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Higiene, Saúde

e Segurança no
Trabalho
(HSST)
IFPELAC - Instituto de Formação Profissional e Estudos Laborais
Alberto Cassimo – Delegação da Zambézia
Março , 2023
HIGIENE, SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
MÓDULO COMPACTO PARA INDUÇÃO AOS FORMANDOS
DOS CURSOS PROFISSIONALIZANTES
TÓPICOS DO MÓDULO
1.7. Riscos profissionais
1.1. Introdução
1.8. Prevenção e Protecção contra
1.2. Ambiente de trabalho e a Incêndios
produtividade
1.9. Sinalização de segurança;
1.3.Acidente de trabalho
1.10. Equipamentos de Protecção
1.4. Causas dos acidentes de trabalho Colectiva e Individual
1.5. Consequências dos Acidentes de 1.11. Medidas de primeiros socorros
Trabalho
1.12. HIV/SIDA no local de Trabalho
1.6. Métodos de prevenção de
acidentes de trabalho
IFPELAC - Instituto de Formação Profissional e Estudos Laborais Alberto Cassimo – Delegação da Zambézia
Março, 2022
1ª Parte
1.1. Introdução
1.2. Ambiente de trabalho e a
produtividade
1.3.Acidente de trabalho
1.4. Causas dos acidentes de
trabalho
1.5. Consequências dos
Acidentes de Trabalho
1.6. Métodos de prevenção de
acidentes de trabalho O jovem conhece as regras.
O velho conhece as excepções.

Oliver Wendell Holmes


1.1. Introdução
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde como “um estado de
completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de
infecções e enfermidades”. Direito social que deve ser assegurado sem
distinção de raça, religião, ideologia política ou condição socioeconômica, a
saúde é assim apresentada como um valor colectivo, um bem de todos.

A Higiene do Trabalho: propõe-se combater, dum ponto de vista não médico,


as doenças profissionais, identificando os factores que podem afectar o
ambiente do trabalho e o trabalhador, visando eliminar ou reduzir os riscos
profissionais.

A Segurança do Trabalho: propõe-se combater, também dum ponto de vista


não médico, os acidentes de trabalho, quer eliminando as condições
inseguras do ambiente, quer educando os trabalhadores a utilizarem medidas
preventivas.
1.2. Ambiente de trabalho e a produtividade
Produtividade é a capacidade para produzir bens e ou serviços. Aquilo que
se conseguiu produzir; diz-se do volume ou total produzido, ou seja o
rendimento.
Na maior parte dos casos a Produtividade é afectada pela conjugação de
dois aspectos importantes:
1) Um meio ambiente de trabalho que exponha os trabalhadores a riscos
profissionais graves (causa directa de acidentes de trabalho e de
doenças profissionais)
2) A insatisfação dos trabalhadores face a condições de trabalho que não
estejam em harmonia com as suas características físicas e psicológicas.
Em geral as consequências revelam-se numa baixa quantitativa e
qualitativa da produção, numa rotação excessiva do pessoal e a num
elevado absentismo.
1.3. Acidente de Trabalho
É Considerado Acidente de trabalho, aquele que se verifica no local de
trabalho e no tempo de trabalho e produz, directa ou indirectamente,
lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte a morte
ou a redução da capacidade de trabalho ou de ganho.

Lesão corporal é qualquer dano produzido no corpo humano, seja ele


leve, como, por exemplo, um corte no dedo, ou grave, como a perda de
um membro.

Perturbação funcional é o prejuízo do funcionamento de qualquer órgão


ou sentido. Por exemplo, a perda da visão, provocada por uma pancada na
cabeça, caracteriza uma perturbação funcional.
1.4. Causas dos Acidentes de Trabalho
Falta de protecção de máquinas e
ferramentas
Condições de organização (Lay-Out mal
CONDIÇÕES feito, armazenamento perigoso, falta de
PERIGOSAS Equipamento de Protecção Individual -
E.P.I.)

Centradas no
Condições de ambiente físico,
ambiente do (iluminação, calor, frio, poeiras, ruído)
Trabalho
1.4. Causas dos Acidentes de Trabalho
Fadiga

Distracção ou negligência
ACÇÕES
Rotina
PERIGOSAS
Imprudência face ao perigo

Centradas na
Atitude do
Incumprimento de medidas de
Trabalhador segurança
1.5. Consequências dos Acidentes de Trabalho
O acidente de trabalho pode deixar o trabalhador impedido de realizar suas actividades
por dias seguidos, ou meses, ou de forma definitiva resultante da incapacidade
temporária, ou da incapacidade parcial e permanente, ou, ainda, da incapacidade total e
permanente para o trabalho.
A incapacidade temporária é a perda da capacidade para o trabalho por um período
limitado de tempo, após o qual o trabalhador retorna às suas actividades normais.
A incapacidade parcial e permanente é a diminuição, por toda vida, da capacidade
física total para o trabalho. É o que acontece, por exemplo, quando ocorre a perda de um
dedo ou de uma vista
• A incapacidade total e permanente é a invalidez incurável para o trabalho.
Nos casos extremos, o acidente resulta na morte do trabalhador.
1.5. Consequências dos Acidentes de Trabalho
1.6. Métodos de Prevenção dos Acidentes de
Trabalho
A Prevenção é certamente o melhor processo de reduzir ou eliminar as
possibilidades de ocorrerem problemas de segurança com o Trabalhador.

A Prevenção consiste na adopção de um conjunto de medidas de


protecção , na previsão de que a segurança física do operador possa ser
colocada em risco durante a realização do seu trabalho.

Lembremo-nos do ditado popular que diz “Vale a pena prevenir do que


remediar”
1.6. Métodos de Prevenção dos Acidentes de
Trabalho
Hierarquia das acções de prevenção e controlo de riscos de acidentes

1º Eliminar / Reduzir o risco de acidentes.

Proteger os Trabalhadores
Adoptar medidas:
2º 1º de protecção colectiva;
2º de protecção individual para os riscos que não foi possível
eliminar ou reduzir.
Informar os Trabalhadores
3º Alertar para os Riscos Residuais que não foi possível eliminar nem
proteger.
2ª Parte
1.7. Riscos profissionais

Na juventude aprendemos, na
velhice entendemos!

Marie Von Ebner Eschenbach


1.7. Riscos Profissionais
Risco – é o fenómeno capaz de provocar uma lesão ou dano para a saúde. É,
normalmente, medido em função da probabilidade e das consequências da
ocorrência de um acidente.
Perigo - Toda a situação em que a pessoa é exposta a um ou mais riscos.
1.7.1. Algumas Imagens de Riscos de
Acidentes
1.7. Riscos Profissionais
OS RISCOS QUE RODEIAM O POSTO DE TRABALHO
Há vários factores de risco que afectam o trabalhador no desenvolvimento
das suas tarefas diárias. Os principais tipos de risco ambiental que afectam os
trabalhadores de um modo geral, estão separados em :
I. Riscos físicos
II. Riscos químicos
III. Riscos Biológicos
IV. Riscos Ergonómicos
V. Riscos Mecânicos
VI. Riscos Elétricos
VII. Riscos Psicossociais
VIII.Riscos de Incêndio
IX. Riscos de Ordem e Limpeza
I. Riscos físicos
O que são riscos físicos?

Riscos físicos são formas de energia às quais os trabalhadores ficam


expostos no ambiente de trabalho e que podem causar ferimentos, levar ao
surgimento de doenças ou até mesmo à morte do trabalhador, tais como:

• O Ruído
• O Ambiente Térmico
• A Iluminação
• As Radiações
• As Vibrações
II. Riscos químicos
O risco químico é a possibilidade de um trabalhador sofrer algum dano
devido a exposição ou manipulação de um produto químico, atraves de
• Via respiratória: é a principal via de entrada dos agentes químicos, através
do ar que respiramos e passa para os pulmões.
• Via digestiva: é a entrada de produtos químicos através da ingestão de
alimentos contaminados.
• Epiderme: essa via de penetração é a mais difícil, mas se o trabalhador
estiver desprotegido e tiver contacto com substâncias químicas, havendo
deposição no corpo, serão absorvidas pela pele.
• Via ocular: alguns produtos químicos que permanecem no ar causam
irritação nos olhos e conjuntivite, o que mostra que a penetração dos
agentes químicos pode ocorrer também pela vista.
II.1. Efeitos dos Produtos Químicos

• Sensibilizantes: produtos que levam a reacções alérgicas.


• Irritantes ou alergizantes: produtos que levam a inflamações no tecido
onde actuam (ácido clorídrico ,óxidos de azoto).
• Anestésicos ou narcóticos: apresentam ação depressora do sistema
nervoso central, p.ex: Éter etílico, propano, alcool etílico, acetona e outros.
• Asfixiantes: produtos que dificultam o transporte de oxigénio a nível
sanguíneo. (Monóxido de Carbono)
• Cancerígenos: substâncias que podem provocar o cancro.
• Corrosivas: substâncias que actuam quimicamente sobre os tecidos
quando em contacto com estes.
• Pneumoconióticos: são substâncias sólidas que, chegando aos pulmões, se
depositam e se acumulam, produzindo uma pneumopatia e degeneração
fibrótica do tecido pulmonar. Exemplo: sílica, asbesto, óxido de ferro e
III. Riscos Biológicos
Estes tipo de riscos relaciona-se com a presença no ambiente de trabalho de
microrganismos como bactérias, vírus, fungos, bacilos ,etc., normalmente
presentes em alguns ambientes de trabalho, como por exemplo:
• Hospitais,
• Laboratórios de análises clínicas,
• Recolha de lixo,
• Indústria do couro,
• Tratamento de Efluentes líquidos.
Penetrando no organismo do homem por via digestiva, respiratória, olhos e
pele, são responsáveis por algumas doenças profissionais, podendo dar
origem a doenças menos graves como infecções intestinais ou a simples
gripe, ou mais graves como a hepatite, meningite ou HIV/Sida.
IV. Riscos Ergonómicos
Riscos ergonômicos são todas as condições que afectam
o bem-estar do trabalhador, sejam elas físicas, mentais
ou organizacionais. Podem ser compreendidas como
factores que interferem nas características
psicofisiológicas do profissional, provocando
desconfortos e problemas de saúde. São exemplos: o
levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho,
monotonia, repetitividade, postura inadequada.

Há registros de que, há séculos, essas doenças já atacavam os escribas e


notários. Hoje afectam diversas categorias de profissionais como funcionários
bancários, metalúrgicos, costureiras, pianistas, telefonistas, operadores
informáticos, empacotadores, enfim, todos os profissionais que realizam
movimentos automáticos e repetitivos.
VI. Riscos Mecânicos
• Quedas ao mesmo nível ou VII. Riscos Elétricos – Relacionados com
de um nível diferente os cuidados ater co a corrente eléctrica,
• Quedas de objectos pode causar electrocussão
• Choques por ou contra objectos VIII. Riscos Psicossociais – Relacionados
com os factores psicológicos ou sociais
• Cortes
do trabalhador.
• Perfurações
IX. Riscos de Incêndio – relacionados
• Escorregadelas
com os cuidados ater com substancias
• Projecções inflamáveis e outros factores suscetíveis
• Atropelamento com veículo de provocar incendio ou explosão.
• Esmagamento, etc. X. Riscos de Ordem e Limpeza –
Relacionados com a arrumação e
higiene do local de trabalho.
3ª Parte
1.8. Prevenção Contra Incêndios
1.9. Sinalização de Segurança

Leva dois anos para aprender a


falar e sessenta para aprender a
calar a boca
Ernest Hemingway
1.8. Prevenção e Protecção contra Incêndios
O fogo resulta de uma combustão fortemente exotérmica desencadeada
por uma fonte de ignição, que se desenvolve, em geral, de maneira
dificilmente controlável. A combustão é uma reacção de oxidação entre um
combustível e um comburente, com origem numa fonte de ignição. A
ocorrência de fogo depende, pois, da existência de:
 Combustível- substância que, na presença de oxigénio, reúne as
propriedades para reagir com o comburente e arder. Existem
combustíveis no estado liquido (ex, gasolina), sólido (ex. madeira) e
gasoso (ex. metano).
 Comburente- é o agente oxidante, ou seja, a substância em cuja
presença o combustível pode arder. Por ex. Oxigénio.
 Fonte de ignição- fornece a energia suficiente para iniciar uma reacção
(ex., chamas, faíscas,).
1.8. Prevenção e Protecção contra Incêndios
O Triângulo do Fogo
1.8. Prevenção e Protecção contra Incêndios
O fogo e as explosões estão na origem de grandes danos pessoais e
materiais em instalações onde se desenvolvem actividades económicas.

A promoção da segurança contra riscos de incêndio nos


estabelecimentos industriais, comerciais ou de serviços tem como
objectivo:
• Reduzir os riscos de eclosão de um incêndio;
• Limitar o risco de propagação do fogo e dos fumos;
• Garantir a evacuação rápida e segura dos ocupantes;
• Facilitar a intervenção eficaz às equipas de 1ª intervenção dos
bombeiros.
1.8. Prevenção e Protecção contra Incêndios
Com vista à satisfação destas exigências devem ser tomadas as precauções
necessárias nas instalações (fabris e administrativas), com o objectivo
de:Providenciar caminhos de evacuação protegidos contra a propagação do
fogo e dos fumos;
• Dispor de equipamentos técnicos (instalação eléctrica, de gás, de
ventilação e outros) que funcionem em boas condições de segurança com
comandos de emergência devidamente localizados e sinalizados;
• Dispor de sistema de alarme, alerta, iluminação de emergência e
sinalização apropriados;
• Dispor de meios de primeira intervenção apropriados;
• Organizar a formação e a instrução de pessoal;
• Assegurar a conservação e manutenção dos equipamentos técnicos,
incluindo os de segurança.
1.8.1. Utilização de extintores
Os extintores são um meio de intervenção contra incêndios. Devem ser usados no
início da eclosão de um fogo, com o objectivo de extingui-lo ou controlá-lo até à
chegada dos bombeiros.
• Devem estar colocados em locais bem visíveis.
• Devem estar carregados, dentro do prazo de validade e prontos a funcionar.
• A distância máxima a percorrer até um extintor não deverá exceder 25 metros.
• O operador deverá conhecer as instruções de funcionamento de forma a poder
utilizá-lo quando necessário.

No sentido do vento e pressiona a alavanca.


Aproximar do foco do Dirige o jacto para a base das chamas.
Retire o selo ou cavilha
Deve-se transportar na vertical incêndio cautelosamente Varre devagar toda a área do fogo.
1.9. Sinalização de Segurança
No interior e exterior das instalações da Empresa , devem existir formas de
aviso e informação rápida , que possam auxiliar os elementos da Empresa a
actuar em conformidade com os procedimentos de segurança .
Sinais de Perigo - Indicam situações de risco potencial de acordo com o
pictograma inserido no sinal. São utilizados em instalação, acessos,
aparelhos, instruções e procedimentos, etc. Têm forma triangular, o
contorno e pictograma a preto e o fundo amarelo.

Perigos Vários Perigo de Perigo de Perigo Perigo Zonas Perigo de


incêndio electrocussão Substâncias Quentes Intoxicação
Corrosivas (veneno)
1.9. Sinalização de Segurança
Sinais de Proibição - Indicam comportamentos proibidos de acordo
com o pictograma inserido no sinal. São utilizados em instalação,
acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc.. Têm forma
circular, o contorno vermelho, pictograma a preto e o fundo branco.

Proibido fumar Proibido Proibido apagar Proibido


Beber água Proibido lavar
foguear / com água as mãos
Fazer fogo

Proibido uso de Passagem Proibida a


telemóvel Não Tocar Peões
1.9. Sinalização de Segurança
Sinais de Obrigação - Indicam comportamentos obrigatórios de acordo
com o pictograma inserido no sinal. São utilizados em instalação, acessos,
aparelhos, instruções e procedimentos, etc.. Têm forma circular, fundo
azul e pictograma a branco

Uso obrigatório de luvas Uso obrigatório de capacete Uso obrigatório


Uso obrigatório e óculos de protecção de fardamento
de auricular

Uso obrigatório Obrigatório lavar Uso obrigatório Uso obrigatório


de capacete de calcado de cinto de segurança
1.9. Sinalização de Segurança

Sinais de Informação – dão informações gerais sobre o local de


trabalho aos trabalhadores e publico em geral. Têm forma quadrada
ou rectangular, o contorno e pictograma a Branco e o fundo azul.
1.9. Sinalização de Segurança
Sinais de Emergência - Fornecem informações de salvamento de
acordo com o pictograma inserido no sinal. São utilizados em
instalação, acessos e equipamentos, etc.. Têm forma rectangular,
fundo verde e pictograma a branco.
1.9.1. Cromatismo industrial
ignificado das cores no ambiente laboral
4ª Parte
1.10. Equipamentos de Protecção
Colectiva e Individual

Os velhos desconfiam dos jovens


porque já foram jovens.

William Shakspeare
1.10. Equipamentos de Protecção Colectiva e
Individual
Os equipamentos de protecção colectiva (EPC), devem ter prioridade
uma vez que beneficiam todos os trabalhadores, e devem ser mantidos em
boas condições .
Alguns exemplos de aplicação de EPC:
• sistema de exaustão que elimina gases, vapores ou poeiras
contaminantes do local de trabalho;
• enclausuramento de máquina ruidosa para livrar o ambiente do ruído
excessivo;
• comando bimanual, que mantém as mãos ocupadas, fora da zona de
perigo, durante o ciclo de uma máquina;
• cabo de segurança para conter equipamentos suspensos sujeitos a
esforços, caso venham a se desprender.
1.10. Equipamentos de Protecção Colectiva e
Individual
Quando não for possível adoptar medidas de segurança de ordem geral, para
garantir a protecção contra os riscos de acidentes e doenças profissionais,
devem-se utilizar os Equipamentos de Protecção Individual, conhecidos
pela sigla EPI.

São considerados Os Equipamentos de Protecção Individual (EPI), todos


os dispositivos de uso pessoal destinados a proteger a integridade física e a
saúde do trabalhador.

Os Equipamentos de Protecção Individual (EPI), devem ser considerados


como último recurso.
1.10.1. Equipamentos de Protecção Individual
Existem EPIs para protecção de praticamente todas as partes do corpo. Veja alguns
exemplos:
• Protecção da cabeça e crânio: capacete de segurança contra impactos, perfurações,
acção dos agentes meteorológicos etc.
• Protecção dos olhos: óculos contra impactos, que evita a cegueira total ou parcial e a
conjuntivite. É utilizado em trabalhos onde existe o risco de impacto de estilhaços e
limalhas.
• Protecção das vias respiratórias: protector respiratório, que previne problemas
pulmonares e das vias respiratórias, e deve ser utilizado em ambientes com poeiras,
gases, vapores ou fumos nocivos.
• Protecção da Face: máscara de solda, que protege contra impactos de partículas,
respingos de produtos químicos, radiação (infravermelha e ultravioleta) e ofuscamento.
• Protecção dos ouvidos: Auriculares, que previnem a surdez, o cansaço, a irritação e
outros problemas psicológicos. Deve ser usada sempre que o ambiente apresentar
níveis de ruído superiores aos aceitáveis, de acordo com a norma regulamentadora.
1.10.1. Equipamentos de Protecção Individual
• Protecção das mãos e braços: luvas, que evitam problemas de pele,
choque eléctrico, queimaduras, cortes e raspões e devem ser usadas em
trabalhos com solda eléctrica, produtos químicos, materiais cortantes,
ásperos, pesados e quentes.
• Protecção das Pernas e pés: botas de borracha, que proporcionam
isolamento contra electricidade e humidade. Devem ser utilizadas em
ambientes húmidos e em trabalhos que exigem contacto com produtos
químicos.
• Protecção do tronco: aventais de couro, que protegem de impactos,
gotas de produtos químicos, choque eléctrico, queimaduras e cortes.
Devem ser usados em trabalhos de soldagem eléctrica, oxiacetilénica,
corte a quente.
Principais Equipamentos de Protecção Individual
(EPIs)
5ª Parte
1.11. Medidas de Primeiros
Socorros;
1.12. HIV/SIDA no Local de
Trabalho
O velho não pode fazer o que um
• Avaliação jovem faz, mas faz melhor.

Cícero
1.11. Medidas de primeiros Socorros

Primeiros socorros é o cuidado imediato a alguém


ferido ou doente, com a finalidade de: preservar a vida, promover a
recuperação ou prevenir que o caso piore, portanto trata-se de uma
atenção rápida, imediata a uma pessoa que está em perigo de vida,
realizando tais cuidados para manter as suas funções vitais e reduzindo seus
agravos até que a vitima receba atendimento de emergência adequado.
Este pré-atendimento tem fundamental importância, pois evita complicações
futuras e pode até salvar vidas. Contudo, deve ser realizado pelo socorrista
que deve ter treinamento e realizar o atendimento em condições seguras
para a prestação de socorro.
É importante, após realizar o primeiro atendimento, solicitar ou encaminhar
a vítima para avaliação médica.
1.11. Medidas de primeiros Socorros
Deve ser utilizado por um profissional, que tenha feito um curso
Para esta capacitação e, principalmente, que entenda sobre as
iniciais ABC dos primeiros socorros, sendo:
• A - verificar a passagem de ar da vítima;
• B - observar a respiração da vitima; e
• C - verificar a circulação sanguínea da vítima.

Os princípios do atendimento de emergência Baseiam-se nos três “R”:


• Rapidez no atendimento;
• Reconhecimento das lesões;
• Reparação das lesões.
1.11. Medidas de primeiros Socorros
• Choque elétrico: Não tocar na vitima sem antes desligar a corrente
elétrica, se não for possível, garantir que os pés do socorrista não estejam molhados, para
então afastar a vitima do choque elétrico. Usar um material que não conduza corrente
elétrica, como borracha ou madeira seca. Em seguida, deitar a vitima e verificar se está
respirando, observando se a língua está obstruindo a passagem de ar e chamar o serviço
medico.
• Insolação: Procurar colocar a vitima à sombra, fazer compressas frias sobre a cabeça e
envolver seu corpo com pano molhado para baixar a temperatura, deitar a pessoa de
costas apoiando a cabeça e os ombros mais alto que o resto do corpo, após o socorro
procurar serviço medico.
• Intoxicação: Pode ser intoxicação por fumaças, gases, agentes químicos e outros.
Qualquer intoxicação com produtos químicos e outros devem ser encaminhados
rapidamente ao serviço de emergência medica. O socorrista deve ser orientado sobre os
produtos que trabalham e utilizam, pois ao retirar qualquer produto do corpo com água,
algumas substancias pioram a corrosão. Para evitar prejudicar ainda mais a lesão da
vitima, primeiramente retirar a vitima do local e encaminhar ao serviço médico.
1.11. Medidas de primeiros Socorros
Os principais acidentes que ocorrem são: ferimentos em geral,
entorse, fractura, hemorragias, choque elétrico,
insolação, intoxicação e queimaduras.
Os primeiros socorros variam de acordo com a lesão, por exemplo:
• Ferimentos em geral: Deve-se lavar com água e sabão se for um ferimento
pequeno. Se a extensão do ferimento for maior, deve-se estancar o sangramento
e levar a vítima ao serviço de emergência.
• Entorse: A entorse é causada por uma "virada" numa articulação (junta). Uma
vitima com entorse sente dor intensa na articulação afetada e surge inchaço no
local. Deve-se imobilizar a articulação e colocar compressas frias no local.
• Hemorragias: Pode ser hemorragia externa (ferimento com saída de sangue
para o exterior) ou interna (ferimento profundo nos órgãos internos), com
sintomas de suor intenso, pele fria, sede, tonteira. Nas hemorragias externas em
geral deve-se estancar os ferimentos com pano limpo. Com ferimentos internos
deve-se encaminhar a vítima o mais rápido possível ao atendimento de
emergência médica.
1.11. Medidas de primeiros Socorros
• Queimadura: Existem queimaduras de 1°, 2° e 3° grau.
A Queimadura de 1° grau é a mais comum, geralmente deixa a pele avermelhada
e ressecada, pode se oferecer água a vitima, colocar compressas frias no local ou
ficar um tempo no chuveiro frio.
A Queimadura de 2° grau atinge um pouco as camadas profundas da pele
formando bolhas, nesses casos ofereça muito líquido a vitima, aplique compressas
frias e encaminhe à emergência.
A Queimadura de 3° grau é o caso mais grave, pois acomete todas as camadas da
pele e podem alcançar os músculos e ossos. Deve-se então, manter a vitima
deitada, lavar bem as mãos antes de tratar as queimaduras, em seguida cortar as
roupas que estão próximas à região da queimadura, mas não retirar a roupa que
está em cima da queimadura, para evitar agravamento, não fure as bolhas, não
aplicar nenhuma substancia sobre a queimadura, se a vitima estiver consciente
ofereça muita água para beber (pois há perda de muito liquido) e então chamar a
emergência.
1.11. Medidas de Primeiros Socorros
• Fractura: A fractura é uma lesão que quebra o osso.
Ela pode ser interna (não há rompimento da pele) e a fractura
exposta (o osso perfura a pele e é exposto).

• Na fractura interna a vitima tem dor intensa, deformação do local afetado,


limitação de movimentos e inchaço. Nesse caso, deve se imobilizar o local
afetado com tala e acolchoá-las com pano macio, deixar na posição normal se
possível (não tente colocar o osso no lugar) e não amarrá-las no local da
fractura deixando os dedos de fora para observar a circulação e ver se esta
muito apertada.

• Na fractura exposta deve-se proteger o ferimento com gaze ou pano limpo


antes de imobilizar, para não entrar poeira ou outras substancias que podem
favorecer infecções e imobilizar (não tentar colocar o osso no lugar) e procurar
socorro medico.
1.12. HIV/SIDA No Local de Trabalho
• HIV é a sigla em inglês do Vírus da Imunodeficiência Humana A
SIDA é a doença causada pela infecção desse vírus que ataca o sistema
imunológico, que é o responsável por defender o organismo de
doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+.

• IMPORTANTE: Os pacientes soropositivos, que têm ou não SIDA,


podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais
desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou
de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não
tomam as devidas medidas de prevenção. Por isso, é sempre
importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.
1.12. HIV/SIDA No Local de Trabalho
O Impacto do SIDA no local de Trabalho
• a perda de passoal experiente;
• o absentismo devido às doenças relacionadas com o SIDA;
• o aumento dos custos de recrutamento e formacão;
• aumento da rotação laboral;
• a baixa produtividade dos novos trabaJhadores;
• aumento dos custos com os cuidados de saúde, incluindo o número
de pessoal da saúde, dos tratamentos médicos e dos seguros, assim
como das compensações por morte e incapacidade bem como o
pagamento de pensões.
1.12. HIV/SIDA No Local de Trabalho
Aspectos legais importantes sobre HIV/SIDA no Local de Trabalho:

• Proibição, no ordenamento jurídico moçambicano, de realização de


testes de HIV/SIDA para efeitos de admissão;
• Proibição de despedimento como consequência do HIV/SIDA;
• Proibição de descriminação em razão da seropositividade do
trabalhador;
• Obrigatoriedade de assistência medica e medicamentosa;
• Igualdade de tratamento.
“Nem mesmo nove mulheres, física, psicológica e
afectivamente perfeitas,
conseguem dar à luz um filho num mês”.
(Provérbio Chinês)

Tudo tem um tempo e, sobretudo quando se trata


de mudar mentalidades, o processo é lento e
difícil. É preciso persistência e paciência. Muito
Obrigado
Avaliação

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