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BELO HORIZONTE
2011
UMBERTO EUSTÁQUIO DOS REIS
BELO HORIZONTE
2011
MELHORIA NOS AMBIENTES DE TRABALHO
E O ADICIONAL DE INSALUBRIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO
______________________________________________
Orientador: Prof.: Francisco de Paulo Antunes Lima
Pós-doutorado em Ergologia
DEDICATÓRIA
A Deus,
Ao Orientador Prof. Francisco Antunes
A minha família pelo apoio e compreensão;
Aos amigos de turma Fábio Frazão Messias, Mauro
Lúcio da Silva pela amizade e companheirismo;
EPÍGRAFE
1 – Introdução ...................................................................................... 8
3 – Metodologia ...................................................................................... 18
Referências Bibliográficas 32
Anexos 34
8
1- INTRODUÇÃO
2) QUADRO TEÓRICO
São mais de 30 anos que os trabalhadores convivem com este conceito, cujo
quadro o Ministério do Trabalho e Emprego regulamentou como agentes
considerados insalubres os agentes físicos (ruído contínuo ou intermitente, ruído de
impacto, calor, radiações ionizantes e não ionizantes, trabalho sob condições
hiperbáricas, vibrações, frio, umidade), agentes químicos (gases, vapores, névoas,
neblinas, poeiras minerais) e agentes biológicos (bactérias, vírus). Embora venha
sendo atualizado, praticamente o quadro não teve grandes alterações. Desde sua
instituição do salário mínimo, continua a valer como parâmetro para a percepção do
adicional, ainda em 40%, 20% ou 10%, conforme o enquadramento em máximo,
médio ou mínimo respectivamente, que poderá ser feito baseado em laudo emitido
por Engenheiro do Trabalho ou Médico do Trabalho. (Lei 6514/77).
Atualmente, o artigo 68 da Lei 8112/90, contempla o adicional de
insalubridade ou periculosidade para os servidores públicos federais, regidos pelo
RJU, “os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres (...),
fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo.”
A respeito do pagamento do adicional de insalubridade aos servidores
públicos federal, a própria legislação prevê que o adicional seja pago nos
percentuais de 5%, 10% e 20% sobre o salário efetivo, dos trabalhadores, conforme
a Lei 8270 de17/12/1991, determina-se que
"servidores civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais
recebam adicionais de insalubridade e de periculosidade, nos termos das
normas legais e regulamentares pertinentes aos trabalhadores em geral e
calculados com base nos seguintes percentuais:
I – cinco, dez e vinte por cento, no caso de insalubridade nos graus mínimos,
médio e máximo respectivamente”.
Neste período, pode-se constatar que a primeira luta pela saúde é a redução
da jornada de trabalho.
“No que concerne ao que se poderia chamar de “pré história da saúde dos
trabalhadores”, vê-se emergir uma palavra de ordem que vai por assim dizer,
cobrir todo século XIX: a redução da jornada de trabalho “ (DEJOURS, ,
1987, p.17)
3 – METODOLOGIA
Segundo ALMEIDA
“O último reajuste salarial concedido de forma geral para os Servidores
Federais foi em janeiro de 1995, sendo de 22,07%, equivalente à variação do
Índice de Preços ao Consumidor em Real (IPCr), correspondente ao período
de julho a dezembro/94. Vale lembrar que tal indicador foi extinto em
junho/95, ocasião na qual ele deixou também de ser calculado.(...) Após o
reajuste verificado em janeiro de 1995, os servidores de qualquer dos
poderes não tiveram nenhum outro destinado a recompor as perdas
inflacionárias”,
licença prêmio, fim das horas extras, fim da isonomia, PDV (Programa de
Demissão Voluntária)”
entre outros.
Mesmo com alguns direitos suprimidos, os servidores asseguraram a
qualidade dos serviços públicos, buscam sempre a valorização dos serviços com
uma remuneração digna.
a morte. Uma outra exposição, muito comum na IFES, é aos solventes orgânicos
que terão ação depressiva sobre o sistema nervoso central.
Quando o servidor é remetido a trabalhar com segurança e a se preocupar
com a saúde no trabalho, é “necessário que o próprio trabalhador tenha consciência
deste fato e que incorpore o seu significado”, conforme (REIS, 2001).
São raríssimas exceções, onde professores, com seu poder de barganha, por
exemplo, deixam de ministrar aulas, solicitam melhorias e, enquanto não são
concretizadas não ministram aulas. Neste momento os discentes tornam seus
aliados para acontecer as melhorias.
O trabalho em si não deve ser entendido como insalubre, daí a necessidade
do servidor começar a refletir sobre sua condição no trabalho.
5- CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. Referências Bibliográficas:
ODDONE, Ivar [et AL], Ambiente de Trabalho a luta dos trabalhadores pela saúde
– São Paulo, Editora Hucitec, 1986.
PORTO, M.F.S. Análise dos riscos nos locais de trabalho: Conhecer para
transformar. INST, 2000, São Paulo.
http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/_uploads/documentos-pessoais/documento-
pessoal_11531.pdf acessado em 04 de agosto de 2010.
6 ANEXOS
35
decreta:
"Art. 2º Aos funcionários que trabalharem na zona indicada no art. 1º, enquanto a
mesma não for considerada saneada, será concedida uma gratificação de 20%
(vinte por cento) sôbre os respectivos vencimentos.
O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o art. 180 da Constituição,
decreta:
Art. 1º A gratificação a que se refere o item I do art. 120, do decreto-lei n. 1.713, de 28 de outubro
de 1939, pelo exercício em determinadas zonas ou locais, poderá ser concedida ate 30% (trinta por
cento) do vencimento do funcionário.
§ 1º Essa gratificação, porém sòmente poderá ser concedida quando o funcionário estiver
trabalhando em zonas ou locais, notòriamente insalubres, e neles tiver prolongada permanência.
§ 2º Zonas ou locais insalubres, para efeito da concessão dessa gratificação, serão sòmente
aqueles assim considerados e determinados por lei, ouvido o Departamento Nacional de Saúde
Pública.
Art. 2º A gratificação a que se refere o item II do art. 120 do decreto-lei n. 1.713, de 28 de outubro
de 1939, pela execução de trabalho de natureza especial, com risco da vida; ou da saúde poderá ser
concedida até 40% (quarenta por cento) do vencimento do funcionário.
Art. 3º As gratificações a que se referem os artigos anteriores sòmente poderão ser concedidas
mediante a expedição de lei, em cada caso concreto, e dentro dos limites do crédito que lhe fôr
destinado, considerando o tempo de execução de trabalho especial e ouvido, prèviamente, o
Departamento Administrativo do Serviço Público.
Parágrafo único. O registo da despesa, decorrente do pagamento das referidas gratificações ficará
condicionado á satisfação das exigências dêste artigo e à publicação da respectiva fôlha da qual
constarão nome do funcionário, cargo ou função, lotação, local e natureza do trabalho.
DECRETA:
Art. 3ºOs adicionais a que se refere este Decreto não serão pagos aos
servidores que:
Art. 4ºOs adicionais de que trata este Decreto serão concedidos à vista de
portaria de localização do servidor no local periciado ou portaria de designação
para executar atividade já objeto de perícia.
Art. 5ºA concessão dos adicionais será feita pela autoridade que determinar a
localização ou o exercício do servidor no órgão ou atividade periciada.
JOSÉ SARNEY
Mailson Ferreira da Nóbrega
João Batista de Abreu
Art. 12. Respondem nas esferas administrativa, civil e penal, os peritos e dirigentes
que concederem ou autorizarem o pagamento dos adicionais em desacordo com a
legislação vigente.
Art. 13. Os dirigentes dos órgãos da Administração Federal Direta, das autarquias e
suas fundações, promoverão as medidas necessárias à redução ou eliminação dos
riscos, bem como a proteção contra os respectivos efeitos.
Art. 14. Os casos omissos relacionados à matéria tratada nesta Orientação
Normativa serão avaliados pelo Departamento de Saúde, Previdência e Benefícios
do Servidor da Secretaria de Recursos Humanos, do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão.
Art. 15. Esta Orientação Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 16. Revogam-se as disposições contrárias a esta Orientação Normativa, bem
como o disposto nas Orientações Normativas No- 4, de 13 de julho de 2005, e No-
6, de 23 de dezembro de 2009, e o Oficio Circular No- 25/COGSS/DERT/SRH/MP,
de 14 de dezembro de 2005.
DUVANIER PAIVA FERREIRA
ANEXO I
Atividades Adicional
Contato permanente com pacientes em isolamento por doenças infecto-contagiosas 20%
Contato permanente com objetos (não previamente esterilizados) de uso de pacientes
em isolamento por doençasinfecto- contagiosas 20%
Contato habitual com carnes, glândulas, vísceras, sangue,ossos, couros, pelos e
dejeções de animais portadores de doenças infecto-contagiosas. 20%
Trabalho habitual em esgotos (galerias e tanques) 20%
Trabalho habitual com lixo urbano (coleta e industrialização) 20%
Contato permanente com pacientes em hospitais, serviços de emergência, enfermarias,
ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados aos cuidados 10%
da saúde humana
Contato permanente com material infecto-contagiante em hospitais, serviços de
emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos 10%
destinados aos cuidados da saúde humana
Contato permanente com animais em hospitais, serviços de emergência, enfermarias, 10%
ambulatórios e postos de vacinação
Contato habitual com animais destinados ao preparo de soro, vacinas e outros produtos, 10%
em laboratórios
Contato direto e habitual com animais em hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e 10%
outros estabelecimentos destinados ao atendimento e tratamento de animais.
Trabalho técnico habitual em laboratórios de análise clínica e histopatologia 10%
Atividade habitual de exumação de corpos em cemitérios 10%
Trabalho habitual em estábulos e cavalariças 10%
Contato habitual com resíduos de animais deteriorados 10%
ANEXO II
Atividades não caracterizadoras para efeito de pagamento de adicionais
ocupacionais:
46
ANEXO III
CARACTERIZAÇÃO DE INSALUBRIDADE/PERICULOSIDADE
Local de exercício do trabalho
Tipo de trabalho realizado
Tipo de risco
Agente nocivo à saúde (motivo)
Tolerância conhecida/tempo
Medição efetuada/tempo
Grau de risco
Adicional a ser concedido
Medidas corretivas
Profissional responsável pelo laudo