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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ALMEIRIM

Ano letivo 2020/2021

CURSO PROFISSIONAL: TÉCNICO DE MULTIMÉDIA


DISCIPLINA: DESIGN, COMUNICAÇÃO E AUDIOVISUAIS
UFCD 0133: E-DIREITO | 2ºANO Ficha nº3
NOME: ____________________________

A QUESTÃO DA PROPRIEDADE INTELECTUAL E, EM PARTICULAR, DOS


DIREITOS DE AUTOR E COPYRIGHT – LEGISLAÇÃO. PRAZOS DE PROTEÇÃO

DIREITO À INTEGRIDADE E DIREITO DE CITAÇÃO


DIREITO À INTEGRIDADE
• O autor tem a faculdade de assegurar a genuinidade e a integridade da sua obra.
• Tal faculdade consiste no direito de opor-se à sua destruição, a toda e qualquer mutilação,
deformação ou outra modificação da mesma e, de um modo geral, a todo e qualquer ato
que a desvirtue e possa afetar a honra e reputação do autor.
• Desta forma, toda e qualquer utilização da obra deve respeitar a sua genuinidade e
integridade, ou seja, o utilizador não pode alterar, distorcer, modificar a obra, deve, pois,
apresentá-la da forma como se encontra.

DIREITO DE CITAÇÃO
• A utilização livre da obra numa obra alheia deve ser acompanhada da indicação, sempre
que possível, do nome do autor, editor, título da obra e outros elementos identificativos.
• A lei impõe como limite de que a citação não pode ser tão extensa que prejudique o interesse
por aquela obra.

CRIME DE USURPAÇÃO E CRIME DE CONTRAFACÇÃO


CRIME DE USURPAÇÃO
• Consiste na utilização, não autorizada pelo autor ou artista, de uma obra ou prestação.
• O que quer dizer que um terceiro que utilizar a obra ou prestação alheia, necessita do
consentimento do autor, caso contrário pode cometer este crime.
• Comete também o crime de usurpação quem, sem autorização do autor, divulgar ou
publicar uma obra não divulgada ou publicada ou não destinada a tal.
• Pois o autor pode não querer que a sua obra seja divulgada ou publicada.

CRIME DE CONTRAFAÇÃO
• Se uma obra é utilizada, sem o consentimento do autor, mas mantendo o nome deste,
estamos perante uma utilização não autorizada, logo uma usurpação.
• Se alguém se arroga autor de obra alheia, ou seja, se nesta utilização se apresenta a
obra alheia como própria, estamos perante uma contrafação.
• Comete, deste modo, o crime de contrafação quem utilizar como própria obra alheia.
• Pode dar-se através de uma cópia pura e simples da obra – chama-se reprodução servil.
OU Pode dar-se através de uma dissimulação, de um disfarce, mudando a apresentação da
obra original com o intuito de que a que a sua obra pareça original e distinta da original –
chama-se plágio.

Completa a seguinte frase:


______________ é a utilização, sem autorização ou referência ao autor, do trabalho de outros.

Perguntas desenvolvimento e pesquisa. Pesquisa na Internet e responde às questões


seguintes:

1) Para que servem os direitos de autor?


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__________________________________________________________________________

2) Exemplifica duas situações onde os direitos de autor e da propriedade intelectual são violados?
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3) Quando fazes um trabalho deves ter o cuidado de não cometer plágio, para tal o que deves fazer?
Indica duas ações/boas práticas.
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4) É muito importante respeitar as fontes de informação, como o podes fazer?


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5) Escolhe um site da internet que consideras que explica bem os direitos de autor e escreve aqui o seu
endereço.
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REGIME DA VENDA A DISTÂNCIA (NORMAS E CONDIÇÕES)

LEIS RELEVANTES PARA O COMÉRCIO ELETRÓNICO E PARA AS LOJAS ONLINE


• DL n.º 24/2014 – contratos celebrados à distância e fora do estabelecimento comercial.
• DL n.º 70/2007 – práticas comerciais com redução de preço.
• DL n.º 7/2004 – comércio electrónico no mercado interno e tratamento de dados pessoais.
• Guia informativo sobre regras e boas práticas na comunicação comercial no meio digital
• DL n.º 156/2005 – Livro de reclamações
• Lei n.º 144/2015 – mecanismos de resolução extrajudicial de litígios de consumo.
• Código do IVA
• DL n.º 198/2012 – emissão de faturas.

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• Regulamento (UE) 2018/302 do Parlamento Europeu e do Conselho
• Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD/GDPR)
• DL n.º 166/2013 – regime aplicável às práticas individuais restritivas do comércio.
• Instrução n.º 27/2012 – comunicação de informação estatística ao Banco de Portugal.
• Lei n.º 46/2012 – tratamento de dados pessoais e proteção da privacidade nas comunicações
eletrónicas

EM QUE CONSISTE AS VENDAS A DISTÂNCIA?


As vendas a distância caracterizam-se pela ausência de contacto físico entre o comprador e o
vendedor, aquando da aquisição de um bem ou de um serviço. Quer o sistema de
venda/prestação de serviços, o meio de comunicação e a celebração do próprio contrato são
caracterizados pela distância. Ainda que o produto seja entregue pessoalmente, não deixará
de se tratar de uma venda à distância.

QUAIS AS INFORMAÇÕES QUE DEVEM SER, OBRIGATORIAMENTE, PRESTADAS AO


CONSUMIDOR?
A lei obriga a que o consumidor disponha, em tempo útil e antes da celebração do contrato,
entre outras, das seguintes informações: identidade do fornecedor(incluindo o endereço
geográfico); características, preço do bem/serviço (incluindo taxas, impostos e despesas de
entrega, caso existam); modalidades de pagamento, de entrega ou de prestação do serviço;
existência do direito de desistir/terminar o contrato e qual a forma de o fazer; prazo de validade
da oferta ou proposta contratual; duração mínima do contrato.

O CONSUMIDOR TEM ALGUM PRAZO PARA DESISTIR?


O consumidor pode, no prazo de 14 dias (incluindo fins-de-semana e feriados) desistir do
contrato, sem pagar qualquer indemnização ou indicar o motivo. O prazo conta-se a partir da
data da celebração do contrato ou da receção do bem/início da prestação do serviço. Este prazo
pode ser alargado para 3 meses, no caso de o fornecedor não prestar informações essenciais
sobre o contrato (ex. informação sobre os meios que o consumidor tem para desistir).O pedido
de desistência deve ser dirigido ao fornecedor, por escrito (carta registada com aviso de
receção), devendo o consumidor conservar uma cópia.

SALVO ACORDO EM CONTRÁRIO, O CONSUMIDOR NÃO PODE DESISTIR,


NOMEADAMENTE, NOS SEGUINTES CASOS:
• sempre que autorize que a prestação de serviços se inicie antes do prazo de 14 dias;
fornecimento de bens ou prestação de serviços cujo preço dependa de flutuações de taxas
do mercado;
• fornecimento de bens confecionados de acordo com indicações do consumidor;
• fornecimento de gravações de áudio e vídeo, de discos e de programas informáticos sem
selo de garantia.
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SE DESISTIR, COMO VOU REAVER O MEU DINHEIRO?
Se o consumidor terminar o contrato dentro dos 14 dias, o fornecedor fica obrigado a
reembolsar no prazo máximo de 30 dias os montantes que aquele tenha eventualmente pago.
Se não devolver nesse prazo, o fornecedor tem mais 15 dias para restituir o dinheiro, mas em
dobro. O consumidor deve conservar os bens para devolvê-los no prazo de 30 dias a contar da
data de receção dos mesmos.

PAGAMENTO POR CARTÃO DE CRÉDITO.


Nas vendas a distância, pode pedir-se a anulação de um pagamento e a restituição do respetivo
dinheiro debitado, no caso de utilização fraudulenta do mesmo. Esta devolução deve ser feita
pelo banco emissor do cartão (através de crédito em conta, por ex.) no prazo máximo de 60
dias a contar da data em que o consumidor fez o seu pedido de reembolso.

E SE O CONSUMIDOR TIVER ASSINADO UM CONTRATO DE CRÉDITO?


Se o preço do bem tiver sido coberto por um crédito, o contrato de crédito considera-se
automática e simultaneamente terminado, sem que o consumidor tenha de pagar
indemnização, caso termine o contrato dentro de 14 dias. Deve enviar uma carta registada com
aviso de receção a dar conhecimento da desistência.

E SE A VENDA FOR CELEBRADA ATRAVÉS DA INTERNET?


O comércio eletrónico constitui uma modalidade de compra e venda à distância, através da
qual se adquirem bens (ex. um livro ou programa informático) ou se contratam serviços (como
uma passagem de avião, a reserva de um quarto de hotel, o aluguer de um automóvel e o
acesso a uma base de dados).Conselhos úteis Identificar uma página segura. Antes de
encomendar um produto, é fundamental saber se a página é segura, pois vai transmitir dados
pessoais e, em muitos casos, bancários. Nas páginas seguras pode aparecer o símbolo de um
cadeado. Mas não há nenhuma forma de garantir segurança absoluta. Por isso, tenha uma
atitude prudente em páginas que não conhece bem ou que, por alguma razão, lhe suscitem
dúvidas.

CARACTERÍSTICAS DO PRODUTO.
Neste tipo de contratos, em que o consumidor não dispõe de contacto directo com o bem que
compra, é essencial que a informação seja o mais completa possível. Devem descrever o bem
ou serviço em todas as suas vertentes. É comum incluir fotografias dos produtos, descrição
detalhada, medidas e pesos. Dados pessoais. Em alguns contratos são solicitados vários dados
pessoais ao comprador. Na União Europeia existe legislação sobre a recolha, tratamento e
utilização de dados pessoais. Mas tenha cuidado quando navegar por páginas exteriores ao
espaço comunitário, já que os seus dados podem ser utilizados para fins diversos.

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