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Acústica Urbana
Ementa
• Acústica Urbana
• Ruído
• Avaliação do Ruído
• Legislação e Normas Técnicas
• Propagação do som ao ar livre
• Controle e Redução de Ruído Urbano
• Gestão de Ruído Urbano
• Mapa de Ruído Urbano
• Soluções para Espaços Urbanos
• Paisagem Sonora
1
Acústica Urbana
• Ambiente urbano:
- composto de espaços construídos
que são acusticamente ricos.
• Espaços urbanos:
- são estruturas complexas:
- diversidade de fontes de ruído,
- diversidade de usos (atividade),
- as intervenções são complexas,
- a percepção de benefícios de intervenção não é imediata,
- os custos (financeiros e funcionais) podem ser elevados.
Acústica Urbana
• A qualidade urbana vive do equilíbrio entre espaços/momentos de
vivacidade e de tranquilidade:
em todos os aspectos sensoriais e na coerência entre estes.
2
Acústica Urbana
• A concepção dos espaços urbanos precisa ser gerenciada cuidadosamente a
fim de possibilitar a criação de ambientes sonoros agradáveis, capazes de nos
proteger dos ruídos indesejáveis, que geram incômodos e acarretam danos à
saúde.
Ruído
3
Ruído
• Qualquer som indesejável.
Sua classificação é
subjetiva (depende
do ouvinte)
4
Efeitos nocivos do ruído no homem
5
• Perda auditiva permanente com o
aumento dos anos de exposição
Poluição Sonora
• A poluição sonora é um problema de saúde pública. É o segundo maior agente
poluidor ambiental, depois da poluição do ar, Organização Mundial de Saúde (OMS).
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Começam as reclamações...
• Processos;
• Brigas;
• E até mortes!
7
Estratégias de gestão e Controle de ruído
• Necessidade de adoção de estratégias de gestão e controle de ruído em
áreas urbanas.
• Necessidade de estabelecer normas, métodos e ações que:
- permitam o controle do ruído
- e visem à melhoria da qualidade sonora em áreas urbanas.
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• Poluição sonora - problema de saúde pública.
• Além das preocupações com saúde, que obviamente devem ser
atendidas, devemos pensar também na questão do conforto.
Conforto Acústico
• A qualidade acústica dos ambientes é fator importante para os
engenheiros, arquitetos e urbanistas.
• Como abordar?
9
Conforto Acústico
Tipos de Ruído
De um ponto de vista teórico se classifica ruído em dois grupos:
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Conforto Acústico
Fontes de ruído
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Fontes de ruído • Fontes internas ao edifício:
- Comunicação oral,
• Fontes externas ao edifício: crianças chorando,
- Tráfego rodoviário
animais domésticos,
- Tráfego ferroviário cachorro latindo.
- Tráfego aéreo
- Televisores; aparelhos
- Atividades comerciais
eletrodomésticos
- Atividades industriais
- Atividades de recreação - Atividades realizadas pelos
moradores (passos; objetos
caindo, descarga, etc.)
- Maquinário diverso:
elevadores; canalização;
sistemas de ventilação e de ar
condicionado; máquinas de
lavar roupa, etc.
Avaliação do Ruído
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Avaliação do Ruído
• Como medir?
O parâmetro mais utilizado é o Nível de Pressão Sonora (NPS),
expresso em dB (decibel). É uma relação logarítmica entre a pressão
sonora no ambiente e uma pressão sonora de referência.
13
Níveis de pressão
sonora típicos para
fontes comuns:
Avaliação do
Ruído Urbano
• Como avaliar?
Para obter uma avaliação do ruído e seus efeitos subjetivos,
foram estabelecidos vários índices ou critérios de conforto.
Os NPSs podem ser comparados com esses critérios de conforto.
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Critérios para avaliação de ruído:
• Vários países têm suas próprias normas e recomendações sobre
índices e níveis de ruído para vários tipos de ambientes.
Avaliação do Ruído
Legislação e Normas Técnicas
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Avaliação de ruído: Norma Regulamentadora NR 15 -
Ministério do Trabalho - Atividades e Operações Insalubres
Anexo 1 da NR15:
• Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente:
Nível de ruído Máxima exposição
[dB(A)] diária permissível Fator de
85 8 horas dobra 5
90 4 horas
95 2 horas
100 1 hora
105 30 minutos
110 15 minutos
115 7 minutos
120 3 minutos
16
Avaliação de ruído: Norma Regulamentadora NR 15 -
Ministério do Trabalho - Atividades e Operações Insalubres
Anexo 1 da NR15
• Limites de tolerância para ruídos de impacto (NR15).
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Avaliação do Ruído - Normas Brasileiras:
Normas técnicas ABNT NBR 10151 e 10152:
- processos de revisão pela ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas).
- NBR 10151 – Avaliação do ruído em áreas habitadas
visando o conforto das comunidades - Procedimento, 2000.
- NBR 10152 – Níveis de ruído para conforto acústico,
1987.
- NBR 10152 – Acústica – Níveis
de pressão sonora em ambientes
internos a edificações, 2017.
18
NBR 10151 - Avaliação de ruído em áreas habitadas,
visando o conforto da comunidade - Procedimento:
- Fixa níveis de aceitabilidade de ruído em comunidades (níveis de critério de
avaliação)
1 T LA (t ) 10
LAeq 10 log 10 dt
T
0
19
NBR 10151 - Avaliação de ruído em áreas habitadas,
visando o conforto da comunidade - Procedimento:
• Ln
→ LAeq no período noturno (22:00 h – 07:00h)
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NBR 10151 - Avaliação de ruído em áreas habitadas,
visando o conforto da comunidade - Procedimento:
• No exterior das edificações, as medições devem ser efetuadas
em pontos afastados aproximadamente 1,2 m do piso e pelo
menos 2 m do limite da propriedade e de quaisquer outras
superfícies refletoras, como muros, paredes etc.
d≥2m
h ≥ 1,2 m
Problemas:
“Se o nível de ruído ambiente for superior ao da Tabela 1 para a área e o
horário em questão, o NCA assume o valor do nível de ruído ambiente.”
21
NBR 10151 - Acústica – Medição e avaliação de
níveis de pressão sonora em áreas habitadas —
Aplicação de uso geral
22
NBR 10151 - Acústica – Medição e avaliação de
níveis de pressão sonora em áreas habitadas —
Aplicação de uso geral
23
NBR 10152 - Níveis de ruído para conforto acústico:
24
NBR 10152
- apresenta valores de referência para ambientes internos de
uma edificação de acordo com suas finalidades de uso
25
• Entretanto, não há uma política para controle de
poluição sonora e nem para planejamento,
gestão ou controle de ruído.
Um grande problema no Brasil...
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Gestão e Controle de Ruído
• A Diretiva Europeia 2002/49/EC possui três partes
principais:
• mapeamento de ruído (obrigatório para cidades acima de 250 mil
habitantes),
• um programa de ações e metas para combate à poluição sonora, e
• um sistema de informação ao público.
• América do Sul: programas em Santiago (Chile), Bogotá
(Colômbia) e Buenos Aires (Argentina).
• Brasil: o primeiro programa de mapeamento oficial foi o da
cidade de Fortaleza, algumas iniciativas de pesquisas em cidades
como Florianópolis, Belém, Rio de Janeiro, Curitiba e Aracaju.
E desde 2016 em São Paulo!
Avaliação do Ruído
• A principal ferramenta para o diagnóstico da distribuição e
quantificação do ruído em áreas determinadas são os
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Mapa Acústico ou Mapa de Ruído
• usos do solo
• ocupação humana
• terrenos
• objetos
- edificações
- outras construções (muros, pontes, viadutos)
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Para que servem?
- determinar o número de pessoas e de habitações em uma
zona específica expostas a determinados níveis de ruído.
- identificar onde e em qual intensidade estão as pessoas
expostas a níveis excessivos de ruído,
- auxiliar no projeto de soluções mitigadoras do problema.
- ferramenta de apoio às decisões de planejamento e
ordenamento urbano com relação à gestão de ruído na cidade.
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Mapas de Ruído - Metodologia recomendada
• Modelo previsional implementado em computador
Alguns softwares:
Cadna A (Datakustik)
Predictor-LimA (Bruel & Kjaer)
SoundPlan (Braunstein + Berndt)
• Softwares:
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Avaliação de Ruído - Mapas de Ruído
31
• Dublin
http://w20.bcn.cat/WebMapaAcustic/mapa_soroll.aspx?lang=en
32
England Noise Map Viewer
http://www.extrium.co.uk/noiseviewer.html
33
Mapa de Ruído Urbano da Cidade de SP
• Lei 16.499/2016, que estabelece o Mapa de Ruído em São Paulo:
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Mapa de ruído urbano - Projeto Piloto SP - localizado entre as
Av. Paulista, Av. Brasil, Av. 9 de Julho e Av. 23 de Maio.
Dia Noite
Mapas de ruído
Reduzindo a velocidade:
35
Mudando tipo de pavimento 1:
36
• Exemplo de uso do Mapa de Ruído com a legislação atual - Lei de
Uso e Ocupação do Solo
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Gestão e Controle de Ruído Urbano
• O mapeamento acústico das cidades é apenas o
primeiro passo para o início de um processo de gestão de
ruídos urbanos.
• É uma tarefa difícil, pois é preciso existir “vontade
política”.
Na Europa, esta iniciativa não partiu dos municípios, mas sim da
imposição do Parlamento Europeu com a Diretiva Europeia.
FUTURO!
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Mapa do ruído identifica ruas barulhentas da
capital (Vídeo)
https://globoplay.globo.com/v/6897908/programa/
https://globoplay.globo.com/v/6782122/programa/
39
Programa Cidades e Soluções, com jornalista
André Trigueiro - de 03/11/18 (Vídeo)
https://www.youtube.com/watch?v=ZMOMnesqrRI&feature=youtu.be
https://www.youtube.com/watch?v=ZMOMnesqrRI&feature=youtu.be
40
Propagação do som ao ar livre
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Propagação do som ao ar livre
• Normalmente estudada em termos desses três componentes:
• fonte sonora
• trajetória de transmissão
• receptor
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Como o som se propaga?
• Quando o som atinge um obstáculo, uma parte é refletida, outra
é absorvida, dissipando-se sob a forma de calor, e outra é
transmitida através do obstáculo.
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Principais mecanismos de atenuação sonora ao ar livre
44
Barreiras Acústicas
Barreiras Acústicas
• Caminhos do som da fonte ao receptor,
interrompidos por uma barreira
zona de sombra
zona de Fresnel acústica
(acima da barreira)
Ângulo de
difração
Som transmitido
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Barreiras Acústicas
• A difração é definida como sendo a modificação de um campo
sonoro devido à introdução de um obstáculo dentro deste campo
sonoro.
• Quanto maior o ângulo de difração, mais eficiente é a atenuação
da barreira.
Barreiras Acústicas
• Barreiras longas → barreiras
onde a difração sonora no topo (e
não nas bordas laterais) é que
determina a atenuação por elas
conferida.
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Barreiras Acústicas
• Redução sonora no caminho de propagação
• Principais ferramentas utilizadas em controle de ruído, pois podem
bloquear a propagação do som na direção dos receptores expostos a
elevados níveis de ruído.
Atenuação de edificações
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Atenuação de edificações
• Devido a aberturas entre as edificações, uma fileira de
edificações atenua menos do que uma barreira contínua de mesma
altura.
• 1 fileira: atenuação máxima de 10 dB (resultados de campo).
• Fileiras subsequentes conferem atenuação menor: 1,5 dB de
atenuação para cada fileira adicional, até o limite de 10 – 15 dB
de atenuação total.
• Largura do cinturão;
Fatores que influenciam: • Altura do cinturão;
• Localização do cinturão;
• Configuração do plantio.
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Largura do cinturão
• A vegetação deve ter largura superior a 15 m, pois cortinas de
vegetação menores que isso geralmente são ineficazes, por não
gerar o espalhamento necessário para produzir atenuação sonora.
• Na faixa de frequências de 200 a 2000 Hz, a atenuação será da
ordem de 7 dB para cada 30 m de largura do cinturão verde. Essa
atenuação somente ocorrerá após os primeiros 15 m de largura da
vegetação.
Altura do cinturão
• A área com vegetação deve ser densamente ocupada com
árvores que se elevem pelo menos 5 m acima da linha de visão.
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Amplificação sonora causada pela
reverberação urbana
• As múltiplas reflexões nas fachadas das edificações que
margeiam as vias de tráfego podem amplificar o ruído de tráfego:
→ causam reverberação urbana.
• Rua em “U”: atenção às reflexões!
50
Efeitos de gradientes de temperatura e
de velocidade do vento
• Variações de temperatura e de velocidade do vento com a altitude
provocam gradientes de velocidade do som.
• Influência da temperatura
• A velocidade de propagação do som no ar depende na
temperatura (é proporcional à temperatura).
temperatura maior → velocidade do som maior
• Gradiente de temperatura causa deformação da frente de onda
com criação de sombra acústica simétrica.
51
• Influência do vento
• Distorção da frente de onda devido à velocidade e à direção do
vento. Criação de sombra acústica.
• A velocidade do vento aumenta verticalmente para cima, pois as
camadas de ar próximas ao solo tendem a frear por atrito.
• Variação do caminho das ondas sonoras com o efeito do vento:
(Bistafa)
52
Atenuação sonora por elementos normalmente
encontrados ao longo de rodovias
α
Edificações
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Ruído de tráfego
• Uma das principais fontes de poluição sonora ambiental:
• tráfego (rodoviário, ferroviário e aéreo).
• Como estimar o ruído de tráfego?
• Através de modelos simplificados, mas com limitações.
• Através de programas computacionais específicos.
• Processo complexo.
CONTEXTO URBANO
ESTRATÉGIAS
CONFORTO ACÚSTICO
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Programa de Gestão do Ruído
Deve considerar:
• Monitoração do ruído
- Redução do ruído • Medidas de minimização
- Controle do ruído
Espaços Urbanos
- redução do ruído
- gestão do ruído
- qualidade sonora
55
Gestão do Ruído em Espaços Urbanos
• A gestão do ruído deve ser parte da gestão urbanística:
Espaços Urbanos
• Intervenções para gestão e redução do ruído:
- gestão do edificado
- ordenamento do território
- planejamento dos usos do solo
- gestão do tráfego
- gestão dos meios de transporte
- gestão da paisagem sonora
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Soluções em Espaços Urbanos
Podem ser:
- técnicas
- funcionais
- de planejamento
- educacionais
- comportamentais.
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Controle e Redução do Ruído
Há três métodos gerais de atuação:
• Redução na fonte
- Redução das emissões de ruído na fonte: 1a prioridade
• Redução no receptor
- Redução das emissões de ruído no receptor:
última prioridade
58
Redução do ruído de tráfego
• redução do tráfego
• redirecionamento do tráfego
- alteração dos percursos
59
Redução do ruído de tráfego
• limitações de velocidade:
• Se uma frota de veículos circular a 120 km/h e gerar um nível de
pressão sonora de cerca de 78 dB(A);
a 90 km/h observa-se uma redução para 74 dB(A) e,
a 60 km/h o nível de pressão sonora fica reduzido a 70 dB(A) .
60
Redução do ruído de tráfego
• transportes alternativos
- veículos leves x pesados
61
Redução do ruído de tráfego
• perfis adequados
- traçado com curvas homogêneas, evitando declives acentuados.
- Perfil plano:
- Perfil côncavo:
62
Redução do ruído de tráfego
• barreiras acústicas (naturais ou não)
63
Redução do ruído ferroviário
- Redução das emissões de ruído na fonte
- Redução de vibrações (redução da interação trilho veículo)
mecanismos de excitação
vibração dos veículos
vibração do trilho
vibração do solo
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Redução do ruído aeroviário
- Redução das emissões de ruído na fonte
Banimento das aeronaves mais ruidosas
Planejamento e Gerenciamento do Uso do Solo
Procedimentos de Atenuação de Ruído (procedimentos
especiais de saída e aproximação de aeronaves, visando o
menor impacto de ruído em certas regiões).
Restrições Operacionais (últimas alternativas)
- Restrições de horário.
Restrições Operacionais:
Restrições de horário.
6 h às 23 h
65
Barreiras Acústicas
• No caminho de propagação.
2)
3)
66
Exemplos de Barreiras Acústicas
• Pobre: Largura estreita de árvores pode fornecer proteção visual, mas não acústica.
“linha de visão” acústica
da fonte ao receptor
67
Exemplos de Barreiras Acústicas
Qual é a melhor configuração
para proteger a residência do
ruído de tráfego?
1)
2)
3)
Barreiras Acústicas
Redução do ruído de tráfego
68
Exemplos de Barreiras Acústicas
• Acostamentos de terra cobertos com gramado denso ou outro
material absorvente podem ser tão eficazes quanto barreiras finas
refletoras, reduzindo o ruído de 5 a 10 dB(A).
69
Exemplos de Barreiras Acústicas
• Condomínio Moss Creek (Hilton Head Island, Carolina do Sul)
• Combinação acostamento de terra + barreira longa para reduzir ruído de
tráfego rodoviário numa área residencial.
barreira de madeira
vegetação
berma
nível
Barreiras Acústicas
Para redução do ruído de tráfego:
70
Barreiras Acústicas
71
Barreiras com vegetação
72
Barreiras
• Soundtube (Citylink Urban
Highway) - Melbourne, Austrália
• um trecho em formato tubular
que constitui uma barreira de som
envoltória com 300 metros de
extensão, nos locais próximos a
apartamentos em North
Melbourne. O projeto consiste em
um esqueleto de metal onde são
acopladas placas acústicas
refletoras, concentradas nas
adjacências de um conjunto
habitacional. No lado oposto as
estruturas são vazadas.
Projeto: Denton Corker
Marshall Architects (DCM)
73
Exemplos de Barreiras Acústicas
• Elevado Tamanduateí - São Paulo
- consiste em barreiras laterais, fechamentos e revestimentos acústicos e
atenuadores de ruídos (lamelas de absorção acústica instaladas nos túneis).
• Elevado Tamanduateí
74
Edificações
• Receptor:
• O ruído que chega na
fachada entra na edificação?
• Questão do isolamento
75
Projeto de Isolamento Sonoro
• Disposição dos edifícios:
76
Soluções – Configuração urbana e reflexão
Soluções
• Reduzir o número de fachadas expostas ao ruído
77
Soluções
• Reduzir o número de fachadas expostas ao ruído
Soluções
• Reduzir o número de fachadas expostas ao ruído
78
Edificações
• Residência Estudantil:
Edificações - isolamento
• Residência Estudantil:
- Localizada na entrada de
Genebra, os apartamentos de
estudantes situam-se em um
terreno que segue a curva das
vias ferroviárias.
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Edificações - isolamento
• Residência Estudantil:
• A altura das balaustradas varia de
acordo com o ângulo de incidência de
ruído dos trens que passam por ali. Por
consequência, este princípio também
proporciona ao edifício uma fachada
que progressivamente vai se abrindo
para o céu.
- localização
- altura
- usos
- distribuição
- absorção sonora das fachadas
- isolamento sonoro das fachadas
80
Soluções em Espaços Urbanos - Edificações
• Fachadas:
- isolamento sonoro das fachadas
Ponto fraco - isolamento sonoro das esquadrias.
Materiais leves (vibram com facilidade)
Elementos vazados (venezianas, grelhas) frestas entre
caixilhos e partes móveis = permeabilidade
Vidros duplos: custo elevado, esquadrias mantidas
abertas para ventilação...
Opções:
- Usar vidros com espessuras > 4 mm
- Assegurar boas condições de vedação
- Tomadas de ar: fachadas protegidas
- Tratamento com materiais absorventes
81
Soluções em Espaços Urbanos - Edificações
• Exemplos de edifícios auto protegidos:
82
Soluções em Espaços Urbanos - Edificações
• Espessura da fachada:
83
Soluções – devem considerar:
• intervenção arquitetônica
- configuração das edificações
- distribuição de fachadas
- distribuição de usos dos edifícios
Soluções
• Áreas residenciais próximas a zonas industriais ou
a eixos de transportes muito ruidosos:
- Devem estar em conformidade com regulamentos de ruído
- Aumentar disponibilidade de espaços públicos para descanso
na vizinhança
- Barreiras acústicas
84
Soluções
• Barreiras acústicas
Soluções
• Permeabilidade da forma urbana
85
Soluções
• Permeabilidade da forma urbana
- Edifícios perpendiculares à via: maior permeabilidade ao ruído.
Soluções
• Permeabilidade da forma urbana
- Edifícios paralelos à via: “muralha de proteção – interior da quadra.
86
Outras intervenções para gestão e controle de
ruído:
• Análise de incômodo
• Zoneamento
• Estabelecimento de zonas tranquilas
• Análise da qualidade sonora
• Gestão da paisagem sonora urbana
- mapas de ruído qualitativos
- gestão da sonoridade urbana
Soluções – Educação
• Educação:
• Campanhas de sensibilização
• Campanhas de informação sobre ruído e redução de ruído
87
Soluções – Educação
Soluções – Informação
88
Soluções – Educação e Informação
• INAD (International Noise Awareness Day)
• Dia Internacional da Conscientização Sobre o Ruído
Criado em 1996, nos Estados Unidos, para promover o evento mundial de
conscientização sobre o ruído, com diversas atividades e entre elas, 60 segundos de
silêncio, a fim de demonstrar o impacto do ruído na vida cotidiana da população.
89
Soluções – Custo Benefício
• Custo Benefício:
• Avaliação comparativa de custos e benefícios das
soluções
• Etapas
• resultados e benefícios
- curto prazo
- médio prazo
- longo prazo
90
Universidade de São Paulo
Paisagem Sonora
91
Ruído
• Como avaliar?
- Quantitativamente
- Qualitativamente
92
Paisagem Sonora - Soundscape
93
“Soundscape” denota o “ambiente acústico como
percebido ou experimentado e/ou entendido, por
pessoas, em um contexto.”
94
Mapeamentos qualitativos de paisagens sonoras
• Estudos de paisagem sonora usam mapas sonoros ao invés de
mapas de ruído, investigando a contribuição de diferentes fontes
sonoras que usualmente não são consideradas para o controle do ruído
no ambiente urbano (ex: canto de pássaros, sons de água, etc.)
Mapa quantitativo
Mapas qualitativos de ruído
de ruído
95
1) Projeto Nauener Platz: Remodelling for Young and Old,
Berlim (Schulte-Fortkamp, 2010)
96
2) Cidade de Sheffield, Inglaterra
• Na estação de trem central:
• Sistema complexo de fontes e barreiras acústicas, como uma
estratégia para mascarar o ruído de tráfego vindo da via principal.
• Exemplo do uso de água no projeto urbano para melhorar a
percepção da qualidade acústica do ambiente.
97
3) Urban Sonic Garden, Milão, Itália
Parque Sempione e jardins do Milan Triennale Museum
http://www.musstdesign.com/
98
3) Urban Sonic Garden, Milão, Itália
Parque Sempione e jardins do Milan Triennale Museum
http://www.musstdesign.com/
http://www.musstdesign.com/
99
4) Sonic Garden Lab Imperialino, Florença, Itália
Giardino Sonoro
http://www.musstdesign.com/
Parque Villa-Lobos
Marcos Holtz (ME FAUUSP)
Avaliação qualitativa da paisagem sonora de parques urbanos. Estudo de caso: Parque Villa Lobos, em São Paulo.
100
Medições sonoras com identificação
de fontes e do contexto
• Em amarelo:
- pontos de medição
dos objetos sonoros.
• Em cinza:
- pontos de medição
para verificação do
modelo 3D utilizado
para o mapeamento.
Metodologia
101
Metodologia
• Ao final:
- Recomendações de estratégias de projeto (indicação de
ações ou introdução de elementos) para otimizar as
paisagens sonoras avaliadas e para estudos futuros.
102
Av. Professor Fonseca Rodrigues
103
Considerações sobre o tráfego urbano
• Avaliação quantitativa:
- Duas principais fontes de ruído:
Marginal Pinheiros e Av. P. Fonseca Rodrigues.
- Níveis de ruído variando de 46 dB(A) a 70 dB(A) em geral.
- Níveis mais altos próximo à Marginal: 65 e 70 dB(A) na ciclovia.
- Mais de 50% do parque exposto a níveis > 55 dB(A).
- Área mais silenciosa: no bosque com folhagem densa.
• Avaliação qualitativa:
- Contato visual direto com trânsito da Marginal Pinheiros.
- Contraste com a área arborizada da USP, do outro lado do Rio
Pinheiros.
- Desagradável (evoca lembranças das horas perdidas no trânsito
de São Paulo)
- Sem distanciamento necessário para o descanso e restauração.
104
• Música clássica reproduzida por alto falantes suspensos em postes formando um
círculo.
105
Considerações sobre o Ouvillas
• Avaliação quantitativa
- Níveis medidos de LAeq = 57 dB(A), variando entre 46 e 68 dB(A).
• Avaliação qualitativa
- A praça estava bem ocupada, com pessoas descansando.
- O som emitido pelas caixas mascara o ruído de fundo,
principalmente o dos aviões.
- Solução já aplicada em outros locais.
- No caso desta praça, a música tem aspecto central, com as caixas
de som em destaque.
- Ambiente acolhedor e repousante.
- Permite a contemplação musical.
106
• Tambores feitos com fundo de latões reciclados e sinos feitos com correntes e tubos.
107
• Mapeamento quantitativo do ponto 3:
sem e com a influência do objeto sonoro.
108
• Mapeamento quantitativo do ponto 5:
sem e com a influência do objeto sonoro.
109
• Mapeamento quantitativo do ponto 8:
sem e com a influência do objeto sonoro.
110
• Sinos tubulares suspensos por correntes e tocados com as mãos.
111
Considerações sobre Quadras de basquete, Brinquedos
Sonoros e Playgrounds
• Avaliação quantitativa
- Quadra de basquete: LAeq = 64 dB(A)
- Brinquedo sonoro da Esplanada e central: LAeq = 58 e 69 dB(A)
- Playgrounds central e leste: LAeq = 59 e 54 dB(A)
• Avaliação qualitativa
- Ambientes com atividade humana costumam ser locais excitantes.
- As quadras de basquete atraem a atenção juntando pessoas ao seu
redor.
- Os playgrounds também são pontos focais de atenção.
- Brinquedos sonoros → estimulam a interação entre usuários na
criação do espaço sonoro.
- Diversas crianças e adultos os utilizam.
• Recomendações
- Aumento no número de instrumentos, para tornar o uso dos
brinquedos mais lúdico e com maior riqueza sonora.
112
• Praça com anfiteatro com shows variados, normalmente com música amplificada.
113
Considerações sobre o Anfiteatro
• Avaliação quantitativa
- Níveis medidos de LAeq = 81 dB(A).
- Níveis mais altos encontrados no Parque.
• Avaliação qualitativa
- Apesar dos altos níveis sonoros medidos, área totalmente ocupada
por pessoas assistindo ao show.
- Palco localizado em um nível mais baixo → permite contato visual
entre público e artista a uma curta distância.
- Esta característica aguça a curiosidade e aproxima as pessoas.
114
Considerações sobre o ruído de aeronaves
• Avaliação quantitativa
- O parque está na rota de pouso dos aviões (aeroporto de
Congonhas e próximo ao heliporto Helicidade).
• Avaliação qualitativa
- Aeronaves são onipresentes em todo o parque.
- Invadem o ambiente sonoro, o dominam por alguns instantes e
desaparecem.
- Sem distanciamento necessário para descanso e restauração.
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Considerações sobre o ruído de aeronaves
• Recomendações
- Desvio na rota dos helicópteros da área do parque.
- Mascaramento do ruído em determinadas áreas, criando ilhas
onde o ruído das aeronaves não é percebido.
- Isso pode ser feito com fontes d’água ou com a introdução de
sons da natureza.
Considerações Finais
• Parques → são importantes na restauração e descanso da população.
- Sons de origem mecânica – considerados desagradáveis.
• Redução dos ruídos indesejáveis e causadores de estresse:
- posicionamento adequado das áreas em relação às fontes de ruído;
- barreiras acústicas;
- substituição de pavimento;
- gerenciamento do tráfego rodoviário e aeronáutico, etc.
- Uso de dispositivos de mascaramento destes ruídos por sons
considerados positivos pelos usuários:
fontes com ruído d’água, música, ruídos de animais, etc.
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Considerações Finais
• Ambientes ideiais para restauração e descanso não são
necessariamente os mais silenciosos.
- Alguns podem interpretar como agradáveis e repousantes, mas
outros podem considerá-los tediosos e sem vida.
Considerações Finais
• O fato de tantas pessoas se reunirem em parques para compartilhar
o espaço de lazer, pode ser interpretado como fruto da necessidade
humana de agrupamento, do prazer na experiência coletiva.
• Grupos se formam compartilhando o mesmo ambiente sonoro.
- Sinal de afinidade.
• Praça Ouvilas e Anfiteatro
- A experiência musical agrupa pessoas com intenções semelhantes;
- Reforçando o sentimento de pertencer a um grupo.
• Playgrounds
- É nítido o bem estar das pessoas; Espaços cheios de vida;
- Lembranças de nossa própria infância.
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Considerações Finais
• O projeto de parques pode levar em conta que:
- A criação do soundscape (experiência auditiva) pode ser
análoga a construção do landscape (experiência visual), onde
a diversidade de vegetação, mobiliário, texturas, luzes, etc. já
é feita pelos arquitetos paisagistas de maneira mais evidente.
instrumentos interessantes de
intervenção e projeto em meio urbano
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Urban Sound Planning - SONORUS
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Urban Sound Planning - SONORUS
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Urban Sound Planning - SONORUS
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