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UFCD-0349

Ambiente, Segurança, Higiene e Saúde no


Trabalho

Manual de Apoio à Formação

FORMADORA
Carla Gomes

Março de 2018
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ÍNDICE

OBJETIVO(S) 4

CONTEÚDOS 4

1. ERGONOMIA ERRO! MARCADOR NÃO DEFINIDO.

2. APLICAÇÃO DA ERGONOMIA NA ÁREA DOS POSICIONAMENTOS ERRO!


MARCADOR NÃO DEFINIDO.

3. ACIDENTES E DOENÇAS PROFISSIONAIS DECORRENTES DA ATIVIDADE DO


TÉCNICO FAMILIAR E DE APOIO À COMUNIDADE ERRO! MARCADOR NÃO DEFINIDO.

4. PREVENÇÃO DE LESÕES MÚSCULO-ESQUELÉTICAS ERRO! MARCADOR NÃO


DEFINIDO.

5. MEIOS AUXILIARES NO POSICIONAMENTO, MOBILIZAÇÃO E TRANSFERÊNCIA


ERRO! MARCADOR NÃO DEFINIDO.

6. AJUDAS TÉCNICAS DE APOIO À MOBILIZAÇÃO E À MARCHA ERRO! MARCADOR


NÃO DEFINIDO.

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Objetivo(s)
 Identificar os principais problemas ambientais.
 Promover a aplicação de boas práticas para o meio ambiente.
 Explicar os conceitos relacionados com a segurança, higiene e saúde no trabalho.
 Reconhecer a importância da segurança, higiene e saúde no trabalho.
 Identificar as obrigações do empregador e do trabalhador de acordo com a legislação em
vigor.
 Identificar os principais riscos presentes no local de trabalho e na atividade profissional e
aplicar as medidas de prevenção e proteção adequadas.
 Reconhecer a sinalização de segurança e saúde
 Explicar a importância dos equipamentos de proteção coletiva e de proteção individual.

Conteúdos
AMBIENTE
 PRINCIPAIS PROBLEMAS AMBIENTAIS DA ATUALIDADE
 RESÍDUOS
 BOAS PRÁTICAS PARA O MEIO AMBIENTE

SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO


 CONCEITOS BÁSICOS RELACIONADOS COM A SHST
 ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO NACIONAL DA SHST
 ACIDENTES DE TRABALHO
 DOENÇAS PROFISSIONAIS
 PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE
 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA E DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

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1. Ambiente

Os problemas ambientais vividos no mundo de hoje são consequência direta da intervenção


humana no planeta e nos ecossistemas, causando desequilíbrios ambientais no planeta,
comprometendo o presente e o futuro. Um dos principais problemas vividos pela humanidade
nos dias de hoje é o Efeito Estufa, que se trata de um fenómeno decorrente da detenção da
energia solar que deveria ser dissipada de volta para o espaço mas que permanece na
atmosfera em função do aumento da concentração dos chamados gases estufa.

Os principais problemas ambientais são:

 Água – O consumo de água situa-se como uma das necessidades básicas do ser
humano, crescendo em taxas superiores às suportadas pelo planeta a médio prazo.

 Perda de Biodiversidade - A principal causa é a ação do Homem sobre a Natureza,


como consequências da poluição, agricultura, expansão urbana, pesca excessiva e
caça.

 Aquecimento Global - algumas das graves consequências do aquecimento global:

o Aumento do nível do mar, com o derretimento dos glaciares e a


provável submersão de cidades ou mesmo países;
o A desertificação no seu sentido literal ou o aparecimento de
novos desertos, com o desequilíbrio de ecossistemas devido ao
aumento da temperatura, levando à morte de várias espécies
animais e vegetais (muitos cientistas lembram que o deserto
do Saara foi em tempos uma floresta maior que a Amazónia);
o Devido a uma maior evaporação da água dos oceanos pelo
aumento da temperatura, originará catástrofes como tufões e
ciclones;
o Ondas de calor sentidas em lugares que até então eram simplesmente
amenas.
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 Alterações Climáticas - As alterações climáticas podem ser encaradas como uma séria
ameaça ambiental, interferindo com os ritmos naturais do planeta Terra. Têm por base
fenómenos naturais, mas são, também, induzidas pela atividade humana como a
exploração excessiva dos recursos naturais.

Gestão de Resíduos

A Política de Resíduos assenta em objetivos e estratégias que visam garantir a preservação dos
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recursos naturais e a minimização dos impactes negativos sobre a saúde pública e o ambiente.
Para a prossecução destes objetivos importa incentivar a redução da produção dos resíduos e
a sua reutilização e reciclagem por fileiras. Em grande medida, tal passa pela promoção da
identificação, conceção e adoção de produtos e tecnologias mais limpas e de materiais
recicláveis.
Para além da prevenção, importa ainda promover e desenvolver sistemas integrados de
recolha, tratamento, valorização e destino final de resíduos por fileira (e.g.: óleos usados,
solventes, têxteis, plásticos e matéria orgânica).
Entende-se por Operações de Gestão de Resíduos, toda e qualquer operação de recolha,
transporte, armazenagem, triagem, tratamento, valorização e eliminação de resíduos, bem
como às operações de descontaminação de solos e à monitorização dos locais de deposição
após o encerramento das respetivas instalações. A gestão deve assegurar que à utilização de
um bem sucede uma nova utilização ou que, não sendo viável a sua reutilização, se procede à
sua reciclagem ou, ainda a outros modos de valorização. A eliminação definitiva de resíduos,
principalmente a sua deposição em aterro, constitui a última opção de gestão, justificando-se
apenas quando seja técnica ou financeiramente inviável a prevenção, a reutilização, a
reciclagem ou outras formas de valorização

2. Segurança, Saúde e Higiene no Trabalho

 Segurança no Trabalho

Os riscos profissionais são inerentes ao ambiente ou ao processo operacional das diferentes


atividades, ou seja, às condições inseguras do trabalho, capazes de afetar a saúde, a segurança
e o bem-estar do trabalhador.
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As condições inseguras relativas ao processo operacional, como por exemplo, máquinas
desprotegidas, pisos escorregadios, etc., são designadas por riscos de operação.

A Segurança do Trabalho dedica-se à prevenção e controlo dos riscos de operação.

 Estudo

 Avaliação Dos riscos de operação

 Controlo

Ou seja, a Segurança no Trabalho tem como objetivo a prevenção dos acidentes de trabalho.

 Acidente de Trabalho

Acidente de Trabalho, é o acidente que se verifique no local e tempo de trabalho e produza


direta ou indiretamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte
redução na capacidade de trabalho ou de ganho ou a morte, incluindo o ocorrido no trajeto de
ida e regresso para e do local de trabalho.

Para ser caracterizado como acidente de trabalho é necessário que se verifiquem os três
fatores:

 Fator temporal - no local e no tempo de trabalho;

 Fator espacial - no trajeto de e para o trabalho;

 Nexo causal - em atividades direta ou indiretamente relacionadas com o trabalho.

Deste modo, pode-se dizer que constituem acidentes de trabalho os que se verifiquem:

 no local e no tempo de trabalho;

 no trajeto de ida e de regresso para e do local de trabalho;

 na execução de serviços espontaneamente prestados e de que possa resultar proveito


económico para a entidade empregadora;

 no local de trabalho, quando no exercício do direito de reunião ou de atividade de


representante dos trabalhadores;

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 no local de trabalho, quando em frequência de curso profissional ou, fora do local de
trabalho, quando exista autorização expressa da entidade empregadora para tal
frequência;

 fora do local ou tempo de trabalho, quando verificado na execução de serviços


determinados pela entidade empregadora ou por esta consentidos.

O acidente de trabalho pode ser descaracterizado, ou seja, não é acidente de trabalho não
dando direito a reparação.

 Higiene no Trabalho

As condições inseguras relativas ao ambiente de trabalho como, por exemplo, a presença de


gases e vapores tóxicos, o ruído, o calor, etc., são chamados riscos de ambiente.

A Higiene no Trabalho ou Higiene Industrial é uma técnica de atuação sobre os contaminantes


ou poluentes do ambiente, derivados do trabalho, com o objetivo de prevenir as doenças
profissionais dos indivíduos a eles expostos.

A Higiene no Trabalho visa a prevenção das doenças profissionais.

 Estudo

 Avaliação Das doenças profissionais


 Controlo

Os agentes agressivos do ambiente que podem afetar a saúde dos trabalhadores são de 4
tipos:

 Químicos – poeiras, fumos, neblinas, aerossóis, gases e vapores;

 Físicos – ruído, vibrações, ambiente térmico, radiações ionizantes e não ionizantes,


pressões anormais;

 Biológicos – vírus, bactérias, fungos, etc.;

 Psicossociais – relacionados com fatores fisiológicos e psicológicos inerentes à


execução das atividades profissionais.

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 Doenças profissionais

São aquelas que se verificarem durante o desempenho das tarefas, embora a exposição não
tenha acontecido naquele posto de trabalho ou empregador.

As que verifiquem as seguintes condições:

- estar o trabalhador afetado da correspondente doença profissional;

- ter estado o trabalhador exposto ao respetivo risco pela natureza da indústria, atividade ou
condições, ambiente e técnicas do trabalho habitual.

Para uma doença profissional ser caracterizada são necessários quatro fatores:

 Agente causal – fatores de risco;

 Exposição do trabalhador;

 Prazo de caracterização;

 Doenças (sintomas).

Exemplos:

– Surdez

– Silicose

– Saturnismo

– Dermatose

– Tendinite

Todos os trabalhadores têm direito à prestação do trabalho em condições de segurança,


higiene e de proteção da saúde.

A prevenção dos riscos profissionais deve ser desenvolvida segundo princípios e normas que
visem:

 A promoção e vigilância da saúde dos trabalhadores;

 A educação formação e informação para promover a segurança, higiene e saúde;

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 A determinação das substâncias, agentes ou processos que devam ser proibidos ou
limitados;

 A definição das condições técnicas a que deve obedecer os materiais de trabalho.

Princípios Gerais de Prevenção


• Eliminação do risco

- Ao nível do projeto: previsão do risco e sua supressão definitiva através de soluções de


conceção.

- Ao nível da segurança intrínseca: seleção dos produtos, equipamentos e materiais de que


esteja excluído o risco.

- Ao nível dos métodos e processos de trabalho: organização do trabalho de que resulte a


ausência de risco.

• Avaliação do risco

Processo de análise que levará a concretizar o fenómeno em presença quanto à origem,


natureza e consequências nocivas na segurança do trabalho e na saúde do trabalhador.

• Combater os riscos na origem

A eficácia da prevenção é tanto maior quanto mais se dirigir para a fonte de risco. Eliminando-
se deste modo a propagação do risco, evitar-se-á a potenciação de outros riscos, além de que
se reduzirá a necessidade de recurso a processos complementares de controlo.

• Adaptação do trabalho ao homem

Intervenção ao nível dos componentes materiais do trabalho, nomeadamente ferramentas,


equipamentos, processos, métodos e espaços de trabalho, tendo em vista a adaptação ao
homem.

• Atender ao estado de evolução técnica

Escolha de componentes isentos de perigo ou menos perigosos e substituição de componentes


perigosos por outros isentos de perigo ou menos perigosos.
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• Organização do trabalho

As medidas organizativas permitem isolar/afastar a fonte de risco; eliminar/reduzir o tempo de


exposição ao risco; reduzir o número de trabalhadores expostos ao perigo; eliminar a
sobreposição de tarefas incompatíveis; integrar diversas medidas de prevenção num todo
coerente.

• Dar prioridade à proteção coletiva face à individual

• Garantir a formação e informação

Medidas de Prevenção e Protecção


No sistema interativo Homem - Máquina - Ambiente os riscos são fontes potenciais de
acidentes.

O controlo dos riscos é o objetivo a atingir e para que tal aconteça existem quatro processos:

 Limitar/Eliminar o Risco
 Envolver o Risco
 Afastar o Homem
 Proteger o Homem

Nestes quatro processos é necessário aplicar medidas de prevenção e proteção que são:

- Medidas de Engenharia ou Construtivas

- Medidas Organizacionais

- Medidas de Informação e Formação

- Medidas de Proteção Coletiva

- Medidas de Proteção Individual

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Medidas de Engenharia ou Construtivas

Entende-se por Medidas de Engenharia todas as modificações a processos, equipamentos,


estruturas ou outras que possam "eliminar" desde cedo os riscos inerentes a qualquer
atividade.

São exemplo deste tipo de medidas a alteração do lay-out de uma fábrica, estaleiro de modo a
limitar um determinado risco; a utilização de barreiras para limitar o ruído; a manutenção de
todos os equipamentos.

Medidas Organizacionais

Para envolver um determinado risco poder-se-á ainda utilizar algumas medidas direcionadas
para um dos elementos do sistema interativo, mais precisamente o Homem.

Estas medidas preveem sistemas de coordenação para garantir o controlo de riscos.

Desta forma são exemplos a rotatividade e permuta de trabalhadores, arrumação e limpeza


dos locais de trabalho, a gestão de tempos para limitação de exposição a fatores de risco,
entre outros.

Medidas de Informação e Formação

A informação caracteriza-se de forma quantitativa e qualitativa.

A informação quantitativa pode ser traduzida por dados estatísticos, numero de acidentes,
frequência dos mesmos, enquanto que a informação qualitativa refere-se essencialmente a
textos jurídicos, normas, manuais, cartazes, rótulos e fichas de segurança.

A informação deve apresentar as seguintes características:


 Ser flexível
 Exaustiva
 Acessível
 Compreensiva
 Actualizada
 Adaptada ao utilizador.

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Relativamente à formação, é necessário identificar quais as necessidades existentes nos
trabalhadores. Normalmente é necessário formação como resposta a disfunções e/ou
alterações no sistema de trabalho.

Assim deve dar-se formação:

- Aquando da admissão na empresa

- Sempre que haja mudança no posto de trabalho ou de funções

- Quando é introduzido um novo equipamento ou uma nova tecnologia

- Quando há simultaneidade de atividades e/ou empresas.

De salientar que qualquer que seja a ação de Informação/Formação/Sensibilização a ser dada,


será muito mais eficaz se for realizada no local de trabalho com uma situação real e esta não
deve ser longa, salvo se os trabalhadores assim o desejarem.

A eficiência quer da formação quer da informação deve ser avaliada regularmente. Esta
avaliação poderá ser traduzida pelas modificações comportamentais no posto de trabalho,
através de comparações das disfunções existentes e pela análise de todos os elementos
produzidos no âmbito da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho.

Medidas de proteção coletiva

Uma das obrigações gerais do empregador é: "Dar prioridade à proteção coletiva face à
individual".

Assim, um Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) é um dispositivo utilizado no ambiente de


trabalho com o objetivo de proteger o maior número possível de trabalhadores. Ao contrário
do que se pensa, estes equipamentos não prejudicam a eficiência do trabalho, quando
adequadamente escolhidos e instalados.

Nessa escolha é necessário ter em conta os seguintes fatores:

• Ser adequado em relação ao risco que pretende controlar;

• Depender o menos possível da atuação do Homem;

• Ser resistente;
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• Não criar outros tipos de risco;

• Ser de fácil limpeza e manutenção.

Exemplos de EPC's:

• Sistemas de exaustão

• Comandos bi-manuais.

Equipamentos de proteção individual

Os EPI' s devem ser utilizados quando os riscos existentes não puderem ser evitados ou
suficientemente limitados por meios de proteção coletiva ou por medidas, métodos ou
processos de organização do trabalho, ou seja, é a última barreira contra a lesão.

Um Equipamento de Proteção Individual é qualquer equipamento destinado a ser usado pelo


trabalhador para a sua proteção contra um ou mais riscos suscetíveis de ameaçar a sua
segurança ou saúde no trabalho.

É pois, necessário que o equipamento em questão se destine especificamente a proteger a


saúde e a segurança do trabalhador no trabalho, excluindo qualquer outro objetivo de
interesse geral para a empresa como, por exemplo, o uso de uniformes.

Um EPI deve ser concebido e executado em conformidade com as disposições regulamentares


em vigor.

A entidade patronal fornece gratuitamente aos trabalhadores EPI em bom estado:

• adequados relativamente aos riscos a prevenir;

• que não sejam eles próprios geradores de novos riscos;

• que tenham em conta parâmetros pessoais associados ao utilizador e à natureza do seu


trabalho.

A regra é um equipamento para cada pessoa exposta! Se forem fornecidos a um trabalhador


vários EPI, estes devem ser compatíveis entre si.

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A entidade patronal deve velar para que as informações necessárias à utilização dos EPI se
encontrem disponíveis na empresa sob uma forma que possa ser compreendida pelos
trabalhadores que os utilizam, a cujo conhecimento elas devem ser levadas.

Deve ainda organizar sessões de formação e de treino dos trabalhadores em causa, a fim de
garantir uma utilização dos EPI em conformidade com os folhetos de instruções.

Os EPI devem ser usados pelo trabalhador exclusivamente nas circunstâncias para as quais são
recomendados e depois de a entidade patronal ter informado o trabalhador da natureza dos
riscos contra os quais o referido EPI o protege.

A seleção dos dispositivos (ou equipamentos) de proteção individual (EPI) deverá ter em conta:

• Os riscos a que está exposto o trabalhador;

• As condições em que trabalha;

• A parte do corpo a proteger;

• As características do próprio trabalhador;

Sinalização de Segurança
A sinalização relacionada com um objeto, uma atividade ou uma situação determinada, que
fornece uma indicação ou uma prescrição relativa a segurança ou a saúde no trabalho, ou a
ambas, por intermédio de uma placa, uma cor, um sinal luminoso ou acústico, uma
comunicação verbal ou um sinal gestual (DL n.º 141/95).

A sinalização de segurança consiste num conjunto de estímulos que condicionam a atuação do


indivíduo que os recebe, perante situações - riscos - para as quais se pretende chamar a
atenção. Se adequada, constitui uma efetiva medida de prevenção dos riscos profissionais.

Definições:

 Sinal de proibição - o sinal que proíbe um comportamento;


 Sinal de aviso - o sinal que adverte de um perigo ou de um risco;
 Sinal de obrigação - o sinal que impõe certo comportamento;

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 Sinal de salvamento ou de socorro - o sinal que dá indicações sobre saídas de
emergência ou meios de socorro ou salvamento;
 Sinal de indicação - o sinal que fornece indicações não abrangidas por sinais de
proibição, aviso, obrigação e de salvamento ou de socorro;
 Sinal luminoso - o sinal emitido por um dispositivo composto por materiais
transparentes ou translúcidos, iluminados a partir do interior ou pela retaguarda, de
modo a transformá-lo numa superfície luminosa;
 Sinal acústico - o sinal sonoro codificado, emitido e difundido por um dispositivo
específico, sem recurso à voz, humana ou sintética; Comunicação verbal - a mensagem
verbal predeterminada que utiliza voz, humana ou sintética; Sinal gestual - o
movimento, ou uma posição dos braços ou das mãos, ou qualquer combinação entre
eles, que, através de uma forma codificada, oriente a realização de manobras que
representem risco ou perigo para os trabalhadores.

Têm carácter permanente:

• As placas de proibição, aviso e obrigação;

• As placas de localização e identificação dos meios de salvamento e de socorro;

• As placas e cores de segurança destinadas a localizar e a identificar o material e


equipamento de combate a incêndios;

• As placas e cores de segurança destinadas a indicar o risco de choque contra


obstáculos e a queda de pessoas;

• As placas e rotulagens de recipientes e tubagens;

• A marcação, com uma cor de segurança, de vias de circulação.

Têm carácter acidental, devendo a sua utilização ser restringida ao tempo estritamente
necessário:

• Os sinais luminosos ou acústicos, ou as comunicações verbais destinadas a chamar a


atenção para acontecimentos perigosos, a chamar pessoas para uma ação específica
ou a facilitar a evacuação de emergência de pessoas;

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• Os sinais gestuais ou as comunicações verbais destinadas a orientar pessoas que
efetuam manobras que impliquem riscos ou perigos.

Os meios e dispositivos de sinalização devem:

• Atrair a atenção dos trabalhadores;

• Dar a conhecer o risco ou a informação que se pretende transmitir;

• Ter uma única interpretação, ser clara, não utilizando excesso de sinais;

• Indicar a maneira correta de atuar em cada caso concreto;

• Ser regularmente limpos, mantidos verificados e reparados ou substituídos;

• Estar em número e localização conforme a importância dos riscos, dos perigos e do


local onde estes se circunscrevem;

• Ter as dimensões e características colorimétricas e fotométricas da sinalização,


garantindo boa visibilidade e compreensão do seu significado;

• Estar instalados em local bem iluminado, a uma altura e posição apropriada;

• Ser de materiais que ofereçam resistência a choques e agressões do meio ambiente;

• Ser retirados sempre que a situação que os justificava deixe de se verificar.

Riscos Provenientes do Meio Envolvente ao Posto de Trabalho


Os riscos provenientes do meio envolvente ao posto de trabalho podem ser divididos em:

• Iluminação

• Ventilação

• Espaço físico disponível

• Ruído

• Riscos térmicos

• Riscos elétricos
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• Máquinas e ferramentas

• Elevação e transporte manual de cargas

• Riscos de incêndio e explosão

Iluminação

Uma boa iluminação dos locais de trabalho é imprescindível para proporcionar aos,
trabalhadores boas condições de trabalho, refletindo-se num aumento da produtividade e da
motivação e no bom desempenho geral das suas funções.

Com um nível de iluminação ou cor de luz adequado às tarefas a executar no posto de


trabalho, evitam-se esforços desnecessários da visão, quedas, cortes, entre outros.

Recomendo-se também uma correta distribuição das fontes de iluminação, de forma evitar o
encandeamento das pessoas que laboram nesse local.

Nas escadas é fundamental uma eficaz iluminação, de forma o evitar acidentes e a permitir
completo evacuação dos espaços.

Ventilação

Um local bem ventilado, em que existe uma contínua renovação de ar, é um local onde a
produtividade será superior. Os trabalhadores sentirão uma menor fadiga e mal-estar do que
se trabalhassem em locais com uma ventilação deficiente.

As condutas de ventilação devem ser limpas periodicamente. Visto que são locais onde se
acumulam poeiras e microrganismos que dificultam a correta renovação do ar, podendo ser
nocivas para a saúde dos trabalhadores.

Espaço físico disponível

É necessário haver espaço livre disponível para que os trabalhadores se possam movimentar
livremente no local de trabalho, evitando o choque com objetos constituintes das próprias
instalações ou irregularmente distribuídos. É muito frequente acontecerem quedas devido ao

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facto de o armazenamento de produtos se fazer, não em local próprio, acabando por reduzir-
se o espaço físico disponível para que os trabalhadores desenvolvam a sua normal atividade.

Ruído

O ruído nas cozinhas não apresenta uma significativa agressividade auditiva. No entanto, é
reconhecido por todos que o ruído constante dos exaustores (Hottes) e das diferentes
máquinas em laboração, mais ou menos intermitente, pode provocar agressões de natureza
fisiológica e psíquica, que se traduzem em fadiga, irritabilidade, insónia, dificuldade de
relacionamento com os colegas, entre outras alterações.

Riscos térmicos

Os riscos térmicos estão associados a variações de temperatura e de humidade do local de


trabalho. Podem ter como consequência um desequilíbrio entre o fluxo de calor produzido
pelo corpo e o fluxo de calor cedido ao ambiente, que pode provocar alterações fisiológicas no
corpo humano.

Ambiente térmico quente

Temperaturas elevadas, associadas a deficientes ventilações e à exaustão de fumos e gases


libertados, que podem originar uma diminuição do rendimento do trabalho e mal estar
fisiológico.

Ambiente térmico frio

As instalações frigoríficas são habitualmente locais de curta permanência; no entanto é


fundamental minimizar os efeitos nocivos que as bruscas variações térmicas podem ter na
saúde dos trabalhadores, facilitando o aparecimento de situações de stresse térmico.

Máquinas e ferramentas

O perigo que advém da utilização das máquinas presentes no local de trabalho está
principalmente associado ao seu incorreto manuseamento ou à sua incorreta instalação.

A colocação visível de sinalética adequada, sinalização de perigo e indicações de utilização,


certamente minimizam os acidentes que se registam com este tipo de máquinas.

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Riscos elétricos

Devido à introdução de novas máquinas ou de alterações nas disposições do equipamento


elétrico, é muito frequente observar-se a utilização de múltiplas adaptações elétricas, como
extensões, triplas, com risco de sobrecarga elétrica.

A utilização descuidada de equipamento elétrico em más condições de isolamento, bem como


a limpeza das instalações elétricas efetuada de uma maneira pouco correta, são as principais
causas dos choques elétricos. Estes, dependendo do tipo de corrente, da sua intensidade, do
tempo de exposição à mesma e do percurso desta no corpo humano, irão condicionar os
efeitos da eletrização, que poderão ser esticões, contração muscular queimaduras, paragem
respiratória, entre outros.

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