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MANUAL DE APOIO

Curso/Unidade: Formador/a:
Elementos de uma imagem corporativa Marcos Rodrigues

Código da Unidade (se aplicável): Carga horária:


0096
25 h


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ÍNDICE

OBJETIVOS DO CURSO.......................................................................................................................... 3
Objetivo Geral: ................................................................................................................................................. 3
Objetivos Específicos: .................................................................................................................................. 3
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS: ......................................................................................................... 4
Introdução..........................................................................................................................................6
Imagem corporativa.......................................................................................................................7

Design..................................................................................................................................................8
Marcas...............................................................................................................................................12

Logótipos Tipográficos e caligráficos.....................................................................................16


Aplicações........................................................................................................................................21

Manual de identidade visual.....................................................................................................24


Gestor de Identidade visual......................................................................................................25
Gestor do produto........................................................................................................................28
Conclusão........................................................................................................................................30

Referências bibliográficas.........................................................................................................31


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OBJETIVOS DO CURSO
Os objetivos do curso são os seguintes:

Objetivo Geral:

Definir e criar os elementos de uma imagem corporativa

Objetivos Específicos:

No final da formação os formandos deverão ser capazes de:

• Identificar os vários tipos de Marcas;

• Enumerar os vários aplicativos;

• Descrever a avaliar um manual de identidade;

• Reconhecer as várias ferramentas do design gráfico;


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CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

• Marcas

o Marcas animadas

o Marcas Inanimadas

o Marcas Geométricas e orgânicas

o Marcas Ilustrativas

o Marcas Fotográficas

o Marcas Cinéticas e Abstractas

• Logótipos tipográficos e caligráficos


o Caixa Alta / caixa baixa

o O Condensado / expandido

o Fino médio / Bold / Itálico

• Aplicações

o Cor p/b

o Estacionário

o Embalagens

o Sinalização

o Veículos

o Relatórios anuais

o Publicidade

o Uniformes Arquitectura

• Controle

• Manual de identidade

• Gestor de identidade visual




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• Gestor de Produto


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INTRODUÇÃO

Uma marca é muito mais do que um logotipo ou seus elementos visuais, e a construção de um logotipo forte é muitas vezes
igual, se não mais importante, do que o produto ou serviço em si.

Pretende-se com este manual criar um documento de apoio ao curso de Marketing e Publicidade – fornecer os princípios
básicos dos elementos de uma imagem corporativa.

Começaremos por abordar alguns conceitos básicos e a diferença entre imagem corporativa e identidade corporativa,
seguido do conceito de marca e as suas variações, a diferenciação entre tipografia e caligrafia, posteriormente os vários
aplicativos da marca e por último perceber o porquê da necessidade de uma empresa possuir um bom manual de
identidade.


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Imagem corporativa

Imagem, do latim imāgo, é a figura, o aspeto, a representação ou a semelhança de algo. A noção é usada em referência à
representação visual que se faz de um objeto através da fotografia, da pintura, do desenho ou de outras técnicas.

Corporativo, por outro lado, diz-se daquilo que pertence ou que é relativo a uma corporação. Este termo (corporação)
costuma referir-se a uma empresa de grandes dimensões ou a uma organização composta por pessoas que a governam.

A imagem corporativa constitui algo de complexo, esta é o resultado das mensagens que a empresa comunica aos seus
clientes por meio da sua propaganda, pelas noticias, pelo nome corporativo, do logotipo exposto, veículos e embalagens, do
atendimento dado aos clientes das ações corporativas junto da comunidade, entre outras coisas que fazem com que um
individuo associem a uma empresa.

Mais do que um simples conceito, a Imagem Corporativa é um recurso estratégico para o desempenho empresarial.
Intangível e abstrata, não pode ser tocada, vista ou medida em termos absolutos, existe somente como um conceito dentro
da cabeça das pessoas.

Mas, ainda assim, trata-se de um dos ativos mais preciosos de uma organização e quanto mais competitivos se tornam os
mercados, mais as empresas precisam de trabalhar a sua imagem para se tornarem mais atraentes, pois os consumidores
têm uma imagem de todos os fornecedores, qualidade dos produtos, das politicas dos preços e vão ser também estas
imagens que irão influenciar a escolha final.

Como vivemos numa era saturada de comunicação, a mente humana filtra grande parte da informação só aceitando o
coincide com o conhecimento e experiências anteriores.

Identidade corporativa

O conceito de identidade corporativa é semelhante ao que nos referimos quando falamos sobre nossa própria identidade,
os detalhes que nos diferenciam dos outros. É a nossa personalidade e caráter que mantém a nossa individualidade, que
expressamos através de como nos comportamos, falamos e até mesmo o que vestimos.

Uma identidade corporativa é a imagem maior de todos os aspetos visuais e sensuais de uma empresa. Design de logotipo;
papelaria; material de marketing, como folhetos impressos e mala direta; design do site, e-mail, Mídias social; publicidade
online, rádio, revista, outdoor e display; design e embalagem de produtos; uniformes de funcionários; sinalização corporativa
e gráficos de veículos. Um programa de identidade corporativa precisa abordar todas essas possíveis impressões feitas
pela empresa, e a aplicação inconsistente ou inexistente da identidade pode resultar numa perceção de marca menor que a
ideal. Um Guia de estilo e uso mostra como tudo isso deve ser implementado e, se seguido, garante que todas vezes que a
empresa se apresenta em o público, a maneira, o tom, e a aparência são consistentes com a identidade corporativa
estabelecida e, portanto, dão suporte à marca. Identidade Corporativa expressa a personalidade da marca do seu negócio e
diferencia-o da concorrência.

A importância da identidade corporativa

Num mundo acelerado e competitivo, onde o consumidor tem inúmeras opções disponíveis, uma empresa precisa de uma
estratégia para estabelecer uma presença sólida no mercado. Há fortes razões para acreditar que a identidade corporativa
correta ajuda a atingir esse objetivo comercial.

Construindo uma Persona Corporativa: Quando encontramos uma pessoa, é a primeira impressão que tem mais impacto.
Nós tendemos a reunir sugestões do que vemos e sentimos, interpretando as nossas observações para formar a nossa
opinião sobre a pessoa. É também assim que tratamos produtos e empresas. Para se destacar dos seus concorrentes, toda
empresa precisa de ter uma boa imagem de marca para criar um nicho na mente do cliente por ter uma aparência e
identidade únicas e agradáveis.


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Fidelidade do Consumidor: O design consistente de uma identidade corporativa, de acordo com os objetivos
estabelecidos para o negócio, mantém e reflete o ethos, a cultura, os princípios, as ambições futuras ou os objetivos
visionários do negócio. Os clientes que acham que isso está de acordo com sua filosofia e gosto sentem-se conectados a
essa imagem e têm maior probabilidade de desenvolver lealdade ao negócio.

Aprimoramento comercial: experiências pessoais com uma identidade corporativa influenciam os consumidores e as suas
decisões de compra. Uma identidade corporativa com impacto forte e positivo cria uma imagem mental favorável do negócio
na mente do consumidor. Uma identidade estrategicamente planeada dá um bom retorno em termos de referências e
repetição de negócios.

As empresas podem ocasionalmente precisar atualizar a sua identidade corporativa, se houver uma mudança ideológica no
público-alvo ao longo do tempo e conforme o mundo muda. Os profissionais de design podem ajudar com logótipos que
atraem a atenção, cartões de visita impressionantes, papéis timbrados elegantes, envelopes convidativos, brochuras
impressionantes e outros elementos de identidade. Invista em sua identidade corporativa para desenvolver confiança, um
senso de valor e uma conexão duradoura com sua base de clientes.

No desenvolvimento de uma identidade corporativa temos de ter em atenção dois elementos:

• Design, como representação gráfica (logo, cores e tipografia)

• Estratégia (marca, estratégia e cultura)

Design

Design, literalmente falando, é uma palavra da língua inglesa que tem um significado bem amplo, mas via de regra é usada
para designar um “projeto” ou simplesmente “desenho”. Definir design em palavras é uma tarefa complicada, justamente
pelo fato de que ele se vale de todos os elementos tangíveis e sensoriais para se construir.

Quando falamos em design, estamos a falar justamente de projetar, planear e executar algo que tenha um apelo ou
função sensorial.

Comumente, logo que pensamos em design, pensamos em imagens, cores e textos, ou seja, o que é ou pode ser visto,
mas ele também pode usar os demais sentidos (olfato, audição e tato) para criar soluções.

Logo, design é: criar soluções através de um projeto.

Sendo assim, para um bom design, precisamos desenvolver uma linha de raciocínio acerca do “problema” que queremos
resolver, desenvolver um conceito, pensar em todas as hipóteses e probabilidades antes de executar um trabalho.

Como já foi chamado de desenho industrial, uma parte muito importante do design é a sua reprodutibilidade.

Via de regra, esses projetos são feitos para serem produzidos em escala. Sendo assim, falhas precisam ser apontadas e
corrigidas e é por isso que cada minúcia do projeto deve ser planeada, testada e avaliada.

O design é geralmente dividido em três grandes áreas de atuação:

• Design de produto: projetos voltados para o desenvolvimento de objetos tridimensionais e funcionais (cadeiras,
armários, telemóveis, etc…)

• Design gráfico: projetos com finalidades visuais, com o objetivo de informar.

• Design de interiores: envolve projeto e planeamento, para otimizar espaços da melhor forma possível.


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Falando a língua do designer

Designers gráficos possuem um dialeto muito peculiar e estão sempre usando termos difíceis. Essa linguagem é tão
corriqueira que é importante ao menos entender um pouco alguns termos mais recorrentes.

Imagens digitais

O designer gráfico lida diretamente com dois tipos de arquivos: os arquivos de imagem digital e os arquivos para
impressão.

E existe entre eles algumas diferenças básicas que fazem muita diferença no resultado final. A maior diferença que há entre
esses dois tipos de arquivos é o tipo de cor que se emprega neles.

Escala CMYK

Os arquivos para fins de impressão usam a escala CMYK (ciano, magenta, amarelo e preto).

Uma vez que serão impressos com tinta posteriormente, aquelas cores que vemos na tela durante a visualização da
imagem são meramente ilustrativas. O resultado final da impressão depende também da calibragem da impressora que vai
executar a impressão, do tipo de papel, etc.

Escala RGB

Já os arquivos digitais utilizam a escala RGB (vermelho, verde e azul) que são as três cores-luzes que são emitidas por
qualquer tela.

Essa escala permite cores muito mais cintilantes e fluorescentes (cuja reprodução seria impossível numa impressão sem
tintas especiais).

Tipos de imagens digitais

No mundo de imagens digitais contamos com dois tipos de imagens: imagem vetorial e imagem bitmap (mapa de bits). E é
muito importante entender a diferença entre esses dois tipos e as suas melhores aplicações.

Imagem vetorial

Imagens vetoriais (ou simplesmente “vetor”) são imagens com um visual mais “chapado” (flat), sem sombras muito
complexas e uma estética mais ilustrativa (muito embora alguns artistas vetoriais consigam fazer vetores que mais parecem
fotografias).

Trabalhar com vetores pode ser muito útil por uma série de fatores.

Primeiro, vetores são mais simples e, na maioria das vezes, uma estética mais simples tem uma assimilação mais rápida e
concisa. Se tiver um bom designer gráfico, ele vai conseguir sintetizar ideias complexas em poucos elementos vetoriais.

Mas sem dúvida, a maior vantagem de uma imagem vetorial é o seu tamanho e a sua escalabilidade.

O nome “imagem vetorial” se dá pelo fato de que as imagens são formadas por pontos vetoriais (assim como aqueles que
aprendemos nas aulas de física).

Logo, as imagens são formadas a partir de poucos pontos que geram formas, que possuem informações de cores nos
preenchimentos. Mais ou menos igual aos livros de ligar pontos.

Além dos arquivos ficarem bem pequenos, eles também possuem uma escalabilidade infinita. Pode-se fazer uma arte de
5x5cm e usar para embrulhar um edifício de 200 andares sem perder resolução e sem precisar de um arquivo imenso!


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As imagens vetoriais podem ser encontradas nos formatos .ai, .cdr, .eps,. svg, .pdf. Vamos entender um pouco melhor
sobre esses formatos na parte sobre ferramentas, mas já adianto que, para adicionar um vetor numa página web o formato
que deve ser usado é o SVG.

Bitmap

As imagens de mapa de bits são as mais difundidas no meio digital, uma vez que elas podem reproduzir fotos com
fidelidade.

O nome “mapa de bits” dá pelo fato de que as imagens são formadas por vários pontos minúsculos (chamados pixels).
Pixels são aqueles quadradinhos que vemos quando damos zoom numa imagem.

Bitmap é sem dúvida o tipo de imagem mais utilizada no meio digital, mas ter um conhecimento sobre as suas
particularidades é essencial.

Primeiro, os bitmaps possuem um dado muito importante chamado resolução, que nada mais é como se um limite de
escalabilidade predefinido e imutável que a imagem possui. Sendo assim, se você excede a resolução pré estipulada de
uma imagem bitmap, os pixels começam a “estourar” (assim como no exemplo abaixo).

Dessa forma, o ideal é que sempre trabalhemos com imagens em bitmap com uma folga de tamanho, sempre maiores do
que o arquivo final, pois ás vezes estamos a fazer um material para ser usado numa resolução pequena (exibição numa
página de internet, por exemplo) mas que no futuro pode vir a ser impresso.

Para visualização digital, o ideal é que trabalhemos com imagens a 72 ou 96 dpi, na escala de cores RGB. Já para
impressão as imagens precisam ter 300dpi e estarem na escala CMYK.

DPI significa “dot per inch” — em português, ponto por polegada — e é esse valor que estipula a resolução de uma imagem.
Quanto maior o DPI de uma imagem, maior a resolução e maior também o tamanho do arquivo.

Arquivos bitmap são encontrados em diversos formatos, mas os mais famosos são: .bmp, .jpg, .jpeg, .png, .gif.

Bancos de imagens

Se estiver a precisar de imagens para os seus materiais, mas não tem verba para contratar fotógrafos ou artistas gráficos,
pode encontrar ótimas imagens disponibilizadas em bancos de imagens.

Elas não são exclusivas, mas podem ajudar em alguns momentos!


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Fontes

Sempre que trabalhamos com textos, vamos recorrer a fontes. Fonte nada mais é que o tipo de letra que se usa num texto.

As fontes são muito importantes pois uma aplicação errada de fonte pode dificultar a leitura do seu material e ninguém tem
tempo para perder tentando entender o que está escrito nalgum lugar.

A dica de ouro aqui é: seja simples! Fontes simples facilitam a leitura. Pode ter muita vontade de usar uma fonte radical no
seu material sobre surf, mas tenha muito cuidado!

Fontes muito rebuscadas, além de prejudicarem a leitura, não são bem vistas pela comunidade de design. São
consideradas não profissionais e mal aplicadas.

Recomendamos que evite as seguintes fontes:

• Comic Sans MS: tem um ar infantil e pode ser substituída por outras fontes menos usadas

• Papyrus: comumente utilizada fora de propósito e já foi usada exaustivamente

• Zapfino: usada exaustivamente e muito invasiva, não funciona bem nos layouts

Outra dica é: saia do comum. Essas fontes citadas, além de apresentarem um visual estético duvidoso, foram utilizadas
exaustivamente! Isso vai fazer com que os seus materiais pareçam genéricos.

Criar uma identidade para a sua marca/empresa está diretamente relacionado com as fontes que usa nos seus materiais.
Escolha duas ou três fontes para serem as suas fontes padrão.

Ferramentas de design

E quais são as ferramentas utilizadas pelos designers gráficos para dar vida a tudo isso? Vamos listar aqui as ferramentas
mais utilizadas.

Pacote Adobe

Líder de mercado há anos, a Adobe apresenta os softwares mais versáteis e mais bem integrados da atualidade. A sua
utilização depende de uma assinatura mensal paga, mas que vale cada centavo investido.

Adobe Photoshop

Devido a sua versatilidade, esse é sem dúvida o mais famoso software gráfico do mundo. Ideal para manipular imagens
bitmap, pode ser usado para atividades simples como alterações de formatos e cores até tratamentos e montagens
sofisticadas.

Adobe Illustrator

É um software de imagens vetoriais da Adobe. Com ele pode-se manipular pontos e preenchimentos de forma fácil e rápida.
Os seus arquivos nativos apresentam a extensão .ai, mas pode salvar em qualquer formato vetorial.

Adobe InDesign

Programa extremamente útil para diagramação de materiais extensos como livros, e-books, jornais, revistas, livretos, etc. A
função do InDesign é organizar grandes quantidades de informações. Os seus arquivos nativos possuem a extensão .indd.

Adobe Premiere


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Se precisar de editar os seus vídeos com recursos profissionais de corte, transições, correções de cores e muitos outros,
esse é o programa ideal da Adobe.

Adobe After Effects

Software de pós-produção de vídeo, nele pode-se fazer desde animações simples de texto surgindo ou deslizando pela tela
até helicópteros explodindo e dinossauros andando pela cidade. Não é um programa tão intuitivo e exige um conhecimento
e experiência.

Obs.: o pacote adobe ainda contém vários outros softwares, mas esses são os mais comuns nas áreas de trabalho dos
designers gráficos.

Outras ferramentas

CorelDraw

Antes da hegemonia Adobe, esse era o líder de mercado. Perdeu espaço para os programas do pacote Adobe por tentar
fazer tudo o que todos os softwares da Adobe fazem, mas não cumprir tão bem com nenhuma das funções.

A sua polivalência era comprometida pela instabilidade. O seu foco, na verdade, sempre foram as imagens vetoriais. É um
excelente software vetorial, mas perde para o Illustrator principalmente pela falta de integração com outras ferramentas.

Maya, Cinema 4D, 3DS Max, Blender

Programas de modelagem e animação tridimensional, são extremamente complexos e exigem muito tempo para serem
dominados.

Designers que dominam essas ferramentas são bastante valorizados no mercado. Dos 4 citados, o Blender é open
source/gratuito.

Gimp

O Gimp é a alternativa open source gratuita para quem quer uma ferramenta gráfica próxima do Photoshop, mas não quer
pagar nada. Profissionais que dominam esse software dizem que ele pode ser ainda mais poderoso e versátil que o
Photoshop.

Marketing de conteúdo sem um bom design aplicado pode ter uma efetividade muito baixa então, um bom designer é
essencial para um bom time de marketing.

Marca
Marca é um nome, termo, sinal, símbolo ou design, destinado a identificar os produtos ou serviços de um fornecedor ou
grupo de fornecedores, de modo a

diferenciá-los dos concorrentes. Marca é, portanto, um produto ou serviço que agrega dimensões que o diferenciam de
outros produtos ou serviços desenvolvidos para satisfazer a mesma necessidade. A marca pode sinalizar determinado nível
de qualidade e os consumidores satisfeitos optam novamente pelo produto. Pode-se dizer também que marca, é a
representação figurada de qualquer produto ou serviço, seja lá qual for ele. Em suma, marca é um nome, um som, uma
imagem uma palavra, ou até mesmo uma letra, que faz com que as pessoas identifiquem um produto ou serviço.

No princípio, quando surgiram as primeiras formas de marca, o objetivo era a diferenciação de um produto para outro, tanto
como qualidade quanto durabilidade, pois se não houvesse nada que os distinguissem, as pessoas nunca teriam
conhecimento de qual marca seria melhor ou pior.

Atualmente, pode-se verificar que existe uma infindável variedade de produtos e serviços, sendo alguns destes tem a marca
tão poderosa, que chega facilmente a valer mais a empresa propriamente dita, o que leva muitas empresas a querer


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sempre vender sua marca. e uma empresa trata uma marca apenas como um nome, comete a falha de não lhe dar
destaque. O desafio da definição de marca é desenvolver um conjunto profundo de significados para ela. Quando a
audiência pode visualizar as seis dimensões da marca, ela é chamada de profunda; caso contrário, trata-se de uma marca
superficial.

Isso deixa evidente que com a associação do produto ou serviço, as pessoas pedem os produtos pelas marcas e não pelo
nome dos mesmos,, mesmo que no final das contas estejam a comprar um produto concorrente.

Marca é a identidade do produto, é o que faz com que os consumidores associem o produto de um fabricante a ele mesmo.
A marca permite que se atribua a responsabilidade, qualidade e varias outras características ao fabricante. Esse poder de
associação ajuda muito as empresas, pois sem marcas seria praticamente impossível (além de inviável) diferenciar os
fabricantes de um mesmo artigo ou produto.

Marcas animadas
Marcas animadas definem signos animados ou multimídia, como signos constituídos pelo movimento de um determinado
objeto (por exemplo, uma combinação do objeto e do movimento visualmente percetível). A imagem em movimento pode
ser um fragmento do filme cinematográfico ou vídeo, ou o logotipo móvel de um programa de televisão.

O nome de marca animada serve para indicar inequivocamente que eles são compostos de imagens equipadas com
movimento, que em todos os casos não serão multimídia, já que este último é um termo mais abrangente no sentido de que
indica combinação simultânea de imagens, sons e texto. pode se englobar na noção que marcas multimídia animam
imagens, hologramas e gestos, e destaca o fato de que as marcas animadas são as mais comuns nesse grupo. Além disso,
os termos movimento e animação são os que geralmente são usados para descrever esse tipo de marca.

A representação gráfica como requisito formal, transcendente ao exame, publicação e registro de marcas, tem sido um
elemento recorrente nos debates sobre novas tipologias de marcas. Neste sentido, os esforços concentraram-se em
encontrar as formas mais apropriadas de representar esses sinais, de modo que não sejam muito complexos ou onerosos
para os candidatos ou escritórios, e que satisfaçam, além dos escritórios, os concorrentes. e o público em geral, que precisa
entender "o que é reivindicado como uma marca.

Marcas geométricas e orgânicas


As formas geométricas podem querer dizer muito sobre a marca. O Logotipo, reflete esta disposição em mostrar ao
público alvo algo que através de um texto consumiria milhares de palavras, e nem sempre passaria a imagem desejada.

O Uso de formas na comunicação da empresa é uma forma de tomar um atalho para passar determinada mensagem ao
consumidor dessa marca ou produto.

Desde formas retas, como quadrados ou retângulos até linhas verticais ou horizontais, o significado da comunicação
pretendida pode variar consideravelmente.

Veja, a seguir, o significado psicológico das principais formas usadas, de acordo com Cam Wilde.
Círculos
Logomarcas em forma de círculo remetem ao Infinito, proteção, segurança, apoio, amizade, amor, cuidado, movimento
feminino, comunidade, perfeição, atenção.

Retângulos e quadrados
Estabilidade, a familiaridade, a confiança, a ordem, a paz, a solidez, a igualdade, uniformidade, resistência, equilíbrio,
confiabilidade, potência, eficiência, profissionalismo.


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Triângulos
Tensão, estabilidade (com um dos lados na base), a instabilidade com um dos ângulos na base), energético, a força, a
revelação, a masculinidade, a finalidade, a progressão. Se o triângulo for representado de lado, tende a representar direção
(como uma flecha), o movimento, a velocidade.

Linhas verticais
Coragem, dominação, agressão, poder, força, masculinidade, ousadia.

Linhas horizontais
Feminilidade, paz, calma, fluxo, tranquilidade, silêncio, descanso, calma.

Curvas
Movimento, a feminilidade, a felicidade, o ritmo, o prazer, a generosidade.

Ângulos
Violência, dinâmica, jovem, ação, animada, explosivo, raiva, energético, velocidade, masculinidade.

Marcas Ilustrativas
A ilustração desempenhou um papel importante no estabelecimento de identidades de marca facilmente percetíveis e
altamente comunicativas nos últimos 200 anos. Em contraste com a marca simbólica e icônica da aparência visual, as
ilustrações servem para elaborar a identidade de uma marca por meio de detalhes descritivos. O branding ilustrativo
também pode fornecer uma forma de documentação narrativa.

Um exemplo disso seria a identidade ilustrada de Lévi-Strauss and Co., que retrata a famosa demonstração “mítica” de dois
cavalos que tentam rasgar as recém-patenteadas calças, agora em todos os pares. Marcas ilustrativas têm a vantagem de


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poder projetar personalidade, atitude e espírito com mais eficiência do que símbolos, que procuram simplicidade,
funcionalidade e identificação rápida, mesmo se os símbolos resultarem em perda de associações emocionais.

Marcas fotográficas
O que exatamente é a marca da fotografia? As fotos são todas diferentes, mas todas elas enviam a mesma mensagem, têm
uma paleta de cores consistente e apenas uma "sensação" geral que o atrai. Ela envia uma mensagem. A fotografia de
marca em termos simples, diferencia a usa empresa da concorrência da concorrência com um estilo distinto. Não tente ser
como toda a gente na indústria!

Fotografia de marca não é um termo formal tem que pensar sobre a sua marca e a experiência que o seu cliente ou cliente
tem com a sua marca do início ao fim, da intriga à compra, da consulta ao produto final.
Parte da sua marca, (a parte mais óbvia) são os visuais. O seu logotipo é parte da sua marca. A sua marca é também toda
e qualquer comunicação visual, dividida em duas subcategorias: impressão e digital, divididas em mais categorias. A sua
MARCA visual = e-mails, blog, web, social, cartões de visita, assinatura de e-mail, papel timbrado, cartões postais, vídeo,
FOTOGRAFIA.

Agora, há uma diferença entre a fotografia simples e a fotografia de marca. Fotografia de marca DEVE:

-ser visualmente consistente com a sua marca existente, também conhecida como AESTHETIC SPECIFIC
- reflita as cores da sua marca
-reflita os valores da sua marca
- reflita sua missão e objetivos
- partilhe a sua personalidade de uma forma que o ajude a relacionar-se com os clientes com os quais deseja trabalhar

MARCAS ABSTRATAS
As marcas abstratas utilizam uma grande ideia ou um atributo através da forma visual (abstract brands). Mais utilizadas
por empresas que possuem grandes extensões de marcas em diferentes mercados, pois proporciona maior ambiguidade de
interpretação, possibilitando a marca ser mais expansível conforme o mercado. Funcionam bem para grandes empresas


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que tenham muitas divisões com pouca relação entre si. Alguns exemplos desse tipo são: a marca do Brinker Capital e a
Time Warner.

O conjunto de associações abstratas que caracterizam os aspetos ou dimensões mais importantes da marca, com o
objetivo de fundamentar sua estratégia, criar um posicionamento diferenciado e, principalmente, suportar a expansão da
marca em novas categorias. Marcas como Cahse sobreviveram facilmente a uma série de fusões de empresas.
Diferentemente da Marca Pictórica, na maioria das vezes possui uma forma inédita. As marcas abstratas são muito eficazes
para empresas que se baseiam em serviços e tecnologia. De fato, o bom design de marcas desse tipo é extremamente
difícil.

Logotipo
Do grego “logos” é significado/conceito/palavra e “typos” símbolo/figura, sendo assim poderemos dizer que logotipo é
“símbolo de um conceito”. Ao se juntar o nome escrito, adicionando elementos como imagens, fonte utilizada, cores,
tamanhos, e outros um profissional cria um logotipo.

Um logotipo ou logotipo é uma representação gráfica de uma marca ou empresa usada em diferentes meios de
comunicação.
O logotipo reforça a imagem da empresa. Também pode promover o reconhecimento da marca como no caso, por exemplo,
de artigos esportivos.
O logotipo deve ter, entre outras coisas, qualidades evocativas da atividade e valores da empresa, mas também qualidades
de legibilidade.


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Para evitar um efeito de discrepância, o logotipo deve evoluir junto com a empresa e suas ambições.

As empresas bem-sucedidas estão sempre aliadas a um bom logotipo, pois eles são capazes de representá-las, transmitir a
sua personalidade e características únicas, podendo sozinhos criar um impacto no público e tornarem-se numa referência.

Para criar um bom logotipo devemos entender que este deverá ser simples.

O logotipo é uma representação gráfica da sua empresa e isso deve ser sintetizado de forma que ele seja facilmente
identificado, sem informações desnecessárias.

Logotipos muito enfeitados, cheios de elementos e efeitos transmitem uma sensação de desorganização.

Algumas vezes, além do nome da sua marca, algum texto de apoio ou slogan é adicionado. Sendo assim, essa simplicidade
também deve ser mantida na escola da fonte que vai escrever esse texto.

Perceba que “fonte” foi citado no singular. Usar mais de uma fonte num logotipo não é recomendável.

Uma tipografia uniforme no seu logotipo gera conformidade visual, as coisas combinam melhor e você grava na memória
visual do seu cliente o nome da sua marca escrita naquela fonte específica. Convém que conheça muito bem o mercado, ou
seja, o seu negócio, o seu público e a sua concorrência. É preciso saber como é a sua empresa no mercado para isso ser
traduzido num logo, e também conhecer a concorrência pois torna-se possível encontrar um deferencial.

Os logotipos não são apenas uma ferramenta de marketing, eles estão diretamente relacionados com a personalidade e
irão representar a sua empresa ao consumidor. É importante estudar o seu público alvo, principalmente no que diz respeito
aos seus hábitos e preferências, para ter isso em mente na hora de criar o logotipo para que se consiga gerar uma
identificação.

A escolha da cor também é um aspeto importante a ter em conta, pois elas associam ideias ás marcas e comunicam
emoções e sentimentos, e uma boa ou má escolha de cor interfere em muito no resultado final do logotipo.

Como por exemplo, o vermelho simboliza o amor e sentimentos, o azul representa a seriedade de uma empresa privada. Já
a combinação do preto, dourado e prata dá a ideia de que a empresa tem uma qualidade Premium. Há que ter sempre em
atenção com o uso de cores gritantes e exageros em efeitos, pois além de prejudicar a harmonia, pode se passa a ideia ao
cliente de um trabalho amador. Muitas empresas utilizam símbolos escondidos nos seus logotipos. Existe liberdade para
criar desta forma, desde que a imagem seja realmente relevante.

Tipografia


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Tipografia á o processo de organizar letras, palavras e textos para, praticamente, qualquer contexto imaginável, além de ser
uma das ferramentas mais importantes que o designer deve dominar. Os designers gráficos aprendem as nuances da
tipografia para usá-la de com criatividade e senso de exploração, mantendo o respeito pelas suas regras e tradições.

Em design, a tipografia é a manifestação visual da linguagem, usando as suas qualidades expressivas e práticas, e ocupa
lugar único em que arte, ciência e comunicação se conectam. Basta olhar para as obras de poetas concretos ou para
diversos movimentos artísticos como futurismo e dadaísmo para ver a relevância da tipografia como meio estético. A
tipografia envolve o design e a seleção de tipos, primando pela legibilidade e pela comunicação de informações; em alguns
casos, a experimentação estética é colocada em segundo plano em nome de preocupações pragmáticas.

A tipografia expressiva e as letras desenhadas são uma forma de arte caligráfica. Com tantas opções de interpretação
tipográfica, experimentação com layouts o ajudarão a aprender como avaliar a visibilidade e as nuances da mensagem
antes de trabalhar a tela. Essas etapas iniciais serão essenciais para o ajudar a aprender mais sobre as subtilezas da
tipografia.

Diferença entre Fonte e Tipo


Muitas vezes nós usamos as palavras “fonte” e “tipo” como se fossem sinônimos, e honestamente não vejo problema em
fazer isso, já que essa substituição se tornou praticamente universal. Mas é legal saber que ambas palavras
têm significado diferente dentro da tipografia.

Fonte

Uma fonte é o meio físico pelo qual é criado o tipo, a fonte pode ser código de computador, fotolito, metal ou gravação em
madeira.

Tipo

Um tipo é um conjunto de caracteres, letras, números, símbolos, pontuação, dentre outros, que tem um design comum.

Por exemplo, se lembram daquelas réguas com várias letras que todos nós usamos em algum ponto da nossa vida escolar?

A régua pode ser considerada a fonte e as letras que reproduzíamos usando uma caneta ou um lápis os tipos dessa fonte.

Estilos de tipos

Uma família de tipos pode conter uma série de diferentes estilos de caracteres para serem aplicados ao tipo romano básico.

Romano (Roman)


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O romano é o corte básico e o estilo tipográfico em que a maior parte do corpo do texto será composto.

Itálico (Italic)

Versão do corte romano que se inclina para a direita. Geralmente o eixo de inclinação varia de 7 a 20 graus.

Condensado (Condensed)

O condensado é uma versão mais estreita do corte romano.

Estendido (Extended)

O estendido é uma versão mais alargada do corte romano.

Negrito (Bold)

O estilo negrito contém traços mais espessos do que o romano.

Claro ou Fino (Light)

Variação do corte romano com traços mais leves.

Caligrafia
Caligrafia é a arte de escrever á mão, segundo determinadas regras e com elegância, os signos de uma linguagem.

A caligrafia, porém, é mais do que somente escrever de forma elegante, pois ela resulta de superposição de elementos tais
como: a atitude da sociedade em relação á escrita; a importância do texto; as regras geométricas que regulam as
proporções e posicionamento dos signos; a compreensão do leitor sobre o significado da escrita e a sua sintonia com o
autor do texto pela contribuição artística do escriba, tudo condicionado á familiaridade com os materiais usados para o
suporte da escrita e á manutenção cuidadosa das ferramentas e outros materiais (caneta, tinta, etc).

A caligrafia pode ser considerada uma expressão representativa da harmonia existente entre as mentes dos autores, o texto,
os copistas, as suas ferramentas de trabalho, a sua escrita, e portanto, um verdade iro ponto de encontro entre os
elementos que compõe a herança cultural incorporada numa linguagem.

Na China três caminhos levam reconhecidamente á perfeição: pintura, poesia e caligrafia.

Caixa alta e caixa baixa


A melhor tipografia é aquela em que o leitor não repara na fonte, mas apenas na mensagem. Por vezes a escolha da
tipográfica poderá ser um dos maiores desafios num trabalho gráfico, pois a mesma serve não só para transmitir um
texto/mensagem, mas também um conceito, uma ideia que reforça a mensagem escrita captando a atenção.

Na escolha de uma tipografia é necessário tomar decisões tais como: Qual o suporte? A fonte será com ou sem serifa?
Será caixa alta ou baixa? Alto contraste ou fino? Qual a cor? Qual o corte? É verdade, existem muitas variantes que por
vezes nem damos conta.

Caixa alta é uma expressão usada em tipografia para referir a escrita com letras maiúsculas. É o mesmo que versais ou
capitais.

Caixa baixa, por seu turno, corresponde à escrita com letras minúsculas


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Na tipografia, os caracteres móveis — inicialmente em madeira e mais recentemente em chumbo — estão dispostos numa
caixa dividida internamente, formando caixas menores. Para facilitar o acesso do compositor aos caracteres, a caixa é
colocada sobre um cavalete inclinado. A parte contendo os caracteres mais usados (as minúsculas, a pontuação mais
comum, os espaços, os algarismos) ficava num plano mais baixo, mais acessível — era a caixa baixa. A parte com as
maiúsculas, os caracteres acentuados e sinais e símbolos menos usados ficava no topo — era a caixa alta.

Assim, com o tempo usar a caixa alta passou a significar “escrever em maiúsculas”, enquanto usar a caixa baixa significa
“escrever em minúsculas”.

É comum o uso das abreviaturas C.A. (caixa alta) e c.b. (caixa baixa).

Quando algo está escrito com maiúsculas iniciais (p.e., “Wikipédia, a Enciclopédia Livre”), diz-se que está em caixa alta e
baixa (simbolicamente: c.A/b).

A forma como as letras em caixa alta são usadas varia muito de país para país, havendo claramente uma tradição
germânica e um dos países latinos. Mesmo dentro de cada país há diferentes regras em uso conforme o editor e a
finalidade dos textos em causa.

Na língua portuguesa existem várias normas em uso. Até ao aparecimento da informática, as regras de uso das maiúsculas
e minúsculas eram mantidas pelos compositores, que as transmitiam de mestre para discípulo. O desaparecimento desta
profissão (passando a composição do texto a ser feita pelos próprios autores dos textos nos seus computadores) e o facto
de as normas serem transmitidas oralmente quase não existindo fontes escritas levaram a um certo desnorte nesta área,
como em outras da tipografia.

Hoje em dia, assiste-se a um processo quase imparável de esquecimento, abandono e adulteração das tradições da
tipografia e da composição em língua portuguesa e de adoção sistemática de normas de outras línguas, sem que haja
sequer consciência desse processo.

Em Portugal, as normas sobre maiúsculas de virtualmente todos os manuais e livros de estilo em vigor derivam das normas
da Imprensa Nacional, incluindo o Código de Redação Interinstitucional da União Europeia.

Contudo, as alterações introduzidas desde o Acordo Ortográfico de 1945 à norma das citações bibliográficas não foram
acatadas pelo meio académico e científico (que tem continuado a usar largamente o sistema de caixa alta apenas na letra
inicial da primeira palavra).


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Embora haja outras variações em relação ao desenho dos tipos que se apresentam formalizados em fontes, ficou
convencionado que a dicotomia entre maiúsculas e minúsculas, está presente em qualquer desenho de uma fonte,
permitindo a aplicação de regras de escrita, como o início das frases, do aparecimento de nomes próprios no interior de
uma frase, entre outras.

Como já exposto anteriormente (ver 1.1 “Antecedente do tipo”), as maiúsculas, derivam das grandes letras formais na
tradição romana e as minúsculas, mais pequenas e informais, da escrita carolíngia.

Os termos caixa - alta e caixa-baixa, que correspondem respetivamente a maiúsculas e minúsculas, têm a sua origem na
prática da atividade de impressão tipográfica: presume-se

que os tipos das minúsculas, mais correntes em termos de uso na montagem do plano de impressão, estavam em caixas
mais próximas do montador, em baixo; e por seu turno, os das maiúsculas nas caixas mais altas. Sendo esta a explicação
mais corrente.

Fino médio/Bold/Itálico

A postura é a tendência vertical ou inclinada de um carácter.

E a atribuição desta distinção é feita por incorporações realizadas no decorrer do desenvolvimento histórico do desenho de
tipos. Hoje está estabilizada, e como tal a distinção entre as três variantes de postura é um aspeto essencialmente
convencionado.

Um tipo pode ser:

-Redondo ou Romano, se tiver uma tendência vertical e rígida;

-Itálico, se possuir uma inclinação para a direita (de grau variável) e desenho semelhante à escrita cursiva;

-Oblíquo ou Falso itálico, se for o caso de um tipo não serifado e com inclinação (neste caso não há desenho distinto e mais
próximo da referência cursiva, nos caracteres como o “e”, o “a” ou “f”, em relação à sua versão romana; surge na aparência
como um romano com inclinação).

Aplicações

No marketing, a implementação da marca refere-se à representação física e à aplicação consistente da identidade da marca
nos meios visuais e verbais. Em termos visuais, isso pode incluir sinalização, uniformes, design de interiores e mercadorias
de marca. A implementação da marca engloba facetas de arquitetura, design de produto, design industrial, levantamento de
quantidade, engenharia, compras, gerenciamento de projetos e design de varejo.

A implementação da marca é parte integrante de um ciclo de marca e precisa ser iniciada durante a fase de design e
desenvolvimento da marca. A implementação da marca é a aplicação contínua e consistente da imagem da marca em todas
as unidades de negócios, canais de comunicação e mídia.


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Isso se refere ao marketing e à marca como um todo unificado. A esse respeito, a implementação da marca é um processo
contínuo, que exige o controle da imagem e da presença da marca, apesar das mudanças nos mercados e na estrutura da
empresa.

A implementação da marca surgiu como uma disciplina na década de 1990, quando os proprietários de marcas
reconheceram a necessidade de consistência entre as propriedades da marca. Tradicionalmente, a implementação da
marca era feita por várias partes, incluindo montadores de lojas, designers de interiores e empresas de sinalização. A falta
de gerenciamento de projeto centralizado levou a inconsistências, enquanto a dissimetria de informações significava que os
fornecedores tinham muito controle sobre as questões da marca. A implementação da marca foi consequentemente
cunhada como um termo genérico para todos os aspetos da aplicação e manutenção dos ativos da marca física.

A experiência de mais de 80 empresas operando em todo o mundo mostra que a falta de planeamento antes da remarcação,
implementação consistente e controle completo são os principais problemas da implementação da marca. Oito grandes
obstáculos dificultam a implementação efetiva:

Comunicação inadequada

Nenhuma situação e análise de necessidades

Falta de consequência

Processos indefinidos

Estruturas fragmentadas (organizacionais).

Organizações que não consideram todos os pontos de contato

Nenhuma estratégia de localização

Ausência de estratégia de gestão de marca

Estacionário

Cartões de visita e papelaria

Isso é um acéfalo. Se entregar um cartão de visita a um lead é uma primeira interação comum para uma empresa, ele deve
ser redesenhado com a nova marca imediatamente. Conte - seja criativo com o uso do logotipo e das cores da marca e
pense de forma diferente. Cartões de duas faces, cantos arredondados, papéis únicos e impressão UV pontual são algumas
ideias para tornar os cartões de visitas bonitos.

É simples e relativamente barato implementar novas marcas em formulários timbrados e comerciais. Como esse papel de
carta é uma parte regular e frequente das interações com os clientes, coloque esse item no topo da lista para o lançamento
da nova marca.


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Sinalização

Embora seja caro, para uma operação de varejo, é importante que a sinalização corresponda à marca. Resista ao desejo de
modificar as proporções do logotipo para se ajustar ao espaço disponível. Em vez disso, modifique o sinal de acordo para
acomodar o logotipo e use o espaço da forma mais eficiente possível. Lembre-se de que é menos importante exibir um URL
de website e um número de telefone em destaque quando o cliente já estiver no site.

Veículos

Veículos da empresa são como se outdoors em movimento. Aproveite essa maneira exclusiva e económica de expor uma
marca a um grande número de pessoas. Quando projetado corretamente, os envoltórios do veículo são altamente eficazes.
Certifique-se de que o design se destaca com o logotipo exibido de forma clara, para que não seja esquecido.

Idealmente, quando o orçamento permite, uma empresa pode ter o maior impacto ao implantar veículos renomeados de
uma só vez. Isso pode ser dispendioso em termos de custo e tempo para uma empresa com uma grande frota. Duas formas
de lidar com a atualização dos envoltórios de veículos são implementar a nova marca em novos veículos ou retirar as letras
velhas e substituí-las por um envoltório redesenhado.

Uniformes

Como os funcionários são embaixadores da marca da empresa, colocar a nova marca nos seus uniformes deve ser uma
das principais prioridades. Certifique-se de que eles estão vestidos de forma limpa e profissional. As cores da marca devem
ser integradas ao design e evitar o acréscimo de detalhes, como o número de telefone e o endereço do site - apenas o
logotipo funcionará.

Website

Substitua o logotipo no site da empresa, logo que a nova marca é o design do site. Integração da marca completa deve
seguir logo depois, com uma reformulação do site que implementa cores, ícones e tipografia que coordenam com o novo
logotipo. O novo site deve transmitir a promessa de marca da empresa, fazendo a marca brilhar. Trate o site como a porta
da frente virtual que a maioria dos clientes em potencial entra na primeira vez que interage com a marca.

Mídia social

Certifique-se de que o novo logotipo esteja conectado aos gráficos de mídia social quando a marca for lançada, porque as
redes de mídia social serão um lugar óbvio para anunciar a mudança. Lembre-se de atualizar a presença da empresa em
todos esses canais e considere iniciar uma conta com a nova marca, se ela ainda não existir e for um local relevante para a
empresa se comunicar. Canais sociais incluem, mas não estão limitados a:

Facebook

Twitter

Youtube

Google+

Instagram


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Pinterest

LinkedIn

Arquitetura de marca é a estrutura das marcas dentro de uma entidade organizacional. É a maneira pela qual as marcas
dentro do portfólio de uma empresa estão relacionadas e diferenciadas umas das outras. A arquitetura deve definir:

- as diferentes ligas de marca dentro da organização;

- como a marca corporativa e as submarcas se relacionam e se apoiam mutuamente;

- e como as submarcas refletem ou reforçam o objetivo central da marca corporativa à qual pertencem

Muitas vezes, as decisões sobre Arquitetura de Marca estão relacionadas a como gerenciar uma marca matriz e uma
família de submarcas, gerenciar a arquitetura da marca para maximizar o valor do acionista pode frequentemente incluir o
uso de técnicas de modelo de avaliação de marca.

A arquitetura de marca pode ser definida como um processo integrado de construção de marca, estabelecendo relações de
marca entre as opções de branding no ambiente competitivo. A arquitetura de marca de uma organização a qualquer
momento é, em larga medida, um legado de decisões gerenciais passadas, bem como as realidades competitivas que ela
enfrenta no mercado.

Manual de identidade visual


Também conhecido como Manual de identidade visual corporativa ou simplesmente por Manual de marca é um documento
técnico, concebido por designers gráficos, contendo um conjunto de recomendações, especificações e normas essenciais
para a utilização de uma determinada marca, com o objetivo de preservar as suas propriedades visuais e facilitar a correta
propagação, perceção, identificação e memorização da marca.

As recomendações, especificações e normas geralmente tratam de:

• explicar a lógica construtiva da marca - dos elementos que a compõem (ex. símbolo, logotipo e designações;

• estabelecer as variações formais da marca (ex. assinaturas vertical, horizontal etc.);

• explicar a organização dos elementos que compõem a marca em cada variação formal (ex. símbolo, logotipo e
designações;

• estabelecer as dimensões mínimas de reprodução para preservar a legibilidade em função de cada um dos
diversos meios de reprodução gráfica, assim como nas diversas mídias disponíveis no mercado;

• indicar as especificações técnicas das cores utilizadas na marca, para garantir a fidelidade da cor em cada um
dos diversos meios de reprodução gráfica, assim como nas diversas mídias disponíveis no mercado.

• regulamentar a aplicação da marca em diferentes condições de impressão e fundos de cor.

• explicar aspetos particulares da marca no contexto e complexidade onde esta vai funcionar.

• demonstrar algumas situações de aplicação da marca a serem evitadas


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Um Manual de Identidade Visual pode ser mais ou menos extenso em função da complexidade do contexto onde a marca a
que se refere terá de funcionar. Por exemplo, um manual para uma marca de uma agência de viagens poderá requerer
menos especificações que por exemplo, o manual para uma marca de uma rede de supermercados - onde neste caso, pode
existir a necessidade de especificar as soluções de aplicação da marca em uniformes, veículos, embalagens, sinalização
exterior, interior etc.

O manual de identidade visual é um guia que reúne e disciplina todos os elementos visuais de uma marca e as suas
aplicações. São as cores, tipografia, padrões gráficos e uma série de regras fundamentais para orientar a utilização da
marca em todas as plataformas digitais, bem como impressos em geral.

Benefícios

O Manual de Identidade Visual estabelece normas básicas, por meio de regras claras e funcionais, para garantir a aplicação
correta e consistente da Marca e dos elementos que compõem a identidade visual de uma empresa e/ou produto. Tem o
objetivo de preservar as propriedades visuais de uma Marca e facilitar a correta propagação, percepção, identificação e
memorização da marca por parte do mercado.

A complexidade e o contexto de um Manual de Identidade Visual varia de acordo com as características e aplicabilidade da
marca que representa. No entanto, é comum aparecer em todo Manual de Identidade Visual os elementos gráficos que
compõem a Marca e sua identidade, variações de assinatura e cromáticas da marca, margem de segurança, tamanho
mínimo, grade, aplicação da marca em diferentes fundos, aplicações a serem evitadas, tipografias da identidade e outros
aspectos que sejam importantes para aquela marca.

A qualidade das informações, recomendações, especificações e normas contidas no manual garante a força da marca e da
identificação do público com o negócio/produto que representa. A utilização correta do manual previne erros na aplicação da
logo e na impressão de materiais corporativos, economizando tempo e dinheiro do projeto.

Gestor de identidade visual

O objetivo do gestor de identidade visual é estabelecer uma reputação favorável da organização sobre as partes
interessadas que se espera que sejam traduzidas por essas, numa propensão a comprar produtos e serviços da
organização, trabalhar para ou investir na organização. Há evidências para apoiar a noção de que uma reputação
corporativa favorável confere à organização vantagem competitiva.

A literatura sobre identidade corporativa vê a gestão de identidade corporativa como levando em conta as raízes históricas
de uma organização da personalidade da empresa, e as três partes do mix de identidade corporativa (comportamento dos
membros da organização, comunicação e simbolismo), para adquirir uma reputação corporativa favorável que resulta num
melhor desempenho organizacional. Reputação e desempenho também são influenciados pela evolução do ambiente
externo, como mudanças no comportamento dos concorrentes, bem como por partes interessadas como clientes,
funcionários e governo.

O papel dos designers no gerenciamento da identidade visual das marcas das empresas é entre as tantas atribuições dadas
ao designer, o de projetar identidades visuais talvez seja a mais reconhecida. O papel do designer e suas atribuições
profissionais foram se ampliando e hoje um designer deve se preparar para assumir diversas funções adicionais como
gestor e administrador de seus projetos para que sejam bem-sucedidos.

E, se não for o designer que vai assumir essa função dentro de uma empresa, surge a necessidade de que ele indique um
gestor que entenda do processo de design. Muito se está a fazer nesse sentido, mas começamos a encontrar alguns


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problemas. Organizações que não têm designers no seu departamento dito de “design” e, que têm de cuidar da organização
da identidade visual, deveriam estar atentos para alguns percalços que costumam ocorrer na gestão desse processo.

A identidade visual é composta por logotipo, símbolo, cores institucionais e alfabeto institucional. Segundo o consultor de
identidade Wally Olins, o seu propósito principal é o de apresentar a ideia central da organização com impacto, brevidade e
de forma imediata. Se a identidade visual não conseguir comunicar rapidamente qual é o conceito da marca, ela não será
compreendida pelo seu público e gerará perceções difusas. A necessidade de organizar a identidade num sistema que
prevê diversas aplicações da marca desde fachadas, placas, uniformes até veículos, gera o que se convencionou chamar
de manual de identidade visual. Mesmo existindo esse manual, ele só se materializará, ou seja, só se tornará real na
empresa quando as aplicações forem confecionadas.

É necessário então que haja uma organização e um controle desse processo, pois há um consenso entre diversos
acadêmicos e consultores de design de que a identidade visual quando bem gerenciada, traz às organizações um impacto
positivo na sua imagem e reputação entre os seus diversos públicos, cristalizando a sua essência e proporcionando maior
visibilidade e reconhecimento. Sem esse gerenciamento, o resultado é uma identidade confusa e fragmentada. Apesar da
importância dessa questão, percebe-se que há um certo modismo ou até uma mania entre as organizações de ter uma
identidade visual e um manual que direcione as regras a serem usadas para aplicar a marca corretamente.

Muitas empresas, quando descobriram que era importante ter uma identidade visual e um manual, de repente começaram a
procurar alguém para fazer o serviço. Depois de um tempo descobriu-se que, efetivamente, muitas marcas de empresas
fornecedoras de produtos e serviços, e de empresas governamentais ou instituições até têm os seus manuais de identidade
visual, mas num olhar mais atento, percebe-se que muitas marcas são extremamente problemáticas, mal resolvidas, sem
conceito e, dentro desse universo de marcas incoerentes encontram-se também muitos manuais de marca mal projetados,
com informações precárias, ineficientes e sem função alguma.

Incoerências

Essa discrepância percebe-se na prática quando vemos incoerências na identidade das empresas com aplicações erradas
da sua identidade em fachadas, veículos, cartões, sacos etc. Esse fato ocorre no dia-a-dia de diversas marcas que
conhecemos por aí. Simplesmente começaram a surgir manuais feitos da noite para o dia, praticamente jogados nas mãos
dos empresários, sem a preocupação de acompanhar a produção das aplicações do manual. Dentro desse contexto, uma
nova habilidade torna-se necessária para o designer: elaborar o manual, construir as aplicações da identidade visual e
depois gerenciá-las para ver se estão corretas.

Existe ainda uma grande dificuldade por parte dos empresários em saber quem chamar para realizar o trabalho de
identidade visual. Será esse profissional um designer ou um publicitário? Surgiram até sites que realizam verdadeiros leilões
online para se criar marcas. Tudo em questão de horas! Quando o assunto é marca, podemos perceber que surgiram
muitos termos e muitos profissionais a dizer que vão fazer, construir, gerir, proteger e divulgar a sua marca. Desnecessário
dizer que começou a surgir uma total confusão quando todo mundo de repente começou a dizer que faz branding ou gestão
de marca. Todos dizem que vão cuidar ou divulgar a sua marca. É necessário então estabelecer alguns limites entre
profissões e áreas distintas.

Algumas consultorias de branding não falam de design, mas trabalham o marketing da marca, a arquitetura da marca,
definem o seu posicionamento, definem o seu conceito, os seus atributos e delimitam o DNA da marca. Alguns escritórios
de branding, na verdade são de design e vão realizar corretamente o trabalho de identidade visual e necessitam de um
trabalho preliminar de posicionamento. Podem realizar esse serviço internamente ou contratar uma consultoria externa.

Surgiram também aqueles que avaliam a marca quantificando financeiramente o seu valor. Ressalte-se também a presença
dos advogados da área de propriedade industrial no cuidado com as questões legais de registro das marcas. E não poderia
deixar de mencionar as agências de publicidade fazendo branding, sendo que o seu negócio principal são campanhas
publicitárias para efetivamente divulgar a marca.

Não há dúvida de que todos esses profissionais são importantes no processo de gestão da marca. Diante desta discussão,
como o foco não é o branding, pretende-se tentar entender como se dá o gerenciamento da identidade visual. Entretanto,


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fica a constatação de que quando o assunto é marca, começou a aparecer de repente muita gente entendida no assunto, o
que gerou muita confusão na mente dos empresários.

Partindo do pressuposto de que as questões relativas ao conceito, ao posicionamento e ao marketing da marca já estão
resolvidas e de que já se encontrou um designer para elaborar a identidade visual, parte-se para o processo de gestão do
manual. Fica então a dúvida: O manual está pronto, mas como se dará o acompanhamento da confeção das aplicações
para verificar se estas estão a ser corretamente seguidas? Quem acompanhará este trabalho? Às vezes não há essa
preocupação, ou há até um desconhecimento dessas questões.

Manual de aplicação
Surge então a necessidade de o designer acompanhar esse processo de produção do manual para garantir a sua perfeita
execução. Quando o trabalho de identidade visual é feito para uma empresa, e é fornecido a ela o manual, o que
comumente ocorre é delegar a função de execução do projeto a outros profissionais, no caso de existir um departamento
dentro da empresa que vá cuidar disso.

Não se sabe se haverá um de design, mas então esse departamento poderá ser de arquitetura, de marketing, de
engenharia ou de produção. Independente do nome, esse departamento será responsável por produzir todos os
componentes do manual e aplicá-los na empresa, desde a impressão de cartões até a colocação de adesivos em veículos e
a confeção e colocação de placas de sinalização dentro da empresa. Daí a necessidade de haver um acompanhamento e
um controle de implementação do manual.

É muito comum então encontrarmos departamentos in-company, ou houses dentro de empresas que até fazem o trabalho
de design, confecionam o manual e acompanham a produção das peças por terceiros onde há, muitas vezes, uma
verdadeira confusão se não houver designers lá e se a gestão do processo não estiver a ser bem executado. Se for esse o
caso, as dificuldades são maiores e a empresa deveria contratar designers autónomos ou grupos de designers e colocá-los
nestes departamentos.

A princípio a identidade deveria ser elaborada pelo profissional mais capacitado para esse tipo de trabalho que é o designer.
Para isso ele precisa de tempo e de condições para realizar o trabalho em termos de equipamentos adequados e pessoal
suficiente, ou seja, uma equipe responsável por esse trabalho.

Deveria haver um acompanhamento sistemático da produção das peças para verificar se as mesmas apresentam coerência.
Em instituições muito grandes e complexas, com muitas unidades e divisões, geralmente o manual é enviado para alguma
unidade ou departamento que sozinho fica responsável pela produção de alguns componentes do manual e aí, quando não
há fiscalização desse processo, pode-se encontrar versões da marca sendo usadas de forma incorreta, cores díspares do
que foi preconizado pelo manual e demais situações adversas. O que se sugere então é que o grupo de designers que
confecionou o manual exerça um controle interno dentro da organização para que a identidade seja implementada de forma
correta.

Considerações

Algumas considerações gerais podem agora ser feitas. Existe em algumas organizações uma falta de conhecimento sobre o
que é realmente um sistema de identidade visual, como ele deve ser gerenciado e quais são as pessoas responsáveis pelo
processo. Alguns gestores dentro da empresa teimam em afirmar que sabem o que estão a fazer, quando de fato, não
sabem ou não conseguem admitir ou assumir esse desconhecimento e pedir ajuda. Existe ainda uma incompreensão sobre
o que seja design no seu sentido genérico e ainda mais de que a identidade visual faz parte do design e deve ser
gerenciada.

Daí a necessidade de o CEO estar informado da importância do design corporativo na empresa. Alguns membros da
empresa julgam mal as marcas, às vezes aclamando uma identidade como sendo eficiente, mas na verdade
desconhecendo que ela não está adequada ao público da marca, tanto interno quanto externo. Existe também grande
confusão e brigas entre as áreas de design, marketing e publicidade quanto aos limites de cada profissão e as atribuições e


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competências de cada um ao lidar com marcas. Uma realidade comum é alguns designers desconhecerem totalmente o
marketing da empresa e terem dificuldades em se posicionar dentro da mesma e serem ouvidos.

Alguns manuais de identidade visual existem, mas são muito mal projetados e não ajudam em nada na aplicação real das
marcas. Em suma, manuais de identidade visual estão na moda, muitos, ineficazes e inexpressivos e alguns, até por serem
bons não são corretamente gerenciados. Muitas instituições convivem com identidades visuais ruins e mal aplicadas e não
conduzem pesquisas para atestar a eficiência de sua identidade, às vezes não havendo interesse por parte dos diretores da
empresa em realizar uma auditoria visual para avaliar o que de fato está a acontecer.

A partir do momento em que a identidade visual é elaborada, esta deveria ser gerida e avaliada para a sua completa
eficiência, seja por escritórios de design, seja por departamentos internos nas empresas, sempre com pessoas capacitadas
a fiscalizar se o design previsto no manual confere com o que efetivamente foi aplicado. O designer Fábio Mestriner diz que
o designer tem uma constante preocupação em entender todo o processo de marketing da cadeia produtiva, não deixando
de ser designer, mas tornando-se também um gestor.

É necessário o designer interessar-se em ter capacidades de gerenciamento, produção e marketing, para ser um
profissional mais completo e cuidar da implementação dos seus projetos até o fim.

Gestor de produto

Os gestores de produto são responsáveis por orientar o sucesso de um produto e liderar a equipe multifuncional
responsável pela sua melhoria. É um importante papel organizacional - especialmente em empresas de tecnologia - que
define a estratégia, o roadmap e a definição de recursos para um produto ou linha de produto. A posição também pode
incluir responsabilidades de marketing, previsão e lucros e perdas (P & L). Em muitos aspetos, o papel de um gestor de
produto é similar em conceito a um gerente de marca numa empresa de bens de consumo embalados.

Os gestores de produto fornecem o profundo conhecimento do produto necessário para liderar a organização e tomar
decisões estratégicas sobre produtos. Eles frequentemente analisam as condições de mercado e de concorrência, definindo
uma visão de produto que é diferenciada e oferece valor único com base nas demandas do cliente. O papel abrange muitas
atividades, da estratégica à tática, e fornece uma importante liderança interfuncional - principalmente entre equipes de
engenharia, marketing, vendas e suporte.

O gestor de produto é a pessoa responsável por definir o porque, quando e o que o produto que a equipa de engenharia
constrói. Isso significa que eles lideram equipas multifuncionais desde a conceção de um produto até ao seu lançamento.

Um gestor de produto comunica a visão do produto desde os mais altos níveis de liderança executiva até as equipas de
desenvolvimento e implementação. O gestor de produto investiga, seleciona e conduz o desenvolvimento de produtos para
uma organização, executando as atividades de gerenciamento de produtos.

Um gestor de produto considera vários fatores, como a demografia pretendida, os produtos oferecidos pela concorrência e a
adequação do produto ao modelo de negócios da empresa. Geralmente, um gerente de produto gerência um ou mais
produtos tangíveis. No entanto, o termo pode ser usado para descrever uma pessoa que gerência produtos intangíveis,
como música, informações e serviços.

O papel de um gestor de produto em indústrias de bens tangíveis é semelhante ao papel de um diretor de programa nas
indústrias de serviços.

Diversas interpretações sobre o papel do gestor de produto são a norma. O título do gerente de produtos é frequentemente
usado de várias maneiras para descrever tarefas e responsabilidades drasticamente diferentes. Mesmo dentro da indústria
de alta tecnologia, onde o gerenciamento de produtos é melhor definido, a descrição do cargo do gerente de produto varia
muito entre as empresas. Isso deve-se à tradição e interpretações intuitivas de diferentes indivíduos.


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No setor de serviços financeiros (bancos, seguros, etc.), os gerentes de produto gerenciam produtos (por exemplo, carteiras
de cartão de crédito), seus lucros e perdas e também determinam a estratégia de desenvolvimento de negócios.

Em algumas empresas, o gerente de produto também atua como:

Gerente de marketing de produto: pode executar todas as atividades de marketing de saída no sentido mais antigo do
termo

Gerente de projetos: pode realizar todas as atividades relacionadas ao gerenciamento de cronograma e recursos

Gerente do programa: pode executar atividades relacionadas à execução de cronograma, recurso e multifuncional

O proprietário do produto: uma função popular na metodologia de desenvolvimento Agile, pode executar todas as
atividades relacionadas a um recurso ou plano de conjunto de recursos auto-encapsulado, desenvolvimento e lançamentos.

Gerente técnico de produtos (TPM): semelhante ao proprietário do produto, mas pode realizar todas as atividades sob o
ponto de vista tecnológico.

Designer de produto: mais próximo do designer UX, mas comL mais foco em fluxos de função inteiros.

Conclusão:


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Para que uma empresa possua uma boa imagem, a responsabilidade não é
exclusivamente do departamento de comunicação mas sim de todos os elementos que
colaboram na empresa. Desde o porteiro, a recepcionista, a secretária, o administrativo
ou o próprio administrador terão de estar conscientes de que os seus comportamentos
darão origem a uma imagem da empresa a que pertencem. Todos eles representam a
empresa e são vistos como uma parte da sua estrutura e do seu modo de
funcionamento. A forma de actuação do “elemento humano” interno é que é uma
responsabilidade conjunta do departamento de comunicação e dos recursos humanos.
Assim ao longo deste manual foram abordados os conceitos dos vários tipos de marcas
e logotipos bem como as suas aplicações. Foi abordado também a importância de se
fazer um bom manual de identidade e as suas regras para um melhor funcionamento do
marketing da empresa.


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Referências Bibliográficas:
Fundamentos geométricos aplicados em design de marcas

Manual identidade edp

Manual prático de produção gráfica, Conceição Barbosa

Wikipédia


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