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RISCOS GERAIS
RUÍDO

diretor de capítulo

Alice H. Suter 47

Natureza e efeitos do ruído

Alice H. Suter ........................................ .. 47.2 Medição
Resumo
do ruído ruído e avaliação da exposição Eduard I. Denisov
e German A. Suvorov ...................... 47.6 RESUMO

Técnicas de controle de ruído

Programas de Conservação Auditiva Larry

H. Royster e Julia Doswell Royster ..................................... 47.12
Regras e regulamentos
Dennis P. Driscoll.............................. 47,8

Alice H. Suter ................................... 47.16

ENCICLOPÉDIA DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 47,1 RESUMO 47,1

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RISCOS GERAIS
• NATUREZA E EFEITOS DO RUÍDO
NATUREZA E EFEITOS DO RUÍDO
Alice H. Suter
A difusão do ruído no trabalho O ruído é um dos
riscos mais comuns no local de trabalho. Nos Estados Unidos,
por exemplo, mais de 9 milhões de trabalhadores são expostos
diariamente a níveis médios de ruído de 85 decibéis ponderados
A (dBA). Esses níveis de ruído são potencialmente perigosos
para sua audição e também podem ter outros efeitos prejudiciais.
Existem aproximadamente 5,2 milhões de trabalhadores expostos
a níveis de ruído ainda maiores em ambientes fabris e empresas
de água, gás e eletricidade, o que representa cerca de 35% do
total de pessoas que trabalham no setor manufatureiro nos
Estados Unidos.
Níveis de ruído perigosos são facilmente identificados e, na
grande maioria dos casos, é tecnicamente viável controlar o
excesso de ruído aplicando tecnologia de prateleira, modernizando
equipamentos ou processos, ou modernizando máquinas
barulhentas. Mas muitas vezes, nada é feito. Há várias razões
para isso. Em primeiro lugar, enquanto muitas soluções de
controle de ruído são extremamente baratas, outras são muito
caras, principalmente quando é necessário atingir níveis de
redução de 85 ou 80 dBA.
Uma razão muito importante para a ausência de programas de
conservação auditiva e controle de ruído é que, infelizmente, o
ruído é muitas vezes aceito como um “mal necessário”, uma
parte do negócio, um aspecto inevitável do trabalho industrial. O
ruído perigoso não derrama sangue, não quebra ossos, não faz
com que os tecidos pareçam ruins e, se os trabalhadores
aguentarem os primeiros dias ou semanas de exposição, muitas
vezes se sentem “acostumados” ao ruído.
No entanto, é mais provável que eles tenham começado a sofrer
Figura 47.1 • Exposição ao ruído no trabalho: a experiência dos EUA.
47,2 NATUREZA E EFEITOS DO RUÍDO
uma perda auditiva temporária, que diminui sua sensibilidade
auditiva durante o dia de trabalho e geralmente persiste à noite.
Essa perda auditiva então progride insidiosamente, aumentando
gradualmente ao longo de meses e anos, passando despercebida
até atingir proporções incapacitantes.
Outra razão importante para a falta de reconhecimento dos
perigos do ruído é que a deficiência auditiva resultante carrega
um estigma. Como Raymond Hétu demonstrou tão claramente
em seu artigo sobre Reabilitação da Perda Auditiva Induzida por
Ruído nesta Enciclopédia, a visão comum dos deficientes
auditivos é que eles são velhos, mentalmente lentos e geralmente
incompetentes. , e aqueles que estão em risco desse tipo de
deterioração relutam em reconhecer nem sua deficiência nem o
risco por medo de serem estigmatizados. Isso é muito lamentável,
porque a perda auditiva induzida por ruído pode ser permanente
e, além da perda auditiva relacionada à idade, pode levar à
depressão e ao isolamento em pessoas de meia-idade e idosos.
Medidas preventivas devem ser tomadas antes do início da perda
auditiva.
Extensão da exposição ao ruído Como
já mencionado, o ruído é especialmente prevalente nas indústrias
de manufatura. O Departamento do Trabalho dos EUA estimou
que 19,3% das pessoas que trabalham em ambientes fabris e
concessionárias de água, gás e eletricidade estão expostas a
níveis médios de ruído de 90 dBA ou mais diariamente, em 34,4%
em níveis acima de 85 dBA , e 53,1% em níveis acima de 80
dBA. Essas estimativas devem ser bastante típicas da
porcentagem de trabalhadores expostos a níveis de ruído
perigosos em outras nações. É provável que os níveis sejam um
pouco mais altos em países menos desenvolvidos, onde os
controles de engenharia são menos amplamente utilizados, e
ENCICLOPÉDIA DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
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um pouco menor em países com programas de controle de ruído mais
rigorosos, como os países escandinavos e a Alemanha.
Muitos trabalhadores em todo o mundo sofrem exposições muito
perigosas, bem acima de 85 ou 90 dBA. Por exemplo, o Departamento
do Trabalho dos EUA estimou que apenas nas indústrias de manufatura,
quase meio milhão de trabalhadores são expostos diariamente a níveis
médios de ruído de 100 dBA ou mais, e mais de 800.000 a níveis entre
95 e 100 dBA.
A Figura 47.1 lista as indústrias manufatureiras mais ruidosas dos
Estados Unidos em ordem decrescente da porcentagem de trabalhadores
expostos a mais de 90 dBA e fornece estimativas de exposição por
setor industrial.
Necessidades de pesquisa Os artigos a
seguir neste capítulo tentam deixar claro que os efeitos da maioria dos
tipos de ruído na audição são bem conhecidos. Os critérios para os
efeitos do ruído contínuo, variável e intermitente, que permanecem
essencialmente inalterados, foram desenvolvidos há cerca de 30 anos.
Em contraste, a situação não é a mesma para o ruído de impulso. Para
a mesma energia sonora e em níveis relativamente baixos, o ruído de
impulso parece não ser mais prejudicial – e talvez menos – do que o
ruído contínuo. Mas em níveis altos parece ser mais prejudicial,
especialmente se um nível crítico (ou, mais apropriadamente, uma
exposição crítica) for excedido.
Mais pesquisas são necessárias para definir com mais precisão a
forma da curva de dano/risco.
Outro ponto que precisa ser esclarecido diz respeito ao efeito nocivo
do ruído, tanto para a audição quanto para a saúde em geral, aliado a
outros agentes. Embora os efeitos combinados de ruído e drogas
ototóxicas sejam bastante bem compreendidos, há uma preocupação
crescente com a combinação de ruído e produtos químicos industriais.
Solventes e outros agentes parecem aumentar sua neurotoxicidade
quando a exposição a eles é combinada com altos níveis de ruído.
Trabalhadores expostos ao ruído no setor manufatureiro e nas forças
armadas recebem mais atenção em todo o mundo. Em contraste,
muitos trabalhadores de mineração, construção, agricultura e transporte
também estão expostos a níveis perigosos de ruído, conforme mostrado
na Figura 47.1. As necessidades exclusivas associadas a esses
trabalhos precisam ser avaliadas e medidas de controle de ruído e
outros aspectos dos programas de conservação auditiva estendidos a
eles. Infelizmente, fornecer esses programas para trabalhadores
expostos ao ruído não garante a prevenção da perda auditiva e seus
outros efeitos prejudiciais. Embora existam métodos padronizados de
avaliação da eficácia de tais programas, eles podem ser muito
complicados e não são amplamente utilizados. Métodos simples de
avaliação precisam ser desenvolvidos ao alcance de empresas grandes
ou pequenas, ou com recursos mínimos.
Como já mencionado, embora a tecnologia exista para eliminar a
maioria dos problemas de ruído, existem grandes lacunas na sua
implementação. Métodos precisam ser desenvolvidos para fornecer
informações sobre quaisquer soluções de controle de ruído para todos
que precisarem. Os dados de controle de ruído precisam ser
informatizados e disponibilizados não apenas para usuários em países
em desenvolvimento, mas também para nações industrializadas.
Tendências futuras Em
alguns países, há uma tendência de dar mais ênfase à exposição ao
ruído não ocupacional e sua parcela de responsabilidade pela perda
auditiva. entre as atividades e
ENCICLOPÉDIA DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
RISCOS GERAIS
As fontes de ruído desse tipo incluem caça, tiro ao alvo, brinquedos
barulhentos e música alta. Essa abordagem é benéfica, pois destaca
algumas causas potencialmente importantes de deficiência auditiva,
mas na verdade pode ser prejudicial se desviar a atenção de problemas
sérios de ruído no trabalho.
Entre os países da União Europeia, evidencia-se uma tendência
muito acentuada para a normalização da questão do ruído. Este
processo inclui o desenvolvimento de normas relativas às emissões de
ruído do produto e à exposição ao ruído.
Por outro lado, o processo de elaboração de normas não é rápido na
América do Norte, especialmente nos Estados Unidos, onde o trabalho
normativo está paralisado e existe a possibilidade de ir para a
desregulamentação. Os esforços para regular o ruído de novos produtos
foram abandonados em 1982, ano em que o Escritório de Ruído da
Agência de Proteção Ambiental foi fechado, e as regulamentações de
ruído podem não sobreviver ao atual clima de desregulamentação no
Congresso.
Os países em desenvolvimento parecem estar em processo de
adoção e revisão de padrões de ruído. Essas regulamentações tendem
ao conservadorismo, pois apontam para um limite de exposição
admissível de 85 dBA e um fator de acumulação (relação de
interdependência tempo/intensidade) de 3 dB.
Resta saber até que ponto essas regras serão aplicadas, especialmente
nas economias emergentes.
Alguns países em desenvolvimento tendem a se concentrar no
controle de ruído por métodos técnicos, em vez de abordar as
complexidades dos testes audiométricos, protetores auditivos,
treinamento e manutenção de registros. Esta abordagem parece muito
sensata, desde que seja viável. Às vezes terá que ser complementado
com o uso de protetores auditivos para reduzir a exposição a níveis
seguros.
Os Efeitos do Ruído* A perda
auditiva é o mais conhecido e provavelmente o mais grave efeito
prejudicial do ruído, mas não o único. Outros efeitos deletérios são
zumbido (sensação de zumbido nos ouvidos), interferência na
comunicação falada e na percepção dos sinais de alarme, alterações
no desempenho laboral, desconforto e efeitos extra-auditivos. Na
maioria das circunstâncias, a proteção auditiva dos trabalhadores deve
proteger contra a maioria desses outros efeitos. Essa consideração
deve encorajar as empresas a implementar programas adequados de
controle de ruído e conservação auditiva.
Deficiência auditiva
A deficiência auditiva induzida por ruído é muito comum, mas muitas
vezes é subestimada porque não causa efeitos visíveis e, na maioria
dos casos, nenhuma dor. Há apenas uma perda gradual e progressiva
da comunicação com a família e amigos e uma perda de sensibilidade
aos sons do ambiente, como o canto dos pássaros ou a música.
Infelizmente, a capacidade de ouvir corretamente é muitas vezes tida
como certa até ser perdida.
Essas perdas podem ser tão graduais que passam despercebidas
até que a deterioração se torne incapacitante. O primeiro sinal
geralmente é que os outros não parecem falar tão claramente quanto
costumavam. A pessoa afetada tem que pedir aos outros que repitam e
muitas vezes observa como eles se incomodam com sua aparente falta
de consideração. Muitas vezes você tem que
*
Algumas das informações nesta seção são adaptadas de Suter, AH,
“Noise and the conservation of listening”, Capítulo 2 do Manual de
Conservação de Audição (3ª ed.), Conselho de Acreditação em Conservação
de Audição Ocupacional, Milwaukee, Wisconsin, EUA EUA (1993).
47,3 NATUREZA E EFEITOS DO RUÍDO 47,3
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RISCOS GERAIS
diga à sua família e amigos coisas como: “Não grite comigo. Eu ouço você,
mas não entendo o que você está dizendo."
À medida que a perda auditiva aumenta, a pessoa afetada começa a
se afastar das relações sociais. Eventos religiosos, reuniões cívicas,
reuniões sociais ou shows começam a perder o apelo e a pessoa
prefere ficar em casa. O volume da televisão torna-se uma fonte de
conflito e, por vezes, obriga outros membros da família a sair da sala.
Com o tempo, a presbiacusia, ou perda auditiva que acompanha
naturalmente o processo de envelhecimento, aumenta a deficiência
auditiva. Finalmente, a situação pode chegar a tal ponto que a pessoa
afetada só se comunica com seus parentes ou amigos com grande
dificuldade, e é aí que se encontra verdadeiramente isolado. Um
aparelho auditivo pode ajudar em alguns casos, mas a clareza da
audição natural nunca é restaurada da mesma forma que a visão é
alcançada com o uso de óculos graduados.
Deficiência Auditiva Ocupacional A
deficiência auditiva induzida por ruído é geralmente considerada uma
doença ocupacional, não uma lesão, pois sua progressão é gradual. É
muito raro ocorrer perda auditiva imediata e permanente devido a um
incidente ensurdecedor, como uma explosão, ou um processo muito
barulhento, como rebitar em aço. Nesses casos, entende-se que se
trata de uma lesão e é referido como “trauma acústico”. Normalmente,
como observado acima, há um declínio lento na capacidade auditiva ao
longo de muitos anos. O grau de deterioração dependerá do nível de
ruído, da duração da exposição e da sensibilidade do trabalhador em
questão. Infelizmente, não há tratamento médico para deficiência
auditiva relacionada ao trabalho; só há prevenção.
Os efeitos do ruído na audição estão bem documentados e há
pouco espaço para controvérsia sobre o nível de ruído sustentado que
causa vários graus de perda auditiva (ISO 1990). Também é indiscutível
que o ruído intermitente causa perda auditiva. No entanto, períodos de
ruído interrompidos por períodos de silêncio podem dar ao ouvido
interno a chance de se recuperar de uma perda auditiva temporária e,
portanto, são um pouco menos perigosos do que o ruído contínuo. Tal
situação é aplicável principalmente a trabalhos ao ar livre, mas não a
ambientes internos, como fábricas, onde os intervalos de silêncio
necessários são raros (Suter 1993).
Ruídos de impulso, como tiros ou batidas de metal, também
prejudicam a audição.
Há até evidências de que é mais perigoso do que outros tipos de ruído
(Dunn et al. 1991; Thiery e Meyer-Bisch 1988), embora nem sempre
seja o caso. O grau de dano dependerá principalmente do nível e da
duração do pulso e pode ser agravado pelo ruído de fundo contínuo. Há
também evidências de que as fontes de ruído de impulso de alta
frequência são mais prejudiciais do que as de baixa frequência
(Hamernik, Ahroon e Hsueh 1991; Price 1983).
A perda auditiva induzida por ruído geralmente é temporária no
início. Durante um dia barulhento, o ouvido fica fatigado e o trabalhador
experimenta uma redução na capacidade auditiva conhecida como
Deslocamento Temporário do Limiar (TTS). Entre o final de um turno de
trabalho e o início do próximo, o ouvido geralmente se recupera de
grande parte desse STT, mas muitas vezes parte da perda persiste.
Após dias, meses e anos de exposição, o TTS dá origem a efeitos
permanentes e novos sintomas começam a se acumular.
47,4 NATUREZA E EFEITOS DO RUÍDO
défices devidos ao TTS em perdas já permanentes. Um bom programa
de exames audiométricos permitirá identificar essas perdas auditivas
temporárias e propor medidas preventivas antes que se tornem
permanentes.
Existem evidências experimentais de que vários agentes industriais
são tóxicos para o sistema nervoso e causam perda auditiva em animais
de laboratório, principalmente se apresentados em combinação com
ruído (Fechter 1989). Esses agentes incluem a) metais pesados
perigosos, como compostos de chumbo e trimetil-estanho; b) solventes
orgânicos, tais como tolueno, sileno e dissulfeto de carbono, ec) um
asfixiante, monóxido de carbono. Pesquisas recentes com trabalhadores
industriais (Morata 1989; Morata et al. 1991) sugerem que algumas
dessas substâncias (dissulfeto de carbono e tolueno) podem aumentar
o potencial nocivo do ruído. Há também evidências de que certos
medicamentos que já são tóxicos para o ouvido podem aumentar os
efeitos nocivos do ruído (Boettcher et al.
1987). Certos antibióticos e agentes quimioterapêuticos podem ser mencionados.
Os responsáveis pelos programas de conservação auditiva devem
estar cientes de que os trabalhadores expostos aos produtos químicos
ou medicamentos mencionados podem ser mais sensíveis à perda
auditiva, ainda mais se já estiverem expostos ao ruído.
Deficiência Auditiva Não Ocupacional É
importante compreender que o ruído no trabalho não é a única causa
de perda auditiva induzida por ruído entre os trabalhadores. Existem
também fontes de ruído extra-ocupacionais que produzem o que às
vezes é chamado de “socioacusia” e cujos efeitos sobre a audição são
impossíveis de diferenciar dos demais.
Só é possível fazer suposições, fazendo perguntas detalhadas sobre as
atividades recreativas e outras atividades ruidosas realizadas pelo
trabalhador. Exemplos de fontes socioacústicas incluem ferramentas de
marcenaria, motosserras, motocicletas sem silenciadores, música alta e
armas de fogo. Tiros frequentes com armas de grande calibre (sem
proteção auditiva) podem contribuir significativamente para a perda
auditiva induzida por ruído, enquanto a caça ocasional com armas de
menor calibre tem menos probabilidade de causar danos.
A exposição ao ruído não ocupacional e a socioacusia resultante são
importantes, pois essa perda auditiva se soma àquela que pode ser
sofrida pela exposição a fontes de ruído ocupacional. Para o benefício
da saúde auditiva geral dos trabalhadores, seria aconselhável aconselhá-
los a usar protetores auditivos adequados se realizarem atividades
recreativas ruidosas.
Acufenos
O zumbido é um processo que frequentemente acompanha a perda
auditiva temporária ou permanente induzida por ruído, bem como outros
tipos de perda auditiva neurossensorial. Muitas vezes descrito como
uma "sensação de zumbido nos ouvidos", pode ser leve em alguns
casos e grave em outros.
Algumas pessoas relatam se incomodar mais com esse toque do que
com a deficiência auditiva.
As pessoas com zumbido tendem a notar seu zumbido mais em um
ambiente silencioso, por exemplo, ao tentar dormir à noite ou sentar em
uma cabine à prova de som para um teste audiométrico. É um sinal de
que as células sensoriais do ouvido interno foram irritadas. Muitas vezes
precede a perda auditiva induzida por ruído e, portanto, é um importante
sinal de alerta.
ENCICLOPÉDIA DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
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Interferência na comunicação e segurança Não
há dúvida de que o ruído pode dificultar ou “mascarar” a
comunicação falada e os sinais de alarme. De fato, muitos
processos industriais podem ser realizados sem problemas
com um mínimo de comunicação entre os trabalhadores. No
entanto, outros trabalhos, como os realizados por pilotos de
avião, engenheiros ferroviários, comandantes de carros
blindados e muitos outros, dependem muito da comunicação
falada. Algumas dessas pessoas usam sistemas eletrônicos
que suprimem o ruído e amplificam a voz.
Hoje, existem sistemas avançados de comunicação, alguns deles com
dispositivos que cancelam sinais acústicos indesejados, para facilitar a
comunicação.
Em muitos casos, os trabalhadores não podem fazer nada além de
sobreviver, lutando para entender e se comunicar com o barulho, com gritos
ou sinais. Às vezes, eles desenvolvem afonia ou até sofrem de nódulos ou
outras anomalias nas cordas vocais devido ao esforço excessivo da voz.
Eles podem, portanto, exigir atenção médica.
A experiência mostra que com níveis de ruído acima de 80 dBA é
necessário falar muito alto e acima de 85 dBA é necessário gritar. Com
níveis muito superiores a 95 dBA, é preciso se aproximar do interlocutor
para poder se comunicar. Acústicos desenvolveram métodos para prever o
grau de comunicação que pode ocorrer em situações industriais. As
previsões resultantes dependem das características acústicas do ruído e da
fala (ou outro sinal desejado), bem como da distância entre os alto-falantes.
É bem conhecido que o ruído pode interferir na segurança, mas este
problema só foi documentado por um número muito limitado de estudos (por
exemplo, Moll van Charante e Mulder 1990; Wilkins e Acton 1982). No
entanto, tem havido inúmeros relatos mostrando roupas e mãos de
trabalhadores sendo presos em máquinas e sofrendo ferimentos graves
enquanto seus colegas de trabalho ignoravam seus gritos de socorro. Para
evitar falhas de comunicação em ambientes ruidosos, algumas empresas
instalaram dispositivos de alerta visual.
Outro problema, mais reconhecido pelos próprios trabalhadores expostos
ao ruído do que pelos profissionais de conservação auditiva e saúde
ocupacional, é que os protetores auditivos às vezes interferem na percepção
de palavras e sinais de alarme, principalmente quando já se tem perda
auditiva e os níveis de ruído estão abaixo de 90 dBA ( Suter 1992). Nesses
casos, é muito legítimo que os trabalhadores se preocupem em usar esses
protetores. É importante ouvir suas preocupações e implementar controles
de ruído de engenharia ou melhorar o tipo de proteção oferecida, como
protetores embutidos em um sistema de comunicação eletrônica. Além
disso, já existem protetores auditivos com resposta de frequência mais plana
e de “alta fidelidade”, o que pode melhorar a capacidade de compreensão
de palavras e sinais de alerta.
Efeitos no desempenho do
trabalho Os efeitos do ruído no desempenho do trabalho
foram estudados tanto em laboratório como em condições reais de trabalho.
Os resultados mostraram que o ruído geralmente tem pouco efeito no
desempenho de tarefas repetitivas e monótonas e até melhora em alguns
casos se for de nível baixo ou moderado. Por outro lado, altos níveis de
ruído podem prejudicar o desempenho do trabalho, especialmente se a
tarefa for complicada ou multitarefa. O ruído intermitente tende a ser mais
perturbador do que o ruído contínuo, especialmente quando os períodos de
ruído são imprevisíveis e incontroláveis. Algumas pesquisas indicam que em
ambientes ruidosos é menos
ENCICLOPÉDIA DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
RISCOS GERAIS
as pessoas são mais propensas a ajudar umas às outras e mais propensas
a se envolver em comportamento antissocial. (Veja um estudo detalhado
dos efeitos do ruído no desempenho no trabalho em Suter 1992.)
Incômodo
Embora o termo 'incômodo' seja mais frequentemente associado a problemas
de ruído de natureza comunitária, como os encontrados em aeroportos ou
pistas de corrida, os trabalhadores industriais também podem ser
incomodados ou irritados pelo ruído em seu local de trabalho. Essas queixas
podem estar relacionadas ao comprometimento da comunicação
fonoaudiológica e do desempenho no trabalho descritos acima, mas também
podem ser decorrentes da verdadeira aversão ao ruído. Às vezes, essa
aversão é tão forte que leva alguns trabalhadores a procurar emprego em
outros lugares, embora essa oportunidade nem sempre se apresente. Após
um período de adaptação, a maioria deles não parece tão incomodada, mas
pode continuar a se queixar de fadiga, irritabilidade e insônia. (Essa
adaptação será muito melhor se os trabalhadores jovens forem equipados
com protetores adequados desde o início, antes de sofrerem qualquer perda
auditiva.) É interessante notar que esse tipo de informação às vezes aparece
após o início de um negócio. , uma vez que os trabalhadores percebem o
contraste entre as condições anteriores e a melhoria posterior.
Efeitos extra-
auditivos Como estressor biológico, o ruído pode afetar todo
o sistema fisiológico. Funciona da mesma maneira que outros
estressores, fazendo com que o corpo responda de uma
maneira que pode ser prejudicial a longo prazo. Nos tempos
primitivos, quando chegava a hora de enfrentar o perigo, o
corpo passava por uma série de mudanças biológicas,
preparando-se para lutar ou correr (a clássica resposta “lutar
ou fugir”). Há evidências de que essas mudanças ainda
persistem com a exposição a um alto nível de ruído, mesmo
que se acredite que a pessoa esteja 'adaptada' ao ruído.
A maioria desses efeitos parece transitória, mas com a exposição
continuada alguns se mostraram crônicos em animais de laboratório. Vários
estudos de trabalhadores industriais apontam na mesma direção, enquanto
outros estudos não mostram efeitos significativos (Rehm 1983; van Dijk
1990). A evidência é provavelmente mais clara para efeitos cardiovasculares,
como aumento da pressão arterial ou alterações na química do sangue.
Uma importante série de estudos laboratoriais demonstrou níveis crônicos
de hipertensão arterial em animais após exposição a um nível de ruído de
85 a 90 dBA, que não voltou ao normal quando a exposição cessou (Peterson
et al. 1978, 1981 e 1983).
Estudos de química do sangue mostram aumentos nos níveis das
catecolaminas epinefrina e norepinefrina devido à exposição ao ruído (Rehm
1983), e uma série de experimentos de pesquisadores alemães encontraram
uma conexão entre a exposição ao ruído e o metabolismo do ruído. magnésio
em humanos e animais (Ising e Kruppa 1993).
O raciocínio atual sustenta que a aversão ao ruído provavelmente medeia
psicologicamente os efeitos extra-auditivos do ruído, tornando muito difícil
obter relações dose-resposta. (Veja uma descrição completa deste problema
em Ising e Kruppa 1993.)
Uma vez que os efeitos extra-auditivos do ruído são mediados
do sistema auditivo, o que significa que o ruído deve ser ouvido para que os
efeitos nocivos ocorram, um protetor auditivo devidamente ajustado deve
reduzir a probabilidade de
47,5 NATUREZA E EFEITOS DO RUÍDO 47,5
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RISCOS GERAIS
esses efeitos ocorrem da mesma forma que ocorre com a perda auditiva.
• MEDIÇÃO E AVALIAÇÃO DE RUÍDO
DA EXPOSIÇÃO
MEDIÇÃO DE RUÍDO. AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO
Eduard I. Denisov e German A. Suvorov
Para prevenir os efeitos nocivos do ruído sobre os trabalhadores, é
necessário escolher criteriosamente os instrumentos, métodos de medição e
procedimentos para avaliar o ruído a que estão expostos. É importante avaliar
corretamente os diferentes tipos de ruído (contínuo, intermitente ou impulsivo),
distinguir entre ambientes ruidosos com diferentes espectros de frequência, e
também considerar diversas situações de trabalho, como forjarias, salas de
compressores de ar, processos de soldagem ultrassônica, etc. Os principais
objetivos da medição de ruído em ambientes de trabalho são a) identificar
trabalhadores submetidos a exposições excessivas e quantificá-las eb) avaliar
a necessidade de implementar controles técnicos de ruído e outros tipos de
controle indicados. Outras aplicações da medição de ruído são a avaliação da
eficácia de determinados controles de ruído e a determinação dos níveis de
ruído de fundo em cabines audiométricas.
Instrumentos de medição Os
instrumentos de medição de ruído incluem medidores de nível de som,
dosímetros e equipamentos auxiliares. O instrumento básico é o sonômetro,
um instrumento eletrônico composto por um microfone, um amplificador, vários
filtros, um circuito quadrado, um mediador exponencial e um medidor calibrado
em decibéis (dB). Os medidores de nível de som são classificados por sua
precisão, desde o mais preciso (tipo 0) até o mais impreciso (tipo 3). O tipo 0
é geralmente usado em laboratórios,
Figura 47.2 • Medidor de nível de som: verificação de calibração.
Cortesia de Larson Davis.
47,6 MEDIÇÃO DE RUÍDO. AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO
o tipo 1 é usado para outras medições de nível de som de precisão, o tipo 2
é o medidor de uso geral e o tipo 3, o medidor de inspeção, não é
recomendado para uso industrial.
As Figuras 47.2 e 47.3 ilustram um medidor de nível de som.
Os medidores de nível de som também incluem dispositivos de ponderação
de frequência, que são filtros que permitem a passagem da maioria das
frequências, mas filtram outras. O filtro mais utilizado é a rede ponderada A,
desenvolvida para simular a curva de resposta do ouvido humano em níveis
moderados de escuta. Os medidores de nível sonoro também oferecem várias
respostas de medição: a resposta “lenta”, com constante de tempo de 1
segundo; a resposta “rápida” com constante de tempo de 0,125 segundos; e
a resposta “impulsiva” que tem uma resposta de 35 ms para a parte ascendente
do sinal e uma constante de tempo de 1.500 ms para a parte descendente do
sinal.
As especificações dos medidores de nível de som podem ser encontradas
em padrões nacionais e internacionais, como a International Organization for
Standardization (ISO), a International Electrotechnical Commission (IEC) e o
American National Standards Institute (ANSI). As publicações IEC 651 (1979)
e 804 (1985) referem-se a medidores de nível sonoro dos tipos 0, 1 e 2, com
ponderações de frequência A, B e C, e constantes de tempo de resposta
“lento”, “rápido” e “impulsivo”. A ANSI S1.4-1983, conforme alterada pela ANSI
S1.4A-1985, também contém especificações do medidor de nível de som.
Para facilitar uma análise acústica mais detalhada, nos medidores de som
modernos é possível conectar ou incluir filtros de banda de oitava e banda de
terceira oitava. Os medidores de nível de som de hoje estão ficando menores
e mais fáceis de manusear, enquanto aumentam suas possibilidades de
medição.
Para medir exposições a ruídos variáveis, como os que ocorrem em
ambientes de ruído intermitente ou de impulso, é mais conveniente usar um
medidor de nível de som integrado. Esses dispositivos podem medir
simultaneamente os níveis de ruído equivalente, de pico e máximo, e calcular,
registrar e armazenar vários valores
Figura 47.3 • Medidor de nível sonoro com para-brisa.
Cortesia de Larson Davis.
ENCICLOPÉDIA DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
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automaticamente. O dosímetro de ruído ou “dosímetro” é uma forma de
medidor de nível de som integrado que pode ser carregado no bolso da
camisa ou preso à roupa do trabalhador. Seus dados podem ser
informatizados e impressos.
É importante garantir que os instrumentos de medição de ruído
estejam sempre calibrados corretamente. Isso requer a verificação de
sua calibração acústica antes e depois de cada uso, bem como a
realização de calibrações eletrônicas em intervalos apropriados.
Métodos de medição Os
métodos de medição de ruído dependem dos objetivos perseguidos. Na
verdade, eles podem ser valorizados:
• o risco de deficiência auditiva; • os
tipos de controles de engenharia apropriados e suas necessidades;
• a compatibilidade da “carga de ruído” com o tipo de trabalho
a realizar,
• o nível de ruído de fundo necessário para evitar comprometer a
comunicação e a segurança.
A norma internacional ISO 2204 especifica três tipos de métodos de
medição de ruído: a) o método de controle, b) o método de engenharia
ec) o método de precisão.
O método de controle
Este é o método que requer menos tempo e equipamento. Os níveis de
ruído em uma área de trabalho são medidos com um medidor de nível
de som, usando um número limitado de pontos de medição. Embora não
seja realizada uma análise detalhada do ambiente acústico, é necessário
atentar para fatores temporais, como se o ruído é constante ou
intermitente e por quanto tempo os trabalhadores ficam expostos. A rede
de ponderação A é geralmente usada, mas se houver um componente
predominante de baixa frequência, pode ser apropriado usar a rede de
ponderação C ou resposta linear.
A abordagem de
engenharia Com esta abordagem, as medições de nível de som com
ponderação A ou aquelas que usam outras redes de ponderação são
complementadas por medições usando filtros de banda de oitava ou
banda de terceira oitava. O número de pontos de medição e as faixas de
frequência são decididos com base nos objetivos de medição. Fatores
temporais também precisam ser registrados. Este método é útil para
avaliar a interferência na comunicação de fala calculando os níveis de
interferência de conversação (Speech Interference Levels, SIL), bem
como para implementar programas técnicos de controle de ruído e
estimar os efeitos auditivos e não auditivos do ruído.
O método de precisão
Este método é necessário em situações complexas, onde é necessária
a descrição mais detalhada do problema de ruído. As medições do nível
sonoro global são complementadas por medições de banda de oitava ou
terceira oitava e os históricos são registrados em intervalos de tempo
apropriados, dependendo da duração e das flutuações do ruído. Por
exemplo, pode ser necessário medir os níveis de pico dos pulsos usando
o dispositivo de “captação de pico” do instrumento, ou medir os níveis de
infra-som ou ultra-som, o que requer recursos especiais de medição de
frequência, diretividade do microfone, etc.
Aqueles que usam o método de precisão devem garantir que a faixa
dinâmica do instrumento seja suficiente para evitar sobrecarga ao medir
pulsos e que a resposta de frequência seja ampla o suficiente se o infra-
som ou o ultra-som forem medidos. O instrumento deve ser capaz de
medir
ENCICLOPÉDIA DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
RISCOS GERAIS
frequências de até 2 Hz em infra-som e até pelo menos 16 kHz em ultra-
som, com microfones suficientemente pequenos.
Se a pessoa que está fazendo as medições de ruído for inexperiente,
pode ser útil seguir as seguintes etapas de “bom senso”:
1. Ouça as principais características do ruído a ser medido (características
temporárias, como se é constante, intermitente ou impulsivo;
características de frequência, como ruído de banda larga, tons
predominantes, infra-som, ultra-som, etc.). Observe as características
marcantes.
2. Escolha os instrumentos mais adequados (tipo de sonómetro,
dosímetro, filtros, gravador, etc.).
3. Verifique a calibração e a função do instrumento (baterias, dados de
calibração, correções do microfone, etc.).
4. Anote ou desenhe um diagrama (se for utilizado um sistema) dos
instrumentos, indicando o modelo e o número de série.
5. Faça um diagrama do ambiente de ruído a ser medido, indicando as
principais fontes de ruído e as dimensões e características
importantes do recinto ou ambiente externo.
6. Meça o ruído e anote o nível medido para cada rede de ponderação
ou para cada banda de frequência. Observe também a resposta do
medidor (“lento”, “rápido”, “impulsivo”, etc.) e a incerteza do medidor
(por exemplo, mais ou menos 2 dB).
Se as medições forem feitas ao ar livre, elas devem ser observadas
se dados meteorológicos relevantes, como vento, temperatura e
umidade, forem considerados importantes. Para medições externas, e
até mesmo algumas medições internas, um para-brisa deve sempre ser
usado. As instruções do fabricante devem ser sempre seguidas para
evitar a influência de fatores como vento, umidade, poeira e campos
elétricos e magnéticos, que podem afetar as medições.
Procedimentos de medição
Existem dois critérios básicos para a medição do ruído no trabalho: •
Pode-se medir a exposição de cada trabalhador, um trabalhador típico
ou um trabalhador representativo. O dosímetro de ruído é o instrumento
preferido para esta finalidade.
• Os níveis de ruído podem ser medidos em várias áreas, criando um
mapa de ruído para determinar as áreas de risco. Neste caso, um
medidor de nível sonoro seria usado para fazer medições em pontos
regulares em uma grade de coordenadas.
Avaliação da exposição do trabalhador Para avaliar o risco
de perda auditiva devido à exposição a ruídos específicos, o leitor deve
consultar a norma internacional ISO 1999 (1990). Esta norma contém
um exemplo desta avaliação de risco em seu anexo D.
A exposição ao ruído deve ser medida próximo ao ouvido do
trabalhador e, para avaliar o risco de exposição do trabalhador, não
devem ser feitas subtrações que levem em conta a atenuação
proporcionada pelos protetores auditivos. Se esse cuidado for adotado,
é porque há fortes evidências de que a atenuação proporcionada pelos
protetores auditivos, usados no trabalho, muitas vezes é inferior à metade
do calculado pelo fabricante. Na verdade, os dados do fabricante são
obtidos em condições de laboratório e esses dispositivos muitas vezes
não são posicionados ou usados de forma tão eficaz na prática. Por ele
47,7 MEDIÇÃO DE RUÍDO. AVALIAÇÃO DE EXPOSIÇÃO 47,7
Machine Translated by Google
RISCOS GERAIS
Atualmente, não existe um padrão internacional que estime a
atenuação oferecida pelos protetores auditivos como desgastada
na prática, mas uma boa regra seria dividir os valores laboratoriais
pela metade.
Em algumas circunstâncias, especialmente tarefas difíceis ou
trabalhos que exigem concentração, pode ser importante minimizar
os efeitos do estresse ou fadiga relacionados à exposição ao ruído,
tomando medidas de controle de ruído. Esta regra pode ser
aplicada mesmo em níveis de ruído moderados (abaixo de 85 dBA),
quando há pouco risco de deficiência auditiva, mas o ruído é
perturbador ou esmagador. Nesses casos, é útil realizar avaliações
de volume usando a ISO 532 (1975), “Método de cálculo do nível
de volume”.
Uma estimativa da interferência na comunicação de fala pode
ser feita de acordo com a ISO 2204 (1979), aplicando o “índice de
articulação”, ou mais simplesmente, medindo os níveis de ruído
das bandas de 500, 1.000 e 2.000 oitavas. Hz, para obter o “nível
de interferência conversacional”.
Critérios de exposição
A escolha dos critérios de exposição ao ruído dependerá do
objetivo a ser alcançado; por exemplo, prevenção de perda auditiva
ou prevenção de estresse e fadiga. A exposição máxima permitida,
em termos de níveis médios diários de ruído, pode variar,
dependendo do país, de 80 a 85 ou 90 dBA, com fatores de
acumulação de 3, 4 ou 5 dBA. Em alguns países, como a Rússia,
os níveis de ruído permitidos são definidos entre 50 e 80 dBA,
dependendo do tipo de trabalho realizado e levando em
consideração a carga de trabalho física e mental. Por exemplo, os
níveis permitidos para trabalhar com computadores ou trabalhos
administrativos exigentes variam de 50 a 60 dBA. (Para obter mais
informações sobre critérios de exposição, consulte o artigo “Regras
e regulamentos” neste capítulo.)
• TÉCNICAS DE CONTROLE DE RUÍDO
TÉCNICAS DE CONTROLE DE RUÍDO
Dennis P. Driscoll
Idealmente, o meio mais eficaz de controle de ruído é impedir que
a fonte de ruído entre na fábrica desde o início, implementando um
programa eficaz de “compra sem ruído” para trazer equipamentos
de capital projetados para produzir ruído no local de trabalho. um acima, quanto mais cedo os aspectos de ruído forem levados em
baixo nível de ruído . Para realizar tal programa, é necessário
desenvolver regulamentos claros e bem escritos que limitem as
características de emissão de ruído de novos equipamentos,
instalações e processos de fabricação. Um bom programa também
inclui monitoramento e manutenção.
Uma vez instalado o equipamento e identificado o excesso de
ruído pelas medições do nível sonoro, o problema do controle de
ruído apresenta nuances mais complexas. No entanto, existem
soluções técnicas que podem ser aplicadas aos equipamentos existentes.
Além disso, geralmente há mais de uma opção de controle de ruído
para cada problema. Portanto, é importante que o responsável pelo
programa de controle determine os meios mais viáveis e econômicos e áreas de trabalho que tenham aproximadamente o mesmo nível
de redução de ruído em cada situação específica.
Controle de ruído na fábrica e no projeto do produto O
uso de normas escritas para definir os requisitos para bens
de capital, sua instalação e aceitação é agora uma prática padrão. empresa como engenharia, jurídico, compras, higiene industrial e
Uma das principais oportunidades que o
47,8 TÉCNICAS DE CONTROLE DE RUÍDO
O projetista da fábrica de controle de ruído deve influenciar a
seleção, compra e distribuição de novos equipamentos na planta.
Se escrito e gerenciado corretamente, a implementação de um
programa “livre de ruído” pode ser um meio eficaz de controle de
ruído.
A abordagem mais proativa de controle de ruído na fase de
projeto das instalações e na compra de bens de capital é a que
existe na Europa. Em 1985, os 12 estados membros da Comunidade
Européia (CE) – agora União Européia (UE) – promulgaram uma
série de diretivas de “nova abordagem” cobrindo uma ampla gama
de bens de capital ou maquinário, em vez de estabelecer padrões.
tipo de equipamento. No final de 1994, foram publicadas três
directivas "nova abordagem" que especificavam os requisitos de
ruído. Eles são os seguintes: 1. 89/392/CEE, modificado por 91/368/
CEE e 93/44/CEE 2. 89/106/CEE, e 3. 89/686/CEE, modificado por
93/95/CEE .
A primeira delas (89/392/EEC) é comumente conhecida como a
“Diretiva de Máquinas”. Obriga os fabricantes de bens de capital a
incluir o controle de ruído como parte essencial da segurança das
máquinas. O que se pretende essencialmente é exigir que, para
que um equipamento ou máquina seja vendido na UE, tenha de
cumprir os requisitos essenciais de ruído.
Consequentemente, desde o final da década de 1980, os
fabricantes interessados em vender na UE deram grande
importância ao design de equipamentos de baixo ruído.
O sucesso das empresas não europeias que tentam implementar
um programa voluntário de 'compra silenciosa' dependerá em
grande parte da oportunidade e do compromisso da gestão. O
primeiro passo do programa é estabelecer critérios de ruído
aceitáveis para a construção de uma nova fábrica, a ampliação
das instalações existentes e a compra de novos equipamentos.
Para que o programa seja eficaz, tanto o comprador quanto o
vendedor devem considerar os limites de ruído especificados como
um requisito absoluto. Se um produto não atender a outros
parâmetros de projeto, como tamanho, vazão, pressão, aumento
de temperatura permitido, etc., a administração da empresa o
considera inaceitável. Este mesmo compromisso deve ser assumido
em relação aos níveis de ruído para que tal programa seja bem
sucedido.
No que diz respeito ao elemento de oportunidade mencionado
consideração no processo de concepção de um projeto ou na
compra de equipamentos, maiores serão as chances de sucesso.
Em muitas situações, o projetista ou comprador da fábrica pode
escolher entre vários tipos de equipamentos. Conhecer suas
respectivas características de ruído permitirá especificar as mais
silenciosas.
Além da escolha dos bens de capital, é fundamental participar
desde o início da distribuição destes na planta fabril. A realocação
do equipamento no papel durante a fase de design de um projeto
é claramente muito mais fácil do que movê-lo fisicamente mais
tarde, especialmente quando ele estiver em funcionamento. Uma
regra simples a ser seguida é manter juntas máquinas, processos
de ruído; e separar as áreas mais ruidosas das mais silenciosas
por meio de zonas de amortecimento com níveis de ruído
intermediários.
A validação dos critérios de ruído como requisito absoluto exige
um esforço cooperativo entre o pessoal dos departamentos da
meio ambiente. Por exemplo, os departamentos de higiene
industrial, segurança e/ou pessoal podem
ENCICLOPÉDIA DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
Machine Translated by Google
determinar os níveis de ruído aconselháveis do equipamento, bem
como realizar estudos de controle de ruído para qualificar o
equipamento. Depois, os engenheiros da empresa podem escrever a
especificação de compra e escolher os equipamentos silenciosos. A
equipe de compras provavelmente administrará o contrato e será
assistida por representantes de advogados para aplicá-lo. Todas as
partes devem começar a se envolver no momento da concepção do
projeto e continuar com as solicitações de financiamento, planejamento,
projeto, oferta, instalação e comissionamento.
Mesmo o documento de especificação mais completo e conciso é
de pouco valor se o fornecedor ou fabricante não assumir a
responsabilidade pela conformidade. Uma linguagem contratual clara
precisa ser usada para definir os meios de determinar a conformidade.
Os procedimentos da empresa destinados a impor garantias devem
ser consultados e cumpridos.
Poderá ser aconselhável incluir cláusulas de penalização por
incumprimento. A parte mais importante da estratégia de
implementação do contrato é que o comprador se compromete a
garantir o cumprimento dos requisitos. O compromisso nos critérios
de ruído em troca de concessões de custo, prazos de entrega,
desempenho ou de outro tipo deve ser a exceção e não a
norma.
Nos Estados Unidos, o ANSI publicou o ANSI S12.16, intitulado
"Guidelines for the Specification of Noise of New Machinery, 1992".
Este é um guia útil para escrever uma especificação de ruído interna
da empresa.
Além disso, contém diretrizes para obtenção de dados de nível de
som dos fabricantes de equipamentos. Uma vez que esses dados
são obtidos, eles podem ser usados pelos projetistas para planejar o
layout da planta do equipamento. Devido aos muitos tipos diferentes
de equipamentos e ferramentas para os quais esta norma foi
preparada, não existe um único protocolo de inspeção apropriado
para a medição do nível sonoro. Consequentemente, esta Norma
Internacional contém informações de referência sobre o procedimento
de medição de ruído apropriado para testar vários equipamentos
estacionários. Esses procedimentos de controle foram preparados
pela associação ou organização profissional apropriada e responsável
nos Estados Unidos para um determinado tipo ou classe de bens de
capital.
Figura 47.4 • Comparação entre dados de oitava e
terceira oitava.
ENCICLOPÉDIA DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 47,9
RISCOS GERAIS
Conversão de equipamentos existentes
Antes de decidir o que precisa ser feito, a causa raiz do
ruído deve ser identificada. Para isso, é útil entender como
ele é gerado. O ruído é criado principalmente por impactos
mecânicos, circulação de ar em alta velocidade, circulação
de líquidos em alta velocidade, superfícies vibratórias de
uma máquina e, muitas vezes, pelo produto que está sendo
fabricado. . Este último é o que geralmente acontece em
indústrias de manufatura e transformação, como metalurgia,
fabricação de vidro, processamento de alimentos, mineração,
etc., nas quais a interação entre o produto e as máquinas
produz a energia que gera o ruído.
Identificação da fonte de ruído Um
dos aspectos mais difíceis do controle de ruído é a identificação da
fonte. Em um ambiente industrial típico, muitas vezes existem várias
máquinas funcionando ao mesmo tempo, dificultando a identificação
da causa raiz do ruído, especialmente ao usar um medidor de nível
de som padrão. Isso indica um nível de pressão sonora (SPL) em um
ponto específico, que provavelmente é o resultado de mais de uma
fonte de ruído. Portanto, o inspetor deve usar uma abordagem
sistemática que permita separar cada fonte das outras e conhecer
sua contribuição relativa para o SPL total. As seguintes técnicas
podem ajudar a identificar a origem ou fonte do ruído:
• Meça o espectro de frequência e represente os dados graficamente.
• Meça o nível sonoro, em dBA, em função do tempo. • Compare
os dados de frequência com equipamentos ou linhas de energia.
produção semelhante.
• Isole os componentes com controles temporários ou conecte e
desconecte um equipamento após o outro, sempre que possível.
Um dos métodos mais eficazes de localizar a fonte do ruído é
medir seu espectro de frequência. Uma vez que os dados tenham
sido medidos, é muito útil representar graficamente os resultados
para que as características dessa fonte possam ser visualizadas.
Para a maioria dos problemas de supressão de ruído, as medições
podem ser feitas usando filtros de oitava ou terceira oitava com o
medidor de nível de som. A vantagem de
Figura 47.5 • Comparação entre o tubo de união e o nível inferior.
TÉCNICAS DE CONTROLE DE RUÍDO 47,9
Machine Translated by Google
RISCOS GERAIS
A medição de um terço de oitava é que fornece informações mais
detalhadas sobre o que um determinado equipamento está
emitindo. A Figura 47.4 apresenta uma comparação entre as
medições de oitava e terceira oitava feitas perto de uma bomba de
nove pistões. Como você pode ver, os dados da terceira oitava
identificam claramente a frequência da bomba e muitos de seus
harmônicos. Usar apenas dados de oitava, representados pela
linha mais densa e plotados para a frequência central de cada
banda na Figura 47.4, torna mais difícil diagnosticar o que está
acontecendo dentro da bomba. Com dados em oitavas há um total
de nove pontos de dados entre 25 hertz (Hz) e 10.000 Hz, como
esta figura ilustra. No entanto, há um total de 27 pontos de dados
nesta faixa de frequência usando as medições de terceira oitava.
Obviamente, dados de terceira oitava fornecerão dados mais úteis
para identificar a causa de um ruído. Esta informação é crítica se
o objetivo é controlar o ruído na fonte. Se tudo em que você está
interessado é lidar com o caminho pelo qual as ondas sonoras são
transmitidas, então os dados em oitavas serão suficientes para a
escolha de produtos ou materiais acusticamente apropriados.
A Figura 47.5 apresenta uma comparação entre o espectro em
terceiras oitavas medido a 1 m do tubo de conexão de um
compressor resfriador de líquido e o nível de fundo medido a
aproximadamente 8 m de distância (ver aproximações fornecidas
na nota de rodapé). Esta última posição representa a área geral
em que os funcionários circulam pelo recinto. A sala do compressor
geralmente não é ocupada por trabalhadores, exceto quando há
trabalhadores de manutenção reparando ou verificando outros
equipamentos nela. Além do compressor, existem outras máquinas
de grande porte trabalhando nessa área. Para auxiliar na
identificação das fontes primárias de ruído, vários espectros de
frequência foram medidos próximos a cada equipamento.
Ao comparar cada espectro com os dados de ruído do corredor,
apenas o tubo da junta do compressor apresentou espectro
semelhante. Consequentemente, pode-se concluir que esta é a
principal fonte de ruído que controla o nível de ruído medido no
corredor dos funcionários. Assim, como mostra a Figura 47.5,
usando dados de frequência medidos perto do equipamento e
comparando graficamente cada fonte com dados registrados nas
estações de trabalho dos funcionários ou em outras áreas de
interesse, muitas vezes é possível identificar claramente as fontes
de ruído dominantes.
Figura 47.6 • Estação de trabalho para o operador de
embalagem.
47.10 TÉCNICAS DE CONTROLE DE RUÍDO
Quando o nível sonoro oscila, como acontece com equipamentos
cíclicos, é útil medir a variação no tempo do nível de ruído total
com fator de ponderação A. Com este procedimento é importante
observar e documentar os eventos que ocorrem ao longo do ciclo.
tempo. A Figura 47.6 apresenta o nível de ruído medido no local
de trabalho do operador durante um ciclo completo da máquina. O
processo ilustrado na Figura 47.6 representa o de uma máquina
de embalagem que tem um tempo de ciclo aproximado de 95
segundos. Como pode ser visto, o nível máximo de ruído de 96,2
dBA ocorre durante a exaustão do ar comprimido aos 33 segundos
do ciclo da máquina. Os outros eventos importantes também estão
indicados na figura, que permite identificar a fonte de ruído e a
contribuição relativa de cada atividade ao longo do ciclo de
embalagem.
Em ambientes industriais onde existem várias linhas de processo
com o mesmo equipamento, vale a pena se dar ao trabalho de
comparar os dados de frequência de equipamentos similares. A
Figura 47.7 ilustra essa comparação para duas linhas de processo
semelhantes, ambas produzindo o mesmo produto e operando na
mesma velocidade. Parte do processo envolve o uso de um
dispositivo acionado pneumaticamente que perfura um orifício de
meia polegada no produto como estágio final de sua produção.
Um exame desta figura revela claramente que a linha #1 tem um
nível de som total 5 dBA mais alto que a linha #2.
Além disso, o espectro da linha 1 contém uma frequência
fundamental e muitos harmônicos que não aparecem no espectro
da linha 2. Portanto, é necessário investigar a causa dessas
diferenças. Se forem significativos, geralmente é uma indicação
da necessidade de manutenção, como foi o caso do mecanismo
de perfuração final na linha 2. No entanto, esse problema específico
de ruído exigirá medidas de controle adicionais, pois o nível total
da linha 1 é relativamente alto. No entanto, o objetivo desta técnica
de inspeção é identificar os diferentes problemas de ruído que
podem existir entre equipamentos e processos semelhantes que
podem ser facilmente resolvidos com manutenção eficaz ou outros
ajustes.
Como já foi dito, um medidor de nível sonoro padrão indica um
nível sonoro que compreende a energia acústica de uma ou mais
fontes de ruído. Sob condições ideais de medição, seria melhor
medir cada equipamento com todos os outros fora de serviço.
Figura 47.7 • Operação de furação final para linhas de processo
idênticas.
ENCICLOPÉDIA DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
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Embora esta situação seja ideal, raramente é possível interromper a
fabricação para isolar uma fonte de ruído. Para contornar essa limitação,
geralmente é eficaz usar medidas de controle temporárias com certas
fontes de ruído que permitem reduzi-lo até certo ponto no curto prazo
para que outra fonte possa ser medida. Os materiais que podem
proporcionar uma redução temporária incluem revestimento de
compensado, mantas acústicas, silenciadores e barreiras. Muitas vezes,
a aplicação permanente desses materiais cria problemas de longo
prazo, como acúmulo de calor, dificuldades no acesso do operador ou
na circulação do produto ou quedas de pressão caras associadas a
silenciadores mal escolhidos. Ainda assim, esses materiais podem ser
eficazes a curto prazo para isolar componentes individuais.
Outro método de isolar uma determinada máquina ou componente é
conectar e desconectar diferentes equipamentos ou seções de uma
linha de produção. Para realizar esse tipo de análise de diagnóstico
com eficiência, o processo deve funcionar com o computador desligado.
Além disso, o processo de fabricação não pode ser afetado de forma
alguma. Caso contrário, a medição pode não ser representativa do nível
de ruído em condições normais. Por fim, todos os dados válidos podem
ser ordenados pela magnitude do valor total em dBA para estabelecer
prioridades de controle técnico do ruído do equipamento.
Selecionando as opções apropriadas de controle de ruído
Uma vez que a causa ou fonte do ruído foi identificada e como ele se
espalha para as áreas de trabalho, o próximo passo é escolher entre as
opções de controle de ruído disponíveis. O modelo padrão utilizado
para o controle de quase todos os riscos à saúde é examinar as várias
opções de controle aplicadas na fonte, na via de transmissão e no
receptor. Em algumas situações, será suficiente controlar um desses
elementos.
No entanto, em outras circunstâncias pode ser necessário tratar mais
de um elemento para obter um ambiente de ruído aceitável.
O primeiro passo no processo de controle de ruído deve ser tentar
alguma forma de tratamento da fonte. Com efeito, a modificação da
fonte aborda a causa raiz de um problema de ruído, enquanto o controle
do caminho de transmissão do som com barreiras e invólucros trata
apenas os sintomas do ruído. Quando existem várias fontes de ruído
em uma máquina e o objetivo é o tratamento na fonte, será necessário
estudar todos os mecanismos geradores de ruído componente por
componente.
No caso de ruído excessivo gerado por impactos mecânicos, as
opções de controle a serem investigadas incluem a adoção de métodos
para reduzir a força motriz, diminuir a distância entre os componentes,
equilibrar os equipamentos rotativos e instalar isoladores de vibração.
No que diz respeito ao ruído produzido pela circulação de ar ou líquidos
em alta velocidade, a principal modificação consiste em reduzir a
velocidade do meio, assumindo que esta opção seja viável. Às vezes,
essa redução é alcançada aumentando a seção transversal do tubo em
questão. Qualquer obstrução na tubulação deve ser removida para
obter um fluxo simplificado, o que, por sua vez, reduzirá as variações
de pressão e a turbulência no meio transportado. Finalmente, com a
instalação de um silenciador, pode ser alcançada uma redução
significativa no ruído total. O fabricante do silenciador deve ser
consultado para escolher o dispositivo adequado, dependendo dos
parâmetros de trabalho e das restrições estabelecidas pelo comprador.
Se as superfícies vibratórias de uma máquina atuam como geradores
de ruído aéreo, as opções de controle envolvem
ENCICLOPÉDIA DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
RISCOS GERAIS
reduzir a força motriz associada ao ruído, criar seções menores de
grandes superfícies, perfurar a superfície, aumentar a massa ou rigidez
do substrato e aplicar material de amortecimento ou dispositivos
antivibração. Com relação aos isoladores e dispositivos antivibração, o
fabricante do produto deve ser consultado para a escolha dos materiais
e procedimentos de instalação adequados. Por último, em muitas
indústrias, o próprio produto fabricado é muitas vezes um eficiente
radiador de ruído aéreo. Nessas situações, é importante avaliar formas
de proteger ou segurar melhor o produto durante a fabricação. Outra
medida de controle de ruído a ser investigada seria a redução da força
de impacto entre a máquina e o produto, entre partes do próprio produto
ou entre diferentes produtos.
Muitas vezes não é viável modernizar processos ou equipamentos
ou modificar fontes de ruído. Além disso, há situações em que é
praticamente impossível identificar a causa do ruído. Nesses casos, a
adoção de medidas de controle para tratar a via de transmissão sonora
seria um meio eficaz de reduzir o nível sonoro total. As duas principais
medidas de supressão para os tratamentos das vias de transmissão
são os invólucros acústicos e as barreiras.
O desenvolvimento de invólucros acústicos percorreu um longo
caminho no mercado atual. Vários fabricantes oferecem gabinetes
comerciais e especiais. Para obter o sistema certo, o comprador precisa
fornecer informações sobre o nível total de ruído (e possivelmente
dados de frequência), dimensões do equipamento, objetivo de redução
de ruído, fluxo de produtos e necessidades de acesso, funcionários e
quaisquer outras restrições de trabalho. O fornecedor poderá então usar
essas informações para escolher um item de seu armazém ou para
fabricar um gabinete sob medida para atender às necessidades
existentes.
Em muitos casos, será mais barato projetar e construir um recinto
do que comprar um comercial. Muitos fatores terão que ser levados em
consideração no projeto do local para que ele seja satisfatório do ponto
de vista acústico e de produção. Aqui estão algumas diretrizes
específicas para o projeto do gabinete: Dimensões do gabinete. Não há
nenhuma diretriz crítica sobre o tamanho ou as dimensões de um
gabinete. O melhor critério a seguir é quanto maior melhor. O
importante é que haja folga suficiente para que a equipe possa realizar
todos os movimentos planejados sem tocar na cerca.
Paredes do recinto. A redução de ruído obtida com um invólucro
dependerá dos materiais usados para construí-lo e de quão hermético
ele é. Para escolher os materiais adequados para as paredes do recinto,
é aconselhável seguir as seguintes regras empíricas (Moreland 1979): •
para um recinto sem absorção interna: TLreqd = NR + 20 dBA • com
aproximadamente 50% de absorção interna: TLreqd = NR + 15dBA
• com 100% de absorção interna:
TLreqd = NR + 10 dBA.
Nessas expressões, TLreqd é a perda de transmissão necessária do
painel ou parede do gabinete e NR é a redução de ruído que se pretende
obter para atender ao objetivo de supressão.
Pranchas. Para máxima eficiência, todas as juntas de parede devem
ser herméticas. As aberturas ao redor das entradas de tubos, conexões
elétricas, etc., devem ser vedadas com um mastique não endurecedor,
como selante de silicone.
47.11 TÉCNICAS DE CONTROLE DE RUÍDO 47.11
Machine Translated by Google
RISCOS GERAIS
absorção interna. Para absorver e dissipar a energia acústica, é
aconselhável forrar a superfície interna do invólucro com um material
acusticamente absorvente. O material apropriado deve ser escolhido
com base no espectro de frequência da fonte de ruído. Os dados de
absorção fornecidos pelo fabricante permitem escolher o material
adequado para a referida fonte. É importante que os fatores de absorção
máxima correspondam às frequências da fonte com os níveis de pressão
sonora mais altos. O fabricante ou vendedor do produto também pode
auxiliar na escolha do material mais eficaz com base no espectro de
frequência da fonte.
Isolamento do invólucro. É importante que a estrutura do invólucro
seja separada ou isolada do equipamento para evitar que vibrações
mecânicas sejam transmitidas ao próprio invólucro.
Se qualquer parte da máquina, como entradas de tubos, entrar em
contato com o invólucro, é importante incluir dispositivos de isolamento
antivibração no ponto de contato para curto-circuitar qualquer caminho
de transmissão potencial. Por fim, se a máquina fizer vibrar o piso, a
base do gabinete também deve ser tratada com material antivibratório.
Previsão de circulação do produto. Como acontece com a maioria
dos equipamentos de produção, o produto precisará entrar e sair do
local. A utilização de canais ou túneis tratados acusticamente pode
permitir a circulação do produto e também proporcionar absorção
acústica. Para minimizar o vazamento de ruído, recomenda-se que todas
as passagens tenham três vezes o comprimento da largura interna da
maior dimensão do canal ou abertura do túnel.
Provisão para acesso do trabalhador. Portas e janelas podem ser
instaladas para fornecer acesso físico e visual ao equipamento. É
essencial que todas as janelas tenham pelo menos as mesmas perdas
de transmissão que as paredes do recinto. Além disso, as portas de
acesso devem fechar hermeticamente em todos os lados. Para evitar
que o equipamento funcione com as portas abertas, recomenda-se incluir
um sistema de intertravamento que permita o funcionamento apenas
com as portas totalmente fechadas.
Ventilação do recinto. Em muitos desses gabinetes, o calor pode ser
excessivo. Para introduzir ar fresco no gabinete, um ventilador com
capacidade de 650 a 750 pés cúbicos/metro deve ser instalado na saída
ou duto de descarga. Por fim, os dutos de aspiração e descarga devem
ser acusticamente tratados com material absorvente.
Proteção de material absorvente. Para evitar a contaminação do
material absorvente, deve-se aplicar uma barreira contra respingos
sobre o forro absorvente de som, que deve ser feito de um material
muito leve, como mil filme. A camada absorvente deve ser fixada com
metal expandido, chapa metálica perfurada ou tela de arame. O material
de cobertura deve ter pelo menos 25% de área de superfície aberta.
Um tratamento alternativo das vias de transmissão sonora é a
utilização de uma barreira acústica que bloqueie ou proteja o receptor (o
trabalhador exposto ao ruído perigoso) da via sonora direta. Uma barreira
acústica é um material de alta perda de transmissão, como uma parede
ou divisória sólida, interposta entre a fonte de ruído e o receptor. Ao
bloquear o caminho direto da linha de visão para a fonte, a barreira faz
com que as ondas acústicas atinjam o receptor refletindo em várias
superfícies da sala e por difração nas bordas da barreira.
Desta forma, o nível de ruído total no local ocupado pelo receptor é
reduzido.
A eficácia de uma barreira depende de sua localização em relação à
fonte ou receptores de ruído e suas dimensões gerais. Para reduzir o
ruído ao mínimo, é necessário colocar a barreira o mais próximo possível
da fonte ou do receptor.
47.12 PROGRAMAS DE CONSERVAÇÃO DE AUDITORIA
Além disso, deve ser o mais alto e largo possível. Para bloquear
efetivamente o caminho de transmissão do som, é desejável usar um
material de alta densidade, na ordem de 4 a 6 lb/ft3.
Por fim, a barreira não deve ter aberturas ou brechas que possam reduzir
significativamente sua eficácia. Caso seja necessário incluir uma janela
para acesso visual ao equipamento, é importante que seu coeficiente de
transmissão sonora seja pelo menos equivalente ao do próprio material
da barreira.
A última opção para reduzir a exposição ao ruído do trabalhador é
tratar o espaço ou área em que o funcionário trabalha. Esta opção é a
mais prática para aquelas atividades de trabalho, como cargos de
inspeção de produtos ou vigilância de equipamentos, em que os
movimentos do funcionário são limitados a uma área relativamente
pequena. Nesses casos, pode ser instalada uma cabine ou cabine
acústica para isolar o funcionário e protegê-lo de níveis excessivos de
ruído. A exposição diária ao ruído será reduzida desde que uma parte
significativa do turno de trabalho seja passada dentro da cabine. Para
construir uma cabine deste tipo, é conveniente consultar as orientações
descritas anteriormente sobre o desenho dos armários.
Em conclusão, a implementação de um programa eficaz de “aquisição
de produtos sem ruído” deve ser o passo inicial em um processo total de
controle de ruído. Essa abordagem foi desenvolvida para evitar a compra
ou instalação de equipamentos que possam apresentar problemas de
ruído. No entanto, nos casos em que já existam níveis excessivos de
ruído, será necessário avaliar a opção de controle de engenharia mais
prática para cada fonte de ruído. Ao determinar a prioridade relativa e a
urgência da implementação de medidas de controle de ruído, será
necessário considerar a exposição dos trabalhadores, a ocupação do
espaço e os níveis de ruído em toda a área. Obviamente, um aspecto
importante do resultado desejado é que a exposição do trabalhador ao
ruído seja reduzida tanto quanto possível pelo investimento econômico
realizado, ao mesmo tempo em que oferece ao trabalhador o máximo
grau de proteção.
PROGRAMAS DE CONSERVAÇÃO
DE LA AUDICION
•
PROGRAMAS DE CONSERVAÇÃO DE AUDITORIA
Larry H. Royster e Julia Doswell Royster*
O principal objetivo dos programas de conservação da audição
ocupacional (OCH) é prevenir a perda auditiva por exposição a ruídos
perigosos no local de trabalho (Royster e Royster, 1989 e 1990). No
entanto, o responsável – doravante denominado “pessoa-chave” – por
garantir a efetividade do PCA deve usar seu bom senso para modificar
essas práticas e adaptá-las à realidade local, a fim de alcançar o objetivo
almejado: proteger os trabalhadores dos danos resultantes da exposição
ao ruído no trabalho. Um objetivo secundário desses programas deve
ser educar e motivar as pessoas a escolherem se proteger de exposições
perigosas ao ruído não ocupacional e transmitir seus conhecimentos
sobre conservação da audição para sua família e amigos.
A Figura 47.8 apresenta as distribuições de mais de 10.000 amostras
de exposição ao ruído de quatro fontes em dois países, incluindo vários
ambientes de trabalho industrial, de mineração e militar. As amostras
são valores médios ponderados em períodos de 8 horas com base em
fatores de
*
Os autores agradecem ao Departamento de Trabalho da Carolina do
Norte pela permissão para reutilizar materiais desenvolvidos durante a
redação de um guia da indústria NCDOL para a conservação auditiva.
ENCICLOPÉDIA DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
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Figura 47.8 • Estimativa do perigo derivado da exposição
ao ruído em diferentes populações.
acumulação de 3, 4 e 5 dB. Esses dados indicam que
aproximadamente 90% das exposições diárias equivalentes ao
ruído são 95 dBA ou menos, e apenas 10% excedem 95 dBA.
A significância dos dados na Figura 47.8, supondo que eles
sejam aplicáveis à maioria dos países e populações, é
simplesmente que a grande maioria dos funcionários expostos ao
ruído só precisa se proteger de 10 dBA de ruído para eliminar o
perigo. No caso de uso de protetores auditivos (AH), os
responsáveis pela saúde dos trabalhadores devem ter tempo para
equipar cada pessoa com um protetor que seja confortável e
prático para seu ambiente, levando em consideração suas
necessidades auditivas (capacidade de ouvir avisos sinais,
conversas, etc.), e ser à prova de ruído quando usado dia após
dia em ambientes do mundo real.
Este artigo apresenta de forma condensada uma série de boas
práticas de conservação auditiva, resumidas na lista de verificação
da Figura 47.9.
Beneficios de la conservación de la audición La
prevención de las pérdidas auditivas en el trabajo beneficia al
trabajador porque preserva las capacidades auditivas que son
cruciales para disfrutar de una buena calidad de vida: comunica
ción interpersonal, disfrute de la música, detección de sonidos de
alarma e muito mais. A PCA traz um benefício em termos de
check-up de saúde, uma vez que perdas auditivas não ocupacionais
e doenças auditivas potencialmente tratáveis são geralmente
detectadas por meio de audiometria anual.
Reduzir a exposição ao ruído também reduz o estresse e a fadiga
relacionados ao ruído.
O empregador se beneficia diretamente da implementação de
um PCA eficaz que mantenha seus trabalhadores em boas
condições auditivas, pois eles serão mais produtivos e versáteis
se suas habilidades de comunicação não forem prejudicadas.
PCAs eficazes podem reduzir as taxas de acidentes e promover
a eficiência do trabalho.
Fases de um PCA A
lista de verificação na Figura 47.9 fornece detalhes de cada fase.
Diferentes pessoas podem ser responsáveis por diferentes fases,
e essas pessoas compõem a equipe de PCA.
ENCICLOPÉDIA DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
RISCOS GERAIS
Determinando a exposição ao ruído
Medidores de nível de som pessoais ou dosímetros de ruído
são usados para medir os níveis de ruído no local de trabalho e
estimar a exposição ao ruído do trabalhador para determinar se
um PCA é necessário; nesse caso, os dados assim coletados
permitem que políticas apropriadas sejam estabelecidas para
proteger os trabalhadores (Royster, Berger e Royster 1986). Os
resultados da avaliação identificam quais trabalhadores (por
departamento ou cargo) serão incluídos no PCA, em quais áreas
o uso de protetores auditivos deve ser obrigatório e quais
protetores auditivos serão considerados adequados. A
amostragem em condições de produção representativas é
necessária para classificar as exposições em faixas (menos de
85 dBA, 85-89, 90-94, 95-99 dBA, etc.). A medição dos níveis
de ruído ponderados A durante a avaliação geral geralmente
identifica as fontes de ruído dominantes em áreas da fábrica
onde estudos adicionais de controle de ruído de engenharia
podem reduzir significativamente a exposição do trabalhador.
Controles Técnicos e Administrativos de
Ruído Os controles de ruído podem reduzir a exposição dos
funcionários a um nível seguro, eliminando a necessidade de
um programa de conservação auditiva. Os controles técnicos
(veja o artigo “Técnicas de controle de ruído” neste mesmo
capítulo) envolvem a modificação da fonte de ruído (como
incorporar silenciadores nos bicos de saída de ar), o caminho
de transmissão (como colocar o equipamento em um gabinete
à prova de som) ou receptor (como como instalar cercas ao
redor da estação do empregado). Geralmente é necessário que
o trabalhador participe do projeto de tais modificações para que
sejam práticas e não atrapalhem seu trabalho. Obviamente,
sempre que possível e viável, a exposição dos funcionários a
ruídos perigosos deve ser reduzida ou eliminada por meio de controles de engen
Os controles administrativos de ruído incluem a substituição de
equipamentos desatualizados por modelos novos e mais
silenciosos, a adesão aos cronogramas de manutenção de
equipamentos relacionados ao controle de ruído e alterações nos
planos de trabalho dos funcionários para reduzir as doses de
ruído, limitando o tempo de exposição quando for prático e
tecnicamente aconselhável. O trabalho de planejamento e design
para reduzir o ruído a níveis não perigosos ao colocar novas
instalações de produção on-line é um controle administrativo que
também pode eliminar a necessidade de um PCA.
Treinamento e
Motivação Nem os membros da equipe do PCA nem os
trabalhadores se envolverão na conservação auditiva até que
entendam seu propósito, como eles se beneficiarão diretamente
do programa e que o cumprimento dos requisitos de saúde e
segurança da empresa é uma condição do programa. Sem
treinamento adequado que motive ações individuais, o PCA falhará
(Royster e Royster 1986). Entre outros, devem ser abordados os
seguintes tópicos: a finalidade e os benefícios da PCA, os métodos
e resultados da avaliação do ruído, o uso e manutenção de
tratamentos técnicos de controle de ruído para reduzir a exposição
ao ruído, exposições ao ruído fora do trabalho, como o ruído
prejudica o ouvido, as consequências da perda auditiva no dia a
dia, a escolha e adaptação de protetores auditivos e a importância
de usá-los de forma consistente, como as mudanças na capacidade
auditiva por meio de exames audiométricos indicam a necessidade
de maior proteção e as políticas de PCA do empregador.
Idealmente, essas questões devem ser explicadas a pequenos
grupos de trabalhadores em reuniões de segurança, dando tempo
suficiente para eles levantarem
47.13 PROGRAMAS DE CONSERVAÇÃO DE AUDITORIA 47.13
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RISCOS GERAIS

Figura 47.9• Lista de Verificação de Melhores Práticas de PCA.

47.14 PROGRAMAS DE CONSERVAÇÃO DE AUDITORIA ENCICLOPÉDIA DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

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RISCOS GERAIS

perguntas. Em PCAs eficazes, a fase de treinamento é um Avaliação do Programa

processo contínuo – não apenas uma apresentação anual –
pois a equipe da PCA aproveita as oportunidades diárias para Características de programas eficazes
lembrar aos outros como preservar sua audição. PCAs eficazes compartilham as seguintes características e
promovem uma “cultura de segurança” em relação a todos os
Proteção Auditiva programas de segurança (óculos de segurança, capacetes,
comportamentos de elevação seguros, etc.).
O empregador fornece protetores auditivos (tampões para os
ouvidos, protetores auriculares e dispositivos semi-inseridos)
A "pessoa chave"
para os funcionários usarem enquanto houver níveis de ruído
A estratégia mais importante para que as cinco fases da PCA
perigosos no local de trabalho. Como controles de ruído de
funcionem efetivamente em conjunto é reuni-las sob a
engenharia viáveis não foram desenvolvidos para muitos tipos
supervisão de uma pessoa de máxima responsabilidade
de equipamentos industriais, os protetores auditivos são
(Royster e Royster, 1989 e 1990). Em empresas menores,
atualmente a melhor opção para prevenir a perda auditiva
onde uma pessoa pode lidar com todas as facetas do PCA, a
induzida por ruído nessas situações. Conforme observado
falta de coordenação geralmente não é um problema. No
acima, a maioria dos trabalhadores expostos ao ruído só precisa
entanto, à medida que o tamanho da organização aumenta,
atingir 10 dB de atenuação para se proteger adequadamente
pessoas de diferentes departamentos participam do PCA:
do ruído. Com a ampla seleção de protetores auditivos
pessoal de segurança, pessoal médico, engenheiros, higienistas
disponíveis hoje, é muito fácil obter uma proteção adequada
industriais, supervisores de armazém de ferramentas,
(Royster 1985; Royster e Royster 1986) se os protetores forem
supervisores de produção, etc. Quando pessoas de várias
instalados individualmente em cada trabalhador para obter uma
disciplinas lidam com diferentes aspectos do programa, torna-
vedação acústica com conforto aceitável e se o trabalhador for
se muito difícil coordenar seus esforços, a menos que uma
ensinado como usar o protetor corretamente para manter a
“pessoa responsável” possa supervisionar todo o PCA. A
referida vedação, mas de forma consistente sempre que houver
escolha dessa pessoa é crucial para o sucesso do programa.
um ruído perigoso.
Uma das principais qualificações que a pessoa-chave deve ter é um interesse g
A pessoa-chave está sempre acessível e sinceramente
Avaliações audiométricas interessada em comentários ou reclamações que possam
Cada pessoa exposta deve passar por um primeiro check-up ajudar a melhorar o PCA. Ele não fica distante ou sentado em
auditivo seguido de check-ups anuais para monitorar seu estado seu escritório, dirigindo o PCA por ordens escritas, mas passa
auditivo e detectar qualquer alteração. Uma cabine audiométrica o tempo nas oficinas de produção ou onde quer que os
é utilizada para definir os limiares auditivos do trabalhador em trabalhadores estejam trabalhando, interagindo com eles e
0,5, 1, 2, 3, 4,6 e 8 kHz. Se a PCA for eficaz, os resultados vendo como eles podem trabalhar, prevenir ou resolver
audiométricos dos funcionários não mostrarão alterações problemas.
significativas associadas aos danos auditivos induzidos por
ruído no trabalho. Se forem encontradas alterações auditivas Papéis ativos e comunicações
suspeitas, o técnico de audiometria e o fonoaudiólogo ou médico Os principais membros da equipe do PCA devem se reunir
que revisa o prontuário podem aconselhar o funcionário a usar regularmente para revisar o progresso do programa e garantir
os APs com mais cuidado, avaliar se são necessários APs mais que todos estejam cumprindo suas obrigações. Uma vez que
adequados e motivar a pessoa a ser mais diligente na proteção os responsáveis pelas diferentes tarefas entendam como suas
de sua audição dentro e fora do trabalho. Alterações auditivas próprias funções contribuem para o resultado geral do programa,
causadas por causas não ocupacionais, como exposição a eles cooperam melhor para prevenir a perda auditiva. A pessoa-
ruídos de hobbies ou armas de fogo, ou problemas médicos do chave pode conseguir essa comunicação e cooperação ativa
ouvido, às vezes podem ser identificadas. O monitoramento se a direção lhe der a autoridade necessária para tomar
audiométrico só é útil se o controle de qualidade dos decisões sobre o PCA e lhe fornecer os recursos necessários
procedimentos de teste for mantido e os resultados forem para levar a cabo as decisões tomadas. O sucesso do PCA
usados para iniciar o acompanhamento de pessoas com depende de todos, do chefe ao mais recente contratado; todos
alterações auditivas significativas (Royster 1985). têm um papel importante. O papel da gerência é principalmente
apoiar o PCA e fazer cumprir suas políticas como uma faceta
do programa geral de saúde e segurança da empresa. O papel
Manutenção de registros Os dos gerentes e supervisores intermediários é mais direto: eles
requisitos relativos a tipos de registros e tempo de ajudam a executar todas as cinco fases. O papel dos
retenção variam de país para país. Em países onde as trabalhadores é participar ativamente do programa e ser
questões de litígio e compensação de trabalhadores são agressivo em fazer sugestões para melhorar o funcionamento
importantes, os registros precisam ser mantidos por mais do PCA. No entanto, para engajar os trabalhadores, a gerência
tempo do que o exigido pelas regulamentações trabalhistas, e a equipe do PCA devem ser receptivos e responsivos aos
pois geralmente são úteis para fins legais. O objetivo da seus comentários.
manutenção de registros é documentar como os
trabalhadores foram protegidos do ruído (Royster e Protetores auditivos: eficazes e obrigatórios A
Royster 1989 e 1990). Arquivos particularmente importantes importância das políticas de proteção auditiva para o sucesso
incluem procedimentos de avaliação de ruído e seus da PCA é sublinhada por duas características que uma PCA
resultados, calibração e resultados audiométricos, ações eficaz deve ter: fiscalização rigorosa do uso de protetores
de acompanhamento em resposta a alterações auditivas auditivos (deve haver uma obrigação real, não apenas um papel
dos trabalhadores e documentação de adaptação de política) e a disponibilidade de protetores que possam ser
protetores auditivos e treinamento de usuários. Os registros eficazes para quem os usa no ambiente de trabalho. Os
devem citar os nomes das pessoas que lidaram com as protetores potencialmente eficazes são práticos e confortáveis
tarefas do PCA, bem como seus resultados. o suficiente para os funcionários usarem com segurança.

ENCICLOPÉDIA DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 47,15 PROGRAMAS DE CONSERVAÇÃO DE AUDITORIA 47.15

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RISCOS GERAIS
coerentes e proporcionam uma atenuação acústica adequada
sem dificultar a comunicação por superproteção.
Limitando influências externas no PCA Se as
decisões tomadas localmente em relação ao PCA forem limitadas
por políticas impostas pela sede da empresa, a pessoa-chave
pode precisar de ajuda da alta administração para obter exceções
ao PCA, padrões corporativos ou externos para atender às
necessidades locais. A pessoa apontada também deve manter
um controle estrito sobre quaisquer serviços prestados por
consultores externos, contratados ou funcionários públicos (como
triagem de ruído ou audiometria). Quando os contratados são
usados, é mais difícil integrar seus serviços de forma coesa ao
PCA global, mas é crucial fazê-lo. Se o pessoal da planta não
cumprir as informações fornecidas pelos contratados, os
elementos contratados do programa perdem eficácia. A
experiência indica claramente que é muito difícil estabelecer e
manter um PCA eficaz que dependa principalmente de
empreiteiros externos.
Em contraste com as características acima, abaixo
Algumas causas comuns de falha do PCA estão listadas. •
comunicação e coordenação inadequadas entre a equipe
do PCA;
• uso de informações insuficientes ou errôneas para tomar
decisões;
• treinamento inadequado para distribuidores e adaptadores de
protetores auditivos; • Variedade inadequada de protetores
em estoque; • confiança excessiva em números ao escolher
dispositivos; • não equipar e treinar cada usuário de AP
individualmente; • dependência excessiva de fontes externas
(governo ou contratados) para a prestação de serviços de PCA;
• não usar os resultados do monitoramento audiométrico para
treinar e motivar os trabalhadores, • não usar dados audiométricos
para avaliar a eficácia do
PCA.
Avaliação objetiva dos dados audiométricos
Os dados audiométricos da população exposta ao ruído fornecem
evidências se a PCA está prevenindo a perda auditiva
ocupacional. Ao longo do tempo, as alterações auditivas em
trabalhadores expostos ao ruído não devem ser maiores do que
em trabalhadores de controle pareados sem trabalhos
barulhentos. Para obter uma primeira indicação da eficácia da
PCA, foram desenvolvidos procedimentos para análise de bancos
de dados audiométricos usando variabilidade anual nos valores
dos limiares auditivos (Royster e Royster 1986a; ANSI 1991).
•REGRAS E REGULAMENTOS
REGRAS E REGULAMENTOS
Alice H. Suter
Terminologia
Quando se trata de ruído no trabalho, os termos regulamento,
norma e legislação são frequentemente usados de forma
intercambiável, embora tecnicamente possam ter significados
ligeiramente diferentes. Um padrão é um conjunto codificado de
regras ou diretrizes, muito parecido com um regulamento, mas
que pode ser desenvolvido sob os auspícios de um grupo de
consenso, como a International Organization for Standardization
(ISO). A legislação consiste em leis prescritas por autoridades
legislativas ou governos locais.
47.16 REGRAS E REGULAMENTOS
Muitos regulamentos nacionais são chamados de legislação.
Alguns órgãos oficiais também usam os termos “normas” e
“regulamentos”. O Conselho das Comunidades Européias (CCE)
adota diretivas. Por volta do ano de 1990, todos os membros da
Comunidade Européia tiveram que “harmonizar” seus padrões
(legais ou regulatórios) sobre ruído com a diretiva CEE de 1986
sobre exposição ao ruído no trabalho (CCE 1986). Isto significa
que as normas e regulamentos de ruído dos estados membros
tinham que incorporar pelo menos o mesmo nível de proteção
que a diretiva comunitária. Nos Estados Unidos, um regulamento
é uma regra ou ordem prescrita por uma autoridade governamental
e geralmente é mais uma formalidade do que uma regra em si.
Algumas nações têm um código de prática, que é um pouco
menos formal. Por exemplo, o Padrão Nacional de Exposição ao
Ruído Ocupacional Australiano consiste em dois parágrafos
curtos que estabelecem padrões obrigatórios, seguidos por um
código de prática de 35 páginas que fornece orientação prática
sobre como implementar o padrão. Os códigos de prática
geralmente não têm força legal de regulamentos ou legislação.
Outro termo que é usado ocasionalmente é recomendação,
que é mais uma diretriz do que um padrão obrigatório e não
pode ser aplicado. Neste artigo, o termo padrão será usado
genericamente para se referir a padrões de ruído de todos os
graus de formalidade.
Padrões de consenso Um
dos padrões mais amplamente utilizados sobre ruído é o ISO
1999, intitulado "Acoustics : Determination of Occupational Noise
Exposure and Estimate of Noise-Induced Hearing Impairment,
ISO 1990). Este padrão de consenso internacional é uma revisão
de uma versão anterior, menos detalhada, e pode ser usado
para prever o grau de perda auditiva esperado em vários
percentis da população exposta a várias frequências
audiométricas em função do nível de exposição e sua duração,
dependendo do nível de exposição, idade e sexo.
A ISO é normalmente muito ativa no campo da padronização
de ruído. Seu comitê técnico TC43, sob o título “Acústica”, está
trabalhando em um padrão para avaliar a eficácia dos programas
de conservação auditiva. Segundo von Gierke (1993), o TC43
Subcomitê 1 (SC1) possui 21 grupos de trabalho, alguns dos
quais com mais de três normas em estudo. O TC43/SC1 publicou
58 padrões de ruído e outros 63 padrões estão em revisão ou
preparação (von Gierke 1993).
Critérios de risco de dano O
termo critério de risco de dano refere-se ao risco de deficiência
auditiva devido a vários níveis de ruído. Muitos fatores influenciam
o desenvolvimento desses critérios e padrões, além dos dados
que descrevem o grau de perda auditiva resultante de um
determinado grau de exposição ao ruído. As considerações são
técnicas e políticas.
As perguntas a seguir são bons exemplos de considerações
políticas: Que proporção da população exposta ao ruído deve
ser protegida e qual perda auditiva é um risco aceitável?
Devemos proteger até mesmo os membros mais sensíveis da
população exposta de todos os graus de perda auditiva? Ou
devemos apenas protegê-los da deficiência auditiva compensável?
Isso se torna uma questão de qual fórmula de perda auditiva
deve ser usada e as decisões tomadas por diferentes órgãos
governamentais têm sido muito variadas.
ENCICLOPÉDIA DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
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RISCOS GERAIS

Nos primeiros anos, foram tomadas decisões políticas que
permitiu graus significativos de perda auditiva como um risco
aceitável. A definição mais comum costumava ser um limiar auditivo
(ou “barreira inferior”) de 25 dB ou mais, em frequências
instrumentos audiométricos de 500, 1.000 e 2.000 Hz. Desde então,
definições de “deficiência auditiva” ou “deficiência auditiva” têm
sido mais restritivo, com diferentes países ou grupos de consenso
defendendo definições diferentes. Por exemplo, certos
As agências governamentais dos EUA agora usam 25 dB em
1.000, 2.000 e 3.000 Hz. Outras definições podem incorporar
uma barreira inferior de 20 ou 25 dB em 1.000, 2.000 e 4.000 Hz, e
eles podem incluir uma faixa mais ampla de frequências.
Em geral, como as definições incluem frequências
“barreiras” ou limiares auditivos mais altos e mais baixos, reduz
risco aceitável e a porcentagem da população é maior
que parece estar em risco devido

Tabela 47.1 • Limites de Exposição Permitidos (PEL), Fatores de Acumulação e Outros Requisitos de Exposição ao Ruído
dependendo do país.

país, data PEL Lav., 8 horas, dBAa fator de acumulação, Lmax rms nível de controle nível para
dBAb técnico dBAc Audiometria dBAc
Lpico SPL

Alemanha, 3, 6 1990 85 3 pico de 140 dB 90 85

55,70

Argentina 90 3 110 dBA

Austrália, 1 1993 85 3 pico de 140 dB 85 85

Brasil, 1992 85 5 115 dBA 85

pico de 140 dB

Canadá, 2 1990 87 3 87 84

CCE, 3, 4 1986 85 3 pico de 140 dB 90 85

Chile 85 5 115 dBA

140 dB

China, 5 1985 70-90 3 115 dBA

España, 1989 85 3 pico de 140 dB 90 80

Estados Unidos, 11 1983 90 5 115 dBA 90 85

pico de 140 dB

Finlândia, 1982 85 3 85

França, 1990 85 3 pico de 135 dB 85

Hungria 85 3 125 dBA 90

pico de 140 dB

Índia, 7 1989 90 115 dBA

140 dBA

Israel, 1984 85 5 115 dBA

pico de 140 dB

Itália, 1990 85 3 pico de 140 dB 90 85

Noruega, 10 1982 85 3 110 dBA 80

55,70

Nova Zelândia, 9 1981 85 3 115 dBA

pico de 140 dB

Países Baixos, 8 1987 80 3 pico de 140 dB 85

Reino Unido, 1989 85 3 pico de 140 dB 90 85

Suécia, 1992 85 3 115 dBA 85 85

140 dBC

Uruguai 90 3 110 dBA

a PEL = Limites de exposição permitidos. b Fator de acumulação. Às vezes chamado de fator de duplicação ou razão de interdependência tempo/intensidade, é a variação do nível de ruído (em dB) permitida
para cada divisão em dois ou duplicando a duração da exposição. c Assim como os PELs, os níveis para controles técnicos e exames audiométricos também são, presumivelmente, níveis .
meios de comunicação

Fontes: Arenas 1995; Gunn; Embleton 1994; OIT 1994. As normas publicadas por vários países também foram consultadas.

ENCICLOPÉDIA DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 47,17 REGRAS E REGULAMENTOS 47.17

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RISCOS GERAIS

Notas à tabela 47.1.

1
Os níveis para verificações de engenharia, testes auditivos e outros elementos do programa de conservação auditiva são definidos em
um código de recomendações práticas.
2
Existem algumas variações entre as diferentes províncias canadenses: Ontário, Quebec e New Brunswick usam 90 dBA com um fator de
acúmulo de 5dB; Alberta, Nova Escócia e Newfoundland usam 85 dBA com um fator de empilhamento de 5 dB; e Colúmbia Britânica
usa 90 dBA com um fator de construção de 3 dB. Todos eles exigem controles técnicos no nível PEL. Manitoba exige certas práticas
conservação auditiva acima de 80 dBA, protetores auditivos e treinamento sob demanda acima de 85 dBA, e
controles técnicos acima de 90 dBA.
3
O Conselho das Comunidades Europeias (86/188/CEE) e a Alemanha (UVV Larm-1990) estabelecem que não é possível indicar um limite
necessários para a eliminação dos riscos para a audição e o risco de sofrer outros danos à saúde devido ao ruído. Por consequência,
O empregador é obrigado a reduzir ao máximo o nível de ruído, levando em consideração os avanços técnicos e a disponibilidade de
medidas de controle. Outros estados da UE também podem ter adotado essa abordagem.
4
Os países membros da Comunidade Européia foram obrigados a pelo menos harmonizar seus padrões com a diretiva comunitária.
taria em 1 de janeiro de 1990.
5
A China exige diferentes níveis para diferentes atividades: por exemplo, g., 70 dBA para linhas de montagem de precisão, oficinas de conversão e
salas de informática; 75 dBA para salas de serviço, observação e repouso; 85 dBA para novos workshops e 90 dBA para workshops
existentes.
6
A Alemanha também tem padrões de ruído de 55 dBA para tarefas intelectualmente estressantes e 70 dBA para trabalho administrativo.
mecanizado.
7 Recomendação.
8
A legislação holandesa de ruído exige controle técnico de ruído em 85 dBA “a menos que isso não possa ser razoavelmente exigido”. Os protetores auditivos devem
ser fornecidos acima de 80 dBA e os trabalhadores são obrigados a usá-los em níveis acima
90 dBA.
9
A Nova Zelândia exige um máximo de 82 dBA para uma exposição de 16 horas. Earmuffs com níveis de ruído devem ser usados
superior a 115 dBA.
10
A Noruega exige um PEL de 55 dBA para trabalhos que exigem um alto grau de concentração mental, 85 dBA para trabalhos
que requerem comunicação verbal ou grande precisão e atenção, e 85 dBA para outros ambientes de trabalho ruidosos. Os limites recomendados são 10 dB mais
baixos. Trabalhadores expostos a níveis de ruído acima de 85 dBA devem usar protetores auditivos.
11
Esses níveis são aplicáveis ao padrão de ruído OSHA, que abrange trabalhadores da indústria em geral e
guildas marítimas. Os serviços militares dos EUA têm padrões um pouco mais altos. O Exército e a Força Aérea dos EUA usam um PEL de 85 dBA e um fator de
empilhamento de 3 dB.

determinados níveis de ruído. Se a intenção não foi
não houve risco de perda auditiva por exposição ao ruído, mesmo
para os membros mais sensíveis do
população exposta, o limite de exposição permitido teria
ser 75 dBA. De facto, a directiva comunitária estabeleceu que o nível
a que o risco é negligenciável é um nível
equivalente (Leq) de 75 dBA, nível que também foi
proposto como meta para as instalações de produção de
Suécia (Kihlman 1992).
Em geral, a ideia predominante neste tópico é que
é aceitável que um grupo de trabalho exposto ao ruído
perder a audição até certo ponto, mas não excessivamente.
Atualmente não há consenso sobre o que é considerado
excessivo. Muito provavelmente, a maioria dos países
adotar regras e regulamentos na tentativa de manter
o risco ao mínimo, tendo em conta a viabilidade técnica e
ao mesmo tempo, mas sem chegar a um consenso
em questões como frequências, a barreira ou a
porcentagem da população a ser protegida.
Apresentação dos critérios de risco-dano
Os critérios de perda auditiva induzida por ruído podem
ocorrer de duas maneiras: desvio de limiar permanente
Mudança de Limiar Permanente Induzida por Ruído,
NIPTS) ou risco percentual. O critério NIPTS é o grau de
desvio de limiar permanente que persiste em uma população
depois de subtrair o desvio do limiar que ocorreria
“geralmente” por outros motivos que não o ruído no trabalho. o
O risco percentual é o percentual de uma população com um certo
grau de deficiência auditiva induzida por ruído após subtrair o
porcentagem de uma população semelhante não exposta ao ruído no
trabalhado. Esse conceito às vezes é chamado de risco excessivo.
Infelizmente, nenhum dos métodos está isento de problemas.
O problema de usar apenas o NIPTS é que ele é
Difícil resumir os efeitos do ruído na audição. Os dados
geralmente exibido em uma grande tabela que apresenta o desvio
do limiar induzido por ruído para cada frequência audiométrica em
função do nível de ruído, dos anos de exposição e da
percentil populacional. O conceito de risco percentual é mais
atraente porque usa números simples e parece fácil de
Compreendo. Mas o problema com o risco percentual é que
pode variar muito dependendo de vários fatores,
especialmente a altura da barreira do limiar auditivo e as frequências
usadas para definir deficiência auditiva (ou deficiência auditiva).
auditiva).
Com ambos os métodos, o usuário precisa ter certeza de que
populações expostas e não expostas são cuidadosamente
comparáveis em termos de fatores como idade e
exposição ao ruído não ocupacional.
Normas nacionais de ruído
A Tabela 47.1 indica algumas das principais características de
os padrões de exposição ao ruído de vários países. A maioria de
as informações estão atualizadas na data desta publicação,
mas alguns padrões podem ter sido revisados recentemente.
Os leitores são aconselhados a consultar as versões mais recentes
das normas nacionais.
A Tabela 47.1 mostra claramente a tendência da maioria
dos países a usar um limite de exposição permitido
(Limite de exposição permitido, PEL) de 85 dBA, enquanto
cerca de metade dos padrões ainda usam
90 dBA para atender aos requisitos de controle técnico, como

47.18 REGRAS E REGULAMENTOS ENCICLOPÉDIA DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

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RISCOS GERAIS

permitido pela directiva comunitária. A grande maioria dos países
indicados adotaram o fator de acumulação de 3 dB,
exceto Israel, Brasil e Chile, que usam 5 dB com
critério de nível de 85 dBA. A outra exceção notável são os Estados
Unidos (no setor civil), embora tanto o Exército
como a aviação adotaram 3 dB.
Além de seus requisitos para proteger os trabalhadores
de perdas auditivas, vários países incluem disposições
para evitar outros efeitos prejudiciais do ruído. Algum
países estabelecem em seus regulamentos a necessidade de
proteção contra os efeitos extra-auditivos do ruído. Tanto o
diretiva comunitária e a norma alemã reconhecem que o
ruído no local de trabalho apresenta um risco de segurança
e a saúde dos trabalhadores além da perda auditiva,
mas essa compreensão científica atual dos efeitos
dispositivos extra-auditivos não permitem definir níveis de segurança
precisos.
A norma norueguesa especifica que os níveis de ruído não devem
deve exceder 70 dBA em ambientes de trabalho onde
comunicação falada é necessária. A norma alemã defende
pela redução de ruído para a prevenção de riscos de acidentes, e
tanto a Noruega como a Alemanha exigem um nível de ruído
máximo de 55 dBA para melhorar a concentração e prevenir
estresse durante as tarefas intelectuais.
Alguns países têm regulamentos especiais de ruído
para diferentes tipos de ambientes de trabalho. Por exemplo,
A Finlândia e os Estados Unidos têm normas de ruído para
cabines de veículos motorizados, a Alemanha e o Japão especificam
níveis de ruído para escritórios. Outros incluem o ruído como um
dos muitos riscos regulados em um determinado processo.
Outras normas são aplicáveis a tipos específicos de equipamentos ou
máquinas, como compressores de ar, serras elétricas e
equipamento de construção.
Além disso, alguns países promulgaram regulamentos específicos
para regular protetores auditivos (como a diretiva da UE, Holanda e
Noruega) e programas de conservação
de audiência (como França, Noruega, Espanha, Suécia e
Estados Unidos).
Alguns estados usam abordagens inovadoras para
o problema do ruído no trabalho. Por exemplo, a Holanda
ter um padrão específico para novos locais de trabalho
construção, e a Austrália e a Noruega fornecem informações para
empregadores para encaminhá-los aos fabricantes para fornecer
equipamentos mais silenciosos.
Há pouca informação sobre o grau de conformidade com
estas regras e regulamentos. Alguns especificam que
empresários “deveriam” tomar certas medidas (como no
códigos de prática ou diretrizes), enquanto a maioria
salientar que os empregadores “devem”. regras obrigatórias
são mais provavelmente obrigatórios, mas o
capacidade e inclinação de cada país para obrigar o cumprimento.
Mesmo dentro do mesmo país, a aplicação de
Os padrões de ruído do trabalho podem variar consideravelmente
dependendo do governo na época. REFERÊNCIAS

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