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Necessidades de Segurança:
Trata-se da necessidade de estar protegido contra os diversos perigos que podem ameaçar os indivíduos.
Produtos tão diferentes como os cintos de segurança, os seguros ou a medicina preventiva podem
responder a este tipo de necessidades. Estas necessidades devem ser tomadas no sentido de segurança
física, mas também de estabilidade, de proteção, e mesmo de dependência.
Necessidades de Estima: Além do desejo de ser aceite, há também uma necessidade de ser estimado
por si próprio (autoestima) e pelos outros. Um exemplo das condutas que podem gerar esta necessidade
é o snobismo, pelo qual o indivíduo procura impor a ele próprio e aos outros uma imagem digna de
estima, procura impressionar os outros.
Necessidades de Autorrealização: Constituem-se como o cume das aspirações humanas. Poderão ser
retratadas pela necessidade de ultrapassar obstáculos, de conseguir comprar algo que seja de difícil
alcance.
Maslow defende que estas necessidades estão hierarquizadas, o que significa que o
consumidor só passará para uma necessidade de nível superior quando tiver
satisfeito a imediatamente anterior, pelo menos na sua grande parte.
Teoria das motivações
A motivação é a força impulsora (desejo) por trás de todas as ações de um organismo. É o processo
responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de uma
determinada meta.
➢ Satisfeita: Se a necessidade for satisfeita, deixa de ser motivadora de comportamento, já que não
causa tensão ou desconforto.
➢ Frustrada: Neste caso a tensão provocada pelo surgimento da necessidade encontra uma barreira
ou um obstáculo, provocando agressividade, descontentamento, tensão emocional, apatia,
indiferença.
➢ Compensada: Acontece quando a satisfação de uma outra necessidade reduz a intensidade de uma
necessidade que não pode ser satisfeita.
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Na elaboração das políticas de distribuição e de comunicação que procuram objetivos de vendas a curto
prazo, o alvo da mensagem será o cliente, visto que é necessário convencê-lo de que o bem ou serviço
em questão vão satisfazer as necessidades do consumidor. Para este efeito são desenvolvidas
determinadas características e atributos para esse bem, orientadas para a satisfação do cliente, que vai
ter a oportunidade de confirmar ou não a sua qualidade posteriormente.
O conhecimento, em cada momento, das forças que movem os consumidores, pode ajudar a detetar as
oportunidades no mercado, ou seja, as necessidades não satisfeitas que podem ser acessíveis ou
rentáveis.
Processo de decisão
A noção de processo de compra faz referência a um conjunto de etapas que se sucedem até à compra
final. Existem numerosas conceptualizações deste processo, mas a maioria dos estudos e de observações
de compra complexas conduzem a um esquema em quatro grandes etapas:
Reconhecimento do problema
É raro que passe um dia sem que enfrentemos problemas de consumo. Os sentimentos de ansiedade,
ou melancolia que acompanham o despertar de uma necessidade ou de um problema de consumo podem
ter diversos graus.
O tipo de ação empreendida pelo consumidor como resposta aos problemas reconhecidos relaciona-se
de forma direta com a situação, com a sua importância para o consumidor e com a insatisfação criada
pelo problema.
O nível de desejo pessoal para resolver um problema particular depende de dois fatores:
O despertar de uma necessidade pode ser facilitada por uma modificação da situação do comprador. O
nascimento de um filho, a escolarização, a passagem para a vida adulta ou o matrimónio são ocasiões
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geradoras de novas necessidades em matéria de alimentação, vestuário, equipamento e inclusivamente
habitação.
Procura de informação
Uma vez reconhecida a existência do problema, um primeiro conjunto de processos passa por analisar a
informação relevante na memória do sujeito.
Se o sujeito percebe que tem informação suficiente levará a cabo os processos e comportamentos
derivados da estratégia ou planificação previstas. Noutro caso, a etapa seguinte do processo requererá
a análise do contexto com o objetivo de estimar a quantidade e o tipo de informação que existe
disponível.
Simultaneamente, esse processo cíclico completa-se com um processo avaliativo da informação que se
adquire, no qual o sujeito analisa e interpreta a informação e vai gerando reações cognitivas, afetivas e
comportamentais concretas que o levam a um novo estado no processo e uma atualização da situação
anterior.
➢ Tipo: varia segundo as características tangíveis do custo e resultado até fatores intangíveis como o
estilo, o gosto, o prestígio e a imagem de marca.
➢ Número: depende do produto, do consumidor e da situação. No caso dos produtos simples, o número
de critérios é pequeno. Em produtos mais envolventes, o número pode ser muito maior.
➢ Importância: tem a ver com a hierarquização dos critérios por ordem de importância.
A fase de recolha e tratamento da informação conduz, num prazo mais ou menos longo a uma eleição,
ou inclusivamente a uma série de eleições pois, um consumidor quando opta pela compra de um produto
está a enfrentar múltiplas decisões: marca, modelo, preço, local de compra, volume de compra, forma
de pagamento...
A ordem pela qual o consumidor toma as suas decisões e a hierarquia que as une, é um dos campos
mais estudados pelo comportamento do consumidor.
O consumidor tem que fazer várias escolhas, uma das mais importantes é, sem dúvida, a seleção do
ponto de venda.
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➢ Imagem do estabelecimento;
➢ Publicidade;
➢ Localização e tamanho do estabelecimento.
➢ Existem, igualmente atributos do próprio consumidor que contribuem para a escolha do local de
venda:
➢ Risco percebido;
➢ Orientação de compra.
Por outro lado, existem também influências que alteram a eleição de marcas no interior da
loja:
Novamente, as atividades de avaliação serão mais ou menos complexas dependendo do interesse geral
do indivíduo na decisão.
2. Quais os factores que julga serem mais importantes para uma perfumaria na decisão de
adoptar ou não a distribuição de um novo perfume de “alta perfumaria”?
É altura para encomendar o jantar pelo telefone. Enquanto Charlotte passa tempo com a família, este
serviço oportuno prepara-lhe um jantar apetitoso – não uma pizza ou hambúrguer – e traz-lho a casa
com flores frescas se as desejar. Repousada e jantando em casa, ela pode evitar o cansaço de ter de
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cozinhar ou sair com os miúdos para outra noite de comida rápida. E depois do jantar, Charlotte pode
sentar-se com a família e ver um filme de vídeo trazido a casa pelo serviço móvel de aluguer de filmes
de vídeo. O jantar encomendado desta forma custa mais 20% do que uma refeição típica num
restaurante; o aluguer do vídeo custa 1/3 mais. Valem a pena? A Charlotte, que se descalça e afunda
no sofá, certamente parece que sim.
Imagine esta cena repetida em centenas de lares todas as noites. Milhares de outros adultos como
Charlotte têm que fazer face a uma lista de tarefas diárias que parece interminável. Tem que levar o
carro a arranjar, deixar roupa a limpar na lavandaria, renovar a carta de condução, chamar alguém para
reparar a máquina de lavar louça... A lista parece não ter fim. Como e que podem ter um emprego e
ainda atender a todas estas exigências?
O que torna estes serviços viáveis? A resposta é: tecnologia informática. Podem ser usados
computadores para processar encomendas, planificar entregas, construir bases de dados de clientes e
ajustar promoções a clientes em determinada área postal que tenham gasto determinado montante em
certo mês. Podem levar a cabo sorteios ou promoções especiais, preparar extractos mensais, tratar da
contabilidade e pagamentos de salários. Sem a gestão de informação a baixo custo, proporcionada pelos
computadores, os custos da maior parte dos serviços seriam exorbitantes.
Mesmo assim, estes serviços de conveniência custam mais aos clientes. Valem a pena? Considere os
custos psíquicos que recaem sobre os casais com filhos em que ambos trabalham. Estas pessoas sofrem
hoje em dia fortes pressões de tempo. Actualmente, as pessoas trabalham mais e dedicam mais horas
ao emprego. Junte-lhes o tempo gasto em tarefas necessárias durante as horas em que não trabalham
e têm muito pouco tempo para si mesmos. Para ganharem algum tempo, os consumidores estão a
adquirir serviços de conveniência e a alterar os seus hábitos de compra. Alguns “contratam” outros para
lhes fazerem as compras, outros confiam em catálogos ou compram através de sistemas informatizados.
Fazer compras é tão fácil como premir a tecla “enter” ou carregar com o “rato” em “compra". Quando
terminam as suas compras os clientes podem desligar o computador e descansar um pouco – apreciando
os prazeres do lar.
Traduzido e adaptado de Kotler,P. e Armstrong, G. Principles of Marketing, 6ª Ed., Prentice-Hall,1994
Questões
a) Considere o processo de compra típico de quem encomenda uma refeição pelo telefone
e quem adquire um fato novo. Como é que as fases do processo de compra diferem
nestas duas situações de compra? O que é que isto sugere aos gestores de marketing?