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CURSO: ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO

Disciplina: PSICOLOGIA APLICADA À ENGENHARIA DE


SEGURANÇA NO TRABALHO
Docente: Profª Neide Gouveia Atensio

Tema: Aspectos comportamentais do EPI


.
Aluno: Guilherme Stroppa Cervigne (ID:310021, turma 30)

Trabalho apresentado como requisito


para aprovação na disciplina de
Psicologia Aplicada à Engenharia de
Segurança no Trabalho do curso de
pós-graduação em Engenharia de
Segurança do Trabalho do Centro
Universitário de Lins – UNILINS.

Maio – 2021
São cada vez mais comuns os casos de ansiedade e estresse no trabalho.
Fatores que podem aumentar ainda mais o risco, em ambientes já potencialmente
perigosos.

Todos nós temos momentos de ansiedade e estresse em nossas vidas, e tais


emoções podem surgir no trabalho esporadicamente. O trabalho em condições
potencialmente inseguras já é arriscado por si só.

O uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), pode ser mais um dos


fatores para esse aumento de estresse no trabalho, pois alguns EPIs podem
provocar desconforto térmico, tornando-os bastante incômodos para uso, podendo
levar, em casos extremos, ao estresse térmico do trabalhador.

Nos casos de exposição a agentes químicos, os EPI podem se tornar uma


fonte de contaminação, criando um risco à saúde do trabalhador. Falhas nos
cuidados básicos de conservação, nos procedimentos manutenção, uso
(vestir/despir), higienização, ou ainda sua reutilização sem prévia higienização

Protetores auditivos com alto fator de atenuação expõem o trabalhador a


certos riscos, pois evitam que determinados sons ou ruídos sejam por ele ser
detectados, por exemplo, sinais sonoros de advertência e trânsito de veículos.

Sabemos que o EPI é importante para proteger os profissionais


individualmente, reduzindo qualquer tipo de perigo ou risco para o trabalhador, e que
os EPIs devem ser utilizados durante todo o expediente de trabalho, seguindo todas
as determinações da organização.

Mas o fato é que o estresse e a ansiedade no trabalho tornam as funções


ainda mais arriscadas, isso porque, o trabalhador não consegue se acostumar com
os EPIs, sempre se queixando que é um incomodo, que atrapalha e dificulta o
trabalho.

Cabe a empresa, tomar as medidas cabíveis para a conscientização da


utilização dos EPIs, dentre as formas possíveis, uma delas é quando os empregados
tomam ciência da obrigatoriedade do uso do EPI e de que a recusa pode gerar a
demissão por justa causa, muitos começam a utilizá-lo. No entanto, não explique
essa possibilidade em tom de ameaça, mas sim com um teor educativo, mostrando
que a empresa se preocupa com a profissão do colaborador.

Faça os funcionários realmente perceberem a importância do uso do EPI.


Para isso, elabore treinamentos e cursos com simulações de situações, de forma a
exemplificar como os equipamentos protegem a integridade física. Desse modo, a
equipe perceberá que o uso é benéfico para o próprio empregado, não só para a
empresa.

Em casos extremos, quando a empresa tem um alto índice de acidentes de


trabalhos mesmo seguindo todos os programas de segurança, uma solução é dar
incentivos aos funcionários pelo uso de EPI. Por exemplo, se alcançarem
determinado período sem ocorrências, receberão um incentivo financeiro, uma folga
ou até um jantar da empresa para todos os colaboradores.

Devemos também analisar a ergonomia do trabalhador, no qual pode gerar


inúmeras consequências no futuro, pois um colaborador, muitas vezes, acaba
passando mais horas por dia na empresa que a sua própria casa, realizando
movimentos repetitivos e posturas inadequadas ao longo da sua jornada de trabalho.
Com o passar do tempo, algumas complicações podem surgir, tais como as dores
crônicas na região lombar, enxaquecas, tendinites ou a LER (Lesão por Esforço
Repetitivo) e o estresse ocupacional.

Para evitar o estresse ocupacional no ambiente de trabalho, a ergonomia


pode ser uma grande aliada, promovendo condições necessárias para integridade e
segurança no ambiente de trabalho, como, adaptações ao espaço físico, escolher a
mobília correta, condições de iluminação, circulação e áreas de descanso.

Outra forma de evitar esse estresse com a ergonomia é promovendo uma


cultura organizacional em que os exercícios de alongamento e o incentivo aos
hábitos saudáveis façam parte da rotina de colaboradores.

É importante que a visão de cuidados de saúde não se limite apenas a saúde


e segurança física, mas que possa incluir também, a saúde mental, pois em muitos
casos é deixada de lado e que pode acarretar em muitas alterações físicas e
cognitivas, como pode observar a seguir:

Entre elas, podemos mencionar alterações físicas, como, agitação


psicomotora, Aceleração dos batimentos cardíacos, Frequência respiratória
aumentada, tremores e entre outros.

Entre as alterações cognitivas geralmente vistas em pessoas com nível de


ansiedade e estresse no trabalho elevados, destacam-se as dificuldades de
concentração, Prejuízos momentâneos na memória, tanto para armazenar novos
fatos, quanto evocar fatos já memorizados, Incapacidade de manutenção e
conclusão de objetivos.
Por fim, a saúde dos profissionais da empresa depende não somente da
capacidade na execução das tarefas em si, mas também de cuidados com o bem
estar de todos os colaboradores.

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