomadas no mínimo seis
medidas:
1. Altura lombar (encosto da cadeira)
2. Altura poplítea (altura do assento)
3. Altura do cotovelo (altura da mesa)
4. Altura da coxa (espaço entre o assento e a mesa)
5. Altura dos olhos (posicionamento do monitor)
6. Ângulo de visão
Mesmo assim, estas medidas acabam por poder ser insuficientes para um outro tipo de posto de
trabalho.
Antropometria: estática, dinâmica e funcional.

1. Antropometria estática- é aquela em que ass medidas se referem ao corpo parado, ou então
ao corpo com pouco movimento, e as suas medições realizam-se entre pontos anatômicos
claramente identificados.
2. Antropometria dinâmica- mede o alcance dos movimentos. O movimento de cada parte do
corpo são medidos mantendo-se o resto do corpo estático. Um exemplo é o alcance máximo
das mãos de uma pessoa sentada. Esta antropometria deve ser aplicada nos casos de trabalho
que exigem muitos movimentos corporais ou quando se deve manipular partes que se
movimentam (movimentos exercidos sobre as máquinas ou movimento de relativo posto de
trabalho).
3. Antropometria funcional- está relacionada com a execução de tarefas específicas. Na prática
verifica-se quais são as partes do corpo que se movem isoladamente, havendo uma
conjugação de diversos movimentos para se realizar uma função. Tomando o exemplo anterior,
o alcance das mão de um corpo estático não é limitado pelo comprimento dos braços, mas sim
pelo movimento dos ombros, a rotação do tronco, a inclinação das costas e o tipo de função
exercido pelas mão.

Ao passarmos da antropometria estática para a antropometria dinâmica, e desta para a funcional, observamos um grau de maior
complexidade exigindo-se também instrumentos de medidas mais complexos.

Antropometria dinâmica e funcional

A antropometria dinâmica mede o alcance dos movimentos corporais. A funcional, mede os movimentos
para a execução de uma tarefa, como acionar uma manivela, ou para fechar o vidro dum carro.
Os dados da antropometria estática são recomendados para o dimensionamento de produtos e locais de
trabalho que envolvem apenas pequenos movimentos corporais. Porém, isso não acontece na maioria dos
casos. As pessoas estão quase sempre a fazer movimentos de maior amplitude, manipulando, operando ou
transportando algum objeto.

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